Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
10-09-2008
10-09-2008
APROVADO EM
10-09-2008
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Zofran, 4 mg/2 ml, Solução injectável
Zofran, 8 mg/4 ml, Solução injectável
Ondansetrom
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
O que é Zofran e para que é utilizado
Antes de utilizar Zofran
Como utilizar Zofran
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Zofran
Outras informações
1. O QUE É ZOFRAN E PARA QUE É UTILIZADO
Zofran pertence ao grupo farmacoterapêutico dos antieméticos.
O ondansetrom é um antagonista potente dos receptores 5HT3, altamente selectivo. O seu
mecanismo de acção no controlo das náuseas e vómitos não é conhecido com exactidão.
Zofran está indicado no controlo de náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia
citotóxica e pela radioterapia. Zofran está também indicado na prevenção e tratamento de
náuseas e vómitos do pós-operatório.
2. ANTES DE UTILIZAR ZOFRAN
Não utilize Zofran:
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao ondansetrom ou a qualquer outro componente da
solução injectável.
Tome especial cuidado com Zofran
Tenha tido alergia a outros antieméticos que sejam antagonistas selectivos dos receptores
5HT3;
Sofra de obstipação grave. O ondansetrom aumenta o tempo de trânsito no intestino grosso;
Sofra de doença do fígado.
Tenha hipersensibilidade ao latex.
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Muito raramente foram relatados casos de alterações transitórias no ECG, incluindo
prolongamento do intervalo QT, predominantemente com a administração intravenosa de
ondansetrom.
Ao utilizar Zofran com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Contacte o seu médico caso tenha que fazer análises sanguíneas para avaliação do
funcionamento do fígado. O tratamento com Zofran pode alterar os resultados.
Não existe evidência de que o ondansetrom induza ou iniba o metabolismo de outros
fármacos frequentemente administrados concomitantemente. Estudos específicos mostraram
que não existem interacções farmacocinéticas quando ondansetrom é administrado com
temazepam, furosemida, tramadol ou propofol.
O ondansetrom é metabolizado por inúmeras enzimas hepáticas do citocromo P-450:
CYP3A4, CYP2D6 e CYP1A2. Devido à multiplicidade de enzimas metabólicas capazes de
metabolizar o ondansetrom, a inibição enzimática ou a reduzida actividade de uma enzima
(por ex.: deficiência genética de CYP2D6) é normalmente compensada por outras enzimas e
devendo resultar numa alteração pequena ou insignificante da depuração total do ondansetrom
ou da dosagem necessária.
Fenitoína, carbamazepina e rifampicina:
Nos doentes tratados com indutores potentes da CYP3A4 (por ex.: fenitoína, carbamazepina e
rifampicina) a depuração oral de ondansetrom aumentou e a sua concentração sanguínea
diminuiu.
Tramadol:
A informação de pequenos estudos demonstrou que o ondansetrom pode reduzir o efeito
analgésico de tramadol.
Ao tomar Zofran com alimentos e bebidas
Estudos específicos demonstraram não haver interacção com o álcool.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Informe o seu médico se estiver grávida, se planeia engravidar ou está a amamentar. Não
estando estabelecida a segurança da utilização do ondansetrom na gravidez humana e
considerando que o ondansetrom é excretado no leite de animais em lactação, não se
recomenda a administração de Zofran durante a gravidez ou período de amamentação.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Nos testes realizados, o ondansetrom não alterou a capacidade de execução de tarefas nem
provocou sedação.
Informações importantes sobre alguns componentes de Zofran
Este medicamento contém sódio. Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg)
de sódio por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
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3. COMO UTILIZAR ZOFRAN
Tomar Zofran sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Zofran está também disponível para administração oral e rectal, permitindo flexibilidade na
dose e via de administração.
As seringas pré-cheias de Zofran não são graduadas. Para assegurar que o doente recebe a
dose correcta de ondansetrom tem de se administrar o conteúdo total das seringas pré-cheias.
Os indivíduos para quem a dose de 4 mg (ou múltiplos de 4 mg) não é apropriada, não podem
ser tratados com as seringas pré-cheias.
Náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia e radioterapia
Adultos:
O potencial emetogénico do tratamento do cancro varia de acordo com as doses e com as
associações dos regimes de quimioterapia e radioterapia utilizados.
A dose de ZOFRAN varia de 8 a 32 mg/dia, seleccionada como indicado a seguir:
- Quimioterapia emetogénica e radioterapia
A dose intravenosa ou intramuscular recomendada é de 8 mg em injecção lenta,
imediatamente antes do tratamento.
Para evitar a emese retardada ou prolongada, deverá continuar-se o tratamento com Zofran
por via oral ou rectal, após as primeiras 24 h, em associação com dexametasona.
- Quimioterapia altamente emetogénica
Em doentes a receber quimioterapia altamente emetogénica, por ex. doses elevadas de
cisplatina.
Zofran pode ser administrado em dose única de 8 mg por via intravenosa ou intramuscular,
imediatamente antes da quimioterapia. Quando administrado em doses superiores a 8 mg e até
32 mg, Zofran deve ser administrado somente por perfusão intravenosa, diluído em 50-100 ml
de soro fisiológico ou outra solução de perfusão compatível e a perfusão deve ser
administrada durante não menos de 15 minutos.
Em alternativa, pode administrar-se uma dose de 8 mg de Zofran por injecção intravenosa
lenta ou intramuscular, imediatamente antes da quimioterapia, seguida de mais duas doses de
8 mg por via intravenosa ou intramuscular com intervalos de duas a quatro horas, ou por
perfusão contínua de 1 mg/h durante 24 horas.
A escolha do regime posológico deve ser determinada pela gravidade do potencial
emetogénico.
A eficácia de Zofran em quimioterapia altamente emetogénica pode ser aumentada por
administração de uma dose única de 20 mg de fosfato sódico de dexametasona por via
intravenosa, antes da quimioterapia.
Para evitar a emese retardada ou prolongada, deverá continuar-se o tratamento com Zofran
por via oral ou rectal, após as primeiras 24 h, em associação com dexametasona.
Crianças:
Nas crianças Zofran pode ser administrado em dose única de 5 mg/m2 por via intravenosa,
imediatamente antes da quimioterapia, seguida de uma dose oral, 12 horas mais tarde. A
terapêutica oral deverá continuar durante 5 dias após cada curso de tratamento, em associação
com dexametasona.
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Idosos:
Zofran é bem tolerado por doentes com idade superior a 65 anos, não sendo necessário
alteração da dose, frequência ou via de administração.
Náuseas e vómitos do pós-operatório
Adultos:
Na prevenção de náuseas e vómitos do pós-operatório, recomenda-se uma dose única de 4 mg
de Zofran por via intramuscular ou injecção intravenosa lenta, administrada na indução da
anestesia.
No tratamento das náuseas e vómitos do pós-operatório estabelecidos, recomenda-se uma
dose única de 4 mg administrada por via intramuscular ou injecção intravenosa lenta.
Crianças:
Na prevenção de náuseas e vómitos do pós-operatório em doentes pediátricos submetidos a
cirurgia sob anestesia geral, Zofran pode ser administrado por injecção intravenosa lenta na
dose de 0,1 mg/Kg, até um máximo de 4 mg, quer antes, durante ou após a indução da
anestesia.
No tratamento de náuseas e vómitos do pós-operatório estabelecidos, Zofran pode ser
administrado por injecção intravenosa lenta na dose de 0,1 mg/kg, até um máximo de 4 mg.
Idosos:
A experiência de utilização de Zofran na prevenção e tratamento das náuseas e vómitos do
pós-operatório no idoso é limitada, no entanto, Zofran é bem tolerado em doentes com mais
de 65 anos sujeitos a quimioterapia.
Doentes com insuficiência renal
Não é necessário alteração da dose diária, frequência ou via de administração.
Doentes com insuficiência hepática
A depuração de Zofran é significativamente reduzida e o tempo de semi-vida sérica
significativamente prolongado em doentes com insuficiência moderada ou grave da função
hepática. Nestes doentes a dose diária total não deve exceder 8 mg.
Doentes com deficiente metabolismo da esparteína/debrisoquina
O tempo de semi-vida de eliminação do ondansetrom não é alterado em doentes com
metabolismo deficiente da esparteína e debrisoquina. Por conseguinte, a administração de
doses repetidas não originará níveis de exposição diferentes dos atingidos na população em
geral, não sendo necessário alteração da dose diária ou frequência de administração nestes
doentes.
Se utilizar mais Zofran do que deveria:
Deve informar o seu médico ou farmacêutico imediatamente ou contactar o serviço de
urgência do hospital mais próximo para aconselhamento.
A experiência de sobredosagem com ondansetrom é limitada. Na maioria dos casos, os
sintomas foram semelhantes aos já relatados em doentes tratados com as doses recomendadas
(ver 4. Efeitos secundários possíveis). Em caso de suspeita de sobredosagem, recomenda-se a
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administração da terapêutica sintomática e de suporte apropriada ao estado clínico do doente,
pois não existe antídoto específico para ondansetrom.
Não se recomenda a utilização de ipecacuanha no tratamento da sobredosagem com
ondansetrom, pois não é provável que os doentes respondam devido à acção antiemética de
Zofran.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Zofran pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se
manifestam em todas as pessoas.
Alguns doentes podem ser alérgicos a determinados medicamentos. Caso se manifeste
qualquer dos sinais e/ou sintomas seguintes logo após lhe ter sido administrado Zofran, diga-o
ao seu médico imediatamente:
falta de ar súbita e dor ou pressão no peito;
inchaço dos olhos, face, lábios ou língua;
erupções cutâneas granulosas ou urticária em qualquer zona do corpo.
Os seguintes efeitos são pouco frequentes, no entanto, deve informar o seu médico
imediatamente caso ocorram:
alterações e descoordenação dos movimentos corporais, tais como alterações dos movimentos
do globo ocular, especialmente ao nível da sua rotação, e perturbações do tónus muscular;
convulsões.
Os doentes pode, muito raramente, ficar com a visão enevoada.
Não interrompa a administração de Zofran caso ocorram os sintomas seguintes, no entanto,
contacte o seu médico assim que possível:
diminuição ou irregularidades no ritmo dos batimentos cardíacos;
dor torácica;
hipotensão;
tonturas;
dores de cabeça;
sensação de rubor ou calor;
irritação no local da injecção, tais como dor, sensação de queimadura, inchaço, vermelhidão
ou comichão
obstipação;
soluços.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR ZOFRAN
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conservar acima de 30ºC.
Proteger da luz
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As ampolas e as seringas pré-cheias não contêm conservantes, pelo que devem ser utilizadas
uma única vez e administradas ou diluídas imediatamente após abertura. Qualquer solução
remanescente deverá ser rejeitada.
As ampolas não devem ser tratadas na autoclave.
Não utilize Zofran após o prazo de validade impresso na embalagem exterior, após “VAL.”. O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte
ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas
irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Zofran Injectável
A substância activa é o ondansetrom, sob a forma de cloridrato dihidratado.
Os outros componentes são: cloreto de sódio, ácido cítrico monohidratado, citrato de sódio e
água para injectáveis.
Qual o aspecto de Zofran e conteúdo da embalagem
Solução injectável límpida, incolor, estéril.
Embalagem de 5 ampolas (vidro transparente) com 2 ml ou 4 ml de solução injectável a 2
mg/ml.
Embalagem de 5 ou 50 seringas de vidro pré-cheias com 2 ml ou 4 ml de solução injectável a
2 mg/ml.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Glaxo Wellcome Farmacêutica, Lda.
R. Dr. António Loureiro Borges, 3
Arquiparque, Miraflores
1495-131 Algés
Fabricante
Ampolas
GlaxoSmithKline Manufacturing S.p.A
Strada Provinciale Asolana 90, 43056 San Polo di Torrile
Itália
Seringas pré-cheias
Glaxo Wellcome Operations
Harmire Road, Barnard Castle, Country Durham DL12 8DT
Reino Unido
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais dos cuidados de
saúde.
Compatibilidade com soluções para administração intravenosa
ZOFRAN deve ser administrado apenas com as soluções de perfusão que são recomendadas.
De acordo com as normas da boa prática farmacêutica (GPP), as soluções para administração
intravenosa só devem ser preparadas na altura da perfusão. Contudo, ZOFRAN demonstrou
ser estável durante 7 dias à temperatura ambiente (não superior a 25°C) sob luz fluorescente
ou no frigorífico com as seguintes soluções para perfusão intravenosa:
- Soro fisiológico para perfusão I.V.
- Glucose a 5% p/v para perfusão I.V.
- Manitol a 10% p/v para perfusão I.V.
- Ringer para perfusão I.V.
- Solução de cloreto de potássio a 0,3% p/v e cloreto de sódio a 0,9% p/v para perfusão I.V.
- Solução de cloreto de potássio a 0,3% p/v e glucose a 5% p/v para perfusão I.V.
Os estudos de compatibilidade foram realizados em sacos e em conjunto de perfusão de
cloreto de polivinilo. Considera-se que a utilização de sacos de perfusão de polietileno ou de
frascos de vidro tipo I confere também uma estabilidade adequada. Foi demonstrado que as
diluições de ZOFRAN em soro fisiológico ou em glucose a 5% p/v são estáveis em seringas
de polipropileno. Considera-se que ZOFRAN diluído com outras soluções para perfusão
compatíveis é estável em seringas de polipropileno.
Nota: A preparação das diluições deve ser feita em condições assépticas adequadas se são
necessários períodos de armazenamento longos.
Compatibilidade com outros fármacos
Zofran pode ser administrado por perfusão I.V. a 1 mg/hora, por ex.: dum saco de perfusão ou
duma seringa bomba. Os seguintes fármacos podem ser administrados, através da derivação Y
do conjunto de administração de Zofran, em concentrações desde 16 a 160
g /ml (8 mg/500
ml e 8 mg/50 ml respectivamente):
Cisplatina -
Concentrações até 0,48 mg/ml (240 mg em 500 ml) administrado durante 1 a 8
horas.
5-Fluorouracilo
- Concentrações até 0,8 mg/ml (2,4 g em 3 l ou 400 mg em 500 ml)
administradas à velocidade de pelo menos 20 ml/h (50 ml/24 h). Concentrações mais elevadas
de 5-fluorouracilo podem provocar precipitação do ondansetrom. A perfusão de 5-
fluorouracilo pode conter até 0,045% p/v de cloreto de magnésio para além de outros
excipientes compatíveis.
Carboplatina - Concentrações de 0,18 mg/ml a 9,9 mg/ml (90 mg em 500 ml a 990 mg em
100 ml) administradas durante 10 minutos a 1 hora.
Etoposido - Concentrações de 0,144 mg/ml a 0,25 mg/ml (72 mg em 500 ml a 250 mg em 1
l), administradas durante 30 minutos a 1 hora.
Ceftazidima - Doses de 250 mg a 2000 mg, reconstituídas com água para injectáveis
conforme recomendado pelo fabricante (2,5 ml para 250 mg e 10 ml para 2 g de ceftazidima)
e administrada em bólus I.V. durante aproximadamente 5 minutos.
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Ciclofosfamida - Doses de 100 mg a 1 g, reconstituídas com água para injectáveis, 5 ml por
100 mg de ciclofosfamida, conforme recomendado pelo fabricante e administradas em bólus
I.V. durante aproximadamente 5 minutos.
Doxorrubicina
- Doses de 10-100 mg reconstituídas com água para injectáveis, 5 ml por 10
mg de doxorrubicina, conforme recomendado pelo fabricante e administradas em bólus I.V.
durante aproximadamente 5 minutos.
Dexametasona - Pode administrar-se 20 mg de fosfato sódico de dexametasona em injecção
I.V. lenta durante 2-5 minutos através da derivação Y dum conjunto de perfusão cedendo 8 ou
32 mg de Zofran diluído em 50-100 ml duma solução de perfusão compatível, durante
aproximadamente 15 minutos. Foi demonstrada compatibilidade entre o fosfato sódico de
dexametasona e Zofran suportando a administração destes fármacos no mesmo conjunto, em
concentrações na ordem de 32
g - 2,5 mg/ml de fosfato sódico de dexametasona e 8
g – 1
mg/ml de Zofran.
Incompatibilidades
Zofran não deve ser administrado na mesma seringa ou solução de perfusão com qualquer
outra medicação, excepto com os fármacos referidos em cima.
Zofran só deverá ser misturado com as soluções de perfusão recomendadas em cima.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Zofran, 4 mg/2 ml, Solução injectável
Zofran, 8 mg/4 ml, Solução injectável
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Solução injectável a 2 mg/ml de ondansetrom, sob a forma de cloridrato dihidratado.
Cada ampola/seringa pré-cheia contém 2 ml ou 4 ml de solução injectável a 2 mg/ml de
cloridrato di-hidratado de ondansetrom, fornecendo uma dose total de 4 mg ou 8 mg.
Excipientes:
Cada ampola/seringa pré-cheia contém:
Sódio 3,61 mg/ml (sob a forma de citrato de sódio e de cloreto de sódio)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Solução injectável.
Solução límpida, incolor, estéril.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Zofran está indicado no controlo de náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia
citotóxica e pela radioterapia. Zofran está também indicado na prevenção e tratamento de
náuseas e vómitos do pós-operatório.
4.2 Posologia e modo de administração
Zofran está também disponível para administração por via rectal ou oral, permitindo
flexibilidade na dose e via de administração.
As seringas pré-cheias de Zofran não são graduadas. Para assegurar que o doente recebe a
dose correcta de ondansetrom tem de se administrar o conteúdo total das seringas pré-cheias.
Os indivíduos para quem a dose de 4 mg (ou múltiplos de 4 mg) não é apropriada, não podem
ser tratados com as seringas pré-cheias.
Náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia e radioterapia
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Adultos:
O potencial emetogénico do tratamento do cancro varia de acordo com as doses e com as
associações dos regimes de quimioterapia e radioterapia utilizados.
A dose de Zofran varia de 8 a 32 mg/dia, seleccionada como indicado a seguir:
. Quimioterapia emetogénica e radioterapia:
A dose intravenosa ou intramuscular recomendada é de 8 mg em injecção lenta,
imediatamente antes do tratamento.
Para evitar a emese retardada ou prolongada, deverá continuar-se o tratamento com Zofran
por via oral ou rectal, após as primeiras 24 h, em associação com dexametasona.
. Quimioterapia altamente emetogénica:
Em doentes a receber quimioterapia altamente emetogénica, por ex. doses elevadas de
cisplatina.
Zofran pode ser administrado em dose única de 8 mg por via intravenosa ou intramuscular,
imediatamente antes da quimioterapia. Quando administrado em doses superiores a 8 mg e até
32 mg, Zofran deve ser administrado somente por perfusão intravenosa, diluído em 50-100 ml
de soro fisiológico ou outra solução de perfusão compatível (ver 6.6 Instruções de utilização e
manipulação) e a perfusão deve ser administrada durante não menos de 15 minutos.
Em alternativa, pode administrar-se uma dose de 8 mg de Zofran por injecção intravenosa
lenta ou intramuscular, imediatamente antes da quimioterapia, seguida de mais duas doses de
8 mg por via intravenosa ou intramuscular com intervalos de duas a quatro horas, ou por
perfusão contínua de 1 mg/h durante 24 horas.
A escolha do regime posológico deve ser determinada pela gravidade do potencial
emetogénico.
A eficácia de Zofran em quimioterapia altamente emetogénica pode ser aumentada por
administração de uma dose única de 20 mg de fosfato sódico de dexametasona por via
intravenosa, antes da quimioterapia.
Para evitar a emese retardada ou prolongada, deverá continuar-se o tratamento com Zofran
por via oral ou rectal, após as primeiras 24 h, em associação com dexametasona.
Crianças:
Nas crianças Zofran pode ser administrado em dose única de 5 mg/m2 por via intravenosa,
imediatamente antes da quimioterapia, seguida de uma dose oral, 12 horas mais tarde. A
terapêutica oral deverá continuar durante 5 dias após cada curso de tratamento, em associação
com dexametasona.
Idosos:
Zofran é bem tolerado por doentes com idade superior a 65 anos, não sendo necessário
alteração da dose, frequência ou via de administração.
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Náuseas e vómitos do pós-operatório
Adultos:
Na prevenção de náuseas e vómitos do pós-operatório, recomenda-se uma dose única de 4 mg
de ZOFRAN por via intramuscular ou injecção intravenosa lenta, administrada na indução da
anestesia.
No tratamento das náuseas e vómitos do pós-operatório estabelecidos, recomenda-se uma
dose única de 4 mg administrada por via intramuscular ou injecção intravenosa lenta.
Crianças:
Na prevenção de náuseas e vómitos do pós-operatório em doentes pediátricos submetidos a
cirurgia sob anestesia geral, ZOFRAN pode ser administrado por injecção intravenosa lenta
na dose de 0,1 mg/Kg, até um máximo de 4 mg, quer antes, durante ou após a indução da
anestesia.
No tratamento de náuseas e vómitos do pós-operatório estabelecidos, ZOFRAN pode ser
administrado por injecção intravenosa lenta na dose de 0,1 mg/kg, até um máximo de 4 mg.
Idosos:
A experiência de utilização de ZOFRAN na prevenção e tratamento das náuseas e vómitos do
pós-operatório no idoso é limitada, no entanto, Zofran é bem tolerado em doentes com mais
de 65 anos sujeitos a quimioterapia.
Doentes com insuficiência renal
Não é necessário alteração da dose diária, frequência ou via de administração.
Doentes com insuficiência hepática
A depuração de Zofran é significativamente reduzida e o tempo de semi-vida sérica
significativamente prolongado em doentes com insuficiência moderada ou grave da função
hepática. Nestes doentes a dose diária total não deve exceder 8 mg.
Doentes com deficiente metabolismo da esparteína/debrisoquina
O tempo de semi-vida de eliminação do ondansetrom não é alterado em doentes com
metabolismo deficiente da esparteína e debrisoquina. Por conseguinte, a administração de
doses repetidas não originará níveis de exposição diferentes dos atingidos na população em
geral, não sendo necessário alteração da dose diária ou frequência de administração nestes
doentes.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa, ondansetrom, ou a qualquer dos excipientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Foram relatadas reacções de hipersensibilidade em doentes hipersensíveis a outros
antagonistas selectivos dos receptores 5HT3.
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Muito raramente foram relatados casos de alterações transitórias no ECG, incluindo
prolongamento do intervalo QT, predominantemente com a administração intravenosa de
ondansetrom
O ondansetrom aumenta o tempo de trânsito no intestino grosso. Recomenda-se, portanto,
monitorização dos doentes que apresentem sinais de obstipação intestinal sub-aguda após
administração.
A parte superior do fecho não roscado das seringas pré-cheias contém borracha natural de
latex seco, que pode provocar reacções alérgicas em indivíduos com sensibilidade ao latex.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não existe evidência de que o ondansetrom induza ou iniba o metabolismo de outros
fármacos frequentemente administrados concomitantemente. Estudos específicos
demonstraram que não existem interacções farmacocinéticas quando o ondansetrom é
administrado com o álcool, temazepam, furosemida, tramadol ou propofol.
O ondansetrom é metabolizado por inúmeras enzimas hepáticas do citocromo P450: CYP3A4,
CYP2D6 e CYP1A2. Devido à multiplicidade de enzimas metabólicas capazes de metabolizar
o ondansetrom, a inibição enzimática ou a reduzida actividade de uma enzima (por ex.:
deficiência genética da CYP2D6) é normalmente compensada por outras enzimas, devendo
resultar numa alteração pequena ou insignificante da depuração total do ondansetrom ou da
dosagem necessária.
Fentoína, carbamazepina e rifampicina
Nos doentes tratados com indutores potentes da CYP3A4 (por ex.: fentoína, carbamazepina e
rifampicina) a depuração oral do ondansetrom aumentou e a sua concentração sanguínea
diminuiu.
Tramadol
A informação de pequenos estudos demonstrou que o ondansetrom pode reduzir o efeito
analgésico de tramadol.
4.6 Gravidez e aleitamento
Não está estabelecida a segurança da utilização de ondansetrom na gravidez humana. Os
estudos efectuados no animal não demonstraram efeitos prejudiciais directos ou indirectos em
relação ao desenvolvimento embrionário ou fetal, ao decurso da gestação e ao
desenvolvimento peri- e pós-natal. Contudo, considerando que os estudos no animal nem
sempre permitem prever a resposta no ser humano, não se recomenda a utilização de
ZOFRAN durante a gravidez.
O ondansetrom é excretado no leite de animais em lactação, recomendando-se que as
mulheres sob terapêutica com ZOFRAN não amamentem.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
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Nos testes psicomotores realizados, o ondansetrom não alterou a capacidade de execução de
tarefas nem provocou sedação.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada
classe de frequência.
Os efeitos indesejáveis são classificados por classes de sistemas de órgãos e frequência. As
frequências são definidas do seguinte modo: Muito frequentes (
1/10), Frequentes (
1/100,
<
1/10), Pouco frequentes (
1/1000,
<
1/100), Raros (
1/10000,
<
1/1000) e Muito raros
<
1/10000), incluindo relatos isolados. Os efeitos muito frequentes, frequentes e pouco
frequentes foram determinados a partir de informação de ensaios clínicos. A incidência no
placebo foi tida em consideração. Os efeitos indesejáveis raros e muito raros foram
determinados a partir de notificações espontâneas, pós-comercialização.
As seguintes frequências estão estimadas para as doses de ondansetrom recomendadas, de
acordo com a indicação.
Doenças do sistema imunitário
Raros: Reacções de hipersensibilidade imediata, por vezes grave, incluindo anafilaxia.
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes: Cefaleia.
Pouco frequentes: Convulsões, distúrbios no movimento (incluindo
reacções extrapiramidais
tais como crises oculogíricas/reacções distónicas e disquinesias, sem evidência definitiva de
sequelas clínicas persistentes).
Raros: Tonturas durante a administração intravenosa rápida.
Afecções oculares
Raros: Perturbações visuais transitórias (por ex.: visão enevoada) predominantemente durante
administração intravenosa.
Muito raros: Cegueira transitória predominantemente durante administração intravenosa.
A maioria dos casos relatados de cegueira transitória resolveu-se em 20 minutos. Muitos dos
doentes tinham recebido fármacos quimioterápicos, o que inclui a cisplatina. Alguns casos de
cegueira transitória foram relatados como sendo de origem cortical.
Cardiopatias
Pouco frequentes: Arritmias, dor torácica com ou sem infra-desnivelamento do segmento ST,
bradicardia.
Vasculopatias
Frequentes: Sensação de calor ou rubor.
Pouco frequentes: Hipotensão.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes: Soluços.
Doenças gastrointestinais
Frequentes: Obstipação
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Afecções hepatobiliares
Pouco frequentes: Aumento assintomático dos valores dos testes da função hepática.
Estes efeitos foram observados com maior frequência em doentes em quimioterapia com
cisplatina.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes: Reacções locais no local de administração
4.9 Sobredosagem
A experiência de sobredosagem com ondansetrom é limitada. Na maioria dos casos os
sintomas foram semelhantes aos já relatados em doentes tratados com as doses recomendadas
(ver 4.8 Efeitos indesejáveis). Em caso de suspeita de sobredosagem, recomenda-se a
administração da terapêutica sintomática e de suporte apropriada ao estado clínico do doente,
pois não existe antídoto específico para ondansetrom.
Não se recomenda a utilização de ipecacuanha no tratamento da sobredosagem com
ondansetrom, pois não é provável que os doentes respondam devido à acção antiemética de
ZOFRAN.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico 2.7 - Sistema nervoso central. Antieméticos e antivertiginosos.
Código ATC: A04AA01
O ondansetrom é um antagonista potente dos receptores 5HT3, altamente selectivo. O seu
exacto mecanismo de acção no controlo das náuseas e vómitos não é conhecido.
Os citostáticos e a radioterapia podem provocar a libertação de 5HT no intestino delgado,
iniciando o reflexo do vómito por activação dos receptores 5HT3 da via aferente vagal. O
ondansetrom bloqueia o início deste reflexo. A activação da via aferente vagal pode também
provocar a libertação de 5HT na área postrema, localizada na base do quarto ventrículo,
induzindo a emese por um mecanismo central. Assim, o efeito do ondansetrom no controlo
das náuseas e vómitos induzidos pela quimioterapia citotóxica e radioterapia é devido,
provavelmente, ao antagonismo dos receptores 5HT3 nos neurónios localizados tanto no
sistema nervoso central como periférico.
O ondansetrom não altera as concentrações da prolactina plasmática.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A distribuição do ondansetrom após administração oral, intramuscular ou intravenosa é
semelhante, com um tempo de semi-vida de eliminação terminal de cerca de 3 horas e um
volume de distribuição no estado de equilíbrio, de cerca de 140 l.
Atinge-se uma exposição sistémica equivalente após a administração intramuscular e
intravenosa de ondansetrom. O ondansetrom não tem uma ligação às proteínas plasmáticas
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elevada (70-76%). É eliminado da circulação sistémica predominantemente por
metabolização hepática, através de múltiplas vias enzimáticas. A quantidade excretada na
urina na forma inalterada é inferior a 5% da dose absorvida. A ausência da enzima CYP2D6
(polimorfismo da debrisoquina) não tem efeito na farmacocinética do ondansetrom. As
propriedades farmacocinéticas do ondansetrom não são alteradas por administração repetida.
Estudos em voluntários idosos saudáveis demonstraram um ligeiro aumento da
biodisponibilidade oral e do tempo de semi-vida de eliminação do ondansetrom, relacionado
com a idade, sem significado clínico.
Foram demonstradas diferenças na distribuição relacionadas com o sexo: após administração
oral, o sexo feminino tem uma maior velocidade e extensão de absorção, e menor depuração
sistémica e volume de distribuição (ajustado ao peso).
Num estudo efectuado em 21 doentes pediátricos com idades entre os 3 e os 12 anos,
submetidos a cirurgia electiva com anestesia geral, observou-se uma diminuição dos valores
absolutos da depuração e do volume de distribuição do ondansetrom, após administração de
uma dose única intravenosa de 2 mg (3-7 anos) ou de 4 mg (8-12 anos). A magnitude desta
alteração está relacionada com a idade, verificando-se uma diminuição da depuração de,
aproximadamente, 300 ml/min aos 12 anos para 100 ml/min aos 3 anos de idade. Os volumes
de distribuição respectivos diminuíram de cerca de 75 l, aos 12 anos, para 17 l aos 3 anos. A
determinação da dose com base no peso (0,1 mg/kg até um máximo de 4 mg) compensa estas
alterações, sendo considerado um método eficaz na normalização da exposição sistémica em
crianças.
Em doentes com insuficiência renal moderada (depuração da creatinina 15-60 ml/min), tanto a
depuração sistémica como o volume de distribuição são reduzidos, resultando num ligeiro
aumento, sem significado clínico, no tempo de semi-vida de eliminação (5,4 h). Num estudo
em doentes com insuficiência renal grave que necessitam hemodiálise regularmente
(estudados entre diálises) foi demonstrado que a farmacocinética de ondansetrom não é
essencialmente alterada. Em doentes com insuficiência hepática grave, a depuração sistémica
de ZOFRAN é acentuadamente reduzida com tempos de semi-vida de eliminação prolongados
(15-32 h) e uma biodisponibilidade oral de quase 100% devido ao reduzido metabolismo pré-
sistémico
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Um estudo in vitro realizado em canais iónicos de células cardíacas humanas clonadas,
demonstrou que ZOFRAN pode potencialmente afectar a repolarização cardíaca através do
bloqueio dos canais de potássio HERG. A relevância clínica destes resultados não está
confirmada.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Ampolas/Seringas pré-cheias:
Cloreto de sódio, ácido cítrico monohidratado, citrato de sódio e água para injectáveis.
6.2 Incompatibilidades
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ZOFRAN não deve ser administrado na mesma seringa ou solução de perfusão com qualquer
outra medicação, excepto com os fármacos referidos em 6.6 Instruções de utilização e
manipulação.
ZOFRAN só deverá ser misturado com as soluções de perfusão recomendadas em 6.6
Instruções de utilização e manipulação.
6.3 Prazo de validade
Ampolas: 3 anos.
Seringas pré-cheias: 2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC.
Proteger da luz.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Ampolas de vidro transparente e seringas pré-cheias com 2 ml ou 4 ml de solução injectável a
2 mg/ml.
Ampolas: Embalagens de 5 ampolas de 2 ml e de 5 ampolas de 4 ml.
Seringas pré-cheias: Embalagens de 5 ou 50 seringas pré-cheias de 2 ml e de 4 ml.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
As ampolas e as seringas pré-cheias de Zofran não contêm conservantes, pelo que devem ser
utilizadas uma única vez e administradas ou diluídas imediatamente após abertura. Qualquer
solução não utilizada deve ser rejeitada.
As ampolas de Zofran não devem ser tratadas na autoclave.
Compatibilidade com soluções para administração intravenosa
ZOFRAN deve ser administrado apenas com as soluções de perfusão que são recomendadas.
De acordo com as normas da boa prática farmacêutica (GPP), as soluções para administração
intravenosa só devem ser preparadas na altura da perfusão. Contudo, ZOFRAN demonstrou
ser estável durante 7 dias à temperatura ambiente (não superior a 25°C) sob luz fluorescente
ou no frigorífico com as seguintes soluções para perfusão intravenosa:
- Soro fisiológico para perfusão I.V.
- Glucose a 5% p/v para perfusão I.V.
- Manitol a 10% p/v para perfusão I.V.
- Ringer para perfusão I.V.
- Solução de cloreto de potássio a 0,3% p/v e cloreto de sódio a 0,9% p/v para perfusão I.V.
- Solução de cloreto de potássio a 0,3% p/v e glucose a 5% p/v para perfusão I.V.
Os estudos de compatibilidade foram realizados em sacos e em conjunto de perfusão de
cloreto de polivinilo. Considera-se que a utilização de sacos de perfusão de polietileno ou de
frascos de vidro tipo I confere também uma estabilidade adequada. Foi demonstrado que as
diluições de ZOFRAN em soro fisiológico ou em glucose a 5% p/v são estáveis em seringas
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de polipropileno. Considera-se que ZOFRAN diluído com outras soluções para perfusão
compatíveis é estável em seringas de polipropileno.
Nota: A preparação das diluições deve ser feita em condições assépticas adequadas se são
necessários períodos de armazenamento longos.
Compatibilidade com outros fármacos:
ZOFRAN pode ser administrado por perfusão I.V. a 1 mg/hora, por ex.: dum saco de perfusão
ou duma seringa bomba. Os seguintes fármacos podem ser administrados, através da
derivação Y do conjunto de administração de ZOFRAN, em concentrações desde 16 a 160
/ml (8 mg/500 ml e 8 mg/50 ml respectivamente):
Cisplatina
- Concentrações até 0,48 mg/ml (240 mg em 500 ml) administrado durante 1 a 8
horas.
5-Fluorouracilo
- Concentrações até 0,8 mg/ml (2,4 g em 3 l ou 400 mg em 500 ml)
administradas à velocidade de pelo menos 20 ml/h (50 ml/24 h). Concentrações mais elevadas
de 5-fluorouracilo podem provocar precipitação do ondansetrom. A perfusão de 5-
fluorouracilo pode conter até 0,045% p/v de cloreto de magnésio para além de outros
excipientes compatíveis.
Carboplatina
- Concentrações de 0,18 mg/ml a 9,9 mg/ml (90 mg em 500 ml a 990 mg em
100 ml) administradas durante 10 minutos a 1 hora.
Etoposido - Concentrações de 0,144 mg/ml a 0,25 mg/ml (72 mg em 500 ml a 250 mg em 1
l), administradas durante 30 minutos a 1 hora.
Ceftazidima - Doses de 250 mg a 2000 mg, reconstituídas com água para injectáveis
conforme recomendado pelo fabricante (2,5 ml para 250 mg e 10 ml para 2 g de ceftazidima)
e administrada em bólus I.V. durante aproximadamente 5 minutos.
Ciclofosfamida
- Doses de 100 mg a 1 g, reconstituídas com água para injectáveis, 5 ml por
100 mg de ciclofosfamida, conforme recomendado pelo fabricante e administradas em bólus
I.V. durante aproximadamente 5 minutos.
Doxorrubicina - Doses de 10-100 mg reconstituídas com água para injectáveis, 5 ml por 10
mg de doxorrubicina, conforme recomendado pelo fabricante e administradas em bólus I.V.
durante aproximadamente 5 minutos.
Dexametasona - Pode administrar-se 20 mg de fosfato sódico de dexametasona em injecção
I.V. lenta durante 2-5 minutos através da derivação Y dum conjunto de perfusão cedendo 8 ou
32 mg de ZOFRAN diluído em 50-100 ml duma solução de perfusão compatível, durante
aproximadamente 15 minutos. Foi demonstrada compatibilidade entre o fosfato sódico de
dexametasona e ZOFRAN suportando a administração destes fármacos no mesmo conjunto,
em concentrações na ordem de 32
g - 2,5 mg/ml de fosfato sódico de dexametasona e 8
g –
1 mg/ml de ZOFRAN.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Glaxo Wellcome Farmacêutica, Lda
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R. Dr. António Loureiro Borges,3
Arquiparque, Miraflores,
1495 – 131 Algés
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Zofran, 4 mg/2 ml, Solução injectável
Nº de registo: 8742007 – 2 ml, 5 ampolas de vidro
Nº de registo: 5731583 – 2 ml, 5 seringas de vidro pré-cheias
Nº de registo: 5731682 – 2 ml, 50 seringas de vidro pré-cheias
Zofran, 8 mg/4 ml, Solução injectável
Nº de registo: 8742031 – 4 ml, 5 ampolas de vidro
Nº de registo: 5731781 – 4 ml, 5 seringas de vidro pré-cheias
Nº de registo: 5731880 – 4 ml, 50 seringas de vidro pré-cheias
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Ampolas
Data da primeira autorização: 20 de Abril 1990
Data da última renovação: 12 de Julho de 2005
Seringas pré-cheias
Data da primeira autorização: 06 de Fevereiro 2006
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO