Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
17-01-2020
17-01-2020
APROVADO EM
17-01-2020
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Zarelix 37.5 mg comprimidos de libertação prolongada
Zarelix 75 mg comprimidos de libertação prolongada
Zarelix 150 mg comprimidos de libertação prolongada
Zarelix 225 mg comprimidos de libertação prolongada
Venlafaxina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Zarelix e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Zarelix
3. Como tomar Zarelix
4. Efeitos indesejáveis possíveis
5. Como conservar Zarelix
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1.O QUE É ZARELIX E PARA QUE É UTILIZADO
Zarelix contém a substância ativa venlafaxina.
Zarelix é um antidepressivo pertencente a uma classe de medicamentos designados
por inibidores da recaptação da serotonina e da noradrenalina (IRSNs). Esta classe
de medicamentos é utilizada para tratar a depressão e outras doenças como as
perturbações de ansiedade. Pensa-se que as pessoas deprimidas e/ou ansiosas têm
níveis
baixos
serotonina
noradrenalina
cérebro.
Não
sabe
ainda
completamente como atuam os antidepressivos, mas estes podem ajudar a tratar
estes doentes através do aumento dos níveis de serotonina e noradrenalina no
cérebro.
Zarelix está indicado para o tratamento de adultos com depressão. Zarelix é também
indicado para o tratamento de adultos que apresentam as seguintes perturbações de
ansiedade: perturbação da ansiedade generalizada, perturbação de ansiedade social
(fobia ou evitar situações sociais) e perturbação de pânico (ataques de pânico). O
tratamento adequado da depressão ou de perturbações de ansiedade é importante
para se sentir melhor. Se não for tratado, a sua condição pode não desaparecer ou
agravar-se e ser mais difícil de tratar.
2. O QUE PRECISA DE SABER ANTES DE TOMAR ZARELIX
Não tome Zarelix:
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-Se tem alergia à venlafaxina ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
-Se está também a tomar, ou tomou nos últimos 14 dias quaisquer medicamentos
conhecidos como inibidores da monoaminoxidase irreversível (IMAOs), utilizados
para tratar a depressão ou a doença de Parkinson. Tomar um IMAO irreversível com
Zarelix pode causar efeitos indesejáveis graves ou mesmo colocar a vida em
perigo.De igual modo, deve esperar, pelo menos 7 dias após a interrupção de
Zarelix, antes de tomar qualquer medicação contendo IMAO (ver também secção
"Outros medicamentos e Zarelix" e a informação na secção sobre “Síndrome
Serotoninérgica”).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Zarelix:
- Se está a tomar outros medicamentos que, tomados ao mesmo tempo que Zarelix,
podem aumentar o risco de desenvolver síndrome serotoninérgica (ver secção
“Outros medicamentos e Zarelix”);
- Se tem problemas a engolir, doença de estômago ou intestinal que reduzem a sua
capacidade
engolir
passagem
de alimentos
através
movimentos
intestinais normais;
- Se tem problemas de olhos, nomeadamente certos tipos de glaucoma (tensão
intraocular aumenta);
- Se tem antecedentes de tensão arterial alta;
- Se tem antecedentes de problemas de coração;
- Se foi dito que tem problemas no ritmo do coração;
- Se tem antecedentes de síncopes (convulsões);
- Se tem antecedentes de níveis baixos de sódio no sangue (hiponatrémia);
- Se tem tendência para ter nódoas negras ou para ter facilmente hemorragias
(antecedentes de perturbações hemorrágicas), ou se toma outros medicamentos que
possam aumentar o risco de hemorragias, por exemplo, varfarina (usada para
prevenir coágulos sangue);
- Se tem antecedentes, ou se tem familiares com antecedentes de mania ou doença
bipolar (sentimento de sobre-excitação ou euforia);
- Se tem antecedentes de comportamento agressivo.
Zarelix pode causar uma sensação de agitação ou incapacidade de se sentar ou
permanecer em repouso durante as primeiras semanas de tratamento. Se isto lhe
acontecer deverá informar o seu médico.
Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
distúrbio de ansiedade
Se se encontra deprimido e/ou tem uma perturbação de ansiedade, poderá por vezes
pensar em se auto-agredir ou até suicidar. Estes pensamentos podem aumentar no
início do tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos necessitam de
tempo para atuarem. Normalmente os efeitos terapêuticos demoram cerca de duas
semanas a fazerem-se sentir mas por vezes podem demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes
situações:
- Se tem antecedentes de ter pensamentos acerca de se suicidar ou se auto-agredir.
- Se é um jovem adulto. A informação proveniente de estudos clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em adultos jovens (com menos de 25 anos)
com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
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Se em qualquer momento pensar em se auto-agredir ou suicidar, deverá contactar o
seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si contar a uma pessoa próxima de si ou a um familiar que se
encontra deprimido ou que tem uma perturbação de ansiedade e dar-lhes este
folheto a ler. Poderá também pedir-lhes que o informem caso verifiquem um
agravamento do seu estado de depressão ou ansiedade, ou se ficarem preocupados
com alterações no seu comportamento.
Boca seca
Foi notificada boca seca em 10% dos doentes tratados com venlafaxina. Esta pode
aumentar o risco de cáries. Portanto, deve tomar cuidados especiais com a higiene
oral.
Diabetes
Pode haver alteração dos seus níveis de glucose devido ao Zarelix. Desta forma,
pode ser necessário ajustar a dose dos seus medicamentos antidiabéticos.
Problemas Sexuais
Os chamados IRSN/ISRS podem causar sintomas de disfunção sexual (ver secção
4.8). Em alguns casos, estes sintomas persistiram após a suspensão do tratamento.
Crianças e adolescentes
Zarelix não deve normalmente ser utilizado por crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos. Importa igualmente assinalar que os doentes com idade inferior a
18 anos correm maior risco de sofrerem efeitos indesejáveis tais como, tentativas de
suicídio,
ideação
suicida
hostilidade
(predominantemente
agressividade,
comportamento de oposição e cólera) quando tomam medicamentos desta classe.
Apesar disso, o médico poderá prescrever este medicamento para doentes com idade
inferior a 18 anos quando decida que tal é necessário. Se o seu médico prescreveu
este medicamento para um doente com menos de 18 anos e gostaria de discutir esta
questão, queira voltar a contactá-lo. Deverá informar o seu médico se algum dos
sintomas acima mencionados se desenvolver ou piorar quando doentes com menos
de 18 anos estejam a tomar Zarelix. Assina-se igualmente que não foram ainda
demonstrados os efeitos de segurança a longo prazo no que respeita ao crescimento,
à maturação e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental deste medicamento
neste grupo etário.
Outros medicamentos e Zarelix
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
O seu médico deverá decidir se pode tomar Zarelix com outros medicamentos.
Não comece nem pare de tomar quaisquer medicamentos, incluindo medicamentos
obtidos sem receita médica, e medicamentos naturais ou à base de plantas, antes de
falar com o seu médico ou farmacêutico.
- Inibidores da monoaminoxidase usados para o tratamento da depressão ou da
doença de Parkinson, não devem ser tomados com Zarelix. Fale com o seu médico se
tiver tomado estes medicamentos nos últimos 14 dias. (IMAOs: ver secção “O que
precisa de saber antes de tomar Zarelix”);
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- Síndrome serotoninérgica:
Uma condição que pode, potencialmente, colocar a vida em perigo ou reações tipo
Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) (ver secção “Efeitos indesejáveis possíveis”)
pode ocorrer com o tratamento com venlafaxina, em particular quando tomado
juntamente com os outros medicamentos.
Exemplos destes medicamentos incluem:
- Triptanos (utilizados para a enxaqueca)
- Outros medicamentos para tratar a depressão, por exemplo IRSN, ISRSs, tricíclicos
ou medicamentos que contêm lítio
Medicamentos
que contêm
anfetaminas (usado
para tratar
Perturbações
Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), narcolepsia e obesidade)
- Medicamentos que contêm linezolida, um antibiótico (usado para tratar infeções)
- Medicamentos que contêm moclobemida, um IMAO (usado para tratar a depressão)
- Medicamentos que contêm sibutramina (usado para perder peso)
- Medicamentos que contêm tramadol, fentanilo, tapentadol, petidina ou pentazocina
(usados para tratar dor grave)
- Medicamentos que contêm dextrometorfano (usado para tratar a tosse)
- Medicamentos que contêm metadona (usado para tratar dependência de opioides
ou dor grave)
- Medicamentos que contêm azul-de-metileno (usado para tratar níveis elevados de
meta-hemoglobina no sangue)
- Produtos que contêm hipericão (também designadoHypericum perforatum, um
produto natural ou à base de plantas utilizado para tratar a depressão ligeira)
- Produtos que contêm triptofano (usado para problemas como do sono e depressão)
- Antipsicóticos (usados no tratamento de uma doença que apresenta sintomas como
ouvir, ver ou sentir coisas que não existem, alucinações, suspeição invulgar,
raciocínio pouco claro e retraimento)
Os sinais e sintomas da síndrome serotoninérgica podem incluir uma combinação de
efeitos tais como: agitação, alucinações, descoordenação, ritmo cardíaco acelerado,
aumento da temperatura corporal, alterações rápidas na tensão arterial, reflexos
muito reativos, diarreia, coma, náuseas, vómitos.
Na sua forma mais grave, a síndrome serotoninérgica pode assemelhar-se à
Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM). Os sinais e sintomas da SNM podem incluir
associação
febre,
batimento
cardíaco
acelerado,
transpiração,
rigidez
muscular grave, confusão, aumento dos enzimas musculares (determinado por um
exame ao sangue).
Informe o seu médico imediatamente ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital
mais próximo se pensa que pode estar a sofrer de síndrome serotoninérgica.
Deve informar o seu médico se estiver a tomar medicamentos que afetam o seu
ritmo do coração.
Exemplos destes medicamentos incluem:
- Antiarrítmicos tais como quinidina, amiodarona, sotalol ou dofetilida (para tratar o
ritmo anómalo do coração)
- antipsicóticos tais como a tioridazina (ver também a informação acima sobre
Síndrome Serotoninérgica)
- antibióticos tais como eritromicina ou moxifloxacina (usados para tratar infeções
bacterianas)
- antihistamínicos (usados para tratar alergias)
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Os medicamentos seguintes podem também interagir com Zarelix e devem ser
tomados com precaução. É muito importante informar o seu médico ou farmacêutico
no caso de estar a tomar medicamentos que contêm:
- Cetoconazol (um medicamento antifúngico)
- Haloperidol ou risperidona (para tratar distúrbios psiquiátricos)
- Metoprolol (um bloqueador beta para tratar problemas de tensão arterial elevada e
de coração)
Zarelix com alimentos, bebidas e álcool
Zarelix deve ser tomado com alimentos (ver secção 3 “Como tomar Zarelix”).
Deve evitar tomar bebidas alcoólicas enquanto estiver a tomar Zarelix.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento. Deverá
tomar Zarelix apenas depois de discutir com o seu médico os potenciais benefícios e
os potenciais riscos para ofeto.
Certifique-se que o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem sabem que está a
tomar Zarelix. Quando tomados durante a gravidez, fármacos semelhantes (ISRSs)
podem aumentar o risco de uma situação grave nos bebés chamada hipertensão
pulmonar persistente no recém-nascido (HPPRN), que faz com que o bebé respire
mais rapidamente e que pareça azulado. Estes sintomas começam habitualmente
durante as primeiras 24 horas após o nascimento. Se isto acontecer ao seu bebé
deverá contactar o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem imediatamente.
Se está a tomar este medicamento durante a gravidez, para além de problemas com
a respiração, outro sintoma que o seu bebé pode apresentar após o parto, tais como
dificuldade na alimentação. Se o seu bebé apresenta estes sintomas depois do
nascimento e se está preocupada, deverá contactar o seu médico e/ou pessoal de
enfermagem que serão capazes de a aconselhar.
Zarelix passa para o leite materno. Existe um risco de afetar o bebé. Assim, deverá
discutir o assunto com o seu médico, e ele decidirá se deve interromper a
amamentação ou o tratamento com este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza nem utilize quaisquer instrumentos ou máquinas até sab como este
medicamento o afeta.
Zarelix contém lactose
Este medicamento contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3.COMO TOMAR ZARELIX
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
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A dose inicial habitual recomendada para o tratamento da depressão, da perturbação
de ansiedade generalizada e da perturbação de ansiedade social é de 75 mg por dia.
A dose pode ser aumentada, gradualmente, pelo seu médico, se necessário até à
dose máxima de 375 mg diários no caso de depressão. Se está a receber tratamento
para perturbação de pânico, o seu médico receitará uma dose inicial mais baixa
(37,5 mg) e de seguida aumentará gradualmente a dose. A dose máxima para a
perturbação de ansiedade generalizada, a perturbação de ansiedade social e a
perturbação de pânico é de 225 mg/dia.
Tome Zarelix aproximadamente à mesma hora, seja de manhã ou à noite. Os
comprimidos devem ser engolidos inteiros com um líquido e não deve abrir,
esmagar, mastigar ou dissolver.
Zarelix deve ser tomado com alimentos.
Se tiver problemas de fígado ou de rim, false com o seu médico, uma vez que a dose
deste medicamento poderá ter de ser ajustada.
Não interrompa o tratamento com este medicamento sem falar com o seu médico
(ver secção “Se parar de tomar Zarelix”).
Se tomar mais Zarelix do que deveria
Caso tenha tomado uma quantidade deste medicamento mais elevada do que a
receitada pelo seu médico, contactar imediatamente o seu médico ou farmacêutico.
Os sintomas de uma possível sobredosagem podem incluir ritmo cardíaco acelerado,
alterações
nível
alerta
(desde
sonolência
coma),
visão
enevoada,
convulsões ou desmaios, e vómitos.
Caso se tenha esquecido de tomar Zarelix
Se se esqueceu de tomar uma dose, tome essa dose logo que se lembrar. Contudo,
se já for altura de tomar a dose seguinte, não tome a dose esquecida e tome apenas
uma dose como normalmente. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma
dose que se esqueceu de tomar. Não tome mais do que a quantidade de Zarelix
diária que lhe foi receitada num dia.
Se parar de tomar Zarelix
Não interrompa o tratamento nem reduza a dose sem o conselho do seu médico
mesmo que se sinta melhor. Se o seu médico pensa que não necessita de continuar
a tomar Zarelix, poderá pedir-lhe para reduzir a dose lentamente antes de parar o
tratamento. Podem ocorrer efeitos indesejáveis nos indivíduos que param de tomar
este medicamento especialmente quando o tratamento é interrompido subitamente
ou a dose é reduzida demasiado rapidamente. Algumas pessoas podem sentir
sintomas tais como fadiga, tonturas, vertigens, dor de cabeça, perturbações do sono,
pesadelos, secura de boca, perda de apetite, náusea, diarreia, nervosismo, agitação,
confusão, zumbidos nos ouvidos, sensação de formigueiro ou raramente de choques
elétricos, fraqueza, sudação, convulsõesou sintomasgripais.
O seu médico aconselhá-lo-á sobre o modo de suspender gradualmente o tratamento
com Zarelix. No caso de sentir algum destes ou outros sintomas que o deixem
preocupado, peça aconselhamento adicional ao seu médico.
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Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS INDESEJÁVEIS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis,
embora estes não se manifestam em todas as pessoas.
No caso de sentir qualquer dos efeitos seguintes não continue a tomar Zarelix.
Contacte imediatamente o seu médico, ou dirija-se às urgências do hospital mais
próximo:
Pouco frequentes (pode afetar até 1 em 100 pessoas):
- Inchaço da face, boca, língua, garganta, mãos ou pés e/ou erupção da pele com
manchas elevadas e comichão (urticária), dificuldade em engolir ou respirar.
Raro (pode afetar até 1 em 1 000 pessoas):
- Aperto no peito, respiração ruidosa, dificuldade em engolir ou respirar
- Erupção grave na pelecomichão ou urticária (manchas elevadas da pele de cor
vermelha ou pálida que, frequentemente, acompanhadas de comichão)
- Sinais e sintomas da síndrome serotoninérgica, que podem incluir agitação,
alucinações, descoordenação, ritmo cardíaco acelerado, aumento da temperatura
corporal, alterações rápidas da tensão arterial, reflexos muito reativos, diarreia,
coma, náuseas, vómitos
Na sua forma mais grave, a síndrome serotoninérgica pode assemelhar-se à
Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM). Os sinais e sintomas da SNM podem incluir
associação
febre,
batimento
cardíaco
acelerado,
transpiração,
rigidez
muscular grave, confusão, aumento dos enzimas musculares (determinado por um
exame ao sangue).
- Sinais de infeção, tais como temperatura alta, arrepios, calafrios, dores de cabeça,
transpiração,
sintomas
semelhantes
gripe.
Estes
sintomas
podem
causados por uma doença do sangue que provoca um aumento do risco de infeção.
- Erupção grave da pele, que pode originar uma reação grave de formação de bolhas
e exfoliaçãoda pele.
- Dor, hipersensibilidade ou fraqueza musculares inexplicáveis. Pode ser um sinal de
rabdomiólise.
Outros efeitos indesejáveis que devem ser comunicados ao seu médico incluem (a
frequência destes efeitos indesejáveis está incluída na lista abaixo “Outros efeitos
indesejáveis que podem ocorrer”):
Tosse,
respiração
ruidosa
falta
pode
acompanhadas
temperaturas elevadas
- Fezes escuras (cor de carvão) ou sangue nas fezes
- Comichão, pele ou olhos amarelados, ou urina escura, que podem ser sintomas de
inflamação do fígado (hepatite)
- Problemas de coração, tais como ritmo cardíaco acelerado ou irregular, aumento da
tensão arterial
- Problemas dos olhos, como visão enevoada e pupilas dilatadas
- Problemas de nervos, tais como tonturas, sensação de formigueiro, perturbações
dos movimentos (espasmos e rigidez muscular), convulsões ou desmaios
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- Problemas psiquiátricos, tais como hiperatividade e sensação invulgar de grande
excitação
- Efeitos de interrupção do tratamento (ver secção “Como tomar Zarelix”, “Se parar
de tomar Zarelix”)
- Hemorragia prolongada – se se cortar ou magoar, a hemorragia poderá levar um
pouco mais de tempo a parar
Não se preocupe se vir um comprimido nas suas fezes depois de tomar Zarelix. A
venlafaxina é libertada lentamente durante o percurso do comprimido ao longo do
trato
gastrointestinal.
forma
comprimido
mantém-se
não-dissolvida
eliminada nas suas fezes. Assim, mesmo que observe um comprimido nas suas
fezes, a sua dose de venlafaxina foi absorvida.
Outros efeitos indesejáveis que podem ocorrer:
Muito frequente (pode afetar mais de 1 em 10 pessoas)
- Tonturas, dor de cabeça, sonolência
- Insónia
- Náusea, boca seca, obstipação
- Sudação (incluindo suores noturnos)
Frequentes (pode afetar até 1 em 10 pessoas)
- Diminuição do apetite
- Confusão; sentimento de estar separado (ou desligado) de si mesmo; ausência de
orgasmo; diminuição da líbido, agitação, nervosismo, sonhos anómalos
- Tremores; sensação de agitação ou incapacidade de se sentar ou de permanecer
em repouso; sensação de formigueiro; alteração do paladar; aumento do tónus
muscular
- Perturbações visuais, incluindo visão enevoada; pupilas dilatadas; incapacidade
ocular de mudar automaticamente a focagem de objetos à distância para objetos ao
perto
- Zumbidos nos ouvidos (acufenos)
- Batimento cardíaco acelerado; palpitações
- Aumento da tensão arterial; rubor
- Falta de ar; bocejos
- Vómitos, diarreia
- Erupção na peleligeira, comichão
- Aumento da frequência da micção; incapacidade de urinar; dificuldade em urinar
- Irregularidades menstruais tais como aumento da hemorragia ou hemorragia
irregular aumentada; alterações da ejaculação/orgasmo (homens); disfunção erétil
(impotência)
- Fraqueza (astenia); fadiga; arrepios
- Aumento de peso; diminuição de peso
- Aumento do colesterol
Pouco frequentes (pode afetar até 1 em 100 pessoas)
- Atividade excessiva, pensamentos acelerados e diminuição da necessidade de
dormir (mania)
- Alucinações; sentimento de estar separado (ou desligado) da realidade; alterações
do orgasmo; ausência de sentimentos ou emoções; sentimento de grande excitação;
ranger dos dentes
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-Desmaio; movimentos involuntários dos músculos; problemas de coordenação e
equilíbrio
-Sentir tonturas (em particular, quando se levanta demasiado depressa); diminuição
da tensão arterial
- Vomitar sangue, fezes cor de carvão ou sangue nas fezes, o que pode ser sinal de
hemorragia interna
- Sensibilidade à luz do sol; nódoas negras; perda de cabelo anómala
- Incapacidade de controlar o urinar
- Rigidez, espasmos, e movimentos involuntários dos músculos
- Alterações ligeiras dos resultados dos testes dos enzimas do fígado no sangue
Raros (pode afetar até 1 em 1.000 pessoas)
- Convulsões ou desmaios
Tosse,
respiração
ruidosa
falta
podem
acompanhada
temperaturas elevadas
- Desorientação e confusão frequentemente acompanhado por alucinações (delírio)
- Ingestão excessiva de água (conhecida como SIADH)
- Diminuição dos níveis de sódio no sangue
- Dor grave nos olhos e visão diminuída ou enevoada
- Batimento cardíaco anómalo, rápido ou irregular, que pode levar a desmaios
- Dores abdominais ou das costas graves (podendo ser indicativas de problemas
graves do intestino, fígado ou pâncreas)
- Comichão, olhos ou pele amarelados, urina escura ou sintomas gripais, que podem
ser sintomas de inflamação do fígado (hepatite)
Muito raros (pode afetar até 1 em 10.000 pessoas)
- Hemorragia prolongada, que pode ser sinal de nível de número reduzido de
plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de hematomas ou hemorragias.
- Produção anómala de leite
- Hemorragia inesperada, por exemplo, hemorragia das gengivas, sangue na urina
ou nos vómitos, ou aparecimento de nódoas negras inesperadas ou derrame de
vasos sanguíneos (derrame das veias)
Frequência desconhecida (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados
disponíveis)
- Ideação suicida e comportamentos suicidas; foram notificados casos de ideação
suicida e comportamentos suicidas durante o tratamento com venlafaxina, ou logo
após a interrupção do tratamento (ver secção 2 “O que precisa de saber antes de
tomar Zarelix”)
- Agressividade
- Vertigens
Zarelix pode causar efeitos indesejáveis de que não se dá conta, tais como aumentos
tensão
arterial
ritmo
cardíaco
anómalo;
alterações
ligeiras
níveis
sanguíneos dos enzimas do fígado, sódio ou colesterol. Mais raramente, Zarelix pode
diminuir a função das plaquetas no sangue, levando a um aumento do risco de
nódoas negras ou hemorragia. Assim, o seu médico poderá pedir para fazer,
ocasionalmente análises de sangue, em particular se está a fazer tratamento com
Zarelix durante um período prolongado.
Comunicação de efeitos indesejáveis
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Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
indesejáveis,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente)
ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. COMO CONSERVAR ZARELIX
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Blisters: Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.
Frasco de plástico: Manter o frasco bem fechado para proteger da humidade.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. CONTEÚDO DA EMBALAGEM E OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Zarelix
A substância ativa é a venlafaxina.
Cada comprimido de libertação prolongada contém 37.5, 75, 150 ou 225 mg de
venlafaxina (sob a forma de cloridrato).
Os outros componentes são:
Núcleo: Manitol (E421), Povidona K-90, Macrogol 400, celulose microcristalina, sílica
coloidal anidra, estearato de magnésio.
Revestimento:
Acetato
celulose,
Macrogol
400,
hipromelose,
lactose
monohidratada, dióxido de titânio (E171) e triacetina.
Qual o aspeto de Zarelix e conteúdo da embalagem
Comprimidos de libertação prolongada 37.5 mg: Comprimidos de 7 mm brancos,
biconvexos e redondos.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Zarelix 37.5 mg comprimidos de libertação prolongada
Zarelix 75 mg comprimidos de libertação prolongada
Zarelix 150 mg comprimidos de libertação prolongada
Zarelix 225 mg comprimidos de libertação prolongada
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Zarelix 37.5 mg comprimidos de libertação prolongada
Cada comprimido de libertação prolongada contém 37.5 mg de venlafaxina (sob a forma
de cloridrato)
Zarelix 75 mg comprimidos de libertação prolongada
Cada comprimido de libertação prolongada contém 75 mg de venlafaxina (sob a forma de
cloridrato)
Zarelix 150 mg comprimidos de libertação prolongada
Cada comprimido de libertação prolongada contém 150 mg de venlafaxina (sob a forma
de cloridrato)
Zarelix 225 mg comprimidos de libertação prolongada
Cada comprimido de libertação prolongada contém 225 mg de venlafaxina (sob a forma
de cloridrato)
Excipiente com efeito conhecido: lactose 3.0 / 3.4 / 5.7 / 6.5 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos de libertação prolongada.
37.5 mg comprimidos de libertação prolongada: comprimidos de 7 mm redondos,
biconvexos e brancos.
75 mg comprimidos de libertação prolongada: comprimidos de 7.5 mm redondos,
biconvexos e brancos.
150 mg comprimidos de libertação prolongada: comprimidos de 9.5 mm redondos,
biconvexos e brancos.
225 mg comprimidos de libertação prolongada: comprimidos de 11 mm redondos,
biconvexos e brancos.
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4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de episódios depressivos major
Prevenção de recorrência de episódios depressivos major
Tratamento da perturbação de ansiedade generalizada
Tratamento da perturbação de ansiedade social
Tratamento da perturbação de pânico, com ou sem agorafobia
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Episódios depressivos major
A dose inicial recomendada para venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg
administrados uma vez ao dia. Os doentes que não respondam à dose inicial de 75 mg/dia
poderão beneficiar de um aumento da dose até um máximo de 375 mg/dia. Os aumentos
da dose podem ser efetuados em intervalos de 2 semanas ou mais.
Se justificado clinicamente, pela gravidade dos sintomas, os aumentos da dose podem ser
efetuados com intervalos mais frequentes, mas nunca inferiores a 4 dias.
Dado o risco de efeitos adversos relacionados com a dose, os aumentos de dose devem
ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose efetiva
mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente durante vários meses ou mais.
O tratamento deve ser regularmente reavaliado caso a caso. Pode ser apropriado o
tratamento prolongado para a prevenção da recorrência de episódios de depressão major
(EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada na prevenção de EDM é idêntica à
utilizada para tratar o episódio atual.
Deve continuar-se a utilização de medicamentos antidepressivos pelo menos 6 meses
após a remissão.
Perturbação de ansiedade generalizada
A dose inicial recomendada de venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg
administrados uma vez por dia. Os doentes que não respondam à dose inicial de 75
mg/dia poderão beneficiar de aumentos da dose até uma dose máxima de 225 mg/dia. Os
aumentos da dose podem ser efetuados com intervalos de 2 semanas ou mais.
Dado o risco de efeitos adversos relacionados com a dose, os aumentos de dose devem
ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose efetiva
mais baixa.
APROVADO EM
17-01-2020
INFARMED
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente de vários meses ou mais.
O tratamento deve ser reavaliado periodicamente, caso a caso.
Perturbação de ansiedade social
A dose recomendada para venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg administrados
uma vez por dia. Não existe evidência que doses mais elevadas possam conferir um
benefício adicional.
Contudo, se o doente individualmente não responder a uma dose inicial de 75 mg/dia,
poderão ser considerar-se aumentos da dose até uma dose máxima de 225 mg/dia. Os
aumentos da dose podem ser efetuados com intervalos de 2 semanas ou mais.
Dado o risco de efeitos adversosrelacionados com a dose, os aumentos de dose devem ser
feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose efetiva
mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente durante vários meses ou mais.
O tratamento deve ser reavaliado, periodicamente, caso a caso.
Perturbação de pânico
Recomenda-se a utilização de uma dose de 37.5 mg/dia de venlafaxina libertação
prolongada durante 7 dias. A dose deve então ser aumentadas para 75 mg/dia. Os doentes
que não respondam a uma dose de 75 mg/dia poderão beneficiar de aumentos da dose até
225 mg/dia. Os aumentos da dose podem ser efetuados a intervalos de 2 semanas ou
mais.
Dado o risco de efeitos adversos relacionados com a dose, os aumentos de dose devem
ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose efetiva
mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente durante vários meses ou mais.
O tratamento deve ser reavaliado, periodicamente, caso a caso.
Doentes idosos
Com base apenas na idade não se consideram necessárias alterações específicas da
posologia habitual de venlafaxina. Contudo, recomenda-se precauções no tratamento dos
idosos (por exemplo, devido à possibilidade de compromisso renal e de alterações
potenciais da sensibilidade e afinidade da neurotransmissão que ocorrem com o
envelhecimento). Deve utilizar-se sempre a dose efetiva mais baixa e os doentes devem
ser cuidadosamente monitorizados quando for necessário efetuar um aumento da dose.
População Pediátrica
APROVADO EM
17-01-2020
INFARMED
Não se recomenda a utilização de venlafaxina em crianças e adolescentes.
Estudos clínicos controlados realizados em crianças e adolescentes com perturbações
depressivas major não demonstraram eficácia e os resultados não suportam a utilização
de venlafaxina nestes doentes (ver secções 4.4 e 4.8).
Não foi estabelecida a eficácia e segurança da venlafaxina noutras indicações em crianças
e adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Doentes com compromisso hepático
Nos doentes com compromisso hepático ligeiro ou moderado, em geral considerar-se
uma redução da dose de venlafaxina de 50%. Contudo, dada a variabilidade
interindividual observada na depuração pode ser desejável a individualização da dose.
Os dados de doentes com compromisso hepático grave são limitados. Recomenda-se
precaução, e deve considerar-se uma redução da dose superior a 50%. Deve avaliar-se o
benefício potencial em relação ao risco, no tratamento de doentes com compromisso
hepático grave.
Doentes com compromisso renal
Recomenda-se precaução na utilização em doentes com taxa de filtração glomerular
(TFG) entre 30 – 70 ml/minuto, apesar de não ser necessário proceder a uma alteração da
posologia. Nos doentes que requerem hemodiálise e em doentes com compromisso renal
grave (TFG < 30 ml/min), a dose deve ser reduzida em 50%. Dada a variabilidade
interindividual na depuração nestes doentes, é desejável a individualização da dose.
Sintomas de privação observados na suspensão do tratamento com venlafaxina
A suspensão abrupta do tratamento deve ser evitada. Quando o tratamento com
venlafaxina for interrompido, a dose deve ser gradualmente diminuída durante um
período de, pelo menos 1 a 2 semanas de forma a reduzir o risco de reações de privação
(ver secções 4.4 e 4.8). Se no decurso de uma diminuição da dose, ou da suspensão do
tratamento, ocorrem sintomas intoleráveis deverá ser avaliada a necessidade de retomar a
dose anteriormente prescrita. Subsequentemente, o médico poderá continuar com a
redução da dose, mas de forma mais gradual.
Modo de administração
Para uso oral.
Recomenda-se que a venlafaxina, comprimidos de libertação prolongada sejam tomados
com alimentos, aproximadamente à mesma hora em cada dia. Os comprimidos devem ser
engolidos inteiros com líquidos e não devem ser divididos, partidos, mastigados ou
dissolvidos.
Os doentes que estejam a tomar venlafaxina, comprimidos de libertação imediata podem
alterar a terapêutica para venlafaxina, comprimidos de libertação prolongada com uma
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INFARMED
dose diária equivalente mais próxima. Por exemplo, pode substituir-se venlafaxina,
comprimidos de libertação imediata de 37.5 mg duas vezes por dia, por comprimidos de
libertação prolongada, de 75 mg de venlafaxina uma vez por dia. Pode ser necessário
ajustes individuais da dose.
Os comprimidos de libertação prolongada mantêm a sua forma durante toda a digestão
libertando a substância ativa e são eliminados intactos nas fezes.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
Está contraindicada a utilização concomitante com inibidores da monoaminoxidase
(IMAOs) irreversíveis devido ao risco de síndrome serotoninérgica com sintomas tais
como agitação, tremores e hipertermia. O tratamento com venlafaxina não deve iniciar-se
antes de decorridos pelo menos 14 dias após a interrupção do tratamento com um IMAO
irreversível.
Deve suspender-se o tratamento com a venlafaxina no mínimo 7 dias antes de se iniciar o
tratamento com um IMAO irreversível (ver secções 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Suicídio/ ideação suicida ou agravamento da situação clínica
A depressão está associada a um aumento do risco de ideação suicida, autoflagelação e
suicídio (eventos relacionados com o suicídio). O risco prevalece até que ocorra remissão
significativa. Como durante as primeiras semanas ou mais de tratamento pode não se
verificar qualquer melhoria, os doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que
essa melhoria ocorra. De acordo com a prática clínica, em geral, o risco de suicídio pode
aumentar nas fases iniciais de recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais venlafaxina é prescrita podem também estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o suicídio.
Adicionalmente, estas situações podem ser comórbidas com os distúrbios depressivos
major. Consequentemente, no tratamento de doentes com outros distúrbios psiquiátricos
deverão ser tomadas as mesmas precauções que aquando da terapêutica de doentes com
distúrbios depressivos major.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com o suicídio ou
aqueles que têm um grau significativo destes sintomas antes do início do tratamento,
apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa de suicídio,
devendo por este motivo serem cuidadosamente monitorizados durante o tratamento.
Uma meta-análise de estudos clínicos com antidepressivos, controlados com placebo em
adultos com distúrbios psiquiátricos demonstrou um aumento do risco de
comportamentos relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a tomar
antidepressivos comparativamente aos doentes a tomar placebo.
APROVADO EM
17-01-2020
INFARMED
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização rigorosa,
em particular nos doentes de maior risco especialmente na fase inicial do tratamento e na
sequência de alterações posológicas. Os doentes (e os prestadores de cuidados de saúde)
devem ser alertados para a necessidade de monitorização relativamente a qualquer
agravamento da sua situação clínica, pensamentos/ comportamentos relacionados com o
suicídio e alterações não usuais do comportamento e para procurarem assistência médica
imediatamente caso estes sintomas ocorram.
População Pediátrica
Zarelix não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com idade inferior
a 18 anos. Foram observados com maior frequência comportamentos relacionados com o
suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida) e hostilidade (predominantemente
agressão, comportamento de oposição e cólera) em ensaios clínicos com crianças e
adolescentes que se encontram a tomar antidepressivos, em comparação com os que se
encontram a tomar placebo. Se, não obstante, com base na necessidade clínica, a decisão
de tratamento for tomada, o doente deve ser rigorosamente monitorizado em relação ao
aparecimento de sintomas suicidas. Não estão disponíveis dados de segurança a longo
prazo em crianças e adolescentes no que se refere ao crescimento, à maturação e ao
desenvolvimento cognitivo e comportamental.
Síndrome serotoninérgica
Tal como com outros fármacos serotoninérgicos, durante o tratamento com a venlafaxina
pode ocorrer síndrome serotoninérgica, uma situação potencialmente fatal, especialmente
com a administração concomitante de outros fármacos que podem afetar o sistema de
neurotransmissão serotoninérgico (incluindo triptanos, ISRSs, IRSNs, anfetaminas, lítio,
sibutramina, hipericão [Hypericum perforatum], fentanilo e os seus análogos, tramadol,
dextrometorfano, tapentadol, petidina, metadona e pentazocina), com fármacos que
possam diminuir o metabolismo da serotonina (tais como IMAOs, por exemplo, azul-de-
metileno), com percursores da serotonina (tais como suplementos de triptofano), ou com
antipsicóticos ou outros antagonistas da dopamina (ver secções 4.3 e 4.5).
Sintomas da síndrome da serotoninérgica podem inclu alterações do estado mental (por
exemplo. agitação, alucinações, coma), instabilidade do sistema autónomo (por exemplo
taquicardia, pressão arterial lábil, hipertermia), aberrações neuromusculares (por exemplo
hiperreflexia, descoordenação) e/ou sintomas gastrointestinais (por exemplo, náusea,
vómitos, diarreia).
A síndrome de serotoninérgica na sua forma mais grave, pode assemelhar-se à SNM, o
que inclui hipertermia, rigidez muscular, instabilidade autonómica com possível
flutuação rápida dos sinais vitais e alterações do estado mental.
Se o tratamento concomitante com venlafaxina e outros fármacos que possam afetar os
sistemas de neurotransmissão serotoninérgico e/ou dopaminérgico, for clinicamente
necessário, aconselha-se uma observação cuidadosa do doente, em particular durante o
início do tratamento e nos aumentos de dose.
APROVADO EM
17-01-2020
INFARMED
Não se recomenda o uso concomitante de venlafaxina com percursores da serotonina (tais
como suplementos de triptofanos).
Glaucoma de ângulo estreito
Pode ocorrer midríase relacionada com a toma de venlafaxina. Os doentes que
apresentam aumento da pressão intraocular ou doentes com risco de glaucoma de ângulo
estreito (glaucoma de ângulo fechado) devem ser cuidadosamente monitorizados.
Pressão arterial
Foram notificados frequentemente casos de aumentos da pressão arterial relacionados
com a dose com a venlafaxina. No período pós-comercialização, foram notificados
alguns casos de pressão arterial elevada grave que requereram tratamento imediato.
Recomenda-se que todos os doentes sejam cuidadosamente monitorizados relativamente
a pressão arterial elevada e que a hipertensão pré-existente seja controlada antes do início
do tratamento. A pressão arterial deve ser monitorizada periodicamente, após o início da
terapêutica e após aumentos de dose. Deve tomar-se precaução nos doentes cujo estado
de saúde possa ser comprometido pelos aumentos da pressão arterial, por exemplo,
doentes com insuficiência cardíaca.
Frequência Cardíaca Podem ocorrer aumentos da frequência cardíaca, principalmente
com doses mais elevadas. Recomenda-se precaução nos doentes cujo estado de saúde
possa ser comprometido pelo aumento da frequência cardíaca.
Doença cardíaca e risco de arritmia
A venlafaxina não foi estudada em doentes com história recente de enfarte do miocárdio
ou cardiopatia instável. Assim, deve ser usada com precaução nestes doentes.
No período pós-comercialização, foram notificados casos de prolongamento de QTc,
Torsade de Pointes (TdP), taquicardia ventricular, e casos fatais de arritmias cardíacas
com a utilização de venlafaxina, especialmente em situações de sobredosagem ou em
doentes com outros fatores de risco para prolongamento de QTc/TdP. Deve considerar-se
a relação dos benefícios e dos riscos antes de prescrever venlafaxina a doentes com risco
elevado de arritmias cardíacas graves ou prolongamento de QTc.
Convulsões
Durante o tratamento com a venlafaxina podem ocorrer convulsões. Tal como acontece
com todos os antidepressivos, a venlafaxina deve ser utilizada com precaução nos
doentes com antecedentes de convulsões, e estes doentes devem ser monitorizados
cuidadosamente. O tratamento deve ser suspenso em qualquer doente que desenvolvam
convulsões.
Hiponatremia
Podem ocorrer casos de hiponatremia e/ou Síndrome da Secreção Inadequada da
Hormona Antidiurética (SIADH) com a venlafaxina. Esta for notificada com mais
frequência em doentes com depleção de volume ou desidratados. Os doentes idosos,
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17-01-2020
INFARMED
doentes que tomam diuréticos, e doentes com depleção de volume por outras razões,
podem estar em maior risco.
Hemorragia anómala
Os medicamentos que inibem a recaptação da serotonina podem originar uma redução na
função plaquetária. Os acontecimentos hemorrágicos relacionados com a utilização de
ISRSs e IRSNs vão desde equimoses, hematomas, epistaxe e petéquias a hemorragias
gastrintestinais potencialmente fatais. O risco de hemorragia pode aumentar em doentes a
tomar venlafaxina. Tal como acontece com outros inibidores da recaptação da serotonina,
a venlafaxina deve ser usada com precaução em doentes com predisposição para
hemorragias, incluindo os doentes que tomam anticoagulantes e inibidores plaquetários.
Colesterol sérico
Em ensaios clínicos controlados com placebo, foram registados aumentos clinicamente
relevantes do colesterol sérico em 5.3% dos doentes tratados com venlafaxina e em 0.0%
dos doentes tratados com placebo durante pelo menos 3 meses. Durante o tratamento
prolongado, deve ser considerada a necessidade de efetuar a medição dos níveis séricos
de colesterol.
Administração concomitante com produtos para perda de peso
A segurança e eficácia do tratamento com a venlafaxina em associação com produtos
para perda de peso, nomeadamente a fentermina, não foram estabelecidas. Não se
recomenda a administração concomitante de venlafaxina e produtos para perder peso. A
venlafaxina, não está indicada para perda de peso, quer isoladamente, quer em associação
com outros produtos.
Mania/hipomania
Numa pequena percentagem de doentes com perturbações de humor tratados com
antidepressivos, incluindo venlafaxina, pode ocorrer mania/hipomania. Tal como
acontece com outros antidepressivos, a venlafaxina deve ser usada com precaução em
doentes com história pessoal ou familiar de perturbação bipolar.
Agressividade
Num pequeno número de doentes tratados com antidepressivos, incluindo o tratamento
com a venlafaxina, pode ocorrer agressividade. Esta foi notificada durante o início, nas
alterações de dose ou na suspensão do tratamento.
Tal como acontece com outros antidepressivos, a venlafaxina deve ser utilizada com
precaução em doentes com história de agressividade.
Suspensão do tratamento
Os sintomas de privação observados durante a descontinuação do tratamento são
frequentes, em particular se a suspensão é feita de forma abrupta (ver secção 4.8). Nos
ensaios clínicos os acontecimentos adversos observados durante a suspensão do
tratamento (com redução gradual e após a redução) ocorreram em aproximadamente 31%
dos doentes tratados com venlafaxina e 17% dos doentes a tomar placebo.
APROVADO EM
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INFARMED
O risco de ocorrência de sintomas de privação poderá depender de vários fatores,
incluindo a duração do tratamento, a dose administrada e a taxa de redução da dose.
Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios do sono (incluindo
insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos, tremor e
cefaleias são reações adversas mais frequentemente notificadas. Geralmente, estes
sintomas são de intensidade ligeira a moderada; contudo em alguns doentes podem- ser
intensos Estes sintomas ocorrem geralmente durante os primeiros dias de suspensão do
tratamento, no entanto também têm sido muito raramente notificados em doentes que
inadvertidamente falharam uma toma do medicamento.. Em geral, estes sintomas são
auto-limitados e normalmente desaparecem dentro de duas semanas, apesar de em alguns
indivíduos se poderem prolongar (2-3 meses ou mais). Consequentemente é aconselhável
a redução gradual de venlafaxina quando o tratamento é suspenso, durante um período de
várias semanas ou meses, de acordo com as necessidades do doente (ver secção 4.2).
Acatísia / agitação psicomotora
A administração de venlafaxina tem sido associada ao desenvolvimento de acatísia,
caracterizada por agitação subjetivamente desconfortável ou perturbadora e necessidade
de movimento, frequentemente acompanhada por incapacidade do doente se sentar ou
permanecer em repouso. Esta situação é mais frequente nas primeiras semanas de
tratamento. Nos doentes que desenvolvam estes sintomas, o aumento da dose pode ser
prejudicial.
Xerostomia
Foi notificada xerostomia em 10% dos doentes tratados com venlafaxina. Esta pode
aumentar o risco de cáries, e os doentes devem ser aconselhados sobre a importância de
manter a higiene dentária.
Diabetes
Nos doentes com diabetes, o tratamento com ISRSs ou venlafaxina pode alterar o
controlo glicémico. Pode ser necessário ajustar a dose de insulina e/ou antidiabéticos
orais.
Interação do medicamento nas análises laboratoriais
Têm sido notificados em doentes que tomam venlafaxina, falsos-positivo em análises de
imunoensaio de rastreio à urina para a fenciclidina (PCP) e anfetaminas. Isto deve-se à
falta de especificidade dos testes de rastreio. Os resultados falsos-positivo poderão ser
obtidos vários dias após a interrupção da terapêutica com venlafaxina. As análises de
confirmação, tais como a cromatografia gasosa/ espectrometria de massa, distinguirão a
venlafaxina da PCP e anfetaminas.
Potencial obstrução gastrintestinal
Devido ao Zarelix comprimidos de libertação prolongada não se deformar e não haver
uma alteração apreciável da sua forma no trato gastrointestinal (GI), não deve ser
administrado, de uma forma geral, a doentes com estreitamento GI grave (patológico ou
iatrogénico) pré-existente ou em doentes com disfagia ou dificuldade significativa em
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INFARMED
engolir comprimidos. Foram relatados casos raros de sintomas obstrutivos, em doentes
com constrição conhecida, associados à ingestão de fármacos em formulações de
libertação prolongada não deformáveis.
Devido à formulação de libertação prolongada do comprimido, Zarelix comprimidos de
libertação prolongada deve ser usado apenas por doentes com capacidade para engolir o
comprimido inteiro (ver secção 4.2).
Zarelix comprimidos de libertação prolongada contêm lactose.
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de
lactase ou má absorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Disfunção sexual
Os inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina (IRSN)/inibidores seletivos da
recaptação da serotonina (ISRS) podem causar sintomas de disfunção sexual (ver secção
4.8). Foram notificados casos de disfunção sexual prolongada cujos sintomas persistiram
apesar da descontinuação dos IRSN/ISRS.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
- IMAOs irreversíveis não seletivos
A venlafaxina não deve ser utilizada em associação com IMAOs irreversíveis não
seletivos. O tratamento com venlafaxina não deve iniciar-se antes de decorridos pelo
menos 14 dias após a interrupção do tratamento com IMAO irreversível não seletivo.
Deve suspender-se o tratamento com venlafaxina no mínimo 7 dias antes se iniciar o
tratamento com um IMAO irreversível não seletivo (ver secção 4.3 e 4.4).
- Inibidores MAO-A reversível seletivo (moclobemida)
Não se recomenda a associação de venlafaxina com um IMAO reversível e seletivo, tal
como a moclobemida, devido ao risco de síndrome seretoninérgica. Após o tratamento
com um inibidor MAO reversível, pode iniciar-se o tratamento com venlafaxina num
período de tempo mais curto do que 14 dias. Deve suspender-se o tratamento com a
venlafaxina no mínimo 7 dias antes de se iniciar o tratamento com um IMAO reversível
(ver secção 4.4).
- IMAOs reversível, não seletivo (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível, não seletivo, fraco, e não deve ser dado a
doentes a receber tratamento com venlafaxina (ver secção 4.4).
Foram notificadas reações adversas graves em doentes que interromperam recentemente
um IMAO e iniciaram a venlafaxina, ou que interromperam recentemente o tratamento
com venlafaxina antes de iniciarem um IMAO. Estas reações incluíram tremor,
mioclonia, diaforese, náusea, vómitos, rubor, tonturas e hipertermia com aspetos
semelhantes aos de uma síndrome maligna induzida por neurolépticos, convulsões, e
morte.
Síndrome serotoninérgica