Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
25-08-2019
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APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Wilate 500, 500 UI de FvW + 500 UI de FVIII, pó e solvente para solução injetável
Wilate 1000, 1000 UI de FvW + 1000 UI de FVIII, pó e solvente para solução
injetável
Fator von Willebrand da coagulação humana.
Fator VIII da coagulação humana.
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento, pois contém
informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Wilate e para que é utilizado.
2. O que precisa de saber antes de utilizar Wilate.
3. Como utilizar Wilate.
4. Efeitos secundários possíveis.
5. Como conservar Wilate.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações.
1. O QUE É WILATE E PARA QUE É UTILIZADO
O Wilate pertence ao grupo farmacoterapêutico de medicamentos designado por
fatores de coagulação e contém os fatores von Willebrand (FvW) e fator VIII da
coagulação
humana.
conjunto,
estas
duas
proteínas
estão
envolvidas
coagulação sanguínea.
Doença de von Willebrand
Wilate é usado para o tratamento e profilaxia da hemorragia em pessoas com doença
de von Willebrand (DvW) que designa um conjunto de doenças relacionadas. A VWD
(Doença de von Willebrand) é um distúrbio hemorrágico que se caracteriza por um
episódio de hemorragia mais prolongado do que o expectável.
Hemofilia A
Wilate é usado para o tratamento e profilaxia da hemorragia em pessoas com
hemofilia A. Na hemofilia A, as hemorragias podem ser mais prolongadas que o
esperado por ausência congénita de fator VIII no sangue.
2. O QUE PRECISA DE SABER ANTES DE UTILIZAR O WILATE
Não utilize Wilate
Se tem alergia (hipersensibilidade) aos von Willebrand e fatores de coagulação
sanguíneos VIII ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na
secção 6).
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Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Wilate
Qualquer medicamento, como o Wilate, preparado a partir do sangue humano
(contém proteínas) e para administração numa veia (via intravenosa) pode causar
reações alérgicas. Deverá estar atento aos sinais precoces de reações alérgicas
(hipersensibilidade) incluindo: urticária, rash cutâneo, sensação de aperto torácico,
respiração ruidosa, pressão arterial baixa ou anafilaxia (quando qualquer um dos
sintomas ou todos aparecem rapidamente e de forma intensa).
Na presença de qualquer um destes sintomas, interrompa imediatamente a injeção e
consulte o seu médico.
Quando se fabricam medicamentos derivados do sangue ou do plasma humano são
tomadas medidas no sentido de prevenir a transmissão de infeções aos doentes.
Estas medidas incluem a seleção cuidada de dadores de sangue e de plasma para
assegurar que o risco de transmissão de infeções é excluído, a realização de testes
de cada dádiva e das pools plasmáticas para despiste de vírus/infeções e a inclusão
no processamento do sangue ou plasma de etapas que podem inativar ou remover
vírus. Apesar destas medidas, a possibilidade de contágio ou infeção não pode ser
totalmente excluída quando se administram medicamentos derivados do sangue ou
plasma humano. Isto aplica-se também aos agentes infecciosos de origem até ao
momento desconhecida ou outros tipos de infeções.
As medidas implementadas são consideradas eficazes para os vírus com invólucro,
como o vírus da imunodeficiência humana (VIH), o vírus da hepatite B, o vírus da
hepatite C e o vírus sem invólucro da hepatite A. Essas medidas podem ser de valor
limitado para os vírus sem invólucro como o parvovírus B19.
A infeção por parvovírus B19 pode ser grave nas mulheres grávidas (infeção fetal) e
nos doentes imunodeficientes ou com alguns tipos de anemia (por exemplo, doença
falciforme ou com taxa de destruição dos glóbulos vermelhos aumentada).
Recomenda-se, a cada administração de Wilate, o registo do nome e número de lote
do produto para manter a rastreabilidade dos lotes usados.
O seu médico pode recomendar que considere a vacinação apropriada contra a
hepatite A e B se for receber regular/repetidamente medicamentos com fator
vW/fator VIII derivados do plasma humano.
Doença de von Willebrand
Informação sobre efeitos secundários relacionados com o tratamento da Doença de
von Willebrand, ver secção 4.
Hemofilia
A formação de inibidores (anticorpos) é uma complicação conhecida que pode
ocorrer durante o tratamento com todos os medicamentos com o fator VIII. Estes
inibidores, sobretudo em concentrações elevadas, impedem o funcionamento correto
do tratamento e você ou a sua criança serão monitorizados cuidadosamente para
verificar o desenvolvimento destes inibidores. Se a sua hemorragia ou a da sua
criança
não
estiver
controlada
Wilate,
informe
médico
imediatamente.
Informação sobre efeitos secundários relacionados com o tratamento da hemofilia A,
ver secção 4.
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Outros medicamentos e Wilate
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar, ou tiver utilizado
recentemente, ou se vier a utilizar outros medicamentos.
Embora não sejam conhecidas interações com outros medicamentos, informe o seu
médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Não misture Wilate com outros medicamentos durante a injeção.
Gravidez, aleitamento e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Wilate contém sódio
Este medicamento contém até 58,7 mg de sódio (principal componente de sal de
cozinha/sal de mesa) por frasco de 500 UI de FvW/500 UI FVIII, e até 117,3 mg de
sódio por frasco de 1000 UI de FvW/1000 UI FVIII. Isto equivale a 2,89% e 5,87%,
respetivamente, da ingestão diária máxima de sódio recomendada na dieta para um
adulto.
3. COMO UTILIZAR O WILATE
Wilate deve ser injetado numa veia (administração intravenosa) após reconstituição
do pó com o solvente fornecido. O tratamento deve ser iniciado sob a supervisão de
um médico.
Posologia
A dose de Wilate e a frequência do tratamento são determinadas pelo seu médico
individualmente para si. Utilizar Wilate sempre de acordo com as indicações do
médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Se utilizar mais Wilate do que deveria
Não são conhecidos sintomas de sobredosagem com os fatores vW ou VIII da
coagulação humana. No entanto, a dose recomendada não deve ser excedida.
Caso se tenha esquecido de utilizar Wilate
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Wilate pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas.
Embora
pouco
frequentes
foram
observadas
reações
alérgicas
hipersensibilidade. Estas reações podem incluir sensação de queimadura ou picada
no local de injeção, calafrios, eritema, cefaleia, urticária, pressão arterial baixa
(hipotensão), fadiga (letargia), enjoo (náusea), agitação, aumento da frequência
cardíaca
(taquicardia),
sensação
aperto
torácico,
sensação
picadas
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(formigueiro), vómitos, respiração ruidosa, inchaços repentinos em diversos locais do
corpo (angioedema).
Consulte o seu médico se apresentar qualquer um destes sintomas.
Interrompa
imediatamente
utilização
Wilate
apresentar
sintomas
angioedema, tais como:
Inchaço da face, língua ou garganta (faringe);
Dificuldade em engolir;
Urticária e dificuldade em respirar.
Embora pouco frequente, observou-se também febre.
tosse
também
pode
ocorrer, mas
desconhece-se
frequência
deste
efeito
secundário.
Em casos muito raros, as reações de hipersensibilidade podem progredir para reação
alérgica grave ou anafiláctica (quando um ou mais dos sintomas acima descritos se
desenvolve de forma intensa e rápida) podendo incluir choque. Em caso de choque
anafilático deve ser iniciado o tratamento de acordo com as recomendações em vigor
para o tratamento do choque.
Doença de von Willebrand
O tratamento continuado com concentrados de fator VIII com FvW para tratar a
doença de von Willebrand pode originar níveis plasmáticos excessivos de fator VIII e
aumentar o risco de problemas na circulação sanguínea (trombose).
apresenta
fatores
risco
laboratorial
clínico
conhecidos
deve
monitorizado para sinais precoces de trombose. O seu médico decidirá, de acordo
com as recomendações em vigor, se deverá iniciar prevenção (profilaxia) de
episódios trombóticos.
doença
Willebrand,
especialmente
tipo
doentes
podem
desenvolver inibidores contra o FvW (anticorpos neutralizantes). Nestes casos muito
raros a presença dos inibidores pode interromper a eficácia do Wilate.
Se a hemorragia continuar, o seu sangue deverá ser analisado para verificar se estes
inibidores estão presentes.
Os anticorpos podem aumentar o risco de reação alérgica grave (choque anafilático).
Deste modo, se tiver uma reação alérgica, a presença de inibidores deve ser
avaliada.
Se lhe tiver sido diagnosticado um inibidor, recomenda-se que contacte um médico
com experiência no tratamento de doenças da coagulação. Em doentes com elevados
níveis de inibidores pode ser benéfico, e deve ser considerado, outro tipo de
tratamento.
Hemofilia A
Para crianças não tratadas previamente com medicamentos com fator VIII, pode
ocorrer a formação de anticorpos inibidores (ver secção 2) é muito frequente (mais
de 1 em 10 doentes); no entanto, para doentes que receberam tratamento prévio
com fator VIII (mais de 150 dias de tratamento), o risco é pouco frequente (menos
de 1 em 100 doentes). Se isto acontecer, os medicamentos que você ou a sua
criança estão a tomar podem deixar de funcionar adequadamente e você ou a sua
criança podem apresentar hemorragias persistentes. Se isto acontecer, contacte o
seu médico imediatamente.
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Os anticorpos podem aumentar o risco de reação alérgica grave (choque anafilático).
Deste modo, se tiver uma reação alérgica, a presença de inibidores deve ser
avaliada.
Pouco frequente: ocorre em 1 a 10 utilizadores em cada 1.000;
Raro: ocorre em 1 a 10 utilizadores em cada 10.000;
Muito raro: ocorre em menos de 1 em cada 10.000 utilizadores.
Não existe informação suficiente para recomendar o uso de Wilate em doentes não
previamente tratados.
A experiência no tratamento de crianças com menos de 6 anos com Wilate é
limitada.
Para
informação
sobre
segurança
viral
consultar
secção
(Advertências
precauções).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, ou farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 7373
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. COMO CONSERVAR WILATE
Manter este medicamento fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar no frigorífico (2ºC - 8ºC).
Não congelar.
Conservar os frascos para injetáveis na embalagem de origem para proteger da luz.
Não utilize Wilate após o prazo de validade impresso no rótulo.
O Wilate pode ser armazenado à temperatura ambiente (máx. 25ºC) durante 2
meses. Neste caso o produto perde a validade ao fim de dois meses após ter sido
pela primeira vez retirado do frigorífico. A nova data de validade deve ser registada
por si na cartonagem exterior.
O pó deve ser reconstituído imediatamente antes da injeção. A solução reconstituída
é estável durante 4 horas à temperatura ambiente. No entanto, devido ao risco de
contaminação microbiológica a solução reconstituída deve ser usada de imediato e
numa única toma. Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo
doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já
não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. CONTEÚDO DA EMBALAGEM OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Wilate
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- As substâncias ativas são os fatores da coagulação humana von Willebrand (FvW) e
fator VIII (FVIII).
- Os outros componentes são: cloreto de sódio, glicina, sacarose, citrato de sódio e
cloreto
cálcio.
Solvente:
água
para
preparações
injetáveis
0,1%
Polisorbato 80.
Qual o aspeto de Wilate e conteúdo da embalagem
Pó liofilizado: pó ou sólido friável de cor branca ou ligeiramente amarelada.
Solução reconstituída: transparente ou com um ligeiro brilho perlado.
O Wilate apresenta-se na forma de pó e solvente para solução injetável. Existem 2
apresentações:
Wilate 500, 500 UI de FvW e 500 UI de FVIII, pó e solvente para solução injetável,
com uma composição nominal por frasco para injetáveis de 500 UI de fator von
Willebrand e 500 UI de fator VIII da coagulação humana. Após reconstituição com 5
ml de água para preparações injetáveis com 0,1% de Polisorbato 80 (solvente), a
solução contém aproximadamente 100 UI/ml de fator von Willebrand e 100 UI/ml de
fator VIII.
Wilate 1000, 1000 UI de FvW e 1000 UI de FVIII, pó e solvente para solução
injetável, com uma composição nominal por frasco para injetáveis de 1000 UI de
fator
von Willebrand
1000 UI
fator
VIII
coagulação
humana.
Após
reconstituição com 10 ml de água para preparações injetáveis com 0.1% de
Polisorbato 80 (solvente), a solução contém aproximadamente 100 UI/ml de fator
von Willebrand e 100 UI/ml de fator VIII.
Conteúdo da embalagem:
1 Frasco para injetáveis com pó
1 Frasco para injetáveis com solvente
1 Conjunto de dispositivos médicos:
1 seringa descartável;
1 conjunto de transferência (Mix2VialTM);
1 conjunto de perfusão;
2 compressas embebidas em álcool.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Octapharma Produtos Farmacêuticos Lda.
Rua dos Lagares d’el Rei 21-C r/c Dto.
1700 – 268 Lisboa
Para
quaisquer
informações
sobre
este
medicamento,
queira
contactar
representante local do titular da Autorização de Introdução no Mercado.
Portugal: Tel: + 351 218160 820
Fabricante:
Octapharma Pharmazeutika Produktionsges.m.b.H.
Oberlaaerstr. 235
A-1100 Viena, Áustria
Este folheto foi aprovado pela última vez em 07/2019.
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
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Alemanha,
Áustria,
Bélgica,
Bulgária,
Croácia,
Chipre,
Eslovénia,
Eslováquia,
Espanha,
Estónia,
Répública
Checa,
Hungria,
Irlanda,
Itália,
Letónia,
Lituânia,
Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia,: Wilate
500/Wilate 1000
Finlândia, Noruega, Suécia: Wilate
Dinamarca: Wilnativ
França: Eqwilate 500/ Eqwilate 1000
Instruções para o Tratamento em Casa
Por favor leia todas as instruções e siga-as cuidadosamente!
Não utilize o Wilate após o prazo de validade indicado no rótulo.
A esterilidade deve ser mantida durante todo o processo de reconstituição e
administração.
medicamento
reconstituído
deve
visualmente
inspecionado
para
detetar
possíveis partículas e uma alteração de cor antes de ser administrado.
A solução deve ser transparente ou ligeiramente opalescente. Não usar soluções
turvas ou cujo pó não tenha dissolvido completamente.
Use a solução imediatamente após a preparação para prevenir a contaminação
microbiana.
Utilize apenas o conjunto de injeção fornecido. O uso de outros dispositivos de
injeção/perfusão podem ter riscos adicionais e o tratamento ser ineficaz.
Instruções para preparar a solução de Wilate (reconstituição):
1. Não utilizar o produto diretamente do frigorífico. Permitir que o pó e o solvente
nos frascos para injetáveis fechados atinjam a temperatura ambiente;
2. Remover as cápsulas dos frascos para injetáveis do pó e do solvente e desinfetar
as tampas de borracha com uma das compressas embebidas em álcool;
3. O Mix2vialTM está representado na Fig.1. Colocar o frasco do solvente numa
superfície plana e segurar com firmeza. Segurar o Mix2vialTM na posição invertida.
Apoiar a parte azul do dispositivo Mix2vialTM no topo do frasco do solvente e
pressionar firmemente para baixo até quebrar (Fig. 2 + 3);
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4. Colocar o fraco do pó numa superfície plana e segurar com firmeza. Segurar o
frasco
solvente
Mix2vialTM
posição
invertida.
Apoiar
parte
transparente do dispositivo Mix2vialTM no topo do frasco do pó e pressionar
firmemente para baixo até quebrar (Fig. 4). O solvente passa automaticamente para
o frasco que contém o pó;
5. Com ambos os frascos ainda unidos, rodar suavemente o frasco do pó até este
dissolver completamente.
A dissolução é completa em menos de 10 minutos à temperatura ambiente. Pode
ocorrer a formação de uma leve espuma durante a dissolução. Desenroscar o
dispositivo Mix2vialTM em duas partes (Fig. 5). A espuma desaparecerá.
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Eliminar o frasco do solvente vazio e a parte azul do Mix2vialTM.
Instruções para injeção:
Como medida de precaução, deve-se controlar a pulsação do doente antes e durante
a injeção. Se houver um aumento marcado da pulsação, reduzir a velocidade de
perfusão ou interromper a injeção.
1. Fixar a seringa à parte transparente do Mix2vialTM. Inverter o frasco e transferir a
solução para a seringa (Fig 6).
Na seringa, a solução apresenta-se transparente ou com um ligeiro brilho perlado.
Quando a solução tiver sido transferida, segurar com firmeza o êmbolo da seringa
(mantendo-o virado para baixo) e remover a seringa do Mix2vialTM (Fig. 7).
Descarte o Mix2vialTM e o frasco vazio;
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2. Limpar o local de injeção com uma compressa embebida em álcool;
3. Fixar a agulha de perfusão (butterfly) à seringa;
4. Introduzir a agulha na veia escolhida. Em caso de usar um garrote para melhor
visualizar a veia, este deve ser removido antes de iniciar a injeção do Wilate. O
sangue não deve fluir para a seringa devido ao risco de formação de coágulos.
Injetar de imediato a solução por via intravenosa a uma velocidade de administração
inferior a 2-3 ml/minuto.
Em caso de utilizar mais de um frasco de Wilate pode usar a mesma agulha de
perfusão e seringa. O Mix2vialTM só pode ser usado uma vez.
Todo o produto remanescente e o material utilizado devem ser eliminados de acordo
com os requisitos locais.
O Wilate não deve ser misturado ou administrado (no mesmo conjunto de perfusão)
com outros medicamentos.
Só devem ser utilizados os conjuntos de perfusão fornecidos. Caso contrário, a
eficácia do tratamento poderá ser reduzida devido à adsorção do FvW/fator VIII nas
paredes internas de alguns dispositivos.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. Nome do medicamento
Wilate 500, 500 UI de FvW/500 UI de FVIII, pó e solvente para solução injetável
Wilate 1000, 1000 UI de FvW/1000 UI de FVIII, pó e solvente para solução injetável
2. Composição qualitativa e quantitativa
Wilate apresenta-se na forma de pó e solvente para solução injetável. Um frasco
contém nominalmente 500 UI/1000 UI de fator von Willebrand e de fator VIII da
coagulação humana.
Após reconstituição com o solvente, 5 ml/10 ml de água para preparações injetáveis
com 0,1% de Polisorbato 80, a solução contém aproximadamente 100 UI/ml de FvW.
A atividade específica do Wilate é ≥ 67 UI FvW:RCo/mg de proteína.
A potência em fator FvW (UI) é determinada pela atividade do Cofator Ristocetina
(FvW:RCo) por referência ao “Padrão Internacional para Concentrados de Fator von
Willebrand” (OMS).
Após reconstituição com o solvente, 5 ml/10 ml de água para preparações injetáveis
com 0,1% de Polisorbato 80, a solução contém aproximadamente 100 UI/ml de fator
VIII.
A potência (UI) é determinada pelo ensaio cromogénico descrito na Farmacopeia
Europeia. A atividade específica do Wilate é ≥ 67UI fator VIII:C/mg de proteína.
Produzido a partir do plasma de dadores humanos.
Excipiente(s) com efeitos secundários conhecidos:
Wilate 500: 11,7 mg de sódio por ml de solução reconstituída (58,7 mg de sódio por
frasco).
Wilate 1000: 11,7 mg de sódio por ml de solução reconstituída (117,3 mg de sódio
por frasco).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. Forma farmacêutica
Pó e solvente para solução injetável.
Pó liofilizado: pó ou sólido friável de cor branca ou ligeiramente amarelada.
4. Informações clínicas
4.1 Indicações terapêuticas
Doença de von Willebrand (DvW)
Tratamento e profilaxia da hemorragia ou hemorragia cirúrgica em doentes com
doença de von Willebrand (DvW) quando o tratamento com DDAVP (1-diamino-8-D-
arginina vasopressina/desmopressina) é ineficaz ou está contraindicado.
Hemofilia A
Tratamento e profilaxia da hemorragia na hemofilia A (deficiência congénita em fator
VIII).
4.2 Posologia e modo de administração
O tratamento deve ser efetuado sob a supervisão de um médico com experiência no
tratamento de distúrbios da coagulação. O conteúdo dos frascos destina-se a dose
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unitária
pelo
deve
totalmente
administrado.
Caso
haja
conteúdo
remanescente, este deve ser eliminado de acordo com os requisitos locais.
Doença de von Willebrand
A relação entre FvW:RCo e FVIII:C é de 1:1. Geralmente, 1 UI/kg PC de FvW:RCo e
de FVIII:C aumenta a atividade plasmática normal da respetiva proteína em cerca de
1,5-2%. Habitualmente, são necessárias cerca de 20 a 50 UI de Wilate/kg PC para
atingir uma hemostase adequada. Esta dose aumentará os níveis de FvW:RCo e de
FVIII:C em aproximadamente 30 a 100%.
Uma dose inicial de 50 a 80 UI de Wilate/kg PC poderá ser necessária especialmente
em doentes com doença de von Willebrand tipo 3, em que a manutenção de um nível
plasmático adequado pode exigir doses mais elevadas do que outros tipos de doença
de von Willebrand.
População pediátrica
O Wilate não é recomendado em crianças com menos de 6 anos devido a dados
insuficientes.
Profilaxia de hemorragia em caso de cirurgia ou trauma grave:
Na profilaxia da hemorragia cirúrgica, a administração de Wilate deve ser realizada
1-2 horas antes do início do procedimento cirúrgico. Deverão atingir-se níveis de
FvW:RCo ≥ 60 UI/dl (≥ 60%) e níveis de FVIII:C ≥ 40 UI/dl (≥ 40%).
Uma dose apropriada deve ser repetida a cada 12-24 horas de tratamento. A dose e
duração do tratamento dependem da situação clínica do doente, tipo e gravidade da
hemorragia e dos níveis de FvW:RCo e de FVIII:C.
Nos doentes tratados com concentrado de FvW contendo FVIII, os níveis plasmáticos
de FVIII:C devem ser monitorizados para determinar se estão sustentadamente em
excesso, o que pode aumentar o risco de episódios trombóticos particularmente nos
doentes com fatores de risco laboratorial ou clínico conhecidos. Em caso de níveis
plasmáticos de FVIII:C excessivos deve ponderar-se a redução das doses e/ou o
aumento do intervalo entre doses ou a utilização de um concentrado de FvW com
baixo conteúdo de FVIII.
Profilaxia:
Na profilaxia prolongada de hemorragias em doentes com doença de von Willebrand
devem ser administradas doses entre 20-40 UI/kg de peso corporal, 2 a 3 vezes por
semana. Em alguns casos, como em doentes com hemorragias gastrointestinais,
podem ser necessárias doses superiores.
Hemofilia A
Monitorização do tratamento
Durante o tratamento, recomenda-se determinar adequadamente os níveis do fator
VIII para controlar a dose a administrar e a frequência de perfusões repetidas. A
resposta individual dos doentes ao tratamento com fator VIII pode variar, revelando
diferentes semividas e taxas de recuperações. A dose baseada no peso corporal pode
tornar necessário um ajuste em doentes com peso a menos ou em excesso. Em
particular
caso
grandes
cirurgias,
indispensável
proceder
monitorização precisa do tratamento através da análise da coagulação (atividade do
fator VIII no plasma).
Posologia
A dose e duração da terapia de substituição dependem da gravidade da deficiência
em fator VIII, do local e da extensão da hemorragia e da situação clínica do doente.
O número de unidades de fator VIII administradas é expresso em Unidades
Internacionais (UI) por referência ao padrão concentrado da OMS em vigor para os
concentrados de fator VIII. A atividade do fator VIII no plasma expressa-se quer em
percentagem (relativa ao plasma humano normal) ou, de preferência, em Unidades
Internacionais (relativas a um Padrão Internacional para fator VIII no plasma).
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Uma Unidade Internacional (UI) de atividade de fator VIII equivale à quantidade de
fator VIII existente em um mililitro de plasma humano normal.
Tratamento específico:
O cálculo da dose de fator VIII necessário baseia-se na verificação empírica de que 1
Unidade International (UI) de fator VIII por kg de peso corporal aumenta a atividade
plasmática do fator VIII em 1,5 a 2%. A dose necessária é calculada pela seguinte
fórmula:
Unidades necessárias = peso corporal (kg) x Aumento de fator VIII desejado (%)
(UI/dl) x 0,5 (UI/kg)
A dose a ser administrada e a frequência da administração deve ser sempre
orientada para a eficácia clínica em cada caso individual. Nos seguintes episódios
hemorrágicos, a atividade do fator VIII:C não deve descer abaixo dos níveis de
atividade
plasmática
normal
UI/dl)
referidos
período
correspondente.
O seguinte quadro pode ser utilizado como orientação para a dosagem em episódios
de hemorragia e cirurgia:
Grau de hemorragia/Tipo de
procedimento cirúrgico
Nível
necessário
em fator VIII (%)
(UI/dl)
Frequência
tratamento
(horas)/Duração do tratamento
(dias)
Hemorragias:
Hemartrose
inicial,
hemorragia
muscular
hemorragias orais.
20 – 40
Repetir cada 12 a 24 horas. No
mínimo 1 dia, até resolução do
episódio
hemorrágico
indicado
por desaparecimento da dor ou
adequada cicatrização.
Hemartrose
hemorragia
muscular mais
extensa
hematoma.
30 – 60
Repetir a perfusão cada 12 a 24
horas durante 3 a 4 dias ou mais
até desaparecimento da dor e
resolução
incapacidade
funcional aguda.
Hemorragia grave com risco
de vida
60 – 100
Repetir a perfusão cada 8 a 24
horas até o risco de vida estar
ultrapassado.
Cirurgia:
Pequenas cirurgias incluindo
extração dentária.
30 - 60
Cada
horas,
durante
mínimo 1 dia, até cicatrização.
Grandes cirurgias.
80 - 100
(pré e pós-cirurgia)
Repetir perfusão cada 8 a 24
horas
diariamente
até
adequada cicatrização, seguidos
de pelo menos outros 7 dias de
tratamento
para
manter
atividade de fator VIII entre 30 a
60 % (UI/dl).
Profilaxia:
Na profilaxia prolongada da hemorragia em doentes com hemofilia A grave, as doses
habituais são 20 a 40 UI de fator VIII por kg de peso corporal em intervalos de 2 a 3
dias. Em alguns casos, especialmente em doentes jovens, podem ser necessários
intervalos mais curtos ou doses mais elevadas.
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
Perfusão contínua:
Antes da cirurgia, realizar um estudo farmacocinético para determinar a taxa de
depuração. A velocidade de perfusão inicial é determinada pela seguinte fórmula:
Velocidade de perfusão (UI/kg/h) = Taxa de depuração (ml/kg/h) x nível de fator
desejado no equilíbrio (UI/ml)
Após as 24 horas iniciais de perfusão contínua, determinar diariamente a taxa de
depuração a partir dos níveis de fator doseados e da velocidade de perfusão
conhecida utilizando a mesma fórmula.
População pediátrica
O Wilate não é recomendado em crianças com hemofilia A com menos de 6 anos
devido a dados insuficientes.
Modo de administração
Via intravenosa.
A velocidade de injeção ou perfusão não deve exceder os 2-3 ml por minuto.
Para instruções acerca da reconstituição do medicamento antes da administração,
ver secção 6.6.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes apresentados na
secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Rastreabilidade
Para melhorar a rastreabilidade dos medicamentos biológicos, o nome e número de
lote do produto administrado devem ser registados de forma inequívoca.
Hipersensibilidade
São
possíveis
reações
hipersensibilidade
tipo
alérgico
Wilate.
medicamento contém vestígios de proteínas humanas para além de fator VIII. Se
ocorrerem sintomas de hipersensibilidade, os doentes devem ser aconselhados a
descontinuar de imediato a utilização do medicamento e a contactar o seu médico.
doentes
devem
informados
sobre
sinais
precoces
reações
hipersensibilidade incluindo urticária local ou generalizada, sensação de opressão
torácica, respiração ruidosa, hipotensão e anafilaxia.
Em caso de choque devem ser implementadas as recomendações comuns para o
tratamento do choque.
Agentes transmissíveis
A seleção de dadores, a análise das dádivas individuais e pools plasmáticas para
marcadores específicos de infeções e a inclusão no processo de fabrico de etapas de
remoção/inativação viral efetivas, constituem medidas padrão na prevenção de
infeções resultantes do uso de medicamentos derivados do sangue ou plasma
humano. No entanto, quando se administra estes medicamentos, a possibilidade de
transmissão de agentes infecciosos não pode ser completamente excluída. Isto
também se aplica aos vírus desconhecidos ou emergentes e a outros agentes
patogénicos.
As medidas tomadas são consideradas eficazes para vírus com invólucro como sejam
o vírus da imunodeficiência humana (VIH), vírus da hepatite B (VHB) e o vírus da
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
hepatite C (VHC) e para o vírus sem invólucro da hepatite A. As medidas referidas
podem ter um valor limitado contra vírus sem invólucro como seja o parvovírus B19.
A infeção por parvovírus B19 pode ser grave em mulheres grávidas (infeção fetal) e
indivíduos
imunodeficiências
eritropoiese
aumentada
(ex.
anemia
hemolítica).
Deve ser considerada a vacinação apropriada (hepatite A e B) em doentes que
recebem regular/repetidamente concentrados de FvW/fator VIII derivados do plasma
humano.
Recomenda-se que a cada administração de Wilate seja registado o nome e número
de lote do produto para manter a rastreabilidade entre o doente e o produto.
Doença de von Willebrand
Eventos tromboembolíticos
Quando se utiliza um concentrado de FvW contendo FVIII, o médico deve estar
alerta para o facto do tratamento continuado poder causar um aumento excessivo de
FVIII:C. Quando se administram estes produtos deve-se monitorizar os níveis
plasmáticos
FVIII:C
para
evitar
níveis
plasmáticos
excessivos
podem
aumentar o risco de episódios trombóticos.
Quando se administram concentrados de FvW contendo FVIII, existe o risco de
ocorrência de episódios trombóticos especialmente em doentes com fatores de risco
laboratorial
clínico
conhecidos.
Desta
forma,
doentes
risco
devem
monitorizados para sinais precoces de trombose. Deve ser instituída a profilaxia do
tromboembolismo venoso de acordo com as recomendações existentes.
Inibidores
Doentes com doença de von Willebrand, especialmente do tipo 3, podem desenvolver
anticorpos neutralizantes (inibidores) ao FvW. Se a atividade plasmática do FvW:RCo
esperada não for atingida ou se a hemorragia não for controlada com a dose
recomendada, deve despistar-se a presença de inibidores contra o FvW por ensaio
laboratorial. Em doentes com elevados níveis de inibidores, o tratamento com fator
FvW pode não ser eficaz e devem ser consideradas outras opções terapêuticas. O
tratamento destes doentes deve ser orientado por um médico com experiência no
tratamento de distúrbios da hemostase.
Hemofilia A
Inibidores
A formação de anticorpos neutralizantes (inibidores) do fator VIII é uma complicação
conhecida no tratamento dos indivíduos com hemofilia A. Estes inibidores são
geralmente
imunoglobulinas
dirigidas
contra
a atividade
procoagulante
fator VIII, as quais são quantificadas em Unidades Bethesda (UB) por ml de plasma
usando o doseamento modificado. O risco de desenvolvimento de inibidores está
correlacionado com a gravidade da doença e com a exposição ao fator VIII, sendo
este risco mais elevado nos primeiros 50 dias de exposição, mas continuam por toda
a vida, embora o risco seja pouco frequente.
A relevância clínica do desenvolvimento de inibidores depende do título do inibidor,
representando os inibidores de título baixo um menor risco de resposta clínica
insuficiente, em comparação com inibidores de título elevado.
De uma forma geral, os doentes tratados com medicamentos com fator VIII de
coagulação devem ser cuidadosamente monitorizados quanto ao desenvolvimento de
inibidores,
através
observação
clínica
adequada
e dos
testes
laboratoriais
apropriados. Se os níveis de atividade de fator VIII plasmático esperados não forem
obtidos ou se não for conseguido o controlo da hemorragia com uma dose adequada,
deve ser realizado um doseamento para determinar se o inibidor do fator VIII está
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
presente.
doentes
níveis
elevados
inibidores,
a terapêutica
fator VIII pode não ser eficaz, devendo ser consideradas outras opções terapêuticas.
A monitorização destes doentes deve ser efetuada por médicos com experiência no
tratamento de hemofilia e inibidores do fator VIII.
Eventos cardiovasculares
doentes
fatores
risco
cardiovasculares
existentes,
terapia
substituição com fator VIII pode aumentar o risco cardiovascular.
Complicações relacionadas com cateter
Quando é indicado o uso de dispositivo de acesso venoso central (DAVC), o risco de
complicações, incluindo infeções locais, bacteremia e trombose induzida por cateter,
devem ser considerados.
Este medicamento contém até 58,7 mg de sódio por frasco de 500 UI de FvW/FVIII e
até 117,3 mg de sódio por frasco de 1000 UI de FvW/FVIII, equivalente a 2,89% e
5,87%, respetivamente, da ingestão diária máxima recomendada pela OMS para um
adulto de 2 g de sódio.
População pediátrica
As advertências e precauções aplicam-se tanto a adultos como crianças.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Não foram relatadas interações do fator VIII de coagulação humano com outros
medicamentos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Não foram realizados estudos de reprodução em animais com o FvW/fator VIII.
Doença de von Willebrand
Não existe experiência no tratamento de mulheres grávidas ou a amamentar.
O Wilate só deve ser administrado a mulheres grávidas ou a amamentar com
deficiência em FvW se claramente indicado e tendo em consideração que o parto
apresenta um risco adicional de episódios hemorrágicos.
Hemofilia A
Não existe experiência no uso de fator VIII durante a gravidez e lactação devido à
baixa ocorrência de hemofilia A em mulheres. Desta forma, o Wilate só deve ser
usado durante a gravidez e lactação se claramente indicado.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Wilate não tem qualquer efeito na capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações de hipersensibilidade ou alérgicas (podendo incluir angioedema, sensação
queimadura
picada
local
injeção,
tremores,
eritema,
urticária
generalizada,
eritema,
prurido,
erupção
cutânea,
cefaleia,
erupções
cutâneas,
hipotensão, letargia, náusea, agitação, taquicárdia, sensação de opressão torácica,
dispneia, formigueiro, vómitos, respiração ruidosa) foram raramente observados e
podem
alguns
casos
progredir
para
reação
anafiláctica
grave
(incluindo
choque).Doença de von Willebrand
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
Muito raramente, na doença de von Willebrand especialmente do tipo 3, os doentes
podem
desenvolver
anticorpos
neutralizantes
contra
FvW.
presença
inibidores manifesta-se uma resposta clínica insuficiente. Estes anticorpos podem
ocorrer concomitantemente com uma reação anafilática. Deste modo, doentes que
experimentem uma reação anafilática, devem ser avaliados quanto à presença de
inibidores.
Nestes casos, recomenda-se contactar um centro especializado no tratamento da
hemofilia.
Até à data, os ensaios clínicos e os estudos de pós comercialização não reportaram
nenhum caso de inibidores ao fator de von Willebrand.
Existe o risco de ocorrência de episódios trombóticos, particularmente em doentes
com fatores de risco laboratorial ou clínico conhecidos. Deve ser instituída a
profilaxia contra o tromboembolismo venoso de acordo com as recomendações em
vigor.
Nos doentes tratados com concentrados de FvW contendo FVIII, níveis plasmáticos
de FVIII:C excessivos podem aumentar o risco de episódios trombóticos.
Hemofilia A
desenvolvimento
anticorpos
neutralizantes
(inibidores)
pode
ocorrer
doentes com hemofilia A tratados com fator VIII, incluindo Wilate, ver secção 5.1. Se
ocorrerem tais inibidores, a condição irá manifestar-se como uma resposta clínica
insuficiente.
tais
casos,
recomenda-se
seja
contactado
centro
especializado em hemofilia. Para informação sobre segurança viral ver secção 4.4.
Tabela com lista das reações adversas
A seguinte tabela mostra as reações adversas observadas em estudos clínicos,
estudos
segurança
pós-autorização
outras
fontes
pós-autorização,
categorizados de acordo com as Classes de Sistema de Órgãos (SOC) segundo
MedDRA o Nível de Termos Preferidos (PT) e a frequência.
frequências
foram
avaliadas de
acordo com
seguinte
convenção: muito
frequente (≥1/10); frequente (≥1/100 a <1/10); pouco frequente (≥1/1,000 a
<1/100);
raro
(≥1/10,000
<1/1,000); muito
raro
(<1/10,000),
dados
disponíveis (não é possível avaliar uma vez que não existem dados disponíveis).
frequência,
reações
adversas
notificadas
forma
espontânea
pós-
autorização, é categorizada como desconhecida.
Classes
Sistemas
Órgãos segundo a base de
dados MedDRA (SOC)
Reação adversa
Frequência
Doenças
sistema
imunitário
Hipersensibilidade
Choque anafilático
Pouco frequente
Muito raros
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Febre
Dor no peito
Pouco frequente
Desconhecido
Doenças
sangue
e do
sistema linfático
Inibição do fator VIII
Inibição
fator
Willebrand
Pouco frequente (PTPs)*
Muito frequente (PUPs)*
Muito raro
Distúrbios
respiratórios,
torácicos e mediastinais
Tosse
Desconhecido
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
Distúrbios
sistema
nervoso
Tonturas
Desconhecido
Distúrbios gastrintestinais
Dores abdominais
Desconhecido
Distúrbios
tecidos
conjuntivos
musculoesqueléticos
Dores dorsais
Desconhecido
*A frequência é baseada em estudos com todos os medicamentos com fator VIII que
incluíram doentes com hemofilia A grave. PTPs = doentes tratados previamente,
PUPs = doentes não tratados previamente.
Descrição de reações adversas selecionadas
Informação sobre a descrição das reações adversas selecionadas, ver secção 4.4.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 7373
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Não são conhecidos quaisquer sintomas de sobredosagem com os FvW e fator VIII
da coagulação humana.
Podem ocorrer episódios tromboembólicos no caso de sobredosagem elevada.
5. Propriedades farmacológicas
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
4.4.2
Sangue,
Anti-hemorrágicos,
Hemostáticos.
Associação de fator von Willebrand e fator VIII da coagulação humana.
Código ATC: B02BD06
Doença de von Willebrand
O FvW, presente no Wilate, é um constituinte normal do plasma humano e
comporta-se como o FvW endógeno.
A administração de FvW permite a correção das disfunções hemostáticas nos doentes
com deficiência de FvW a dois níveis:
O FvW restabelece a adesão plaquetária ao sub-endotélio vascular no local da lesão
vascular (uma vez que se liga em simultâneo ao sub-endotélio vascular e à
membrana da plaqueta), promovendo a hemostase primária que se traduz na
redução do tempo de hemorragia. Este efeito é imediato e depende em larga medida
do nível de polimerização da proteína.
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
promove
correção
tardia
deficiência
fator
VIII
associada.
Administrado por via intravenosa, o FvW liga-se ao fator VIII endógeno (produzido
normalmente pelo próprio doente) e, através da estabilização deste fator, evita a sua
rápida degradação.
Assim, a administração de concentrados puros de FvW (com baixo conteúdo de fator
VIII) normaliza os níveis de fator VIII:C como efeito secundário após a primeira
perfusão.
A administração intravenosa de concentrados de FvW contendo fator VIII, repõe o
nível normal de fator VIII:C imediatamente após a primeira perfusão.
Além do papel protetor da molécula de fator VIII, o FvW medeia a adesão e a
agregação plaquetária no local da lesão vascular.
Hemofilia A
O complexo de fator VIII/fator von Willebrand consiste em duas moléculas (fator VIII
e fator von Willebrand) com funções fisiológicas diferentes. Quando administradas a
um doente hemofílico o fator VIII liga-se ao fator de von Willebrand em circulação. O
fator VIII ativado funciona como cofator do fator IX ativado acelerando a conversão
do fator X em fator X ativado. O fator X ativado converte a protrombina em
trombina. Em seguida a trombina converte o fibrinogénio em fibrina e forma-se um
coágulo.
A hemofilia A é uma doença da coagulação sanguínea, hereditária caracterizada por
uma redução dos níveis de FVIII:C que origina hemorragias abundantes nas
articulações, músculos e órgãos internos quer espontâneas quer provocadas por
acidente ou trauma cirúrgico. Através da terapia de substituição, os níveis de fator
VIII plasmáticos aumentam promovendo a correção temporária do fator deficiente e
corrigindo a tendência hemorrágica.
É de notar que a taxa de hemorragia anualizada (ABR) não é comparável entre
concentrados de fator diferentes e entre estudos clínicos diferentes.
Adicionalmente ao seu papel como proteína protetora de fator VIII, o fator von
Willebrand favorece a adesão das plaquetas em feridas vasculares e tem uma função
na agregação plaquetária.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Doença de von Willebrand
O FvW, presente no Wilate, é um constituinte normal do plasma humano e atua
como o FvW endógeno.
seguintes
resultados
baseiam-se
meta-análise
três
estudos
farmacocinéticos com 24 doentes elegíveis com todos os tipos de doença de von
Willebrand.
Todos os tipos de DvW
DvW tipo 1
DvW Tipo 2
DvW tipo 3
Parâm
etro
Máx N
Méd
Máx N
Méd
Máx
Méd
Máx
Recup
eração
(%/UI/
AUC (0
-∞)
(%*h)
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
Legenda: AUC = área sob a curva; MRT = tempo de residência médio
Hemofilia A
O fator VIII, presente no Wilate, é um constituinte normal do plasma humano e atua
como o fator VIII endógeno. Após injeção, aproximadamente 2/3 a 3/4 do fator VIII
permanece em circulação. A atividade plasmática varia entre 80-120% da atividade
do fator VIII prevista.
A atividade do fator VIII no plasma diminui em duas fases exponenciais. Na fase
inicial
ocorre
distribuição
entre
compartimento
intravascular
outros
compartimentos (fluidos corporais) com uma semivida de eliminação plasmática de 3
a 6 horas. Na fase subsequente, mais lenta, a semivida varia entre 8 e 18 horas,
com uma média de 15 horas. Esta semivida corresponde à semivida biológica.
Os resultados seguintes foram observados num estudo clínico com 12 doentes
(ensaio cromogénico, determinação em duplicado):
Baseline
6 meses
Parâmetro
Média
Média
Recuperação
%/UI/kg
FVIII:C
2,27
1,20
FVIII:C
2,26
1,19
AUCnorm
% * h/UI/kg
FVIII:C
31,3
7,31
FVIII:C
33,8
10,9
Tempo
semivida
FVIII:C
11,2
2,85
FVIII:C
11,8
3,37
MRT (h)
FVIII:C
15,3
FVIII:C
16,3
Depuração
ml/h/kg
FVIII:C
3,37
0,86
FVIII:C
3,24
1,04
Legenda: AUC = área sob a curva; MRT = tempo médio residência; SD = desvio
padrão
5.3 Dados de segurança pré-clínica
O FvW e o FVIII presentes no Wilate são constituintes normais do plasma humano e
atuam como o FvW/FVIII endógeno.
Não são exigidos os estudos convencionais de segurança em animais de laboratório
com estes produtos por não acrescentarem informação relevante à informação clínica
disponível.
6. Informações farmacêuticas
6.1 Lista dos excipientes
Pó: cloreto de sódio, glicina, sacarose, citrato de sódio e cloreto de cálcio.
Depur
ação
(ml/h/
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
Solvente: água para preparações injetáveis com 0.1% de Polisorbato 80.
6.2 Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser
misturado com outros medicamentos nem administrado em simultâneo com outras
preparações intravenosas no mesmo dispositivo de perfusão.
Só devem ser utilizados os conjuntos de injeção/perfusão fornecidos. Caso contrário,
a eficácia do tratamento poderá ser reduzida devido à adsorção do fator VIII/fator
von Willebrand nas paredes internas de alguns dispositivos de injeção/perfusão.
6.3 Prazo de validade
3 anos
A estabilidade da solução reconstituída é de 4 horas à temperatura ambiente (máx.
25 ºC). No entanto, para evitar o risco de contaminação microbiana, a solução
reconstituída deve ser utilizada de imediato.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar no frigorífico (2 - 8 ºC). Manter os frascos para injetáveis dentro da
embalagem original para proteger da luz. Não congelar.
O produto pode ser armazenado à temperatura ambiente (máx. 25 ºC) durante 2
meses. Neste caso, o produto perde a validade ao fim de dois meses fora do
frigorífico. A nova data de validade deve ser registada pelo doente na cartonagem
exterior. A solução reconstituída deve ser administrada em toma única. Qualquer
solução remanescente deve ser descartada.
Condições de conservação do medicamento após reconstituição, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Apresentações:
Wilate 500, 500 UI de FvW/500 UI de FVIII
1 embalagem contém:
1 frasco para injetáveis com pó, vidro tipo I, tampa de borracha (bromobutil) e
cápsula de alumínio;
1 frasco para injetáveis com solvente (5 ml de água para preparações injetáveis com
0.1% de Polisorbato 80), vidro tipo I, tampa de borracha (clorobutil) e cápsula de
alumínio;
conjunto
dispositivos
médicos:
seringa
descartável,
conjunto
transferência (Mix2VialTM) e 1 conjunto de perfusão;
2 compressas embebidas em álcool.
Wilate 1000, 1000 UI de FvW/1000 UI de FVIII
1 embalagem contém:
1 frasco para injetáveis com pó, vidro tipo I, tampa de borracha (bromobutil) e
cápsula de alumínio;
1 frasco para injetáveis com solvente (10 ml de água para preparações injetáveis
com 0.1% de Polisorbato 80), vidro tipo I, tampa de borracha (clorobutil) e cápsula
de alumínio;
conjunto
dispositivos
médicos:
seringa
descartável,
conjunto
transferência (Mix2VialTM) e 1 conjunto de perfusão;
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
2 compressas embebidas em álcool.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Por favor leia todas as instruções e siga-as cuidadosamente!
Não utilize o Wilate após o prazo de validade indicado no rótulo.
A esterilidade deve ser mantida durante todo o processo de reconstituição e
administração.
medicamento
reconstituído
deve
visualmente
inspecionado
para
detetar
possíveis partículas e uma alteração de cor antes de ser administrado.
A solução deve ser transparente ou ligeiramente opalescente. Não usar soluções
turvas ou cujo pó não tenha dissolvido completamente.
Use a solução imediatamente após a preparação para prevenir a contaminação
microbiana.
Utilize apenas o conjunto de injeção fornecido. O uso de outros dispositivos de
injeção/perfusão podem ter riscos adicionais e o tratamento ser ineficaz.
Reconstituição:
1. Não utilizar o produto diretamente do frigorífico. Permitir que o pó e o solvente
nos frascos para injetáveis fechados atinjam a temperatura ambiente;
2. Remover as cápsulas dos frascos para injetáveis do pó e do solvente e desinfetar
as tampas de borracha com uma das compressas embebida em álcool fornecida.
3. O Mix2vialTM está representado na Fig.1. Colocar o frasco do solvente numa
superfície plana e segurar com firmeza. Segurar o Mix2vialTM na posição invertida.
Apoiar a parte azul do dispositivo Mix2vialTM no topo do frasco do solvente e
pressionar firmemente para baixo até quebrar (Fig. 2 + 3);
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
4. Colocar o fraco do pó numa superfície plana e segurar com firmeza. Segurar o
frasco
solvente
Mix2vialTM
posição
invertida.
Apoiar
parte
transparente do dispositivo Mix2vialTM no topo do frasco do pó e pressionar
firmemente para baixo até quebrar (Fig. 4). O solvente passa automaticamente para
o frasco que contém o pó;
5. Com ambos os frascos ainda agarrados, rodar suavemente o frasco do pó até este
dissolver completamente.
A dissolução é completa em menos de 10 minutos à temperatura ambiente. Pode
ocorrer a formação de uma leve espuma durante a dissolução. Desenroscar o
dispositivo Mix2vialTM em duas partes (Fig. 5). A espuma desaparecerá.
Eliminar o frasco do solvente vazio e a parte azul do Mix2vialTM.
Administração:
Como medida de precaução, deve-se controlar a pulsação do doente antes e durante
a injeção. Se ocorrer um aumento marcado da pulsação a velocidade de perfusão
deve ser diminuída ou a administração interrompida.
1. Fixar a seringa à parte transparente do Mix2vialTM. Inverter o frasco e transferir a
solução para a seringa (Fig 6).
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
Na seringa, a solução apresenta-se transparente ou com um ligeiro brilho perlado.
Quando a solução tiver sido transferida, segurar com firmeza o êmbolo da seringa
(mantendo-o virado para baixo) e remover a seringa do Mix2vialTM (Fig. 7).
Descarte o Mix2vialTM e o frasco vazio.
2. Limpar o local de injeção com uma compressa embebida em álcool;
3. Fixar a agulha de perfusão (butterfly) à seringa.
APROVADO EM
25-08-2019
INFARMED
4. Introduzir a agulha na veia escolhida. Em caso de usar um torniquete para melhor
visualizar a veia, este deve ser removido antes de iniciar a injeção do Wilate. O
sangue não deve fluir para a seringa devido ao risco de formação de coágulos.
Injetar de imediato a solução por via intravenosa a uma velocidade de administração
inferior a 2-3 ml/minuto.
Em caso utilizar mais de um frasco de Wilate pode usar a mesma agulha de perfusão
e seringa. O Mix2vialTM só pode ser usado uma vez. Todo o produto remanescente e
o material utilizado devem ser eliminados de acordo com os requisitos locais.
7. Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Octapharma Produtos Farmacêuticos Lda.
Rua dos Lagares d’el Rei 21-C r/c Dto.
1700 – 268 Lisboa
8. NúmeroS da Autorização de Introdução no Mercado
Wilate 500 nr.: 5433925
Wilate 1000 nr.: 5433933
9. Data da primeira autorização/renovação da autorização de introdução no mercado
Data da primeira autorização: 09.01.2012
Data da última renovação: 21.12.2018
10. Data da revisão do texto
21.07.2019