Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
27-03-2014
27-03-2014
APROVADO EM
27-03-2014
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Buprenorfina PLS 0,4 mg comprimidos sublinguais
Buprenorfina PLS 2 mg comprimidos sublinguais
Buprenorfina PLS 4 mg comprimidos sublinguais
Buprenorfina PLS 6 mg comprimidos sublinguais
Buprenorfina PLS 8 mg comprimidos sublinguais
buprenorfina
Leia
atentamente
este
todo
este
folheto
antes
começar
tomar
este
medicamento
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Buprenorfina PLS e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Buprenorfina PLS
3. Como tomar Buprenorfina PLS
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Buprenorfina PLS
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O QUE É Buprenorfina PLS E PARA QUE É UTILIZADO
Buprenorfina
medicamento
utilizado
dependência
opiáceos
(narcóticos).
Buprenorfina PLS: os comprimidos sublinguais são utilizados como parte de um
programa de tratamento médico, social e psicológico para doentes com dependência
de opiáceos (narcóticos). Um comprimido sublingual é um comprimido que é
colocado sob a sua língua e se deixa dissolver. O tratamento com Buprenorfina PLS
comprimidos sublinguais destina-se a ser utilizado em adultos e adolescentes com
idade superior a 15 anos.
2. O QUE PRECISA SABER ANTES DE TOMAR Buprenorfina PLS
Não tome Buprenorfina PLS
- se tem alergia (hipersensibilidade) à buprenorfina ou a qualquer outro componente
de Buprenorfina PLS (ver secção 6 para a lista dos componentes).
- se tem problemas respiratórios graves.
- se tem problemas graves no fígado ou se o seu médico detectar o desenvolvimento
de um problema desse tipo durante o tratamento.
- se está intoxicado por álcool ou sofre de delirium tremens (os “tremores” e
alucinações).
- se está a amamentar.
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Advertências e precauções
Informe o seu médico se tiver alguma das seguintes doenças antes do tratamento ou
as desenvolver durante o tratamento, pois o seu médico poderá ter de reduzir a sua
dose de Buprenorfina PLS ou poderá ser necessário tratamento adicional para as
controlar:
- asma ou outros problemas respiratórios.
- doença hepática ou renal.
- lesão na cabeça ou doença cerebral recentes.
- diminuição da pressão arterial.
- nos homens: doenças urinárias (especialmente associadas com uma próstata
aumentada).
A utilização incorrecta, especialmente por injecção e em dose elevada é perigosa e
poderá ser fatal.
Algumas pessoas morreram devido a insuficiência respiratória (incapacidade de
respirar)
pois
utilizaram
incorrectamente
buprenorfina
tomaram-na
associação
outros
depressores
sistema
nervoso
central
como
álcool,
benzodiazepinas
(medicamentos
utilizados
para
tratar
ansiedade
perturbações do sono) ou outros opiáceos.
Ocorreram casos de lesões hepáticas agudas graves quando este medicamento foi
utilizado incorrectamente. Estas lesões poderão ser devidas a doenças especiais
como infecções virais (hepatite C crónica), abuso de álcool, anorexia ou quando
tomado com certos outros medicamentos (por exemplo: anti-retrovirais análogos dos
nucleosídeos, aspirina, amiodarona, isoniazida e valproato). Se tiver sintomas de
fadiga intensa, ausência de apetite, comichão ou se a sua pele ou os seus olhos
estiverem amarelados, informe o seu médico imediatamente, de modo a que possa
receber o tratamento adequado.
Este medicamento pode causar:
- sintomas de abstinência se o tomar menos de seis horas após consumir um
narcótico (morfina, heroína ou outras substâncias relacionadas).
sonolência,
pode
piorar
também
ingerir
álcool
tomar
fármacos
tranquilizantes
ansiolíticos.
estiver
sonolento,
não
conduza
utilize
maquinaria.
- queda súbita da pressão arterial, que faz com que sinta tonturas se se levantar
demasiado rapidamente a partir de uma posição sentada ou deitada.
- dependência de drogas.
- uma reacção positiva a análises “antidoping” (os atletas deverão ter isto presente).
Outros medicamentos e Buprenorfina PLS
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica. Antes de tomar Buprenorfina PLS, deve informar o seu médico se estiver a
tomar algum dos seguintes medicamentos:
- benzodiazepinas e outros medicamentos utilizados para tratar a ansiedade ou as
perturbações do sono.
outros
medicamentos
propriedades sedativas incluindo
anti-histamínicos
sedativos, certos antidepressivos e clonidina (um tratamento para a pressão arterial
alta, enxaquecas, afrontamentos da menopausa).
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- analgésicos fortes (analgésicos opiáceos), medicamentos para a tosse que contêm
substâncias relacionadas com opiáceos e metadona.
- inibidores da monoaminoxidase (um tipo de antidepressivo).
- fármacos antipsicóticos.
- gestodeno (um contraceptivo oral).
- medicamentos para tratar o VIH / SIDA (inibidores da protease) incluindo indinavir,
ritonavir e saquinavir.
medicamentos
antiepilépticos
(anticonvulsivantes)
incluindo
fenobarbital,
carbamazepina e fenitoína.
- medicamentos antibióticos incluindo rifampicina, troleandomicina e cetoconazol
(um tratamento para infecções fúngicas).
- fenprocumon (um medicamento para tornar o sangue mais fluido).
Buprenorfina PLS com alimentos, bebidas e álcool
Não beba bebidas alcoólicas enquanto estiver a ser tratado com buprenorfina. O
álcool aumenta os efeitos sedativos da buprenorfina, podendo tornar perigosa a
condução e a utilização de maquinaria.
Gravidez e amamentação
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Não tome buprenorfina durante a gravidez, a menos que o seu médico lhe diga para
o fazer.
Não tome buprenorfina se estiver a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Buprenorfina
poderá
causar
sonolência,
especialmente
quando
tomada
conjuntamente com álcool ou certos antidepressivos. Caso se sinta cansado, não
conduza nem utilize maquinaria.
Buprenorfina PLS contém lactose
Se foi informado pelo seu médico de que sofre de intolerância a alguns açúcares,
contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Buprenorfina PLS os comprimidos sublinguais 2 mg, 4 mg e 8 mg também contêm o
agente corante amarelo alaranjado (E110), que pode provocar reacções alérgicas.
3. COMO TOMAR Buprenorfina PLS
Tome sempre Buprenorfina PLS de acordo com as indicações do médico. Fale com o
seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Os comprimidos são administrados por via sublingual. Isto significa que deve colocar
o comprimido debaixo da sua língua e deixá-lo dissolver-se. Esta é a única maneira
de tomar estes comprimidos. Não mastigue os comprimidos nem os engula inteiros,
pois não irão actuar adequadamente.
A dose habitual é:
Adultos e adolescentes com mais de 15 anos: a dose inicial varia entre 0,8mg e 4
mg, tomada uma vez por dia.
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Doentes que sofreram de abstinência: uma dose de Buprenorfina PLS pelo menos 6
horas após a última utilização de opiáceos (narcóticos) ou quando surgir o primeiro
sinal de carência (craving).
Doentes a receber metadona: antes de iniciar o tratamento, o seu médico deverá
reduzir a sua dose de metadona para um máximo de 30 mg por dia. Buprenorfina
PLS poderá causar sintomas de abstinência em doentes que são dependentes de
metadona.
Durante
tratamento,
médico
poderá
aumentar
dose
buprenorfina até uma única dose máxima diária de 24 mg, dependendo da sua
resposta. Após um período de tratamento bem sucedido, o seu médico poderá
reduzir gradualmente a sua dose. Dependendo da sua situação, a sua dose poderá
continuar a ser reduzida sob vigilância médica cuidadosa, até ser completamente
interrompida.
Se tomar mais Buprenorfina PLS do que deveria
Deve imediatamente ir ou ser levado para um centro de urgências ou hospital para
tratamento. Informe imediatamente o seu médico ou o seu farmacêutico.
Caso se tenha esquecido de tomar Buprenorfina PLS
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Contacte o seu médico.
Se parar de tomar Buprenorfina PLS
A interrupção súbita do tratamento pode provocar sintomas de abstinência.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Buprenorfina PLS pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se desenvolver sintomas de uma reacção alérgica grave (como dificuldade em
respirar, respiração asmática e inchaço do olhos, lábios, garganta, língua ou mãos)
procure imediatamente ajuda médica.
A frequência de efeitos secundários possíveis indicada em seguida é definida
utilizando a seguinte convenção:
Muito frequentes:
afecta mais de 1 utilizador em 10
Frequentes:
afecta 1 a 10 utilizadores em 100
Pouco frequentes:
afecta 1 a 10 utilizadores em 1.000
Raros:
afecta 1 a 10 utilizadores em 10.000
Muito raros:
afecta menos de 1 utilizador em 10.000
Desconhecida:
não
possível
estimar
frequência
partir
dados
disponíveis
Efeitos secundários muito frequentes
- não conseguir dormir
- uma sensação geral de fraqueza
- síndrome de abstinência
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Efeitos secundários frequentes
- dor de cabeça
- desmaio
- tonturas
- ansiedade
- nervosismo
- obstipação
- náuseas
- vómitos
- diarreia
- dor de estômago
- perturbação do lacrimejo
- corrimento nasal
- sonolência
- queda da pressão arterial ao mudar de posição a partir de uma posição sentada ou
deitada para a posição de pé
- sudação
- dor nas costas
- calafrios
Efeitos secundários pouco frequentes
- alucinações
- dificuldade grave em respirar (depressão respiratória)
- problema hepático com ou sem icterícia
- morte das células do fígado (necrose do fígado)
Efeitos secundários muito raros
- foram descritas reacções de hipersensibilidade (alérgicas). Os sintomas poderão
incluir erupção cutânea, urticária e comichão.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar algum efeito secundário
não mencionado neste folheto, por favor informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR Buprenorfina PLS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Buprenorfina PLS após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior e no blister após {abreviatura utilizada para prazo de validade}. O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem para proteger da
humidade.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. CONTEÚDO DA EMBALAGEM E OUTRAS INFORMAÇÕES
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Qual a composição de Buprenorfina PLS:
- A substância activa é buprenorfina (como cloridrato). Cada comprimido contém 0,4
mg, 2 mg, 4 mg, 6 mg ou 8 mg de buprenorfina.
- Os outros componentes são estearato de magnésio, citrato de sódio, povidona,
ácido cítrico anidro, amido pré-gelatinizado, e lactose monoidratada. Buprenorfina
PLS os comprimidos sublinguais 2 mg, 4 mg, 6 mg e 8 mg contêm igualmente
crospovidona, manitol e amarelo alaranjado (E110).
Qual o aspecto de Buprenorfina PLS e conteúdo da embalagem
Buprenorfina PLS os comprimidos sublinguais 0,4 mg são brancos ou quase brancos,
arredondados de 6 mm e achatados com “B” numa das faces.
Buprenorfina PLS os comprimidos sublinguais 2 mg são cor-de-laranja claro, ovais de
5 x 8 mm e biconvexos com “B” numa das faces.
Buprenorfina
comprimidos
sublinguais
são
cor-de-laranja
claro,
arredondados de 9 mm e biconvexos com “B 4” numa das faces com ranhura em
ambos os lados e na face lateral. Os comprimidos podem ser divididos em metades
iguais.
Buprenorfina
comprimidos
sublinguais
são
cor-de-laranja
claro,
arredondados de 10 mm e biconvexos com “B 6” numa das faces com ranhura em
ambos os lados e na face lateral. Os comprimidos podem ser divididos em metades
iguais
Buprenorfina PLS os comprimidos sublinguais 8 mg são cor-de-laranja claro, ovais de
7.35 x 13.35 mm e biconvexos com “B” numa das faces.
Buprenorfina PLS está disponível em tamanhos de embalagem de 1, 7, 20, 24, 28,
48 e 50 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
PLS Pharma - Produtos Farmacêuticos, Lda
Estrada de Paço de Arcos, Edificio Espaço, nº 9 - 2F
2770-218 Paço de Arcos
Fabricante
Actavis hf.
Reykjavíkurvegur 76-78
220 Hafnarfjörður
Islândia
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados-Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Buprenorfina PLS 0,4 mg comprimidos sublinguais.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém cloridrato de buprenorfina equivalente a 0,4 mg de
buprenorfina base.
Excipientes: lactose mono-hidratada 63,6 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido sublingual.
Comprimidos de cor branca a quase branco, redondos, com 6 mm de diâmetro e
gravados com “B” num dos lados.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de substituição em caso de toxicodependência major de opiáceos, no
âmbito de um programa detalhado de acompanhamento terapêutico do ponto de
vista médico, social e psicológico.
4.2 Posologia e modo de administração
O tratamento destina-se a adultos e adolescentes a partir dos 15 anos de idade que
acederam ao tratamento da sua toxicodependência.
Ao instituir o tratamento com buprenorfina, o médico deverá ter presente o perfil
agonista parcial da molécula para os receptores µ dos opiáceos, que pode precipitar
uma síndrome de abstinência em doentes dependentes de opiáceos.
O resultado do tratamento depende da posologia prescrita assim como do conjunto
de medidas médicas, psicológicas, sociais e educacionais tomadas na monitorização
do doente.
A via administração é sublingual: Os médicos devem advertir os doentes de que a
via sublingual é a única via de administração eficaz e bem tolerada para a
administração do medicamento. O comprimido deve ser mantido debaixo da língua
até se dissolver, o que ocorre normalmente entre 5 a 10 minutos.
Terapêutica de iniciação: a dose inicial varia entre 0,8 e 4 mg, administrada numa
dose diária única.
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- Toxicodependentes de opiáceos não submetidos a uma fase de privação: quando se
inicia o tratamento, a dose de buprenorfina deve ser tomada, pelo menos, 4 horas
após o último consumo do opiáceo ou quando surgem os primeiros sintomas de
privação.
Doentes
medicados
metadona:
antes
iniciar
terapêutica
buprenorfina, deve reduzir-se a dose de metadona até um máximo de 30 mg/dia;
contudo a buprenorfina pode precipitar uma síndrome de abstinência.
Ajuste da posologia e manutenção: a posologia deve ser individualizada para cada
doente. A dose de manutenção varia entre os indivíduos e deve ser determinada pelo
aumento
progressivo
dose
até
dose
mínima
eficaz.
dose
média
manutenção é de 8 mg com alguns doentes a precisarem até 16 mg por dia. A dose
diária máxima nunca deve exceder 16 mg. A dose é titulada de acordo com a
reavaliação do estado clínico e situação global do doente. Recomenda-se a dispensa
diária de buprenorfina, particularmente durante a fase inicial do tratamento. Em
seguida, após estabilização, pode dar-se ao doente uma quantidade de medicamento
suficiente para vários dias de tratamento. Contudo, recomenda-se que a quantidade
de medicamento dispensada se limite, no máximo, a 7 dias.
Redução da posologia e suspensão do tratamento: após um período satisfatório de
estabilização
doente
concordar,
dose
buprenorfina
pode
gradualmente
reduzida;
alguns
casos
favoráveis,
tratamento
pode
interrompido. A disponibilidade dos comprimidos sublinguais nas doses de 0,4 mg, 2
mg e 8 mg, respectivamente, permite efectuar uma titulação decrescente da dose.
Os doentes devem ser mantidos sob vigilância após a suspensão do tratamento com
buprenorfina devido ao potencial de recaídas.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à buprenorfina ou a qualquer dos excipientes.
Crianças com idade inferior a 15 anos.
Insuficiência respiratória grave.
Insuficiência hepática grave.
Alcoolismo agudo ou delirium tremens.
Combinação com Metadona, Analgésicos Opiáceos de Nível III
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Este
medicamento
encontra-se
apenas
recomendado
para
tratamento
toxicodependência major de opiáceos.
Recomenda-se ainda que o tratamento seja prescrito por um médico que assegure
um acompanhamento abrangente dos toxicodependentes (consultar “Anexo II”).
Dados os riscos de uma utilização incorrecta, especialmente por via intravenosa e
devido
adaptação
posologia,
duração
prescrição
deve
breve,
particularmente no início do tratamento. Se possível, deve implementar-se uma
dispensa controlada ou parcial de forma a aumentar a adesão ao tratamento.
A interrupção do tratamento pode provocar uma síndrome de abstinência, em certos
casos tardia.
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Buprenorfina PLS contém lactose mono-hidratada. Os doentes com problemas
hereditários de intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp ou má
absorção da glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Depressão Respiratória: foram descritos alguns casos de morte por depressão
respiratória, em particular quando o fármaco foi utilizado em associação com
benzodiazepinas (ver secção 4.5) ou quando a buprenorfina foi incorrectamente
utilizada.
Hepatite, eventos hepáticos: Foram referidos casos graves de lesão hepática aguda
num contexto de utilização incorrecta, especialmente por via intravenosa (ver secção
4.8). Estas lesões hepáticas foram observadas principalmente nas doses elevadas e
possivelmente devidas a toxicidade mitocondrial. A insuficiência mitocondrial pré-
existente ou adquirida (doenças genéticas, infecções virais, particularmente hepatite
C crónica, abuso de álcool, anorexia, toxinas mitocondriais associadas, p. ex.
aspirina,
isoniazida,
valproato,
amiodarona,
antiretrovirais
analógos
nucleosidos), pode promover a ocorrência de tais lesões hepáticas. Estes co-factores
devem ser tomados em consideração antes da prescrição de Buprenorfina PLS e
durante a monitorização do tratamento. Sempre que se suspeite de um evento
hepático,
torna-se
necessária
avaliação
biológica
etiológica
adicional.
Dependendo dos resultados obtidos, o tratamento com o medicamento pode ser
cuidadosamente interrompido de forma a evitar a síndrome de abstinência e o
retorno à toxicodependência. Na eventualidade de se prosseguir o tratamento, deve
monitorizar-se cuidadosamente a função hepática.
Este
medicamento
pode
provocar
sintomas
privação
opiáceos
quando
administrado a um doente toxicodependente menos de 4 horas após o último
consumo de droga (ver secção 4.2).
Assim como com outros opiáceos, deve-se ter cuidado com doentes que utilizam
buprenorfina no caso de:
- lesão na cabeça e aumento da pressão intracraniana,
- hipotensão,
- hipertrofia prostática e estenose uretral.
Uma vez que a buprenorfina é um opiáceo, a dor, como sintoma de doença, pode ser
atenuada.
Este medicamento pode provocar sonolência, a qual poderá ser exacerbada por
outros agentes com acção central, nomeadamente: álcool, tranquilizantes, sedativos,
hipnóticos (ver secções 4.5 e 4.7).
Este medicamento pode provocar hipotensão ortostática.
Estudos realizados em animais, assim como a experiência clínica, demonstraram que
a buprenorfina pode provocar dependência mas num grau inferior ao que se verifica
morfina.
Consequentemente,
importante
sejam
seguidas
recomendações
relativas
início
tratamento,
ajuste
dose
monitorização do doente (ver secção 4.2).
Os atletas devem ser informados de que este medicamento pode provocar uma
reacção positiva em “testes anti-doping”.
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Este medicamento deve ser utilizado com precaução em doentes com:
- asma ou insuficiência respiratória (têm sido descritos alguns casos de depressão
respiratória com a buprenorfina)
- insuficiência renal (20 % da dose administrada é eliminada por via renal; a
eliminação renal poderá, como tal, ser prolongada)
insuficiência
hepática
metabolismo
hepático
buprenorfina
poderá
alterado)
inibidores
CYP3A4
(ver
secção
4.5)
podem
aumentar
concentrações da buprenorfina, os doentes já tratados com inibidores CYP3A4 devem
ter a sua dose de Buprenorfina PLS cuidadosamente titulada, uma vez que nestes
doentes uma dose reduzida poderá ser suficiente.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Associações contra indicadas:
- Metadona: Diminuição do efeito da metadona pelo bloqueio competitivo dos
receptores com risco de causar síndrome de abstinência.
- Analgésicos opiáceos de Nível III: em doentes a utilizar analgésicos de nível III,
pode ocorrer uma diminuição do efeito analgésico dos morfínicos, pelo bloqueio
competitivo dos receptores, com risco de causar síndrome de abstinência.
Associação não recomendada
- Naltrexona: Risco de causar síndrome de abstinência.
- Analgésicos de Nível II: em doentes a utilizar analgésicos de nível II, pode ocorrer
uma diminuição do efeito analgésico dos morfínicos, pelo bloqueio competitivo dos
receptores, com risco de causar síndrome de abstinência.
- Codeína, etilmorfina: em doentes a utilizar codeína ou etilmorfina, pode ocorrer
uma diminuição do efeito analgésico dos morfínicos, pelo bloqueio competitivo dos
receptores, com risco de causar síndrome de abstinência.
- Álcool: O álcool potencia o efeito sedativo da buprenorfina, tornando perigosa a
condução de veículos ou a utilização de máquinas.
Evite a administração de Buprenorfina PLS em conjunto com bebidas alcoólicas ou
com medicamentos contendo álcool.
Associações que devem ser utilizadas com precaução:
- A associação com benzodiazepinas pode provocar a morte devido a depressão
respiratória de etiologia central. Assim, as doses deverão ser limitadas e esta
associação deve ser evitada em caso de risco de uma utilização incorrecta (ver
secções 4.4 e 4.8). Antes da prescrição desta associação, deve ser efectuada uma
avaliação médica adequada da relação benefício/risco.
- Outros fármacos depressores do sistema nervoso central: outros derivados dos
opiáceos
(analgésicos
antitússicos),
determinados
antidepressivos,
antagonistas
receptores
sedativos,
benzodiazepinas,
ansiolíticos
não
benzodiazepínicos,
neurolépticos, clonidina e substâncias relacionadas: Esta associação aumenta a
depressão do sistema nervoso central. O reduzido grau de vigília pode tornar
perigosa a condução de veículos e a utilização de máquinas.
- Barbitúricos: aumento do risco de depressão respiratória.
- Inibidores do CYP3A4: Um estudo de interacção da buprenorfina com cetoconazol
(um inibidor potente do CYP3A4) resultou num aumento das Cmax e AUC da
buprenorfina (aproximadamente 70 % e 50 % respectivamente) e, numa extensão
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menor, da norbuprenorfina. Os doentes tratados com Buprenorfina PLS devem ser
cuidadosamente monitorizados, e pode ser necessária uma redução da dose se
associada com inibidores potentes do CYP3A4 (p. ex., antifúngicos azólicos como
cetoconazol. itraconazol, voriconazol ou posaconazol) (ver secção 4.4)
- Inibidores da protease: Existe um risco de potenciar ou diminuir os efeitos da
buprenorfina, ambos devido à inibição e indução do seu metabolismo pelos inibidores
da protease (por ex., ritonavir, nelfinavir ou indinavir). O efeito resultante pode ser
quer
sinais
privação
quer
sobredosagem.
doentes
receber
Buprenorfina
associação
inibidores
protease
devem
cuidadosamente monitorizados e, se necessário, deve ser considerado o ajuste
posológico (ver secção 4.4).
- Indutores do CYP3A4: A interacção de buprenorfina com os indutores CYP3A4 não
foi investigada, portanto recomenda-se que os doentes tratados com Buprenorfina
sejam
cuidadosamente
monitorizados
forem
administrados
concomitantemente
indutores
(por
fenobarbital,
carbamazepina,
fenitoína,
rifampicina).
Outras associações não recomendadas
Álcool: O álcool aumenta o efeito sedativo da buprenorfina, tornando perigosa a
condução de veículos ou a utilização de máquinas.
Evite a administração de Buprenorfina PLS em conjunto com bebidas alcoólicas ou
com medicamentos contendo álcool.
Até à data não foram observadas interacções relevantes entre a buprenorfina e a
cocaína, o agente mais frequentemente utilizado pelos consumidores de drogas
múltiplas em associação com opiáceos.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Tendo
consideração
dados
disponíveis
benefício
materno/fetal,
buprenorfina pode ser utilizada durante a gravidez. No entanto, a titulação da dose
pode ser necessária por forma a manter a eficácia terapêutica do tratamento. A
utilização crónica de buprenorfina pela mãe no final da gravidez, em qualquer dose,
pode resultar em síndrome de abstinência no recém-nascido. Esta síndrome é
geralmente prolongada durante várias horas até alguns dias após o nascimento.
Amamentação
Uma quantidade muito pequena de buprenorfina e dos seus metabolitos passa para o
leite materno. Estas quantidades não são suficientes para prevenir a síndrome de
abstinência, a qual pode estar retardada em lactentes. Após avaliação dos factores
individuais,
pode
considerada
amamentação
doentes
tratados
buprenorfina.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Buprenorfina PLS pode provocar sonolência, em particular quando administrado em
conjunto com álcool ou com depressores do sistema nervoso central. Recomendam-
se, portanto, precauções na condução e na utilização de máquinas (ver secções 4.4 e
4.5).
4.8 Efeitos indesejáveis
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O aparecimento de efeitos secundários depende do limiar de tolerância do doente,
que é mais elevado nos toxicodependentes do que na população em geral.
De seguida seguem-se os efeitos indesejáveis notificados durante os ensaios clínicos.
Muito frequentes (≥ 1/10); Frequentes (≥ 1/100, < 1/10);
Pouco frequentes (≥ 1/1.000, < 1/100); Raros (≥ 1/10.000, < 1/1.000);
Muito raros (< 1/10.000), incluindo notificações isoladas (CIOMS III)
Perturbações do foro psiquiátrico:
- raras: alucinações
Doenças do sistema nervoso:
- frequentes: nsónia, cefaleias, desmaio, tonturas
Vasculopatias:
-frequentes: hipotensão ortostática
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
- raras: depressão respiratória (ver secções 4.4 e 4.5)
Doenças gastrointestinais:
- frequentes: obstipação, náuseas, vómitos
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
- frequentes: astenia, sonolência, sudorese
Outros efeitos indesejáveis notificados durante o período de pós-comercialização:
- Doenças do sistema imunitário:
Reacções
de hipersensibilidade, tais
como
erupção cutânea, urticária,
prurido,
broncoespasmo, edema angioneurótico, choque anafiláctico
- Afecções hepatobiliares (ver secção 4.4):
Em condições normais de utilização: aumento raro das transaminases e hepatite
acompanhada de icterícia que geralmente se resolvem de forma favorável.
Em casos de utilização incorrecta por via intravenosa, foram referidos casos de
reacções locais, por vezes sépticas, endocardites e hepatites agudas potencialmente
graves devido às práticas de injecção não seguras (ver secção 4.4).
Em doentes que apresentam toxicodependência marcada, a administração inicial de
buprenorfina pode provocar um efeito de privação semelhante ao associado à
naloxona.
4.9 Sobredosagem
A buprenorfina parece possuir uma margem de segurança teoricamente ampla
devido às suas propriedades de agonista parcial dos opiáceos.
Em caso de sobredosagem acidental, devem-se instituir medidas de suporte gerais,
incluindo uma rigorosa monitorização da função cardíaca e respiratória do doente. A
APROVADO EM
27-03-2014
INFARMED
miose é um sinal frequente de sobredosagem acidental. O principal sintoma que
requer intervenção é a depressão respiratória, que pode levar a paragem respiratória
ou morte. Se o doente vomitar, devem-se tomar precauções para prevenir aspiração
do vómito.
Tratamento:
Deve
implementado
tratamento
sintomático
depressão
respiratória e medidas convencionais de cuidados intensivos. As vias respiratórias
devem ser desobstruídas e, se necessário, deve-se implementar uma ventilação
assistida ou controlada. O doente deve ser transferido para um local onde seja
possível efectuar a reanimação. É recomendada a utilização de um antagonista dos
opiáceos (i.e., naloxona), apesar de poder ter um efeito modesto na reversão dos
sintomas respiratórios da buprenorfina. A buprenorfina liga-se activamente aos
receptores da morfina.
Se for utilizado um antagonista dos opiáceos (i.e. naloxona), deve ter-se em
consideração a longa duração de acção do medicamento.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.13.3 – Sistema Nervoso Central. Outros medicamentos
acção
Sistema
Nervoso
Central.
Medicamentos
para
tratamento
dependência de drogas; classificação.
Código ATC: N07BC01
A buprenorfina é um agonista/antagonista dos opiáceos que se liga aos receptores µ
e κ cerebrais. A sua actividade no tratamento de manutenção da dependência dos
opiáceos é atribuída à sua ligação lentamente reversível aos receptores µ, a qual
reduz ao mínimo, durante um período de tempo prolongado, a necessidade de
consumo de drogas por parte do doente toxicodependente.
Devido à sua actividade agonista parcial dos opiáceos, a buprenorfina possui uma
ampla margem de segurança, a qual limita os seus efeitos depressores, em
particular a nível das funções cardíaca e respiratória. A margem de segurança pode
ser reduzida se combinada com benzodiazepinas ou se a buprenofina for utilizada
indevidamente.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção: Quando administrada por via oral, a buprenorfina sofre um extenso
metabolismo de primeira passagem com N-desalquilação e glucuroconjugação no
intestino
delgado
fígado.
deste
medicamento
oral
consequentemente, inadequado. A biodisponibilidade absoluta dos comprimidos de
buprenorfina administrados por via sublingual não é bem conhecida, mas estima-se
que esteja compreendida entre 15 e 30 %. Os picos das concentrações plasmáticas
são atingidos 90 minutos após administração sublingual e a relação máxima dose-
concentração é linear entre 2 mg e 16 mg.
Distribuição: A absorção de buprenorfina é seguida de uma fase de distribuição
rápida. A semivida é de 2 a 5 horas.
APROVADO EM
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INFARMED
Metabolismo e eliminação: A buprenorfina é metabolizada por 14-N-desalquilação e
glucuroconjugação da molécula original e do metabolito desalquilado. Os dados
clínicos
confirmam
CYP3A4
responsável
pela
N-desalquilação
buprenorfina. A N- desalquilobuprenorfina é um agonista µ com fraca actividade
intrínseca.
A eliminação da buprenorfina é bi- ou tri-exponencial com uma longa fase de
eliminação
terminal
horas,
devida,
parte,
reabsorção
buprenorfina após hidrólise intestinal do derivado conjugado e, em parte, à natureza
altamente lipofílica da molécula.
A buprenorfina é essencialmente eliminada nas fezes por excreção biliar dos
metabolitos
glucuroconjugados (80 %), sendo a fracção restante eliminada na urina.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade crónica, estudada em quatro espécies (roedores e não roedores) por
quatro vias de administração diferentes, não revelou qualquer elemento clínico
pertinente. Num estudo de administração oral com a duração de um ano realizado
em cães, observou-se toxicidade hepática com uma dose muito elevada (75 mg/kg).
Os estudos de teratologia realizados em ratos e coelhos permitem concluir que a
buprenorfina não é embriotóxica nem teratogénica. Não foi referido qualquer efeito
indesejável sobre a fertilidade em ratos, contudo, observou-se nesta espécie, uma
elevada mortalidade peri e pós-natal com uma administração por vias IM e oral,
devido a dificuldades no parto e deficiente aleitamento materno.
Numa série de testes padrão, não se evidenciou qualquer potencial genotóxico.
Os estudos de carcinogenicidade realizados em ratos e ratinhos revelaram que não
se verificam diferenças nas incidências dos diferentes tipos de tumores entre os
animais tratados com buprenorfina e os dos grupos de controlo. Contudo, num
estudo efectuado com doses farmacológicas administradas a ratinhos, observou-se,
nos animais tratados, uma atrofia e uma mineralização tubular dos testículos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Estearato de magnésio,
Citrato de sódio,
Povidona,
Ácido cítrico anidro,
Amido de milho pré gelatinizado,
Lactose mono-hidratada,
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
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INFARMED
Embalagem de blister Alu/Alu – 2 anos
Embalagem de blister (Alu/PVDC/PVDC Perlalux Tristar Ultra): – 18 meses
Recipiente para comprimidos - 2 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C. Mantenha os comprimidos dentro da embalagem
original para proteger da humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
1, 7, 20, 24, 28, 48 e 50 comprimidos sublinguais em embalagens de blister de
Alu/Alu, ALU/PVC/PVDC – Tristar ou recipiente para comprimidos HDPE com tampa
LDPE e excicante.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
PLS Pharma - Produtos Farmacêuticos, Lda
Avenida General Norton de Matos, 59-B, Icon Offices
1495-148 Algés
8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÂO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO