Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
27-09-2012
27-09-2012
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Ziprasidona Sandoz 20 mg Cápsulas
Ziprasidona Sandoz 40 mg Cápsulas
Ziprasidona Sandoz 60 mg Cápsulas
Ziprasidona Sandoz 80 mg Cápsulas
Ziprasidona
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos
sinais de doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários
não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
O que é Ziprasidona Sandoz e para que é utilizado
O que precisa de saber antes de tomar Ziprasidona Sandoz
Como tomar Ziprasidona Sandoz
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Ziprasidona Sandoz
Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é Ziprasidona Sandoz e para que é utilizado
Ziprasidona Sandoz contém a substância ativa ziprasidona e pertence a um grupo
de medicamentos designados por antipsicóticos.
Ziprasidona Sandoz está indicado no tratamento das seguintes doenças mentais:
esquizofrenia em adultos
Esquizofrenia é caraterizada pelos seguintes sintomas: ouvir, ver e sentir
coisas que não existem, acreditar em algo que não corresponde à realidade,
sentir suspeitas invulgares, necessidade de se isolar e dificuldade em
estabelecer relações sociais, nervosismo, depressão ou ansiedade.
episódios de mania ou mistos de gravidade moderada, em adultos e em
crianças e adolescentes com 10-17 anos de idade que sofrem de perturbação
bipolar
Esta doença mental é caracterizada por períodos alternados de euforia (mania)
ou períodos de depressão. Durante os episódios de mania os sintomas mais
característicos são: comportamento eufórico, autoestima exagerada, aumento
de energia, diminuição da necessidade de dormir, falta de concentração ou
hiperatividade e comportamento repetido de alto risco.
O que precisa de saber antes de tomar Ziprasidona Sandoz
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INFARMED
Não tome Ziprasidona Sandoz:
se tem alergia à ziprasidona ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6)
Os sinais de reação alérgica incluem erupção cutânea, comichão, inchaço na
face ou lábios, dificuldade em respirar.
se tem ou já teve problemas do coração ou teve recentemente um ataque
cardíaco
se estiver a utilizar medicamentos para problemas do ritmo cardíaco ou
medicamentos que possam afetar o ritmo do coração prolongando o intervalo
QT, tais como:
classe IA e antiarrítmicos III, medicamentos utilizados para tratar o batimento
cardíaco irregular
Pergunte ao seu médico se estiver a tomar medicamentos para tratar o
batimento cardíaco irregular.
trióxido de arsénio: um medicamento para tratar o cancro
halofantrina: um medicamento para tratar a malária
mefloquina: um medicamento para prevenir e tratar a malária
levacetilmetadol: um medicamento para tratar a dependência, tal como a
morfina
mesoridazina, tioridazina, pimozida, sertindol: medicamentos para tratar as
doenças mentais
esparfloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina: medicamentos para tratar as
infeções bacterianas
dolasetron: um medicamento para prevenir e tratar náuseas e vómitos
cisaprida: um medicamento para tratar problemas do estômago e/ou do
intestino.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Ziprasidona Sandoz se
alguma das seguintes situações se aplicar a si:
frequência cardíaca baixa em repouso
batimentos do coração rápidos ou irregulares ou funcionamento anormal da
frequência cardíaca que pode ser indicado por desmaio, colapso ou tonturas
quando se levanta
É recomendada a medição da sua atividade cardíaca antes de iniciar o
tratamento.
diminuição do sal no seu organismo como resultado de diarreia grave
prolongada e vómitos ou pela utilização de diuréticos (comprimidos para urinar)
idoso (mais de 65 anos) e sofre de demência e está em risco de ter um
acidente vascular cerebral (AVC)
sofre ou sofreu de convulsões ou epilepsia
problemas de fígado
tem ou alguém da sua família tem antecedentes (ou história) de coágulos no
sangue, uma vez que este tipo de medicamentos estão associados à formação
de coágulos sanguíneos.
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INFARMED
Informe o seu médico que está a tomar Ziprasidona Sandoz antes de fazer análises
laboratoriais (como análises ao sangue, urina, função do fígado, frequência
cardíaca, etc.) porque pode alterar os resultados dos testes.
Crianças até 10 anos
Ziprasidona Sandoz não está recomendado neste grupo etário.
Outros medicamentos e Ziprasidona Sandoz
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Medicamentos para problemas do ritmo cardíaco ou medicamentos que possam
afetar o ritmo cardíaco não devem ser tomados com Ziprasidona Sandoz. Veja a
lista acima na secção 2 " O que precisa de saber antes de tomar Ziprasidona
Sandoz".
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
medicamentos para o tratamento de:
infeções bacterianas; estes medicamentos são conhecidos como antibióticos
oscilações de humor (alternando entre estado de depressão e euforia),
agitação e irritação; estes são conhecidos como medicamentes estabilizadores
do humor, ex., lítio, carbamazepina, valproato
depressão, incluindo alguns medicamentos serotoninérgicos, ex., ISRSs tal
como a fluoxetina, paroxetina e sertralina
epilepsia,ex., fenitoína, fenobarbital, carbamazepina e etosuximida
doença de Parkinson, ex., levodopa, bromocriptina e ropinirol.
Ziprasidona Sandoz com alimentos, bebidas e álcool
Não é recomendado beber álcool enquanto estiver a tomar Ziprasidona Sandoz, pois
pode aumentar o risco de efeitos secundários.
Gravidez e amamentação
Gravidez
Não deve tomar Ziprasidona Sandoz durante a gravidez, a menos que seja
indicado pelo seu médico, porque há risco deste medicamento prejudicar seu
bebé. Os seguintes sintomas podem ocorrer em recém-nascidos de mães que
utilizaram Ziprasidona Sandoz no último trimestre de gravidez (últimos três
meses de gravidez): tremor, rigidez e/ou fraqueza muscular, sonolência,
agitação, problemas respiratórios e dificuldade na alimentação. Se o seu bebé
apresentar algum destes sintomas, pode precisar de contatar o seu médico.
Utilize sempre usar contraceção eficaz. Informe o seu médico imediatamente
se engravidar ou está a planear engravidar enquanto estiver a tomar
Ziprasidona Sandoz.
Amamentação
Não deve amamentar se estiver a tomar Ziprasidona Sandoz. Ziprasidona
Sandoz pode passar para o leite materno em pequenas quantidades. Se está a
planear amamentar, fale com o seu médico antes de tomar este medicamento.
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Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
É recomendado que não conduza até que o seu médico avalia a sua resposta clínica
a Ziprasidona Sandoz.
Tomar Ziprasidona Sandoz pode fazê-lo sentir-se sonolento. Se sentir este sintoma,
não deve conduzir ou utilizar ferramentas ou máquinas até que a sonolência
desapareça.
Ziprasidona Sandoz contém lactose
Se foi informado que tem intolerância a alguns açúcares, contacte o seu médico
antes de tomar este medicamento.
Como tomar Ziprasidona Sandoz
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose recomendada é:
Ziprasidona Sandoz 20 mg Cápsulas
Adultos
dose inicial em casos agudos: 40 mg de ziprasidona (2 cápsulas) duas vezes
por dia
dose máxima: 80 mg de ziprasidona (4 cápsulas) duas vezes por dia
O seu médico pode ajustar a dose inicial individualmente até à dose máxima. Isto
pode ser alcançado, o mais cedo, no dia 3 do tratamento.
A dose de manutenção no tratamento da esquizofrenia deve ser a menor dose
eficaz. Uma dose de 20 mg de ziprasidona (1 cápsula) duas vezes por dia,
normalmente, é normalmente suficiente.
Idosos
A dose inicial pode ser mais baixa para doentes com 65 anos ou mais se o médico
assim decidir.
Doentes com problemas de fígado
O médico irá prescrever uma dose mais baixa.
Doentes com problemas de rins
Os problemas de rins não requerem ajuste de dose.
Crianças e adolescentes com 10 a 17 anos com mania bipolar
dose inicial: 20 mg de ziprasidona (1 cápsula) como dose única uma vez por
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Após 1 a 2 semanas, o médico irá aumentar a dose inicial até para duas vezes
por dia.
dose máxima:
80 mg de ziprasidona (4 cápsulas) duas vezes por dia em crianças com 45 kg
ou mais
40 mg de ziprasidona (2 cápsulas) duas vezes por dia em crianças com
menos de 45 kg
A segurança e a eficácia de Ziprasidona Sandoz no tratamento da esquizofrenia em
crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Estão disponíveis outras dosagens deste medicamento para doses não realizáveis
/praticáveis com esta dosagem.
Ziprasidona Sandoz 40 mg Cápsulas
Adultos
dose inicial em casos agudos: 40 mg de ziprasidona (1 cápsula) duas vezes
por dia
dose máxima: 80 mg de ziprasidona (2 cápsulas) duas vezes por dia
O seu médico pode ajustar a dose inicial individualmente até à dose máxima. Isto
pode ser alcançado, o mais cedo, no dia 3 do tratamento.
A dose de manutenção no tratamento da esquizofrenia deve ser a menor dose
eficaz. Uma dose de 20 mg de ziprasidona duas vezes por dia, normalmente, é
normalmente suficiente.
Idosos
A dose inicial pode ser mais baixa para doentes com 65 anos ou mais se o médico
assim decidir.
Doentes com problemas de fígado
O médico irá prescrever uma dose mais baixa.
Doentes com problemas de rins
Os problemas de rins não requerem ajuste de dose.
Crianças e adolescentes com 10 a 17 anos com mania bipolar
dose inicial: 20 mg de ziprasidona como dose única uma vez por dia
Após 1 a 2 semanas, o médico irá aumentar a dose inicial até para duas vezes
por dia.
dose máxima:
80 mg de ziprasidona (2 cápsulas) duas vezes por dia em crianças com 45 kg
ou mais
40 mg de ziprasidona (1 cápsula) duas vezes por dia em crianças com menos
de 45 kg
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A segurança e a eficácia de Ziprasidona Sandoz no tratamento da esquizofrenia em
crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Estão disponíveis outras dosagens deste medicamento para doses não realizáveis
/praticáveis com esta dosagem.
Ziprasidona Sandoz 60 mg Cápsulas
Adultos
dose inicial em casos agudos: 40 mg de ziprasidona duas vezes por dia
dose máxima: 80 mg de ziprasidona duas vezes por dia
O seu médico pode ajustar a dose inicial individualmente até à dose máxima. Isto
pode ser alcançado, o mais cedo, no dia 3 do tratamento.
A dose de manutenção no tratamento da esquizofrenia deve ser a menor dose
eficaz. Uma dose de 20 mg de ziprasidona duas vezes por dia, normalmente, é
normalmente suficiente.
Idosos
A dose inicial pode ser mais baixa para doentes com 65 anos ou mais se o médico
assim decidir.
Doentes com problemas de fígado
O médico irá prescrever uma dose mais baixa.
Doentes com problemas de rins
Os problemas de rins não requerem ajuste de dose.
Crianças e adolescentes com 10 a 17 anos com mania bipolar
dose inicial: 20 mg de ziprasidona como dose única uma vez por dia
Após 1 a 2 semanas, o médico irá aumentar a dose inicial até para duas vezes
por dia.
dose máxima:
80 mg de ziprasidona duas vezes por dia em crianças com 45 kg ou mais
40 mg de ziprasidona duas vezes por dia em crianças com menos de 45 kg
A segurança e a eficácia de Ziprasidona Sandoz no tratamento da esquizofrenia em
crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Estão disponíveis outras dosagens deste medicamento para doses não realizáveis
/praticáveis com esta dosagem.
Ziprasidona Sandoz 80 mg Cápsulas
Adultos
dose inicial em casos agudos: 40 mg de ziprasidona duas vezes por dia
dose máxima: 80 mg de ziprasidona (1 cápsula) duas vezes por dia
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O seu médico pode ajustar a dose inicial individualmente até à dose máxima. Isto
pode ser alcançado, o mais cedo, no dia 3 do tratamento.
A dose de manutenção no tratamento da esquizofrenia deve ser a menor dose
eficaz. Uma dose de 20 mg de ziprasidona duas vezes por dia, normalmente, é
normalmente suficiente.
Idosos
A dose inicial pode ser mais baixa para doentes com 65 anos ou mais se o médico
assim decidir.
Doentes com problemas de fígado
O médico irá prescrever uma dose mais baixa.
Doentes com problemas de rins
Os problemas de rins não requerem ajuste de dose.
Crianças e adolescentes com 10 a 17 anos com mania bipolar
dose inicial: 20 mg de ziprasidona como dose única uma vez por dia
Após 1 a 2 semanas, o médico irá aumentar a dose inicial até para duas vezes
por dia.
dose máxima:
80 mg de ziprasidona (1 cápsula) duas vezes por dia em crianças com 45 kg
ou mais
40 mg de ziprasidona duas vezes por dia em crianças com menos de 45 kg
A segurança e a eficácia de Ziprasidona Sandoz no tratamento da esquizofrenia em
crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Estão disponíveis outras dosagens deste medicamento para doses não realizáveis
/praticáveis com esta dosagem.
Modo de administração
Via oral.
Tome as cápsulas inteiras com um copo de água, durante ou imediatamente após a
ingestão, de manhã e à noite. Deve tomar este medicamento, todos os dias, à
mesma hora. É importante não mastigar as cápsulas, uma vez que podem afetar o
grau de absorção do medicamento pelo intestino.
Duração do tratamento
A duração do tratamento será decidida pelo seu médico.
Se tomar mais Ziprasidona Sandoz do que deveria
Contacte o seu médico ou farmacêutico imediatamente e tenha consigo disponíveis
a embalagem e as restantes cápsulas se isto ocorrer.
Se tomou mais cápsulas do que deveria poderá sentir sonolência, tremores,
convulsões e movimentos involuntários da cabeça e do pescoço.
Caso se tenha esquecido de tomar Ziprasidona Sandoz
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É importante que tome as cápsulas regularmente sempre à mesma hora em cada
dia. Se se esquecer de tomar uma dose deverá tomá-la logo que for possível, exceto
se estiver na hora da próxima dose. Neste caso, tome apenas a próxima cápsula à
hora habitual. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Ziprasidona Sandoz
Não deve suspender Ziprasidona Sandoz sem a permissão do seu médico mesmo
que se sinta melhor, uma vez que isto pode reduzir o efeito terapêutico e os
sintomas podem voltar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Contudo, na maioria, os efeitos secundários são transitórios. Muitas vezes, pode ser
difícil distinguir os sintomas da doença e estes efeitos secundários.
PARE de tomar Ziprasidona Sandoz e contacte imediatamente o seu médico se
sentir qualquer um dos seguintes efeitos secundários graves:
Efeitos secundários pouco frequentes, podem afetar até 1 em 100 utilizadores:
Batimento cardíaco rápido ou irregular, tonturas quando se levanta que pode
indicar funcionamento anormal do coração. Estes sintomas podem ser devido a
hipotensão postural.
Movimentos involuntários/invulgares, especialmente na sua face ou língua.
Desconhecido, a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis:
Inchaço na face, lábios, língua ou garganta, dificuldade em engolir ou respirar,
urticária. Estes podem ser sintomas de uma reação alérgica grave, tal como
angioedema.
Febre, respiração ofegante, transpiração, rigidez muscular, tremores,
dificuldade em engolir e consciência reduzida. Estes podem ser sintomas de
uma condição conhecida como síndrome maligna dos neurolépticos.
Confusão, agitação, temperatura elevada, transpiração, ausência de
coordenação muscular, contrações musculares. Estes podem ser sintomas de
uma condição conhecida como síndrome serotoninérgica.
Batimento cardíaco rápido e irregular, desmaios, que podem ser sintomas de
uma condição potencialmente fatal conhecida como Torsades de Pointes.
Inchaço, dor e vermelhidão na perna. Estes podem ser sintomas de coágulos
sanguíneos nas veias, especialmente nas pernas, que podem deslocar-se
pelos vasos sanguíneos até aos pulmões, causando dor no peito e dificuldade
em respirar.
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Pode ter qualquer um dos efeitos secundários listados abaixo. Estes potenciais
efeitos secundários são, geralmente, ligeiros a moderados e podem desaparecer
com o tempo. No entanto, se o efeito secundário é grave ou persistente, deve
contactar o seu médico.
Efeitos secundários frequentes, podem afetar até 1 em 10 utilizadores:
Inquietação.
Alterações do movimento, incluindo movimentos involuntários, rigidez
muscular, movimentos lentos, tremores, fraqueza geral e cansaço, tonturas,
sonolência, dor de cabeça.
Prisão de ventre (Obstipação), náuseas, vómitos e indigestão, boca seca,
aumento da salivação.
Visão turva.
Efeitos secundários pouco frequentes, podem afetar até 1 em 100 utilizadores:
Aumento do apetite.
Dificuldade em controlar os movimentos.
Sensação de agitação e ansiedade, aperto na garganta, pesadelos.
Convulsões, movimentos involuntários dos olhos numa posição fixa, falta de
coordenação, alteração do discurso, entorpecimento, sensação de picadas e
formigueiro, capacidade de concentração reduzida, salivação excessiva,
sonolência excessiva durante o dia, exaustão.
Palpitação, sensação de desmaio quando se levantar, falta de ar.
Sensibilidade à luz, zumbido nos ouvidos.
Dor de garganta, dificuldade em engolir, inchaço da língua, diarreia, gases,
desconforto no estômago.
Erupção na pele (cutânea) com comichão, acne.
Cãibras musculares, rigidez ou inchaço nas articulações.
Sede, dor, desconforto no peito, andar anormal.
Efeitos secundários raros, podem afetar até 1 em 1.000 utilizadores:
Corrimento nasal.
Diminuição dos níveis de cálcio no sangue.
Ataque de pânico, sentir-se deprimido, raciocínio lento, ausência de emoções.
Posição invulgar da cabeça (pescoço torto ou torcicolo), paralisia, pernas
inquietas.
Perda parcial ou total da visão num dos olhos, comichão nos olhos, olhos secos,
distúrbios da visão.
Dor nos ouvidos.
Soluços.
Refluxo ácido.
Fezes moles.
Perda de cabelo, inchaço da face, irritações na pele.
Incapacidade de abrir a boca.
Incontinência urinária, dor ou dificuldade em urinar.
Ereção diminuída ou aumentada, orgasmo diminuído, produção anormal de leite.
Aumento da mama em homens e mulheres.
Sentir-se quente, febre.
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Diminuição ou aumento do número de glóbulos brancos (em análise sanguínea).
Análises laboratoriais alteradas da função hepática.
Tensão arterial elevada.
Análises laboratoriais alteradas ao sangue ou à frequência cardíaca.
Manchas vermelhas na pele inflamada ou inchada, cobertas por placas brancas,
condição conhecida como psoríase.
Desconhecido, a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis:
Reação alérgica grave.
Em idosos com demência, foi notificado um aumento ligeiro do número de
mortes em doentes a tomar antipsicóticos comparativamente com aqueles que
não tomam antipsicóticos.
Dificuldade em dormir, urinar involuntariamente.
Autoestima extremamente elevada, pensamentos estranhos e hiperatividade.
Tonturas, perda de consciência.
Pápulas grandes (urticária) com comichão grave.
Ereção persistente, anormal e dolorosa do pénis.
Paralisia facial.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Como conservar Ziprasidona Sandoz
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister, frasco e
embalagem exterior, após “VAL.”. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não conservar acima de 30ºC.
Apenas para os frascos
Prazo de validade após a primeira abertura: 6 meses.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Ziprasidona Sandoz
A substância ativa é ziprasidona.
Cada cápsula contém 20 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
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Cada cápsula contém 40 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
Cada cápsula contém 60 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
Cada cápsula contém 80 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
Os outros componentes são:
Conteúdo da cápsula: lactose mono-hidratada, amido de milho pré-gelificado e
estearato de magnésio.
Ziprasidona Sandoz 20/40/80 mg Cápsulas
Invólucro da cápsula: indigotina (E132), dióxido de titânio (E171) e gelatina
Ziprasidona Sandoz 60 mg Cápsulas
Invólucro da cápsula: dióxido de titânio (E171) e gelatina
Qual o aspeto de Ziprasidona Sandoz e conteúdo da embalagem
Ziprasidona Sandoz são cápsulas.
20 mg cápsulas n.º 4 (comprimento: 14,3 mm): cápsulas azul opaco/azul claro opaco
40 mg cápsulas n.º 3 (comprimento: 15,7 mm): cápsulas azul opaco/azul opaco
60 mg cápsulas n.º 2 (comprimento: 17,6 mm): cápsulas branco opaco/branco opaco
80 mg cápsulas n.º 1 (comprimento: 19,4 mm): cápsulas azul opaco/azul claro opaco
Dimensão das embalagens
Ziprasidona Sandoz está presente em blisters em cartonagem contendo 10, 14, 20,
30, 50, 56, 60, 98, 100 cápsulas.
Ziprasidona Sandoz está presente em frasco fechado com tampa contendo 200
cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Sandoz Farmacêutica, Lda.
Alameda da Beloura
Edifício 1, 2º Andar, Escrotório 15
Quinta da Beloura
2710-693 Sintra
Portugal
Fabricantes
Lek Pharmaceuticals d.d.
Verovškova 57, 1526 Ljubljana
Eslovénia
Salutas Pharma GmbH
Otto-von-Guericke-Allee 1, 39179 Barleben
Alemanha
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S.C. Sandoz, S.R.L.
Str. Livezeni nr. 7A, RO-540472 Targu-Mures
Roménia
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o
representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Alemanha
Ziprasidon – 1 A Pharma 20 mg Hartkapseln
Ziprasidon – 1 A Pharma 40 mg Hartkapseln
Ziprasidon – 1 A Pharma 60 mg Hartkapseln
Ziprasidon – 1 A Pharma 80 mg Hartkapseln
Chipre
Ziprasidone Sandoz
Dinamarca
Ziprasidone Sandoz
Espanha
Ziprasidona Sandoz 20 mg cápsulas duras EFG
Ziprasidona Sandoz 40 mg cápsulas duras EFG
Ziprasidona Sandoz 60 mg cápsulas duras EFG
Ziprasidona Sandoz 80 mg cápsulas duras EFG
Filândia
Ziprasidone Sandoz
Grécia
Ziprasidone /Sandoz
Itália
ZIPRASIDONE SANDOZ
Portugal
Ziprasidona Sandoz
Suécia
Ziprasidone Sandoz
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
NOME DO MEDICAMENTO
Ziprasidona Sandoz 20 mg Cápsulas
Ziprasidona Sandoz 40 mg Cápsulas
Ziprasidona Sandoz 60 mg Cápsulas
Ziprasidona Sandoz 80 mg Cápsulas
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém 20 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
Cada cápsula contém 40 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
Cada cápsula contém 60 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
Cada cápsula contém 80 mg de ziprasidona (na forma de cloridrato mono-hidratado
de ziprasidona).
Excipiente, com efeito conhecido:
Cada cápsula de 20 mg contém 50,81 mg de lactose.
Cada cápsula de 40 mg contém 101,61 mg de lactose.
Cada cápsula de 60 mg contém 152,42 mg de lactose.
Cada cápsula de 80 mg contém 203,22 mg de lactose.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
20 mg cápsulas n.º 4 (comprimento: 14,3 mm): cápsulas azul opaco/azul claro opaco
40 mg cápsulas n.º 3 (comprimento: 15,7 mm): cápsulas azul opaco/azul opaco
60 mg cápsulas n.º 2 (comprimento: 17,6 mm): cápsulas branco opaco/branco opaco
80 mg cápsulas n.º 1 (comprimento: 19,4 mm): cápsulas azul opaco/azul claro opaco
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Indicações terapêuticas
A ziprasidona está indicada no tratamento da esquizofrenia em adultos.
A ziprasidona está indicada no tratamento de episódios de mania ou mistos, na
perturbação bipolar de gravidade moderada em adultos e crianças e adolescentes
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com 10-17 anos de idade (não foi estabelecida a prevenção de episódios de
perturbação bipolar - ver secção 5.1).
Posologia e modo de administração
Posologia
Adultos
A dose recomendada, no tratamento agudo da esquizofrenia e dos episódios de
mania da perturbação bipolar, é de 40 mg duas vezes ao dia, administrada com
alimentos. A dose diária pode ser posteriormente ajustada, com base no quadro
clínico individual, até um máximo de 80 mg duas vezes por dia. Se indicado, a dose
máxima recomendada pode ser atingida ao 3º dia de tratamento.
É particularmente importante não exceder a dose máxima, uma vez que o perfil de
segurança acima de 160 mg/dia ainda não foi confirmado e a ziprasidona está
associada ao prolongamento do intervalo QT, relacionado com a dose (ver secções
4.3 e 4.4).
Na terapêutica de manutenção dos doentes com esquizofrenia, a ziprasidona deve
ser administrada na dose efetiva mais baixa; em muitos casos, uma dose de 20 mg,
duas vezes ao dia, poderá ser suficiente.
Idosos
Por rotina, não está indicada uma dose inicial mais baixa mas deverá ser
considerada para doentes com idade igual ou superior a 65 anos, caso existam
fatores clínicos que o aconselhem.
Doentes com compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso da função
renal (ver secção 5.2).
Doentes com afeção hepática
Em doentes com insuficiência hepática, devem ser consideradas doses mais baixas
(ver secções
4.4 e 5.2).
População pediátrica
Esquizofrenia:
A segurança e eficácia da ziprasidona em doentes pediátricos com esquizofrenia
não foram estabelecidas (ver secção 4.4).
Mania bipolar:
A dose recomendada, no tratamento agudo da mania bipolar, em doentes
pediátricos (10 a 17 anos de idade) é uma dose única de 20 mg no dia 1, com
alimentos. A ziprasidona deve ser posteriormente administrada com alimentos,
dividida em duas doses diárias, e deve ser titulada durante 1-2 semanas para o
intervalo alvo de 120-160 mg/dia para doentes com peso
45kg, ou para o intervalo
alvo de 60-80 mg/dia para doentes com peso <45 kg. O doseamento posterior deve
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ser ajustado com base no estado clínico do indivíduo dentro do intervalo 80-160
mg/dia para doentes com peso
45kg, ou 40-80 mg/dia para doentes com peso <45
kg. O doseamento assimétrico, com doses matinais 20 mg ou 40 mg inferiores às
doses da noite, foi permitido no ensaio clínico ( ver secções 4.4, 5.1 e 5.2).
É particularmente importante não exceder a dose máxima baseada no peso, uma
vez que o perfil de segurança acima da dose máxima (160 mg/dia para crianças
45kg e 80 mg/dia para crianças <45 kg não foi confirmado e a ziprasidona está
associada ao prolongamento do intervalo QT, relacionado com a dose ( ver secções
4.3 e 4.4).
Modo de administração
As cápsulas são tomadas uma vez por dia para o primeiro dia de tratamento na
mania bipolar aguda apenas em doentes pediátricos e, em todos os outros casos,
duas vezes por dia. As cápsulas devem ser engolidas inteiras, não mastigar porque
pode afetar a extensão da absorção da ziprasidona no intestino, com água, durante
ou imediatamente após as refeições.
Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes
mencionados na secção 6.1
Prolongamento conhecido do intervalo QT
Síndrome do intervalo QT longo congénito
Enfarte agudo do miocárdio recente
Insuficiência cardíaca descompensada
Arritmias tratadas com fármacos antiarrítmicos das classes IA e III.
Terapêutica concomitante com medicamentos que prolongam o intervalo QT,
tais como antiarrítmicos de classe IA e III, trióxido de arsénio, halofantrina,
acetato de levometadil, mesoridazina, tioridazina, pimozida, sparfloxacina,
gatifloxacina, moxifloxacina, mesilato de dolasetrona, mefloquina, sertindol ou
cisaprida (ver secções 4.4 e 4.5).
Advertências e precauções especiais de utilização
Deve ser efetuada uma avaliação da história clínica, incluindo os antecedentes
familiares e exame físico de forma a identificar doentes para os quais o tratamento
com ziprasidona não é recomendado (ver secção 4.3).
Intervalo QT
A ziprasidona causa um prolongamento ligeiro a moderado, relacionado com a dose,
do intervalo QT (ver secções 4.8 e 5.1).
A ziprasidona não deve ser administrada em associação com outros medicamentos
que se sabe prolongarem o intervalo QT (ver secções 4.3 e 4.5). Aconselha-se
precaução em doentes com bradicardia. Alterações eletrolíticas, como a
hipocaliemia e a hipomagnesemia, aumentam o risco de ocorrência de arritmias
malignas e devem ser corrigidas antes do início do tratamento com ziprasidona. Em
caso de tratamento de doentes com doença cardíaca estável, deve ser considerada
a realização de ECG antes do início do tratamento.
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Se ocorrerem sintomas cardíacos, tais como palpitações, vertigens, síncope ou
convulsões, deve ser considerada a possibilidade de arritmia cardíaca maligna e
efetuar-se uma avaliação cardíaca, incluindo realização de ECG. Se o intervalo QTc
for >500 ms, recomenda-se que o tratamento seja interrompido (ver secção 4.3).
No período pós-comercialização, foram notificados casos raros de torsades de
pointes em doentes com múltiplos fatores de risco de confundimento a tomar
ziprasidona.
População pediátrica
A segurança e a eficácia da ziprasidona no tratamento da esquizofrenia não foram
avaliadas em crianças e adolescentes.
Síndrome Maligno dos Neurolépticos (SMN)
A SMN é uma situação rara mas potencialmente fatal, que foi notificada em
associação com fármacos antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. O tratamento da
SMN deve incluir a descontinuação imediata de todos os fármacos antipsicóticos.
Discinesia tardia
Após tratamento prolongado, existe a possibilidade de a ziprasidona poder causar
discinesia tardia e outras síndromes extrapiramidais tardias. Sabe-se que os doentes
com perturbação bipolar são particularmente vulneráveis a esta categoria de
sintomas. Esta é mais frequente com o aumento da duração do tratamento e da
idade. Se surgirem sinais e sintomas de discinesia tardia, deve ser considerada a
redução da dose ou a descontinuação do tratamento com ziprasidona.
Convulsões
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com história de convulsões.
Afeção hepática
Não existe experiência de utilização em doentes com insuficiência hepática grave,
por isso a ziprasidona deverá ser utilizada com precaução neste grupo de doentes
(ver secções 4.2 e 5.2).
Aumento do risco de acidentes cerebrovasculares na população com demência
Em ensaios clínicos aleatorizados e controlados por placebo em doentes com
demência, foi observado um aumento de cerca de 3 vezes no risco de
acontecimentos adversos cerebrovasculares com alguns psicóticos atípicos. O
mecanismo para este aumento do risco não é conhecido. Um aumento de risco não
pode ser excluído para outros antipsicóticos ou outras populações de doentes.
Ziprasidona deverá ser utilizada com precaução em doentes com fatores de risco
para AVC.
Aumento da mortalidade em idosos com demência
Dados obtidos em dois grandes estudos observacionais demonstraram que idosos
com demência que, tratados com antipsicóticos, têm um pequeno aumento do risco
de morte comparado com os que não são tratados. Existem dados insuficientes para
poder dar uma estimativa concreta sobre a magnitude precisa do risco. A causa de
risco aumentado é desconhecida.
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Ziprasidona Sandoz não está registado para o tratamento de distúrbios do
comportamento relacionados com demência.
Tromboembolismo venoso
Foram notificados casos de tromboembolismo venoso (TEV) com medicamentos
antipsicóticos. Uma vez que os doentes tratados com antipsicóticos apresentam,
frequentemente, fatores de risco para o TEV, quaisquer possíveis fatores de risco
devem ser identificados antes e durante o tratamento com a ziprazidona e devem
ser adotadas medidas preventivas adequadas.
Lactose
Ziprasidona Sandoz contém lactose. Doentes com problemas hereditários de
intolerância à galactose, com deficiência de lactase de Lapp ou que apresentem má
absorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Não foram desenvolvidos estudos farmacocinéticos e farmacodinâmicos entre
ziprasidona e outros fármacos que prolongam o intervalo QT. Não pode ser excluído
um efeito aditivo da ziprasidona com estes fármacos, pelo que a ziprasidona não
deverá ser administrada concomitantemente com medicamentos que prolongam o
intervalo QT, tais como antiarrítmicos de classe IA e III, trióxido de arsénio,
halofantrina, acetato de levometadil, mesoridazina, tioridazina, pimozida,
sparfloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina, mesilato de dolasetrona, mefloquina,
sertindol ou cisaprida (ver secção 4.3).
População pediátrica
Não foram efetuados estudos de interação da ziprasidona com outros medicamentos
em crianças.
Fármacos que atuam no SNC/ Álcool
Dados os efeitos primários da ziprasidona no SNC, é necessário precaução aquando
da sua utilização concomitante com outros fármacos de ação central e com o álcool.
Efeito da ziprasidona noutros fármacos
Um estudo in vivo com o dextrometorfano, para concentrações plasmáticas 50%
inferiores às obtidas após a administração de 40 mg de ziprasidona duas vezes por
dia, não mostrou uma inibição acentuada da CYP2D6. Dados in vitro indicaram que
a ziprasidona pode ser um inibidor modesto da CYP2D6 e da CYP3A4. Contudo,
não é provável que a ziprasidona afete a farmacocinética de fármacos
metabolizados por estas formas isomórficas do citocromo P450 em extensão
clinicamente relevante.
Contracetivos orais:
A administração de ziprasidona não alterou significativamente a farmacocinética de
estrogénios (etinilestradiol, um substrato da CYP3A4) ou de componentes da
progesterona.
Lítio:
A administração simultânea de ziprasidona não alterou a farmacocinética do lítio.
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Uma vez que a ziprasidona e o lítio estão associados a alterações da condução
cardíaca, a sua combinação pode representar um risco de interação
farmacodinâmica, incluindo arritmias.
Carbamazepina e Valproato:
Os dados referentes à utilização concomitante com os estabilizadores de humor
carbamazepina e valproato são limitados.
Efeitos de outros fármacos sobre a ziprasidona
O um inibidor da CYP3A4 cetoconazol (400 mg/dia) aumentou as concentrações
séricas da ziprasidona em menos de 40%. As concentrações séricas da S-metil-
dihidroziprasidona e da ziprasidona sulfóxido, no T
máx
esperado para a ziprasidona,
aumentaram 55% e 8%, respetivamente. Não foi observado qualquer prolongamento
adicional do intervalo QTc. Não é provável que as alterações na farmacocinética
resultantes da coadministração de inibidores potentes da CYP3A4 tenham
importância clínica, consequentemente não é necessário um ajuste de dose.
A administração de 200 mg de carbamazepina duas vezes por dia, durante 21 dias,
teve como resultado uma diminuição em, aproximadamente, 35% na exposição à
ziprasidona. Não existem dados sobre a administração concomitante com valproato.
Antiácidos:
Doses múltiplas de antiácidos, contendo alumínio e magnésio, ou cimetidina não
exerceram efeitos clinicamente significativos na farmacocinética da ziprasidona
quando administrada com alimentos.
Fármacos serotoninérgicos
Em casos isolados, tem sido notificada síndrome serotoninérgica temporariamente
associada à utilização terapêutica de ziprasidona em combinação com outros
fármacos serotoninérgicos como os ISRSs (ver secção 4.8). Os sintomas da
síndrome serotoninérgica podem incluir confusão, agitação, febre, suores, ataxia,
hiperreflexia, mioclonia e diarreia.
Ligação às proteínas
A ziprasidona liga-se extensivamente às proteínas plasmáticas. A ligação da
ziprasidona às proteínas plasmáticas in vitro, não foi alterada pela varfarina ou
propanolol, dois fármacos de alta ligação às proteínas plasmáticas, nem a
ziprasidona alterou a ligação destes fármacos no plasma humano. Apesar disso, o
potencial de interação de fármacos com a ziprasidona devido ao deslocamento é
improvável.
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Estudos de toxicidade na reprodução mostraram efeitos adversos no processo
reprodutivo para doses associadas a toxicidade materna e/ou sedação. Não houve
evidência de teratogenicidade (ver secção 5.3).
Gravidez
Não foram efetuados estudos em mulheres grávidas. Por conseguinte, mulheres em
idade fértil que estejam sob terapêutica com ziprasidona devem ser aconselhadas a
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
utilizar métodos adequados de contraceção. Dado que a experiência no ser humano
é limitada, não é recomendada a administração de ziprasidona durante a gravidez, a
não ser que o benefício esperado compense o risco potencial para o feto.
Recém-nascidos expostos a antipsicóticos (incluindo a ziprasidona) durante o
terceiro trimestre da gravidez correm risco de reações adversas, incluindo sintomas
extrapiramidais e/ou de abstinência, que podem variar em gravidade e duração de
entrega seguinte. Houve notificações de agitação, hipertonia, hipotonia, tremor,
sonolência, dificuldade respiratória ou distúrbio alimentar. Consequentemente, os
recém-nascidos devem ser cuidadosamente monitorizados.
Amamentação
Não se sabe se a ziprasidona é excretada no leite materno. As doentes não devem
amamentar se estiverem sob terapêutica com ziprasidona. Se o tratamento for
necessário, deverá interromper se o aleitamento.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Ziprasidona Sandoz tem influência ligeira a moderada sobre a capacidade de
conduzir e utilizar máquinas, uma vez que pode causar sonolência. Os doentes que
possam vir a conduzir ou operar máquinas devem ser devidamente advertidos.
Efeitos indesejáveis
A ziprasidona oral foi administrada a aproximadamente 6500 indivíduos adultos em
ensaios clínicos (ver secção 5.1). As reações adversas mais frequentes nos ensaios
clínicos efetuados na esquizofrenia foram sedação e acatisia. Nos ensaios clínicos
efetuados nos episódios de mania da perturbação bipolar, as reações adversas mais
frequentes foram sedação, acatisia, efeitos extrapiramidais e tonturas.
A tabela seguinte contém acontecimentos adversos baseados no conjunto de
ensaios na esquizofrenia de dose fixa e de curta duração (4-6 semanas) e ensaios
de dose flexível de curta duração (3 semanas), nos episódios de mania da
perturbação bipolar, que apresentam uma provável ou possível relação com o
tratamento com ziprasidona e que ocorreram com uma incidência superior ao
placebo. Reações adicionais notificadas através da experiência pós-comercialização
estão incluídas como frequência “Desconhecido” em itálico na listagem abaixo.
Todas as reações adversas são apresentadas de acordo com a classe e frequência:
Muito frequentes (
1/10)
Frequentes (
1/100 a <1/10)
Pouco frequentes (
1/1000 a <1/100)
Raros (
1/10000 a <1/1.000)
Muito raros (<1/10.000)
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
As reações adversas descritas também podem estar associadas à patologia
subjacente e/ou à medicação concomitante.
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Classes de sistemas de órgãos
Frequência
Reações adversas
Infeções e infestações
Raros
Rinite
Doenças do sangue e do sistema
linfático
Raros
Linfopenia, contagem dos eosinófilos
aumentada
Doenças do sistema imunitário
Desconhecido
Reação anafilática
Doenças do metabolismo e da
nutrição
Pouco frequentes
Aumento do apetite
Raros
Hipocalcemia
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes
Instabilidade psicomotora
Pouco frequentes
Agitação, ansiedade, sensação de
aperto na garganta, pesadelos
Raros
Ataque de pânico, sintomas
depressivos, bradifrenia, aplanamento
do afeto, anorgasmia
Desconhecido
Insónia; mania/hipomania
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Distonia, acatisia, perturbação
extrapiramidal, parkinsonismo
(incluindo rigidez em roda dentada,
bradicinesia, hipocinesia), tremor,
tonturas, sedação, sonolência,
cefaleias
Pouco frequentes
Crises tonoclónicas generalizadas,
discinesia tardia, discinesia, sialorreia,
ataxia, disartria, crise oculógira,
perturbações da atenção, hipersónia,
hipoestesia, parestesia, letargia
Raros
Torcicolo, paresia, acinesia,
hipertonia, síndrome das pernas
irrequietas
Desconhecido
Síndrome maligna dos neurolépticos;
síndrome serotoninérgica (ver secção
4.5); paralisia facial
Afeções oculares
Frequentes
Visão turva
Pouco frequentes
Fotofobia
Raros
Ambliopia, perturbações da visão,
prurido ocular, xeroftalmia
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens, acufeno
Raros
Otalgia
Cardiopatias
Pouco frequentes
Palpitações, taquicardia
Raros
Prolongamento do intervalo QT
corrigido no eletrocardiograma
Desconhecido
Torsade de pointes (ver secção 4.4)
Vasculopatias
Pouco frequentes
Crise hipertensiva, hipertensão,
hipotensão ortostática, hipotensão
Raros
Hipertensão sistólica, hipertensão
diastólica, labilidade da pressão
arterial
Desconhecido
Síncope, tromboembolismo venoso
Doenças respiratórias, torácicas e do
mediastino
Pouco frequentes
Dispneia, faringite
Raros
Soluços
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Náuseas, vómitos, obstipação,
dispepsia, xerostomia, sialorreia
Pouco frequentes
Diarreia, disfagia, gastrite,
desconforto gastrointestinal, edema
da língua, espessamento da língua,
flatulência
Raros
Refluxo gastroesofágico, fezes moles
Afeções hepatobiliares
Pouco frequentes
Aumento das enzimas hepáticas
Raros
Alteração do teste da função hepática
Afeções dos tecidos cutâneos e
subcutâneos
Pouco frequentes
Urticária, erupção cutânea, erupção
cutânea maculopapular, acne
Raros
Psoríase, dermatite alérgica, alopecia,
edema da face, eritema, erupção
cutânea papular, irritação cutânea
Desconhecido
Hipersensibilidade, angioedema
Afeções musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Frequentes
Rigidez musculosquelética
Pouco frequentes
Desconforto musculosquelético,
cãibras, dores nas extremidades,
APROVADO EM
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INFARMED
rigidez das articulações
Raros
Trismo
Doenças renais e urinárias
Raros
Incontinência urinária, disúria
Desconhecido
Enurese
Situações da gravidez, puerpério e
perinatais
Desconhecido
Síndrome de abstinência de fármacos
neonatal (ver secção 4.6)
Doenças dos órgãos genitais e da
mama
Raros
Disfunção eréctil, aumento da ereção,
galactorreia, ginecomastia
Desconhecido
Priapismo
Perturbações gerais e alterações no
local de administração
Frequentes
Astenia, fadiga
Pouco frequentes
Desconforto torácico, alterações da
marcha, dor, sede
Raros
Pirexia, sensação de calor
Exames complementares de
diagnóstico
Raros
Aumento da lactato desidrogenase
plasmática
Em ensaios clínicos a curto e longo prazos na esquizofrenia e nos episódios de
mania da perturbação bipolar com a ziprasidona, a incidência de convulsões
tonoclónicas e hipotensão foi pouco frequente, tendo ocorrido em menos de 1% dos
doentes tratados com ziprasidona.
A ziprasidona provoca um prolongamento ligeiro a moderado do intervalo QT (ver
secção 5.1). Nos ensaios clínicos na esquizofrenia observou-se um aumento de 30 a
60 ms em 12,3% (976/7941) dos traçados ECG de doentes medicados com
ziprasidona e em 7,5% (73/975) dos traçados ECG de doentes medicados com
placebo. Foi observado um prolongamento >60 ms em 1,6% (128/7941) e 1,2%
(12/975) dos traçados de doentes medicados com ziprasidona e placebo,
respetivamente. A incidência do prolongamento do intervalo QTc acima de 500 ms
foi de 3 num total de 3266 (0,1%) doentes medicados com ziprasidona e de 1 num
total de 538 (0,2%) doentes medicados com placebo. Foram observados resultados
semelhantes nos ensaios clínicos nos episódios de mania da perturbação bipolar.
Em ensaios clínicos de longa duração no tratamento de manutenção da
esquizofrenia, os níveis de prolactina dos doentes medicados com ziprasidona por
vezes aumentaram, embora, na maioria dos doentes, tenham retomado os valores
normais sem a interrupção do tratamento. Além disso, as manifestações
potencialmente clínicas (ex., ginecomastia e aumento da mama) foram raras.
População pediátrica com mania bipolar
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
A ziprasidona oral foi administrada em ensaios clínicos (ver secção 5.1) a 267
indivíduos em idade pediátrica com perturbação bipolar. Num estudo controlado com
placebo, as reações adversas mais frequentes (notificadas com uma frequência
>10%) foram sedação, sonolência, cefaleia, fadiga e náusea. A frequência, tipo e
gravidade das reações adversas nestes indivíduos foram, de um modo geral,
similares às ocorridas nos adultos com perturbação bipolar tratados com
ziprasidona.
A ziprasidona foi associada a um prolongamento ligeiro a moderado do intervalo QT
relacionado com a dose no ensaio clínico pediátrico bipolar similar ao observado na
população adulta. As crises tonoclónicas e hipotensão não foram notificadas nos
ensaios clínicos controlados por placebo pediátricos bipolares.
Sobredosagem
A experiência com a sobredosagem de ziprasidona é limitada. A maior ingestão
única confirmada de ziprasidona é de 12800 mg. Neste caso, foram notificados
sintomas extrapiramidais e um intervalo QTc de 446 ms (sem sequelas cardíacas).
No geral, os sintomas mais frequentemente notificados após sobredosagem são
sintomas extrapiramidais, sonolência, tremores e ansiedade.
A possibilidade de embotamento, convulsões ou reações distónicas da cabeça e
pescoço que se seguem à sobredosagem podem causar risco de aspiração através
da indução do vómito. Deve ser iniciada imediatamente a monitorização da função
cardiovascular, que deve incluir a monitorização eletrocardiográfica contínua para
deteção de possíveis arritmias. Não existe um antídoto específico para a
ziprasidona.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo Farmacoterapêutico: 2.9.2 Sistema Nervoso Central – Psicofármacos,
antipsicóticos.
Código ATC: NO5A E04.
A ziprasidona possui uma elevada afinidade para os recetores dopaminérgicos tipo 2
) e uma afinidade substancialmente superior para os recetores da serotonina tipo
2A (5HT
). Através da utilização da tomografia de emissão de positrões (TEP)
verificou-se que o bloqueio dos recetores, 12 horas após uma dose única de 40mg,
foi superior a 80% para os recetores da serotonina tipo 2A e superior a 50% para os
recetores da dopamina tipo D
. A ziprasidona também interage com os recetores da
serotonina 5HT
, 5HT
e 5HT
, relativamente aos quais a sua afinidade é igual ou
maior do que para os recetores D
. A ziprasidona tem uma afinidade moderada para
os transportadores neuronais da serotonina e da noradrenalina. A ziprasidona
apresenta uma afinidade moderada para os recetores alfa-1 e para os da histamina
H(1). A ziprasidona demonstrou ter uma afinidade desprezível para os recetores
muscarínicos M(1).
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
A ziprasidona mostrou ser simultaneamente um antagonista dos recetores da
serotonina tipo 2ª (5HT
) e dos recetores dopaminérgicos tipo 2 (D
). É suposto que
a atividade terapêutica seja mediada, em parte, através desta combinação de
atividades antagonistas. A ziprasidona é também um potente antagonista dos
recetores 5HT
e 5HT
, um potente agonista do recetor 5HT
e dos inibidores da
recaptação neuronal da noradrenalina e da serotonina.
Informação adicional sobre ensaios clínicos
Esquizofrenia
Num ensaio clínico de 52 semanas, a ziprasidona foi eficaz na manutenção da
melhoria clínica durante a terapêutica em doentes que mostraram resposta ao
tratamento inicial: não houve evidência clara da existência de uma relação dose-
resposta entre os grupos medicados com ziprasidona. Neste estudo de longa
duração, que incluiu doentes com ambos os sintomas positivos e negativos, a
eficácia da ziprasidona foi demonstrada em ambos os sintomas positivos e
negativos.
A incidência de aumento de peso corporal, descrito como efeito adverso em ensaios
clínicos de curta duração (4-6 semanas) na esquizofrenia, foi inferior e idêntica nos
doentes medicados com ziprasidona e com placebo (ambos 0,4%). Num ensaio
clínico controlado com placebo com duração de um ano foi observada uma redução
média de peso de 1-3 kg nos doentes medicados com ziprasidona em comparação
com uma redução média de 3 kg nos doentes medicados com placebo.
Num estudo comparativo na esquizofrenia de dupla ocultação foram determinados
os parâmetros metabólicos, incluindo peso e valores de insulina em jejum, colesterol
total e triglicéridos e índice de resistência à insulina (IR). Nos doentes medicados
com ziprasidona não foram observadas alterações significativas comparativamente
às condições basais em nenhum destes parâmetros metabólicos.
Resultados de um estudo de segurança pós-comercialização de grande dimensão
Foi efetuado um estudo aleatorizado pós-comercialização, que incluiu 18.239
doentes com esquizofrenia em seguimento observacional de 1 ano para determinar
se o efeito da ziprasidona no intervalo QTc está associado a um aumento do risco
de mortalidade não relacionada com suicídio. Este estudo, que decorreu de acordo
com a prática clínica real, não evidenciou diferença na taxa global de mortalidade
não relacionada com suicídio entre os tratamentos com ziprasidona e olanzapina
(endpoint primário). O estudo também não mostrou diferenças nos endpoints
secundários de mortalidade por todas as causas, mortalidade por suicídio,
mortalidade por morte súbita, contudo, foi observada uma incidência numérica
superior não significativa da mortalidade cardiovascular no grupo tratado com
ziprasidona. Foi também observada no grupo da ziprasidona uma incidência
estatística significativamente maior de hospitalização por todas as causas devida,
sobretudo, à diferença no número de hospitalizações psiquiátricas.
Mania bipolar
A eficácia da ziprasidona em adultos com mania foi estabelecida em dois estudos de
3 semanas, controlados por placebo, em dupla ocultação e em um estudo com
duração de 12 semanas, em dupla ocultação que comparou a ziprasidona com
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
haloperidol e placebo. Estes estudos incluíram, aproximadamente, 850 doentes com
critérios de diagnóstico DSM-IV para distúrbio bipolar I, com um episódio agudo de
mania ou misto, acompanhado ou não de características psicóticas. Nestes estudos,
a frequência da presença de características psicóticas na baseline foi de 49,7%,
34,7% ou 34,9%. A eficácia foi avaliada pela escala Mania Rating Scale (MRS).
Nestes estudos, a escala Clinical Global Impression-Severity (CGI-S) foi usada quer
como variável de eficácia coprimária quer como secundária principal. O tratamento
com ziprasidona (40-80 mg duas vezes ao dia, dose média diária de 120 mg)
resultou numa melhoria estatisticamente significativa nas pontuações de ambas as
escalas, MRS e CGI-S, na última visita (3 semanas), comparativamente ao placebo.
No estudo com duração de 12 semanas, o tratamento com haloperidol (dose média
diária de 16 mg) resultou em reduções significativamente superiores na escala MRS
comparativamente à ziprasidona (dose média diária de 121 mg). A ziprasidona
demonstrou eficácia comparável ao haloperidol em termos da proporção de doentes
que mantive a resposta ao tratamento da semana 3 à semana 12.
A eficácia da ziprasidona no tratamento da perturbação bipolar I em doentes
pediátricos (10 a 17 anos de idade) foi avaliada num ensaio clínico controlado por
placebo com duração de 4 semanas (n=237) em doentes internados e de
ambulatório com critérios de diagnóstico DSM-IV para episódios de mania ou mistos
de perturbação bipolar I, acompanhados ou não de características psicóticas e uma
pontuação Y-MRS
17 na baseline. Este ensaio clínico em dupla ocultação,
controlado por placebo, comparou a ziprasidona oral em dose flexível 80-160 mg/dia
(40-80 mg BID) dividida em duas doses para doentes com peso
45 kg; 40-80
mg/dia (20-40 mg BID) para doentes com peso <45kg com placebo. A ziprasidona foi
administrada numa dose única de 20 mg no primeiro dia e posteriormente titulada
durante 1-2 semanas, em duas doses diárias, para um intervalo alvo de 120-160
mg/dia para doentes com peso
45 kg, ou 60-80 mg/dia para doentes com peso
<45kg. O doseamento assimétrico, com doses da manhã 20 mg ou 40 mg inferiores
às doses da noite, foi permitido. A ziprasidona foi superior ao placebo na alteração
da baseline até à semana 4 na pontuação total Y-MRS. Neste ensaio clínico, as
doses diárias médias administradas foram 119 mg e 69 mg nos doentes com peso
45 kg e <45 kg, respetivamente.
A segurança da ziprasidona foi avaliada em 267 doentes pediátricos (10 a 17 anos
de idade) que participaram em ensaios clínicos com doses múltiplas na mania
bipolar; foram tratados um total de 82 doentes pediátricos com perturbação bipolar I
com ziprasidona durante, pelo menos, 180 dias.
Num ensaio clínico de 4 semanas com doentes pediátricos (10-17 anos) com mania
bipolar, não ocorreram diferenças na alteração média a partir da baseline na massa
corporal, glucose em jejum, colesterol total, LDL colesterol ou níveis de triglicéridos
entre os doentes em tratamento com ziprasidona e placebo.
Não existem estudos clínicos de longa duração, em dupla ocultação, que tenham
investigado a eficácia e tolerabilidade da ziprasidona em crianças e adolescentes.
Não existem estudos clínicos de longa duração que tenham investigado a eficácia da
ziprasidona na prevenção da recorrência de sintomas maníacos/depressivos.
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após a administração por via oral de doses múltiplas de ziprasidona, com alimentos,
as concentrações séricas máximas ocorrem, geralmente, 6 a 8 horas após a toma.
Estudos farmacocinéticos demonstraram que a biodisponibilidade da ziprasidona
aumenta cerca de 100% na presença de alimentos. A biodisponibilidade absoluta de
uma dose de 20 mg administrada com alimentos é de 60%. Consequentemente, é
recomendado que a ziprasidona seja administrada com alimentos.
Distribuição
O volume da distribuição é de aproximadamente 1,1 l/kg. A ziprasidona liga-se em
mais de 99% às proteínas plasmáticas.
Biotransformação e eliminação
O tempo de semivida médio da ziprasidona após administração por via oral é de 6,6
horas. O estado estacionário é atingido em 1-3 dias. A depuração média da
ziprasidona administrada por via intravenosa é de 5ml/min/kg. Aproximadamente
20% da dose é excretada na urina, sendo aproximadamente 66% eliminada nas
fezes.
A ziprasidona demonstrou cinética linear no intervalo terapêutico de 40 a 80 mg
duas vezes dia em indivíduos que ingeriram alimentos.
A ziprasidona é extensamente metabolizada após administração oral, sendo apenas
uma pequena quantidade excretada como ziprasidona inalterada na urina (<1%) ou
fezes (<4%). A ziprasidona é depurada primariamente por três vias metabólicas,
originando quatro metabolitos circulantes principais, sulfóxido de benzisotiazole
piperazina (BIPT), BIPT sulfona, ziprasidona sulfóxido e S-metil-dihidroziprasidona.
A ziprasidona na forma inalterada representa cerca de 44% da concentração sérica
total de substâncias relacionadas.
Um estudo in vivo sugere que a conversão em S-metil-dihidroziprasidona é a
principal via de metabolização da ziprasidona. Estudos in vitro mostram que este
metabolito resulta da redução catalisada pela aldeído oxidase, com subsequente S-
metilação. O metabolismo oxidativo, principalmente via CYP3A4 com potencial
contribuição da CYP1A2, está também envolvido.
A ziprasidona, a S-metil-dihidroziprasidona e a ziprasidona sulfóxido, quando
testados in vitro, partilham propriedades que podem fazer prever um prolongamento
do intervalo QTc. A S- metildihidroziprasidona é principalmente eliminada nas fezes
por excreção biliar, com uma contribuição minor do metabolismo catalisado pela
CYP3A4. A ziprasidona sulfóxido é eliminada por excreção renal e por metabolismo
secundário catalisado pela CYP3A4.
Populações especiais
A avaliação farmacocinética de doentes tratados por via oral não revelou qualquer
diferença farmacocinética significativa entre fumadores e não fumadores.
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Não foi observada qualquer diferença significativa na farmacocinética da ziprasidona
relacionada com a idade ou sexo. A farmacocinética da ziprasidona em doentes
pediátricos com 10 a 17 anos de idade foi semelhante à observada nos adultos após
correção das diferenças para a massa corporal.
De acordo com o facto de a depuração renal contribuir muito pouco para a
depuração total, não se verificou um aumento progressivo da exposição de
ziprasidona quando administrada a indivíduos com graus variáveis de insuficiência
renal. Após administração de 20 mg BID durante sete dias, a exposição em
indivíduos com compromisso renal ligeiro (depuração da creatinina 30-60 ml/min),
moderada (depuração da creatinina 10-29 ml/min) e grave (diálise necessária) foi de
146%, 87% e 75% respetivamente, quando comparados com indivíduos saudáveis
(depuração da creatinina >70 ml/min). Desconhece-se se as concentrações séricas
dos metabolitos estão aumentadas nestes doentes.
Na afeção hepática ligeira a moderada (Child Pugh A ou B) causada por cirrose, as
concentrações séricas após administração por via oral foram 30% superiores e o
tempo de semivida foi prolongado em cerca de 2 horas comparativamente aos
doentes com função hepática normal. O efeito da afeção hepática nas
concentrações séricas dos metabolitos é desconhecido.
Dados de segurança pré-clínica
Os dados de segurança pré-clínica não revelaram perigo particular para o ser
humano, com base em estudos convencionais de segurança farmacológica,
genotoxicidade e potencial carcinogénico. Em estudos de reprodução realizados em
ratos e coelhos, a ziprasidona não revelou evidência de teratogenicidade. Foram
observados efeitos adversos sobre a fertilidade e diminuição do peso das crias em
doses causadoras de toxicidade materna, tais como diminuição no ganho de peso.
Foi registado um aumento de mortalidade perinatal e atraso no desenvolvimento
funcional das crias para concentrações plasmáticas maternas extrapoladas das
concentrações máximas no ser humano tratado com doses terapêuticas.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Lista dos excipientes
Conteúdo da cápsula:
Lactose mono-hidratada
Amido de milho pré-gelificado
Estearato de magnésio.
Invólucro da cápsula:
Ziprasidona Sandoz 20 mg Cápsulas
Indigotina (E132)
Dióxido de titânio (E171)
Gelatina
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Ziprasidona Sandoz 40 mg Cápsulas
Indigotina (E132)
Dióxido de titânio (E171)
Gelatina
Ziprasidona Sandoz 60 mg Cápsulas
Dióxido de titânio (E171)
Gelatina
Ziprasidona Sandoz 80 mg Cápsulas
Indigotina (E132)
Dióxido de titânio (E171)
Gelatina
Incompatibilidades
Não aplicável.
Prazo de validade
Blisters
9 meses
Frascos
9 meses
Após a primeira abertura: 6 meses
Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC.
Natureza e conteúdo do recipiente
Blister Alumínio/ Alumínio.
Frasco de HDPE fechado com tampa de PP.
Dimensão das embalagens
Blister:
10, 14, 20, 30, 50, 56, 60, 98, 100 cápsulas.
Frasco:
200 cápsulas
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sandoz Farmacêutica, Lda.
APROVADO EM
27-09-2012
INFARMED
Alameda da Beloura
Edifício 1, 2º Andar, Escrotório 15
Quinta da Beloura
2710-693 Sintra
Portugal
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
DATA DA REVISÃO DO TEXTO