Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
01-11-2020
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APROVADO EM
01-11-2020
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Sandostatina LAR 10 mg pó e veículo para suspensão injetável
Sandostatina LAR 20 mg pó e veículo para suspensão injetável
Sandostatina LAR 30 mg pó e veículo para suspensão injetável
octreotido
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver
secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Sandostatina LAR e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Sandostatina LAR
3. Como utilizar Sandostatina LAR
4. Efeitos indesejáveis possíveis
5. Como conservar Sandostatina LAR
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Sandostatina LAR e para que é utilizado
Sandostatina LAR é um composto sintético derivado da somatostatina. A
somatostatina encontra-se no corpo humano, onde impede a libertação de certas
hormonas tais como a hormona do crescimento. As vantagens de Sandostatina LAR
sobre a somatostatina são um efeito mais intenso e de maior duração.
Utiliza-se a Sandostatina LAR
Para tratar a acromegalia,
A acromegalia é uma doença em que o organismo produz um excesso de hormona do
crescimento. Normalmente, a hormona do crescimento controla o crescimento dos
tecidos, órgãos e ossos. Demasiada hormona de crescimento provoca um aumento da
dimensão dos ossos e dos tecidos, especialmente das mãos e dos pés. Sandostatina
LAR reduz significativamente os sintomas da acromegalia, que incluem dor de
cabeça, transpiração excessiva, falta de sensibilidade nas mãos e nos pés, cansaço e
dores articulares. Na maioria dos casos, a produção excessiva de hormona do
crescimento é causada por um aumento da hipófise (adenoma hipofisário); o
tratamento com Sandostatina LAR pode reduzir a dimensão do tumor.
Sandostatina LAR está indicada no tratamento de doentes com acromegalia:
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quando outros tipos de tratamento para a acromegalia (cirurgia ou radioterapia) são
inadequados ou foram ineficazes;
após radioterapia, durante o período intermédio até que a radioterapia seja totalmente
efetiva.
Para aliviar os sintomas associados com a produção excessiva de algumas hormonas
específicas e outras substâncias relacionadas, pelo estômago, intestinos ou pâncreas,
A produção excessiva de hormonas específicas e outras substâncias naturais
relacionadas podem ser causadas por condições raras do estômago, cólon ou pâncreas.
Isto altera o equilíbrio hormonal natural do organismo e resulta numa variedade de
sintomas tais como rubores, diarreia, pressão arterial baixa, eritema e perda de peso. O
tratamento com Sandostatina LAR ajuda a controlar estes sintomas.
para tratar tumores neuroendócrinos localizados no intestino (por exemplo, apêndice,
intestino delgado ou cólon).
Os tumores neuroendócrinos são tumores raros que podem ser encontrados em
diferentes partes do corpo. A Sandostatina LAR também é usada para controlar o
crescimento destes tumores, quando estão localizados no intestino (por exemplo,
apêndice, intestino delgado e cólon).
para tratar tumores hipofisários que produzem demasiada hormona estimulante da
tiroide (TSH). Demasiada hormona estimulante da tiroide (TSH) provoca
hipertiroidismo.Sandostatina LAR é utilizada no tratamento de pessoas com tumores
hipofisários que produzem demasiada hormona estimulante da tiroide (TSH).
quando outros tipos de tratamento (cirurgia ou radioterapia) não são adequados ou não
funcionaram;
após radioterapia, para cobrir o período até a radioterapia se tornar completamente
eficaz.
2. O que precisa de saber antes de utilizar Sandostatina LAR
Siga todas as instruções do seu médico cuidadosamente. Elas podem diferir da
informação geral contida neste folheto.
Leia as seguintes explicações antes de utilizar Sandostatina LAR.
Não utilize Sandostatina LAR:
se tem alergia a octreotido ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de utilizar Sandostatina LAR:
Informe o seu médico se sofre ou já sofreu de cálculos (pedras) na vesícula, ou se
tiver quaisquer complicações como febre, arrepios, dor abdominal, ou amarelecimento
da sua pele ou olhos, pois o uso prolongado de Sandostatina LAR pode resultar na
formação de cálculos (pedras) na vesícula. O seu médico pode querer avaliar a sua
vesícula periodicamente.
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Se é diabético, uma vez que Sandostatina LAR pode afetar os níveis de açúcar no
sangue. Se é diabético, deve verificar os níveis de açúcar no sangue regularmente.
Se tem uma história de privação de vitamina B12, o seu médico pode querer
monitorizar os seus níveis de vitamina B12 periodicamente.
Análises ou exames
Se está em tratamento prolongado com Sandostatina LAR, o seu médico poderá
querer monitorizar a função da sua tiroide periodicamente.
O seu médico irá monitorizar a função do seu fígado.
Crianças
A experiência de utilização de Sandostatina LAR em crianças é limitada.
Outros medicamentos e Sandostatina LAR
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar, ou tiver utilizado
recentemente, ou se vier a utilizar outros medicamentos.
Geralmente pode continuar a tomar outros medicamentos durante o tratamento com
Sandostatina LAR. Contudo, existem casos descritos de certos medicamentos que
foram afetados pela toma simultânea de Sandostatina LAR como sejam: cimetidina,
ciclosporina, bromocriptina, quinidina e terfenadina.
Se estiver a tomar outros medicamentos para controlar a pressão arterial
(bloqueadores beta ou bloqueadores dos canais de cálcio) ou agentes para controlar o
equilíbrio de fluidos e eletrólitos, o seu médico pode considerar necessários ajustes de
dose.
Se é diabético, o seu médico pode necessitar de ajustar a dose de insulina.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Sandostatina LAR só deve ser usado durante a gravidez se for realmente
indispensável.
As mulheres com potencial para engravidar devem utilizar um método contracetivo
efetivo durante o tratamento.
Não deve amamentar enquanto está a utilizar Sandostatina LAR. Não se sabe se
Sandostatina LAR passa para o leite materno.
Condução de veículos e utilização de máquinas
O efeito de Sandostatina LAR sobre a capacidade de condução de veículos ou
utilização de máquinas é inexistente ou negligenciável. Contudo, alguns dos efeitos
indesejáveis que pode sentir enquanto utiliza Sandostatina LAR, tais como dor de
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cabeça e cansaço, podem reduzir a sua capacidade de conduzir e utilizar máquinas
com segurança.
Sandostatina LAR contém sódio
Sandostatina LAR contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por frasco para
injetáveis, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
3. Como utilizar Sandostatina LAR
Sandostatina LAR deve ser sempre administrada por injeção no músculo das nádegas.
Com a administração repetida, o local de injeção intramuscular deve ser alternado
entre a nádega direita e a nádega esquerda.
Se utilizar mais Sandostatina LAR do que deveria
Não foram notificadas reações adversas graves após sobredosagem de Sandostatina
LAR.
Os sintomas de sobredosagem são: afrontamentos, urinar mais frequentemente,
cansaço, depressão, ansiedade e falta de concentração.
Se pensa que pode ter sofrido uma sobredosagem e caso sinta estes sintomas, informe
o seu médico.
Caso se tenha esquecido de utilizar Sandostatina LAR
Caso seja esquecida uma injeção, recomenda-se que seja administrada logo que se
lembre, continuando-se o tratamento como normalmente. Não haverá problema se se
atrasar uma dose uns dias mas poderão reaparecer alguns sintomas até entrar de novo
no esquema de tratamento.
Se parar de utilizar Sandostatina LAR
Se interromper o tratamento com Sandostatina LAR os sintomas podem reaparecer.
Por esse motivo, não pare de utilizar Sandostatina LAR a menos que o seu médico lhe
diga para o fazer.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos indesejáveis possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos indesejáveis,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Alguns efeitos indesejáveis podem ser graves. Informe o seu médico imediatamente
se sentir algum dos seguintes:
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas):
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Cálculos biliares, causando dor de costas súbita.
Níveis elevados de açúcar no sangue.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Redução da atividade da tiroide (hipotiroidismo) provocando alterações no batimento
cardíaco, no apetite ou no peso; cansaço, sensação de frio ou inchaço na parte da
frente do pescoço.
Alterações nos testes de avaliação da função da tiroide.
Inflamação da vesicular biliar (colecistite); os sintomas podem incluir dor na parte
superior direita do abdómen, febre, náuseas, amarelecimento da pele e dos olhos
(icterícia).
Níveis reduzidos de açúcar no sangue.
Intolerância à glucose.
Batimento cardíaco lento.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
Sede, diminuição da quantidade de urina, urina escura e pele seca com vermelhidão.
Batimento cardíaco acelerado.
Outros efeitos indesejáveis graves
Reações de hipersensibilidade (alergia) incluindo eritema cutâneo.
Um tipo de reação alérgica (anafilaxia) que pode causar dificuldades em engolir ou
respirar, inchaço e sensação de formigueiro, possivelmente com diminuição da tensão
arterial com tonturas ou perda de consciência.
Uma inflamação da glândula pancreática (pancreatite); os sintomas podem incluir dor
súbita na parte superior do abdómen, náuseas, vómitos, diarreia.
Inflamação do fígado (hepatite); os sintomas podem incluir amarelecimento da pele e
dos olhos (icterícia), náuseas, vómitos, perda de apetite, sensação geral de mal-estar,
prurido, coloração ligeira da urina.
Batimento cardíaco irregular.
Nível baixo de plaquetas no sangue; que pode resultar em hemorragias (sangramento)
ou formação de hematomas (nódoas negras) aumentadas.
Informe o seu médico imediatamente se sentir algum dos efeitos indesejáveis
mencionados acima.
Outros efeitos indesejáveis:
Informe o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se sentir algum dos efeitos
indesejáveis mencionados abaixo. São geralmente ligeiros e tendem a desaparecer
com a continuação do tratamento.
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas):
Diarreia.
Dor abdominal.
Náuseas.
Obstipação.
Flatulência (gases).
Dor de cabeça.
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Dor no local da injeção.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Desconforto gástrico após as refeições (dispepsia).
Vómitos.
Sensação de enfartamento no estômago.
Fezes gordurosas.
Fezes moles.
Descoloração das fezes.
Tonturas.
Falta de apetite.
Alteração dos testes de função hepática.
Queda de cabelo.
Falta de ar.
Fraqueza.
Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, fale com o seu médico, farmacêutico ou
enfermeiro.
Comunicação de efeitos indesejáveis
Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também
poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao INFARMED, I.P. através dos
contactos abaixo. Ao comunicar efeitos indesejáveis, estará a ajudar a fornecer mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente)
ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Sandostatina LAR
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Conservar no frigorífico (2ºC - 8 ºC). Não congelar.
Sandostatina LAR pode permanecer a temperatura inferior a 25ºC no dia da injeção.
Não armazene a Sandostatina LAR após a reconstituição (deve ser utilizada
imediatamente).
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Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e na
embalagem exterior após “EXP” . O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não utilize este medicamento se observar partículas ou uma alteração de coloração.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Sandostatina LAR
A substância ativa é o octreotido
Um frasco para injetáveis contém 10 mg, 20 mg ou 30 mg de octreotido (como
acetato de octreotido) Os outros componentes são:
Pó para suspensão injetável (frasco para injetáveis): poli (D,L-láctido-co-glicolido),
manitol (E421).
Veículo para suspensão injetável (seringa pré-cheia): carmelose sódica, manitol
(E421), poloxamero 188 e água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Sandostatina LAR e conteúdo da embalagem
Embalagens unitárias contendo um frasco de vidro para injetáveis de 6 ml com tampa
de borracha (borracha bromobutil), selada com um selo destacável de alumínio,
contendo pó para suspensão injetável e uma seringa de vidro incolor pré-cheia de 3 ml
com tampa de borracha na frente e no êmbolo (borracha clorobutil) contendo 2 ml de
veículo para suspensão injetável, ambos embalados num tabuleiro selado com um
adaptador de frasco e uma agulha de segurança.
Embalagens múltiplas contendo três embalagens unitárias, cada uma contendo: um
frasco de vidro para injetáveis de 6 ml com tampa de borracha (borracha bromobutil),
selada com um selo destacável de alumínio, contendo pó para suspensão injetável e
uma seringa de vidro incolor pré-cheia de 3 ml com tampa de borracha na frente e no
êmbolo (borracha clorobutil) contendo 2 ml de veículo para suspensão injetável,
ambos embalados num tabuleiro selado com um adaptador de frasco e uma agulha de
segurança.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Novartis Farma - Produtos Farmacêuticos, SA
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E
Taguspark
2740-255 Porto Salvo
Portugal
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Fabricante
Novartis Pharma GmbH
Jakov-Lind-Straße 5, Top 3.05,
1020 Wien Austria
Novartis Pharma NV
Medialaan 40 Bus 1,
Vilvoorde, B-1800, Belgium
Novartis Pharma GmbH
Roonstrasse 25,
90429 Nürnberg Germany
Demetriades & Papaellinas Ltd
179 Giannos Kranidiotis avenue,
2235, Latsia, P.O.Box 24018, Nicosia, 1700, Cyprus
Novartis s.r.o.
Na Pankráci 1724/129,
140 00 Praha 4 Nusle Czech Republic
Novartis Healthcare A/S
Edvard Thomsens Vej 14,
København S, 2300, Denmark
Novartis Finland Oy
Metsäneidonkuja 10,
Espoo, FI-02130, Finland
Novartis Pharma SAS
8-10 Rue Henri Sainte-Claire Deville
92500 Rueil Malmaison France
Novartis (HELLAS) SA
12th km National Road Athinon-Lamias,
Metamorfosi Attiki, 14451, Greece
Novartis Hungary Ltd.
t u.13.,
Budaörs, 2040, Hungary
Novartis Farma S.p.A.
Via Provinciale Schito 131,
80058 Torre Annunziata (NA) Italy
Novartis Farma S.p.A.
Largo Umberto Boccioni, 1
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21040 Origgio (VA) Italy
Novartis Norge AS
Nydalen Allé 37 A,
NO-0484 Oslo, Norway
Novartis Poland Sp. z o.o.
15 Marynarska Street,
02-674 Warsaw Poland
Novartis Farma - Produtos Farmacêuticos, S.A.
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, n.º 10E,Taguspark,
Porto Salvo, 2740-255, Portugal
Novartis Farmacéutica SA
Ronda de Santa Maria, 158
08210 Barberà del Vallès, Barcelona Spain
Novartis Sverige AB
Torshamnsgatan 48,
164 40 Kista, Sweden
Novartis Pharma B.V.
Haaksbergweg 16
1101 BX Amsterdam
The Netherlands
Novartis Pharmaceuticals UK Ltd
2nd Floor, The WestWorks Building,
White City Place 195 Wood Lane
London W12 7FQ, United Kingdom
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço
Económico Europeu (EEE) com as seguintes denominações:
Áustria, Bulgária, Croácia Chipre, Républica Checa,
Dinamarca, Estónia, Finlândia, Alemanha, Grécia, Hungria,
Irlanda, Islândia, Letónia, Lituânia, Malta, Noruega,
Polónia, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia,
Reino Unido
Sandostatin LAR
Bélgica, Luxemburgo, Holanda
Sandostatine LAR
Itália, Portugal
Sandostatina LAR
França
Sandostatine L.P.
Este folheto foi revisto pela última vez em
A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
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Como utilizar Sandostatina LAR
Acromegalia
Recomenda-se iniciar o tratamento com administração de 20 mg de Sandostatina LAR
com intervalos de 4 semanas durante 3 meses. Os doentes em tratamento com
Sandostatina subcutânea podem começar o tratamento com Sandostatina LAR no dia
seguinte após a última dose de Sandostatina subcutânea. Os ajustes de dose
posteriores devem ser baseados nas concentrações séricas de hormona do crescimento
(GH) e fator-1/somatomedina C de crescimento tipo insulina (IGF-1) e sintomas
clínicos.
Nos doentes em que, neste período de 3 meses, os sintomas clínicos e os parâmetros
bioquímicos (GH; IGF-1) não estiverem inteiramente controlados (concentrações GH
ainda acima de 2,5 microgramas/L), a dose pode ser aumentada para 30 mg de 4 em
4 semanas. Se após 3 meses, GH, IGF-1, e/ou os sintomas não estiverem
adequadamente controlados com a dose de 30 mg, a dose pode ser aumentada para
40 mg de 4 em 4 semanas.
Os doentes com concentrações de GH consistentemente inferiores a 1 micrograma/L,
com concentrações séricas de IGF-1 normalizadas, e em que a maioria dos
sinais/sintomas reversíveis de acromegalia tenham desaparecido após 3 meses de
tratamento com 20 mg, pode administrar 10 mg de Sandostatina LAR em intervalos
de 4 semanas. Contudo, em particular neste grupo de doentes, recomenda-se a
monitorização rigorosa do controlo das concentrações séricas de GH e IGF-1, e dos
sinais/sintomas clínicos nesta dose baixa de Sandostatina LAR.
Em doentes com uma dose estável de Sandostatina LAR, a avaliação de GH e IGF-1
deve ser realizada de 6 em 6 meses.
Tumores endócrinos gastro-entero-pancreáticos
Tratamento de doentes com sintomas associados a tumores endócrinos gastro-entero-
pancreáticos funcionais
Recomenda-se iniciar o tratamento com a administração de 20 mg de Sandostatina
LAR, de 4 em 4 semanas. Os doentes em tratamento com Sandostatina s.c. devem
continuar com a dose prévia eficaz durante 2 semanas após a primeira injeção de
Sandostatina LAR.
Para doentes nos quais os sintomas e marcadores biológicos se encontram bem
controlados após 3 meses de tratamento, a dose pode ser reduzida para 10 mg de
Sandostatina LAR, de 4 em 4 semanas.
Para doentes nos quais os sintomas estão apenas parcialmente controlados após 3
meses de tratamento, a dose pode ser aumentada para 30 mg de Sandostatina LAR, de
4 em 4 semanas.
Para os dias em que os sintomas associados com os tumores gastro-entero-
pancreáticos possam aumentar durante o tratamento com Sandostatina LAR,
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Sandostatina LAR 10 mg pó e veículo para suspensão injetável
Sandostatina LAR 20 mg pó e veículo para suspensão injetável
Sandostatina LAR 30 mg pó e veículo para suspensão injetável
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um frasco para injetáveis contém 10 mg de octreotido (como acetato de octreotido)
Um frasco para injetáveis contém 20 mg de octreotido (como acetato de octreotido)
Um frasco para injetáveis contém 30 mg de octreotido (como acetato de octreotido)
Excipientes com efeito conhecido:
Contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por frasco para injetáveis, ou seja, é
praticamente “isento de sódio”.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó e veículo para suspensão injetável.
Pó: pó branco a branco com tonalidade amarelada.
Veículo para suspensão injetável: solução transparente, incolor a ligeiramente amarela
ou castanha.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de doentes com acromegalia nos quais a cirurgia não é apropriada ou é
ineficaz, ou no período intermédio até que a radioterapia mostre total eficácia (ver
secção 4.2).
Tratamento de doentes com sintomas associados a tumores endócrinos gastro-entero-
pancreáticos funcionais p. ex. tumores carcinoides com características de síndrome
carcinoide (ver secção 5.1).
Tratamento de doentes com tumores neuroendócrinos avançados do intestino médio
ou de localização primária desconhecida em que as localizações não originárias do
intestino médio foram excluídas.
Tratamento de adenomas hipofisários secretores de TSH:
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quando a secreção não normalizou após cirurgia e/ou radioterapia;
em doentes para quem a cirurgia não é adequada;
em doentes irradiados até a radioterapia ser eficaz.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Acromegalia
Recomenda-se iniciar o tratamento com a administração de 20 mg de Sandostatina
LAR em intervalos de 4- semanas durante 3 meses. Os doentes em tratamento com
Sandostatina subcutânea podem iniciar o tratamento com Sandostatina LAR no dia
seguinte à última dose de Sandostatina subcutânea. Os ajustes posológicos posteriores
devem basear-se nas concentrações séricas da hormona do crescimento (GH) e do
fator 1 de crescimento análogo da insulina/somatomedina C (IGF-1), e nos sintomas
clínicos.
Nos doentes em que, no fim deste período de 3 meses, os sintomas clínicos e os
parâmetros bioquímicos (GH; IGF-1) não estiverem totalmente controlados,
(concentrações de GH mantidas acima de 2,5 microgramas/l), pode aumentar-se a
dose para 30 mg, de 4 semanas em 4 semanas. Se após 3 meses a GH, IGF 1 e/ou os
sintomas não estiverem adequadamente controlados com a dose de 30 mg, a dose
pode ser aumentada para 40 mg de 4 em 4 semanas.
Nos doentes em que as concentrações de GH se encontram consistentemente abaixo
de 1 micrograma/l, que apresentam concentrações séricas de IGF 1 normalizadas, e
nos quais desapareceram a maioria dos sinais e sintomas reversíveis de acromegalia
após 3 meses de tratamento com a dose de 20 mg, podem administrar-se 10 mg de
Sandostatina LAR, de 4 em 4 semanas. Contudo, em particular neste grupo de
doentes, tratados com esta dosagem baixa de Sandostatina LAR, recomenda-se uma
monitorização particularmente atenta das concentrações séricas adequadas de GH e
IGF-1, bem como dos sinais/sintomas clínicos.
Para doentes a fazer uma dose estável de Sandostatina LAR, a avaliação de GH e
IGF-1 deve ser efetuada a cada 6 meses.
Tumores endócrinos gastro-entero-pancreáticos
Tratmento de doentes com sintomas associados a tumores neuroendócrinos gastro-
entero-pancreáticos
Recomenda-se iniciar o tratamento com administração de 20 mg de Sandostatina LAR
em intervalos de 4 semanas. Os doentes em tratamento com Sandostatina subcutânea
devem continuar com a dose eficaz prévia, durante 2 semanas após a primeira injeção
de Sandostatina LAR.
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Para doentes nos quais os sintomas e marcadores biológicos se encontram bem
controlados após 3 meses de tratamento, a dose pode ser reduzida para 10 mg de
Sandostatina LAR, de 4 em 4 semanas.
Para doentes nos quais os sintomas estão apenas parcialmente controlados após
3 meses de tratamento, a dose pode ser aumentada para 30 mg de Sandostatina LAR
de 4 em 4 semanas
Nos dias em que os sintomas associados com os tumores gastro-entero-pancreáticos
possam aumentar durante o tratamento com Sandostatina LAR, recomenda-se a
administração adicional de Sandostatina subcutânea na mesma dose utilizada antes do
tratamento com Sandostatina LAR. Isto pode ocorrer principalmente nos 2 primeiros
meses de tratamento até se atingirem as concentrações terapêuticas de octreotido.
Tratamento de doentes com tumores neuroendócrinos avançados do intestino médio
ou de localização primária desconhecida em que as localizações não originárias do
intestino médio foram excluídas
A dose recomendada de Sandostatina LAR é de 30 mg administrada de 4 em 4
semanas (ver secção 5.1). O tratamento com Sandostatina LAR para o controlo
tumoral deve ser continuado na ausência de progressão tumoral.
Tratmento de adenomas hipofisários secretores de TSH
O tratamento deve ser iniciado com administração de 20 mg de Sandostatina LAR em
intervalos de 4 semanas durante 3 meses antes de considerar ajuste de dose. A dose é
depois ajustada com base na TSH e na resposta da hormona tiróide.
Utilização em doentes com compromisso renal
A insuficiência renal não afetou a exposição total (AUC) ao octreotido quando
administrado por via subcutânea, como Sandostatina. Por esse motivo, não é
necessário ajustar a posologia de Sandostatina LAR.
Utilização em doentes com afeção hepática
Num estudo em que foi administrada Sandostatina por via subcutânea (s.c.) e
intravenosa (i.v.) demonstrou-se que a capacidade de eliminação podia apresentar-se
reduzida em doentes com cirrose hepática, mas não em doentes com esteatose
hepática. Nalguns casos, pode ser necessário ajuste posológico em doentes com
insuficiência hepática.
Utilização em idosos
Num estudo com Sandostatina administrada por via s.c., não foi necessário efetuar
qualquer ajustamento posológico em indivíduos
65 anos de idade. Por esse motivo
não é necessário ajustar a posologia de Sandostatina LAR neste grupo de doentes.
Utilização em crianças
A experiência da utilização de Sandostatina LAR em crianças é limitada.
Modo de administração
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A administração de Sandostatina LAR só pode ser efetuada por injeção intramuscular
profunda. Deve alternar-se o local das injeções intramusculares entre o músculo
glúteo direito e o esquerdo (ver secção 6.6).
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Gerais
Atendendo a que os tumores hipofisários secretores da GH podem por vezes expandir-
se, produzindo complicações graves (p.ex. alterações do campo visual), é essencial
que todos os doentes sejam cuidadosamente monitorizados. Se existir evidência de
uma expansão do tumor, devem considerar-se procedimentos alternativos.
Os benefícios terapêuticos na redução dos níveis de hormona de crescimento (GH) e
na normalização da concentração de fator 1 análogo da insulina (IGF-1) em mulheres
acromegálicas podem potencialmente restaurar a fertilidade. Assim, as mulheres com
potencial para conceber devem ser aconselhadas a usar métodos contracetivos
adequados, se necessário, durante o tratamento com octreotido (ver secção 4.6).
A função tiróideia deve ser monitorizada em doentes a receber tratamento prolongado
com octreotido.
A função hepática deve ser monitorizada durante o tratamento com octreotido.
Acontecimentos cardiovasculares
Foram relatados casos pouco frequentes de bradicardia. Podem ser necessários ajustes
de dose de alguns fármacos, tais como bloqueadores beta, bloqueadores dos canais de
cálcio ou agentes que controlam o equilíbrio de fluidos e eletrólitos (ver secção 4.5).
Acontecimentos biliares e relacionados
A colelitíase é um acontecimento muito frequente durante o tratamento com
Sandostatina e pode estar associada a colecistite e dilatação do ducto biliar (ver secção
4.8). Adicionalmente, foram notificados casos de colangite como complicação da
colelitíase em doentes a tomar Sandostatina LAR em contexto de pós-
comercialização. Recomenda-se o exame ecográfico da vesícula antes e durante o
tratamento com Sandostatina LAR com intervalos de cerca de 6 a 12 meses.
Metabolismo da glucose
Devido à sua ação inibitória sobre a hormona do crescimento e sobre a libertação de
glucagom e de insulina, Sandostatina LAR pode afetar a regulação de glucose. A
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tolerância pós-prandial à glucose pode ser reduzida. Tal como descrito para os doentes
tratados com Sandostatina s.c., em casos esporádicos e como resultado de
administração crónica, poderá haver indução de um estado de hiperglicemia
persistente. Também se tem observado hipoglicemia.
Nos doentes com diabetes mellitus tipo I concomitante, é provável que Sandostatina
LAR altere a regulação da glucose, podendo ocorrer redução da necessidade de
insulina. Em doentes não diabéticos e diabéticos tipo II com reservas de insulina
parcialmente intactas, a administração subcutânea de Sandostatina poderá resultar
num aumento da glicemia pós-prandial. Recomenda-se por isso a monitorização da
tolerância à glucose e tratamento antidiabético.
Em doentes com insulinomas, o octreotido, devido à sua maior potência relativa em
inibir a secreção de GH e de glucagom do que a de insulina, e devido à menor duração
da sua ação inibitória na insulina, pode aumentar a intensidade e prolongar a duração
da hipoglicemia. Estes doentes devem ser atentamente monitorizados.
Nutrição
O octreotido pode alterar a absorção de dietas ricas em gorduras em alguns doentes.
Foram observadas diminuições dos níveis de vitamina B12 e testes de Schilling
anormais nalguns doentes tratados com octreotido. Em doentes com história de
privação de vitamina B12, recomenda-se monitorização dos níveis de vitamina B12
durante o tratamento com Sandostatina LAR.
Teor de sódio
Sandostatina LAR contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por frasco para
injetáveis, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Podem ser necessários ajustes de dose de alguns fármacos, tais como bloqueadores
beta, bloqueadores dos canais de cálcio ou agentes que controlam o equilíbrio de
fluídos e eletrólitos aquando da administração concomitante de Sandostatina LAR
(ver secção 4.4).
Podem ser necessários ajustes de dose de insulina e medicamentos antidiabéticos
aquando co-administração de Sandostatina LAR (ver secção 4.4).
Verificou-se que o octreotido reduz a absorção intestinal de ciclosporina e atrasa a
absorção da cimetidina.
A administração concomitante de octreotido e bromocriptina aumenta a
biodisponibilidade da bromocriptina.
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Os poucos dados publicados indicam que os análogos da somatostatina podem reduzir
a depuração metabólica de compostos que se sabe serem metabolizados pelas enzimas
do citocromo P450, o que pode ser atribuído à supressão da hormona de crescimento.
Como não se pode excluir que o octreotido tenha este efeito, recomenda-se precaução
na utilização de outros fármacos metabolizados principalmente pela CYP3A4 e que
poderão ter um baixo índice terapêutico (por ex. quinidina, terfenadina).
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de octreotido em mulheres grávidas, é
limitada (menos de 300 gravidezes expostas), e em aproximadamente um terço dos
casos os resultados da gravidez são desconhecidos. A maioria das notificações foram
recebidas após a comercialização de octreotido e mais de 50% dos relatados foram
casos de doentes com acromegalia. A maioria das mulheres estiveram expostas a
octreotido durante o primeiro trimestre da gravidez e as doses variaram de 100-
1200 microgramas/dia de Sandostatina s.c. ou 10-40 mg/mês de Sandostatina LAR.
Foram notificadas anomalias congénitas em cerca de 4% dos casos de gravidez dos
quais não se conhecem os resultados. Não existe suspeita de relação causal com
octreotido nestes casos.
Estudos em animais não revelam efeitos nefastos diretos ou indiretos no que respeita a
toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3).
Como medida de precaução, é preferível evitar a utilização de Sandostatina LAR
durante a gravidez (ver secção 4.4).
Amamentação
Não é conhecido se o octreotido é excretado no leite materno humano. Estudos em
animais mostraram que o octreotido é excretado no leite materno. As doentes não
devem amamentar durante o tratamento com Sandostatina LAR.
Fertilidade
Desconhece-se se o octreotido tem efeito sobre a fertilidade humana. Observou-se
atraso na descida dos testículos nos machos de ninhadas de fêmeas tratadas durante a
gravidez e a lactação. O octreotido, contudo, não afetou a fertilidade em ratos machos
e fêmeas com doses até 1 mg/kg peso corporal por dia (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Sandostatina LAR sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
são nulos ou desprezáveis. Os doentes devem ser aconselhados a ter cautela a
conduzir ou utilizar máquinas se sentirem tonturas, astenia/fadiga ou dor de cabeça
durante o tratamento com Sandostatina LAR.
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4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas mais frequentemente relatadas durante o tratamento com
octreotido incluem distúrbios gastrointestinais, do sistema nervoso, hepatobiliares, do
metabolismo e nutricionais.
As reações adversas mais frequentemente relatadas nos ensaios clínicos com
octreotido foram diarreia, dor abdominal, náuseas, flatulência, dor de cabeça,
colelitíase, hiperglicemia e obstipação. Outras reações adversas frequentemente
relatadas foram tonturas, dor localizada, sedimento biliar, disfunções da tiroide (p. ex.,
diminuição da hormona estimulante da tiroide [TSH], diminuição da T4 total, e
diminuição da T4 livre), fezes moles, intolerância à glucose, vómitos, astenia e
hipoglicemia.
Lista tabelada de reações adversas
As seguintes reações adversas medicamentosas, listadas na Tabela 1, foram
acumuladas de ensaios clínicos com octreotido:
As reacções adversas medicamentosas (Tabela 1) são apresentadas por ordem de
frequência, as mais frequentes em primeiro lugar, de acordo com a seguinte
convenção: Muito frequentes (
1/10); Frequentes (
1/100, <1/10); Pouco frequentes
1/1.000, <1/100); Raros (
1/10.000, <1/1.000); Muito raros (<1/10.000), incluindo
relatos isolados. Dentro de cada classe de frequência os efeitos secundários são
apresentados por ordem decrescente de gravidade.
Tabela 1
Reações adversas medicamentosas notificadas em ensaios clínicos
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes:
Diarreia, dor abdominal, náuseas, obstipação,
flatulência.
Frequentes:
Dispepsia, vómitos, distensão abdominal, esteatorreia,
fezes moles, descoloração das fezes.
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes:
Cefaleias.
Frequentes:
Tonturas.
Doenças endócrinas
Frequentes:
Hipotiroidismo, alterações tiróideias (ex. diminuição da
TSH, diminuição da T4 Total e diminuição da
T4 Livre).
Afeções hepatobiliares
Muito frequentes:
Colelitíase.
Frequentes:
Colecistite, sedimento biliar, hiperbilirubinemia.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes:
Hiperglicemia.
Frequentes:
Hipoglicemia, intolerância à glucose, anorexia.
Pouco frequentes:
Desidratação.
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Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes:
Reações no local da injeção.
Frequentes:
Astenia.
Exames complementares de diagnóstico
Frequentes:
Elevação dos níveis das transaminases.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes:
Prurido, eritema cutâneo, alopecia.
Doenças respiratórias
Frequentes:
Dispneia.
Cardiopatias
Frequentes:
Bradicardia.
Pouco frequentes:
Taquicardia.
Pós-comercialização
As reações adversas espontâneas apresentadas na Tabela 2 foram notificadas
voluntariamente e nem sempre é possível estabelecer a frequência ou uma relação
causal com a exposição ao medicamento.
Tabela 2
Reações adversas medicamentosas de notificação espontânea
Doenças do sangue e do sistema linfático
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Anafilaxia, alergia/reações de hipersensibilidade.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Urticária
Afeções hepatobiliares
Pancreatite aguda, hepatite aguda sem colestase, hepatite colestática, colestase,
icterícia, icterícia colestática.
Cardiopatias
Arritmias.
Exames complementares de diagnóstico
Elevação dos níveis de fosfatase alcalina e gama glutamil transferase.
Descrição de reações adversas selecionadas
Reações biliares e relacionadas
Foi demonstrasdo que os análogos da somatostatina inibem a contractilidade da
vesícula biliar e diminuem a secreção da bílis, o que pode conduzir a alterações
biliares ou sedimento biliar. Foi notificado o desenvolvimento de cálculos biliares em
15 a 30% de doentes submetidos a tratamento prolongado com Sandostatina s.c. A
incidência na população em geral (com idade entre 40 e 60 anos) é de cerca de 5 a
20%. A exposição prolongada a Sandostatina LAR de doentes com acromegalia ou
tumores gastro-entero-pancreáticos sugere que o tratamento com a Sandostatina LAR
não aumenta a incidência de formação de cálculos biliar, por comparação com o
tratamento por via subcutânea. Se surgirem cálculos biliares, estes são geralmente
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assintomáticos; os cálculos sintomáticos devem ser tratados por terapêutica de
dissolução com ácidos biliares ou através de cirurgia.
Doenças gastrointestinais
Em raras circunstâncias, os efeitos secundários gastrointestinais podem assemelhar-se
a obstrução intestinal, com distensão abdominal progressiva, dor epigástrica grave,
sensibilidade abdominal e defesa.
Sabe-se que a frequência dos acontecimentos adversos gastrointestinais diminui ao
longo do tempo com a continuação do tratamento.
Hipersensibilidade e reações anafiláticas
Foram notificadas hipersensibilidade e reações alérgicas durante a experiência pós-
comercialização. Quando surgem afetam principalmente a pele, raramente a boca e as
vias respiratórias. Foram notificados casos isolados de choque anafilático.
Alterações no local de administração
Foram notificadas frequentemente reações relacionadas com o local da injeção
incluindo dor, vermelhidão, hemorragia, prurido, edema ou endurecimento em
doentes a receber Sandostatina LAR; contudo, estes acontecimentos não necessitaram
de intervenção clínica na maioria dos casos.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Ainda que possa aumentar a excreção de gordura nas fezes não há evidência até à data
de que o tratamento prolongado com octreotido tenha conduzido a deficiência
nutricional devida a mal absorção.
Enzimas pancreáticas
Em circunstâncias muito raras, foi descrita pancreatite aguda nas primeiras horas ou
dias de tratamento com Sandostatina s.c. que reverteu com a descontinuação do
medicamento. Adicionalmente, a pancreatite induzida por colelitíase foi relatada em
doentes em tratamento prolongado com Sandostatina s.c.
Cardiopatias
A bradicardia é uma reação adversa frequente associada aos análogos da
somatostatina. Tanto nos doentes com síndrome acromegálico como carcinoide, foram
observadas alterações no ECG, como prolongamento do intervalo QT, alterações dos
eixos, repolarização precoce, baixa voltagem, transição R/S, progressão precoce da
onda R e alterações não específicas do traçado ST-T. A relação destes eventos com o
acetato de octreotido não foi, no entanto, estabelecida, pois muitos destes doentes
apresentavam doenças cardíacas subjacentes (ver secção 4.4).
Trombocitopenia
Foi notificada trombocitopenia durante a experiência pós-comercialização, em
particular durante o tratamento com Sandostatina (i.v.) em doentes com cirrose
hepática e durante o tratamento com Sandostatina LAR. Tal é reversível após
descontinuação do tratamento.
Notificação de suspeitas de reações adversas
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A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente)
ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Apenas um número limitado de sobredosagens acidentais com Sandostatina LAR
foram notificadas. As doses variaram de 100 mg a 163 mg por mês de Sandostatina
LAR. O único acontecimento adverso notificado foi afrontamento.
Foram relatados casos de doentes de cancro a receber doses de Sandostatina LAR até
60 mg/mês e até 90 mg de duas em duas semanas. Estas doses foram em geral bem
toleradas, no entanto, foram relatados os seguintes acontecimentos adversos: poliúria,
fadiga, depressão, ansiedade, falta de concentração.
O tratamento da sobredosagem é sintomático.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 8.1.3. Hormonas e medicamentos usados no tratamento
das doenças endócrinas. Hormonas hipotalâmicas e hipofisárias, seus análogos e
antagonistas. Antagonistas hipofisários, código ATC: H01CB02
Octreotido é um octapéptido sintético análogo à somatostatina natural com efeitos
farmacológicos semelhantes, mas com uma duração de ação consideravelmente mais
prolongada. Inibe a secreção patologicamente aumentada da hormona do crescimento
(GH), de péptidos e de serotonina produzidos no sistema endócrino gastro-entero-
pancreático (GEP).
Em animais, octreotido é um inibidor mais potente da libertação da hormona do
crescimento, do glucagom e da insulina, do que a somatostatina natural e com uma
maior seletividade para a supressão de GH e de glucagom.
Em voluntários saudáveis octreotido, tal como a somatostatina, provou inibir: