Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
23-12-2020
11-05-2018
APROVADO EM
23-12-2020
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Zoleptil 25 mg, 50 mg e 100 mg Comprimidos revestidos
Zotepina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Zoleptil e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Zoleptil
3. Como tomar Zoleptil
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Zoleptil
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Zoleptil e para que é utilizado
Zoleptil
contém
substância
ativa
zotepina,
pertence
grupo
medicamentos chamados antipsicóticos.
Zoleptil é usado para o tratamento da esquizofrenia, que tem sintomas como ver,
ouvir ou sentir coisas que não existem, crenças erradas, desconfiança não usual, e
sentir-se
deslocado.
pessoas
esta
doença
podem
também
sentir-se
excitadas, hostis ou tensas. Zoleptil corrige desequilíbrios químicos no cérebro
melhorando o pensamento, sentimentos e crenças.
2. O que precisa de saber antes de tomar Zoleptil
Não tome Zoleptil:
alergia
substância
ativa,
soja,
amendoins
qualquer
outro
componente deste medicamento (indicados na secção 6). Uma reação alérgica pode
incluir erupção cutânea, comichão, dificuldade em respirar ou inchaço da face, lábios,
garganta ou língua.
- se está a amamentar.
- se tem gota.
- se está a tomar medicamentos que afetam o seu cérebro ou está sob a influência
de álcool.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Zoleptil se:
- sofre de epilepsia, ou algum dos seus familiares é epilético;
- sofre de doença cardíaca ou tem problemas com o seu coração;
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- tem baixos níveis de potássio no sangue;
- sofre de angina (dor no peito);
- tem tensão arterial alta grave;
- tem distúrbios no fígado – Pode necessitar de testes à função hepática nos
primeiros 3 meses de tratamento;
- tem a próstata aumentada;
- tem problemas urinários;
- sofre de glaucoma de ângulo fechado (aumento da tensão do olho);
- sofre de ileus paralítico – movimento intestinal reduzido ou ausente;
- sofre de Doença de Parkinson;
tumor
afeta
medula
suprarrenal
(ex.
neuroblastoma,
feocromocitoma);
- é idoso e sofre de demência (perda ou enfraquecimento progressivo e definitivo,
parcial ou total, das funções mentais, com maior ou menor grau de alteração da
personalidade).
Se vai ser submetido a um anestésico (para uma operação, por exemplo), informe o
seu médico que está a tomar Zoleptil comprimidos.
Se desenvolver uma infeção enquanto está a tomar Zoleptil comprimidos, contacte o
seu médico pois pode necessitar de análises sanguíneas.
Antes e durante o tratamento, o seu médico pode pedir-lhe para fazer um ECG para
monitorizar o seu ritmo cardíaco e análises sanguíneas. Isto porque o Zoleptil
comprimidos pode afetar o ritmo cardíaco.
Zoleptil comprimidos pode fazê-lo sentir-se tonto quando se levanta (tensão arterial
baixa). Informe o seu médico se isto acontecer e experimente levantar-se muito
devagar. A sua tensão arterial deve ser medida regularmente pelo seu médico.
Se tem ou alguém da sua família tem antecedentes de coágulos sanguíneos, tenha
especial cuidado pois medicamentos deste tipo foram associados à formação de
coágulos sanguíneos.
Alguns doentes a tomar antipsicóticos podem desenvolver uma condição rara
denominada Síndrome Maligno Neuroléptico. Contacte imediatamente o seu médico
se sentir rigidez, inconsciência, febre, alterações nas pulsações/ tensão arterial,
tonalidade avermelhada na sua urina, redução da produção de urina.
Outros medicamentos e Zoleptil
Informe sempre o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente, ou
se vier a tomar outros medicamentos ou produtos à base de plantas pois a toma de
alguns medicamentos em simultâneo pode ser-lhe prejudicial.
Informe o seu médico se está a tomar ou tomou algum dos seguintes medicamentos
pois eles podem interagir com Zoleptil:
- Outros medicamentos que afetam o cérebro incluindo outros medicamentos
antipsicóticos;
- Medicamentos que reduzem a tensão arterial;
- Anestésicos;
- Metildopa, guanetidina ou clonidina (usadas para tratar a tensão arterial alta);
- Fluoxetina (um tratamento para a depressão);
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- Diazepam (um tratamento para a ansiedade);
- Medicamentos que afetam o ritmo cardíaco ou os níveis de potássio (o seu médico
indicar-lhe-á quais são).
Pode ainda assim ser bom para si tomar Zoleptil e o seu médico decidirá se é
adequado para si.
Zoleptil com alimentos, bebidas e álcool
Zoleptil pode ser tomado com ou sem alimentos.
Evite o álcool enquanto toma Zoleptil comprimidos.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Não tome Zoleptil comprimidos se estiver grávida a menos que o seu médico lho
indique. Informe o seu médico se está ou pensa que pode estar grávida. As mulheres
devem tomar um contracetivo eficaz enquanto estão a tomar Zoleptil.
Os seguintes sintomas podem ocorrer em recém-nascidos cujas mães utilizaram
Zoleptil no terceiro trimestre (últimos três meses de gravidez): tremor, fraqueza
e/ou rigidez muscular, sonolência, agitação, problemas respiratórios e dificuldades
na alimentação. Se o seu bebé desenvolver qualquer um destes sintomas, contacte o
seu médico.
Não deve amamentar pois o Zoleptil pode passar para o leite materno.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Zoleptil pode causar sonolência ou fazer com que fique menos alerta. Não conduza
nem utilize máquinas até saber como Zoleptil o afeta.
Zoleptil contém lecitina de soja. Se for alérgico a amendoins ou soja, não tome
Zoleptil comprimidos.
Zoleptil contém sacarose, glucose e lactose. Se foi informado pelo seu médico que
tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar Zoleptil.
3. Como tomar Zoleptil
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. O seu médico indicar-lhe-á quantos
comprimidos de Zoleptil deve tomar e durante quanto tempo deve continuar a tomá-
los.
Adultos:
A dose inicial usual é de 25 mg três vezes ao dia. Esta dose pode ser aumentada até
um máximo de 100 mg três vezes ao dia.
Idosos:
A dose inicial usual é de 25 mg duas vezes ao dia. Esta dose pode ser aumentada
até um máximo de 75 mg duas vezes ao dia.
Doentes com distúrbios renais e hepáticos:
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A dose inicial usual é de 25 mg duas vezes ao dia. Esta pode ser aumentada até um
máximo de 75 mg duas vezes ao dia.
Utilização em crianças e adolescentes
Zoleptil não está recomendado para crianças com menos de 18 anos de idade.
Se tomar mais Zoleptil do que deveria
Contacte o seu médico, farmacêutico ou dirija-se imediatamente ao hospital mais
próximo.
Os sintomas de sobredosagem incluem tensão arterial baixa, ritmo cardíaco irregular
ou rápido, agitação, espasmos, temperatura baixa, convulsões, respiração fraca,
sentimento vago ou coma.
Caso se tenha esquecido de tomar Zoleptil
Se se esqueceu de tomar uma dose, tome-a assim que possível. No entanto se
estiver perto da próxima dose, salte a dose esquecida, e continue como habitual.
Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Zoleptil
Não pare de tomar os seus comprimidos apenas porque se sente melhor. É
importante que continue a tomar Zoleptil enquanto o seu médico lhe indicar. O seu
médico
pode
sugerir
reduza
gradualmente
dose
antes
parar
este
medicamento.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Todos os medicamentos podem causar reações alérgicas, no entanto as reações
alérgicas graves são muito raras. Contacte imediatamente o seu médico se sentir:
ofego súbito, dificuldade em respirar, inchaço das pálpebras, face ou lábios, erupção
ou comichão (especialmente a que afeta todo o corpo).
Efeitos secundários graves
Coágulos sanguíneos nas veias, principalmente nas pernas (sintomas que incluem
inchaço,
e vermelhidão na
perna),
podem
viajar
através
vasos
sanguíneos até aos pulmões causando dor do peito e dificuldade em respirar. Se
sente algum destes sintomas, contacte imediatamente o médico.
Alguns doentes a tomar antipsicóticos podem desenvolver uma condição rara
chamada Síndrome Neuroléptico Maligno. Contacte imediatamente o seu médico se
sentir rigidez, inconsciência, febre, alterações na pulsação/tensão arterial, tonalidade
avermelhada na sua urina, redução da produção de urina.
Efeitos secundários muito frequentes (ocorrem em mais de 1 em 10 doentes)
incluem:
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Aumento de peso, batimento cardíaco acelerado, alterações nos números de glóbulos
brancos, tontura, dor de cabeça, sonolência, movimentos corporais não usuais,
espasmos,
tremores,
visão
turva,
congestão
nasal,
obstipação,
boca
seca,
indigestão, aumento da saliva, suores, infeção, tensão arterial baixa, fraqueza,
calafrio, dor, agitação, ansiedade, depressão, insónia, padrão das ondas cerebrais
alterado (o seu médico pode detetar isto através de um EEG), testes à função
hepática alterados.
Efeitos secundários frequentes (ocorrem em mais de 1 em 100 doentes, mas menos
de 1 em 10) incluem:
Perda de peso, batimento cardíaco irregular, anemia, alterações no número de
células sanguíneas ou plaquetas (detetado por análises sanguíneas), convulsão,
fadiga, distúrbios da fala, desmaio, olhos vermelhos, vertigem, tosse, respiração
curta, dor abdominal, diminuição ou aumento de apetite, diarreia, sentir-se ou estar
enjoado, incontinência, acne, pele seca, erupção, dores articulares ou musculares,
doença
articular,
prolactina
(hormona
responsável
pela
produção
leite)
aumentada, altos ou baixos níveis de glucose no sangue, aumento dos níveis de
colesterol, baixos níveis de ácido úrico no sangue, sintomas tipo gripe, tensão
arterial alta, tonturas quando se levanta, dor no peito, febre, mal-estar, inchaço,
sede, impotência, confusão, sentir-se hostil, redução do apetite sexual (líbido),
nervosismo, alteração nos resultados das análises sanguíneas para a creatinina, ECG
não usual (durante a monitorização cardíaca).
Pouco frequentes (ocorrem em mais de 1 em 1,000 doentes, mas em menos de 1
em 100) incluem:
Batimento cardíaco lento, palpitações, menores quantidades de plaquetas no sangue,
amnésia, movimentos descoordenados, inconsciência, intensificação dos sentidos,
contrações
musculares,
Síndrome
Neurolético
Maligno
(ver
secção
efeitos
secundários
graves,
anteriormente),
hemorragia
nasal,
inchaço
abdómen,
redução ou ausência dos movimentos intestinais, retenção urinária, perda de cabelo,
sensibilidade
luz,
fraqueza
muscular,
produção
indesejada
leite,
desenvolvimento rápido de processos físicos e mentais, inchaço da face, hipotermia,
alterações na menstruação, reações alérgicas, ejaculação anormal, delírios.
Efeitos secundários muito raros (ocorrem em menos de 1 em 10,000 doentes)
incluem:
Choque.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar possíveis efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos
contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque de Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da Internet:http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
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E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Zoleptil
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não conservar acima de 25ºC. Conservar na embalagem de origem.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Zoleptil
A substância ativa é zotepina 25, 50 ou 100 mg.
Os outros componentes são:
25 mg comprimidos
Sacarose, lactose, celulose microcristalina, carbonato de cálcio, amido de milho,
polietilenoglicol 20000, hidroxipropilcelulose, fosfato monopotássico, glucose líquida,
povidona K 30, estearato de magnésio, dióxido de titânio (E171), cera de carnaúba,
shellac e óxido de ferro preto (E172) ou shellac, óxido de ferro preto (E172), lecitina
de soja e dimetilpolisiloxano.
50 mg comprimidos
Sacarose, lactose, celulose microcristalina, carbonato de cálcio, amido de milho,
polietilenoglicol 20000, hidroxipropilcelulose, fosfato monopotássico, glucose líquida,
povidona K 30, estearato de magnésio, dióxido de titânio (E171), cera de carnaúba,
shellac e óxido de ferro preto (E172) ou shellac, óxido de ferro preto (E172), lecitina
de soja e dimetilpolisiloxano.
100 mg comprimidos
Sacarose, lactose, celulose microcristalina, carbonato de cálcio, amido de milho,
polietilenoglicol 20000, hidroxipropilcelulose, fosfato monopotássico, glucose líquida,
povidona, estearato de magnésio, dióxido de titânio (E171), cera de carnaúba,
shellac e óxido de ferro preto (E172) ou shellac, óxido de ferro preto (E172), lecitina
de soja e dimetilpolisiloxano.
Qual o aspeto de Zoleptil e conteúdo da embalagem
Zoleptil
comprimidos
revestidos
são
comprimidos
brancos,
redondos,
biconvexos, e com Z/25 impresso.
Zoleptil
comprimidos
revestidos
são
comprimidos
brancos,
redondos,
biconvexos e com Z/50 impresso.
Zoleptil
comprimidos
revestidos
são
comprimidos
brancos,
redondos,
biconvexos e com Z/100 impresso.
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Zoleptil está acondicionado em blisters PVC/PVDC com 10, 20, 21, 28, 30, 50, 60,
84, 90, 100, 500 ou 1000 comprimidos ou em frascos de HDPE com tampa roscada,
contendo 10, 20, 30, 50, 60, 90, 500 ou 1000 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Italfarmaco, Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua Dom António Ribeiro, nº 9
1495-049 Algés
Portugal
Fabricante
BCM - Boots Contract Manufacturing, Ltd.
1, Thane Road – Beeston
NG2 3AA Nottingham
Reino Unido
Rottendorf Pharma S.a.r.l.
Z.I. N.º 2 de Prouvy - Rouvignies,
1 rue de Nungesser
59 121 PROUVY,
França
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Zoleptil 25 mg Comprimidos revestidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Zotepina 25 mg.
Excipientes com efeito conhecido:
Soja
Lactose
Glucose
Sacarose
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos
Comprimidos brancos, redondos, biconvexos gravados com: Z e 25
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Zoleptil está indicado para o tratamento da esquizofrenia
4.2 Posologia e modo de administração
Zoleptil é administrado por via oral em doses repartidas com ou sem alimentos.
Crianças: Não se recomenda a administração de Zoleptil a crianças (com menos de
18 anos de idade).
Adultos: A dose eficaz em adultos é de 75 a 300 mg por dia. A dose inicial
recomendada de Zoleptil é de 25 mg, três vezes ao dia. A dose pode ser ajustada
conforme a resposta clínica até um máximo recomendado de 100 mg, três vezes ao
dia. Recomenda-se que os ajustes posológicos sejam realizados com intervalos de
quatro dias.
Não se recomenda a administração de doses superiores a 100 mg três vezes ao dia,
uma vez que podem aumentar o risco de crises convulsivas.
Doentes idosos e doentes com disfunção hepática e/ou renal estabelecida: Em
doentes idosos e doentes com disfunção hepática e/ou renal estabelecida, a dose
inicial de Zoleptil deve ser reduzida para 25 mg duas vezes ao dia. A titulação da
dose deve ser gradual, com base na tolerância e eficácia até um máximo de 75 mg
duas vezes ao dia.
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4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativaou a qualquer dos excipientes mencionados na
secção 6.1. Zoleptil contém óleo de soja e não deve ser usado em doentes com
hipersensibilidade ao amendoim ou soja.
Zoleptil não deve ser usado em doentes em estados de intoxicação aguda por
depressores do SNC, incluindo o álcool.
Devido ao aumento do risco de formação de cálculos renais, tal como com outros
fármacos uricosúricos, Zoleptil não deve ser utilizado em doentes com gota aguda.
Lactantes que tomam Zoleptil não devem amamentar.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Aumento da mortalidade em doentes idosos com demência
Em ensaios clínicos randomizados controlados por placebo, foi observado com alguns
antipsicóticos atípicos um aumento do risco de eventos adversos cerebrovasculares
aproximadamente
vezes
doentes
demência.
Desconhece-se
mecanismo para este aumento do risco. Um risco aumentado não pode ser excluído
para outros antipsicóticos ou populações de doentes. Zoleptil deve ser usado com
precaução em doentes com fatores de risco para acidente vascular cerebral.
Zoleptil é conhecido pela sua capacidade de baixar o limiar de crises convulsivas e os
dados de vigilância pós-comercialização têm demonstrado um claro efeito pró-
convulsivo
dose-dependente.
Zoleptil
não
deve
usado
doentes
antecedentes pessoais ou familiares próximos com epilepsia, a menos que os
benefícios
individuais
sejam
superiores
risco.
Dados
ensaios
clínicos
controlados indicam uma taxa de aproximadamente 1% de crises convulsivas
associadas ao tratamento com Zoleptil até uma dose máxima total diária de 300 mg.
Com doses totais diárias superiores ao máximo recomendado de 300 mg observa-se
aumento
apreciável
incidência
crises
convulsivas.
Portanto,
não
recomendada a administração de doses totais diárias superiores a 300 mg. Não
devem ser prescritas altas doses de outros antipsicóticos em simultâneo com a
zotepina pois pode baixar ainda mais o limiar da crise convulsiva. Recomenda-se
precaução ao retirar uma terapêutica concomitante de depressores do SNC.
Ensaios clínicos demonstraram prolongamentos do intervalo QT dose-dependentes.
Por esta razão, recomenda-se precaução no uso de Zoleptil em doentes com risco de
arritmias, nomeadamente em doentes com doença coronária, em doentes que
tomam concomitantemente medicamentos que se sabe que causam prolongamento
de intervalo QT ou em doentes com risco de hipocaliémia. No tratamento de doentes
pertencentes a estes grupos, recomenda-se a realização de um ECG antes de iniciar
o tratamento, de forma a excluir doentes com prolongamento do intervalo QT pré-
existente. Para além do ECG prévio ao início de tratamento, devem ser confirmados
eletrólitos
(cálcio,
potássio
sódio),
corrigidos
alguns
desequilíbrios
monitorizados
periodicamente,
particularmente
cada
aumento
dose.
monitorização do ECG deve também ser efetuado em cada aumento de dose. Zoleptil
está associado a um aumento da frequência cardíaca e recomenda-se precaução em
doentes que sofrem de angina pectoris devido a doença coronária.
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Foram notificados casos de tromboembolismo venoso (TEV) com medicamentos
antipsicóticos. Uma vez que os doentes tratados com antipsicóticos apresentam,
frequentemente, fatores de risco para o TEV, quaisquer fatores de risco possíveis
devem ser identificados antes e durante o tratamento com Zoleptil e devem ser
adotadas medidas preventivas.
À semelhança de outros agentes antipsicóticos, tem ocorrido casos isolados de
Síndrome Neuroléptico Maligno (SNM) durante o tratamento com Zoleptil. Esta
síndrome potencialmente fatal inclui rigidez muscular, estupor, hiperpirexia, pulso ou
pressão
arterial
lábil,
aumento
níveis
plasmáticos
creatinoquinase,
mioglobinemia
falência
renal
aguda.
caso
ocorrer
SNM,
todos
medicamentos
antipsicóticos,
incluindo
Zoleptil,
devem
imediatamente
descontinuados e deve ser consultado um especialista.
Tal como todos os agentes que possuem propriedades de bloqueio a1-adrenérgico,
Zoleptil pode causar hipotensão ortostática, especialmente durante a fase inicial da
terapia e quando se aumenta a dose. Os doentes devem ser aconselhados a
levantarem-se lentamente da posição de decúbito e, como acontece com outros
antipsicóticos, a pressão arterial deve ser medida periodicamente. No caso de
ocorrer hipotensão ortostática, deve-se considerar a redução ou um ajuste gradual
da dose. A anestesia pode aumentar o risco de hipotensão. Zoleptil deve ser usado
com precaução em doentes com patologia cardiovascular grave pré-existente,
incluindo hipertensão grave ou diminuição grave do débito cardíaco.
Tal como com outros medicamentos antipsicóticos, pode ocorrer uma redução do
número de glóbulos brancos. A extensa experiência clínica com Zoleptil sugere que o
risco para a segurança do doente é mínimo. Se houver suspeita de uma redução dos
glóbulos brancos (por exemplo, infeção), deve-se proceder a uma contagem dos
glóbulos brancos e, se necessário, consultar um especialista.
Recomenda-se precaução quando Zoleptil é prescrito a doentes com disfunção
hepática estabelecida. Nos doentes com disfunção hepática recomenda-se uma
monitorização semanal dos testes de função hepática pelo menos nos primeiros 3
meses de terapia.
doentes idosos
bem como
doentes
disfunção
renal
hepática
recomenda-se iniciar o tratamento em doses mais baixas, com um ajuste gradual da
dose e uma redução da dose máxima diária (ver secção 4.2).
Tal como com outros agentes antipsicóticos, deve-se alertar os doentes para a
possibilidade de aumento de peso, e fornecer-lhes conselhos dietéticos.
Durante os ensaios clínicos e na vigilância pós-comercialização ocorreram casos
isolados de discinesia tardia, mas não foi estabelecida uma relação causal. Se
ocorrer discinésia tardia, deve ser considerada a descontinuação ou redução da dose
de todos os medicamentos antipsicóticos.
Foram descritos, após suspensão abrupta de medicamentos antipsicóticos, sintomas
agudos de privação, tais como náuseas, vómitos, suores e insónia. Pode também
ocorrer recorrência dos sintomas psicóticos e foram reportadas perturbações de
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movimentos involuntários (tais como acatisia, distonia e discinesia). Por esta razão
recomenda-se uma descontinuação gradual do medicamento.
Zoleptil possui propriedades anticolinérgicas e deve ser usado com precaução em
doentes com hipertrofia prostática, retenção urinária, glaucoma de ângulo fechado e
íleus paralítico.
Zoleptil tem propriedades uricosúricas e assim, no caso improvável de ser necessário
tratar um doente com história de gota ou de hiperuricemia, Zoleptil deve ser iniciado
com precaução, mantendo-se um bom débito urinário até que o ácido úrico sérico
retorne a níveis normais. Como com todos os uricosúricos, Zoleptil não deve ser
iniciado nas três semanas após resolução de um episódio de gota aguda. Existe um
risco teórico de aumento de formação de cálculos renais de urato, Zoleptil não deve
ser usado em doentes com história de nefrolitíase. Na prática este risco parece ser
baixo.
semelhança
outros
antipsicóticos,
Zoleptil
pode
afetar
negativamente
termoregulação, levando a hiperpirexia ou hipotermia.
Teoricamente, Zoleptil pode agravar a situação clínica de doentes com doença de
Parkinson.
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com tumores da medula
suprarrenal, por exemplo, feocromocitoma ou neuroblastoma.
Zoleptil contém glucose e sacarose. Doentes com problemas raros de intolerância à
frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase
não devem tomar este medicamento.
Zoleptil contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem
tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Zoleptil é um depressor do SNC; portanto, deve ser administrado com precaução em
associação
outros
medicamentos
depressores
SNC.
Sabe-se
antipsicóticos baixam o limiar da crise convulsiva e dados de vigilância pós-
comercialização para Zoleptil demonstraram um claro efeito pró-convulsivo dose-
dependente. Caso seja necessário prescrever simultaneamente outros antipsicóticos
em altas doses, o médico deverá estar consciente de que isso pode reduzir ainda
mais o limiar da crise convulsiva.
Como Zoleptil possui propriedades bloqueadoras a1 significativas, recomenda-se
precaução na prescrição concomitante com agentes hipotensores, incluindo alguns
agentes
anestésicos.
Pelo
efeito
sobre
recetores
a-adrenérgicos,
administração simultânea de adrenalina pode levar a uma queda da pressão arterial.
Teoricamente os efeitos da a-metildopa, guanetidina e da clonidina podem ser
reduzidos.
Num estudo com administração concomitante de desipramina não foi demonstrada
qualquer interação clínica relativamente ao isoenzima CYP 2D6, sugerindo que é
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improvável
antidepressivos
outros
medicamentos
dependem
deste
isoenzima interajam com Zoleptil.
A administração simultânea com fluoxetina ou diazepam origina um aumento das
concentrações plasmáticas de zotepina e norzotepina, pelo que se recomenda
precaução quando estes medicamentos forem prescritos em simultâneo.
Não foram realizadas estudos específicos de interação clínica com anticonvulsivantes
ou lítio.
Os alimentos ingeridos com uma dose única oral de Zoleptil atrasaram em 30 % o
aparecimento de Zoleptil no plasma, mas não tiveram qualquer efeito sobre o grau
absorção
Zoleptil;
parece
improvável
efeito
alimentos
administração crónica seja significativo.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Estudos de reprodução animal revelaram que as concentrações plasmáticas (AUC) do
medicamento foram de um modo geral inferiores às detetadas em doentes. Embora
os estudos animais não tenham demonstrado efeitos teratogénicos em ratos e
coelhos, observaram-se alguns efeitos indiretos mediados pela prolactina e pelo SNC
em ratos, incluindo redução da fertilidade nas fêmeas e um aumento da mortalidade
neonatal. O uso de Zoleptil durante a gravidez humana não foi investigado; por este
motivo, Zoleptil não deve ser usado durante a gravidez, a menos que os benefícios
para a mãe ultrapassem o risco potencial para o bebé. Mulheres em idade fértil
devem utilizar adequada contraceção enquanto estiverem a tomar Zoleptil.
Os recém-nascidos expostos a antipsicóticos (incluindo Zoleptil) durante o terceiro
trimestre de gravidez estão em risco de ocorrência de reações adversas após o
parto, incluindo sintomas extrapiramidais e/ou de abstinência, que podem variar em
intensidade e duração. Foram notificados casos de agitação, hipertonia, hipotonia,
tremor,
sonolência,
dificuldade
respiratória
perturbações
alimentação.
Consequentemente, os recém-nascidos devem ser monitorizados cuidadosamente.
Amamentação
Existem evidências que Zoleptil e seus metabolitos podem ser excretados no leite de
ratos fêmea durante a lactação, e a notificação de um caso sugere que pode ocorrer
secreção idêntica em humanos. Portanto, mulheres que estão a tomar Zoleptil não
devem amamentar.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Zoleptil pode causar sedação e/ou redução do estado de alerta. Deve-se aconselhar
os doentes a não conduzirem ou utilizarem máquinas durante o tratamento, até que
a suscetibilidade individual esteja estabelecida.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados, em estudos clínicos, pelo menos
quatro
vezes
associação
terapia
com Zoleptil e
foram notificados
espontaneamente
durante
larga
experiência
clínica
(aproximadamente
1,98
milhões de doentes tratados).
APROVADO EM
11-05-2018
INFARMED
Os efeitos adversos ocorridos nos diferentes sistemas são classificados de acordo
com as seguintes estimativas de frequência: Muito frequentes (>1/10), frequentes
(≥ 1/100 a < 1/10), pouco frequentes (≥ 1/1000 a < 1/100), raros (≥ 1/10000 a <
1/1000), muito raros (< 1/10,000), desconhecido (não pode ser calculada a partir
dos dados disponíveis).
Exames complementares de diagnóstico: Muito frequentes: alterações no VS, EEG
alterado, aumento das funções hepáticas, aumento de peso. Frequentes: aumento
da creatinina, ECG alterado, perda de peso.
Cardiopatias: Muito frequentes: taquicardia. Frequentes: arritmia. Pouco frequentes:
bradicardia,
palpitações.
Frequência
desconhecida:
foram
notificados
casos
tromboembolismo venoso, incluindo casos de embolia pulmonar e trombose venosa
profunda, com medicamentos antipsicóticos.
Doenças do sangue e do sistema linfático: Muito frequentes: leucocitose, leucopenia.
Frequentes: células sanguíneas anómalas, anemia, trombocitemia. Pouco frequente:
trombocitopenia.
Doenças do sistema nervoso: Muito frequentes: tontura, síndrome extrapiramidal
(acatisia,
discinesia,
distonias,
Parkinsonismo),
cabeça,
sonolência.
Frequentes: convulsões, desautonomia, distúrbio da fala, síncope. Pouco frequentes:
amnésia, ataxia, estimulação do SNC, coma, hipoestesia, mioclonia, Síndrome
Neuroléptico Maligno.
Afeções oculares: Muito frequentes: visão turva. Frequentes: conjuntivite.
Afeções do ouvido e do labirinto: Frequentes: Vertigem.
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino:
Muito
frequentes:
rinite.
Frequentes: aumento de tosse, dispneia. Pouco frequentes: epistaxe.
Doenças
gastrointestinais:
Muito
frequentes:
obstipação,
boca
seca,
dispepsia,
aumento da salivação. Frequentes: dor abdominal, anorexia, aumento do apetite,
diarreia, náuseas, vómitos. Pouco frequentes: aumento abdominal, íleus.
Doenças renais e urinárias: Frequentes: incontinência urinária. Pouco frequentes:
retenção urinária.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Muito frequentes: suores. Frequentes:
acne, pele seca, erupção. Pouco frequentes: alopécia, fotossensibilidade.
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Frequentes: artralgia, doença
articular, mialgia. Pouco frequentes: miastenia.
Doenças endócrinas: Frequentes: aumento da prolactina. Pouco frequentes: lactação
inapropriada.
Doenças do metabolismo e da nutrição: Frequentes: hiperglicemia, hipoglicemia,
hiperlipidemia, hipouricemia.
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INFARMED
Infeções e infestações: Muito frequentes: infeção. Frequentes: síndrome da gripe.
Vasculopatias: Muito frequentes: hipotensão. Frequentes: hipertensão, hipotensão
postural. Muito raros: choque
Perturbações gerais e alterações no local de administração: Muito frequentes:
astenia, calafrios, dor. Frequentes: dor no peito, febre, mal-estar, edema, sede.
Pouco frequentes: edema facial, hipotermia.
Situações na gravidez, no puerpério e perinatais: Pouco frequentes: perturbações
menstruais. Frequência desconhecida: síndrome neonatal de privação de fármacos
(ver secção 4.6).
Doenças do sistema imunitário: Pouco frequentes: reações alérgicas
Doenças dos órgãos genitais e da mama: Frequentes: impotência. Pouco frequentes:
ejaculação anormal
Perturbações do foro psiquiátrico: Muito frequentes: agitação, ansiedade, depressão,
insónia. Frequentes: confusão, hostilidade, diminuição da libido, nervosismo. Pouco
frequentes: delírio
Notificação de suspeitas de reações adversas:
A notificação de reações adversas após a autorização do medicamento é importante,
uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do
medicamento.
Pede-se
profissionais
saúde
notifiquem
quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque de Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da Internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Sobredosagem:
sobredosagem
pode
resultar
efeitos
farmacológicos
exagerados,
incluem:
hipotensão,
taquicardia,
arritmias,
agitação, efeitos motores extrapiramidais pronunciados, hipotermia, hipertermia,
crises convulsivas, depressão respiratória, estupor ou mesmo coma.
No caso de sobredosagem deve ser considerada a possibilidade do envolvimento de
múltiplos medicamentos.
Tratamento da Sobredosagem: Não existe um antídoto específico para o Zoleptil;
portanto, devem ser instituídas medidas de suporte apropriadas. Deve-se assegurar
APROVADO EM
11-05-2018
INFARMED
permeabilidade
vias
aéreas,
assegurando
adequada
oxigenação
ventilação. Deve ser considerada lavagem gástrica (após intubação endotraqueal se
o doente estiver inconsciente) e administração de carvão ativado. Monitorização
cardiovascular deve ser iniciada imediatamente e deve incluir uma monitorização
contínua por ECG para detetar possíveis arritmias. A hipotensão e o colapso
circulatório devem ser tratados com reposição do volume plasmático e com outras
medidas apropriadas. Se for considerado o uso de agentes simpatomiméticos como
suporte vascular, não se deve usar adrenalina ou dopamina, pois a estimulação beta
combinada com o antagonismo a1 associado ao Zoleptil pode agravar a hipotensão.
Arritmias cardíacas podem responder à correção dos distúrbios circulatórios e
metabólicos, contudo, quando persistentes ou se colocam a vida em risco, deve ser
considerado
tratamento
antiarrítmico
apropriado.
caso
sintomas
extrapiramidais
graves, deve-se
administrar
anticolinérgicos.
Crises
convulsivas
podem ser tratadas com diazepam intravenoso, de preferência na forma de emulsão
(ventiladores e pessoal especializado devem estar disponíveis no caso de ocorrer
depressão respiratória). Deve-se manter uma supervisão e monitorização médica
estreitas até à recuperação do doente.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
Farmacoterapêutico:
2.9.2.
Sistema
Nervoso
Central.
Psicofármacos.
Antipsicóticos.
Código ATC: N05AX11
O efeito antipsicótico de Zoleptil é fundamentalmente mediado pela redução do
efeito da dopamina do SNC por antagonismo dos recetores dopaminérgicos D1 e D2.
Zoleptil
liga-se
também
quatro
subtipos
5-hidroxitriptamina
(5-HT),
nomeadamente
recetores
5-HT2A,
5-HT2C,
mais
recentemente
descobertos 5-ht6 e 5-ht7. Zoleptil liga-se aos recetores a1-adrenérgicos e H1
histamínicos, e inibe também a recaptação da noradrenalina, o que pode compensar
em parte os efeitos antagonistas a1-adrenérgicos de Zoleptil.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A Zotepina é bem absorvida e sofre um extensivo metabolismo de primeira
passagem (first pass metabolism). Os picos dos níveis plasmáticos são alcançados 2
a 3 horas, após a administração, seguidos de uma descida multifásica com uma semi
vida de eliminação de aproximadamente 14 horas. Foi demonstrada uma cinética
linear na faixa de dosagem entre 25 e 100 mg sem alteração dose-dependente na
semivida de eliminação e um aumento da concentração plasmática proporcional à
dose. As concentrações de zotepina mostraram ser cerca de três vezes superiores às
do metabolito geralmente equipotente norzotepina, o qual seguiu um trajeto similar.
A zotepina não é excretada em quantidades significativas sob a forma inalterada,
sendo convertida em metabolitos polares inativos, os quais foram identificados como
conjugados dos derivados hidroxilados, desmetilados e de S-óxidos. Os metabolitos
são excretados na urina e nas fezes (proporção urina:fezes 4:6).
Em idosos, indivíduos com disfunção hepática e em indivíduos com disfunção renal,
foram
detetados
níveis
plasmáticos
zotepina
vezes
superior
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11-05-2018
INFARMED
comparativamente
voluntários
jovens e
saudáveis,
para
mesma dose
administração. Quanto ao sexo, alguns estudos revelaram uma tendência para
concentrações plasmáticas superiores em mulheres saudáveis após uma dose única,
mas não foram reportadas diferenças quanto ao sexo para doentes em estado de
equilíbrio.
Após a administração de Zoleptil três vezes ao dia em doentes esquizofrénicos, o
estado de equilíbrio foi alcançado em aproximadamente quatro dias. Cmáx e AUC
encontravam-se três a quatro vezes superiores no estado de equilíbrio, refletindo a
acumulação esperada com base nas taxas de eliminação observadas. No estado de
equilíbrio, Cmáx foi menos do que duas vezes superior a Cmín e a farmacocinética
zotepina
geralmente compatível com
cinética linear.
concentração
plasmática de norzotepina foi aproximadamente 30% da concentração de zotepina.
Estudos de metabolismo padronizados in vitro não revelaram qualquer mecanismo
específico que possa conduzir a interações medicamentosas significativas com
Zoleptil. Estudos em microssomas hepáticos in vitro indicaram que CYP 1A2 e
CYP 3A4
são
principais
isoenzimas
citocrómo
P450
responsáveis
pelo
metabolismo da zotepina.
Quando a zotepina foi administrada simultaneamente com a desipramina não se
verificou interação farmacocinética, confirmando que CYP2D6 (debrisoquina oxidase)
não foi afetada nem esteve envolvida no metabolismo da zotepina.
estudo
interação
clínica,
administração
concomitante
fluoxetina
aumentou a AUC plasmática da zotepina em aproximadamente 10 % e duplicou a da
norzotepina. Um estudo em doentes japoneses demonstrou que as concentrações de
zotepina em estado de equilíbrio aumentaram em aproximadamente um quarto,
quando diazepam foi adicionado à medicação.
A ligação da zotepina e da norzotepina (um metabolito farmacologicamente ativo da
zotepina) às proteínas plasmáticas é de 97 %; as concentrações relativamente
baixas indicam que não ocorre competição medicamentosa pelas proteínas.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Foram realizados estudos de dose única de zotepina em ratinhos, ratos, cães e
coelhos e estudos de dose repetida até um ano de duração em cães e de dois anos
de duração em ratos. O estudo de dois anos em ratos foi um estudo combinado de
toxicidade e carcinogenicidade; em separado foi realizado um estudo completo de
carcinogenicidade em ratinhos. Adicionalmente, foi realizada uma bateria completa
de estudos de genotoxicidade in vivo e in vitro. Foram efetuados estudos de
reprodução em ratos e coelhos. As reações toxicológicas provocadas pela zotepina
neste
programa
pré-clínico
foram
compatíveis
efeitos
classe
antipsicóticos, embora os níveis plasmáticos AUC do medicamento tenham sido
geralmente inferiores aos observados em doentes. Não foram observados sinais de
toxicidade ocular ou de discrasias sanguíneas. A Zotepina não foi teratogénico.
Estudos de carcinogenese com alimentos, com doses que resultam em níveis
plasmáticos de AUC inferiores aos atingidos com doses terapêuticas administradas a
doentes,
demonstraram
toxicidade
mínima,
nenhum
indício
carcinogénese.
Zotepina
não
mutagénica
não
apresenta
estruturas
farmacológicas ou químicas associadas a compostos carcinogénicos
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6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Sacarose
Lactose
Celulose microcristalina
Carbonato de cálcio
Amido de milho
Polietilenoglicol 20000
Hidroxipropilcelulose
Dióxido de titânio (E-171)
Glucose líquida
Povidona K 30
Estearato de magnésio
Cera de carnaúba
Fosfato monopotássico
Tinta de impressão:
Shellac
Óxido de ferro preto (E172)
Shellac
Óxido de ferro preto (E172)
Lecitina de soja
Dimetilpolisiloxano
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
42 meses
6.4 Precauções especiais de conservação
Para comprimidos acondicionados em blister PVC/PVDC:
Não conservar acima de 25ºC. Conservar na embalagem de origem
Para comprimidos em frascos HDPE:
Não conservar acima de 25ºC. Manter o recipiente bem fechado
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Zoleptil comprimidos acondicionados em:
Caixas com blisters de PVC/PVDC de 10, 20, 21, 28, 30, 50, 60, 84, 90, 100, 500 ou
1000 comprimidos
Frascos de HDPE com tampa roscada, contendo 10, 20, 30, 50, 60, 90, 500 ou 1000
comprimidos.
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INFARMED
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Italfarmaco, Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua Dom António Ribeiro, nº 9
1495-049 Algés
Portugal
8. NÚMERO(s) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Caixa:
Nº de registo: 2931087 - 10 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931186 – 20 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931285 - 21 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931384 –28 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931483 - 30 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931582 – 50 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931681 - 60 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931780 – 84 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931889 - 90 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2931988 – 100 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2932085 - 500 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Nº de registo: 2932184 - 1000 comprimidos, 25 mg, blister PVC/PVDC;
Frasco:
Nº de registo: 2932283 – 10 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE;
Nº de registo: 2932382 – 20 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE;
Nº de registo: 2932481 – 30 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE;
Nº de registo: 2932580 – 50 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE;
Nº de registo: 2932689 – 60 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE;
Nº de registo: 2932788 – 90 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE;
Nº de registo: 2932887 – 500 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE;
Nº de registo: 2932986 – 1000 comprimidos, 25 mg, frasco HDPE.
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/
RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 28 maio 1999
Data da última renovação: 28 dezembro 2010
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
APROVADO EM
11-05-2018
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