Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
28-06-2017
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APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Valaciclovir Aurovitas 500 mg comprimidos revestidos por película
Valaciclovir Aurovitas 1000 mg comprimidos revestidos por película
Valaciclovir
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
O que é Valaciclovir Aurovitas e para que é utilizado
Antes de tomar Valaciclovir Aurovitas
Como tomar Valaciclovir Aurovitas
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Valaciclovir Aurovitas
Outras informações
O que é Valaciclovir Aurovitas e para que é utilizado
Valaciclovir Aurovitas pertence a um grupo de medicamentos chamados antivíricos.
Funciona destruindo ou parando o crescimento de vírus chamados herpes simplex
(VHS), varicela zoster (VZV) e citomegalovirus (CMV).
Valaciclovir Aurovitas pode ser usado para:
tratar a zona (em adultos).
tratar as infeções a herpes simplex na pele e herpes genital (em adultos e
adolescentes com mais de 12 anos de idade). É também usado para ajudar a
prevenir o reaparecimento destas infeções.
tratar o herpes labial (em adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade).
prevenir infeções por citomegalovirus após o transplante de órgãos (em adultos e
adolescentes com mais de 12 anos de idade).
infeções no olho.
Antes de tomar Valaciclovir Aurovitas
Não tome Valaciclovir Aurovitas
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao valaciclovir ou ao aciclovir ou a qualquer outro
componente do Valaciclovir Aurovitas (ver secção “6. Outras informações”).
Não tome Valaciclovir Aurovitas se alguma destas condições se aplicar a si. Se não
tiver a certeza fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Valaciclovir
Aurovitas.
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Tome especial cuidado com Valaciclovir Aurovitas
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Valaciclovir Aurovitas se:
tem problemas de rins.
tem problemas de fígado.
tem mais de 65 anos de idade.
o seu sistema imunitário é fraco.
Se não tem a certeza se alguma das condições acima descritas se aplica a si, fale
com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Valaciclovir Aurovitas.
Prevenção da transmissão de herpes genital
Se estiver a tomar Valaciclovir Aurovitas para o tratamento ou prevenção do herpes
genital, ou se teve herpes genital no passado, deve continuar a praticar sexo seguro,
incluindo o uso de preservativos. Isto é importante para prevenir a transmissão da
infeção a outra pessoa. Não deve ter relações sexuais se tem ulcerações ou vesículas
genitais.
Ao tomar Valaciclovir Aurovitas com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou se tiver recentemente
tomado
quaisquer
outros
medicamentos,
incluindo
medicamentos
obtidos
receita médica e medicamentos à base de plantas.
Informe
médico
farmacêutico
estiver
a tomar
quaisquer
outros
medicamentos que afetem os rins. Estes incluem: aminoglicosídeos, compostos
orgânicos
platina,
meios
contraste
iodados,
metotrexato,
pentamidina,
foscarnet, ciclosporina, tacrolimus, cimetidina e probenecide.
Se estiver a tomar Valaciclovir Aurovitas para o tratamento de zona ou após ter sido
submetido
transplante
órgãos,
informe
sempre
médico
farmacêutico sobre outros medicamentos que esteja a tomar.
Gravidez e aleitamento
Valaciclovir Aurovitas não é normalmente recomendado para utilização durante a
gravidez. Se está grávida ou suspeita que possa estar, ou se está a planear
engravidar não tome Valaciclovir Aurovitas sem consultar o seu médico. O seu
médico vai avaliar os benefícios para si, em relação aos riscos para o seu bebé de
tomar Valaciclovir Aurovitas durante a gravidez ou aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Valaciclovir Aurovitas pode causar efeitos secundários que afetam a sua capacidade
de conduzir.
Não conduza nem utilize máquinas a menos que tenha a certeza que não é afetado.
Como tomar Valaciclovir Aurovitas
Tomar Valaciclovir Aurovitas sempre de acordo com as indicações do médico. Fale
com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose que deve tomar depende da indicação para a qual o seu médico lhe
prescreveu Valaciclovir Aurovitas. O seu médico vai falar disso consigo.
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Tratamento da zona
A dose habitual é de 1000 mg (um comprimido de 1000 mg ou dois comprimidos de
500 mg) três vezes ao dia.
Deve tomar Valaciclovir Aurovitas durante 7 dias.
Tratamento do herpes labial
A dose habitual é de 2000 mg (dois comprimidos de 1000 mg ou quatro comprimidos
de 500 mg) duas vezes ao dia.
A segunda dose deve ser tomada 12 horas (não antes de 6 horas) após a primeira.
Deve tomar Valaciclovir Aurovitas apenas durante 1 dia (duas doses).
Tratamento de infeções da pele a HSV e herpes genital
A dose habitual é de 500 mg (um comprimido de 500 mg) duas vezes ao dia.
Para a primeira infeção deve tomar Valaciclovir Aurovitas durante 5 dias ou até 10
dias se o seu médico assim o indicar. Para infeções recorrentes a duração do
tratamento é normalmente de 3-5 dias.
Auxiliar na prevenção da recorrência de infeções a HSV
A dose habitual é 250 mg duas vezes ao dia (500 mg dose diária total).
Tomar um comprimido de 250 mg duas vezes por dia pode beneficiar algumas
pessoas com recorrências frequentes (em vez de um comprimido de 500 mg uma
vez ao dia).
Deve tomar Valaciclovir Aurovitas até que o seu médico lhe diga para parar.
Para o impedir de ser infetado pelo citomegalovirus
A dose habitual é de 2000 mg (dois comprimidos de 1000 mg ou quatro comprimidos
de 500 mg) quatro vezes ao dia.
Deve tomar as doses separadas por intervalos de cerca de 6 horas.
Normalmente começará a tomar Valaciclovir Aurovitas assim que possível após a
cirurgia.
Deve tomar Valaciclovir Aurovitas durante cerca de 90 dias após a sua cirurgia, até
que o seu médico lhe diga para parar.
O seu médico pode ajustar a dose de Valaciclovir Aurovitas se:
Tem mais de 65 anos de idade
Tem um sistema imunitário fraco.
Tem problemas de rins.
Se alguma das condições acima descritas se aplicar a si, fale com o seu médico antes
de tomar Valaciclovir Aurovitas.
Ao tomar este medicamento
Tome este medicamento pela boca.
Engula os comprimidos inteiros com água.
Tome Valaciclovir Aurovitas todos os dias à mesma hora.
Tome
Valaciclovir Aurovitas
acordo
instruções
seu médico
farmacêutico.
Pessoas com mais de 65 anos de idade ou com problemas de rins.
Enquanto está a tomar Valaciclovir Aurovitas é muito importante que beba água com
regularidade durante o dia. Isto vai ajudar a reduzir os efeitos secundários que
podem afetar os rins ou o sistema nervoso. O seu médico vai controlá-lo quanto a
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sinais destes efeitos. Os efeitos secundários a nível do sistema nervoso podem incluir
sentir-se confuso ou agitado, ou sentir-se demasiado sonolento.
Se tomar mais Valaciclovir Aurovitas do que deveria
Valaciclovir Aurovitas normalmente não é prejudicial, a menos que tome demasiados
comprimidos ao longo de vários dias. Se tomar demasiados comprimidos pode
sentir-se
indisposto,
vómitos,
sentir-se
confuso,
agitado
demasiado
sonolento. Se tiver tomado demasiados comprimidos de Valaciclovir Aurovitas fale
com o seu médico ou farmacêutico. Leve a embalagem do medicamento consigo.
Caso se tenha esquecido de tomar Valaciclovir Aurovitas
Caso se tenha esquecido de tomar Valaciclovir Aurovitas tome a dose esquecida logo
que se lembre. No entanto, se estiver quase na hora da próxima dose, salte a dose
esquecida.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Efeitos secundários possíveis
Como
todos
medicamentos,
Valaciclovir
Aurovitas
pode
causar
efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Podem
ocorrer os seguintes efeitos secundários com este medicamento:
Doenças em que deve estar atento:
Reações alérgicas graves (anafilaxia). Estas são raras nas pessoas que tomam
Valaciclovir Aurovitas. Os sintomas de rápido desenvolvimento incluem:
pele vermelha, com prurido e erupção.
inchaço dos lábios, face, pescoço e garganta, causando dificuldade em respirar
(angioedema).
redução da pressão arterial conduzindo a colapso.
Se tiver uma reação alérgica pare de tomar Valaciclovir Aurovitas e contacte
imediatamente um médico.
Muito frequentes (afetam mais de 1 em 10 pessoas):
dores de cabeça.
Frequentes (afetam 1 a 10 pessoas em 100):
enjoos
tonturas
vómitos
diarreia
reação cutânea após exposição à luz do sol (fotossensibilidade)
erupção cutânea.
Pouco frequentes (afetam 1 a 100 pessoas em 1000):
sensação de confusão
ver ou ouvir coisas que não existem (alucinações)
sentir-se muito sonolento
tremores
sentir-se agitado
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Estes efeitos secundários ao nível do sistema nervoso normalmente ocorrem em
pessoas com problemas de rins, em idosos ou em doentes com transplantes de
órgãos a tomarem doses elevadas de 8 g ou mais de Valaciclovir Aurovitas por dia.
Estes efeitos normalmente melhoram quando o tratamento com valaciclovir é
interrompido ou a dose é reduzida.
Outros efeitos secundários pouco frequentes:
falta de ar (dispneia)
desconforto no estômago
erupção cutânea, por vezes com prurido, do tipo urticária
dor na parte inferior das costas (dor nos rins)
sangue na urina (hematúria).
Efeitos secundários pouco frequentes que podem surgir nas análises sanguíneas:
redução do numero de células brancas do sangue (leucopenia)
redução no número de plaquetas sanguíneas, que são células que auxiliam na
coagulação do sangue (trombocitopenia)
aumento de substâncias produzidas pelo fígado.
Raros (afetam 1 a 1000 pessoas em 10000)
insegurança no andar e falta de coordenação (ataxia).
discurso lento, desarticulado (disartria)
convulsões
funções cerebrais alteradas (encefalopatia)
inconsciência (coma)
pensamentos confusos ou distorcidos
desorientação e confusão, muitas vezes acompanhadas de alucinações (delírio).
Estes efeitos secundários ao nível do sistema nervoso normalmente ocorrem em
pessoas com problemas de rins, em idosos ou em doentes com transplantes de
órgãos a tomarem doses elevadas de 8 g ou mais de Valaciclovir Aurovitas por dia.
Estes efeitos normalmente melhoram quando o tratamento com valaciclovir é
interrompido ou a dose é reduzida.
Outros efeitos secundários raros:
problemas de rins em que é produzida pouca ou nenhuma urina.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Como conservar Valaciclovir Aurovitas
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Valaciclovir Aurovitas após o prazo de validade impresso no rótulo,
embalagem exterior ou frasco, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último
dia do mês indicado.
Não conservar acima de 30
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Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
Outras informações
Qual a composição de Valaciclovir Aurovitas
A substância ativa é o valaciclovir. Cada comprimido contém 500 mg ou 1000 mg de
valaciclovir (como cloridrato de valaciclovir mono-hidratado).
Os outros componentes são:
núcleo do comprimido: celulose microcristalina, povidona, estearato de magnésio
revestimento
comprimido
(Opadry
White
Y-5-7068):
hipromelose,
hidroxipropilcelulose, dióxido de titânio (E171), macrogol 400.
Qual o aspeto de Valaciclovir Aurovitas e conteúdo da embalagem
Valaciclovir Aurovitas comprimidos são ovais, de cor branca, biconvexos e revestidos
por película com os seguintes tamanhos e marcações:
Comprimidos de 500 mg: 17,6 x 8,8 mm com VC2 gravado numa das faces
Comprimidos de 1000 mg: 22,0 x 11,0 mm com VC3 gravado numa das faces
Blister PVC/Alumínio
Tamanho das apresentações (blisteres): 10, 20, 21, 24, 30, 42, 60, 90 comprimidos
revestidos por película.
Frasco em HDPE com tampa inviolável em LDPE
Tamanho das apresentações (frascos): 10, 30, 100, 250 comprimidos revestidos por
película
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Aurovitas Unipessoal, Lda.
Avenida do Forte, Nº 3,
Parque Suécia, Edifício IV, 2º
2794-038 Carnaxide
Fabricante
Actavis hf.
Reykjavíkurvegur 76,
IS-220 Hafnarfjörður
Islândia
e/ou
Balkanpharma Dupnitsa AD
3 Samokovsko Shosse Str.
Dupnitsa 2600
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BULGARIA
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Áustria
Valaciclovir Actavis 500 mg Filmtabletten. Valaciclovir Actavis 1000 mg
Filmtabletten
Bélgica
Valaciclovir Apotex 500 mg. Valaciclovir Apotex 1000 mg
Dinamarca
Valaciclovir Actavis 500 mg. Valaciclovir Actavis 1000 mg
Finlândia
Valaciclovir
Actavis
Tabletti,
kalvopäällysteinen.
Valaciclovir Actavis 1000 mg Tabletti, kalvopäällysteinen
Holanda
Valaciclovir Actavis 500 mg. Valaciclovir Actavis 1000 mg
Irlanda
Valaciclovir Actavis 500 mg Tablets. Valaciclovir Actavis 1000 mg
Tablets
Itália
Valaciclovir Actavis 500 mg compresse rivestite con film. Valaciclovir
Actavis 1 g compresse rivestite con film
Noruega
Valaciclovir Actavis 500 mg. Valaciclovir Actavis 1000 mg
Reino Unido
Valaciclovir 500 mg Tablets. Valaciclovir 1000 mg Tablets
Suécia
Valaciclovir Actavis 500 mg. Valaciclovir Actavis 1000 mg
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
NOME DO MEDICAMENTO
Valaciclovir Aurovitas 500 mg comprimidos revestidos por película
Valaciclovir Aurovitas 1000 mg comprimidos revestidos por película
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 500 mg de valaciclovir (como cloridrato de
valaciclovir mono-hidratado).
Cada comprimido revestido por película contém 1000 mg de valaciclovir (como cloridrato de
valaciclovir mono-hidratado).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimidos de 500 mg: comprimidos ovais, de cor branca, biconvexos, revestidos
por película, de 17,6 x 8,8 mm, com VC2 gravado numa das faces
Comprimidos de 1000 mg: comprimidos ovais, de cor branca, biconvexos, revestidos
por película, de 22,0 x 11,0 mm, com VC3 gravado numa das faces
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Indicações terapêuticas
Infeções a Vírus Varicela Zoster (VZV) – herpes zoster
Valaciclovir Aurovitas está indicado no tratamento do herpes zoster (zona) e zoster
oftálmica em adultos imunocompetentes (ver secção 4.4).
Valaciclovir Aurovitas está indicado no tratamento do herpes zoster em doentes
adultos com imunossupressão ligeira a moderada (ver secção 4.4).
Infeções a vírus Herpes simplex (HSV)
Valaciclovir Aurovitas está indicado
No tratamento e supressão de infeções a HSV da pele e membranas mucosas
incluindo
tratamento
primeiro
episódio
herpes
genital
doentes
adultos
adolescentes imunocompetentes, e em adultos imunocomprometidos
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tratamento de recorrências de herpes genital em doentes adultos e adolescentes
imunocompetentes, e em adultos imunocomprometidos
supressão
herpes
genital
recorrente
doentes
adultos
adolescentes
imunocompetentes, e em adultos imunocomprometidos
Tratamento e supressão de infeções oculares recorrentes por HSV (ver secção 4.4).
Não
foram
conduzidos
estudos
clínicos
doentes
infetados
imunocomprometidos por outras causas além da infeção a HIV (ver secção 5.1).
Infeções a Citomegalovirus (CMV)
Valaciclovir Aurovitas está indicado na profilaxia da infeção e doença a CMV após
transplante de órgãos em adultos e adolescentes (ver secção 4.4).
Posologia e modo de administração
Infeções a Vírus Varicela zoster (VZV) - herpes zoster
Os doentes devem ser aconselhados a iniciar o tratamento assim que possível após o
diagnóstico de herpes zoster. Não existem dados relativos a tratamentos iniciados
mais de 72 horas após o início da erupção cutânea zoster.
Adultos imunocompetentes
A dose em doentes imunocompetentes é de 1000 mg três vezes ao dia durante sete
dias (dose diária total de 3000 mg). Esta dose deve ser reduzida de acordo com a
depuração da creatinina (ver Compromisso Renal abaixo).
Adultos imunocomprometidos
A dose em doentes imunocomprometidos é de 1000 mg três vezes ao dia durante
pelo menos sete dias (dose diária total 3000 mg) e durante 2 dias após a formação
de crosta nas lesões. Esta dose deve ser reduzida de acordo com a depuração da
creatinina (ver Compromisso Renal abaixo).
doentes
imunocomprometidos
tratamento
antiviral
sugerido
naqueles
doentes que apresentem formação de vesículas no período de uma semana ou em
qualquer altura antes da formação de crostas em todas as lesões.
Tratamento de infeções pelo vírus herpes simplex (HSV) em adultos e adolescentes
(≥ 12 anos)
Adultos e Adolescentes (≥12 anos) imunocompetentes
A dose é de 500 mg de valaciclovir duas vezes ao dia (dose diária total de 1000 mg).
Esta dose deve ser reduzida de acordo com a depuração da creatinina (ver
Compromisso Renal abaixo).
Para episódios recorrentes, o tratamento deve ter a duração de três a cinco dias.
Para episódios iniciais, que podem ser mais graves, o tratamento pode ter de se
prolongar até dez dias. O tratamento deve iniciar-se o mais cedo possível. Para
episódios
recorrentes
herpes
simplex
tratamento
deve
iniciar-se
preferencialmente
durante
período
prodrómico
imediatamente
após
aparecimento dos primeiros sinais ou sintomas. Valaciclovir Aurovitas pode prevenir
o desenvolvimento das lesões quando tomado aos primeiros sinais e sintomas de
uma recorrência HSV.
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Herpes labial
No herpes labial, 2000 mg de valaciclovir duas vezes ao dia durante um dia
constituem tratamento eficaz em adultos e adolescentes. A segunda dose deve ser
tomada cerca de 12 horas (nunca antes de 6 horas) após a primeira dose. Esta dose
deve ser reduzida de acordo com a depuração da creatinina (ver Compromisso Renal
abaixo).
Quando se utiliza este esquema posológico o tratamento não deve exceder um dia,
uma vez que se verificou que o prolongamento do tratamento não resulta em
benefícios clínicos adicionais. A terapêutica deve iniciar-se aos primeiros sintomas do
herpes (por exemplo formigueiro, prurido ou sensação de queimadura).
Adultos imunocomprometidos
No tratamento do HSV em doentes imunocomprometidos, a dose é de 1000 mg duas
vezes ao dia durante pelo menos 5 dias, após avaliação da gravidade da condição
clínica e do estado imunológico do doente. Para episódios iniciais, que podem ser
mais graves, o tratamento pode ter de se prolongar até dez dias. O tratamento deve
iniciar-se o mais cedo possível. Esta dose deve ser reduzida de acordo com a
depuração da creatinina (ver Compromisso Renal abaixo). Para obter o máximo
benefício clínico o tratamento deve iniciar-se no intervalo de 48 horas. Recomenda-
se uma monitorização estreita da evolução das lesões.
Supressão da recorrência de infeções a vírus herpes simplex (HSV) em adultos e
adolescentes (≥12 anos)
Adultos e adolescentes (≥12 anos) imunocompetentes
A dose é de 250 mg de valaciclovir tomados duas vezes por dia (dose diária total de
500 mg). A administração da dose diária de 500 mg repartida por duas tomas (250
mg duas vezes ao dia) pode fornecer um benefício adicional a alguns doentes com
recorrências muito frequentes (≥10/ano na ausência de terapêutica) (em vez de 500
mg uma vez por dia). Esta dose deve ser reduzida de acordo com a depuração da
creatinina (ver Compromisso Renal abaixo). O tratamento deve ser reavaliado após 6
a 12 meses de terapêutica.
Adultos imunocomprometidos
A dose é de 500 mg de valaciclovir duas vezes ao dia. Esta dose deve ser reduzida
de acordo com a depuração da creatinina (ver Compromisso Renal abaixo). O
tratamento deve ser reavaliado após 6 a 12 meses de terapêutica.
Profilaxia da infeção e doença a citomegalovirus (CMV) em adultos e adolescentes
(≥12 anos).
A dose de valaciclovir é de 2000 mg quatro vezes ao dia, devendo ser iniciada tão
cedo quanto possível após o transplante. Esta dose deve ser reduzida de acordo com
a depuração da creatinina (ver Compromisso Renal abaixo).
A duração do tratamento é normalmente de 90 dias, mas pode ter de ser prolongada
em doentes de alto risco.
Populações especiais
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Crianças
Não foi avaliada a eficácia do valaciclovir em crianças com idade inferior a 12 anos.
Idosos
Nos idosos deve ser considerada a possibilidade de compromisso renal e a dose deve
ser ajustada em função desta avaliação (ver Compromisso renal abaixo). Deve ser
mantida uma hidratação adequada.
Compromisso Renal
Aconselha-se
precaução
administração
valaciclovir
doentes
compromisso da função renal. Deve ser mantida uma hidratação adequada. A dose
de valaciclovir deve ser reduzida em doentes com compromisso da função renal,
conforme tabela 1 abaixo.
Em doentes a fazerem hemodiálise intermitente, a dose de valaciclovir deve ser
administrada após a sessão de hemodiálise. A depuração da creatinina deve ser
monitorizada com frequência, especialmente durante períodos em que a função renal
se altera rapidamente, por exemplo imediatamente após transplante renal. A dose
de valaciclovir deve ser adequadamente ajustada.
Compromisso Hepático
Estudos
dose
1000
valaciclovir
doentes
adultos
demonstraram que não é necessária alteração da dose em doentes com cirrose
ligeira
moderada
(manutenção
função
síntese
hepática).
Dados
farmacocinéticos em doentes adultos com cirrose avançada (compromisso da função
síntese
hepática
evidência
derivação
portal-sistémica)
não
indicam
necessidade de ajuste da dose; no entanto, a experiência clínica é limitada. Para
doses mais elevadas (4000 mg ou mais por dia) ver secção 4.4.
Tabela 1: Ajustes de dose na Insuficiência renal
Indicação Terapêutica
Clearance
Creatinina
(ml/min)
Dose de Valaciclovira
Infeções a Vírus Varicella-Zoster (VZV)
Tratamento do herpes zoster (zona) em
adultos
imunocompetentes
imunocomprometidos
≥50
30 a 49
10 a 29
1000 mg três vezes por
1000
duas
vezes
por dia
1000 mg uma vez por
500 mg uma vez por
Infeções a Vírus Herpes Simplex (HSV)
Tratamento de infeções HSV
adultos
adolescentes
imunocompetentes
≥ 30
< 30
500 mg duas vezes por
500 mg uma vez por
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INFARMED
- adultos imunocomprometidos
≥ 30
< 30
1000
duas
vezes
por dia
1000 mg uma vez por
Tratamento do herpes labials em adultos
adolescentes
imunocompetentes
(regime alternativo de 1 dia)
≥50
30 a 49
10 a 29
<10
2000mg
duas
vezes
por dia
1000
duas
vezes
por dia
500 mg duas vezes por
500 mg dose única
Supressão de infeções a HSV
adultos
adolescentes
imunocompetentes
≥ 30
< 30
250 mg duas vezes por
diab
250 mg uma vez por
- adultos imunocomprometidos
≥ 30
< 30
500 mg duas vezes por
250 mg duas vezes por
Infeções a citomegalovirus (CMV)
Profilaxia
adultos
adolescentes com transplante de órgãos
≥75
50 a <75
25 a <50
10 a <25
<10
diálise
2000 mg quatro vezes
por dia
1500 mg quatro vezes
por dia
1500 mg três vezes por
1500
duas
vezes
por dia
1500 mg uma vez por
aPara doentes em hemodiálise intermitente, a dose deve ser administrada após a
sessão de diálise nos dias de diálise.
bPara supressão HSV em doentes imunocompetentes com um historial de ≥10
recorrências/ano, podem ser obtidos melhores resultados com 250 mg duas vezes ao
dia.
Contraindicações
Hipersensibilidade ao valaciclovir ou ao aciclovir ou a qualquer um dos excipientes
(ver secção 6.1).
Advertências e precauções especiais de utilização
Estado de hidratação
Devem ser tomadas precauções assegurar-se uma ingestão adequada de fluidos nos
doentes em risco de desidratação, particularmente nos idosos.
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Utilização em doentes com compromisso renal e em doentes idosos
O aciclovir é eliminado por depuração renal pelo que a dose de valaciclovir deve ser
reduzida em doentes com compromisso renal (ver secção 4.2). Os doentes idosos
podem ter a função renal diminuída pelo que se deve considerar uma redução da
dose quando se trata este grupo etário. Quer os doentes idosos quer os doentes com
compromisso
renal
apresentam
risco
acrescido
desenvolverem
efeitos
secundários neurológicos pelo que devem ser cuidadosamente monitorizados quanto
a evidência destes efeitos. Nos casos relatados estas reações foram geralmente
reversíveis após suspensão do tratamento (ver secção 4.8).
Utilização de doses mais elevadas de valaciclovir no compromisso hepático e
transplante hepático
Não existem dados disponíveis sobre a utilização de doses mais elevadas (4000 mg
ou mais por dia) em doentes com doença hepática. Não foram efetuados estudos
específicos com valaciclovir no transplante hepático, pelo que a administração de
doses diárias superiores a 4000 mg deve ser feita com precaução nestes doentes.
Utilização no tratamento da zona
A resposta clínica deve ser rigorosamente monitorizada, particularmente em doentes
imunocomprometidos.
Quando
resposta
terapêutica
oral
considerada
insuficiente deve considerar-se a terapia antiviral intravenosa.
Os doentes com herpes zoster complicado, isto é aqueles em que há envolvimento
visceral, zona disseminada, neuropatias motoras, encefalopatia e complicações
vasculares cerebrais devem ser tratados com terapêutica antiviral intravenosa.
Além disso, os doentes imunocomprometidos com zoster oftálmico ou aqueles com
elevado risco de disseminação da doença e envolvimento dos órgãos viscerais devem
ser tratados com terapêutica antiviral intravenosa.
Transmissão do herpes genital
Os doentes devem ser aconselhados a evitar relações sexuais quando os sintomas
estão presentes, mesmo que já tenha sido iniciado tratamento com um antiviral.
Durante
tratamento
supressão
agentes
antivirais
frequência
transmissão viral é significativamente reduzida. No entanto o risco de transmissão
continua
existir.
Assim,
adicionalmente
terapêutica
valaciclovir,
recomendado que os doentes utilizem práticas sexuais mais seguras.
Utilização nas infeções oculares a HSV
A resposta clínica deve ser cuidadosamente monitorizada nestes doentes. Quando se
preveja que a resposta à terapêutica oral seja insuficiente, deve ser considerada a
terapêutica antiviral intravenosa.
Utilização nas infeções por CMV
Dados sobre a eficácia do valaciclovir em doentes transplantados (~200) com
elevado risco de doença a CMV (por exemplo, dador CMV positivo/recetores CMV
negativo ou utilização de terapêutica indutora da globulina anti-timócitos) indicam
que o valaciclovir apenas deve ser utilizado nestes doentes quando as precauções de
segurança impossibilitam a utilização de valganciclovir ou ganciclovir.
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
Doses elevadas de valaciclovir, como as necessárias na profilaxia do CMV, podem
resultar em acontecimentos adversos mais frequentes, incluindo anomalias no SNC,
que os observados com doses mais baixas administradas para outras indicações (ver
secção 4.8). Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados relativamente a
alterações na função renal, e as doses ajustadas adequadamente (ver secção 4.2).
Interações medicamentosas e outras formas de interação
A combinação de valaciclovir com medicamentos nefrotóxicos deve ser feita com
precaução, especialmente em doentes com compromisso da função renal, e requer
vigilância regular da função renal. Isto aplica-se à administração concomitante com
aminoglicosídeos,
organoplatinas,
meios
contraste
iodados,
metotrexato,
pentamidina, foscarnet, ciclosporina e tacrolimus.
O aciclovir é eliminado na urina, principalmente sob a forma inalterada, por secreção
tubular ativa renal. Após 1000 mg de valaciclovir, a cimetidina e o probenecide
reduzem a depuração renal do aciclovir e aumentam a AUC do aciclovir em cerca de
25% e 45%, respetivamente, por inibição da secreção renal ativa de aciclovir. A
cimetidina e o probenecide administrados juntamente com valaciclovir aumentaram
a AUC do aciclovir em cerca de 65%. Outros medicamentos (incluindo por exemplo,
o tenofovir) administrados concomitantemente, que competem com ou inibem a
secreção tubular ativa, podem aumentar as concentrações de aciclovir por este
mecanismo. De igual modo, a administração de valaciclovir pode aumentar as
concentrações plasmáticas de substâncias administradas concomitantemente.
Em doentes submetidos a maior exposição ao aciclovir derivado do valaciclovir (por
exemplo
doses usadas para
tratamento
zona
profilaxia
CMV),
recomenda-se precaução durante a administração concomitante com fármacos que
inibem a secreção tubular renal ativa.
Foram observados aumentos das AUCs plasmáticas do aciclovir e do metabolito
inativo do micofenolato de mofetil, um agente imunossupressor usado em doentes
transplantados, quando os dois medicamentos foram coadministrados. Não são
observadas alterações nos picos das concentrações ou AUCs com a coadministração
de valaciclovir e micofenolato de mofetil em voluntários saudáveis. A experiência
clínica do uso desta associação é limitada.
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados disponíveis sobre a utilização de valaciclovir e de aciclovir na
gravidez são limitados, (os registos de gravidez que documentaram o desenlace final
da gravidez em mulheres expostas a valaciclovir ou a aciclovir (o metabolito ativo do
valaciclovir) oral ou intravenoso; 111 e 1246 resultados finais (29 e 756 expostas
durante o primeiro trimestre de gravidez, respetivamente), e a experiência pós
comercialização
não
indicam
existência
malformações
toxicidade
fetal/neonatal. Estudos em animais não demonstram toxicidade reprodutiva do
valaciclovir (ver secção 5.3). O valaciclovir apenas deve ser usado durante a
gravidez
benefícios
potenciais
tratamento
compensarem
riscos
potenciais.
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
Aleitamento
O aciclovir, principal metabolito do valaciclovir, é excretado no leite materno. No
entanto, para doses terapêuticas de valaciclovir não são esperados efeitos nos
recém-nascidos/crianças amamentadas uma vez que a dose ingerida pela criança é
menos de 2% da dose terapêutica do aciclovir intravenoso para o tratamento do
herpes nenonatal (ver secção 5.2). O valaciclovir deve ser utilizado com precaução
durante o aleitamento e apenas quando clinicamente indicado.
Fertilidade
O valaciclovir, administrado por via oral, não afetou a fertilidade em ratos. Com
doses parentéricas elevadas de aciclovir foram observadas atrofia testicular e
aspermatogenese em ratos e cães. Não foram efetuados estudos de fertilidade
humana com valaciclovir, mas em 20 doentes submetidos a 6 meses de tratamento
diário com 400 a 1000 mg de aciclovir não foram registadas alterações na contagem,
motilidade ou morfologia dos espermatozoides.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram efetuados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar
máquinas. Ao considerar a capacidade do doente para conduzir ou operar máquinas
devem ser tidos em consideração o estado clínico do doente e o perfil de reações
adversas do valaciclovir. Além disso, um efeito negativo sobre tais atividades não
pode ser previsto a partir da farmacologia da substância ativa.
Efeitos indesejáveis
As reações adversas mais frequentes, notificadas em pelo menos uma indicação por
doentes tratados com valaciclovir em ensaios clínicos, foram cefaleias e náusea. As
reações adversas mais graves tais como púrpura trombocitopénica trombótica/
síndrome urémico hemolítico, insuficiência renal aguda e distúrbios neurológicos são
discutidos com mais detalhe noutras secções.
Os efeitos indesejáveis são listados abaixo por classe de órgãos e frequência.
São usadas as seguintes categorias de frequência para a classificação dos efeitos
adversos:
Muito frequentes
≥1/10
Frequentes
≥1/100, <1/10
Pouco frequentes
≥1/1000, <1/100
Raros
≥1/10000, <1/1000
Muito raros
≤1/10000
Para atribuir categorias de frequência às reações adversas foram usados os dados de
ensaios clínicos quando, nos ensaios, existia evidência de uma associação com
valaciclovir.
Para reações adversas identificadas na experiência pós comercialização, mas não
observadas nos ensaios clínicos, foi usado, na atribuição de categoria de frequência,
o valor mais conservador da estimativa do ponto (“regra de três”). Para reações
adversas
identificadas
como
associadas
valaciclovir
experiência
pós
comercialização e observadas em ensaios clínicos, foi usado o estudo da incidência
para atribuir categorias de frequência. A base de dados de segurança dos ensaios
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
clínicos é baseada em 5855 indivíduos expostos ao valaciclovir, em ensaios clínicos
abrangendo
múltiplas
indicações
(tratamento
herpes
zoster,
tratamento/supressão do herpes genital e tratamento do herpes labial).
Dados de ensaios clínicos
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes: cefaleias.
Doenças gastrointestinais
Frequentes: Náuseas.
Dados pós comercialização
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes: leucopénia, trombocitopenia.
A leucopenia é principalmente notificada em doentes imunocomprometidos.
Doenças do sistema imunitário
Raros: anafilaxia.
Perturbações do foro psiquiátrico e doenças do sistema nervoso
Frequentes: tonturas.
Pouco frequentes: confusão, alucinações, redução do estado de consciência, tremor,
agitação.
Raros: ataxia, disartria, convulsões, encefalopatia, coma, sintomas psicóticos, delírio
Distúrbios neurológicos, por vezes graves, podem estar associados à encefalopatia e
incluir
confusão,
agitação,
convulsões,
alucinações,
coma.
Estes
efeitos
são
geralmente reversíveis e são normalmente observados em doentes com insuficiência
renal
outros
fatores
predisposição
(ver
secção
4.4).
doentes
receberam transplante de órgãos tratados com doses elevadas (8000 mg diários) de
valaciclovir
para
profilaxia
CMV,
reações
neurológicas
ocorreram
mais
frequentemente comparativamente com as situações em que se usaram doses mais
baixas para outras indicações.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes: dispneia.
Doenças gastrointestinais
Frequentes: vómitos, diarreia.
Pouco frequentes: desconforto abdominal.
Afeções hepatobiliares
Pouco frequentes: aumentos reversíveis dos valores dos testes da função hepática
(por exemplo, bilirrubina, enzimas hepáticas).
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes: erupção cutânea incluindo fotossensibilidade, prurido.
Pouco frequentes: urticária.
Raros: angioedema.
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes: dor renal, hematúria (frequentemente associada a outros eventos
renais).
Raros: compromisso renal, insuficiência renal aguda (especialmente nos doentes
idosos ou em doentes com compromisso renal a receberem doses superiores às
recomendadas).
A dor renal pode estar associada a insuficiência renal.
Foi também notificada a precipitação intratubular de cristais de aciclovir no rim. Deve
assegurar-se uma adequada ingestão de fluidos durante o tratamento (ver secção
4.4).
Informação adicional em populações especiais
Foram notificados casos de insuficiência renal, anemia hemolítica microangiopática e
trombocitopenia
(por
vezes
associação)
doentes
adultos
gravemente
imunocomprometidos, particularmente no caso de infeção VIH avançada, a receber
doses elevadas (8000 mg por dia) de valaciclovir durante períodos prolongados em
ensaios clínicos. Estes efeitos foram também observados em doentes não tratados
com valaciclovir, com as mesmas situações subjacentes ou concomitantes.
Sobredosagem
Sintomas e sinais
Em doentes que receberam sobredoses de valaciclovir foram notificados insuficiência
renal aguda e sintomas neurológicos, incluindo confusão, alucinações, agitação
redução do estado de consciência e coma. Podem também ocorrer náuseas e
vómitos. É necessário ter precaução para prevenir uma sobredosagem inadvertida.
Muitos dos casos notificados envolvem doentes com problemas renais e doentes
idosos a receberem múltiplas sobredoses devido à inexistência de ajustes de dose
adequados.
Tratamento:
Os doentes devem ser cuidadosamente observados quanto a sinais de toxicidade. A
hemodiálise
auxilia
remoção
aciclovir
sangue,
pelo
poderá
considerada como tratamento opcional em caso de sobredosagem sintomática.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
Nucleósidos
nucleótidos,
excluindo
inibidores
transcriptase reversa.
Código ATC: J05AB11
Mecanismo de ação
O valaciclovir, um antiviral, é o éster L-valina do aciclovir. O aciclovir é um análogo
do nucleósido purina (guanina).
No Homem, o valaciclovir é rápida e quase completamente convertido em aciclovir e
valina, provavelmente pela enzima valaciclovir hidrolase.
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
O aciclovir é um inibidor específico dos vírus herpes com uma atividade in vitro
contra os vírus herpes simplex (HSV) tipo 1 e tipo 2, vírus varicela zoster (VZV),
citomegalovírus (CMV), vírus Epstein-Barr (EBV), e vírus herpes humano 6 (HHV-6).
O aciclovir inibe a síntese de DNA dos vírus herpes, uma vez fosforilado sob forma
ativa de trifosfato.
A primeira fase da fosforilação requer a atividade de uma enzima específica do vírus.
No caso do HSV, VZV e EBV esta enzima é a timidina cinase vírica (TK), presente
apenas nas células infetadas pelo vírus. A seletividade é mantida no CMV com a
fosforilação, pelo menos em parte, mediada pelo gene da fosfotransferase, codificado
por UL97. Este requisito de ativação do aciclovir por uma enzima específica do vírus
explica largamente a seletividade deste fármaco.
O processo de fosforilação é completado (conversão de mono a trifosfato) por
cinases celulares. O aciclovir trifosfato inibe competitivamente a DNA polimerase do
vírus e a incorporação deste análogo de nucleósido obriga à terminação da cadeia,
impedindo a síntese do DNA viral e bloqueando assim a replicação viral.
Efeitos farmacodinâmicos
A resistência ao aciclovir é normalmente devida a uma deficiência fenotípica da
timidina cinase, que resulta num vírus com desvantagem no hospedeiro natural. Foi
descrita sensibilidade reduzida ao aciclovir como resultado de alterações subtis quer
na timidina cinase do vírus quer na DNA polimerase. A virulência destas variantes
assemelha-se à do vírus selvagem.
A monitorização de isolados clínicos HSV e VZV de doentes sob terapêutica ou
profilaxia com aciclovir, revelou que os vírus com sensibilidade reduzida ao aciclovir
eram de ocorrência extremamente rara em doentes imunocompetentes, e que os
mesmos
encontram
pouca
frequência
indivíduos
gravemente
imunocomprometidos, como por exemplo doentes submetidos a transplantes de
medula óssea ou órgãos, doentes sujeitos a quimioterapia para doenças malignas e
indivíduos infetados com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).
Estudos clínicos
Infeção a Vírus Varicela Zoster
O valaciclovir acelera a resolução da dor: reduz a sua duração e a proporção de
doentes com dor associada a zona, incluindo a dor aguda e, em doentes com mais de
anos,
também
a neuralgia
pós-herpética.
valaciclovir
reduz
risco
complicações oculares na zona oftálmica.
A terapêutica intravenosa é normalmente considerada o tratamento padrão no
tratamento da zona em doentes imunocomprometidos; no entanto, a escassez de
dados indica um benefício clínico do valaciclovir no tratamento da infeção VZV
(herpes zoster) em alguns doentes imunocomprometidos, incluindo aqueles com
cancro de órgãos sólidos, HIV, doenças autoimunes, linfoma, leucemia e transplante
das células estaminais.
Infeção a Vírus Herpes Simplex
Para infeções oculares a HSV o valaciclovir deve ser administrado de acordo com as
orientações de tratamento aplicáveis.
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
Foram
efetuados
estudos
tratamento
supressão
herpes
genital
valaciclovir em doentes co-infectados com HIV/HSV, com uma contagem média CD4
>100 células/mm3. O valaciclovir 500 mg duas vezes por dia foi superior a 1000 mg
uma vez por dia na supressão das recorrências sintomáticas. O valaciclovir 1000 mg
duas vezes por dia no tratamento das recorrências foi comparável ao aciclovir oral
200 mg cinco vezes por dia na duração dos episódios de herpes. O valaciclovir não
foi estudado em doentes com deficiência imunitária grave.
Foi documentada a eficácia do valaciclovir no tratamento de outras infeções da pele
a HSV. O valaciclovir demonstrou eficácia no tratamento do herpes labial, mucosite
devida a quimioterapia ou radioterapia, reativação HSV da artoplastia facial e herpes
gladiatorum. Com base na história da experiência com aciclovir, o valaciclovir parece
ser tão eficaz como o aciclovir no tratamento do eritema multiforme, eczema
herpético e panarício herpético.
Demonstrou-se que o valaciclovir reduz o risco de transmissão de herpes genital em
adultos imunocompetentes, quando administrado como terapêutica supressiva e
associado com práticas sexuais seguras. Foi efetuado um estudo de dupla ocultação,
controlado
placebo,
1484
casais
adultos
heterossexuais,
imunocompetentes, discordantes para infeção HSV-2. Os resultados mostraram
significativa redução no risco de transmissão: 75% (aquisição HSV-2 sintomática),
50% (seroconversão HSV-2) e 48% (aquisição HSV-2 geral) para o valaciclovir
comparativamente com o placebo. Entre os indivíduos que participaram num sub-
estudo de infecciosidade viral, o valaciclovir reduziu significativamente o contágio em
73% comparativamente com o placebo (ver secção 4.4 para informação adicional na
redução da transmissão).
Infeção a Citomegalovirus (ver secção 4.4)
A profilaxia do CMV com valaciclovir em indivíduos a receberem transplante de
órgãos (rim, coração) reduz a ocorrência de rejeição aguda do transplante, infeções
oportunistas e outras infeções a vírus herpes (HSV, VZV). Não existe um estudo
comparativo direto versus o valganciclovir para definir a terapêutica ótima para
doentes com transplantes de órgãos.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O valaciclovir é um profármaco do aciclovir. A biodisponibilidade do aciclovir a partir
do valaciclovir é cerca de 3,3-5,5 vezes superior à observada com aciclovir oral. Após
administração oral, o valaciclovir é bem absorvido e rápida e quase completamente
convertido em aciclovir e valina. Esta conversão é provavelmente mediada pela
enzima valaciclovir hidrolase, isolada do fígado humano. A biodisponibilidade do
aciclovir a partir de 1000 mg de valaciclovir é de 54% e não é reduzida pelos
alimentos. A farmacocinética do valaciclovir não é proporcional à dose. A taxa e
extensão de absorção diminuem com o aumento da dose, resultando num aumento
menos proporcional na Cmax ao longo do intervalo de doses terapêuticas e numa
redução da biodisponibilidade para doses superiores a 500 mg. É apresentada de
seguida a estimativa dos parâmetros farmacocinéticos (PK) do aciclovir, após
administração de doses únicas de 250 a 2000 mg de valaciclovir em indivíduos
saudáveis com função renal normal.
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
Aciclovir Parâmetros PK
250 mg
(N=15)
500 mg
(N=15)
1000 mg
(N=15)
2000 mg
(N=8)
Cmax
microgramas/ml
2,20 ±0,38
3,37 ±0,95
5,20 ±1,92
8,30 ±1,43
tmax
horas (h)
0,75 (0,75–
1,5)
(0,75–
2,5)
(0,75–
3,0)
(1,5–
3,0)
h.micrograms/ml
5,50 ±0,82
11,1 ±1,75
18,9 ±4,51
29,5 ±6,36
Cmax = pico da concentração; tmax = tempo para o pico da concentração; AUC =
área sob a curva concentração-tempo. Valores para Cmax e AUC indicam média ±
desvio padrão. Valores para tmax indicam média e intervalo.
O pico das concentrações plasmáticas de valaciclovir inalterado é apenas de cerca de
4% do pico dos níveis de aciclovir, ocorre a um tempo médio de 30 a 100 minutos
após a dose e é igual ou inferior ao limite de quantificação 3 horas após a
administração. Os perfis farmacocinéticos do valaciclovir e aciclovir são similares
após doses simples ou repetidas. As infeções a herpes zoster, herpes simplex e HIV
não alteram significativamente a farmacocinética do valaciclovir e aciclovir após
administração oral de valaciclovir, comparativamente com adultos saudáveis. Em
doentes com transplante a receberem valaciclovir 2000 mg 4 vezes por dia, o pico
concentrações
aciclovir
semelhante
superior
observado
voluntários saudáveis a receberem a mesma dose. As AUCs diárias estimadas são
apreciavelmente superiores.
Distribuição
A ligação do valaciclovir às proteínas plasmáticas é muito baixa (15%). A penetração
líquido
cefalorraquidiano,
determinada
pela
relação
líquido
cefalorraquidiano/plasma, é independente da função renal e foi de cerca de 25%
para o aciclovir e o metabolito 8-OH-ACV e cerca de 2,5% para o metabolito 9-
(carboximetoxi)metilguanina (CMMG).
Biotransformação
Após administração oral, o valaciclovir é convertido em aciclovir e L-valina por
metabolismo de primeira passagem intestinal e/ou hepático. O aciclovir é convertido
em pequena extensão nos metabolitos CMMG pelo álcool e aldeído desidrogenase e
8-hidroxi-aciclovir (8-OH-ACV) pela aldeído oxidase. Aproximadamente 88% da
exposição plasmática total combinada é atribuída ao aciclovir, 11% ao CMMG e 1%
ao 8-OH-ACV. Nem o valaciclovir nem o aciclovir são metabolizados por enzimas do
citocromo P450.
Eliminação
O valaciclovir é eliminado na urina, principalmente na forma de aciclovir (mais de
80% da dose recuperada) e do metabolito do aciclovir CMMG (cerca de 14% da dose
recuperada). O metabolito 8-OH-ACV é detetado na urina apenas em pequenas
quantidades (<2% da dose recuperada). Menos de 1% da dose administrada de
valaciclovir é recuperada na urina na formal inalterada. Em doentes com função
renal normal a semi-vida de eliminação plasmática do aciclovir, quer após doses
simples quer múltiplas de valaciclovir, é de aproximadamente 3 horas.
Populações especiais
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
Compromisso renal
A eliminação do aciclovir está correlacionada com a função renal, e a exposição ao
aciclovir vai aumentar com o aumento da gravidade do compromisso renal. Em
doentes com doença renal terminal, a semi-vida média de eliminação do aciclovir,
após
administração
valaciclovir
aproximadamente
horas,
comparativamente com cerca de 3 horas na função renal normal (ver secção 4.2).
Foi avaliada a exposição ao aciclovir e aos seus metabolitos CMMG e 8-OH-ACV, no
plasma e líquido cefalorraquidiano, em estado estacionário, após a administração de
valaciclovir
doses
múltiplas,
indivíduos
função
renal
normal
(depuração da creatinina média 111 ml/min, intervalo 91-144 ml/min) a receberem
2000 mg a cada 6 horas e em 3 indivíduos com compromisso renal grave (depuração
da creatinina média 26 ml/min, intervalo 17-31 ml/min) a receberem 1500 mg a
cada
horas.
plasma,
assim
como
líquido
cefalorraquidiano,
concentrações de aciclovir, CMMG e 8-OHACV foram, em média, 2, 4 e 5-6 vezes
superiores, respetivamente, no compromisso renal grave comparativamente com a
função renal normal.
Compromisso hepático
Os dados farmacocinéticos indicam que o compromisso hepático diminui a taxa de
conversão do valaciclovir em aciclovir, mas não a extensão de conversão. A semi-
vida do aciclovir não é afetada.
Mulheres grávidas
Um estudo da farmacocinética do valaciclovir e aciclovir durante o final da gravidez
indica que a gravidez não afeta a farmacocinética do valaciclovir.
Transferência para o leite materno
Após administração oral de uma dose de 500 mg de valaciclovir, o pico das
concentrações de aciclovir (Cmax) no leite materno variou de 0,5 a 2,3 vezes as
concentrações séricas maternas correspondentes de aciclovir.
A concentração média de aciclovir no leite materno foi de 2,24 microgramas/ml
(9,95 micromoles/L). Com uma dose materna de valaciclovir de 500 mg duas vezes
ao dia, este nível iria expor o lactente a uma dose oral diária de aciclovir de cerca de
0,61 mg/kg/dia. A semi-vida de eliminação do aciclovir a partir do leite materno foi
semelhante à observada no soro. Não foi detetado valaciclovir inalterado no soro
materno, leite ou na urina do lactente.
Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, com base em
estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dose repetida,
genotoxicidade e potencial carcinogénico.
O valaciclovir, administrado por via oral, não afetou a fertilidade de ratos macho ou
fémea.
O valaciclovir não foi teratogénico em ratos ou coelhos. O valaciclovir é quase
completamente metabolizado em aciclovir. A administração subcutânea de aciclovir,
em testes internacionalmente aceites, não produziu efeitos teratogénicos em ratos
ou coelhos. Em estudos adicionais em ratos foram observadas anomalias fetais e
toxicidade materna com doses subcutâneas que produziram níveis plasmáticos de
APROVADO EM
28-06-2017
INFARMED
aciclovir de 100 microgramas/ml (> 10 vezes superiores que uma dose única de
2000 mg de valaciclovir em seres humanos com função renal normal).
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido
Celulose microcristalina
Povidona
Estearato de magnésio
Revestimento do comprimido
Opadry White Y-5-7068:
Hipromelose
Hidroxipropilcelulose
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 400
Incompatibilidades
Não aplicável.
Prazo de validade
30 meses
Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30
Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de PVC/Alumínio.
Frasco em HDPE com tampa inviolável em LDPE.
Tamanho das apresentações (blisteres): 10, 20, 21, 24, 30, 42, 60, 90 comprimidos
revestidos por película.
Tamanho das apresentações (frascos): 10, 30, 100, 250 comprimidos revestidos por
película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
APROVADO EM
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INFARMED
Aurovitas Unipessoal, Lda.
Avenida do Forte, Nº 3,
Parque Suécia, Edifício IV, 2º
2794-038 Carnaxide
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º Registo: 5173463 – 10 comprimidos, 500 mg, blister de PVC/alumínio
N.º Registo: 5173554 – 21 comprimidos, 1000 mg, blister de PVC/alumínio
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
27 de janeiro de 2009
DATA DA REVISÃO DO TEXTO