Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
13-06-2014
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APROVADO EM
13-06-2014
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Videx 100 mg comprimido dispersível ou para mastigar
Didanosina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Videx e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Videx
3. Como tomar Videx
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Videx
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Videx e para que é utilizado
Videx é um medicamento antivírico (ou antirretroviral), utilizado no tratamento da
infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Videx pertence a um grupo de
medicamentos designados de nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa (NITRs).
É usado habitualmente em associação com outros medicamentos anti-VIH.
Videx não é uma cura para a infeção pelo VIH. Poderá continuar a desenvolver infeções
ou outras doenças associadas à infeção pelo VIH. Poderá continuar a transmitir o VIH
enquanto toma este medicamento, apesar de se reduzir o risco com uma terapêutica
antirretroviral eficaz. Converse com o seu médico sobre as precauções necessárias para
evitar que infete outras pessoas.
2. O que precisa de saber antes de tomar Videx
Videx apenas será prescrito por um médico com experiência em medicamentos para o
tratamento da infeção pelo VIH.
Não tome Videx
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- se tem alergia à didanosina ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Videx
se tem, ou teve, pancreatite (inflamação do pâncreas), informe imediatamente o seu
médico. Sintomas como dor do estômago ou dor abdominal podem indicar o
desenvolvimento de uma inflamação no pâncreas. Se não for tratada pode ser
potencialmente fatal.
se sentir entorpecimento, formigueiro e dor nos braços e nas pernas, informe o seu
médico. Podem ser sinais de neuropatia periférica tóxica.
tomar Videx pode causar, raramente, alterações na retina (olho) ou nervo ótico. O seu
médico poderá decidir realizar exames à retina anualmente ou se ocorrer alguma
alteração na visão.
Videx pertence a um grupo de medicamentos (NITRs) que pode causar uma situação
por vezes fatal denominada acidose lática (excesso de ácido lático no sangue) e
aumento do fígado. Sintomas como náuseas, vómitos e dor de estômago podem indicar
o desenvolvimento de acidose lática. Este efeito secundário raro, mas grave, ocorre
mais frequentemente em mulheres, particularmente se tiverem excesso de peso
acentuado ou em doentes com doença hepática. O seu médico irá monitorizá-lo
regularmente enquanto estiver a tomar Videx.
se tem, ou teve, problemas renais, informe o seu médico. É importante que o faça
porque Videx é eliminado do seu organismo através dos rins e poderá necessitar de uma
dose mais baixa.
se tem, ou teve, doença hepática, nomeadamente hepatite B ou C crónica, informe o seu
médico. Algumas pessoas (incluindo mulheres grávidas) que tomaram Videx tiveram
problemas graves de fígado. Esses problemas incluiram hepatomegalia (aumento do
fígado), esteatose (gordura no fígado), insuficiência hepática e hipertensão portal
(pressão arterial elevada na veia porta do fígado). Poderá estar em risco aumentado de
problemas hepáticos graves e potencialmente fatais. Raramente, doentes que
previamente não tiveram problemas hepáticos poderão ter insuficiência hepática. O seu
médico deverá verificar a função do seu fígado enquanto toma Videx. Deve ter especial
cuidado se tem história de abuso de álcool ou problemas de fígado.
podem ocorrer sinais ou sintomas de inflamação resultantes de infeções anteriores
pouco tempo após o início do tratamento anti-VIH em alguns doentes com infeção pelo
VIH avançada (SIDA) e história de infeções oportunistas. Pensa-se que estes sintomas
se devem a um aumento da resposta imunitária do organismo, habilitando-o a combater
infeções que possam ter existido sem sintomas evidentes. Se notar quaisquer sintomas
de infeção informe imediatamente o seu médico. Adicionalmente às infeções
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oportunistas, as doenças autoimunes (uma condição que ocorre quando o sistema
imunitário ataca tecidos corporais saudáveis) também podem ocorrer depois de começar
a tomar os medicamentos para o tratamento da sua infeção pelo VIH. As doenças
autoimunes podem ocorrer muitos meses após o início do tratamento. Se notar
quaisquer sintomas de infeção ou outros sintomas como fraqueza muscular, fraqueza a
começar nas mãos e nos pés e dirigindo-se em direção ao tronco, palpitações, tremores
ou hiperatividade, informe o seu médico imediatamente para procurar o tratamento
necessário.
pode ocorrer redistribuição, acumulação ou perda de gordura corporal em doentes a
receber terapêutica antirretroviral. Se detetar quaisquer alterações na gordura corporal
contacte o seu médico.
alguns doentes em terapêutica antirretroviral combinada podem desenvolver uma
doença óssea chamada osteonecrose (morte do tecido ósseo provocada por falta de
afluxo de sangue ao osso). A duração da terapêutica antirretroviral combinada, a
utilização de corticosteroides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um
índice de massa corporal aumentado, entre outros, podem ser alguns dos inúmeros
fatores de risco para o desenvolvimento desta doença. Os sinais de osteonecrose são
rigidez, mal-estar e dores nas articulações (especialmente na anca, joelho e ombro) e
dificuldade de movimentos. Por favor informe o seu médico se notar qualquer um
destes sintomas.
lactentes com menos de 3 meses: a experiência da utilização de Videx neste grupo
etário é limitada.
interações: não se recomenda a administração de Videx em associação com disoproxil
fumarato de tenofovir, hidroxiureia, inibidores da xantina oxidase (por exemplo,
alopurinol) ou ribavirina. Tal poderá aumentar o risco de efeitos secundários.
não pare de tomar Videx sem indicação do seu médico porque a sua infeção pelo VIH
poderá agravar-se após a interrupção do tratamento.
Outros medicamentos e Videx
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos. É particularmente importante
informar o seu médico se já estiver a ser tratado com ganciclovir ou valganciclovir.
Tomar estes medicamentos com Videx pode aumentar o risco de efeitos secundários.
Não é recomendado tomar Videx com disoproxil fumarato de tenofovir, hidroxiureia,
inibidores da xantina oxidase (por exemplo, alopurinol) ou ribavirina.
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Tomar Videx em associação com medicamentos que se sabe que causam neuropatia
periférica ou pancreatite pode aumentar o risco destas toxicidades. Se tomar estes
medicamentos o seu estado de saúde necessitará de ser cuidadosamente monitorizado.
Os medicamentos cuja absorção é influenciada pela acidez estomacal (por exemplo,
itroconazol, cetoconazol) têm de ser tomados, pelo menos, 2 horas antes de tomar
Videx comprimidos.
Não tomar tetraciclinas e antibióticos do grupo das quinolonas até 2 horas após ter
tomado Videx comprimidos.
Videx com alimentos e bebidas
Videx não é bem absorvido se houver comida no estômago. Consequentemente, tome o
Videx pelo menos, 30 minutos antes de uma refeição.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, peça ao seu médico para a
informar dos benefícios e riscos da sua terapia antirretroviral, para si e para a criança.
Não se sabe se é seguro utilizar Videx durante a gravidez.
A associação de didanosina e de estavudina na mulher grávida aumenta o risco de
acidose láctica.
O aleitamento não é recomendado durante o tratamento com Videx. Informe o seu
médico se estiver a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram observados efeitos de Videx na capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Videx comprimidos contêm fenilalanina (proveniente do aspartamo) e sorbitol
Videx comprimidos contém uma fonte de fenilalanina. Pode ser prejudicial em
indivíduos com fenilcetonúria.
Videx comprimidos contém sorbitol. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Videx
Tome sempre este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com
o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Os adultos têm de mastigar bem os comprimidos ou dispersá-los em, pelo menos, 30 ml
de água antes de ingerir. Para dispersar os comprimidos, colocá-los na água e agitar até
se formar uma mistura uniforme e ingerir imediatamente. Se for necessário melhorar o
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sabor, podem ser adicionados 30 ml de sumo de maçã à mistura de Videx com água.
Videx tem de ser administrado, pelo menos 30 minutos antes de uma refeição.
Que quantidade tomar
Nem todos os doentes precisam da mesma dose de Videx. A dose habitual para adultos
baseia-se no peso corporal e é tomada uma vez ao dia ou dividida em duas tomas com
um intervalo de aproximadamente 12 horas, tal como descrito abaixo. De cada vez que
toma uma dose, tem de tomar, pelo menos, dois comprimidos de Videx, mas nunca
mais de 4.
O seu peso corporal
Dose diária total
Inferior a 60kg
250 mg, uma vez ao dia ou em duas doses de 125 mg (tomadas
com um intervalo de aproximadamente 12 horas).
Igual ou superior a
60kg
400 mg, uma vez ao dia ou em duas doses de 200 mg (tomadas
com um intervalo de aproximadamente 12 horas).
Dependendo dos efeitos secundários que possa desenvolver e das doenças que tenha no
início do tratamento (por exemplo, pancreatite, disfunção renal), o seu médico poderá
prescrever uma dose diferente.
Utilização em crianças
A dose para as crianças será baseada na área da superfície corporal, que será calculada
pelo médico. A dose habitual é entre 120 e 360 mg por dia, tomada como dose única,
uma vez por dia, ou dividida em duas doses com um intervalo de aproximadamente 12
horas. Cada dose tem de ser tomada com pelo menos dois comprimidos mas nunca mais
de quatro para as crianças de idade superior a 1 ano e como um comprimido apenas
para as crianças de idade inferior a 1 ano. Videx comprimidos não é recomendado para
lactentes com menos de 3 meses.
As crianças (com idade igual ou superior a um ano) têm de mastigar bem os
comprimidos ou dispersar os comprimidos com pelo menos 30 ml de água antes de os
tomar. Para dispersar os comprimidos, agite os comprimidos em água até se formar uma
mistura uniforme e beba de imediato. Podem ser adicionados 30 ml de sumo de maçã à
mistura de Videx com água caso pretenda um sabor adicional. As crianças de idade
inferior a um ano, que tomam uma dose de um comprimido, podem mastigar ou então
dispersar o comprimido em 15 ml de água. Podem ser adicionados quinze ml de sumo
de maçã à mistura de Videx com água para melhorar o sabor. O Videx deve ser
administrado pelo menos 30 minutos antes de uma refeição.
Se tomar mais Videx do que deveria
Se tiver tomado mais Videx do que o prescrito pelo médico, ou se alguém,
acidentalmente tomar Videx, contacte, de imediato, o seu médico ou o hospital mais
próximo.
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Caso se tenha esquecido de tomar Videx
É importante que tome todas as doses. Se não tomou uma dose de Videx, tome-a logo
que possível, mas, pelo menos, 30 minutos antes de uma refeição e depois tome a dose
seguinte à hora prevista. No entanto, se está quase na hora da dose seguinte, não tome a
dose em falta, mas espere e tome a dose seguinte à hora prevista. Não tome uma dose a
dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Videx
Não pare de tomar Videx antes de falar com o seu médico. Isto é muito importante
porque a quantidade de vírus pode começar a aumentar se o medicamento for
interrompido mesmo que seja por pouco tempo. O vírus pode então tornar-se mais
difícil de tratar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico.
4. Efeitos secundários possiveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Contacte imediatamente o seu médico se sentir dor de estômago ou dor abdominal. Tal
poderá dever-se a inflamação do pâncreas o que se poderá tornar potencialmente fatal
se não for tratado (ver Advertências e precauções).
Informe o seu médico se notar alguns dos efeitos secundários seguintes:
Efeitos secundários muito frequentes (é provável que afetem mais do que 1 em cada 10
doentes)
Problemas digestivos: diarreia
Efeitos secundários frequentes (é provável que afetem entre 1 a 10 em cada
100 doentes)
Problemas de fígado: hepatite (inflamação do fígado)
Sistema nervoso: sintomas neurológicos periféricos (entorpecimento, fraqueza,
formigueiro ou dor nos braços e pernas), dor de cabeça
Problemas digestivos: náuseas, vómitos, dor abdominal, flatulência (gases), boca seca
Pele: erupção na pele
Gerais: cansaço ou fraqueza não habituais, arrepios e febre, dor
Doenças dos órgãos genitais e da mama: aumento mamário nos indivíduos do sexo
masculino
Doenças do metabolismo e da nutrição: anorexia
Músculos e ossos: dor nos músculos, dor nas articulações
Os exames podem mostrar: níveis de ácido úrico aumentados, bilirrubina aumentada,
aumento ou níveis anormais de outras enzimas, incluindo enzimas do fígado no sangue
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Efeitos secundários pouco frequentes (é provável que afetem entre 1 a 10 em cada
1.000 doentes)
Problemas digestivos: pancreatite
Problemas hepáticos: excesso de gordura no fígado, insuficiência hepática
Metabolismo e nutrição: acidose lática (excesso de ácido lático no sangue), diabetes
(início ou agravamento), níveis sanguíneos de açúcar aumentados ou diminuídos
Sangue: contagem de glóbulos vermelhos baixa, contagem de plaquetas baixa, poucos
glóbulos vermelhos
Músculos e ossos: sensibilidade ou fraqueza muscular, paralisia ou fraqueza temporária
dos músculos incluindo doença renal e hemodiálise
Olhos: secura ocular, alterações na cor da retina, doença nos nervos dos olhos, causando
cegueira
Infeções: feridas nas glândulas salivares
Sistema imunitário: reação alérgica súbita potencialmente fatal
Pele: alopécia (perda de cabelo não habitual ou enfraquecimento)
Efeitos secundários raros (é provável que afetem menos entre 1 a 10 em cada
10.000 doentes)
Problemas hepáticos: hipertensão portal (pressão arterial elevada na veia porta do
fígado)
Músculos e ossos: doenças nos músculos
Problemas digestivos: aumento da glândula parótida
Em alguns doentes a tomar terapêutica antirretroviral foram observadas alterações na
gordura corporal. Estas alterações incluem aumento da quantidade de gordura na região
superior das costas e pescoço ("nuca de búfalo"), seios e à volta do abdómen
("barriga"). Poderá também ocorrer perda de gordura das pernas, braços e face.
Atualmente não se conhecem as causas e efeitos a longo prazo destes problemas.
Podem também ocorrer níveis de açúcar e triglicéridos elevados e resistência à insulina.
Os efeitos secundários em doentes pediátricos são semelhantes aos observados nos
adultos. Foram notificadas mais alterações nas contagens celulares com a associação
com zidovudina. Foram notificadas alterações na retina ou nervo ótico num número
pequeno de doentes pediátricos, geralmente com doses superiores às atualmente
recomendadas. O seu médico pode decidir realizar exames à retina (olho).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações
sobre a segurança deste medicamento.
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INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Videx
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no frasco ou
embalagem exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não conservar os comprimidos de Videx acima de 30ºC. Manter o frasco bem fechado
para proteger da humidade.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Videx
A substância ativa é a didanosina. Cada comprimido contém 100 mg de didanosina.
Os outros componentes são: carbonato de cálcio, hidróxido de magnésio, aspartamo,
sorbitol, celulose microcristalina, crospovidona, aroma de laranja-tangerina (tangerine
oil, mandarin oil, goma arábica, alfa-tocoferol, sílica coloidal) e estearato de magnésio.
Qual o aspeto de Videx e conteúdo da embalagem
Os comprimidos dispersíveis ou para mastigar são brancos, com a impressão "100" num
lado e "VIDEX" no outro lado.
Videx 100 mg comprimidos dispersíveis ou para mastigar é fornecido em frascos com
fecho resistente à abertura por crianças contendo 60 comprimidos dispersíveis ou para
mastigar.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Portuguesa S.A.
Rua Fonte Caspolima, Edifício Fernão de Magalhães, Quinta da Fonte
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2774-523 Paço de Arcos
Fabricante
Bristol-Myers Squibb, S.r.l.
Contrada Fontana del Ceraso
03012 Anagni-Frosinone
Itália
Este folheto foi revisto pela última vez em:
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Videx 100 mg comprimido dispersível ou para mastigar
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido dispersível ou para mastigar contém 100 mg de didanosina.
Excipientes com efeito conhecido: Cada comprimido contém 316 mg de sorbitol e 36,5
mg de fenilalanina (proveniente do aspartamo).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido dispersível ou para mastigar
Comprimido branco, com impressão “100” num lado e “VIDEX” no outro lado.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Videx está indicado em associação com outros fármacos antirretrovirais para o
tratamento de doentes infetados pelo VIH-1, apenas quando outros antirretrovirais não
podem ser utilizados.
4.2 Posologia e modo de administração
Videx deve ser administrado pelo menos 30 minutos antes da refeição uma vez que a
absorção da didanosina é reduzida em presença de alimentos (ver secção 5.2).
Posologia
As diferentes dosagens dos comprimidos de Videx são administradas em regime de uma
vez por dia ou de duas vezes por dia de estômago vazio (ver secção 5.1). Para o regime
de duas vezes ao dia, o intervalo entre as doses é de 12 horas. Em cada dose o doente
tem de tomar pelo menos 2 comprimidos (mas não mais de 4) para receber a quantidade
suficiente de antiácido e evitar a degradação da didanosina em meio ácido.
A dose diária total recomendada depende do peso corporal do doente (kg):
NORMAS POSOLÓGICAS PARA ADULTOS
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Peso do doente
Duas vezes ao dia (*)
(dose, mg)
Uma vez ao dia (**)
(dose, mg)
Pelo menos 60 kg
Menos de 60 kg
(*) Para assegurar que o doente recebe a quantidade suficiente de antiácido, em cada
toma deve administrar-se no mínimo 2 comprimidos (mas não mais de 4) (por exemplo,
para a dose de 200 mg duas vezes ao dia deve administrar-se dois comprimidos de 100
mg duas vezes ao dia, com 12 horas de intervalo entre as tomas).
(**) Para assegurar que o doente recebe a quantidade suficiente de antiácido, em cada
toma deve administrar-se no mínimo 2 comprimidos (mas não mais de 4) (por exemplo,
para a dose de 400 mg uma vez ao dia deve administrar-se numa toma dois
comprimidos de 150 mg e um comprimidos de 100 mg; para um regime posológico de
250 mg uma vez ao dia pode administrar-se um comprimido de 100 mg e um 1
comprimido de 150 mg (ver secção 5.1).
Populações especiais
População idosa: uma vez que os doentes idosos têm maior probabilidade de ter a
função renal diminuída, a seleção da dose deverá ser feita com precaução.
Adicionalmente, a função renal deverá ser monitorizada e efetuados os ajustes
posológicos adequados (ver tabela em baixo).
Disfunção renal: recomendam-se os seguintes ajustes posológicos:
Dose diária total
Peso do doente
Pelo
menos 60 kg
(dose, mg*)
Menos de 60 kg
(dose, mg*)
Depuração da
creatinina
(ml/min)
Duas
vezes
ao dia
vez ao
Duas
vezes
ao dia
vez ao
³ 60
30-59
10-29
< 10
(**)
(**)
(**)
(**)
(*) Para assegurar que o doente recebe a quantidade suficiente de antiácido, em cada
toma deve administrar-se no mínimo 2 comprimidos (por exemplo, para a dose diária
total de 400 mg uma vez ao dia, deve administrar-se 2 comprimidos de 150 mg e 1
comprimido de 100 mg; para a dose de 200 mg duas vezes ao dia pode administrar-se
dois comprimidos de 100 mg com 12 horas de intervalo entre as tomas).
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(**) Estes doentes apenas recebem uma toma por dia.
A dose deve ser administrada de preferência depois da sessão de diálise (ver secção
4.4); contudo, não é necessário administrar uma dose suplementar de Videx após a
hemodiálise.
Doentes pediátricos: como a excreção urinária é a principal via de eliminação da
didanosina nos doentes pediátricos, a depuração da didanosina pode estar alterada nos
doentes pediátricoscom disfunção renal. Os dados existentes sobre esta população de
doentes são insuficientes para recomendar um ajuste posológico específico do Videx,
no entanto, tem de ser considerada a redução da dose e/ou o aumento do intervalo entre
as mesmas.
Disfunção hepática: não é necessário ajuste posológico em doentes com disfunção
hepática (ver secção 5.2).
População pediátrica
A dose diária recomendada com base na área de superfície corporal é de 240 mg/m2/dia
num esquema de administração de uma ou de duas vezes ao dia.
NORMAS POSOLÓGICAS PARA CRIANÇAS
Superfície
corporal
(m2)
Dose diária
total
(mg/dia)
Duas vezes ao
(comprimidos,
Uma vez ao
(comprimidos,
50 + 25
100 + 25
100 + 25
100 + 150
240 mg/m2/dia
150 + 25
150 + 150 +
Lactentes com menos de 3 meses: a experiência clínica existente é insuficiente para
permitir recomendar um regime posológico.
Modo de administração
Adultos: Em cada administração os doentes têm de tomar no mínimo dois comprimidos
para garantir a ingestão de uma quantidade suficiente de antiácido, necessária para
evitar a degradação ácida da didanosina. Os comprimidos têm de ser bem mastigados
ou dispersos em pelo menos 30 ml de água, antes da ingestão. Para dispersar os
comprimidos, deve agitar até obter uma dispersão uniforme e beber todo o conteúdo, de
imediato. Se for necessário melhorar o sabor, a solução pode ser diluída com 30 ml de
sumo de maçã. Agitar a dispersão resultante imediatamente antes de ingerir.
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Doentes pediátricos:Doentes pediátricos de idade superior a 1 ano têm de receber uma
dose de 2 comprimidos e as crianças de idade inferior a 1 ano têm de receber uma dose
de 1 comprimido. Os comprimidos, antes de serem tomados, têm de ser mastigados ou
dispersos em água, tal como acima descrito. Quando for necessária a dose de um
comprimido, o volume de água para a dispersão é 15 ml. Podem ser adicionados à
dispersão quinze ml de sumo de maçã como aromatizante. Agitar a dispersão resultante
imediatamente antes de ingerir.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Embora uma supressão vírica eficaz com terapêutica antirretroviral tenha provado
reduzir substancialmente o risco de transmissão sexual, não pode ser excluída a
existência de um risco residual. Para prevenir a transmissão devem ser tomadas
precauções de acordo com as orientações nacionais.
A pancreatite é uma complicação grave reconhecida entre os doentes infetados com o
VIH. Foi também associada com a terapêutica com didanosina, tendo sido fatal nalguns
casos. A didanosina deve ser usada com extrema precaução nos doentes com
antecedentes de pancreatite. Verificou-se uma relação positiva entre a dose diária de
didanosina e o risco de pancreatite.
Sempre que as condições clínicas o justifiquem, a didanosina deve ser suspensa até que
se exclua um diagnóstico de pancreatite por meios laboratoriais ou por técnicas de
imagem adequadas. Igualmente, se se tornar necessário o tratamento com outros
medicamentos que se conhecem como causadores de toxicidade pancreática (p. e.
pentamidina), a didanosina deve ser suspensa, sempre que possível. Se for inevitável
uma terapêutica concomitante recomenda-se uma rigorosa vigilância clínica. Deve
considerar-se a suspensão da terapêutica se os marcadores bioquímicos da pancreatite
aumentarem significativamente, mesmo na ausência de sintomas. Os aumentos
significativos dos triglicéridos são uma causa conhecida de pancreatite e requerem
vigilância rigorosa.
Acidose lática: com a utilização de análogos nucleosídeos foi notificada acidose láctica,
normalmente associada com hepatomegalia e esteatose hepática. Os sintomas iniciais
(hiperlactatemia sintomática) incluem sintomas digestivos benignos (náuseas, vómitos e
dor abdominal), mal-estar não específico, perda de apetite, perda de peso, sintomas
respiratórios (respiração rápida e/ou profunda) ou sintomas neurológicos (incluindo
fraqueza motora). A acidose láctica possui uma mortalidade elevada e pode estar
associada a pancreatite, insuficiência hepática ou insuficiência renal.
A acidose láctica habitualmente ocorreu após alguns ou vários meses de tratamento.
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O tratamento com análogos dos nucleosídeos deve ser interrompido caso surjam
hiperlactatemia sintomática e acidose láctica/metabólica, hepatomegalia progressiva ou
aumento rápido dos níveis de aminotransferases. Deverá ter-se precaução quando se
administrar análogos dos nucleosidos a qualquer doente (particularmente mulheres
obesas) com hepatomegalia, hepatite ou outros fatores de risco conhecidos de doença
hepática e esteatose hepática (incluindo certos medicamentos e álcool). Os doentes
coinfetados com hepatite C e em tratamento com interferão alfa e ribavirina podem
constituir um risco especial.
Os doentes em maior risco devem ser cuidadosamente seguidos (ver também secção
4.6).
Doença hepática: a insuficiência hepática de etiologia desconhecida tem ocorrido,
raramente, em doentes medicados com didanosina. Os doentes devem ser vigiados em
relação ao aumento das enzimas hepáticas, devendo a didanosina ser suspensa no caso
de as enzimas aumentarem para mais de 5 vezes o limite normal superior. A
reinstituição da terapêutica apenas deve ser considerada se os benefícios esperados
claramente ultrapassarem os potenciais riscos.
A segurança e a eficácia da didanosina não foram estabelecidas em doentes com
afeções hepáticas significativas subjacentes. Os doentes com hepatite B ou C crónica e
tratados com terapêutica antirretroviral combinada estão em risco aumentado de
acontecimentos adversos hepáticos graves e potencialmente fatais. Em caso de
terapêutica antivírica para a hepatite B ou C concomitante, deve consultar-se a
informação relevante destes medicamentos.
Os doentes com disfunção hepática pré-existente, incluindo hepatite ativa crónica,
durante a terapêutica antirretroviral combinada têm um aumento na frequência de
alterações da função hepatica e devem ser monitorizados de acordo com a prática
instituída. Se houver evidência de agravamento da doença hepática nestes doentes, tem
de ser considerada a interrupção ou descontinuação do tratamento.
Hipertensão portal não-cirrótica: têm sido reportados casos de hipertensão portal não-
cirrótica no período pós-comercialização, incluindo casos que originaram transplante
hepático ou morte. Em doentes sem evidência de hepatite vírica foram confirmados
casos de hipertensão portal não-cirrótica associados à didadosina através de biópsia
hepática. O início dos sinais e sintomas variou de meses a anos após o início do
tratamento com didanosina. As manifestações clínicas frequentes incluem enzimas
hepáticas aumentadas, varizes esofágicas, hematemese, ascite e esplenomegalia.
Os doentes a receber didanosina devem ser monitorizados para os primeiros sinais de
hipertensão portal (p. e., trombocitopenia e esplenomegalia) durante as visitas médicas
de rotina. Devem ser considerados os exames laboratoriais apropriados, incluindo,
enzimas hepáticas, bilirrubina sérica, albumina, hemograma completo, relação
normalizada internacional (INR) e ultrassonografia. A didanosina deve ser interrompida
em doentes com evidência de hipertensão portal não-cirrótica.
APROVADO EM
13-06-2014
INFARMED
Neuropatia periférica: os doentes medicados com didanosina podem desenvolver
neuropatia periférica tóxica, em geral caracterizada por entorpecimento distal simétrico
bilateral, formigueiro, dores nos pés e com menor frequência nas mãos. Se se
desenvolverem sintomas de neuropatia periférica os doentes devem ser mudados para
um regime de tratamento alternativo.
Alterações na retina ou no nervo ótico: os doentes medicados com didanosina
apresentaram raramente lesões na retina ou no nervo ótico, sobretudo com doses
superiores às usualmente recomendadas. Deve ser considerado, anualmente, um exame
oftalmológico que inclua acuidade visual, visão cromática e um exame ao fundo do
olho dilatado, bem como no caso da ocorrência de alterações visuais em doentes
medicados com didanosina.
Síndrome de Reativação Imunológica: em doentes infetados pelo VIH com deficiência
imunitária grave à data da instituição da terapêutica antirretroviral combinada (TARC),
pode ocorrer uma reação inflamatória a patogénios oportunistas assintomáticos ou
residuais e causar várias situações clínicas graves, ou o agravamento dos sintomas.
Tipicamente, estas reações foram observadas durante as primeiras semanas ou meses
após início da TARC. São exemplos relevantes a retinite por citomegalovírus, as
infeções micobacterianas generalizadas e/ou focais e a pneumonia por Pneumocystis
jiroveci (antigamente conhecido como Pneumocystis carinii). Qualquer sintoma de
inflamação deve ser avaliado e, quando necessário, instituído o tratamento. Doenças
autoimunes (tal como a Doença de Graves), também têm sido notificadas como tendo
ocorrido no contexto de reativação imunitária; no entanto, o tempo de início descrito é
mais variável e estes acontecimentos podem ocorrer muitos meses após o início do
tratamento.
Lipodistrofia e distúrbios metabólicos: a terapêutica antirretroviral combinada tem sido
associada à redistribuição da gordura corporal (lipodistrofia) em doentes infetados por
VIH. Atualmente desconhecem-se as consequências a longo prazo destes
acontecimentos. O conhecimento sobre o mecanismo é incompleto. Foi colocada a
hipótese de existir uma relação entre a lipomatose visceral e os inibidores da protease e
a lipoatrofia e os NITR. Um risco aumentado de lipodistrofia tem sido associado a
fatores individuais, tais como idade avançada, e a fatores relacionados com o fármaco,
tais como a maior duração do tratamento antirretroviral e distúrbios metabólicos
associados. O exame clínico deve incluir a avaliação de sinais físicos de redistribuição
da gordura. Deve ter-se em consideração a determinação dos lípidos séricos e da
glicemia em jejum. Os distúrbios lipídicos devem ser tratados de modo clinicamente
apropriado (ver secção 4.8).
Osteonecrose: apesar da etiologia ser considerada multifatorial (incluindo a utilização
de corticosteroides, o consumo de álcool, a imunossupressão grave, um índice de massa
corporal aumentado) foram notificados casos de osteonecrose, particularmente em
doentes com doença por VIH avançada e/ou exposição prolongada a terapêutica
antirretroviral combinada (TARC). Os doentes devem ser instruídos a procurar
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aconselhamento médico caso sintam mal-estar e dor articular, rigidez articular ou
dificuldade de movimentos.
Infeções oportunistas: os doentes medicados com didanosina ou com outros
antirretrovirais podem continuar a desenvolver infeções oportunistas e outras
complicações devidas à infeção pelo VIH ou devidas à terapêutica, pelo que devem ser
mantidos sob vigilância clínica por médicos experientes no tratamento de doenças
associadas ao VIH.
Interação com outros medicamentos:
Tenofovir: a administração concomitante de tenofovir disoproxil fumarato e didanosina
resulta num aumento de 40 - 60% da exposição sistémica à didanosina, o que poderá
aumentar o risco de acontecimentos adversos relacionados com a didanosina (ver
secção 4.5). Têm sido notificados casos raros, ocasionalmente fatais, de pancreatite e
acidose láctica.
Foi testada uma dose reduzida de didanosina (250 mg), para evitar a sobre-exposição à
didanosina no caso da administração concomitante com disoproxil fumarato de
tenofovir, mas tal foi associado a relatos de taxa elevada de falência virológica e
aparecimento de resistência na fase inicial com as várias associações testadas.
Consequentemente, a administração concomitante de disoproxil fumarato de tenofovir e
didanosina não é recomendada, especialmente em doentes com carga viral elevada e
contagem de células CD4 baixa. A administração concomitante de disoproxil fumarato
de tenofovir e didanosina numa dose diária de 400 mg foi associada a uma diminuição
significativa na contagem de células CD4, possivelmente devido a uma interação
intracelular que aumenta a didanosina fosforilada (i.e. ativa). Se esta associação for
considerada absolutamente necessária, os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados no que se refere à eficácia e ocorrência de acontecimentos adversos
relacionados com a didanosina.
Ganciclovir e valganciclovir: a administração concomitante de didanosina com
ganciclovir ou valganciclovir pode resultar em toxicidade associada à didanosina. Os
doentes devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secção 4.5).
Associações não recomendadas:
Em doentes infetados pelo VIH a receber didanosina em associação com hidroxiureia e
estavudina foram relatadas pancreatite (fatal e não fatal) e neuropatia periférica (grave
em alguns casos). Durante os estudos de observação após comercialização em doentes
infetados pelo VIH tratados com fármacos antirretrovirais e hidroxiureia foram
relatadas hepatotoxicidade e insuficiência hepática com desfecho fatal; os
acontecimentos hepáticos fatais foram notificados mais frequentemente em doentes
tratados com estavudina, hidroxiureia e didanosina. Consequentemente, esta associação
tem de ser evitada.
Alopurinol: a administração concomitante de didadosina e alopurinol resulta no
aumento da exposição sistémica à didanosina, o que pode resultar em toxicidade
associada à didanosina. Consequentemente, não é recomendada a administração
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concomitante de alopurinol e didanosina. Os doentes tratados com didanosina, que
necessitem da administração de alopurinol, devem ser mudados para um regime de
tratamento alternativo (ver secção 4.5).
Não é recomendada a administração concomitante de ribavirina e didanosina devido ao
risco aumentado de acontecimentos adversos, em particular de toxicidade mitocondrial
(ver secção 4.5).
Terapêutica tripla com nucleosídeos: têm havido relatos de taxa elevada de falência
virológica e aparecimento de resistência na fase inicial quando a didanosina foi
associada a disoproxil fumarato de tenofovir e lamivudina num regime de toma única
diária.
Doentes com fenilcetonúria: os comprimidos de Videx contêm fenilalanina
(proveniente do aspartamo), pelo que o uso de Videx em doentes com fenilcetonúria
apenas se deve fazer se claramente indicado.
Sorbitol: Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose não devem
tomar este medicamento.
População pediátrica
Lactentes com menos de 3 meses: a experiência clínica existente é insuficiente para
permitir recomendar um regime posológico.
Disfunção mitocondrial: os análogos nucleosídeos e nucleótidos demonstraram causar,
in vitro e in vivo, lesões mitocondriais de grau variável. Existem notificações de
disfunção mitocondrial em lactentes VIH negativos, expostos in utero e/ou após o
nascimento a análogos nucleosídeos. Os principais acontecimentos adversos notificados
são afeções hematológicas (anemia, neutropenia), distúrbios metabólicos
(hiperlactatemia, hiperlipasemia). Estes acontecimentos são geralmente transitórios.
Foram notificadas algumas afeções neurológicas de início tardio (hipertonia,
convulsões, comportamento anormal). Desconhece-se, até ao momento, se as afeções
neurológicas são transitórias ou permanentes. Qualquer criança exposta in utero a
análogos nucleosídeos e nucleótidos, mesmo as crianças VIH negativas, deverá ter
seguimento clínico e laboratorial e, em caso de sinais ou sintomas relevantes, deve ser
investigada quanto à possibilidade de disfunção mitocondrial. Estes resultados não
alteram as recomendações atuais quanto à utilização de terapêutica antirretroviral em
mulheres grávidas para prevenir a transmissão vertical do VIH.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Com base nos resultados obtidos de um estudo com o cetoconazol, recomenda-se que os
medicamentos que podem ser afetados pela acidez do estômago (p. e. derivados azóis
orais, como itraconazol) sejam administrados pelo menos 2 horas antes da didanosina
(ver tabela 1).
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A administração concomitante da didanosina com medicamentos que causam
neuropatia periférica ou pancreatite pode aumentar o risco destas toxicidades, pelo que
os doentes em terapêutica com estes medicamentos devem ser cuidadosamente
vigiados.
Uso concomitante não recomendado
Ribavirina: A ribavirina, com base em dados in vitro, aumenta os níveis intracelulares
de didanosina trifosfatada. Foram notificadas insuficiência hepática fatal, bem como
neuropatia periférica, pancreatite e hiperlactacidemia/ acidose láctica sintomática nos
doentes a receber didanosina e ribavirina com ou sem estavudina. Não é recomendada a
administração concomitante de ribavirina e didanosina (ver secção 4.4).
Antibióticos: Tal como ocorre com outros produtos que contêm na formulação um
antiácido com magnésio e/ou alumínio, os comprimidos de Videx não devem ser
administrados com antibióticos do grupo das tetraciclinas. Igualmente, as concentrações
plasmáticas de alguns antibióticos do grupo das quinolonas (por exemplo, a
ciprofloxacina) diminuem com a administração de antiácidos presentes na formulação
ou administrados com o Videx (ver tabela 1). Recomenda-se que os medicamentos que
podem interagir com os antiácidos não sejam administrados nas duas horas seguintes à
ingestão dos comprimidos de Videx.
Tenofovir: A administração concomitante de disoproxil fumarato de tenofovir e
didanosina não é recomendada (ver Tabela 1 e secção 4.4).
Alopurinol: Não é recomendada a administração concomitante do alopurinol (inibidor
da xantina oxidase) com a didanosina. Os doentes tratados com didanosina, que
necessitem da administração de alopurinol, devem ser mudados para um regime de
tratamento alternativo (ver Tabela 1 e secção 4.4). A xantina oxidase é uma enzima
envolvida no metabolismo da didanosina. Outros inibidores da xantina oxidase podem
aumentar a exposição à didanosina quando administrados concomitantemente e,
consequentemente, aumentam o potencial para efeitos indesejáveis associados à
didanosina. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados quanto a efeitos
indesejáveis relacionados com a didanosina (ver secção 4.8).
Outras interações
Interações entre didanosina e fármacos antirretrovirais ou medicamentos não-
antirretrovirais estão apresentadas abaixo na tabela 1 (aumento está indicado como “
”,
diminuição está indicada como “
”, sem alteração como “
”).Salvo se indicado em
contrário, os estudos foram conduzidos em doentes infetados pelo VIH.
Tabela 1: Interações entre didanosina e outros medicamentos
Medicamento por áreas
terapêuticas
(dose em mg)
Efeitos nos níveis de
fármaco
Percentagem média de
alteração de AUC, Cmax
Recomendação relativa à
administração
concomitante com
didanosina
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Medicamento por áreas
terapêuticas
(dose em mg)
Efeitos nos níveis de
fármaco
Percentagem média de
alteração de AUC, Cmax
Recomendação relativa à
administração
concomitante com
didanosina
ANTI-INFECIOSOS
Antirretrovirais
Inibidores da transcriptase reversa não-Nucleósideos/nucleótidos (NNRTIs)
Etravirina/ Comprimido
tamponado de Didanosina
(200 mg duas vezes por dia
/ 400 mg dose única)
Didanosina:
AUC:
Cmax:
Etravirina:
AUC:
Cmax:
Não é necessário um ajuste
posológico para nenhum
dos medicamentos.
Inibidores da transcriptase reversa Nucleosídeos/nucleótidos (NRTIs)
Estavudina / Comprimido
tamponado de Didanosina
(40 mg a cada 12 horas
durante 4 dias / 100 mg a
cada 12 horas durante 4
dias)
Didanosina:
AUC:
Cmax:
Estavudina:
AUC:
Cmax:
Não é necessário um ajuste
posológico para nenhum
dos medicamentos.
Disoproxil fumarato de
tenofovir
A administração
concomitante de disoproxil
fumarato de tenofovir e
didanosina resulta num
aumento de 40-60% de
exposição sistémica à
didanosina o que poderá
aumentar o risco de reações
adversas relacionadas com
didanosina. Têm sido
notificados casos raros,
ocasionalmente fatais, de
pancreatite e acidose
láctica. A administração
concomitante de disoproxil
fumarato de tenofovir e
didanosina numa dose de
400 mg por dia foi
associada com a diminuição
significativa na contagem
de células CD4,
possivelmente devido a uma
Não é recomendada a
administração
concomitante de
didanosina e disoproxil
fumarato de tenofovir.