Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
28-04-2014
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28-04-2014
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Rontilona 50 microgramas/dose, Suspensão para pulverização nasal
Propionato de fluticasona
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento, pois contém
informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico ou enfermeiro. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Rontilona e para que é utilizada
2. O que precisa de saber antes de utilizar Rontilona
3. Como utilizar Rontilona
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Rontilona
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Rontilona e para que é utilizada
Rontilona pertence ao grupo dos medicamentos corticosteroides para uso nasal.
Rontilona reduz a inflamação no nariz e é utilizado para tratar os seguintes sintomas:
- inchaço e irritação do nariz;
- nariz entupido ou com corrimento nasal;
- comichão no nariz e espirros.
Rontilona é utilizado na prevenção e tratamento de:
- inflamação da mucosa do nariz devido a alergias sazonais (rinite alérgica sazonal), como por
exemplo a febre dos fenos;
- inflamação da mucosa do nariz devido a alergias presentes todo o ano (rinite perene), como por
exemplo alergias a animais, ácaros do pó da casa ou bolores.
Rontilona pode também ajudar no alívio da dor e pressão sinusal associadas, na zona à volta do
nariz e olhos.
2. O que precisa de saber antes de utilizar Rontilona
Não utilize Rontilona
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- se tem alergia (hipersensibilidade) à substância ativa ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6)..
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Rontilona
- se tem alguma infeção no nariz;
- se alguma vez lhe foi dito que tem uma glândula suprarrenal hipoativa (doença de Addison);
- se está a tomar um medicamento chamado ritonavir.
Fale com o seu médico se pensa que se aplica a si.
O benefício total de Rontilona poderá apenas ser evidente após vários dias de tratamento.
Recomenda-se precaução na transferência do tratamento com esteroides sistémicos para
Rontilona, quando se suspeitar de diminuição da função suprarrenal.
Apesar de Rontilona controlar a rinite alérgica sazonal, na maioria dos casos, a estimulação
anormalmente intensa com alergénios no verão poderá, por vezes, exigir terapêutica adicional
apropriada.
Poderão ocorrer efeitos sistémicos com corticosteroides nasais, particularmente se em doses
elevadas prescritas por períodos prolongados. Estes efeitos são muito menos prováveis de
ocorrer com corticosteroides nasais do que com corticosteroides orais e podem variar entre
doentes e entre os diferentes corticosteroides. Os efeitos sistémicos possíveis incluem síndrome
de Cushing, manifestações Cushingoides, adreno-supressão, atraso no crescimento em crianças e
adolescentes, cataratas, glaucoma e, mais raramente, uma série de efeitos psicológicos ou
comportamentais, que incluem hiperatividade psicomotora, distúrbios do sono, ansiedade,
depressão ou agressividade (particularmente em crianças).
O tratamento com doses elevadas superiores às recomendadas pode resultar numa supressão
adrenal clinicamente significativa e durante períodos de stress ou cirurgia programada deve ser
considerada a terapêutica adicional com corticosteroides sistémicos.
Em doentes com infeção por herpes simplex ocular, deverá ser ponderada a suspensão do
tratamento.
Em doentes em fase ativa de tuberculose também se deverá ponderar os benefícios, face aos
eventuais riscos.
Crianças
Foi relatada diminuição da velocidade de crescimento em crianças tratadas com corticosteroides
nasais.
Recomenda-se a monitorização regular da altura das crianças em tratamento prolongado com
corticosteroides nasais. Caso se verifique atraso de crescimento a terapêutica deve ser revista a
fim de reduzir, se possível, a dose de corticosteroide nasal para a dose mais baixa para a qual se
atinge controlo eficaz dos sintomas. Além disso, deverá considerar-se referir o doente a um
pediatra.
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Outros medicamentos e Rontilona
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier
a tomar outros medicamentos.
Alguns medicamentos podem afetar a forma como Rontilona funciona, ou tornar mais provável
que tenha efeitos secundários. Estes incluem:
- ritonavir (utilizado no tratamento do VIH);
- cetoconazol (usado no tratamento de infeções fúngicas);
- esteroides que tome há muito tempo, via injetável ou oral.
Informe o seu médico ou farmacêutico se está a tomar algum destes medicamentos.
Não é provável que ocorram interações clinicamente significativas de Rontilona com outros
medicamentos, devido ao facto de os níveis sanguíneos obtidos após administração nasal serem
muito baixos.
O ritonavir pode aumentar a concentração plasmática de propionato de fluticasona e reduzir a
concentração sérica de cortisol pelo que esta associação deve ser evitada. Foram reportados
casos de síndrome de Cushing e depressão adrenal.
Outros inibidores do citocromo P450 3A4 (ex. eritromicina e cetoconazol), podem produzir
pequenos aumentos da exposição sistémica ao propionato de fluticasona, sem reduzir
significativamente a concentração sérica de cortisol. Contudo, recomenda-se precaução na sua
associação, especialmente nos casos de tratamento prolongado e de inibidores potentes, devido
ao potencial de maior exposição sistémica ao propionato de fluticasona.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu
médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento. O seu médico irá considerar o
benefício para si e o risco para o seu bebé de tomar Rontilona durante a gravidez.
Não se sabe se os componentes de Rontilona podem passar para o leite materno. Se estiver a
amamentar deve confirmar com o seu médico antes de utilizar Rontilona.
A administração nasal direta assegura uma exposição sistémica mínima. No entanto, visto não
haver evidência adequada da segurança do propionato de fluticasona na gravidez ou período de
lactação, a administração de Rontilona em qualquer destas situações só deve ser considerada se o
benefício para a mãe justificar qualquer potencial risco para o feto ou lactente.
Condução de veículos e utilização de máquinas
É improvável que o propionato de fluticasona produza efeitos sobre a capacidade de conduzir e
utilizar máquinas.
Rontilona contém cloreto de benzalcónio
Rontilona contém cloreto de benzalcónio que pode causar broncospasmo.
O conservante cloreto de benzalcónio que faz parte da composição de Rontilona, pode provocar
tumefação (inchaço) da mucosa nasal especialmente em situações de utilização a longo prazo. Se
suspeitar desta reação (congestão nasal persistente) deverá optar, se possível, por outro
medicamento semelhante mas que não contenha conservante. Esta substância é irritante, pode
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causar reações cutâneas e broncospasmo. Se não existirem medicamentos para administração
nasal sem conservantes, deverá ser considerada a utilização de outra forma farmacêutica.
3. Como utilizar Rontilona
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com
o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Rontilona destina-se apenas a administração por via nasal.
Crianças de 4 a 12 anos de idade
- A dose inicial habitual é uma pulverização em cada narina, uma vez por dia, de preferência de
manhã;
- Nalguns casos o médico poderá aumentar a dose para uma pulverização em cada narina, duas
vezes por dia (de manhã e à noite) até controlo dos sintomas;
- O seu médico poderá depois reduzir a dose para uma pulverização em cada narina uma vez por
dia.
A dose máxima diária não deverá exceder duas pulverizações em cada narina.
Adultos e adolescentes de idade superior a 12 anos
- A dose inicial habitual são duas pulverizações em cada narina, uma vez por dia, de preferência
de manhã;
- Nalguns casos o seu médico poderá aumentar a dose para duas pulverizações em cada narina,
duas vezes por dia (de manhã e à noite) no máximo, até controlo dos sintomas.
Quando os sintomas estiverem controlados poderá reduzir-se a dose para duas pulverizações em
cada narina uma vez por dia.
Idosos
- Não é necessário ajuste da dose nestes doentes.
A dose a utilizar deve ser a dose mais baixa para a qual se atinge controlo eficaz dos sintomas.
Deve ser evitado o contacto com os olhos.
Se utilizar mais Rontilona do que deveria
Se utilizar mais Rontilona do que deveria, contacte o seu médico ou farmacêutico para
aconselhamento. Se possível, mostre-lhes a embalagem de Rontilona.
A utilização de Fluticasona em doses superiores às aprovadas e durante períodos prolongados
pode provocar supressão adrenocortical.
Caso se tenha esquecido de utilizar Rontilona
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Tome apenas
a dose seguinte à hora habitual.
Se parar de tomar Rontilona
Pode demorar três a quatro dias para Rontilona proporcionar o alívio máximo dos sintomas,
sendo essencial, para obtenção do benefício ótimo, utilizar regularmente o inalador.
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Tome Rontilona durante o tempo que o seu médico lhe recomendar. Não pare o tratamento a não
ser que o seu médico o recomende.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes
não se manifestem em todas as pessoas.
Condições a que deve estar atento
Reações alérgicas: estas reações são muito raras nas pessoas a tomar Rontilona. Os sintomas
incluem:
- erupção cutânea (urticária) ou vermelhidão;
- inchaço da face, boca ou língua que pode causar dificuldade em engolir;
- ficar muito sibilante, com tosse ou ter dificuldade em respirar;
- sentir-se de repente fraco ou atordoado (pode chegar a desmaiar ou perder a consciência).
Contacte o seu médico imediatamente se tiver qualquer um destes sintomas. Pare de tomar
Rontilona.
Efeitos secundários muito frequentes
Estes podem afetar mais de 1 em 10 pessoas:
- hemorragias nasais.
Efeitos secundários frequentes
Estes podem afetar até 1 em 10 pessoas:
- garganta ou nariz secos ou irritados - pode também acontecer que veja vestígios de sangue
quando assoa o nariz;
- dor de cabeça, olfato e paladar desagradáveis.
Efeitos secundários muito raros
Estes podem afetar até 1 em 10 000 pessoas:
- reações alérgicas;
- cristalino opaco no olho (cataratas), aumento da pressão do olho, o que causa problemas na
visão (glaucoma); estes problemas nos olhos ocorrem em pessoas a utilizar Rontilona há muito
tempo;
- pequenos orifícios (perfurações) no septo nasal que separa as duas narinas.
Contacte o seu médico assim que possível se tiver qualquer um destes sintomas.
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Os efeitos sistémicos dos corticosteroides nasais podem ocorrer particularmente se em doses
elevadas prescritas durante longos períodos.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também poderá comunicar
efeitos secundários diretamente ao INFARMED I.P. através dos contactos abaixo. Ao comunicar
efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste
medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Rontilona
Não conservar acima de 30 ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Não utilize Rontilona após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após “VAL”. O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a
proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Rontilona
A substância ativa é o propionato de fluticasona.
Os outros componentes são: glucose, mistura de celulose microcristalina e carboximetilcelulose
sódica (Avicel RC591), álcool feniletílico, cloreto de benzalcónio, polissorbato 80, ácido
clorídrico diluído, água purificada.
Qual o aspeto de Rontilona e conteúdo da embalagem
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Rontilona apresenta-se como uma suspensão branca opaca, isenta de partículas estranhas
visíveis, acondicionada em frasco de polipropileno, com bomba atomizadora-doseadora,
adaptador nasal e respetiva tampa.
Embalagem com 1 frasco contendo 120 doses
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Alter, S.A.
Estrada Marco do Grilo - Zemouto
2830 Coina
Portugal
Fabricantes
Glaxo Wellcome, S.A.
Poligono Industrial Allendeduero - Avenida da Extremadura, 3
E-09400 Aranda de Duero – Burgos
Espanha
Glaxo Wellcome Operations UK, Ltd.
Harmire Road Barnard Castle
DL12 8DT Barnard Castle - County Durham
Reino Unido
Este folheto foi revisto pela última vez em:
INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
O inalador tem uma tampa que protege o aplicador nasal e o mantém limpo. Lembre-se de a
retirar antes de utilizar o inalador. Um inalador novo (ou um inalador que não tenha sido
utilizado durante alguns dias) pode não funcionar à primeira vez, pelo que terá de o preparar
seguindo as instruções em "Preparação do inalador".
Preparação do inalador
Deve preparar o inalador:
- antes de o utilizar pela primeira vez
- se não o utilizou durante alguns dias
- se acabou de o limpar seguindo as instruções em "Limpeza do inalador"
Preparar o inalador ajuda-o a ter a certeza que é libertada a dose completa do medicamento.
Siga os seguintes passos:
- Agite o inalador e retire a tampa do aplicador nasal (figura 1)
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- Segure o inalador na posição vertical e aponte o aplicador nasal para longe de si.
- Coloque os dedos indicador e médio no suporte branco existente no aplicador do frasco,
apoiando a base do frasco com o polegar. (figura 2)
- Mantenha o polegar e pressione firmemente para baixo com os dedos no aplicador do frasco
para libertar um spray fino para o ar. (figura 2)
- O inalador está agora pronto a utilizar.
- Se pensa que o aplicador nasal pode estar entupido, não utilize um alfinete nem nada afiado
para o limpar.
- Tente limpá-lo seguindo as instruções em "Limpeza do inalador "
Figura 1
Figura 2
Utilização do inalador
1. Agite o inalador e remova a tampa.
2. Assoe-se para limpar as narinas.
3. Tape uma narina com o dedo e coloque cuidadosamente o aplicador nasal na outra narina.
Incline ligeiramente a cabeça para a frente e segure no inalador na vertical. (ver figura 3a e 3b).
4. À medida que inspira pelo nariz, pressione para baixo firmemente com os dedos o suporte
branco existente no aplicador do frasco. (figura 3a e 3b)
5. Expire depois pela boca.
6. Repita os passos 3 a 4 para a outra narina.
7. Após utilizar o inalador, limpe cuidadosamente o aplicador nasal com um pano limpo ou
lenço.
8. Recoloque a tampa.
Figura 3a
Figura 3b
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Limpeza do inalador
Deve limpar o seu inalador pelo menos uma vez por semana para impedir que o aplicador nasal
fique bloqueado. Siga os seguintes passos:
- Remova a tampa.
- Remova o aplicador nasal puxando para cima a partir do suporte branco.
- Coloque o aplicador nasal e a tampa em água morna durante alguns minutos.
- Depois lave em água corrente.
- Sacuda o excesso de água e deixe secar.
- Coloque o aplicador nasal novamente no inalador.
- Prepare o inalador seguindo as instruções em "Preparação do inalador" de forma a estar pronto
a utilizar.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Rontilona 50 microgramas/dose, Suspensão para pulverização nasal
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Suspensão aquosa de propionato de fluticasona a 0,05 % p/p.
Por cada dose são libertados 100 mg de suspensão que contêm 50 microgramas de propionato de
fluticasona.
Excipiente com efeito conhecido:
Cloreto de benzalcónio - 20 mg/dose libertada
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Suspensão para pulverização nasal.
Suspensão branca opaca, isenta de partículas estranhas visíveis.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Rontilona está indicado na profilaxia e tratamento da rinite alérgica sazonal, incluindo febre dos
fenos, e da rinite perene. Nos doentes com rinite alérgica, Rontilona está também indicado no
tratamento da dor e pressão sinusal associada. O propionato de fluticasona tem uma potente
atividade anti-inflamatória, sem atividade sistémica detetável quando usado topicamente na
mucosa nasal.
4.2 Posologia e modo de administração
Para obtenção do benefício terapêutico total é essencial administração regular. É de salientar a
ausência de efeito imediato, sendo que o alívio máximo poderá ser obtido apenas após três a
quatro dias de tratamento.
Rontilona destina-se apenas a administração por via nasal.
Posologia
Na profilaxia e tratamento da rinite alérgica sazonal e rinite perene:
Crianças de 4 a 12 anos de idade
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Uma aplicação em cada narina, uma vez por dia, de preferência de manhã. Nalguns casos poderá
ser necessária uma aplicação em cada narina, duas vezes por dia. A dose máxima diária não
deverá exceder duas aplicações em cada narina.
Adultos e adolescentes de idade superior a 12 anos
Duas aplicações em cada narina, uma vez por dia, de preferência de manhã. Nalguns casos
poderão ser necessárias duas aplicações em cada narina, duas vezes por dia. A dose máxima
diária não deverá exceder quatro aplicações em cada narina.
Idosos
Não é necessário ajuste da dose aplicável a adultos.
A dose deve ser a dose mais baixa para a qual se atinge controlo eficaz dos sintomas.
Deve ser evitado o contacto com os olhos.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção
6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Infeções locais: as infeções das vias nasais devem ser convenientemente tratadas, mas não
constituem uma contraindicação específica ao tratamento com Rontilona.
O benefício total de Rontilona poderá apenas ser evidente após vários dias de tratamento.
A transferência de doentes sob tratamento com esteroides sistémicos para Rontilona, deve fazer-
se com precaução, em particular se houver razão para se suspeitar que a sua função suprarrenal
está diminuída.
Embora Rontilona controle, na maioria dos casos, a rinite alérgica sazonal, um estímulo
anormalmente intenso de alergénios no verão pode, em certos casos, necessitar de terapêutica
adicional adequada.
Têm sido notificados efeitos sistémicos com os corticosteroides nasais, particularmente se
prescritos em doses elevadas e por longos períodos de tempo. Estes efeitos são muito menos
prováveis de ocorrer com corticosteroides nasais do que com corticosteroides orais e podem
variar em cada indivíduo e entre diferentes apresentações de corticosteroides (ver secções 5.1 e
5.2).
Os efeitos sistémicos possíveis incluem síndrome de Cushing, manifestações Cushingóides,
adreno-supressão, atraso do crescimento em crianças e adolescentes, cataratas, glaucoma e, mais
raramente, uma série de efeitos psicológicos ou comportamentais, que incluem hiperatividade
psicomotora, distúrbios do sono, ansiedade, depressão ou agressividade (particularmente em
crianças).
Foi relatada diminuição da velocidade de crescimento em crianças tratadas com corticosteroides
nasais.
Recomenda-se a monitorização regular da altura das crianças em tratamento prolongado com
corticosteroides nasais. Caso se verifique atraso de crescimento a terapêutica deve ser revista a
fim de reduzir, se possível, a dose de corticosteroides nasais para a dose mais baixa para a qual
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se atinge controlo eficaz dos sintomas. Além disso, deverá considerar-se referir o doente a um
pediatra.
O tratamento com doses elevadas superiores às recomendadas pode resultar em depressão
adrenal clinicamente significativa e durante períodos de stress ou cirurgia programada deve ser
considerada a terapêutica adicional com corticosteroides sistémicos. (ver secção 5.1 para
informação sobre o propionato de fluticasona nasal).
Durante o período de pós-comercialização têm sido notificadas interações medicamentosas
clinicamente significativas em doentes a tomar propionato de fluticasona e ritonavir, que
resultam em efeitos sistémicos dos corticosteroides incluindo síndrome de Cushing e supressão
da suprarrenal. O ritonavir pode aumentar consideravelmente a concentração plasmática de
propionato de fluticasona. Assim, a sua utilização concomitante deve ser evitada, a menos que o
potencial benefício para o doente seja superior ao risco de ocorrência dos efeitos indesejáveis
sistémicos dos corticosteroides (ver secção 4.5). Existe também um risco acrescido de efeitos
indesejáveis sistémicos quando se associa o propionato de fluticasona a outros inibidores
potentes do CYP3A (ver secção 4.5).
Rontilona contém como conservante o cloreto de benzalcónio, que pode causar tumefação da
mucosa nasal, especialmente quando utilizado durante longos períodos de tempo. Caso se
suspeite da ocorrência desta reação (congestão nasal persistente), deverá se possível ser
considerada a utilização de um medicamento para uso nasal semelhante mas que não contenha
cloreto de benzalcónio. Esta substância é irritante, podendo causar reações cutâneas e
broncospasmo. Se este tipo de medicamentos não se encontrar disponível sem conservante, a
utilização de outra forma farmacêutica alternativa deve ser considerada.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Em circunstâncias normais, as concentrações plasmáticas de propionato de fluticasona obtidas
após administração nasal são muito baixas, devido ao marcado efeito metabólico de primeira
passagem e elevada depuração sistémica mediada pelo citocromo P450 3A4 no intestino e no
fígado. Assim, é pouco provável a ocorrência de interações medicamentosas clinicamente
significativas mediadas pelo propionato de fluticasona.
Ritonavir
Num estudo de interação medicamentosa em indivíduos saudáveis com propionato de fluticasona
nasal, o ritonavir (um inibidor muito potente do citocromo P450 3A4) 100 mg duas vezes por
dia, aumentou várias centenas de vezes as concentrações plasmáticas de propionato de
fluticasona, provocando uma redução marcada das concentrações séricas de cortisol. Foram
notificados casos de síndrome de Cushing e depressão adrenal. Assim esta associação de
propionato de fluticasona e ritonavir deve ser evitada, a menos que o potencial benefício para o
doente seja superior ao risco de efeitos indesejáveis sistémicos dos corticosteroides.
Eritromicina e cetoconazol
Estudos demonstraram que outros inibidores do citocromo P450 3A4 produziram
negligenciáveis (eritromicina) e pequenos (cetoconazol) aumentos da exposição sistémica ao
propionato de fluticasona, sem reduzir significativamente a concentração sérica de cortisol.
Assim, recomenda-se precaução na administração concomitante de inibidores do citocromo P450
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3A4 especialmente nos casos de tratamento prolongado e de inibidores potentes (por ex.
cetoconazol), devido ao potencial de maior exposição sistémica ao propionato de fluticasona.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não há evidência adequada da segurança do propionato de fluticasona na gravidez humana. Nos
estudos de reprodução animal, os efeitos adversos característicos dos corticosteroides potentes
são observados apenas a níveis elevados de exposição sistémica; a aplicação nasal direta
assegura uma exposição sistémica mínima.
Tal como com outros medicamentos, a administração de Rontilona durante a gravidez requer
uma avaliação da relação benefício-risco associado ao medicamento ou a qualquer terapêutica
alternativa.
Amamentação
Não foi investigada a excreção do propionato de fluticasona no leite humano. Quando se
obtiveram níveis plasmáticos mensuráveis após administração subcutânea a ratos fêmeas
lactantes, foi detetado propionato de fluticasona no leite. No entanto, os níveis plasmáticos em
doentes após administração nasal de propionato de fluticasona nas doses recomendadas serão
provavelmente muito baixos.
Não havendo estudos da utilização de propionato de fluticasona por mães a amamentar, a sua
prescrição nesta situação deve ser feita com precaução avaliando a relação benefício-risco
associado ao produto ou a qualquer outra terapêutica alternativa.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
É improvável que o propionato de fluticasona produza efeitos sobre a capacidade de conduzir e
utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Descrevem-se seguidamente os efeitos adversos, classificados por classes de sistema de órgãos e
frequência. As frequências são definidas do seguinte modo: muito frequentes (
1/10), frequentes
1/100 e <1/10), pouco frequentes (
1/1000 e <1/100), raros (
1/10.000 e <1/1000) e muito
raros (<1/10.000), incluindo notificações isoladas. Os efeitos adversos muito frequentes,
frequentes e pouco frequentes foram geralmente retirados de dados dos ensaios clínicos. Os
efeitos raros e muito raros foram retirados de notificações espontâneas. Na atribuição das
frequências dos efeitos adversos, a taxa de incidência com placebo não foi tida em conta, uma
vez que era geralmente comparável à do grupo tratamento.
Doenças do sistema imunitário
Muito raros: reações de hipersensibilidade, anafilaxia/reações anafiláticas, broncospasmo,
erupção cutânea e edema da face ou língua.
Como noutras suspensões para pulverização nasal, foram notificados olfato e paladar
desagradáveis.
Doenças do sistema nervoso
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Frequentes: cefaleias, olfato e paladar desagradáveis.
Como noutras suspensões para pulverização nasal, foram notificados olfato e paladar
desagradáveis.
Afeções oculares
Muito raros: glaucoma, aumento da pressão intraocular, cataratas.
No seguimento de tratamento prolongado, foram identificadas um número muito pequeno de
notificações espontâneas. Contudo, os ensaios clínicos com duração até um ano demonstraram
que o propionato de fluticasona nasal não está associado a um aumento da incidência de
acontecimentos oculares incluindo cataratas, aumento da pressão intraocular ou glaucoma.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito frequentes: epistaxe.
Frequentes: secura e irritação do nariz e garganta.
Como com outros produtos para utilização nasal, foi notificada secura e irritação do nariz e
garganta e epistaxe.
Muito raros: perfuração do septo nasal.
A perfuração do septo nasal foi notificada após a utilização de corticosteroides nasais.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante,
uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao
INFARMED I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas e sinais
Não existem dados disponíveis de doentes sobre os efeitos da sobredosagem aguda ou crónica
com Rontilona Inalador Nasal Aquoso. Em voluntários saudáveis, a administração nasal de 2 mg
de propionato de fluticasona, duas vezes por dia, durante sete dias, não teve efeito na função do
eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal.
Tratamento
Em doses superiores às recomendadas e durante períodos prolongados pode ocorrer supressão
temporária da função suprarrenal.
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Nestes doentes o tratamento com propionato de fluticasona deve ser continuado numa dose
suficiente para o controlo dos sintomas; a função adrenal irá recuperar em alguns dias e pode ser
monitorizada pela determinação do cortisol plasmático.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 14.1.2 – Medicamentos usados em afeções otorrinolaringológicas.
Produtos para aplicação nasal. Corticosteroides, código ATC: R01AD08
Mecanismo de ação
O propionato de fluticasona tem uma atividade anti-inflamatória potente, mas quando utilizado
topicamente na mucosa nasal não tem atividade sistémica detetável.
Efeitos farmacodinâmicos
O propionato de fluticasona provoca pouca ou nenhuma depressão do eixo hipotálamo-hipófise-
supra-renal (HPA), após administração nasal.
Após administração nasal de propionato de fluticasona (200 microgramas/dia), não se observou
qualquer alteração significativa na AUC do cortisol sérico de 24h, comparativamente ao placebo
(taxa 1,01; 90% IC 0,9 - 1,14).
Num estudo randomizado com a duração de 1 ano, com ocultação dupla e controlado com
placebo em grupos paralelos, realizado em crianças prepubescentes com idades compreendidas
entre os 3 e os 9 anos (56 doentes receberam propionato de fluticasona nasal e 52 placebo) não
foi observada diferença estatisticamente significativa na velocidade de crescimento dos doentes a
receberem propionato de fluticasona nasal (200 microgramas por dia) comparativamente ao
grupo com placebo. A velocidade de crescimento estimada durante um ano de tratamento foi de
6,20 cm/ano (EP=0,23) para o grupo tratado com placebo e 5,99 cm/ano (EP=0,23) para o grupo
tratado com propionato de fluticasona; a diferença média na velocidade de crescimento entre os
dois tratamentos foi de 0,20 cm/ano (EP=0,28; 95% IC= -0,35; 0,76). Não foram observadas
alterações clinicamente relevantes na função do eixo hipotálamo-hipófise-suprarenal ou na
densidade mineral óssea, conforme avaliação do cortisol excretado na urina em 12 horas e pela
absorciometria de raios X de dupla radiação, respetivamente.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração nasal de propionato de fluticasona (200 microgramas/dia), as concentrações
plasmáticas máximas (Cmax) no estado estacionário não foram quantificáveis na maioria dos
doentes (< 0,01 ng/ml). A Cmax mais elevada observada foi de 0,017 ng/ml. A absorção direta
pela mucosa nasal é desprezível devido à baixa solubilidade aquosa, sendo a maior parte da dose,
eventualmente, deglutida. A exposição sistémica após administração oral é insignificante (< 1%)
devido a uma combinação da absorção incompleta pelo trato gastrointestinal e efeito de primeira
APROVADO EM
28-04-2014
INFARMED
passagem extenso.. Desta forma, o total da absorção sistémica, resultante da absorção nasal e
oral da dose deglutida, é negligenciável.
Distribuição
O propionato de fluticasona apresenta um elevado volume de distribuição no estado estacionário
(318 l, aproximadamente). A ligação às proteínas plasmáticas é moderadamente elevada (91 %).
Biotransformação
O propionato de fluticasona é rapidamente eliminado da circulação sistémica, principalmente por
metabolismo hepático pela enzima CYP3A4 do Citocromo P450, a um metabolito ácido
carboxílico inativo. O propionato de fluticasona deglutido é igualmente sujeito a um extenso
metabolismo de primeira passagem. Recomenda-se precaução na administração concomitante de
inibidores potentes do CYP3A4, como o cetoconazol e o ritonavir, devido ao potencial aumento
da exposição sistémica ao propionato de fluticasona.
Eliminação
Após administração intravenosa, a taxa de eliminação do propionato de fluticasona é linear
acima do intervalo de dose 250 – 1000 microgramas, sendo caracterizada por uma elevada
depuração plasmática (Cl = 1,1 l/min). As concentrações máximas plasmáticas diminuem,
aproximadamente, 98 %, em cerca de 3 – 4 horas, sendo que apenas as baixas concentrações
plasmáticas foram associadas à semi–vida terminal de 7,8 horas. A eliminação renal do
propionato de fluticasona é desprezível (< 0,2 %), e menos de 5% como o seu metabolito
carboxílico. A principal via de eliminação do propionato de fluticasona e os seus metabolitos é
por excreção biliar.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A toxicologia demonstrou apenas os efeitos de classe típicos dum corticosteroide potente, e estes
unicamente com doses que ultrapassam largamente as recomendadas para uso terapêutico. Não
se identificaram novos efeitos nos testes de toxicidade com doses repetidas, nos estudos
toxicidade reprodutiva ou teratogénicos.
O propionato de fluticasona é desprovido de atividade mutagénica "in vitro" e "in vivo" e não
revelou potencial tumorigénico em roedores. Não é irritante nem sensibilizante nos modelos
animais.
Os dados pré-clínicos demonstraram que o cloreto de benzalcónio provoca um aumento do efeito
tóxico ao nível ciliar, dependente da concentração e duração da exposição, incluindo imobilidade
irreversível, quer "in vitro" quer "in vivo". A substância induz igualmente alterações
histopatológicas na mucosa nasal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Glucose
Mistura de celulose microcristalina e carboximetilcelulose sódica (Avicel RC591)
Álcool feniletílico
Cloreto de benzalcónio
Polissorbato 80
APROVADO EM
28-04-2014
INFARMED
Ácido clorídrico diluído
Água purificada
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30°C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco de polipropileno, com bomba atomizadora-doseadora, adaptador nasal e respetiva tampa.
Embalagem de um frasco com 120 doses.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Agitar levemente antes de utilizar.
Os doentes devem seguir as instruções passo-a-passo do folheto informativo para utilização e
administração.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Alter, S.A.
Estrada Marco do Grilo - Zemouto
2830 Coina
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO:
N.º de registo: 2283182 - 120 doses de suspensão para pulverização nasal, 50 microgramas/dose,
frasco de polipropileno com bomba atomizadora-doseadora
APROVADO EM
28-04-2014
INFARMED
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 24 de abril de 1995
Data da última renovação: 30 de abril de 2010
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO