Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
02-04-2015
02-04-2015
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Voltak 10 mg Comprimidos
Voltak 20 mg Comprimidos
Voltak 30 mg Comprimidos
Paroxetina
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler
-Caso ainda tenha dúvidas fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros: o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico
Neste Folheto:
1. O que é Voltak e para que é utilizado
2. Antes de tomar Voltak
3. Como tomar Voltak
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Voltak
6. Outras informações
1. O QUE É VOLTAK E PARA QUE É UTILIZADO
Voltak é utilizado no tratamento de adultos com depressão e/ou perturbações de
ansiedade.
Voltak
utilizado
tratamento
seguintes
perturbações
ansiedade: perturbação obsessivo-compulsiva (pensamentos repetidos e obsessivos
com comportamento incontrolável), perturbação de pânico (ataques de pânico,
incluindo aqueles causados por agorafobia, que se refere ao medo de espaços
abertos), perturbação de ansiedade social (medo ou fuga de situações sociais),
perturbação
pós
stress traumático
(ansiedade
causada
acontecimento
traumático) e perturbação de ansiedade generalizada (sentir-se geralmente muito
ansioso ou nervoso).
Voltak pertencente ao grupo dos medicamentos denominados SSRIs (inibidores
selectivos da recaptação de serotonina). Todas as pessoas têm no seu cérebro uma
substância denominada serotonina. As pessoas deprimidas ou ansiosas têm níveis
mais baixos de serotonina do que as outras. Ainda não é totalmente conhecida a
forma como a paroxetina e outros SSRIs funcionam, no entanto poderão ajudar por
aumentarem os níveis de serotonina no cérebro. O tratamento apropriado da
depressão ou perturbações de ansiedade é importante para ajudar a sentir-se
melhor.
Grupo Farmacoterapêutico:
2.9.3 – Sistema nervoso central. Psicofármacos. Antidepressores
Código ATC: N06A B05
2. ANTES DE TOMAR VOLTAK
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Não tome Voltak se:
-Tem alergia (hipersensibilidade) à paroxetina ou a qualquer outro componente do
medicamento;
-Está a tomar ou tomou nas últimas duas semanas medicamentos inibidores da
monoaminoxidase (IMAO) irreversíveis;
-Tomou
pelo
menos
últimas
horas
medicamentos
inibidores
monoaminoxidase (IMAO) reversíveis, p. ex. meclobemida;
-Está a tomar tioridazina ou pimozida (ver Tomar Voltak com outros medicamentos)
Tome especial cuidado com Voltak se:
-Tem menos de 18 anos de idade (ver Utilização em crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos);
-Alguma vez sofreu de episódios de mania (perturbação mental caracterizada por um
estado de hiperexcitação);
-Tem problemas de coração, fígado ou rins;
-É diabético;
-Sofre de epilepsia;
-Sofre de glaucoma (aumento da pressão intra-ocular);
-Tem
problemas
hemorrágicos,
tendência
conhecida
pré-disposição
para
hemorragias (doentes idosos poderão correr um risco acrescido), ou se está a tomar
medicamentos que aumentem o risco de hemorragia (p. ex.: clozapina, fenotiazinas,
maioria
antidepressivos
tricíclicos,
varfarina,
ácido
acetilsalicílico,
anti-
inflamatórios não esteróides - AINEs ou inibidores da COX-2);
-Está grávida, pensa que está grávida ou planeia engravidar ou está a amamentar;
-Está a tomar outros antidepressivos;
-Está a ser submetido a terapêutica electro-convulsiva (ECT)?
-Está a fazer uma dieta pobre em sódio?
-Tem mais de 65 anos ou tem problemas de fígado: Voltak pode causar raramente
uma redução na quantidade de sódio no sangue (hiponatremia) e provocar sintomas
como fraqueza muscular, sonolência e letargia. Estes sintomas podem ser mais
frequentes
doentes
cirrose
hepática
e/ou
estejam
tomar
medicamentos que causem hiponatremia. A hiponatremia reverte geralmente com a
descontinuação do tratamento.
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Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
distúrbio de ansiedade:
Se se encontra deprimido e/ou tem distúrbios de ansiedade poderá por vezes pensar
em se auto-agredir ou até suicidar. Estes pensamentos podem aumentar no início do
tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos necessitam de tempo
para actuarem. Normalmente os efeitos terapêuticos demoram cerca de duas
semanas a fazerem-se sentir mas por vezes pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes
situações:
-se tem antecedentes de ter pensamentos acerca de se suicidar ou se auto-agredir
-se é um jovem adulto. A informação proveniente de estudos clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicídio em indivíduos adultos com menos de 25 anos
com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
Se em qualquer momento vier a ter pensamentos no sentido de auto-agressão ou
suicídio deverá contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si comunicar a uma pessoa próxima de si ou a um familiar que
se encontra deprimido ou que tem distúrbios de ansiedade e dar-lhes este folheto a
ler.
Poderá
também
solicitar-lhes
informem
caso
verifiquem
agravamento do seu estado de depressão ou ansiedade, ou se ficarem preocupados
com alterações no seu comportamento.
Reacções de privação observadas durante a descontinuação do tratamento com ISRS
Os sintomas de privação observados durante a descontinuação do tratamento são
frequentes, em particular se a descontinuação é feita de forma abrupta. Nos ensaios
clínicos
acontecimentos
adversos
observados
durante
descontinuação
tratamento
ocorreram
aproximadamente
doentes
tratados
paroxetina e em 20% dos doentes a tomar placebo.
O risco de ocorrência de sintomas de privação poderá depender de vários factores,
incluindo a duração do tratamento, a dose administrada e a taxa de redução da
dose. Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios do sono
(incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos,
tremor e cefaleia são as reacções mais frequentemente notificadas. Geralmente
estes sintomas são de intensidade ligeira a moderada, contudo em alguns doentes
podem ser intensos. Estes sintomas ocorrem geralmente durante os primeiros dias
de descontinuação do tratamento, no entanto também têm sido muito raramente
notificados em doentes que inadvertidamente falharam uma toma do medicamento.
Em geral estes sintomas são auto-limitados e normalmente desaparecem dentro de
2 semanas, apesar de em alguns indivíduos se poderem prolongar (2-3 meses ou
mais). Consequentemente é aconselhável a redução gradual de paroxetina quando o
tratamento é descontinuado durante um período de várias semanas ou meses, de
acordo com as necessidades do doente.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos:
Voltak não deve normalmente ser utilizado em crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos. Importa igualmente assinalar que os doentes com idade inferior a
18 anos correm maior risco de sofrerem efeitos secundários tais como, tentativa de
suicídio,
ideação
suicida
hostilidade
(predominantemente
agressividade,
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comportamento de oposição e cólera) quando tomam medicamentos desta classe.
Apesar disso o médico poderá prescrever este medicamento para doentes com idade
inferior a 18 anos quando decida que tal é necessário. Se o seu médico prescreveu
Voltak para um doente com menos de 18 anos e gostaria de discutir esta questão,
queira voltar a contactá-lo. Deverá informar o seu médico se algum dos sintomas
acima mencionados se desenvolver ou piorar quando os doentes com menos de 18
anos estejam a tomar este medicamento. Assinala-se igualmente que não foram
ainda demonstrados os efeitos de segurança a longo prazo no que respeita ao
crescimento, à maturação e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental de
Voltak neste grupo etário.
Voltak não deverá ser utilizada em crianças com idade inferior a 7 anos, uma vez
que a sua utilização não foi estudada.
Acatisia/Agitação psicomotora:
A administração de paroxetina tem sido associada ao desenvolvimento de acatisia,
caracterizada
agitação
subjectivamente
desconfortável
perturbadora,
necessidade de movimento, frequentemente acompanhada por incapacidade do
doente se sentar ou permanecer em repouso. Esta situação é mais frequente nas
primeiras semanas de tratamento. Nos doentes que desenvolvam estes sintomas o
aumento da dose pode ser prejudicial.
Ao tomar Voltak com outros medicamentos
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.
Voltak poderá interferir com os seguintes medicamentos:
-Outros antidepressivos incluindo outros SSRIs e antidepressivos tricíclicos como
clomipramina, nortriptilina e desipramina
-Outros fármacos que afectam a serotonina, como o lítio e Erva de São João;
-Prociclidina, um fármaco utilizado no tratamento da Doença de Parkinson e outras
perturbações do movimento;
-Medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia;
-Medicamentos utilizados no tratamento de arritmias ou angina, como o metoprolol;
medicamentos que afectam a função plaquetária, ou que aumentem o risco de
hemorragia, como os anticoagulantes orais (varfarina), ácido acetilsalicílico e outros
anti-inflamatórios não esteróides; alguns anticonvulsivantes.
-Tioridazina ou pimozida, que são antipsicóticos
-Tramadol, um medicamento para as dores
-Medicamentos denominados triptanos, como o sumatriptano, utilizado para tratar a
enxaqueca
-Um suplemento dietético denominado triptofano
-Medicamentos
como
lítio,
risperidona,
perfenazina,
clozapina
(denominados
antipsicóticos) utilizados para tratar algumas perturbações psiquiátricas
-A associação de fosamprenavir e ritonavir, que é utilizada para tratar a infecção
pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH)
-Atomoxetina que é utilizada para tratar a perturbação de hiperactividade e défice de
atenção (PHDA)
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-Propafenona, flecainida e outros medicamentos utilizados para tratar o batimento
cardíaco irregular
-Rifampicina, utilizada no tratamento da tuberculose (TB) e lepra
-Linezolida, um antibiótico.
Ao tomar Voltak com alimentos e bebidas
Voltak pode ser tomado com alimentos. Tomar Voltak de manhã com alimentos irá
reduzir a probabilidade de se sentir maldisposto (náuseas)
Tal como acontece com outros fármacos deste tipo, deve evitar as bebidas alcoólicas
enquanto estiver a tomar Voltak.
O álcool poderá agravar os seus sintomas ou efeitos secundários.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Gravidez:
Fale com o seu médico se está grávida, pensa que está grávida ou planeia
engravidar.
Alguns estudos sugeriram um possível aumento do risco de defeitos cardíacos em
crianças cujas mães utilizaram Voltak nos primeiros meses de gravidez.
Estes estudos mostraram que menos de 2 em cada 100 crianças (2%) cujas mães
tomaram paroxetina na fase inicial da gravidez tiveram um defeito a nível cardíaco,
comparado com a taxa normal de 1 em cada 100 crianças (1%) observada na
população em geral.
Quando são considerados todos os tipos de defeitos congénitos, não existe diferença
no número de crianças nascidas com defeitos congénitos após a suas mães terem
tomado Voltak durante a gravidez comparado com o número total de defeitos
congénitos observado na população em geral.
O seu médico poderá decidir que é melhor alterar o tratamento ou interromper
gradualmente a toma de Voltak durante a gravidez. No entanto, dependendo das
circunstâncias, o seu médico poderá sugerir que é melhor para si continuar a tomar
Voltak.
Certifique-se que o seu médico e/ou pessoal de enfermagem sabem que está a
tomar paroxetina. Quando tomados durante a gravidez, especialmente nos últimos 3
meses de gravidez, fármacos como Voltak podem aumentar o risco de uma situação
grave nos bebés chamada hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido
(HPPN), que faz com que o bebé respire mais rapidamente e que pareça azulado.
Estes sintomas começam habitualmente durante as primeiras 24 horas após o
nascimento. Se isto acontecer ao seu bebé deverá contactar o seu médico e/ou o
pessoal de enfermagem imediatamente.
Se estiver a tomar Voltak nos 3 últimos meses de gravidez, informe a obstetra que o
seu bebé poderá ter alguns sintomas quando nascer. Estes sintomas iniciam-se
geralmente
durante
primeiras
horas
após
nascimento
incluem:
incapacidade
adormecer
alimentar-se
apropriadamente,
problemas
respiratórios, pele arroxeada ou temperatura elevada ou baixa, má disposição, choro
frequente, músculos tensos ou moles, letargia, tremores, agitação ou convulsões.
Caso o seu bebé apresente algum destes sintomas à nascença e esteja preocupado,
contacte o seu médico ou obstetra que o poderão aconselhar.
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Aleitamento:
A paroxetina é excretada em pequenas quantidades no leite materno, não tendo sido
observados quaisquer sinais de efeitos da paroxetina no lactente. No entanto, Voltak
não deverá ser utilizada durante o aleitamento, a menos que o benefício esperado
para mãe justifique o risco potencial para o lactente.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Geralmente, a paroxetina não afecta as actividades normais do doente. Contudo,
algumas pessoas poderão sentir sonolência, pelo que neste caso, devem evitar
conduzir ou operar com máquinas.
3. COMO TOMAR VOLTAK
Tomar Voltak sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Voltak deve ser tomada de manhã, com água e sem mastigar, de preferência com o
pequeno-almoço.
A dose diária recomendada de Voltak para o tratamento da depressão, ansiedade
social/fobia social, ansiedade generalizada e perturbação pós stress traumático é de
20 mg. Para o tratamento da perturbação de pânico e perturbação obsessivo-
compulsiva, a dose diária recomendada é de 40 mg. No entanto, o seu médico
poderá decidir começar com uma dose mais baixa e aumentá-la gradualmente até à
dose diária recomendada.
Em geral, a dose diária de Voltak em doentes adultos é de 20 mg a 50 mg por dia,
dependendo da resposta ao tratamento. No tratamento da perturbação de pânico e
perturbação
obsessivo-compulsiva,
médico
poderá
aumentar
dose
medicamento até 60 mg por dia. Se tiver mais de 65 anos de idade, a dose diária
máxima recomendada é de 40 mg.
Mesmo que não se sinta melhor, deverá continuar a tomar o medicamento, pois
poderá demorar algumas semanas até começar a sentir o efeito do tratamento.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão de que Voltak é
demasiado forte ou demasiado fraco.
Para assegurar o desaparecimento completo dos sintomas e evitar recorrência, os
doentes deverão continuar a tomar este medicamento durante um período de tempo
suficiente que poderá ser de vários meses. (ver Início do tratamento com Voltak)
Início do tratamento com Voltak:
Como com outros medicamentos desta classe, Voltak não irá promover o alívio dos
sintomas logo no início do tratamento, pelo que a maioria dos doentes apenas
começa a sentir melhoria após algumas semanas de tratamento. Ocasionalmente, os
sintomas da depressão ou de outras perturbações psiquiátricas poderão incluir
pensamentos de auto-agressão ou pensamentos suicidas, os quais poderão persistir
ou aumentar de intensidade até o efeito antidepressivo do medicamento se tornar
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evidente. Esta situação é mais evidente nos doentes adultos jovens (18 a 29 anos)
ou em doentes que tomem antidepressivos pela primeira vez. Deverá contactar o seu
médico imediatamente no caso de ocorrerem alguns destes sintomas, no período
inicial ou em qualquer altura do tratamento.
Poderão também ocorrer durante as primeiras semanas de tratamento, sintomas de
desassossego, agitação ou incapacidade de permanecer sentado ou estar imóvel.
Mesmo se sentir melhoria dos sintomas, é importante que continue a tomar Voltak
durante o período indicado pelo seu médico de modo a prevenir a recorrência dos
sintomas. Este período é de aproximadamente 6 meses após recuperação no caso do
tratamento da depressão, sendo que poderá ser mais prolongado na perturbação de
pânico ou perturbação obsessivo-compulsiva.
Se tomar mais Voltak do que deveria:
No caso de ter tomado de uma só vez um grande número de comprimidos, procure
imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgência mais próximo, para
que sejam aplicadas as medidas apropriadas.
sintomas
sobredosagem,
para
além
mencionados
"4.
Efeitos
secundários possíveis", são: vómitos, pupilas dilatadas, febre, alterações na pressão
arterial, dores de cabeça, contracção muscular involuntária, agitação, ansiedade e
aumento do ritmo cardíaco.
Desconhece-se qualquer antídoto específico.
O tratamento deverá consistir na aplicação das medidas geralmente utilizadas em
situações de sobredosagem com qualquer outro antidepressivo. Quando apropriado,
o estômago deverá ser esvaziado por indução de emese, lavagem gástrica ou
ambos. Após evacuação, podem ser administrados 20 a 30 g de carvão activado de 4
em 4 horas ou de 6 em 6 horas, durante as primeiras 24 horas após ingestão. Estão
indicadas as medidas de suporte, como sejam, monitorização frequente dos sinais
vitais e observação clínica rigorosa.
Caso se tenha esquecido de tomar Voltak
Se se esquecer de tomar o comprimido de manhã, tome-o logo que se lembrar e
depois como habitualmente, na manhã seguinte. Se não se lembrar de tomar o
comprimido durante todo o dia, não tome uma dose a dobrar para compensar a dose
que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Voltak
A descontinuação abrupta do tratamento deve ser evitada. Quando o tratamento
com paroxetina for descontinuado a dose deve ser gradualmente diminuída durante
um período de pelo menos uma a duas semanas, de forma a reduzir o risco de
reacções
privação.
decurso
diminuição
dose
descontinuação do tratamento ocorrerem sintomas intoleráveis deverá ser avaliada a
necessidade de retomar a dose anteriormente prescrita. Subsequentemente, o
médico poderá continuar com a redução da dose mas de forma mais gradual.
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Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, Voltak pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Foram observados muito frequentemente (mais de 1 em 10 doentes tratados) os
seguintes sintomas:
-Náuseas;
-Disfunção sexual.
Foram observados frequentemente (mais de 1 em 100 e menos de 1 em 10 doentes
tratados) os seguintes sintomas:
-Perda de apetite;
-Insónia;
-Agitação;
-Sonolência;
-Tonturas;
-Tremores;
-Visão turva;
-Bocejos;
-Boca seca, diarreia ou obstipação;
-Aumento da transpiração;
-Fraqueza;
-Aumento de peso.
Foram observados pouco frequentemente (mais de 1 em 1.000 e menos de 1 em
100 doentes tratados) os seguintes sintomas:
-Hemorragias, especialmente a nível da pele e mucosas, na maioria equimoses
(nódoas negras);
-Confusão;
-Alucinações;
-Movimentos corporais descontrolados, inclusive a nível da face;
-Aumento do ritmo cardíaco;
-Aumento ou diminuição da pressão arterial transitória, principalmente em doentes
com problemas de hipertensão ou ansiedade;
-Erupções cutâneas e comichão;
-Dificuldade em urinar.
Foram observados raramente (mais de 1 em 10.000 e menos de 1 em 1.000 doentes
tratados) os seguintes sintomas:
-Hiponatremia (níveis baixos de sódio no sangue), o que poderá provocar sensação
de confusão, fadiga e movimentos descontrolados;
-Convulsões;
-Mania;
-Ansiedade;
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-Despersonalização;
-Ataques de pânico;
-Diminuição do ritmo cardíaco;
-Aumento dos níveis nos testes da função hepática;
-Produção anormal de leite em homens e mulheres;
-Acatisia (sentimento interior de desassossego e agitação tais como incapacidade de
permanecer sentado ou imóvel);
-Dores musculares e das articulações.
Foram observados muito raramente (menos de 1 em 10.000 doentes tratados) os
seguintes sintomas:
-Síndrome serotoninérgica (os sintomas incluem: agitação, confusão, alucinações,
suores,
reflexos
aumentados,
espasmos
musculares,
arrepios,
aumento
frequência cardíaca e tremor);
-Problemas de fígado, (hepatite - inflamação do fígado, por vezes associada a
icterícia e/ou insuficiência hepática);
-Fotossensibilidade (sensibilidade à luz);
-Aumento dos níveis da hormona antidiurética (ADH), causando retenção de fluidos;
-Glaucoma agudo (pressão elevada no olho que pode provocar dor e visão turva);
-Edema (inchaço) dos membros inferiores e superiores;
-Hemorragia gastrointestinal;
-Trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue);
-Reacções alérgicas (incluindo urticária e angioedema);
-Erecção persistente.
-agitação psicomotora/acatisia
Frequência desconhecida: agressividade
Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida durante o tratamento
com paroxetina ou imediatamente após a sua descontinuação. A frequência não é
conhecida.
Foi observado um risco aumentado de fracturas ósseas em doentes a tomar este tipo
de medicamentos.
Reacções de privação observadas durante a descontinuação do tratamento com ISRS
A descontinuação de paroxetina (em particular quando é feita de forma abrupta)
está
frequentemente
associada
sintomas
privação.
Tonturas,
distúrbios
sensoriais (incluindo parestesias), distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos
intensos), agitação ou ansiedades, náuseas e/ou vómitos, tremor e cefaleias são as
reacções mais
frequentemente notificadas. Geralmente
estes
sintomas são
intensidade ligeira a moderada, contudo em alguns doentes podem ser intensos e/ou
prolongados. Consequentemente quando o tratamento com paroxetina deixar de ser
necessário é aconselhável que se proceda à sua descontinuação de forma gradual
através do escalonamento de doses.
Os efeitos secundários frequentes (mais de 1 em 100 e menos de 1 em 10 doentes
tratados), observados após interrupção do tratamento com Voltak são:
-Tonturas,
distúrbios
sensoriais
(sensação
queimadura
mais
raramente
sensação de choques eléctricos), perturbações de sono (sonhos vívidos, pesadelos e
dificuldade em adormecer), ansiedade e cefaleias.
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Os efeitos secundários pouco frequentes (mais de 1 em 1.000 e menos de 1 em 100
doentes tratados), observados após interrupção do tratamento com Voltak são:
-Agitação,
náuseas,
tremor,
confusão,
aumento
transpiração,
instabilidade
emocional, distúrbios visuais, palpitações, diarreia, irritabilidade.
Em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos a tomar Voltak, foram
observados frequentemente (mais de 1 em 100 e menos de 1 em 10 doentes
tratados) os seguintes efeitos indesejáveis:
-Labilidade emocional (incluindo choro, oscilações de humor, perda de apetite,
tremor,
aumento
transpiração,
hipercinesia
(movimentos
involuntários)
agitação.
Foram também observados frequentemente (mais de 1 em 100 e menos de 1 em 10
doentes tratados) os seguintes efeitos secundários em crianças e adolescentes que
interromperam o tratamento:
-Labilidade
emocional
(incluindo
choro,
oscilações
humor,
auto-agressão,
pensamentos suicidas e tentativas de suicídio), nervosismo, tonturas, náuseas e dor
abdominal.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. COMO CONSERVAR VOLTAK
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Voltak após o prazo de validade impresso na embalagem exterior após
VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não utilize Voltak se verificar alguns sinais visíveis de deterioração do medicamento.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
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6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Voltak
A substância activa é a paroxetina. Cada comprimido contém cloridrato anidro de
paroxetina equivalente a 10 mg, 20 mg ou 30 mg de paroxetina.
Os outros componentes são: celulose microcristalina, hidrogenofosfato de cálcio
anidro, croscarmelose sódica, sílica coloidal anidra e estearato de magnésio.
Qual o aspecto de Voltak e conteúdo da embalagem
Os comprimidos de Voltak 10 mg são esbranquiçados, rasos, biconvexos, com a
inscrição “10” numa das faces, para administração oral.
Os comprimidos de Voltak 20 mg são esbranquiçados, rasos, biconvexos, com a
inscrição “20” numa das faces, para administração oral.
Os comprimidos de Voltak 30 mg são esbranquiçados, rasos, biconvexos, com a
inscrição “30” numa das faces, para administração oral.
Os comprimidos de Voltak são acondicionados em blisters de PVC/Alumínio.
Cada embalagem de Voltak contém 20 ou 60 comprimidos. É possível que não sejam
comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Medirex Pharma, Lda.
Rua Tierno Galvan, Torre 3, 12º Piso
1070-274 Lisboa
Portugal
Fabricante:
FAL Duiven - Farmaceutisch Analytisch Laboratorium Duiven BV
Dijkgraaf 30, 6921 RL Duiven
Holanda
Medicamento sujeito a receita médica
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Voltak 10 mg Comprimidos
Voltak 20 mg Comprimidos
Voltak 30 mg Comprimidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Voltak 10 mg comprimidos contém 11,11 mg de cloridrato anidro de paroxetina
equivalente a 10 mg de paroxetina base.
Voltak 20 mg comprimidos contém 22,22 mg de cloridrato anidro de paroxetina
equivalente a 20 mg de paroxetina base.
Voltak 30 mg Comprimidos contém 33,33 mg de cloridrato anidro de paroxetina
equivalente a 30 mg de paroxetina base.
Lista completa de Excipientes, ver secção 6.1 Lista dos Excipientes
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Os comprimidos de Voltak 10 mg são esbranquiçados, rasos, biconvexos, com a
inscrição “10” numa das faces.
Os comprimidos de Voltak 20 mg são esbranquiçados, rasos, biconvexos, com a
inscrição “20” numa das faces.
Os comprimidos de Voltak 30 mg são esbranquiçados, rasos, biconvexos, com a
inscrição “30” numa das faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações Terapêuticas
Voltak está indicada no tratamento de:
- Episódio Depressivo Major;
- Perturbação Obsessivo-Compulsiva;
- Perturbação de Pânico com e sem agorafobia;
- Perturbações de Ansiedade Social/Fobia Social;
- Perturbação de Ansiedade Generalizada;
- Perturbação Pós Stress Traumático.
4.2 Posologia e Modo de Administração
Voltak deve ser administrada uma vez ao dia, de manhã, com os alimentos.
O comprimido deverá ser deglutido de preferência, em vez de mastigado.
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
Episódio Depressivo Major
A dose diária recomendada é de 20 mg. Geralmente, a melhoria nos doentes inicia-
se após uma semana mas poderá apenas tornar-se evidente a partir da segunda
semana de tratamento.
Tal como com todos os fármacos antidepressivos, a dose deverá ser revista e
ajustada, caso seja necessário, 3 a 4 semanas após início da terapêutica, e
posteriormente, consoante seja considerado clinicamente conveniente. Em alguns
doentes com resposta insuficiente a uma dose de 20 mg, a dose poderá ser
aumentada gradualmente em 10 mg/dia até ao máximo de 50 mg/dia, de acordo
com a resposta obtida.
Os doentes com depressão deverão ser tratados durante um período de tempo
suficiente, de pelo menos 6 meses, para assegurar o desaparecimento completo da
sintomatologia.
Perturbação Obsessivo-Compulsiva
A dose diária recomendada é de 40 mg. Os doentes deverão iniciar a terapêutica
com uma dose de 20 mg/dia, que poderá ser aumentada gradualmente em 10 mg
até à dose recomendada. No caso de se verificar uma resposta insuficiente após
algumas semanas de tratamento com a dose recomendada, alguns doentes poderão
beneficiar do aumento gradual da dose até ao máximo de 60 mg/dia.
Os doentes com perturbação obsessivo-compulsiva deverão ser tratados durante um
período
tempo
suficiente
para
assegurar
desaparecimento
completo
sintomatologia. Este período poderá ser de vários meses ou ainda mais prolongado
(ver 5.1 Propriedades farmacodinâmicas).
Perturbação de Pânico
A dose diária recomendada é de 40 mg. Os doentes deverão iniciar a terapêutica
com uma dose de 10 mg/dia, aumentando-a gradualmente em 10 mg, de acordo
com a resposta do doente até à dose recomendada. Recomenda-se uma dose inicial
baixa, para minimizar a possibilidade de piorar a sintomatologia de pânico, o que
acontece normalmente na fase inicial do tratamento desta perturbação. No caso de
se verificar uma resposta insuficiente após algumas semanas de tratamento com a
dose recomendada, alguns doentes poderão beneficiar do aumento gradual da dose
até ao máximo de 60 mg/dia.
Os doentes com perturbação de pânico deverão ser tratados durante um período de
tempo suficiente para assegurar o desaparecimento completo da sintomatologia.
Este período poderá ser de vários meses ou ainda mais prolongado (ver 5.1
Propriedades farmacodinâmicas).
Perturbação de Ansiedade Social/Fobia Social
A dose diária recomendada é de 20 mg. No caso de se verificar uma resposta
insuficiente após algumas semanas de tratamento com a dose recomendada, alguns
doentes poderão beneficiar do aumento gradual da dose em 10 mg até ao máximo
de 50 mg/dia. A utilização a longo prazo deverá ser regularmente avaliada (ver 5.1
Propriedades farmacodinâmicas).
Perturbação de Ansiedade Generalizada
A dose diária recomendada é de 20 mg. No caso de se verificar uma resposta
insuficiente após algumas semanas de tratamento com a dose recomendada, alguns
doentes poderão beneficiar do aumento gradual da dose em 10 mg até ao máximo
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
de 50 mg/dia. A utilização a longo prazo deverá ser regularmente avaliada (ver 5.1
Propriedades farmacodinâmicas).
Perturbação Pós Stress Traumático
A dose diária recomendada é de 20 mg. No caso de se verificar uma resposta
insuficiente após algumas semanas de tratamento com a dose recomendada, alguns
doentes poderão beneficiar do aumento gradual da dose em 10 mg até ao máximo
de 50 mg/dia. A utilização a longo prazo deverá ser regularmente avaliada (ver 5.1
Propriedades farmacodinâmicas).
Informações gerais
Reacções de privação observadas durante a descontinuação do tratamento com ISRS
A descontinuação abrupta do tratamento deve ser evitada. Quando o tratamento
com paroxetina for descontinuado a dose deve ser gradualmente diminuída durante
um período de pelo menos uma a duas semanas, de forma a reduzir o risco de
reacções de privação (ver secções 4.4 Advertências e precauções especiais de
utilização e 4.8 Efeitos indesejáveis). O esquema terapêutico utilizado em ensaios
clínicos envolveu uma redução da dose diária em 10 mg em intervalos semanais. Se
no decurso de uma diminuição da dose ou da descontinuação do tratamento
ocorrerem sintomas intoleráveis deverá ser avaliada a necessidade de retomar a
dose anteriormente prescrita. Subsequentemente, o médico poderá continuar com a
redução da dose mas de forma mais gradual.
Populações Especiais
Idosos
Verifica-se um aumento da concentração plasmática de paroxetina nos idosos, mas o
intervalo de concentrações sobrepõe-se ao observado nos indivíduos mais jovens. A
dose inicial deverá ser igual à dose inicial para os adultos. O aumento da dose
poderá ser útil em alguns doentes, mas a dose máxima não deverá exceder os
40 mg/dia.
Crianças e adolescentes (7-17 anos)
Os ensaios clínicos controlados revelaram que a paroxetina está associada a um risco
aumentado de comportamento suicida e hostilidade, pelo que a paroxetina não
deverá ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes. A eficácia não foi
adequadamente demonstrada nestes ensaios (ver 4.4 Advertências e Precauções
Especiais de Utilização e 4.8 Efeitos Indesejáveis).
Crianças com idade inferior a 7 anos
A utilização de paroxetina não foi estudada em crianças com idade inferior a 7 anos.
A segurança e eficácia não foram estabelecidas neste grupo etário, pelo que a
paroxetina não deverá ser utilizada.
Insuficiência renal/hepática
Verifica-se um aumento da concentração plasmática de paroxetina em doentes com
insuficiência renal grave (clearance da creatinina < 30 ml/min) ou com insuficiência
hepática.
Deste modo, deve manter-se a dose no limite inferior do intervalo de doses
recomendado.
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
4.3 Contra-Indicações
Hipersensibilidade à paroxetina ou a qualquer um dos excipientes.
paroxetina
está
contra-indicada
associação
inibidores
monoaminoxidase (IMAO). Em situações excepcionais, a linezolida (um antibiótico
que é um IMAO não selectivo reversível) pode ser administrada em associação à
paroxetina se forem garantidas as condições para uma observação atenta dos
sintomas da síndrome serotoninérgica e monitorização da pressão arterial (ver
secção 4.5).
O tratamento com paroxetina poderá ser iniciado:
-2 semanas após suspensão do tratamento com IMAO irreversível, ou
-pelo menos 24 horas após suspensão do tratamento com IMAO reversível (p. ex.:
moclobemida).
Pelo menos uma semana deverá decorrer entre a descontinuação da paroxetina e o
início da terapêutica com qualquer IMAO.
A paroxetina não deve ser utilizada em associação à tioridazina visto que, tal como
com outros fármacos que inibem a enzima hepática CYP450 2D6, a paroxetina pode
aumentar os níveis plasmáticos da tioridazina (ver 4.5 Interacções medicamentosas
e outras formas de interacção). A administração de tioridazina por si só pode
provocar um aumento do intervalo QTc, com arritmia ventricular grave associada tal
como torsades de pointes e morte súbita.
A paroxetina não deverá ser utilizada em associação com pimozida (ver secção 4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).
4.4 Advertências e Precauções Especiais de Utilização
O tratamento com paroxetina deverá ser iniciado com precaução, 2 semanas após a
suspensão do tratamento com IMAO irreversível ou 24 horas após a suspensão do
tratamento com IMAO reversível.
A dose de paroxetina deverá ser aumentada gradualmente até se obter a resposta
óptima (ver 4.3 Contra-indicações e 4.5 Interacções Medicamentosas e Outras
Formas de Interacção).
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
A paroxetina não deverá ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com
idade inferior a 18 anos. Foram observados com maior frequência comportamentos
relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida) e hostilidade
(predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera) em ensaios
clínicos com crianças e adolescentes que se encontravam a tomar antidepressivos,
em comparação com os que estavam a tomar placebo. Se, não obstante, com base
na necessidade clínica, a decisão de tratamento for tomada, o doente dever ser
rigorosamente monitorizado em relação ao aparecimento de sintomas suicidas. Não
estão disponíveis dados de segurança a longo prazo em crianças e adolescentes no
que se refere ao crescimento, à maturação e ao desenvolvimento cognitivo e
comportamental.
Suicídio/ideação suicida/agravamento da situação clínica
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
depressão
está
associada
aumento
risco
ideação
suicida,
auto-
agressividade
suicídio
(pensamentos/comportamentos
relacionados
suicídio). O risco prevalece até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como
durante as primeiras semanas ou mais de tratamento pode não se verificar qualquer
melhoria, os doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que essa melhoria
ocorra. De acordo com a prática clínica, em geral o risco de suicídio pode aumentar
nas fases iniciais da recuperação.
Outros
distúrbios
psiquiátricos
para
quais
Voltak
prescrito
podem
estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o
suicídio. Adicionalmente, estas situações podem ser co-mórbidas com os distúrbios
depressivos major. Consequentemente, no tratamento de doentes com outros
distúrbios psiquiátricos deverão ser tomadas as mesmas precauções que aquando da
terapêutica de doentes com distúrbios depressivos major.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com o
suicídio, que apresentam um grau significativo destes sintomas antes do início do
tratamento, apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa
de suicídio, devendo por este motivo ser cuidadosamente monitorizados durante o
tratamento. Uma meta-análise de estudos clínicos controlados com placebo em
adultos
distúrbios
psiquiátricos
demonstrou
aumento
risco
comportamentos relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a
tomar
antidepressivos
comparativamente
doentes
tomar
placebo.
terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização rigorosa
em particular nos doentes de maior risco especialmente na fase inicial do tratamento
ou na sequência de alterações posológicas.
Os doentes, e os prestadores de cuidados de saúde, devem ser alertados para a
necessidade
monitorização
relativamente
qualquer
agravamento
situação clínica, pensamentos/comportamentos relacionados com o suicídio e para
procurar assistência médica imediatamente caso estes ocorram.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais os inibidores selectivos da recaptação
da serotonina são prescritos podem estar associados ao aumento do risco de
ideação/comportamentos
relacionados
suicídio.
Adicionalmente
estas
situações
podem
co-mórbidas
distúrbios
depressivos
major.
Consequentemente, no tratamento de doentes com outros distúrbios psiquiátricos
deverão ser tomadas as mesmas precauções que aquando da terapêutica de doentes
com distúrbios depressivos major.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com o
suicídio, que apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do
tratamento, apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa
de suicídio, devendo por este motivo ser cuidadosamente monitorizados durante o
tratamento.
outro
lado,
existe
também
possibilidade
risco
comportamento suicida estar aumentado em jovens adultos.
Os doentes, e os seus prestadores de cuidados de saúde, devem ser alertados para a
necessidade de monitorização, relativamente ao aparecimento destes eventos e de
procurar assistência médica caso estes ocorram.
Acatisia/Agitação psicomotora
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
A administração de paroxetina tem sido associada ao desenvolvimento de acatisia,
caracterizada
agitação
subjectivamente
desconfortável
perturbadora,
necessidade
movimento
frequentemente acompanhada
incapacidade
doente se sentar ou permanecer em repouso. Esta situação é mais frequente nas
primeiras semanas de tratamento. Nos doentes que desenvolvem estes sintomas o
aumento da dose pode ser prejudicial.
Síndrome serotoninérgica/síndrome maligna dos neurolépticos
Em casos raros, o desenvolvimento de um síndrome serotoninérgica ou síndrome
maligna
neurolépticos
poderá
ocorrer
associação
tratamento
paroxetina, particularmente quando utilizada em combinação com outros fármacos
serotoninérgicos
e/ou
neurolépticos.
Como
estas
síndromes
poderão
originar
situação de risco de vida, o tratamento com paroxetina deverá ser interrompido se
ocorrerem
tais
eventos
(caracterizados
conjuntos
sintomas
tais
como
hipertermia, rigidez, mioclonia, instabilidade autonómica com possível flutuação
rápida
sinais
vitais,
alterações
estados
mentais
incluindo
confusão,
irritabilidade, agitação extrema que poderá progredir para delírio e coma) e deverá
ser iniciado o tratamento sintomático de suporte padrão. Devido ao risco de
síndrome serotoninérgica a paroxetina não deverá ser utilizada em combinação com
precursores da serotonina (tais como L-triptofano, oxitriptano) (ver 4.3 Contra-
indicações e 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).
Mania
Tal como todos os antidepressivos, a paroxetina deverá ser cuidadosamente utilizada
em doentes com história de mania. A paroxetina deverá ser descontinuada em
qualquer doente que entre em fase de mania.
Insuficiência renal/hepática
Recomenda-se
precaução
doentes
insuficiência
renal
grave
insuficiência hepática. (ver 4.2 Posologia e Modo de Administração).
Diabetes
Nos doentes diabéticos, o tratamento com inibidores selectivos da recaptação da
serotonina (ISRS) pode alterar o controlo glicémico. Pode ser necessário ajustar a
dose de insulina e/ou anti-diabéticos orais.
Epilepsia
Tal como outros antidepressivos, a paroxetina deverá ser utilizada com precaução
em doentes com epilepsia.
Convulsões
A incidência global de convulsões é inferior a 0,1%, em doentes tratados com
paroxetina. O fármaco deverá ser imediatamente descontinuado em qualquer doente
que desenvolva convulsões.
Electrochoque Terapêutico (ECT)
Existe pouca experiência clínica relativamente à administração concomitante de
paroxetina com ECT.
Glaucoma
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
Tal como outros ISRS, a paroxetina pode raramente causar midríase e deve ser
utilizada com precaução em doentes com glaucoma de ângulo fechado ou história de
glaucoma.
Patologia cardíaca
Devem ser tomadas as precauções habituais nos doentes cardíacos.
Hiponatremia
Foi relatada raramente hiponatremia, predominantemente nos idosos. Deverão ser
tomadas precauções em doentes em risco de hiponatremia, ex.: com terapêutica
associada ou cirrose. A hiponatremia reverte geralmente com a descontinuação da
paroxetina.
Hemorragia
Foram
notificados
casos
hemorragia
pele,
como
equimoses
púrpura
associados à utilização de ISRS. Foram notificadas outras alterações hemorrágicas,
ex.:
hemorragia
gastrointestinal.
doentes
idosos
poderão
correr
risco
acrescido.
Recomenda-se precaução na administração concomitante com anticoagulantes orais,
fármacos com efeito na função plaquetária ou outros fármacos que possam aumentar
o risco de hemorragia (ex.: antipsicóticos atípicos como a clozapina, fenotiazinas, a
maioria dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios não
esteróides (AINEs), inibidores da COX-2) e também em doentes com história de
alterações hemorrágicas, ou condições de predisposição para hemorragias.
Reacções de privação observadas durante a descontinuação do tratamento com ISRS
Os sintomas de privação observados durante a descontinuação do tratamento são
frequentes, em particular se a descontinuação é feita de forma abrupta (ver secção
Efeitos
indesejáveis).
ensaios
clínicos,
acontecimentos
adversos
observados
durante
descontinuação
tratamento
ocorreram
aproximadamente 30% dos doentes tratados com paroxetina e em 20% dos doentes
a tomar placebo.
O risco de ocorrência de sintomas de privação poderá depender de vários factores,
incluindo a duração do tratamento, a dose administrada e a taxa de redução da
dose. Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios do sono
(incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos,
tremor e cefaleia são as reacções mais frequentemente notificadas. Geralmente
estes sintomas são de intensidade ligeira a moderada, contudo em alguns doentes
podem ser intensos. Estes sintomas ocorrem geralmente durante os primeiros dias
de descontinuação do tratamento, no entanto também têm sido muito raramente
notificados em doentes que inadvertidamente falharam uma toma do medicamento.
Em geral estes sintomas são auto-limitados e normalmente desaparecem dentro de
2 semanas, apesar de em alguns indivíduos se poderem prolongar (2-3 meses ou
mais). Consequentemente é aconselhável a redução gradual de paroxetina quando o
tratamento é descontinuado durante um período de várias semanas ou meses, de
acordo com as necessidades do doente (ver Reacções de privação observadas
durante a descontinuação do tratamento com ISRS na secção 4.2 Posologia e modo
de administração)
4.5 Interacções Medicamentosas e Outras Formas de Interacção
Fármacos serotoninérgicos
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
como
outros
ISRS,
administração
concomitante
fármacos
serotoninérgicos (incluindo IMAOs, L-triptofano, triptanos, tramadol, linezolida, ISRS,
lítio e preparações de Erva de São João - Hypericum perfuratum) pode levar à
incidência de efeitos associados à 5-hidroxitriptamina (síndrome serotoninérgica: ver
4.3 Contra-indicações e 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Quando estes fármacos são utilizados em combinação com paroxetina deverão ser
tomadas precauções, sendo requerida uma monitorização clínica rigorosa.
A utilização concomitante de paroxetina e IMAOs está contra-indicada devido ao risco
de síndrome serotoninérgica (ver secção 4.3 Contra-indicações).
Pimozida
Um estudo com uma dose única baixa de pimozida (2 mg) mostrou o aumento de
2,5 vezes em média dos níveis de pimozida após administração concomitante de
60 mg de paroxetina. Este facto pode ser explicado pelas conhecidas propriedades
inibitórias da paroxetina sobre o CYP2D6. Devido à estreita margem terapêutica da
pimozida e à sua conhecida capacidade para o prolongamento do intervalo QT, a
administração concomitante de pimozida e paroxetina está contra-indicada (ver
secção 4.3 Contra-indicações).
Fosamprenavir/ritonavir
administração
concomitante
fosamprenavir/ritonavir
700 mg/100 mg
duas
vezes por dia com 20 mg por dia de paroxetina em voluntários saudáveis durante 10
dias
diminuiu
significativamente
níveis
plasmáticos
paroxetina
aproximadamente 55%. Os níveis plasmáticos de fosamprenavir/ritonavir durante a
administração
concomitante
paroxetina
foram
semelhantes
valores
referência de outros estudos, indicando que a paroxetina não teve efeito significativo
no metabolismo de fosamprenavir/ritonavir. Não existem dados disponíveis sobre os
efeitos
administração
concomitante
longo
prazo
paroxetina
fosamprenavir/ritonavir excedendo 10 dias.
Anticonvulsivantes
Carbamazepina, fenitoína, valproato de sódio. A administração concomitante não
demonstrou qualquer efeito sobre o perfil farmacocinético/dinâmico em doentes
epilépticos.
Enzimas metabolizadoras de fármacos
O metabolismo e farmacocinética da paroxetina podem ser afectados pela indução ou
inibição de enzimas metabolizadoras de fármacos.
Nos casos em que a paroxetina seja administrada concomitantemente com um
inibidor conhecido das enzimas metabolizadoras de fármacos, deve considerar-se a
utilização de doses no limite inferior do intervalo de doses recomendado.
Quando a paroxetina for administrada concomitantemente com indutores conhecidos
enzimas
metabolizadoras
fármacos
(ex.:
carbamazepina,
rifampicina,
fenobarbital, fenitoína) não é considerado necessário ajuste inicial de dose. Qualquer
ajuste de dose subsequente deve ser orientado pelo efeito clínico (tolerância e
eficácia).
Prociclidina
administração
diária
paroxetina
aumenta
significativamente
níveis
plasmáticos da prociclidina. Caso se observem efeitos anticolinérgicos, a dose de
prociclidina deverá ser reduzida.
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
Anticonvulsivantes
Carbamazepina, fenitoína, valproato de sódio. A administração concomitante não
demonstrou qualquer efeito sobre o perfil farmacocinético/dinâmico em doentes
epilépticos.
Potência inibitória da paroxetina sobre o CYP2D6
Tal como com outros antidepressivos, incluindo outros ISRS, a paroxetina inibe a
enzima CYP2D6 do citocromo P450 hepático. A inibição da CYP2D6 pode provocar o
aumento das concentrações plasmáticas de fármacos metabolizados por esta enzima
administrados concomitantemente. Estes incluem alguns antidepressivos tricíclicos
(por exemplo: clomipramina, nortriptilina e desipramina), neurolépticos do grupo da
fenotiazina (por exemplo: perfenazina e tioridazina, ver 4.3 Contra-indicações),
risperidona, atomoxetina, alguns antiarrítmicos Tipo 1c (por exemplo: propafenona e
flecainida)
metoprolol.
Não
recomenda
utilização
paroxetina
combinação com metoprolol quando usado na insuficiência cardíaca, devido à
estreita margem terapêutica do metoprolol nesta indicação.
Álcool
Tal como com outros fármacos psicotrópicos, os doentes deverão evitar a ingestão
de álcool enquanto tomarem paroxetina.
Anticoagulantes orais
Poderá
ocorrer
interacção
farmacodinâmica
entre
paroxetina
anticoagulantes orais. A administração concomitante de paroxetina e anticoagulantes
orais
pode
levar
a um
aumento
actividade
anticoagulante
risco
hemorragia. Assim, a paroxetina deverá ser utilizada com precaução em doentes em
tratamento com anticoagulantes orais. (ver 4.4 Advertências e precauções especiais
de utilização)
AINEs, ácido acetilsalicílico e outros agentes antiplaquetários
Poderá ocorrer uma interacção farmacodinâmica entre a paroxetina e os AINEs/ácido
acetilsalicílico.
administração
concomitante
paroxetina
AINEs/ácido
acetilsalicílico
pode
levar
aumento
risco
hemorragia.
(ver
Advertências e precauções especiais de utilização)
Recomenda-se
precaução
doentes
tomar
ISRS
associação
anticoagulantes orais, fármacos com efeito na função plaquetária ou que aumentem
o risco de hemorragia (por exemplo: antipsicóticos atípicos como a clozapina,
fenotiazinas, a maioria dos antidepressivos tricíclicos, ácido acetilsalicílico, anti-
inflamatórios não esteróides (AINEs), inibidores da COX-2) e também em doentes
com história de alterações hemorrágicas, ou condições de predisposição para
hemorragias.
4.6 Fertilidade, Gravidez e Aleitamento
Gravidez
Alguns
estudos
epidemiológicos
sugeriram
aumento
ligeiro
risco
malformações cardiovasculares (p. ex. defeitos do septo ventricular (maioria) e
auricular), associado à utilização de paroxetina durante o primeiro trimestre de
gravidez, sendo no entanto o mecanismo desconhecido. Os resultados sugerem que
o risco de uma criança nascer com defeitos cardiovasculares após exposição materna
à paroxetina é menor que 2/100, comparado com uma taxa esperada destes defeitos
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
de aproximadamente 1/100 na população em geral. Os dados disponíveis não
sugerem um aumento da taxa global de malformações congénitas.
A paroxetina só deverá ser utilizada durante a gravidez quando estritamente
indicada. O médico deverá ponderar a opção de alternativas terapêuticas em
mulheres grávidas ou que planeiem engravidar. A descontinuação abrupta do
tratamento durante a gravidez deverá ser evitada (ver “Sintomas observados na
descontinuação do tratamento com paroxetina”, secção 4.2 Posologia e modo de
administração).
Os recém-nascidos deverão ser observados nos casos em que a paroxetina continuou
a ser utilizada em estadios avançados da gravidez, particularmente no terceiro
trimestre.
Dados
epidemiológicos
sugerem
utilização
inibidores
selectivos
recaptação da serotonina (ISRS) durante a gravidez, em especial na parte final, pode
aumentar o risco de hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido (HPPN). O
risco observado foi de aproximadamente 5 casos por 1000 gravidezes. Na população
em geral ocorrem um a dois casos de HPPN por 1000 gravidezes.
Os sintomas seguintes poderão ocorrer no recém-nascido após utilização materna da
paroxetina em estadios avançados da gravidez: dificuldade respiratória, cianose,
apneia, convulsões, temperatura instável, dificuldades de alimentação, vómitos,
hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiperreflexia, tremor, agitação, irritabilidade,
letargia, choro constante, sonolência e dificuldade em adormecer. Estes sintomas
poderão estar relacionados tanto com efeitos serotoninérgicos como com sintomas
de descontinuação. Na maioria dos casos, as complicações iniciam-se imediatamente
ou brevemente (< 24 horas) após o parto.
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva, mas não indicaram efeitos
prejudiciais directos no que respeita à gravidez, desenvolvimento embriofetal, parto
ou desenvolvimento pós-natal (ver 5.3 Dados de segurança pré-clínica).
Aleitamento
A paroxetina é excretada em pequenas quantidades no leite materno. Em estudos
publicados, as concentrações séricas nos lactentes foram indetectáveis (< 2 ng/ml)
ou muito baixas (< 4 ng/ml). Não foram observados quaisquer sinais de efeitos do
fármaco nestes lactentes. No entanto, a paroxetina não deverá ser utilizada durante
o aleitamento, a menos que o benefício esperado para mãe justifique o risco
potencial para o lactente.
4.7 Efeitos sobre a Capacidade de Conduzir e Utilizar Máquinas
A experiência clínica demonstrou que a terapêutica com paroxetina não está
associada a uma redução das funções cognitivas e psicomotoras. Todavia, tal como
todos os fármacos psicoactivos, os doentes devem ser alertados para a sua
capacidade para conduzir veículos automóveis ou operar com máquinas.
Embora a paroxetina não agrave a redução da perícia motora e mental provocada
pelo álcool, a utilização concomitante de paroxetina e álcool não é aconselhável.
4.8 Efeitos Indesejáveis
Alguns dos efeitos adversos seguidamente descritos poderão diminuir de intensidade
e frequência com a continuação do tratamento e não conduzem geralmente à
interrupção
tratamento.
efeitos
adversos
encontram-se
descritos
seguidamente por sistemas de órgãos e frequência. As frequências são definidas
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
como: muito frequentes (> 1/10), frequentes (> 1/100, < 1/10), pouco frequentes
(> 1/1.000, < 1/100), raros (> 1/10.000, < 1/1.000), muito raros (< 1/10.000),
incluindo comunicações isoladas.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes: hemorragia, predominantemente da pele e das membranas
mucosas (na maioria equimoses).
Muito raros: trombocitopenia.
Doenças do sistema imunitário
Muito raros: reacções alérgicas (incluindo urticária e angioedema)
Doenças endócrinas
Muito raros: síndrome de secreção inadequada de hormona anti-diurética (SIHAD).
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes: diminuição do apetite.
Raros: hiponatremia
A hiponatremia foi predominantemente notificada em doentes idosos e é por vezes
devida à síndrome de secreção inadequada da hormona anti-diurética (SIHAD).
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes: sonolência, insónia, agitação.
Pouco frequentes: confusão, alucinações.
Raros:
reacções
maníacas,
ansiedade,
despersonalização,
ataques
pânico,
ideação/comportamentos relacionados com o suicídio, agitação psicomotora/acatisia
(ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Estes sintomas poderão também dever-se à doença subjacente.
Frequência desconhecida: agressividade, ideação suicida e comportamento suicida.
Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida durante o tratamento
com paroxetina ou imediatamente após a sua descontinuação (ver secção 4.4).
Foram
observados
casos
agressividade
durante
período
pós
comercialização.
Doenças do sistema nervoso
Frequentes: tonturas, tremor.
Pouco frequentes: perturbações extrapiramidais.
Raros: convulsões.
Muito
raros:
síndrome
serotoninérgico
sintomas
poderão
incluir
agitação,
confusão, diaforese, alucinações, hiper-reflexia, mioclonia, arrepios, taquicardia e
tremor).
Os relatos de perturbações extrapiramidais incluindo distonia orofacial, têm ocorrido,
vezes,
doentes
perturbações
movimento
subjacentes
tratamento com neurolépticos.
Afecções oculares
Frequentes: visão turva.
Pouco frequentes: midríase (ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de
utilização).
Muito raros: glaucoma agudo.
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
Cardiopatias
Pouco frequentes: taquicardia sinusal.
Raros: bradicardia
Vasculopatias
Pouco frequentes: aumento ou diminuição transitória da pressão arterial; hipotensão
postural.
Foram relatados aumentos ou diminuições na pressão arterial após o tratamento
com paroxetina, habitualmente em doentes com hipertensão ou ansiedade pré-
existentes.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: bocejo.
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes: náuseas.
Frequentes: obstipação, diarreia, secura de boca.
Muito raros: hemorragia gastrointestinal.
Afecções hepatobiliares
Raros: elevação das enzimas hepáticas.
Muito raros: efeitos hepáticos (hepatite, por vezes associada a icterícia e/ou
insuficiência hepática).
Foi relatada elevação das enzimas hepáticas. Foram relatados muito raramente
durante o período de pós-comercialização efeitos hepáticos (como hepatite, por
vezes associada a icterícia e/ou insuficiência hepática). Se a elevação dos resultados
testes
função
hepática
prolongada,
deverá
considerada
descontinuação da paroxetina.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes: sudação.
Pouco frequentes: erupções cutâneas, prurido.
Muito raros: reacções de fotossensibilidade.
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes: retenção urinária; incontinência urinária.
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Muito frequentes: disfunção sexual.
Raros: hiperprolactinemia/galactorreia.
Muito raros: priapismo.
Afecções músculo-esqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Raros: artralgia, mialgia.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes: astenia, aumento de peso.
Muito raros: edema periférico.
Efeitos de classe
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02-04-2015
INFARMED
Dados epidemiológicos, sobretudo de estudos conduzidos em doentes com idade
igual ou acima de 50 anos, evidenciam um risco aumentado de fracturas ósseas em
doentes
tomar
inibidores
selectivos
recaptação
serotonina
(ISRS)
antidepressivos
tricíclicos.
mecanismo
subjacente
este
risco
ainda
desconhecido.
Reacções de privação observadas durante a descontinuação do tratamento com ISRS
A descontinuação de paroxetina (em particular quando é feita de forma abrupta)
está
frequentemente
associada
sintomas
privação.
Tonturas,
distúrbios
sensoriais (incluindo parestesias), distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos
intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos, tremor e cefaleias são as
reacções mais
frequentemente notificadas. Geralmente
estes
sintomas são
intensidade ligeira a moderada, contudo em alguns doentes podem ser intensos e/ou
prolongados. Consequentemente quando o tratamento com paroxetina deixar de ser
necessário é aconselhável que se proceda à sua descontinuação de forma gradual
através
escalonamento
doses
(ver
secções
Posologia
modo
administração e 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Efeitos adversos observados em ensaios clínicos em pediatria
Em ensaios clínicos de curta duração (até 10-12 semanas) realizados em crianças e
adolescentes, foram notificados os seguintes efeitos adversos em pelo menos 2%
dos doentes, tendo ocorrido numa taxa pelo menos duas vezes superior àquela
verificada
placebo:
aumento
comportamentos
suicidas
(incluindo
tentativas de suicídio e pensamentos suicidas), comportamentos de auto-agressão e
aumento da hostilidade. Os pensamentos suicidas e tentativas de suicídio foram
observados principalmente em ensaios clínicos em adolescentes com perturbação
depressiva major. O aumento da hostilidade ocorreu particularmente em crianças
com perturbação obsessivo-compulsiva e especialmente em crianças com idade
inferior a 12 anos. Os efeitos mais frequentemente observados no grupo tratado com
paroxetina do que no grupo placebo foram: diminuição do apetite, tremor, sudação,
hipercinesia, agitação, labilidade emocional (incluindo choro, oscilações de humor).
Em estudos que utilizaram um esquema de diminuição progressiva de dose, os
sintomas relatados durante a fase de diminuição da dose ou após a descontinuação
da paroxetina, em pelo menos 2% dos doentes numa taxa pelo menos duas vezes
superior àquela verificada com o placebo foram: labilidade emocional (incluindo
choro, oscilações de humor, auto-agressão, ideação suicida e tentativas de suicídio)
nervosismo, tonturas, náuseas e dor abdominal (ver 4.4 Advertências e precauções
especiais de utilização).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeita de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sinais e sintomas
A informação obtida através de casos de sobredosagem com paroxetina evidencia
uma larga margem de segurança.
A experiência de sobredosagem com paroxetina indicou que, para além dos sintomas
mencionados em 4.8 – Efeitos Indesejáveis, também foram referenciados vómitos,
pupilas dilatadas, febre, alterações na pressão arterial, dores de cabeça, contracção
muscular involuntária, agitação, ansiedade e taquicardia.
Geralmente
recuperação
ocorre
sequelas
graves
mesmo
quando
são
administradas doses isoladas de paroxetina superiores a 2000 mg. Casos de coma ou
alterações no ECG foram ocasionalmente notificados e muito raramente ocorreram
casos fatais, mas apenas quando a paroxetina foi administrada conjuntamente com
outros psicotrópicos, com ou sem concomitância de álcool.
Tratamento
Desconhece-se qualquer antídoto específico.
O tratamento deverá consistir na aplicação das medidas geralmente utilizadas em
situações de sobredosagem com qualquer outro antidepressivo. Quando apropriado,
o estômago deverá ser esvaziado por indução de emese, lavagem gástrica ou
ambos. Após evacuação, podem ser administrados 20 a 30 g de carvão activado de 4
em 4 horas ou de 6 em 6 horas, durante as primeiras 24 horas após ingestão. Estão
indicadas as medidas de suporte, como sejam, monitorização frequente dos sinais
vitais e observação clínica rigorosa.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades Farmacodinâmicas
Grupo Farmacoterapêutico:
2.9.3 – Sistema nervoso central. Psicofármacos. Antidepressores.
Código ATC:
N06A B05
Mecanismo de acção
A paroxetina é um inibidor potente e selectivo da recaptação da 5-hidroxitriptamina
(5-HT, serotonina), e considera-se que a sua acção antidepressiva e eficácia no
tratamento da POC, Perturbação de Ansiedade Social/Fobia social, Perturbação de
Ansiedade Generalizada, Perturbação Pós Stress Traumático e da Perturbação de
Pânico está relacionada com a inibição específica da recaptação da 5-HT nos
neurónios cerebrais.
Quimicamente, a paroxetina não está relacionada com os antidepressivos tricíclicos,
tetracíclicos ou com outros antidepressivos disponíveis.
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
A paroxetina possui fraca afinidade para os receptores colinérgicos muscarínicos e
estudos animais indicaram apenas fracas propriedades anticolinérgicas.
De acordo com esta acção selectiva, estudos in vitro indicaram que, contrariamente
antidepressivos
tricíclicos,
paroxetina
possui
pouca
afinidade
para
receptores alfa1, alfa2 e beta-adrenérgicos, para os receptores da dopamina (D2),
para os receptores tipo 5-HT1, 5-HT2 e receptores da histamina (H1). Esta falta de
interacção com os receptores pós-sinápticos in vitro é substanciada por estudos in
vivo
demonstram
ausência
propriedades
depressivas
hipotensoras.
Efeitos farmacodinâmicos
A paroxetina não diminui a função psicomotora nem potencia os efeitos depressivos
do etanol.
Tal como acontece com outros inibidores selectivos da recaptação da 5-HT, a
paroxetina causa sintomas resultantes da excessiva estimulação dos receptores da
5-HT, quando administrada a animais, aos quais foram previamente administrados
inibidores da monoaminoxidase (IMAO) ou triptofano.
Estudos sobre o comportamento e sobre o EEG revelam que a paroxetina é
ligeiramente activante em doses geralmente acima das necessárias para inibir a
recaptação da 5-HT. As propriedades activantes não são do "tipo anfetamina".
Estudos
animais
revelam
paroxetina
tolerada
pelo
sistema
cardiovascular.
A paroxetina não provoca alterações clinicamente significativas na pressão arterial,
na frequência cardíaca e no ECG após administração a indivíduos saudáveis.
Estudos indicam que, contrariamente aos antidepressivos que inibem a recaptação
da noradrenalina, a paroxetina possui uma apetência muito menor para inibir os
efeitos anti-hipertensores da guanetidina.
No tratamento de perturbações depressivas, a paroxetina demonstrou eficácia
comparável a outros antidepressivos padrão.
Existem algumas evidências que a paroxetina poderá ter valor terapêutico em
doentes que não tenham respondido à terapêutica convencional.
A administração de paroxetina pela manhã não tem qualquer efeito prejudicial sobre
a qualidade ou duração do sono. Para além disso, é provável que os doentes sintam
melhoria
sono
medida
vão
respondendo
tratamento
paroxetina.
Análise de risco de suicídio em adultos
Uma análise específica para a paroxetina a partir de ensaios controlados com placebo
em adultos com perturbações psiquiátricas mostrou uma frequência superior de
comportamentos suicidas em adultos jovens (idades compreendidas entre 18 e 24
anos) tratados com paroxetina em comparação com placebo (2,19% vs 0,92%). Este
aumento não foi observado nos grupos de doentes com idade superior. Nos adultos
com perturbação depressiva major (todas as idades), verificou-se um aumento da
frequência de comportamentos suicidas nos doentes tratados com paroxetina em
comparação com o placebo (0,32% vs 0,05%); todos os eventos foram tentativas de
suicídio. No entanto, a maioria destas tentativas para a paroxetina (8 em 11)
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
ocorreram em adultos mais jovens (ver secção 4.4 Advertências e precauções
especiais de utilização).
Dose resposta
Nos estudos de dose fixa, observou-se uma curva de resposta plana, o que sugere
que não existe vantagem em termos de eficácia na utilização de doses acima das
recomendadas. No entanto, existem alguns dados clínicos que sugerem que o
aumento da dose pode ser benéfico para alguns doentes.
Eficácia a longo prazo
A eficácia a longo prazo da paroxetina no tratamento da depressão foi demonstrada
num estudo de manutenção durante 52 semanas e desenhado para a prevenção da
recidiva: 12% dos doentes tratados com paroxetina (20-40 mg/dia) tiveram recidiva
contra 28% dos doentes tratados com placebo.
A eficácia a longo prazo da paroxetina no tratamento da perturbação obsessivo-
compulsiva foi estudada em três estudos de manutenção durante 24 semanas e
desenhados para a prevenção da recidiva. Num dos três estudos foi atingida
diferença significativa na proporção de recidivas entre o grupo de doentes tratados
com paroxetina (38%) e o grupo placebo (59%).
A eficácia a longo prazo da paroxetina no tratamento da perturbação de pânico foi
demonstrada num estudo de manutenção durante 24 semanas e desenhado para a
prevenção da recidiva: 5% dos doentes tratados com paroxetina (10-40 mg/dia)
tiveram recidiva contra 30% de doentes tratados com placebo. Estes dados foram
confirmados por um estudo de manutenção durante 36 semanas.
A eficácia a longo prazo da paroxetina no tratamento da perturbação de ansiedade
social, perturbação de ansiedade generalizada e perturbação pós stress traumático
não foi suficientemente demonstrada.
5.2 Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
A paroxetina é bem absorvida após administração oral e sofre metabolismo de
primeira passagem. Devido ao metabolismo de primeira passagem, a quantidade de
paroxetina disponível na circulação sistémica é inferior à absorvida no tracto
gastrointestinal. A saturação parcial do efeito de primeira passagem e a reduzida
depuração plasmática ocorrem porque a capacidade do organismo aumenta com
doses únicas mais elevadas ou com doses múltiplas. Daí que haja um aumento
desproporcionado
concentrações
plasmáticas
paroxetina
consequentemente, os parâmetros farmacocinéticos não são constantes, resultando
numa cinética não linear. Todavia, esta não linearidade é geralmente pequena e está
confinada aos indivíduos que atingem níveis plasmáticos baixos com doses baixas.
Os níveis sistémicos no estado de equilíbrio são atingidos 7-14 dias após início da
terapêutica
formulações
libertação
imediata
controlada
farmacocinética parece não sofrer alteração durante a terapêutica a longo prazo.
Distribuição
paroxetina
extensivamente
distribuída
pelos
tecidos
cálculos
farmacocinéticos indicam que apenas 1% da paroxetina existente no organismo
permanece no plasma.
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
Em concentrações terapêuticas, aproximadamente 95% da paroxetina presente no
plasma liga-se às proteínas.
Não
verificou
qualquer
correlação
entre
concentrações
plasmáticas
paroxetina e o efeito clínico (efeitos adversos e eficácia).
A passagem para o leite materno e para os fetos de animais de laboratório ocorre em
pequenas quantidades.
Metabolismo
Os principais metabolitos da paroxetina são produtos polares e conjugados da
oxidação e da metilação, que são prontamente eliminados. Face à sua relativa falta
de actividade farmacológica, é pouco provável que contribuam para os efeitos
terapêuticos da paroxetina. O metabolismo não compromete a acção selectiva da
paroxetina na recaptação 5-HT neuronal.
Eliminação
A excreção urinária da paroxetina inalterada é geralmente inferior a 2%, enquanto
cerca de 64% da dose é eliminada sob a forma de metabolitos. Cerca de 36% da
dose é excretada nas fezes, provavelmente por via biliar, da qual a paroxetina
inalterada representa menos de 1% da dose. Consequentemente, a paroxetina é
quase inteiramente eliminada por metabolismo.
A excreção do metabolito é bifásica, sendo inicialmente resultado de metabolismo de
primeira
passagem,
posteriormente
controlada
eliminação
sistémica
paroxetina.
A semi-vida da eliminação é variável, contudo, é geralmente de cerca de 1 dia.
Populações especiais
Idosos e insuficientes renais/hepáticos
Existe um aumento das concentrações plasmáticas da paroxetina nos idosos e em
indivíduos com insuficiência renal e hepática graves, porém, as variações das
concentrações plasmáticas justapõem-se às de adultos saudáveis.
5.3 Dados de Segurança Pré-Clínica
Foram conduzidos estudos toxicológicos em macacos rhesus e ratos albinos; em
ambas as espécies a via metabólica é a mesma da descrita no ser humano.
Conforme previsto para os compostos amino-lipofílicos, incluindo os antidepressivos
tricíclicos, foi detectada fosfolipidose no rato. Tal não aconteceu nos estudos
efectuados com primatas com uma duração de um ano e nos quais se utilizaram
doses 6 vezes superiores às doses clínicas recomendadas.
Carcinogénese: nos estudos com uma duração de dois anos, efectuados em ratinhos
e ratos, a paroxetina não teve efeito tumorígeno.
Genotoxicidade: não se observou genotoxicidade nos múltiplos testes realizados in
vitro e in vivo. Estudos de toxicidade reprodutiva em ratos revelaram que a
paroxetina afecta a fertilidade dos machos e fêmeas. Nos ratos, foi observado um
aumento da mortalidade das crias e atraso na ossificação. Estes efeitos estão
provavelmente relacionados com toxicidade materna, não sendo considerados um
efeito directo no feto/recém-nascido.
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos Excipientes
Celulose microcristalina, hidrogenofosfato de cálcio anidro, croscarmelose sódica,
sílica coloidal anidra e estearato de magnésio.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
6.3 Prazo de Validade
3 anos
6.4 Precauções Especiais de Conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
6.5 Natureza e Conteúdo do Recipiente
Acondicionamento primário: blister de PVC/Alumínio
Embalagens de 20 e 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções Especiais de Eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medirex Pharma , Lda.
Rua Tierno Galvan, Torre 3, 12º Piso
1070-274 Lisboa
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5061262 – 20 comprimidos, 10 mg, blister de PVC/Alu
Nº de registo: 5061270 – 60 comprimidos, 10 mg, blister de PVC/Alu
Nº de registo: 5061304 – 20 comprimidos, 20 mg, blister de PVC/Alu
Nº de registo: 5061312 – 60 comprimidos, 20 mg, blister de PVC/Alu
Nº de registo: 5061320 – 20 comprimidos, 30 mg, blister de PVC/Alu
Nº de registo: 5061338 – 60 comprimidos, 30 mg, blister de PVC/Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
APROVADO EM
02-04-2015
INFARMED
Data da primeira autorização: 18 de Outubro de 2007
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO