Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
27-08-2018
27-08-2018
APROVADO EM
27-08-2018
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Tramadol + Paracetamol Aurovitas 37,5 mg+325 mg comprimidos revestidos por
película
Cloridrato de tramadol
Paracetamol
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Tramadol + Paracetamol Aurovitas e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
3. Como tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Tramadol + Paracetamol Aurovitas e para que é utilizado
Tramadol + Paracetamol Aurovitas é utilizado para o tratamento da dor moderada a
grave.
seu médico
receitar-lhe
este medicamento se
decidir
que uma
associação de cloridrato de tramadol e paracetamol é recomendada.
Tramadol + Paracetamol Aurovitas só deve ser tomado por adultos e adolescentes
com mais de 12 anos de idade.
2. O que precisa de saber antes de tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
Não tome Tramadol + Paracetamol Aurovitas
se tem alergia ao tramadol, paracetamol ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6)
no caso de intoxicação alcoólica aguda
toma
comprimidos
para
dormir,
comprimidos
para
alívio
medicamentos que afetam os estados de humor e as emoções
se está também a tomar medicamentos chamados inibidores da monoamina oxidase
(IMAO) ou no espaço de duas semanas depois de ter parado o tratamento. Os IMAO
são utilizados no tratamento da depressão ou doença de Parkinson.
se sofre de uma doença grave do fígado
se sofre de epilepsia não adequadamente controlada pelo seu medicamento atual.
Advertências e precauções
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Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Tramadol + Paracetamol
Aurovitas:
se sofre de problemas graves nos rins. Neste caso, a utilização de Tramadol +
Paracetamol
Aurovitas
não
recomendada.
casos
problemas
renais
moderados, o intervalo entre as doses deve ser aumentado para 12 horas.
se sofre de problemas ou doença no fígado, dado que os seus olhos e pele podem
adquirir uma tonalidade amarela, o que pode ser sugestivo de icterícia
se tem dificuldades graves em respirar, por exemplo, asma ou problemas graves nos
pulmões
se é dependente de qualquer medicamento (por exemplo, morfina)
se sofreu recentemente de um traumatismo craniano, choque ou dores de cabeças
fortes associadas a vómitos (enjoos)
se sofre de epilepsia ou já teve crises ou convulsões
se está num estado de consciência reduzido por motivos desconhecidos.
Em todos os casos acima descritos, este medicamento só deve ser utilizado com
precaução.
O tramadol não deve ser tomado como terapêutica de substituição nos doentes
dependentes de opiáceos, dado que não suprime os sintomas de abstinência da
morfina.
tramadol
pode
causar
convulsões
mesmo
doses
recomendadas.
conseguinte, os doentes epiléticos controlados por um tratamento ou os doentes
suscetíveis
crises
convulsões
não
devem
tratados
Tramadol
+Paracetamol Aurovitas, exceto se for absolutamente necessário.
O uso prolongado e frequente de medicamentos para o alívio da dor, como o
tramadol, pode provocar o desenvolvimento de dores de cabeça mais graves ou mais
frequentes. Se isso acontecer, não deve aumentar a dose do medicamento para o
alívio da dor, mas sim contactar o seu médico para aconselhamento.
Crianças
O tratamento com Tramadol + Paracetamol Aurovitas não é recomendado em
crianças com menos de 12 anos de idade. Não foi estabelecida a eficácia e segurança
de utilização em crianças.
Abuso
Em doses terapêuticas, o tramadol pode causar sintomas de abstinência. Raramente,
foram notificados casos de dependência e abuso.
Cirurgia
A utilização do tramadol com os anestésicos enflurano e óxido nitroso durante a
anestesia geral pode reforçar o despertar intraoperatório. Até serem disponibilizadas
informações adicionais, é de evitar a utilização do tramadol durante fases superficiais
de anestesia.
Outros medicamentos e Tramadol + Paracetamol Aurovitas
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
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Tramadol + Paracetamol Aurovitas não deve ser utilizado em associação com:
inibidores da MAO (utilizados no tratamento da depressão ou doença de Parkinson),
dado que existe o risco de ocorrência de síndrome serotoninérgica. Os sintomas da
síndrome serotoninérgica incluem
diarreia,
aumento
batimentos
cardíacos,
sudação, tremores, confusão e até coma. No caso de um tratamento recente com
inibidores da MAO, deve respeitar um intervalo de duas semanas antes de iniciar o
tratamento com o tramadol.
Tramadol + Paracetamol Aurovitas não deve ser tomado em associação com:
Carbamazepina (um medicamento utilizado para o tratamento da epilepsia ou alguns
tipos de dor). Se tomar estes medicamentos em simultâneo, a eficácia e a duração
do efeito do tramadol serão reduzidas.
Analgésicos (buprenorfina, nalbufina, pentazocina). Se tomar estes medicamentos
em simultâneo, o efeito de alívio da dor proporcionado por Tramadol + Paracetamol
Aurovitas diminui, com o risco de ocorrência de síndrome de abstinência.
Além disso, Tramadol + Paracetamol Aurovitas não deve ser tomado em associação
com:
Medicamentos serotoninérgicos, tais como inibidores seletivos de recaptação da
serotonina (ISRS, utilizados para tratar depressões) e triptanos (utilizados para as
dores de cabeça). Se tomar estes medicamentos em simultâneo, pode verificar-se a
ocorrência de síndrome serotoninérgica. Os sinais de síndrome serotoninérgica são,
por exemplo, confusão, agitação, febre, sudação, falta de coordenação, reflexos
exagerados, contração involuntária dos músculos e diarreia.
Outros derivados dos opiáceos (incluindo medicamentos para a tosse e tratamentos
substitutivos),
barbitúricos
benzodiazepinas
(sedativos).
tomar
estes
medicamentos em simultâneo, o risco de depressão respiratória pode aumentar, o
que pode ser fatal nos casos de sobredosagem.
Outros depressores do sistema nervoso central, ansiolíticos (utilizados para diminuir
medo),
hipnóticos,
antidepressivos
sedativos,
anti-histamínicos
sedativos
(utilizados para tratar alergias), neurolépticos (utilizados para tratar psicoses),
medicamentos anti-hipertensores de ação central (utilizados para baixar a tensão
arterial), talidomida (um sedativo) e baclofeno (um relaxante muscular). Estes
medicamentos podem provocar um agravamento da depressão central. O efeito na
capacidade de vigília pode tornar perigosa a condução de veículos e a utilização de
máquinas.
Medicamentos do tipo varfarina (utilizados para diminuir a espessura do sangue). É
possível que o seu médico tenha de avaliar o tempo da protrombina regularmente.
Outros medicamentos conhecidos por inibirem a enzima hepática “CYP3A4”, tais
como cetoconazol e eritromicina.
Medicamentos que reduzem o limiar convulsivante, tais como bupropiom, inibidores
seletivos de recaptação da serotonina, antidepressivos tricíclicos e neurolépticos. Se
tomar tramadol juntamente com estes medicamentos, o risco de convulsões pode
aumentar.
Metoclopramida ou domperidona (medicamentos utilizados para o tratamento de
náuseas e vómitos/enjoos). A absorção do paracetamol pode aumentar se tomar
estes medicamentos em simultâneo.
Colestiramina (medicamento utilizado para reduzir o colesterol no sangue), dado que
a absorção de Tramadol + Paracetamol Aurovitas pode diminuir.
Se tomou ondansetrom (utilizado para tratar náuseas), a eficácia de Tramadol +
Paracetamol Aurovitas pode ser alterada.
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O risco de efeitos secundários aumenta
se está a tomar medicamentos que possam causar convulsões (crises), como certos
antidepressivos
antipsicóticos.
risco
desenvolvimento
crise
convulsiva pode aumentar se tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas ao mesmo
tempo. O seu médico vai indicar-lhe se Tramadol + Paracetamol Aurovitas é
adequado ao seu caso.
se está a tomar certos antidepressivos. Tramadol + Paracetamol Aurovitas pode
interagir com estes medicamentos e poderão surgir sintomas como contrações
musculares
rítmicas
involuntárias,
incluindo
músculos
controlam
movimento
olhos,
agitação,
transpiração
excessiva,
tremores,
reflexos
exagerados, elevada tensão muscular, temperatura corporal superior a 38ºC.
A utilização concomitante de Tramadol + Paracetamol Aurovitas e medicamentos
sedativos como as benzodiazepinas ou semelhantes aumenta o risco de sonolência,
dificuldade em respirar (depressão respiratória), coma e pode ser fatal. Por isso, a
utilização concomitante deve ser apenas considerada quando outras opções de
tratamento não são possíveis.
entanto,
médico
prescrever
Tramadol
Paracetamol
Aurovitas
juntamente com medicamentos sedativos, a dose e a duração do tratamento
concomitante devem ser limitadas pelo seu médico.
Informe o seu médico sobre todos os medicamentos sedativos que está a tomar e
siga atentamente a recomendação da dose indicada pelo seu médico. Poderá ser útil
informar amigos ou familiares para estarem conscientes dos sinais e sintomas
indicados acima. Contacte o seu médico quando sentir tais sintomas.
Tramadol + Paracetamol Aurovitas com alimentos, bebidas e álcool
Tramadol + Paracetamol Aurovitas pode ser tomado com ou sem alimentos. Não
deve beber qualquer álcool durante o tratamento, dado que o álcool aumenta o
efeito sedativo de Tramadol + Paracetamol Aurovitas.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
Não deve utilizar este medicamento durante a gravidez.
O tratamento a longo prazo durante a gravidez pode resultar em sintomas de
abstinência no recém-nascido, em consequência da habituação.
Amamentação
O tramadol é excretado no leite materno. Por este motivo, não deve tomar Tramadol
+ Paracetamol Aurovitas mais do que uma vez durante a amamentação ou, em
alternativa, se tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas mais do que uma vez deve
parar a amamentação.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Este medicamento pode causar sonolência ou tonturas, que podem ser potenciadas
pelo álcool ou outros depressores, que reagem com o sistema nervoso central. Caso
se sinta sonolento ou tonto, não deve conduzir ou utilizar máquinas.
3. Como tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
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INFARMED
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose recomendada é:
Adultos e adolescentes (idade igual ou superior a 12 anos):
A posologia deve ser adaptada à intensidade da sua dor e à sua sensibilidade
individual à dor. Geralmente é utilizada a dose analgésica eficaz mais baixa.
É recomendada a dose inicial de 1 comprimido de manhã e 1 comprimido à noite. O
intervalo entre duas administrações não deve ser inferior a 6 horas.
Se necessário, pode tomar mais comprimidos por dia, mas não deve exceder a dose
diária máxima de 8 comprimidos (equivalentes a 300 mg de tramadol e 2600 mg de
paracetamol) e não deve tomar outros medicamentos que contenham paracetamol
ou cloridrato de tramadol para evitar uma sobredosagem.
Doentes idosos (idade superior a 65 anos):
Podem ser utilizadas as doses habituais recomendadas para adultos e adolescentes.
Em doentes com mais de 75 anos de idade, recomenda-se que o intervalo entre as
doses não seja inferior a 6 horas, devido à presença do tramadol.
Em doentes idosos (com mais de 75 anos), a eliminação do tramadol do organismo
pode decorrer de forma mais lenta. Se isto se verificar, o seu médico pode
prolongar-lhe o intervalo entre tomas.
Doentes com doença do fígado ou dos rins grave (insuficiência) /doentes em diálise
Não deve tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas se tiver insuficiência grave dos
rins ou do fígado. Se a sua insuficiência for ligeira ou moderada, o seu médico pode
indicar-lhe um aumento do intervalo entre as doses.
Modo de administração
Deve tomar os comprimidos por via oral.
Deve engolir os comprimidos inteiros, com uma quantidade suficiente de líquido (por
exemplo, um copo de água de 200 ml). Os comprimidos não devem ser partidos nem
mastigados.
Duração do tratamento
Não
deve
tomar
este
medicamento
mais
tempo
estritamente
necessário.
Se for necessário um tratamento repetido ou prolongado com este medicamento
(com base na natureza e gravidade da perturbação), deve proceder-se a uma
monitorização cuidadosa e regular para avaliar a necessidade de continuação do
tratamento. Sempre que possível, devem ser incluídos intervalos no tratamento no
decurso do tratamento a longo prazo.
Se tomar mais Tramadol + Paracetamol Aurovitas do que deveria
Se tomou mais comprimidos do que deveria, deve contactar de imediato o seu
médico ou as urgências mais próximas.
No caso de sobredosagem, é possível que tenha náuseas (enjoos), miose (constrição
das pupilas), vómitos (enjoos), anorexia (perda de apetite), dor abdominal, colapso
cardiovascular, distúrbios do estado de consciência, incluindo coma, convulsões e
depressão respiratória, que podem causar paragem respiratória.
As lesões do fígado podem surgir 12 ou 48 horas após a ingestão. No caso de
intoxicação grave, a insuficiência hepática pode causar doença cerebral grave
(encefalopatia), coma e morte. Pode desenvolver-se insuficiência renal aguda com
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necrose tubular (destruição celular), mesmo na ausência de lesões hepáticas graves.
Foram também comunicadas arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares) e
pancreatite (inflamação do pâncreas).
Caso se tenha esquecido de tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
Caso se tenha esquecido de tomar este medicamento, pode saltar a dose em falta e
continuar o tratamento como habitualmente, ou pode tomar o comprimido em falta,
mas, nesse caso, deve respeitar um intervalo de 6 horas até à ingestão seguinte.
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de
tomar.
Se parar de tomar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
Não deixe de tomar este medicamento sem consultar o seu médico.
Se a terapêutica deixar de ser necessária, o tratamento deve ser interrompido por
redução gradual da dose para prevenir a ocorrência de sintomas de abstinência.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Contacte o seu médico imediatamente se tiver algum dos efeitos secundários graves:
casos
raros,
erupção
cutânea,
indicando
reação
alérgica,
podendo
manifestar-se com um súbito inchaço da face e pescoço, dificuldades em respirar ou
descida da tensão arterial e desmaio. Se isto acontecer pare o tratamento. Não tome
o medicamento novamente.
Hemorragia
prolongada
inesperada
devido
utilização
Tramadol
Paracetamol Aurovitas com medicamentos utilizados para diluir o sangue (por
exemplo, a varfarina, fenprocumom).
Os seguintes efeitos secundários são muito frequentes (podem afetar mais de 1 em
10 pessoas):
tonturas, sonolência,
enjoos.
Os seguintes efeitos secundários são frequentes (podem afetar até 1 em 10
pessoas):
confusão,
mudanças
humor
(ansiedade,
nervosismo,
sensação
humor
elevado), perturbações do sono,
dores de cabeça, tremores,
vómitos (enjoos), prisão de ventre, boca seca, diarreia, dor de estômago, indigestão,
flatulência,
sudação, comichão.
Os seguintes efeitos secundários são pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100
pessoas):
depressão, alucinações, pesadelos, perda de memória,
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contrações musculares involuntárias, formigueiro ou entorpecimento, zumbido nos
ouvidos,
tensão arterial alta, palpitações, batimentos cardíacos rápidos, batimentos cardíacos
irregulares,
respiração difícil,
dificuldade em engolir, fezes manchadas de sangue,
enzimas hepáticas aumentadas (demonstrado em análises ao sangue),
reações da pele (por exemplo, erupção cutânea, urticária),
proteínas na urina, dificuldade ou dor ao urinar,
calafrios, afrontamentos, dor torácica.
Os seguintes efeitos secundários são raros (podem afetar até 1 em 1000 pessoas):
alterações do apetite, fraqueza motora e depressão respiratória,
dependência,
falta de coordenação, crises (convulsões),
visão desfocada,
perda de consciência transitória (síncope).
Os seguintes efeitos secundários são muito raros (podem afetar até 1 em 10.000
pessoas):
abuso,
crises de pânico, ansiedade grave, alucinações, formigueiro ou entorpecimento,
zumbido nos ouvidos e sintomas invulgares do sistema nervoso central (ocorrem sob
a forma de sintomas de abstinência).
Foram comunicados casos muito raros de reações cutâneas graves.
A frequência dos seguintes efeitos secundários não pode ser calculada a partir dos
dados disponíveis:
hemorragias nasais ou sangramento das gengivas que podem resultar de uma
diminuição do número das plaquetas sanguíneas,
agranulocitose (redução grave do número de glóbulos brancos),
agitação, ansiedade, nervosismo, distúrbio do sono, hiperatividade, calafrios e
sintomas gastrointestinais (ocorrem sob a forma de sintomas de abstinência),
alterações de humor, alterações da actividade, alterações na perceção,
sensação de desmaio quando se levanta de uma posição deitada ou sentada, ritmo
cardíaco baixo, batimentos cardíacos lentos, desmaios (colapso),
agravamento da asma,
redução dos níveis de açúcar no sangue.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, fale com o seu médico ou farmacêutico. Isto
inclui possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto.Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente através do
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
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Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail:
farmacovigilancia@infarmed.pt
Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre
a segurança deste medicamento.
5. Como conservar Tramadol + Paracetamol Aurovitas
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister e na
embalagem exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer condições especiais de conservação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Tramadol + Paracetamol Aurovitas
substâncias
ativas
são:
37,5 mg
cloridrato
tramadol
325 mg
paracetamol.
Os outros componentes são:
Núcleo do comprimido revestido por película:
Amido pré-gelificado
Amido de milho
Carboximetilamido sódico (tipo A)
Celulose microcristalina (Avicel PH 102)
Estearato de magnésio
Revestimento da película:
Opadry amarelo 03K82345 (hipromelose 6 cPs (E464), dióxido de titânio (E171),
triacetina, óxido de ferro amarelo (E172))
Qual o aspeto de Tramadol + Paracetamol Aurovitas e conteúdo da embalagem
Comprimido revestido por película, amarelo claro, oblongo e biconvexo.
Tamanhos de embalagem:
Blister de PVC-PVdC/Alumínio ou PVC/Alumínio com 2, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70,
80, 90 ou 100 comprimidos revestidos por película.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Actavis Group PTC ehf
Reykjavikurvegur 76-78
220 Hafnarfjordur
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Islândia
Fabricantes
Laboratoires BTT
Zone Industrielle de Krafft
67150 ERSTEIN
França
MEDIS INTERNATIONAL a.s.
Výrobní závod Bolatice
Prúmyslová 961/16
747 23 Bolatice
República Checa
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Espanha: Tramadol/Paracetamol Aurovitas Spain 37, 5 mg / 325 mg comprimidos
recubiertos con película EFG
República Checa: Foxis
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RESUMO DAS CARACTERÍSITCAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Tramadol + Paracetamol Aurovitas 37,5 mg + 325 mg comprimidos revestidos por
película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 37,5 mg de cloridrato de tramadol e
325 mg de paracetamol.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimido revestido por película, amarelo claro, oblongo e biconvexo.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tramadol + Paracetamol Aurovitas é indicado para o tratamento sintomático da dor
moderada a grave e em adultos e adolescentes com idade superior a 12 anos.
A utilização de Tramadol + Paracetamol Aurovitas deve ser reservada para doentes
com dor moderada a grave que não é aliviada com a administração de analgésicos
periféricos e requer a associação de cloridrato de tramadol e paracetamol (ver
secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Adultos e adolescentes (com idade igual ou superior a 12 anos):
Tramadol + Paracetamol Aurovitas só deve ser utilizado em doentes com dor
moderada a grave nos quais a associação de tramadol e paracetamol é considerada
adequada.
A dose deve ser ajustada à intensidade da dor e à sensibilidade do doente. Deve
geralmente ser escolhida a dose analgésica eficaz mais baixa.
Recomenda-se uma dose inicial de dois comprimidos revestidos por película de
Tramadol + Paracetamol Aurovitas. Se necessário, podem ser tomadas doses
adicionais, mas que não devem exceder 8 comprimidos revestidos por película
(equivalentes a 300 mg de tramadol e 2600 mg de paracetamol) por dia.
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O intervalo posológico não deve ser inferior a 6 horas.
Tramadol + Paracetamol Aurovitas não deve, em circunstância alguma, ser tomado
por mais tempo do que o estritamente necessário (ver secção 4.4).
No caso de ser necessário um tratamento repetido ou prolongado com Tramadol +
Paracetamol Aurovitas, considerando a natureza e gravidade da perturbação, deve
proceder-se a uma monitorização cuidadosa e regular (sempre que possível, com
intervalos no tratamento) para avaliar se o tratamento tem de ser continuado.
População pediátrica:
A segurança e eficácia de Tramadol + Paracetamol Aurovitas em crianças com idade
inferior a 12 anos não foram ainda estabelecidas. Portanto, o tratamento nesta
população de doentes não é recomendado.
Doentes geriátricos
Em doentes idosos até 75 anos, sem insuficiência hepática ou renal clinicamente
estabelecida,
não
habitualmente
necessário
qualquer
ajuste
posológico.
doentes com mais de 75 anos, o tempo de eliminação pode estar aumentado. Deste
modo, se necessário, os intervalos entre as doses devem ser prolongados em função
das necessidades do doente.
Doentes com insuficiência renal/diálise e compromisso hepático:
doentes
com insuficiência renal e/ou hepática,
eliminação
tramadol
encontra-se prolongada. Nestes doentes, o prolongamento do intervalo entre as
doses deverá ser criteriosamente considerado em função das necessidades do
doente.
Devido à presença do tramadol, não é recomendada a utilização de Tramadol +
Paracetamol Aurovitas em doentes com insuficiência renal grave (depuração da
creatinina < 10 ml/min). Nos casos de insuficiência renal moderada (depuração da
creatinina entre 10 e 30 ml/min), o intervalo entre doses deve ser aumentado para
12 horas. Como o tramadol é eliminado muito lentamente por hemodiálise ou
hemofiltração, a administração após a diálise para a manutenção da analgesia não é
habitualmente necessária.
Tramadol
Paracetamol
Aurovitas
não
pode
utilizado
doentes
insuficiência hepática grave (ver secção 4.3). Nos casos de insuficiência hepática
moderada, o prolongamento do intervalo entre doses deve ser cuidadosamente
considerado (ver secção 4.4).
Modo de administração
Via oral.
Os comprimidos revestidos por película devem ser engolidos inteiros, com uma
quantidade suficiente de líquido. Não devem ser partidos nem mastigados.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade
substâncias
ativas
qualquer
excipientes
mencionados na seção 6.1.
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- Intoxicação alcoólica aguda, fármacos hipnóticos, analgésicos de ação central,
opioides ou fármacos psicotrópicos.
- Tratamento concomitante com inibidores da MAO ou no espaço de duas semanas
após a paragem do tratamento (ver secção 4.5).
- Insuficiência hepática grave.
- Epilepsia não controlada por tratamento (ver secção 4.4).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Advertências:
- Em adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12 anos, não deve ser
excedida a dose diária máxima de 8 comprimidos revestidos por película de
Tramadol + Paracetamol Aurovitas. Para evitar uma sobredosagem, os doentes
devem ser aconselhados a não excederem a dose recomendada e a não tomarem
outros medicamentos contendo paracetamol (incluindo medicamentos não sujeitos a
receita médica) ou cloridrato de tramadol, sem a indicação de um médico.
insuficiência
renal
grave
(depuração
creatinina
< 10 ml/min),
não
recomendada a utilização de Tramadol + Paracetamol Aurovitas.
- Em doentes com insuficiência hepática grave, Tramadol + Paracetamol Aurovitas
não deve ser utilizado (ver secção 4.3). Os riscos de sobredosagem do paracetamol
são maiores nos doentes com doença hepática alcoólica não-cirrótica. Nos casos de
disfunção hepática moderada, o prolongamento do intervalo posológico deve ser
cuidadosamente considerado.
- Tramadol + Paracetamol Aurovitas não é recomendado nos casos de insuficiência
respiratória grave.
tramadol
não
indicado
como
terapêutica
substituição
doentes
dependentes de opiáceos. Apesar de ser um agonista dos opiáceos, o tramadol não
suprime os sintomas de abstinência da morfina.
- Observou-se a ocorrência de convulsões em doentes predispostos a receberem
tratamento com o tramadol e/ou tratados com medicamentos que diminuem o limiar
convulsivante,
sobretudo
inibidores
seletivos
recaptação
serotonina,
antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, analgésicos de ação central ou anestésicos
locais.
doentes
epiléticos
controlados
tratamento
doentes
suscetíveis a convulsões não devem ser tratados com Tramadol + Paracetamol
Aurovitas, exceto se absolutamente necessário. Foram observadas convulsões em
doentes a receberem tramadol nas doses recomendadas. O risco pode aumentar
quando
doses
tramadol
excedem
respetivo
limite
superior
dose
recomendada.
- Não é recomendada a utilização concomitante de agonistas-antagonistas dos
opioides (nalbufina, buprenorfina, pentazocina) (ver secção 4.5).
A utilização concomitante de Tramadol + Paracetamol Aurovitas e medicamentos
sedativos como benzodiazepinas ou medicamentos relacionados pode resultar em
sedação, depressão respiratória, coma e morte. Devido a estes riscos, a prescrição
concomitante de medicamentos sedativos deve ser reservada para doentes para os
quais não são possíveis opções de tratamento alternativas. Se for considerada a
decisão de prescrever Tramadol + Paracetamol Aurovitas concomitantemente com
medicamentos sedativos, deve ser usada a menor dose eficaz e a duração do
tratamento deve ser a mais curta possível (ver também a recomendação geral de
dose na seção 4.2).
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27-08-2018
INFARMED
Os doentes devem ser rigorosamente acompanhados quanto a sinais e sintomas de
depressão respiratória e sedação. Neste sentido, é altamente recomendável informar
os doentes e os seus prestadores de cuidados (quando aplicável) para que estejam
conscientes destes sintomas (ver secção 4.5).
Precauções:
- Tramadol + Paracetamol Aurovitas deve ser utilizado com precaução nos doentes
com dependência de opiáceos, com traumatismo craniano, com predisposição para
convulsões, com afeções das vias biliares, em estado de choque, doentes com um
estado de consciência alterado por motivos desconhecidos, com problemas que
afetam o centro respiratório ou a função respiratória ou com pressão intracraniana
aumentada.
- Em alguns doentes, a sobredosagem do paracetamol pode causar toxicidade
hepática.
doses
terapêuticas,
tramadol
pode
causar
sintomas
abstinência.
Raramente, foram notificados casos de dependência e abuso (ver secção 4.8).
- Podem ocorrer reações de abstinência, semelhantes às que ocorrem durante a
abstinência aos opiáceos (ver secção 4.8).
- Num estudo, foi referido que a utilização do tramadol com enflurano e óxido nitroso
durante
anestesia
geral
reforça
despertar
intraoperatório.
Até
serem
disponibilizadas informações adicionais, é de evitar a utilização do tramadol durante
fases superficiais de anestesia.
Após o tratamento a longo prazo (> 3 meses) com analgésicos a cada dois dias ou
mais frequentemente, pode-se desenvolver ou agravar dor de cabeça. A dor de
cabeça causada pelo uso excessivo de analgésicos (cefaleia por uso excessivo de
medicação - CEM) não deve ser tratada através do aumento da dose. Nesses casos,
a utilização de analgésicos deve ser interrompida por indicação de um médico.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
O uso concomitante de tramadol e fármacos serotoninérgicos, como inibidores
seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), inibidores seletivos da recaptação da
serotonina
da noradrenalina (ISRSN), inibidores
(ver
secção
4.3),
antidepressivos
tricíclicos
mirtazapina,
pode
desencadear
toxicidade
serotoninérgica.
provável
estar-se na
presença
síndrome
serotoninérgica
quando se observa uma das manifestações seguintes:
- Clónus espontâneo
- Clónus ocular ou induzido com agitação ou diaforese
- Tremor e hiperreflexia
- Hipertonia e temperatura corporal > 38ºC com clónus ocular induzido
A suspensão dos medicamentos serotoninérgicos geralmente conduz a uma rápida
melhoria. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas.
A utilização concomitante não é recomendada com:
Álcool
O álcool aumenta o efeito sedativo dos analgésicos opiáceos.
O efeito na capacidade de vigília pode tornar perigosa a condução de veículos e a
utilização de máquinas.
É de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool.
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INFARMED
Carbamazepina e outros indutores enzimáticos
Risco de redução da eficácia e duração do efeito devido a concentrações plasmáticas
reduzidas do tramadol.
O metabolismo do paracetamol pode ser alterado em doentes que recebem indutores
enzimáticos e aumentar o seu potencial hepatotóxico.
Agonistas/antagonistas dos opiáceos (nalbufina, buprenorfina, pentazocina)
Redução do efeito analgésico por bloqueio competitivo dos recetores, com o risco de
ocorrência da síndrome de abstinência.
Utilização concomitante que deve ser tomada em consideração:
Foram
notificados
casos
isolados
síndrome
serotoninérgica,
numa
ligação
temporal
utilização
terapêutica
tramadol
outros
medicamentos
serotoninérgicos, tais como inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) e
triptanos. Os sinais de síndrome serotoninérgica são, por exemplo, confusão,
agitação, febre, sudação, ataxia, hiperreflexia, mioclonus e diarreia.
Medicamentos sedativos tais como benzodiazepinas e mediamentos relacio nados.
A utilização concomitante de opióides com medicamentos sedativos tais como
benzodiazepinas
medicamentos
relacionados
aumenta
risco
sedação,
depressão respiratória, coma e morte devido ao efeito aditivo depressivo do SNC. A
dose e duração da utilização concomitante devem ser limitadas (ver secção 4.4).
Outros derivados dos opiáceos (incluindo medicamentos antitússicos e tratamentos
substitutivos), barbitúricos e benzodiazepinas.
Aumento do risco de depressão respiratória, que pode ser fatal nos casos de
sobredosagem.
Outros depressores do sistema nervoso central, tais como outros derivados dos
opiáceos
(incluindo
medicamentos
antitússicos
tratamentos
substitutivos),
barbitúricos,
benzodiazepinas,
outros
ansiolíticos,
hipnóticos,
antidepressivos
sedativos,
anti-histamínicos
sedativos,
neurolépticos,
medicamentos
anti-
hipertensores de ação central, talidomida e baclofeno.
Estes medicamentos podem provocar um agravamento da depressão central. O
efeito na capacidade de alerta pode tornar perigosa a condução de veículos e a
utilização de máquinas.
Dado que foram notificados aumentos da INR (International Normalised Ratio –
Razão Normalizada Internacional), é aconselhável uma avaliação periódica do tempo
da protrombina quando Tramadol + Paracetamol Aurovitas é administrado de forma
concomitante com medicamentos semelhantes à varfarina.
Outros medicamentos conhecidos por inibirem a CYP3A4, tais como cetoconazol e
eritromicina,
podem
inibir
metabolismo
tramadol
(N-desmetilação)
provavelmente, o metabolismo do metabolito ativo O-desmetilado. Ainda não foi
estudada a importância clínica desta interação.
O tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial dos inibidores seletivos
recaptação
serotonina
(ISRS),
inibidores
recaptação
serotonina-
noradrenalina
(IRSN),
antidepressivos
tricíclicos,
antipsicóticos
outros
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INFARMED
medicamentos que reduzem o limiar convulsivante causarem convulsões (tais como
buprenorfina, mirtazapina, tetra-hidrocanabinol).
A taxa de absorção do paracetamol pode ser aumentada por metoclopramida ou
domperidona. A absorção pode ser reduzida pela colestiramina.
Num número limitado de estudos, a utilização do antagonista de recetores 5-HT3, o
antiemético ondansetrom, no período pré-operatório e pós-operatório, provocou uma
necessidade aumentada do tramadol em doentes com dor no pós-operatório.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez:
Tramadol + Paracetamol Aurovitas é uma associação fixa de substâncias ativas que
inclui tramadol e não deve ser utilizada durante a gravidez.
Dados relativos ao paracetamol:
resultados
estudos
epidemiológicos
durante
gravidez
humana
não
revelaram
quaisquer
efeitos
prejudiciais
paracetamol
quando
utilizado
posologias recomendadas.
Dados relativos ao tramadol:
O tramadol não deve ser utilizado durante a gravidez, dado que existe evidência
insuficiente para garantir a segurança do tramadol em mulheres grávidas. O
tramadol administrado antes ou durante o parto não afeta as contrações uterinas.
Nos recém-nascidos, pode causar alterações da frequência respiratória que não são
clinicamente relevantes. O tratamento a longo prazo durante a gravidez pode
resultar em sintomas de abstinência no recém-nascido, após o nascimento, em
consequência da habituação.
Amamentação:
Dados relativos ao paracetamol:
O paracetamol é excretado no leite materno, mas não em quantidades clinicamente
significativas. As referências publicadas não contraindicam o aleitamento pelas
mulheres a tomarem medicamentos contendo paracetamol isoladamente.
Dados relativos ao tramadol:
O tramadol e respetivos metabolitos estão presentes em pequenas quantidades no
leite materno.
Aproximadamente 0,1% da dose materna de tramadol é excretado no leite materno.
período
pós-parto
imediato,
dose
diária
oral
materna
até
400 mg
corresponde a uma quantidade média de tramadol, ingerido por lactentes, de 3% da
dose materna média ajustada ao peso. Por este motivo, o tramadol não deve ser
usado
durante
aleitamento
alternativa,
amamentação
deve
interrompida durante o tratamento com tramadol. A interrupção da amamentação
não é geralmente necessária após uma única dose de tramadol.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
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INFARMED
O tramadol pode causar sonolência ou tonturas, que podem ser reforçadas pelo
álcool ou outros depressores do SNC. Se afetado, o doente não deve conduzir ou
utilizar máquinas.
Efeitos indesejáveis
efeitos
indesejáveis
notificados
mais
frequência
estudos
clínicos
realizados
associação
paracetamol/tramadol
foram náuseas, tonturas
sonolência, observados em mais de 10% dos doentes.
Os seguintes termos foram utilizados para classificar a incidência dos efeitos
indesejáveis:
Muito frequentes (
1/10)
Frequentes (
1/100 a
<
1/10)
Pouco frequentes (
1/1 000 a
<
1/100)
Raros (
1/10 000 a
<
1/1000)
Muito raros (< 1/10.000)
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecido: Hipoglicemia
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes:
confusão,
mudanças
humor
(ansiedade,
nervosismo,
euforia),
perturbações do sono
Pouco frequentes: depressão, alucinações, pesadelos, amnésia
Raros: dependência farmacológica
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes: tonturas, sonolência
Frequentes: cefaleias, tremores
Pouco frequentes: contrações musculares involuntárias, parestesia, acufenos
Raros: ataxia, convulsões, síncope
Afeções oculares
Raros: visão turva
Doenças cardíacas
Pouco frequentes: hipertensão, palpitações, taquicardia, arritmia
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes: dispneia
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes: náuseas
Frequentes: vómitos, obstipação, boca seca, diarreia, dor abdominal, dispepsia,
flatulência
Pouco frequentes: disfagia, melena
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INFARMED
Afeções hepatobiliares
Pouco frequentes: níveis elevados das transaminases hepáticas
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes: sudação, prurido
Pouco frequentes: reações cutâneas (por exemplo, erupção cutânea, urticária)
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes: albuminúria, doenças de micção (disúria, retenção urinária)
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Pouco frequentes: arrepios, afrontamentos, dor torácica.
Estudo pós-comercialização
Muito raros: abuso
Foram notificados casos muito raros de reações cutâneas graves.
seguintes
efeitos indesejáveis
não
foram
observados
estudos
clínicos.
Contudo, a sua ocorrência não pode ser excluída, dado que se sabe que estão
associados à administração do tramadol ou paracetamol:
Tramadol
- Hipotensão postural, bradicardia, desmaios (colapso).
- A vigilância pós-comercialização do tramadol revelou casos raros de alterações no
efeito da varfarina, incluindo o prolongamento do tempo da protrombina.
- Casos raros: reações alérgicas com sintomas respiratórios (por exemplo, dispneia,
broncospasmo, sibilo, edema angioneurótico) e reação anafilática.
- Casos raros: alterações do apetite, fraqueza motora e depressão respiratória.
- Podem ocorrer efeitos secundários psíquicos após a administração do tramadol,
com variações individuais a nível da intensidade e natureza (dependendo da
personalidade e duração do tratamento). Estes podem incluir: mudanças de humor
(habitualmente elação, ocasionalmente disforia associada a agitação), alterações da
atividade (habitualmente
supressão,
ocasionalmente
aumento)
alterações
capacidade
cognitiva
sensorial
(por
exemplo,
comportamento
decisão,
distúrbios da perceção).
- Foi notificada a ocorrência de exacerbação da asma, embora não tenha sido
estabelecida uma relação causal com o medicamento.
- Podem ocorrer os seguintes sintomas de abstinência, semelhantes aos sintomas de
abstinência dos opiáceos: agitação, ansiedade, nervosismo, insónias, hipercinesia,
tremores e sintomas gastrointestinais. Os seguintes sintomas foram observados
muito raramente após a súbita abstinência do cloridrato de tramadol: crises de
pânico, ansiedade grave, alucinações, parestesia, acufenos e sintomas invulgares do
sistema nervoso central.
Paracetamol
efeitos
adversos
paracetamol
são
raros,
embora
possa
ocorrer
hipersensibilidade, incluindo erupção cutânea. Existem notificações de alterações do
hemograma, incluindo trombocitopenia e agranulocitose, mas estes não foram
necessariamente associados de forma causal com o paracetamol.
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INFARMED
Diversas
notificações
sugeriram
paracetamol
pode
causar
hipoprotrombinemia quando administrado com compostos semelhantes à varfarina.
Noutros estudos, não se observaram alterações do tempo da protrombina.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas através do
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Tramadol + Paracetamol Aurovitas é uma associação fixa de substâncias ativas. No
caso de sobredosagem, os sintomas podem incluir os sinais e sintomas de toxicidade
do tramadol ou paracetamol ou de toxicidade de ambas as substâncias ativas.
Sintomas de sobredosagem do tramadol
Em princípio, na intoxicação com o tramadol, são de esperar sintomas semelhantes
outros
analgésicos
ação
central
(opioides).
Estes
incluem,
mais
especificamente,
miose,
vómitos,
colapso
cardiovascular,
perturbações
consciência, incluindo coma, convulsões e depressão respiratória, que podem causar
paragem respiratória.
Sintomas de sobredosagem do paracetamol
sobredosagem
particularmente
preocupante,
sobretudo
crianças.
sintomas nas primeiras 24 horas são palidez, náuseas, vómitos, anorexia e dor
abdominal. As lesões hepáticas podem surgir 12 ou 48 horas após a ingestão. Podem
ocorrer alterações do metabolismo da glicose e acidose metabólica. No caso de
intoxicação grave, a insuficiência hepática pode causar encefalopatia, coma e morte.
Pode verificar-se o desenvolvimento de insuficiência renal aguda com necrose
tubular, mesmo na ausência de lesões hepáticas graves. Foi também notificada a
ocorrência de arritmias cardíacas e pancreatite.
Doses de paracetamol entre 7,5 g e 10 g ou mais elevadas, em adultos, podem
causar lesões hepáticas. Considera-se que quantidades excessivas de um metabolito
tóxico se ligam de forma irreversível ao tecido hepático (ao contrário do que
normalmente acontece quando são ingeridas quantidades normais de paracetamol,
que são adequadamente desintoxicadas pela glutationa).
Tratamento de emergência:
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INFARMED
- transferência imediata para uma unidade especializada;
- manutenção das funções respiratórias e circulatórias;
- antes do início do tratamento, deve ser colhida uma amostra de sangue logo que
possível após a sobredosagem, para determinar as concentrações plasmáticas de
paracetamol e tramadol e para realizar os testes hepáticos;
- devem ser realizados testes hepáticos no início (da sobredosagem) e repetidos em
intervalos de 24 horas. Regra geral, observa-se um aumento das enzimas hepáticas
(ASAT, ALAT), que normalizam passadas uma ou duas semanas;
- o estômago deve ser esvaziado por indução do vómito por irritação (quando o
doente está consciente) ou lavagem gástrica;
- devem ser iniciadas medidas de suporte, tais como desobstrução das vias aéreas e
manutenção da função cardiovascular; deve utilizar-se naloxona para reverter a
depressão respiratória; as convulsões devem ser controladas com diazepam.
- o tramadol é minimamente eliminado do sangue por hemodiálise ou hemofiltração.
Por conseguinte, não se recomenda o tratamento de intoxicação aguda por Tramadol
+ Paracetamol Aurovitas com hemodiálise ou hemofiltração para a desintoxicação.
É fundamental o tratamento imediato da sobredosagem do paracetamol. Mesmo na
ausência de sintomas iniciais significativos, os doentes devem ser encaminhados de
urgência para o hospital para obterem cuidados médicos imediatos. Se um adulto ou
adolescente tiver ingerido aproximadamente 7,5 g ou mais de paracetamol, ou se
uma criança tiver ingerido > 150 mg/kg de paracetamol nas 4 horas anteriores, deve
ser realizada uma lavagem gástrica. As concentrações de paracetamol no sangue
devem ser avaliadas 4 horas após a sobredosagem para ser possível prever o risco
de lesões hepáticas (através do nomograma de sobredosagem do paracetamol).
Pode
necessário
proceder-se
administração
metionina
oral
N-acetilcisteína (NAC) intravenosa, que pode ter um efeito benéfico nas 48 horas
após a sobredosagem. A administração de NAC intravenosa é mais benéfica quando
iniciada no espaço de 8 horas de ingestão da sobredosagem. Contudo, a NAC não
deve deixar de ser administrada se o período de tempo desde a sobredosagem for
superior a 8 horas, e continuada para um regime completo de tratamento. O
tratamento com a NAC deve ser iniciado de imediato quando existe uma suspeita de
sobredosagem maciça. Devem estar disponíveis as medidas de suporte gerais.
Independentemente
quantidade
paracetamol
ingerido,
antídoto
paracetamol, a NAC, deve ser administrado o mais rapidamente possível, por vi oral
ou intravenosa, se possível no espaço de 8 horas após a sobredosagem.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.12
Sistema
Nervoso
Central.
Analgésicos
estupefacientes.
Código ATC: N02AJ13
Analgésicos
O tramadol é um analgésico opiáceo com ação no sistema nervoso central. O
tramadol é um agonista puro e não-seletivo dos recetores opiáceos
, com
uma afinidade mais elevada pelos recetores
. Outros mecanismos que contribuem
para
efeito
analgésico
incluem
inibição
recaptação
neuronal
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INFARMED
noradrenalina e aumento da libertação de serotonina. O tramadol possui um efeito
antitússico. Ao contrário da morfina, uma vasta gama de doses analgésicas de
tramadol não tem qualquer efeito depressor a nível respiratório. Do mesmo modo, a
mobilidade
gastrointestinal
não
afetada.
efeitos
cardiovasculares
são
geralmente ligeiros. A potência do tramadol é considerada como correspondendo a
um décimo a um sexto da potência da morfina.
Desconhece-se o mecanismo exato das propriedades analgésicas do paracetamol e
pode envolver efeitos centrais e periféricos.
Tramadol + Paracetamol Aurovitas foi classificado como um analgésico de grau II
pela OMS e deve ser utilizado em conformidade, de acordo com as instruções do
médico.
População Pediátrica
Os efeitos da administração entérica e parentérica de tramadol foram investigados
em ensaios clínicos envolvendo mais de 2000 doentes pediátricos desde recém-
nascidos até aos 17 anos de idade. As indicações estudadas nesses ensaios incluíram
o tratamento da dor após cirurgia (maioritariamente abdominal), após extrações
cirúrgicas de dentes, devido a fraturas, queimaduras e traumas, assim como outras
condições dolorosas passíveis de tratamento analgésico por pelo menos 7 dias. Em
doses únicas até 2 mg/kg ou doses múltiplas até 8 mg/kg por dia (até um máximo
de 400 mg por dia) a eficácia do tramadol mostrou ser superior à do placebo, e
superior ou igual à do paracetamol, nalbufina, petidina ou dose baixa de morfina. Os
ensaios conduzidos confirmaram a eficácia do tramadol. O perfil de segurança do
tramadol foi similar em doentes adultos e pediátricos com mais de 1 ano (ver secção
4.2).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
O tramadol é administrado na forma racémica e as formas [-] e [+] do tramadol e
respetivo
metabolito
são
detetadas
sangue.
Embora
tramadol
seja
rapidamente absorvido após a administração, a sua absorção é mais lenta (e a
semivida mais longa) do que a do paracetamol.
Após uma dose oral única de um comprimido revestido por película (37,5 mg +
325 mg) de tramadol + paracetamol, as concentrações plasmáticas de pico de
64,3/55,5 ng/ml
[(+)-tramadol/(-)-tramadol]
g/ml
(paracetamol),
respetivamente,
são
atingidas
após
1,8 h
[(+)-tramadol/(-)-tramadol]
0,9 h
(paracetamol). As semividas médias de eliminação t1/2 correspondem a 5,1/4,7 h
[(+)-tramadol/(-)-tramadol] e 2,5 h (paracetamol).
Durante
estudos
farmacocinéticos
voluntários
saudáveis,
após
administração única e repetida de Tramadol + Paracetamol Aurovitas, não se
observaram alterações significativas dos parâmetros cinéticos obtidos para cada um
dos componentes ativos, em comparação com os parâmetros dos componentes
ativos, quando utilizados isoladamente.
Absorção:
O tramadol racémico é rápida e quase totalmente absorvido após uma administração
oral. A biodisponibilidade absoluta média de uma dose única de 100 mg corresponde
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27-08-2018
INFARMED
aproximadamente
a 75%.
Após
administração
repetida,
biodisponibilidade
aumenta para cerca de 90%.
Após a administração de Tramadol + Paracetamol Aurovitas, a absorção oral do
paracetamol é rápida e praticamente total e ocorre essencialmente no intestino
delgado. As concentrações plasmáticas de pico do paracetamol são alcançadas após
1 hora e não são modificadas pela administração concomitante do tramadol.
A administração oral de Tramadol + Paracetamol Aurovitas com alimentos não tem
qualquer efeito significativo nas concentrações plasmáticas ou extensão da absorção
do tramadol ou do paracetamol; por conseguinte, Tramadol + Paracetamol Aurovitas
pode ser administrado com ou sem alimentos.
Distribuição:
O tramadol possui uma afinidade tecidular elevada (Vd,
= 203
40 l). A sua
ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 20%.
O paracetamol parece ser largamente distribuído pelos tecidos do organismo, com
exceção do tecido adiposo. O seu volume de distribuição aparente é de cerca de
0,9 l/kg.
pequena
parte
(~20%)
paracetamol
liga-se
proteínas
plasmáticas.
Biotransformação:
O tramadol é extensamente metabolizado após a administração oral. Cerca de 30%
da dose é excretada inalterada na urina, ao passo que 60% da dose é excretada sob
a forma de metabolitos.
O tramadol é metabolizado por O-desmetilação (catalisada pela enzima CYP2D6) no
metabolito M1 e através da N-desmetilação (catalisado pela CYP3A) no metabolito
M2. O M1 é adicionalmente metabolizado pela N-desmetilação e pela conjugação
com ácido glucurónico. A semivida de eliminação plasmática de M1 é de 7 horas. O
metabolito M1 possui propriedades analgésicas e é mais potente do que o fármaco
original. As concentrações plasmáticas do M1 são várias vezes mais baixas do que as
do tramadol e é improvável que o efeito clínico mudará com múltiplas aplicações.
O paracetamol é metabolizado essencialmente no fígado através das duas principais
vias hepáticas: glucuronidação e sulfatação. Esta última via pode ser rapidamente
saturada em doses superiores às doses terapêuticas. Uma fração pequena (menos de
4%) é metabolizada pelo citocromo P450 num composto intermédio ativo (N-acetil-
benzoquinoneimina)
que,
condições
normais
utilização,
rapidamente
inativado pela glutationa reduzida e excretado na urina após a conjugação com
cisteína e ácido mercaptúrico. Contudo, no caso de sobredosagem excessiva, a
quantidade deste metabolito tóxico aumenta.
Eliminação:
O tramadol e os respetivos metabolitos são excretados principalmente pelos rins. A
semivida de eliminação do paracetamol é de cerca de 2 a 3 horas, nos adultos, mais
curta
crianças
ligeiramente
mais
longa
recém-nascidos
doentes
cirróticos. O paracetamol é principalmente excretado pela formação dependente da
dose
derivados
glucuro-conjugados
sulfo-conjugados.
Menos
paracetamol é excretado inalterado na urina. Na insuficiência renal, a semivida de
ambos os compostos é prolongada.
APROVADO EM
27-08-2018
INFARMED
População pediátrica
A farmacocinética do tramadol e do O-desmetiltramadol após administração oral de
doses únicas e doses múltiplas a indivíduos com idades compreendidas entre 1 e 16
anos demonstrou ser semelhante à dos adultos quando se ajustou a dose em relação
ao peso corporal, mas com maior variabilidade entre sujeitos em crianças com idade
igual ou inferior a 8 anos.
Em crianças com idade inferior a 1 ano, a farmacocinética do tramadol e do O-
desmetiltramadol
investigada,
não
totalmente
caracterizada.
informação proveniente de estudos que incluem esta faixa etária indica que a taxa
de formação de O-desmetiltramadol via CYP2D6 aumenta continuamente em recém-
nascidos, e supõe-se que os níveis adultos de atividade de CYP2D6 sejam alcançados
com cerca de 1 ano de idade. Além disso, os sistemas imaturos de glucuronidação e
a função renal imatura podem resultar na lenta eliminação e acumulação de O-
desmetiltramadol em crianças com menos de 1 ano de idade.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Não
foram
efetuados
estudos
pré-clínicos
específicos
associação
fixa
(tramadol e paracetamol) para avaliar os efeitos carcinogénicos e mutagénicos ou os
efeitos na fertilidade.
Não
observado
qualquer
efeito
teratogénico
passível
atribuído
tratamento na descendência de ratos tratados por via oral com a associação
tramadol + paracetamol.
Foi demonstrado que a associação tramadol + paracetamol é embriotóxica e
fetotóxica
rato,
numa
dose
materno-tóxica
(50/434 mg/kg
tramadol
paracetamol), ou seja, 8,3 vezes a dose terapêutica máxima no homem. Não foi
observado qualquer efeito teratogénico nesta dose. A toxicidade para o embrião e o
feto
resultou
numa
diminuição
peso
fetal
aumento
costelas
supranumerárias. Doses mais baixas, que causam efeitos maternotóxicos menos
graves (10/87 e 25/217 mg/kg tramadol + paracetamol), não tiveram efeitos tóxicos
no embrião ou no feto.
Os resultados dos testes padrão de mutagenicidade não revelaram qualquer risco
genotóxico potencial para o tramadol no ser humano.
Os resultados dos estudos de carcinogenicidade não sugerem um risco potencial para
o tramadol no ser humano.
Estudos
animais
doses
altas
tramadol
apresentaram
efeitos
desenvolvimento
órgãos,
ossificação
mortalidade
neonatal
associados
toxicidade materna. A fertilidade reprodutiva e o desenvolvimento dos descendentes
não foram afetados. O tramadol atravessa a placenta. Não foi observado qualquer
efeito na fertilidade após a administração oral do tramadol em doses até 50 mg/kg
em ratos macho e até 75 mg/kg em ratos fêmea.
Investigações extensivas não mostraram evidência relevante de um risco genotóxico
de paracetamol em doses terapêuticas (ou seja, não-tóxicas).
Estudos a longo prazo em ratos e ratinhos não geraram evidência de efeitos
tumorigénicos relevantes com doses não-hepatotóxicas do paracetamol.
APROVADO EM
27-08-2018
INFARMED
Estudos em animais e experiência exaustiva nos seres humanos não mostraram
evidência de toxicidade reprodutiva.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Amido pré-gelificado
Amido de milho
Carboximetilamido sódico (tipo A)
Celulose microcristalina (Avicel PH 102)
Estearato de magnésio
Revestimento da película:
Opadry Amarelo 03K82345 (hipromelose 6 cPs (E464), dióxido de titânio (E171),
triacetina, óxido de ferro amarelo (E172))
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer condições especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC-PVDC/Alumínio
Blisters de PVC/Alumínio
Tamanho das embalagens:
2, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 ou 100 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Actavis Group PTC ehf.
Reykjavikurvegur 76-78
APROVADO EM
27-08-2018
INFARMED
220 Hafnarfjordur
Islândia
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º registo 5395033: 20 comprimidos revestidos por película, 37,5 mg + 325 mg,
blister de PVC-PVDC/Alu
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
09 novembro 2011
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO