Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
17-07-2013
17-07-2013
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Roferon-A 3 milhões de unidades internacionais (UI)
solução injetável em seringa pré-cheia
Interferão alfa-2a
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento
pois contém informação importante para si.
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
-Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
1.O que é Roferon-A e para que é utilizado
2.O que precisa de saber antes de utilizar Roferon-A
3.Como utilizar Roferon-A
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar Roferon-A
6.Conteúdo da embalagem e outras informações
7.Como injetar Roferon-A
1.O que é Roferon-A e para que é utilizado
Roferon-A contém uma substância antivírica denominada interferão alfa-2a que é
semelhante a uma substância natural produzida pelo organismo para se proteger
contra infeções virais, tumores e substâncias estranhas que possam invadir o corpo.
Assim
Roferon-A
deteta
ataca
substância
estranha,
modifica-a
diminuindo, bloqueando ou alterando o seu crescimento ou o seu funcionamento.
Roferon-A é utilizado para o tratamento de:
Infeções virais, tais como hepatite B e C crónica.
Cancros do sangue (linfoma cutâneo de células T, tricoleucemia e leucemia mieloide
crónica).
Outras
formas
cancro
(carcinoma
células
renais,
sarcoma
Kaposi
relacionado com
SIDA, linfoma não Hodgkin folicular e melanoma maligno).
Se não tem certeza da razão pela qual lhe foi prescrito Roferon-A, fale com o seu
médico acerca da sua doença e do seu tratamento.
2.O que precisa de saber antes de utilizar Roferon-A
Não utilize Roferon-A:
alergia
interferão
alfa-2a
qualquer
outro
componente
deste
medicamento (indicados na secção 6).
se tem ou se já teve alguma doença do coração.
se tem alguma doença grave dos rins ou do fígado.
se tem alguma doença da medula óssea.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
se sofre de convulsões, p.ex. epilepsia e/ou outros distúrbios do sistema nervoso
central.
se tem uma doença do fígado ou cirrose hepática.
se está a tomar ou se tomou recentemente medicação para uma doença crónica do
fígado que fragilize a sua resposta imunitária.
Não se recomenda a utilização de Roferon-A em crianças, exceto por indicação do
médico. Uma situação grave que pode ocorrer em crianças até aos 3 anos de idade,
“síndrome arquejante”, tem sido associada ao álcool benzílico. O álcool benzílico é
um componente inativo do Roferon-A. Portanto, Roferon-A não é adequado para
crianças pequenas (incluindo bebés prematuros, recém-nascidos ou crianças).
Roferon-A pode ser utilizado em algumas doenças em combinação com outros
medicamentos. Nestes casos, o seu médico explicar-lhe-á eventuais restrições
adicionais na utilização do Roferon-A.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Roferon-A
Informe o seu médico:
se tem problemas mentais (dificuldades ao nível psiquiátrico) ou se já teve alguma
doença mental (psiquiátrica).
se tem psoríase (uma doença de pele com lesões escamosas, secas, em placa).
se tem problemas do fígado, do coração ou dos rins.
se já teve uma doença autoimune, por exemplo problemas da tiroide, vasculite
(inflamação dos vasos sanguíneos).
se já recebeu um transplante de órgão (como o rim) ou transplante de medula
óssea, ou está previsto que lhe realizem um transplante num futuro próximo.
se está grávida ou se pensa que está grávida.
se tem uma contagem de glóbulos sanguíneos diminuída.
se tem diabetes (doença resultante de açúcar elevado no sangue).
se tem outros problemas do sangue.
se está a fazer tratamento para a hepatite C crónica.
se está infetado também pelo VIH e faz tratamento com medicamentos anti-VIH.
se está a tomar outros medicamentos (incluindo medicamentos não prescritos pelo
seu médico).
Informe o seu médico se tem alguma doença do sangue ou sofre de diabetes. O seu
médico pode pedir-lhe para fazer análises ao sangue regularmente para controlar a
composição do sangue, a qual pode alterar durante o tratamento. Se for necessário,
o seu médico pode ajustar a dose do seu tratamento com Roferon-A e de outros
tratamentos que esteja a fazer simultaneamente.
Outros medicamentos e Roferon-A
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente
vier
tomar
outros
medicamentos.
efeitos
desses
medicamentos
tanto
podem
aumentar,
diminuir
como
alterar-se
quando
administrados simultaneamente com os interferões. Em particular a concentração no
plasma de teofilina, um medicamento para a asma da família das xantinas, pode
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
aumentar quando este fármaco é administrado simultaneamente com um interferão
e pode requerer ajuste de dose.
Doentes também infetados pelo VIH: Acidose láctica e agravamento da função
hepática são efeitos secundários associados à Terapia Antiretroviral Muito Ativa
(HAART), um tratamento anti-VIH.
Se estiver a receber um tratamento HAART, a adição de Roferon-A e ribavirina pode
aumentar-lhe o risco de desenvolver acidose láctica ou insuficiência hepática. O seu
médico vai vigiar o aparecimento dos sinais e sintomas destas situações clínicas. Por
favor leia o Folheto Informativo da ribavirina.
Análises ao sangue. Se vai fazer análises ao sangue, informe o médico ou enfermeiro
que vai realizar a análise de que está a tomar Roferon-A. Em alguns casos invulgares
ou raros, Roferon-A pode afetar os resultados destas análises.
Gravidez e fertilidade
Não utilize Roferon-A se está grávida, se pensa que está grávida ou está a planear
ter um bebé, a não ser que o seu médico lhe dê indicação para tal, uma vez que
Roferon-A pode afetar o seu bebé. É importante que utilize, bem como o seu
parceiro, um método contracetivo eficaz enquanto estiver a fazer tratamento com
Roferon-A.
Quando se utiliza Roferon-A em combinação com ribavirina, tanto os doentes do
sexo masculino como os do sexo feminino têm que tomar precauções especiais na
sua atividade sexual, se existir algum risco de ocorrer uma gravidez, uma vez que a
ribavirina pode ser muito nociva para o bebé em gestação:
-Se você é uma mulher em idade fértil e está a tomar Roferon-A em combinação
com a ribavirina, tem que ter um resultado negativo a um teste de gravidez a
realizar antes de iniciar o tratamento, todos os meses durante o tratamento e nos 4
meses que se seguem ao final do tratamento. Quer você, quer o seu parceiro têm
que efetuar contraceção eficaz durante o tratamento e nos 4 meses que se seguem
ao final do tratamento. Fale sobre este assunto com o seu médico.
- se você é um homem e está a tomar Roferon-A em combinação com ribavirina, não
tenha relações sexuais com uma mulher grávida, a não ser que use preservativo.
Este irá reduzir a possibilidade da ribavirina passar para o corpo da mulher. Se a sua
parceira não está grávida mas está em idade fértil, ela tem que fazer um teste de
gravidez mensalmente durante o tratamento e nos 7 meses seguintes ao final do
tratamento. Você e a sua parceira têm que usar um método contracetivo eficaz, cada
um, durante o tratamento e nos 7 meses seguintes à sua conclusão. Fale com o seu
médico sobre este assunto.
Amamentação
Se está a amamentar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este
medicamento. Desconhece-se se este medicamento está presente no leite humano.
Portanto, consulte o seu médico sobre a possibilidade de suspender a amamentação
ou o tratamento com Roferon-A. No tratamento com combinação com ribavirina,
tome nota da informação contida no Folheto Informativo do medicamento que
contém a ribavirina.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza nem utilize máquinas se estiver sonolento, cansado ou confuso durante
o tratamento com Roferon-A.
Roferon-A contém álcool benzílico
Roferon-A contém álcool benzílico, pelo que não deve ser utilizado em bebés
prematuros
recém-nascidos.
Pode
causar
reações
tóxicas
alérgicas
crianças com menos de 3 anos de idade.
Este medicamento contém menos que 1 mmol de sódio (23 mg) por 0,5 ml, ou seja,
é essencialmente isento de sódio.
3.Como utilizar Roferon-A
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o
seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Roferon-A pode ser administrado pelo seu médico ou por uma enfermeira, ou é
possível que o ensinem a injetar Roferon-A a si próprio. Não tente injetar Roferon-A
a si próprio sem ter sido treinado antes. Fale com o seu médico ou enfermeira se
tiver dúvidas.
Roferon-A
seringa
pré-cheia
injeta-se
debaixo
pele
(injeção
subcutânea).
Consulte a secção 7 para instruções detalhadas.
As seringas pré-cheias são para uma única utilização.
Dose de Roferon-A
O seu médico decidirá qual é a melhor dose para si. A quantidade de Roferon-A de
que necessita depende da doença em causa e dos efeitos secundários que for
manifestando.
Esta dose não deve normalmente exceder 36 milhões de Unidades Internacionais
(UI) por dia.
Se achar o efeito do medicamento demasiado fraco ou demasiado forte, fale com o
seu médico. Não altere a dose que está a tomar antes de falar com o seu médico.
A dose recomendada é:
Tricoleucemia
3 milhões de UI por dia durante 16-24 semanas.
Leucemia Mieloide Crónica
A dose será normalmente aumentada de 3 milhões de UI para 9 milhões
de UI, tomada uma vez por dia, durante um período de tratamento inicial
de 12 semanas.
Linfoma Cutâneo de Células T
A dose será normalmente aumentada de 3 milhões de UI para 18 milhões
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
de UI, tomada uma vez por dia, durante um período de tratamento inicial
de 12 semanas.
Sarcoma de Kaposi relacionado com SIDA
A dose será normalmente aumentada de 3 milhões de UI para 18 milhões
de UI, tomada uma vez por dia, até 36 milhões de UI no máximo, durante
um período de tratamento inicial de 10 - 12 semanas.
Carcinoma de Células Renais
Combinação com vinblastina
A dose será normalmente aumentada de 3 milhões de UI para 18 milhões
de UI, tomada três vezes por dia, durante um período de tratamento
inicial de 12 semanas.
Combinação com bevacizumab (Avastin)
9 milhões de UI sob a pele (subcutaneamente) três vezes por semana até
a sua doença progredir ou até 1 ano.
Hepatite B crónica
2,5 – 5 milhões de UI/metro quadrado de superfície corporal, três vezes
por semana durante 4 – 6 meses.
Hepatite C crónica
3 – 6 milhões de UI três vezes por semana durante 6-12 meses.
Linfoma não Hodgkin Folicular (com quimioterapia)
6 milhões de UI/metro quadrado de superfície corporal desde o dia 22 ao
dia 26 de cada ciclo de 28 dias.
Melanoma maligno
3 milhões de UI três vezes por semana durante 18 meses.
Se responder bem ao tratamento inicial com Roferon-A, o seu médico pode decidir
que deve continuar o tratamento durante mais algum tempo (tratamento de
manutenção) e modificará a dose de forma adequada.
Tratamento com combinação de ribavirina na hepatite C crónica
tomar
Roferon-A
ribavirina
mesmo
tempo,
siga
favor
dose
recomendada pelo seu médico.
O seu médico informá-lo-á quando deve parar de tomar Roferon-A. Algumas doenças
requerem tratamento durante alguns anos.
Se utilizar mais Roferon-A do que deveria
Contacte imediatamente o seu médico ou farmacêutico ou dirija-se ao hospital mais
próximo.
Caso se tenha esquecido de utilizar Roferon-A
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Roferon-A
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Contacte o seu médico ou farmacêutico o mais rapidamente possível.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro.
4.Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Fale imediatamente com o seu médico se observar algum dos seguintes efeitos
secundários graves. Pode precisar de tratamento médico urgente:
Se desenvolver sinais de uma reação alérgica grave (tais como dificuldade em
respirar, pieira ou urticária) com este medicamento.
Se nota diminuição de visão durante ou depois do tratamento com Roferon-A.
Se tem sinais de depressão (tais como tristeza, sentimento de desvalorização ou
ideias
de suicídio) durante o seu tratamento com Roferon-A.
Outros efeitos secundários possíveis:
É muito frequente ocorrerem sintomas gripais, tais como cansaço, arrepios, dores
musculares ou articulares, dores de cabeça, transpiração e febre. Estes efeitos
geralmente diminuem com a toma de paracetamol. O seu médico indicar-lhe-á a
dose que deve tomar. Este tipo de sintomas geralmente diminui com a continuação
do tratamento.
Outros efeitos secundários muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em 10
utilizadores) são:
número de glóbulos brancos diminuído. Os sinais incluem um aumento do número de
infeções.
perda de apetite
náuseas
diminuição do cálcio no sangue
diarreia
diminuição do apetite
os cabelos tornam-se mais finos ou queda de cabelo (estas situações são geralmente
reversíveis após terminar o tratamento)
doença gripal. Os sintomas podem incluir cansaço, febre e arrepios
dores de cabeça
aumento da transpiração
dor muscular
dor articular
Efeitos secundários frequentes (podem afetar até 1 em 10 utilizadores):
número de glóbulos vermelhos diminuído ou anemia (os sinais incluem cansaço,
palidez e falta de ar)
número de plaquetas diminuído (os sinais incluem pequenas nódoas negras no corpo
ou hemorragia)
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
alterações na contagem de plaquetas e glóbulos vermelhos se está a receber
tratamento para o cancro, incluindo quimioterapia, ou se a atividade da medula
óssea está diminuída. O seu sangue normalizará depois de finalizar o tratamento
com Roferon-A.
batimento cardíaco irregular
palpitações
descoloração azulada da pele ou dos lábios (causada por falta de oxigénio no
sangue)
vómitos ou sensação de doença
dores de estômago
boca seca
sabor amargo ou alteração do paladar
dor torácica
inchaço
perda de peso
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 utilizadores):
desidratação e desequilíbrio eletrolítico (valores anormais de sódio ou potássio no
sangue)
depressão
ansiedade
confusão
comportamento alterado ou anormal
nervosismo
esquecimento
alterações do sono
fraqueza muscular
alterações sensoriais da pele, por exemplo formigueiro, adormecimento
tonturas
tremura das mãos
sonolência
conjuntivite ou vermelhidão dos olhos
perturbações visuais
pressão arterial temporariamente baixa ou alta
comichão
psoríase ou agravamento da psoríase
presença de proteínas e um número mais elevado de células numa análise de urina
análises de sangue: exibindo alterações no funcionamento do fígado
Efeitos secundários raros (podem afetar até 1 em 1000 utilizadores):
pneumonia
feridas herpéticas
herpes genital
diminuição acentuada do número de glóbulos brancos (que o seu médico pode
designar por agranulocitose)
destruição anormal dos glóbulos brancos (que o seu médico pode designar por
anemia hemolítica)
situações de autoimunidade (em que o organismo ataca as próprias células)
reações de hipersensibilidade, incluindo pápulas, inchaço da cara, dos lábios e da
garganta, pieira e reações de alergia
funcionamento anormal da glândula tiroide
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
presença de açúcar elevado no sangue ou diabetes (uma doença resultante de
açúcar elevado no sangue) numa análise de sangue
suicídio ou pensamento suicída ou autoagressão
coma
convulsões (crises)
impotência temporária ou transitória (disfunção sexual masculina)
perturbações visuais por fraca circulação do sangue no fundo do olho (que o seu
médico pode designar por retinopatia isquémica)
ataque cardíaco
insuficiência cardíaca
problemas graves do coração e respiratórios
acumulação de líquido nos pulmões (podendo causar problemas respiratórios)
inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
falta de ar
tosse
inflamação do pâncreas (que o seu médico pode designar por pancreatite)
hiperatividade dos intestinos (pode causar diarreia)
obstipação
azia
flatulência (gases)
o fígado pode não funcionar tão bem como habitualmente e ocasionar anomalias
graves do fígado, incluindo insuficiência hepática ou inflamação do fígado (também
designada por hepatite)
erupção na pele
secura da pele, boca ou lábios
hemorragia nasal
nariz seco ou com corrimento
uma doença autoimune em que o sistema imunitário ataca os próprios órgãos. Causa
frequentemente erupção na pele e dor articular, mas pode afetar outros órgãos (que
o seu médico pode designar por lúpus ou LES)
artrite ou dor articular
insuficiência renal ou agravamento da função renal (principalmente em doentes com
cancro que sofrem de doença renal)
análises de sangue: exibindo alterações da função renal
análises de sangue exibindo alterações das substâncias químicas, ácido úrico e
lactato desidrogenase
Efeitos secundários muito raros (podem afetar até 1 em 10 000 utilizadores)
Uma doença autoimune em que o sistema imunitário ataca as próprias plaquetas do
sangue
(células
controlam
coagulação).
Pode
causar
diminuição
acentuada do número de plaquetas e podem formar-se pequenas nódoas negras na
sua pele
sarcoidose (uma doença resultante da inflamação de tecidos do organismo; a
sarcoidose pode afetar quase qualquer parte do corpo, mas frequentemente inicia-se
pelos pulmões ou nódulos linfáticos)
hipertrigliceridemia ou hiperlipidemia (níveis elevados de alguns lípidos/gorduras no
sangue)
lesão da retina (fundo do olho) ou dos vasos sanguíneos da retina (pode conduzir a
visão turva ou casos graves de perda de visão)
o seu médico pode observar alterações da retina num exame aos olhos, incluindo
inchaço do nervo principal no fundo do olho
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
perturbações visuais relacionadas com o nervo principal no fundo do olho
agravamento ou reativação de úlcera péptica e hemorragia intestinal
a pele à volta do local da injeção do Roferon-A pode apresentar vermelhidão, inchaço
e dor, e pode formar-se uma placa de pele morta à volta do local da injeção.
problemas relacionados com o estado mental, tais como dificuldade em pensar, de
concentração, mudanças de personalidade ou do nível de consciência. O seu médico
pode designar esta situação por encefalopatia.
Efeitos secundários cuja frequência não pode ser calculada:
rejeições de transplantes
O seu médico pode decidir combinar o tratamento com Roferon-A com outros
medicamentos. Nestes casos, pode desenvolver efeitos indesejáveis adicionais. O seu
médico explicar-lhe-á em que casos se podem produzir estes efeitos.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
5. Como conservar Roferon-A
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e na
embalagem exterior após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Conserve no frigorífico (2ºC a 8ºC). Não congele. Mantenha a seringa pré-cheia
dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Não utilize Roferon-A se verificar que a solução está turva, tem partículas suspensas
ou a solução incolor a ligeiramente amarelada adquire outra cor.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6.Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Roferon-A
A substância ativa é o interferão alfa-2a, 3 milhões de UI/0,5 ml.
Os outros componentes são acetato de amónio, cloreto de sódio, álcool benzílico (10
mg/1ml), polissorbato 80, ácido acético glacial, hidróxido de sódio e água para
preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Roferon-A e conteúdo da embalagem
Roferon-A é uma solução injetável (0,5 ml em seringas pré-cheias).
A solução é límpida, incolor a ligeiramente amarelada.
Apresentações: Embalagens de 1, 5, 6, 12 ou 30.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Roche Farmacêutica Química, Lda.
Estrada Nacional 249-1
2720-413 Amadora
Fabricante:
Roche Pharma AG
Emil-Barell-Strasse 1,
D 79639 Grenzach-Wyhlen
Alemanha
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Roferon-A: Áustria, Bélgica, Chipre, República Checa, Estónia, Finlândia, Alemanha,
Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Eslováquia,
Eslovénia, Espanha, Suécia, Reino Unido.
Roféron-A: França
Roceron-A: Noruega.
Este folheto foi revisto pela última vez em
7.Como injetar Roferon-A
Instruções ilustradas para injeção subcutânea utilizando
Roferon-A seringa pré-cheia
Seringa com solução injetável
Agulha
para
injeção
subcutânea
êmbolo
cápsula de fecho
cápsula
fecho
invólucro
↑ ↑ de proteção
↑ ↑
Importante: Deixe que a solução atinja uma temperatura ambiente antes de usar
(administração).
Tire a agulha da caixa. Retire a cápsula de fecho da parte
traseira da agulha.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Em seguida, tire a seringa da caixa e retire a cápsula de
fecho de proteção da seringa.
Encaixe a agulha na seringa. Retire o invólucro da agulha
(ver figura 1).
Figura 1.
Segure
seringa
agulha
apontando para cima.
Elimine
cuidadosamente o ar
existente empurrando
o êmbolo.
Figura 2.
Roferon-A
pode
injetado quer na coxa
quer na parte inferior
do abdómen.
Recomenda-se
escolha um novo local
para cada injeção.
Figura 3.
Antes de se injetar, limpe o local de injeção com algodão
embebido em álcool.
Figura 4.
Forme uma prega com a pele, segurando-a entre o
polegar e o indicador e introduza a agulha totalmente
na pele com um ângulo de 45 ºC (ver figura 5).
Puxe ligeiramente o êmbolo da seringa.
Se aparecer sangue na seringa, a agulha perfurou um
vaso sanguíneo. Neste caso, não injete o Roferon-A.
Rejeite a seringa e a agulha e recomece uma nova
injeção num local diferente com uma nova seringa e
uma nova agulha.
Figura 5.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
As seringas pré-cheias são para administração de uma dose única. Deve eliminar o
produto
não
utilizado
resíduos,
para
isso
consulte
médico
farmacêutico.
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente observados quando se utilizam e
eliminam seringas e outros instrumentos médicos cortantes:
Agulhas e seringas nunca devem ser utilizadas novamente.
Coloque todas as agulhas e seringas utilizadas num contentor próprio para objetos
cortantes (contentor descartável à prova de perfuração).
Mantenha este contentor fora do alcance das crianças.
Depois de utilizados, evite deitar fora os contentores próprios para objetos
cortantes no lixo doméstico.
Elimine o contentor cheio de acordo com as exigências locais ou as instruções do
profissional de saúde.
Mantendo
pressão
constante,
injete
conteúdo
Roferon-A seringa
pré-cheia debaixo
pele
até
seringa
ficar
completamente
vazia.
Figura 6.
Para
retirar
seringa,
pressione
levemente
algodão no local da
injeção
retire
agulha
pequena inclinação.
Figura 7.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1.NOME DO MEDICAMENTO
Roferon-A 3 milhões de unidades internacionais (UI) solução injetável em seringa
pré-cheia
2.COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada seringa pré-cheia contém 3 milhões de Unidades Internacionais de interferão
alfa-2a* por 0,5 mililitros** (3 milhões de UI/0,5 ml).
* produzido por tecnologia de DNA recombinante em Escherichia coli
** Contém sobrecarga de volume
Excipientes com efeito conhecido:
Álcool benzílico (10 mg/1 ml)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.FORMA FARMACÊUTICA
Solução injetável em seringa pré-cheia.
A solução é límpida e incolor a amarelo-clara.
4.INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1.Indicações terapêuticas
Roferon-A está indicado no tratamento de:
-Tricoleucemia.
-Sarcoma de Kaposi assintomático e progressivo em doentes com SIDA que tenham
contagem de CD4 > 250/ mm3.
-Fase
crónica
leucemia
mieloide
crónica
(LMC)
cromossoma
Filadélfia
positivo. Roferon-A não é um tratamento alternativo para doentes com LMC que
tenham um familiar com HLA compatível e para os quais esteja planeado, ou seja
possível, o transplante alogénico de medula, num futuro imediato. Ainda não se sabe
Roferon-A
pode
considerado,
nesta
indicação,
como
tratamento
capacidade de cura.
-Linfoma cutâneo de células T. O interferão alfa-2a (Roferon-A) pode ser ativo em
doentes com doença progressiva, refratários à terapêutica convencional e em
doentes nos quais a terapêutica convencional não é adequada.
-Doentes adultos com hepatite B crónica histologicamente comprovada que possuam
marcadores de replicação viral, isto é, doentes positivos para ADN ou HBeAg do VHB.
Doentes adultos com hepatite C crónica histologicamente comprovada, com
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
anticorpos anti-VHC ou ARN do VHC e níveis séricos elevados de alanina
aminotransferase (ALT) sem descompensação hepática.
A eficácia do interferão alfa-2a no tratamento da Hepatite C é aumentada quando
utilizado em combinação com a ribavirina. Roferon-A deve ser administrado em
monoterapia, principalmente, em caso de intolerância ou contraindicação à ribavirina.
-Linfoma não Hodgkin folicular.
-Carcinoma avançado de células renais.
-Doentes com melanoma maligno no estadio II AJCC (espessura do tumor de
Breslow > 1,5 mm, sem envolvimento dos gânglios linfáticos nem invasão cutânea),
sem doença após a intervenção cirúrgica.
4.2.Posologia e modo de administração
Nem todas as dosagens de Roferon-A disponíveis podem ser utilizadas em todas as indicações
mencionadas na secção 4.1. As dosagens prescritas deverão corresponder às doses recomendadas
para cada indicação individual.
-TRICOLEUCEMIA
Posologia inicial:
Três milhões de UI diárias, administradas por via subcutânea durante 16 a 24
semanas. Se surgir intolerância, deve reduzir-se a dose diária para 1,5 milhões de UI
ou administrar-se o medicamento três vezes por semana, ou aplicar ambas as
medidas.
Posologia de manutenção:
Três milhões de UI administradas três vezes por semana por via subcutânea. Se
surgir intolerância, a dose deve ser reduzida para 1,5 milhões de UI, três vezes por
semana.
Duração do tratamento:
Os doentes devem ser tratados durante cerca de seis meses, antes do médico tomar
a decisão de continuar o tratamento nos doentes com resposta ou suspendê-lo
naqueles sem resposta. Os doentes têm sido tratados até 20 meses consecutivos. A
duração ótima do tratamento com Roferon-A em doentes com tricoleucemia não está
ainda determinada.
Não foi estabelecida a dose mínima eficaz de Roferon-A na tricoleucemia.
-SARCOMA DE KAPOSI EM DOENTES COM SIDA
Roferon-A está indicado no tratamento do Sarcoma de Kaposi, assintomático e
progressivo, em doentes com SIDA que tenham contagem de CD4 > 250/mm3. Não
é provável que doentes com SIDA com valores de CD4 < 250/mm3 ou doentes com
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
história clínica de infeções oportunistas ou sintomatologia constitucional respondam
à terapêutica com Roferon-A, não devendo, por isso, ser tratados com Roferon-A. A
posologia ótima não foi ainda estabelecida.
Roferon-A não deve ser utilizado em associação com os inibidores da protease. À
exceção da zidovudina, não existem dados de segurança sobre a terapêutica
combinada de Roferon-A com inibidores da transcriptase reversa.
Posologia inicial:
Roferon-A deve ser administrado por injeção subcutânea em doentes com idade igual
ou superior a 18 anos, por aumento progressivo da dose até, pelo menos, 18
milhões de UI diárias ou, se possível, até 36 milhões de UI diárias num tratamento
de dez a doze semanas. O aumento progressivo da dose recomendado é o seguinte:
dias 1-3
3 milhões de UI por dia
dias 4-6
9 milhões de UI por dia
dias 7-9
18 milhões de UI por dia - e, se for bem tolerado, aumentar até:
dias 10-84
36 milhões de UI por dia
Posologia de manutenção:
Roferon-A deve ser administrado por injeção subcutânea três vezes por semana na
dose máxima suportada pelo doente, sem ultrapassar 36 milhões de UI.
Os doentes com sarcoma de Kaposi associado a SIDA tratados com 3 milhões de UI
de Roferon-A por dia apresentaram um índice de resposta mais baixo do que os
tratados com a posologia acima recomendada.
Duração do tratamento:
A evolução das lesões deve ser documentada para determinar a resposta ao
tratamento. Os doentes devem ser tratados durante um período mínimo de 10
semanas e de preferência durante, pelo menos, 12 semanas antes do médico
tomar a decisão de continuar o tratamento nos doentes com resposta ou
suspendê-lo
naqueles
resposta.
doentes
geralmente
evidenciam
resposta
tratamento
aproximadamente
três
meses
após
início
tratamento. Os doentes têm sido tratados até 20 meses consecutivos. Se se
obtiver
resposta
tratamento,
este
deve
prosseguir
pelo
menos
até
desaparecimento do tumor. A duração ótima do tratamento com Roferon-A no
sarcoma de Kaposi em doentes com SIDA não foi ainda estabelecida.
Nota:
As lesões do sarcoma de Kaposi reaparecem frequentemente quando se suspende o
tratamento com Roferon-A.
-LEUCEMIA MIELOIDE CRÓNICA (LMC)
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Roferon-A está indicado no tratamento de doentes em fase crónica da leucemia
mieloide crónica com cromossoma Filadélfia positivo. Roferon-A não é um tratamento
alternativo para doentes com LMC que tenham um familiar com HLA compatível e
para os quais esteja planeado, ou seja possível, o transplante alogénico de medula
num futuro imediato.
Roferon-A origina remissões hematológicas em 60 % dos doentes com LMC em fase
crónica, independentemente dos tratamentos efetuados anteriormente. Dois terços
destes doentes apresentaram resposta hematológica completa que se verificou, o
mais tardar, 18 meses após o início do tratamento.
Contrariamente ao que acontece com a quimioterapia citotóxica, o interferão
alfa-2a pode produzir respostas citogenéticas constantes e contínuas para além
de 40 meses. É ainda desconhecido se Roferon-A pode ser considerado como
um tratamento com capacidade de cura nesta indicação.
Posologia:
Recomenda-se que Roferon-A seja administrado por injeção subcutânea durante oito
a doze semanas a doentes com idade igual ou superior a 18 anos. O esquema
posológico recomendado é o seguinte:
Dias 1-3
3 milhões de UI diárias
Dias 4-6
6 milhões de UI diárias
Dias 7-84
9 milhões de UI diárias
Duração do tratamento:
Os doentes devem ser tratados durante um período mínimo de oito semanas, de
preferência durante, pelo menos, doze semanas antes do médico tomar a decisão de
continuar o tratamento nos doentes com resposta ou suspendê-lo naqueles que não
apresentem quaisquer alterações dos parâmetros hematológicos. Os doentes que
respondam ao tratamento devem continuá-lo até obter resposta hematológica
completa ou até um período máximo de 18 meses. Todos os doentes com resposta
hematológica completa devem prosseguir o tratamento com 9 milhões de UI diários
(ótimo) ou com 9 milhões de UI, três vezes por semana (mínimo) de forma a obter
resposta citogenética o mais rapidamente possível. A duração ótima do tratamento
com Roferon-A na leucemia mieloide crónica não foi ainda determinada, embora se
tenham obtido respostas citogenéticas dois anos após o início do tratamento.
A segurança, eficácia e posologia ótimas de Roferon-A em crianças com LMC não
foram ainda estabelecidas.
-LINFOMA CUTÂNEO DE CÉLULAS T (LCCT)
O interferão alfa-2a (Roferon-A) pode apresentar atividade em doentes com linfoma
cutâneo progressivo de células T, refratários à terapêutica convencional ou para os
quais a terapêutica convencional não é adequada.
A posologia ótima não foi ainda estabelecida.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Posologia inicial:
Roferon-A deve ser administrado por injeção subcutânea, em doentes com idade
igual ou superior a 18 anos, por aumento progressivo da dose até 18 milhões de UI
diárias durante doze semanas. O esquema posológico recomendado é o seguinte:
Dias 1-3
3 milhões de UI diárias
Dias 4-6
9 milhões de UI diárias
Dias 7-84
18 milhões de UI diárias
Posologia de manutenção:
Roferon-A deve ser administrado por injeção subcutânea, três vezes por semana, na
dose máxima que o doente consiga tolerar, mas sem ultrapassar 18 milhões de UI.
Duração do tratamento:
Os doentes devem ser tratados durante um período mínimo de oito semanas e
preferencialmente durante pelo menos doze semanas, antes do médico tomar a
decisão de continuar o tratamento nos doentes com resposta ou suspendê-lo
naqueles sem resposta. A duração mínima do tratamento em doentes a responderem
ao tratamento deve ser de 12 meses de forma a maximizar a probabilidade de obter
resposta
completa
aumentar
probabilidade
obter
resposta
prolongada. Alguns doentes foram tratados até 40 meses consecutivos. A duração
ótima da terapêutica com Roferon-A no linfoma cutâneo de células T não foi ainda
estabelecida.
Aviso:
Em cerca de 40 % dos doentes com LCCT não se observaram respostas tumorais
objetivas. As respostas parciais são, geralmente, observadas nos 3 primeiros meses
e as respostas completas nos 6 primeiros meses, embora possa ocasionalmente ser
necessário mais do que 1 ano para se obter a melhor resposta.
-HEPATITE B CRÓNICA
Roferon-A está indicado no tratamento de doentes adultos com hepatite B crónica,
histologicamente comprovada, que possuam marcadores de replicação viral, isto é,
que são positivos para ADN do VHB ou HBeAg.
Recomendação posológica:
Não
ainda
estabelecido
esquema
ideal
tratamento.
dose
situa-se
habitualmente entre 2,5 e 5,0 milhões de UI/m2 de superfície corporal, administrada
por via subcutânea, três vezes por semana durante um período de 4 a 6 meses.
A posologia pode ser ajustada de acordo com a tolerância do doente. Se não se observar melhoria
ao fim de 3-4 meses de tratamento, deve considerar-se a hipótese de suspender o tratamento.
Crianças: têm sido administradas com segurança doses até 10 milhões de UI/m2 em
crianças com hepatite B crónica. Contudo, não foi demonstrada eficácia terapêutica.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
-HEPATITE C CRÓNICA
ROFERON-A EM COMBINAÇÃO COM RIBAVIRINA
DOENTES EM RECIDIVA
Roferon-A está indicado em combinação com a ribavirina no tratamento de doentes
adultos com hepatite C crónica que responderam previamente à terapêutica com
interferão alfa em monoterapia e que recidivaram após a suspensão do tratamento.
Posologia:
Roferon-A: 4,5 milhões de UI, 3 vezes por semana, por injeção subcutânea, durante
um período de 6 meses.
Posologia da ribavirina:
Posologia da ribavirina: 1000 mg a 1200 mg / dia, em duas doses separadas (uma de manhã com
o pequeno-almoço e outra com a refeição da noite). Para mais informações sobre a posologia e o
modo de administração da ribavirina, consultar o Resumo das Características do Medicamento da
ribavirina.
DOENTES NÃO TRATADOS PREVIAMENTE (naïves)
A eficácia do interferão alfa-2a no tratamento da hepatite C é aumentada quando
utilizado em combinação com a ribavirina. Roferon-A deve ser administrado em
monoterapia em caso de intolerância ou contraindicação à ribavirina.
Posologia:
Roferon-A: 3 a 4,5 MUI, 3 vezes por semana, por injeção subcutânea durante um
período de pelo menos 6 meses. O tratamento deverá ser mantido durante mais 6
meses nos doentes negativos para o ARN do VHC ao 6º mês e que estão infetados
pelo genótipo 1 e com elevada carga viral antes do início do tratamento.
Posologia da ribavirina: ver acima.
Deverão ser tomados em consideração outros fatores de prognóstico negativo (idade
> 40 anos, sexo masculino, fibrose de ponte) na extensão do tratamento para 12
meses.
Os doentes que não apresentaram resposta virológica após 6
meses
tratamento
(ARN
inferior
limite
deteção)
normalmente
não
apresentam,
posteriormente,
resposta virológica sustentada (ARN do VHC inferior ao limite
de deteção) 6 meses após a retirada do tratamento.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
ROFERON-A EM MONOTERAPIA
Roferon-A deverá ser administrado em monoterapia principalmente em caso de
intolerância ou de contraindicação à ribavirina.
Posologia inicial:
Roferon-A deve ser administrado numa dose de 3 a 6 milhões de UI por injeção
subcutânea, 3 vezes por semana durante 6 meses como terapêutica de indução,
sempre que o doente o tolere. Em doentes que não respondam após 3 a 4 meses de
tratamento, deve ser considerada a interrupção do tratamento com Roferon-A.
Posologia de manutenção:
Para
consolidação
resposta
completa
doentes
cuja
sérica
tenha
normalizado, e/ou cujo ARN do VHC se tenha tornado indetetável, deve ser efetuada
terapêutica de manutenção com 3 milhões de UI de Roferon-A três vezes por
semana durante mais seis meses ou por período superior. A duração ótima do
tratamento não foi ainda estabelecida mas aconselha-se uma terapêutica durante,
pelo menos, 12 meses.
Nota:
A maioria dos doentes que recidivam após um tratamento adequado com Roferon-A
em monoterapia, fazem-no nos quatro meses que se seguem ao final do tratamento.
-LINFOMA NÃO HODGKIN FOLICULAR
Roferon-A prolonga a sobrevivência livre de doença e livre de progressão da doença
quando utilizado como terapêutica adjuvante em esquemas de quimioterapia, como
o CHOP, em doentes com linfoma folicular não Hodgkin avançado (com elevada
carga tumoral). No entanto, a eficácia da terapêutica adjuvante com interferão alfa-
2a na sobrevivência global destes doentes, não foi ainda estabelecida.
Recomendação posológica:
Roferon-A deve ser administrado concomitantemente com esquemas quimioterápicos
convencionais (tais como a associação de ciclofosfamida, prednisona, vincristina e
doxorrubicina) de acordo com um esquema como 6 milhões de UI/m2 administradas
por via subcutânea, desde o dia 22 ao dia 26, de cada ciclo de tratamento de 28
dias.
-CARCINOMA AVANÇADO DE CÉLULAS RENAIS
COMBINAÇÃO COM VINBLASTINA
A terapêutica combinada de Roferon-A e vinblastina induz taxas de resposta globais
de, aproximadamente, 17-26%, retarda a progressão da doença e prolonga a
sobrevivência global em doentes com carcinoma de células renais em estado
avançado.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Recomendação posológica:
Roferon-A deverá ser administrado por injeção subcutânea, em doses de 3 milhões
de UI, três vezes por semana, durante uma semana, 9 milhões de UI, três vezes por
semana, na semana seguinte e 18 milhões de UI, três vezes por semana, nas
restantes semanas. A vinblastina deverá ser administrada concomitantemente por
via intravenosa, de acordo com as instruções do fabricante, em doses de 0,1 mg/kg,
uma vez cada 3 semanas.
No caso da dose de 18 milhões de UI de Roferon-A, 3 vezes por semana, não ser
tolerada, a dose pode ser reduzida para 9 milhões de UI, 3 vezes por semana.
O tratamento deverá ser administrado pelo menos durante 3 meses, até um
máximo de 12 meses ou até à progressão da doença. Doentes que obtenham
resposta
completa
podem
parar
tratamento
meses
após
resposta
estabelecida.
COMBINAÇÃO COM BEVACIZUMAB (AVASTIN)
Recomendação posológica:
9 milhões de UI por injeção subcutânea três vezes por semana até à progressão da
doença ou até 12 meses. A segurança e eficácia do tratamento com Roferon-A além
de 12 meses não foram avaliadas.
Pode iniciar-se o tratamento com Roferon-A com uma dose mais baixa (3 ou 6
milhões de UI), no entanto a dose recomendada de 9 milhões de UI deve ser
alcançada nas 2 primeiras semanas de tratamento.
Se a dose de 9 milhões de UI de Roferon-A três vezes por semana não for tolerada,
pode reduzir-se para uma dose mínima de 3 milhões de UI três vezes por semana.
As injeções de Roferon-A são dadas após a conclusão da perfusão de Avastin. Para
mais informação sobre o uso da combinação com Avastin, consultar o RCM do
Avastin.
-MELANOMA MALIGNO CIRURGICAMENTE REMOVIDO
A terapêutica adjuvante com uma dose baixa de Roferon-A prolonga o intervalo
livre de doença em doentes sem metástases à distância ou sem envolvimento
dos gânglios linfáticos após remoção do melanoma (espessura do tumor > 1,5
mm).
Recomendação posológica:
Roferon-A deve ser administrado por via subcutânea na dose de 3 milhões de UI,
três vezes por semana durante 18 meses, iniciando-se este tratamento no máximo
seis semanas após a cirurgia. Se se desenvolver intolerância, a dose deverá ser
reduzida para 1,5 milhões de UI, 3 vezes por semana.
4.3.Contraindicações
Roferon-A está contraindicado em doentes com:
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
-História clínica de hipersensibilidade ao interferão alfa-2a recombinante ou a
qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
-Doença cardíaca grave pré-existente ou antecedentes de doença cardíaca. Não foi
demonstrado nenhum efeito cardiotóxico direto, mas é possível que efeitos tóxicos
agudos e limitantes (ex: febre, calafrios) frequentemente associados à administração
de Roferon-A possam exacerbar perturbações cardíacas pré-existentes,
-Insuficiência renal, hepática ou medular graves,
-Convulsões e/ou alterações do sistema nervoso central não controladas (ver secção
4.4),
-Hepatite crónica com doença hepática avançada e descompensada ou cirrose,
Hepatite
crónica
tratamento,
recentemente
tratada,
fármacos
imunossupressores,
-O álcool benzílico, excipiente de Roferon-A solução injetável, tem sido associado,
em raras ocasiões, a toxicidade potencialmente fatal e reações anafilactóides em
crianças até 3 anos de idade. Portanto, Roferon-A solução injetável não deve ser
utilizado em bebés prematuros, recém-nascidos nem em crianças com idade inferior
a 3 anos. Roferon-A solução contém 10 mg/ml de álcool benzílico.
Terapêutica combinada com ribavirina: se o interferão alfa-2a for administrado em
combinação com a ribavirina em doentes com hepatite C crónica, ver também o
Resumo das Características do Medicamento da ribavirina.
4.4.Advertências e precauções especiais de utilização
Roferon-A deve ser administrado sob a supervisão de um médico especializado, com
experiência no controlo da respetiva indicação. O controlo adequado da terapêutica e
das suas complicações é possível apenas quando os meios de diagnóstico e
tratamento adequados estão rapidamente disponíveis.
Os doentes devem ser informados não só dos benefícios do tratamento, mas
também da possibilidade de ocorrência de reações adversas.
Hipersensibilidade:
ocorrer
reação
hipersensibilidade
durante
tratamento com Roferon-A ou em associação com ribavirina, a terapêutica deverá
ser suspensa e deverá instituir-se imediatamente terapêutica adequada. A ocorrência
de exantemas transitórios não exige interrupção do tratamento.
doentes
transplantados
(p.ex.
transplante
renal
medula
óssea),
terapêutica imunossupressora pode ser atenuada, uma vez que os interferões têm
também ação imunoestimulante. Tal como com outros interferões alfa, foram
notificadas rejeições de enxertos em doentes a tomar Roferon-A.
Febre/infeções:
Embora
febre
possa
estar
associada
síndrome
gripal,
frequentemente notificada durante a terapêutica com interferão, devem excluir-se
outras causas de febre persistente, particularmente infeções graves (bacterianas,
virais ou fúngicas), em especial em doentes com neutropenia. Durante o tratamento
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
com os interferões alfa, incluindo Roferon-A, foram notificadas infeções graves
(bacterianas,
virais, fúngicas).
terapêutica
anti-infeciosa
adequada
deve
iniciada de imediato e deve ser considerada a interrupção do tratamento.
Psiquiátricas: Em doentes a fazer terapêutica com interferões, incluindo Roferon-A,
podem manifestar-se reações adversas graves do foro psiquiátrico. Em doentes com
ou sem antecedentes de doença psiquiátrica pode ocorrer depressão, pensamento
suicida, tentativa de suicídio e suicídio. O médico deve monitorizar todos os doentes
submetidos a terapêutica com Roferon-A, quanto ao aparecimento de indícios de
depressão. Antes do início do tratamento, o médico deve informar o doente da
possibilidade de desenvolver uma depressão e de que deve relatar imediatamente a
ocorrência de qualquer sinal ou sintoma de depressão. Nestes casos, deve tomar-se
em consideração a intervenção psiquiátrica e/ou a suspensão do fármaco.
Oftalmológicas: Tal como acontece com outros interferões, foram relatados casos de
retinopatia, incluindo hemorragia retiniana, manchas tipo algodão, edema papilar,
trombose das artérias ou veias retinianas e neuropatia ótica, que podem resultar em
perda da visão, após o tratamento com Roferon-A. Qualquer doente que se queixe
de diminuição ou perda de visão deverá ser submetido a um exame oftalmológico.
Estes eventos oculares podem ocorrer associados a outros estados patológicos. Em
doentes com diabetes mellitus ou hipertensão, recomenda-se a realização de um
exame oftalmológico antes do início da terapêutica com Roferon-A em monoterapia
ou na terapêutica combinada com ribavirina. O tratamento com Roferon-A em
monoterapia ou em associação com ribavirina, deverá ser suspenso em doentes que
desenvolvam novas afeções oftalmológicas ou agravem as existentes.
Endócrinas: Raramente, tem sido observada hiperglicemia em doentes tratados com
Roferon-A. Todos os doentes que desenvolvam sintomas de hiperglicemia deverão
realizar
determinações
glicemia
seguidos
adequadamente.
Pode
necessário ajustar a terapêutica antidiabética nos doentes com diabetes mellitus.
Em presença de disfunção renal, hepática ou medular ligeira a moderada, é
necessário um controlo rigoroso destas funções.
Função hepática: Em casos raros, suspeitou-se que o interferão alfa causasse
exacerbação de doença autoimune subjacente em doentes com hepatite. Assim,
recomenda-se precaução no tratamento de doentes com hepatite com história clínica
de doença autoimune. Se nestes doentes ocorrer deterioração da função hepática
deverá considerar-se a determinação dos anticorpos autoimunes. Se necessário, o
tratamento poderá ser suspenso.
Supressão da medula óssea: Deve haver extrema precaução na administração de
Roferon-A em doentes com mielossupressão severa, uma vez que este fármaco
possui um efeito supressor ao nível da medula óssea, conduzindo à diminuição do
número de glóbulos brancos, particularmente granulócitos, das plaquetas e, menos
frequentemente, da concentração de hemoglobina. Esta situação pode conduzir a um
aumento do risco de ocorrência de infeções e de hemorragias. É importante vigiar
rigorosamente
reações
deste
tipo
doentes
realizar
periodicamente
hemogramas, quer antes do tratamento com Roferon-A quer durante o tratamento a
intervalos adequados.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Autoimunes: Foi relatado o desenvolvimento de autoanticorpos distintos durante o
tratamento com interferões alfa. As manifestações clínicas de doença autoimune
durante o tratamento com interferão ocorrem mais frequentemente em doentes
predispostos
desenvolvimento
alterações
autoimunes.
doentes
história clínica de doença autoimune ou doença autoimune subjacente, recomenda-
monitorização
sintomas
sugestivos
destas
afeções,
assim
como
determinação de autoanticorpos e do nível de TSH.
A utilização de Roferon-A não é recomendada em crianças uma vez que não estão
estabelecidas a sua eficácia e segurança em pediatria.
Não foi demonstrada a eficácia em doentes com hepatite crónica B ou C a fazer
hemodiálise, ou com hemofilia ou coinfetados com o VIH.
Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por 0,5 ml, isto é,
essencialmente isento de sódio.
Terapêutica combinada com ribavirina: se o interferão alfa-2a for administrado em
combinação com a ribavirina em doentes com hepatite C crónica, ver também o
Resumo das Características do Medicamento da ribavirina.
Doentes coinfetados pelo VIH e em tratamento com Terapêutica Antivírica Muito
Ativa (HAART) podem apresentar um risco aumentado de desenvolver acidose
láctica. Deve ter-se precaução ao associar Roferon-A e ribavirina à terapêutica
HAART (ver o RCM da ribavirina).
Doentes com cirrose avançada, coinfetados e em tratamento com terapêutica HAART
podem apresentar um risco aumentado de descompensação hepática e morte. A
adição de um tratamento com interferões alfa em monoterapia ou em combinação
com ribavirina pode aumentar o risco neste grupo de doentes.
4.5.Interações medicamentosas e outras formas de interação
Como os interferões alfa alteram o metabolismo celular, Roferon-A possui potencial
para modificar a atividade de outros fármacos. Num pequeno estudo, Roferon-A
demonstrou
atuar
sobre
sistemas
enzimáticos
microssomais
específicos.
Desconhece-se a importância clínica destes factos.
Os interferões alfa podem afetar o processo metabólico oxidativo; este facto deve
ser tido em consideração ao prescrever-se uma terapêutica concomitante com
fármacos metabolizados por esta via. Contudo, atualmente não existe disponível
informação específica sobre o assunto.
Foi demonstrado que Roferon-A reduz a depuração da teofilina.
Uma vez que Roferon-A pode afetar as funções do sistema nervoso central, podem
ocorrer interações após administração concomitante de fármacos com ação central.
Os efeitos neurotóxicos, hematotóxicos ou cardiotóxicos de fármacos administrados
anterior ou concomitantemente podem ser potenciados pelos interferões.
Terapêutica combinada com ribavirina: se o interferão alfa-2a for administrado em
combinação com a ribavirina em doentes com hepatite C crónica, ver também o
Resumo das Características do Medicamento da ribavirina.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Os resultados de um estudo clínico controlado em doentes com cancro do rim não
demonstraram
nenhum
efeito
significativo
bevacizumab
(Avastin)
farmacocinética do interferão alfa-2 a (Roferon-A).
4.6.Fertilidade, gravidez e aleitamento
Tanto os homens como as mulheres em tratamento com Roferon-A devem fazer
contraceção eficaz. Não existem dados suficientes sobre a utilização de Roferon-A
mulheres
grávidas.
Quando
administraram
doses
muito
superiores
clinicamente recomendadas a macacas rhesus grávidas, no início ou a meio do
período fetal, observou-se um efeito abortivo (ver secção 5.3). Ainda que os estudos
em animais não indiquem que o Roferon-A seja teratogénico, não se pode excluir
dano para o feto se for utilizado durante a gravidez. Durante a gravidez, Roferon-A
apenas deve ser administrado se os benefícios para a mulher justificarem o risco
potencial para o feto.
Desconhece-se se o fármaco é excretado no leite humano. Tendo em conta a
importância terapêutica do fármaco para a mãe, deve ser tomada uma decisão
relativamente à suspensão do aleitamento ou suspensão do fármaco.
Uso com ribavirina em doentes com hepatite C crónica
Demonstrou-se a existência de efeitos teratogénicos e/ou embrioletais significativos
em todas as espécies animais expostas à ribavirina. A terapêutica com ribavirina
está contraindicada na mulher grávida. Deve ter-se extrema precaução em evitar a
gravidez nas doentes do sexo feminino ou nas parceiras de doentes do sexo
masculino tratados com Roferon-A em associação com ribavirina. As doentes do sexo
feminino em idade fértil e os seus parceiros devem usar um método contracetivo
eficaz, cada um, durante o tratamento e nos 4 meses seguintes à sua conclusão. Os
doentes do sexo masculino e as suas parceiras devem usar um método contracetivo
eficaz, cada um, durante o tratamento e nos 7 meses seguintes à sua conclusão.
Consultar o Resumo das Características do Medicamento (RCM) da ribavirina.
4.7.Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
No entanto, consoante a dose, o esquema terapêutico e a sensibilidade individual,
Roferon-A pode ter efeito na velocidade de reação afetando, assim, determinadas
operações como a condução de veículos, a utilização de máquinas, etc.
4.8.Efeitos indesejáveis
Terapêutica combinada com ribavirina: se o interferão alfa-2a for administrado em
combinação com a ribavirina em doentes com hepatite C crónica, ver também o
Resumo das Características do Medicamento da ribavirina.
A informação sobre reações adversas que se segue baseia-se em dados obtidos
aquando
tratamento
doentes
neoplásicos
grande
variedade
malignidades, muitas vezes refratários a terapêuticas prévias e com doença em fase
avançada, doentes com hepatite B crónica e doentes com hepatite C crónica.
Cerca de dois terços dos doentes neoplásicos experimentaram anorexia e metade
sentiu náuseas. Afeções cardiovasculares e doenças pulmonares verificaram-se em
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
cerca de um quinto dos doentes neoplásicos, consistindo em episódios transitórios de
hipotensão ou hipertensão, edema, cianose, arritmias, palpitações e dor torácica. A
maioria dos doentes neoplásicos receberam doses significativamente mais elevadas
do que as atualmente recomendadas, o que provavelmente explica a elevada
frequência e gravidade dessas reações adversas em comparação com as que se
observaram em doentes com hepatite B. Nestes, as reações adversas foram
geralmente transitórias e restabeleceram-se os valores que se observaram antes do
tratamento, em 1 a 2 semanas após a suspensão do tratamento. Problemas
cardiovasculares foram observados muito raramente nos doentes com hepatite B.
doentes
hepatite
alterações
transaminases
correspondem
normalmente a um sinal de melhoria da situação clínica do doente.
A maioria dos doentes apresentou sintomas de tipo gripal, como fadiga, febre,
calafrios, perda de apetite, mialgias, cefaleias, artralgias e diaforese. Estes efeitos
secundários
agudos
podem
geralmente
reduzidos
eliminados
pela
administração simultânea de paracetamol e tendem a diminuir com a continuação do
tratamento ou com a diminuição das doses, embora a manutenção da terapêutica
possa causar letargia, astenia e fadiga.
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência:
Sistema
de órgãos
Muito
frequente
(³1/10)
Frequent
(³1/100,
<1/10)
Pouco
frequentes
(³1/1
000,<1/10
Raros
(³1/10
000, <1/1
000)
Muito
raros
(<
1/10
000)
Descon
hecida
(não
pode
calcula
partir
dados
disponí
veis)
Infeções
infestaçõe
Pneumoni
Herpes
simplex1
Doenças
sangue
sistema
linfático2
Leucopeni
Tromboc
itopenia
Anemia
Agranuloci
tose
Anemia
hemolítica
Púrpura
trombocit
opénica
idiopática
Neutro
penia
Doenças
sistema
imunitário
Doença
autoimun
Reações
hipersensi
bilidade
Sarcoidos
Rejeiçõ
enxerto
s†
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Sistema
de órgãos
Muito
frequente
(³1/10)
Frequent
(³1/100,
<1/10)
Pouco
frequentes
(³1/1
000,<1/10
Raros
(³1/10
000, <1/1
000)
Muito
raros
(<
1/10
000)
Descon
hecida
(não
pode
calcula
partir
dados
disponí
veis)
aguda 3
Doenças
endócrina
Hipotiroidi
Hipertiroid
ismo
Disfunção
da tiroide
Doenças
metabolis
nutrição
Anorexia
Náusea
Hipocalce
consequê
ncias
Desidrataçã
Desequilíbri
eletrolítico
Diabetes
mellitus
Hiperglice
Hipertrigli
ceridemia
Hiperlipid
emia
Perturbaç
ões
foro
psiquiátri
Depressão
Ansiedade
Mudanças
estado
mental
Estado
confusional
Comportam
ento
anormal
Nervosismo
Perturbaçõ
nível
memória
Perturbaçã
o do sono
Suicídio
Tentativa
suicídio
Ideação
suicida
Doenças
sistema
nervoso
Cefaleia
Disgeusi
Neuropatia
Tonturas
Hipoestesia
Parestesia
Tremor
Sonolência
Coma
Acidente
vascular
cerebral
Convulsõe
Disfunção
eréctil
transitória
Encefalop
atia
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Sistema
de órgãos
Muito
frequente
(³1/10)
Frequent
(³1/100,
<1/10)
Pouco
frequentes
(³1/1
000,<1/10
Raros
(³1/10
000, <1/1
000)
Muito
raros
(<
1/10
000)
Descon
hecida
(não
pode
calcula
partir
dados
disponí
veis)
Afeções
oculares
Perturbaçã
o visual
Conjuntivit
Retinopati
isquémica
Trombose
artérias
retinianas
Neuropati
a ótica
Hemorragi
retiniana
Trombose
veias
retinianas
Exsudado
retinianos
Retinopati
Papiledem
Afeções
do ouvido
labirinto
Vertigens
Cardiopati
Arritmias
Palpitaçõ
Cianose
Paragem
cardiorres
piratória
Enfarte do
miocárdio
Insuficiên
cardíaca
congestiv
Edema
pulmonar
Vasculopa
tias
Hipertensã
Hipotensão
Vasculite
Doenças
Dispneia
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Sistema
de órgãos
Muito
frequente
(³1/10)
Frequent
(³1/100,
<1/10)
Pouco
frequentes
(³1/1
000,<1/10
Raros
(³1/10
000, <1/1
000)
Muito
raros
(<
1/10
000)
Descon
hecida
(não
pode
calcula
partir
dados
disponí
veis)
respiratór
ias,
torácicas
mediastin
Tosse
Doenças
gastrointe
stinais
Diarreia
Vómitos
abdomin
Náuseas
Boca
seca
Pancreatit
Hipermotil
idade
intestinal
Obstipaçã
Dispepsia
Flatulênci
Reativaçã
úlcera
péptica
Hemorragi
gastrointe
stinal
(sem risco
de vida)
Afeções
hepatobili
ares
Insuficiên
hepática
Hepatite
Disfunção
hepática
Afeções
tecidos
cutâneos
subcutân
Alopecia5
Aumento
sudação
Psoríase6
Prurido
Erupção
cutânea
Secura da
pele
Epistaxe
Secura
mucosas
Rinorreia
Afeções
musculos
queléticas
tecidos
conjuntiv
Mialgia
Artralgia
Lúpus
eritemato
sistémico
Artrite
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Sistema
de órgãos
Muito
frequente
(³1/10)
Frequent
(³1/100,
<1/10)
Pouco
frequentes
(³1/1
000,<1/10
Raros
(³1/10
000, <1/1
000)
Muito
raros
(<
1/10
000)
Descon
hecida
(não
pode
calcula
partir
dados
disponí
veis)
Doenças
renais
urinárias
Proteinúria
Aumento
células
sedimento
urinário
Insuficiên
renal
aguda7
Compromi
sso renal
Perturbaç
ões gerais
alteraçõe
s no local
administr
ação
Sintomas
de gripe
Perda
apetite
Pirexia
Calafrios
Fadiga
torácica
Edema
Necrose
local
de injeção
Reação no
local
injeção
Exames
complem
entares
diagnóstic
Perda de
peso
Aumento
da ALT
Aumento
transamina
Aumento
fosfatase
alcalina
sangue
Aumento
creatinina
no sangue
Aumento
ureia
no sangue
Aumento
bilirrubina
no sangue
Aumento
ácido
úrico
sangue
Aumento
da LDH no
sangue
1(Incluindo exacerbação do herpes labial)
2Em doentes mielodeprimidos, a trombocitopenia e a diminuição da hemoglobina
ocorreram com maior frequência. A recuperação das alterações hematológicas
graves
até
níveis
registados
antes
início
tratamento
ocorreu,
habitualmente, em 7 a 10 dias após a suspensão do tratamento com Roferon-A.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
3 (P. ex. urticária, angioedema, broncospasmo e anafilaxia)
4Incluindo bloqueio auriculoventricular
5(Reversível após suspensão; pode verificar-se aumento da queda de cabelo durante
várias semanas após o final do tratamento)
6Exacerbação ou aparecimento de psoríase
7(Principalmente em doentes neoplásicos com doença renal)
†Identificadas na experiência de pós-comercialização
interferões
alfa
incluindo
Roferon-A,
utilizados
monoterapia
combinação
ribavirina,
podem
estar
associados
raras
ocasiões
pancitopenia, e muito raramente foi notificada anemia aplásica.
Em alguns doentes, podem formar-se anticorpos neutralizantes dos interferões. Em
algumas situações clínicas (neoplasia, lúpus eritematoso sistémico, herpes zoster)
podem
também
surgir
espontaneamente
anticorpos
anti-interferão
leucocitário
humano em doentes que nunca tenham recebido interferões exógenos. O significado
clínico do desenvolvimento de anticorpos não foi ainda totalmente esclarecido.
Nos ensaios clínicos em que se utilizou Roferon-A liofilizado armazenado a 25°C
detetaram-se, em cerca de um quinto dos doentes, anticorpos neutralizantes de
Roferon-A.
doentes
hepatite
respondedores
tratamento
desenvolveram anticorpos neutralizantes, revelaram uma tendência para perda de
resposta ainda durante o tratamento, ou mais cedo do que os doentes que não
desenvolveram anticorpos. Não estão documentadas outras sequelas clínicas devidas
à presença de anticorpos anti-Roferon-A. O significado clínico do desenvolvimento de
anticorpos não foi ainda totalmente esclarecido.
Não existem ainda dados obtidos em ensaios clínicos relativos aos anticorpos
neutralizantes, nos quais se tenham utilizado Roferon-A liofilizado ou Roferon-A
solução injetável armazenados a 4°C. Num modelo animal, utilizando o ratinho, a
imunogenicidade relativa de Roferon-A liofilizado aumenta ao longo do tempo
quando
material
armazenado
25°C
não
verifica
aumento
imunogenicidade quando Roferon-A liofilizado é armazenado a 4°C, temperatura de
armazenamento recomendada.
4.9.Sobredosagem
Não existem relatos de sobredosagem mas a administração repetida de doses
elevadas de interferão pode estar associada a letargia profunda, fadiga, prostração e
coma. Os doentes com estes sintomas devem ser hospitalizados para observação e
administração de terapêutica de suporte adequada.
Os doentes que apresentam reações graves ao Roferon-A recuperam, geralmente,
alguns
dias
após
suspensão
tratamento,
cuidados
suporte
adequados.
ensaios
clínicos
observou-se
coma
doentes
neoplásicos.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
5.PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1.Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
16.3.
Medicamentos
antineoplásicos
imunomoduladores.
Imunomodeladores.
Código ATC: L03AB04
Roferon-A demonstrou possuir muitas das atividades das preparações de interferão-
alfa natural humano. Roferon-A exerce a sua ação antivírica por indução de um
estado de resistência às infeções virais nas células e por modulação dos efectores do
sistema imunológico responsáveis pela neutralização dos vírus ou eliminação das
células infetadas. O mecanismo fundamental da ação antitumoral de Roferon-A não é
ainda
conhecido.
entanto,
estão
descritas
diversas
alterações
células
tumorais humanas tratadas com Roferon-A: as células HT 29 apresentam uma
redução significativa do ADN, do ARN e da síntese proteica. Verificou-se que
Roferon-A exerce ação antiproliferativa in vitro contra diversos tumores humanos e
inibe o crescimento de alguns tumores humanos transplantados para o ratinho nude.
Foi determinada a sensibilidade ao Roferon-A de um número limitado de linhagens
células
tumorais
humanas
proliferaram
vivo
ratinhos
imunocomprometidos
(ratinhos
nude).
atividade
antiproliferativa
vivo
Roferon-A foi estudada em tumores como o carcinoma mucoide da mama, o
adenocarcinoma do cego, o carcinoma do cólon e o carcinoma da próstata. O grau de
atividade antiproliferativa é variável.
Ao contrário de outras proteínas humanas, muitos dos efeitos do interferão alfa-2a
são parcial ou completamente suprimidos quando testados noutras espécies animais.
Contudo, verificou-se que o interferão alfa-2a induziu uma atividade antivírica
antivaccinia significativa no macaco rhesus anteriormente tratado com interferão
alfa-2a.
Eficácia e segurança clínica
Tricoleucemia
A eficácia terapêutica de Roferon-A no tratamento da tricoleucemia foi demonstrada
num grande ensaio clínico em 218 doentes, dos quais 174 foram avaliados quanto à
eficácia, após 16-24 semanas de terapêutica. Observou-se resposta em 88% dos
doentes (33% com resposta completa, 55% com resposta parcial).
Sarcoma de Kaposi associado a SIDA
Avaliou-se a eficácia de Roferon-A no tratamento do sarcoma de Kaposi em 364
doentes submetidos a tratamento com 3 a 54 milhões de UI por dia. As taxas de
resposta objetiva foram dose-dependentes e variaram entre 14% e 50%, sendo a
dose diária de 36 milhões de UI a que originou maior benefício terapêutico global
(13,3% com resposta completa, 12,2% com resposta parcial). Um valor inicial
elevado de linfócitos CD4 constituiu um fator prognóstico favorável de resposta, com
46% dos doentes com contagem de CD4 > 400/mm3 a responder ao Roferon-A. A
resposta à terapêutica com Roferon-A constituiu o mais forte fator prognóstico de
sobrevivência.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Leucemia mieloide crónica (LMC)
A eficácia de Roferon-A foi avaliada em 226 doentes com LMC em fase crónica e
comparada com 109 doentes em tratamento com quimioterapia (hidroxiureia ou
busulfano).
Ambos
grupos
apresentavam
valores
favoráveis
aquando
diagnóstico (menos de 10% de blastos no sangue) e o tratamento foi iniciado com
interferão nos 6 meses seguintes ao diagnóstico. O tratamento dos doentes com LMC
em fase crónica permitiu obter a mesma proporção de doentes com resposta
hematológica
(85-90%)
tratamento
regimes
habituais
quimioterapia. Além disso, nos doentes tratados com Roferon-A 8% apresentaram
respostas citogenéticas completas e 38% respostas citogenéticas parciais versus 9%
de respostas citogenéticas parciais durante a quimioterapia. O tempo decorrido entre
a fase crónica da leucemia e uma fase acelerada ou blástica foi superior no grupo
tratado com Roferon-A (69 meses) do que no grupo tratado com quimioterapia
convencional (46 meses) (p < 0,001), o mesmo acontecendo com a mediana da
sobrevida global (72,8 meses versus 54,5 meses, p=0,002).
Linfoma cutâneo de células T (LCCT)
A eficácia de Roferon-A foi avaliada em 169 doentes com LCCT, a maioria dos quais
(78%) resistentes ou em recidiva à terapêutica habitual. Nos 85 doentes avaliáveis,
a resposta global ao tratamento foi de 58% (20% com respostas completas, 38%
com respostas parciais). Doentes em qualquer dos estadios da doença responderam
à terapêutica. A duração mediana da resposta completa desde o início do tratamento
foi de 22 meses; 94% dos doentes com resposta completa mantinham-se em
remissão aos 9 meses.
Hepatite B crónica
A eficácia de Roferon-A no tratamento da hepatite B crónica foi avaliada em ensaios
envolvendo mais de 900 doentes. No estudo fundamental, controlado, 238 doentes
foram randomizados em quatro grupos: os doentes receberam 2,5 milhões de
UI/m2, 5,0 milhões de UI/ m2, 10 milhões de UI/m2 de Roferon-A (três vezes por
semana) ou nenhum tratamento. A duração do tratamento foi de 12-24 semanas de
acordo com a resposta, ou seja, de acordo com a depuração sérica do AgHBe e do
ADN do VHB. Os doentes foram seguidos durante um período de 12 meses após a
suspensão do tratamento. Verificou-se uma diferença estatisticamente significativa
entre as respostas mantidas [depuração do antigénio da hepatite B (AgHBe) e do
ADN viral da hepatite B (ADN VHB)] dos doentes tratados e não tratados (37%
versus 13%). As diferenças entre as respostas dos vários grupos não foram
estatisticamente significativas (33%, 34% e 43% para os grupos tratados com 2,5,
5,0 e 10,0 milhões de UI/m2, respetivamente). As respostas serológicas e virológicas
foram associadas a uma melhoria marcada na histologia hepática verificada no
seguimento do doente após 12 meses sem tratamento.
Hepatite C crónica
A eficácia de Roferon-A no tratamento da hepatite C crónica foi avaliada em 1701 doentes, com
130 doentes controlo não tratados ou a receber placebo. Nas doses recomendadas, Roferon-A
induz uma resposta bioquímica completa que pode ir até 85% dos doentes, com taxas de resposta
mantida durante pelo menos 6 meses após o tratamento, variando entre 11 e 44% consoante as
características da doença antes do início do tratamento, a dose de IFN e a duração do tratamento.
A resposta bioquímica ao Roferon-A está associada a uma melhoria significativa da doença
hepática tal como demonstrado pela avaliação das biópsias hepáticas efetuadas antes e após o
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
tratamento. Para os doentes que apresentaram uma resposta mantida 3 a 6 meses após o final da
terapêutica, verificou-se que a resposta se mantinha durante um período de até 4 anos.
A eficácia terapêutica do interferão alfa-2a em monoterapia e em combinação com a
ribavirina foi comparada num ensaio clínico randomizado, com dupla ocultação, em
doentes não tratados previamente (naíves) e em doentes com recidiva de hepatite C
crónica documentada do ponto de vista virológico, bioquímico e histológico. As
respostas bioquímica e virológica mantidas bem como a melhoria histológica foram
avaliadas seis meses após o final do tratamento.
Observou-se um aumento estatisticamente significativo de 10 vezes (de 4% a 43%;
p<0,01) nas respostas virológica e bioquímica mantidas em doentes com recidiva. O
perfil favorável da terapêutica de combinação também se refletiu na taxa de
resposta relativa ao genótipo do VHC ou na carga viral inicial. Apesar das taxas de
resposta
mantida
doentes
genótipo-1
serem
inferiores
observadas na população global (aproximadamente 30% versus 0% no braço em
monoterapia), o benefício relativo da ribavirina em combinação com o interferão
alfa-2a é particularmente significativo neste grupo de doentes. Para além disso, a
melhoria histológica favoreceu a terapêutica combinada.
Foram relatados resultados favoráveis de suporte num pequeno estudo com doentes
não tratados previamente utilizando interferão alfa-2a (3 milhões de UI 3 vezes por
semana) com ribavirina.
Para mais informações sobre as propriedades farmacodinâmicas, consulte o Resumo
das Características do Medicamento da ribavirina.
Linfoma não Hodgkin folicular
Avaliou-se a eficácia de Roferon-A juntamente com a quimioterapia citotóxica
(regime do tipo CHOP com ciclofosfamida, vincristina, prednisona e doxorrubicina)
em 122 doentes com linfoma não-Hodgkin clinicamente agressivo de baixo grau ou
grau intermédio e comparou-se com 127 doentes controlo em tratamento com o
mesmo
tratamento
CHOP.
Ambos
regimes
originaram
respostas
objetivas
comparáveis, mas o regime que incluiu Roferon-A teve mais efeito no prolongamento
do tempo decorrido até à falência do tratamento (p < 0,001) e na duração da
resposta completa (p< 0,003).
Carcinoma de células renais
Combinação com vinblastina
Comparou-se a eficácia de Roferon-A administrado em combinação com a vinblastina
com a eficácia da vinblastina administrada como fármaco único. A combinação de
Roferon-A com vinblastina é superior à vinblastina isolada no tratamento de doentes
com carcinoma das células renais localmente avançado ou metastizado. A mediana
de sobrevida foi de 67,8 semanas para os 79 doentes em tratamento com Roferon-A
e vinblastina e de 37,8 semanas para os 81 doentes tratados só com vinblastina
(p=0,0049). As taxas de resposta global foram de 16,5% para os doentes em
tratamento com Roferon-A e vinblastina e de 2,5% para os doentes em tratamento
com vinblastina como fármaco único (p=0,0025).
Combinação com bevacizumab (Avastin)
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
O estudo pivot de fase III comparou bevacizumab em
combinação com interferão alfa-2a (N=327) com placebo
mais interferão alfa-2a (N=322) como terapia de primeira
linha
doentes
nefrectomizados
carcinoma
células renais avançado e/ou metastizado.
Tabela 1: resultados de eficácia do ensaio BO17705
Parâmetro
(valor da mediana)
Pbo + IFN N
= 322
Bv + IFN N =
Taxa
Riscoα
Valor de p
Sobrevivência global
21,3 meses
23,3 meses
0,91
(0,76
1,10)
p = 0,3360 β
Sobrevivência livre de
progressão
5,4 meses
10,2 meses
0,63
(0,52-
0,75)
p < 0,00014
Taxa
resposta
global g
12,8 %
31,4 %
p < 0,0001 d
α – determinado com IC de 95 %.
β – o valor de p foi obtido usando o Log-Rank Test
g - as populações para referência são os doentes com doença mensurável na linha
de base [ITT N = 289 / 306]
d - o valor de p foi obtido usando o c2 Test
Melanoma maligno após ressecção cirúrgica
A eficácia de Roferon-A em doentes com melanoma cutâneo primário com espessura
superior a 1,5 mm e sem metástases ganglionares clinicamente detetáveis, foi
avaliada num grande estudo randomizado, envolvendo 253 doentes em tratamento
com Roferon-A, numa dose de 3 milhões de UI três vezes por semana, durante 18
meses, e comparada com 246 controlos não tratados. Após um período mediano de
seguimento de 4,4 anos, foi demonstrado existir um aumento significativo do
intervalo de tempo sem ocorrência de recidiva (p=0,035) mas não se observou
diferença estatisticamente significativa na sobrevida global (p=0,059) nos doentes
tratados com Roferon-A, em comparação com os doentes controlo. O efeito global do
tratamento foi a redução em 25% do risco de ocorrência de recidiva.
5.2.Propriedades farmacocinéticas
As concentrações séricas de interferão alfa-2a apresentam grande variabilidade
interindividual, tanto em voluntários saudáveis como em doentes com cancro
disseminado. A farmacocinética de Roferon-A no animal (macaco, cão e ratinho) foi
semelhante à observada no Homem. A farmacocinética de Roferon-A no Homem
demonstrou variação linear para o intervalo de doses de 3 milhões UI - 198 milhões
de UI. No Homem saudável, o interferão alfa-2a apresentou uma semivida de
eliminação entre 3,7 e 8,5 horas (média: 5,1 horas), um volume de distribuição no
estado de equilíbrio de 0,223 a 0,748 l/kg (média: 0,4 l/kg) e uma depuração total
organismo
2,14
3,62
ml/min/kg
(média:
2,79
ml/min/kg)
após
administração de 36 milhões de UI por perfusão intravenosa. Após administração
intramuscular de 36 milhões de UI, as concentrações séricas máximas variaram
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
entre 1500 e 2580 pg/ml (média: 2020 pg/ml) sendo o tempo médio para obtenção
da concentração máxima de 3,8 horas e, após administração subcutânea de 36
milhões de UI, as concentrações séricas máximas variaram de 1250 a 2320 pg/ml
(média: 1730 pg/ml) sendo o tempo médio para a concentração máxima de 7,3
horas.
A fração aparente da dose absorvida após injeção intramuscular ou subcutânea é
superior a 80 %.
A farmacocinética do interferão alfa-2a após administração de doses únicas por via
intramuscular a doentes com neoplasia disseminada e com hepatite B crónica foi
semelhante
observou
voluntários
saudáveis.
Foram
observados
aumentos das concentrações séricas proporcionais às doses, após administração de
doses únicas até 198 milhões de UI. Não se verificaram alterações na distribuição
nem na eliminação do interferão alfa-2a com regimes de administração de duas
vezes por dia (0,5 a 36 milhões de UI), uma vez por dia (1 a 54 milhões de UI) ou
três vezes por semana (1 a 136 milhões de UI) durante um período máximo de 28
dias. O catabolismo renal é a principal via de eliminação de Roferon-A. A excreção
biliar e o metabolismo hepático são considerados vias de eliminação de Roferon-A
menos importantes.
A administração intramuscular de Roferon-A, uma ou mais vezes por dia durante
períodos até 28 dias, em alguns doentes com neoplasia disseminada, originou
concentrações plasmáticas máximas duas a quatro vezes superiores às observadas
após administração de doses únicas. Contudo, a administração de doses múltiplas
não alterou os parâmetros de distribuição ou de eliminação no decurso dos diversos
regimes estudados.
Para mais informações sobre as propriedades farmacocinéticas, consultar o Resumo
das Características do Medicamento da ribavirina.
5.3.Dados de segurança pré-clínica
Devido à especificidade do interferão humano para a espécie, apenas se efetuaram
ensaios toxicológicos limitados com Roferon-A. A toxicidade parentérica aguda de
Roferon-A foi estudada no ratinho, rato, coelho e furão utilizando doses até 30
milhões de UI/kg administradas por via intravenosa e 500 milhões de UI/Kg por via
intramuscular. Não se verificou mortalidade relacionada com a administração de
Roferon-A por nenhuma das vias de administração, em nenhuma das espécies
estudadas. Não se observaram efeitos adversos significativos para doses muito
superiores às doses clinicamente recomendadas, com exceção de um efeito abortivo
após administração no macaco rhesus fêmea grávida no início ou a meio do período
fetal
irregularidades
transitórias
ciclo
menstrual
(nomeadamente
prolongamento do período menstrual) após administração no macaco fêmea não
grávida. Não foi estabelecida a relevância destes dados no Homem.
Experimentalmente,
não
foram
observados
efeitos
mutagénicos
atribuíveis
Roferon-A.
Para mais informações sobre os dados de segurança pré-clínica, consulte o Resumo
das Características do Medicamento da ribavirina.
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
6.INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.Lista dos excipientes
Acetato de amónio
Cloreto de sódio
Álcool benzílico (10 mg/1 ml)
Polissorbato 80
Ácido acético glacial
Hidróxido de sódio
Água para preparações injetáveis
6.2.Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser
misturado com outros medicamentos.
6.3.Prazo de validade
2 anos
6.4.Precauções especiais de conservação
Conservar no frigorífico (2ºC - 8ºC). Não congelar. Manter a seringa pré-cheia dentro
da embalagem exterior para proteger da luz.
6.5.Natureza e conteúdo do recipiente
0,5 ml de solução em seringa pré-cheia (vidro tipo I), com rolha no êmbolo
(borracha butílica), cápsula de fecho (borracha butílica), êmbolo (plástico), agulha
(aço inoxidável). Apresentações de 1, 5, 6, 12 e 30. É possível que não sejam
comercializadas todas as apresentações.
6.6.Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Apenas para administração única.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos, incluindo agulhas e seringas,
devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Farmacêutica Química, Lda.
Estrada Nacional 249 - 1
2720– 413 Amadora
8.NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 2973485- 1 seringa pré-cheia, 3 M.U.I./0.5 ml, vidro tipo I
Nº de registo: 2973584- 5 seringas pré-cheias, 3 M.U.I./0.5 ml, vidro tipo I
Nº de registo: 2973683- 6 seringas pré-cheias, 3 M.U.I./0.5 ml, vidro tipo I
Nº de registo: 2973782-12 seringas pré-cheias 3 M.U.I./0.5 ml, vidro tipo I
APROVADO EM
17-07-2013
INFARMED
Nº de registo: 2973881- 30 seringas pré-cheias 3 M.U.I./0.5 ml, vidro tipo I
9.DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 09 setembro 1999
Data da última renovação: 18 dezembro 2009
10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO