Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
23-04-2014
23-04-2014
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Ziprasidona Parke-Davis 20 mg cápsulas
Ziprasidona Parke-Davis 40 mg cápsulas
Ziprasidona Parke-Davis 60 mg cápsulas
Ziprasidona Parke-Davis 80 mg cápsulas
ziprasidona
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Ziprasidona Parke-Davis e para que é utilizada
2. Antes de tomar Ziprasidona Parke-Davis
3. Como tomar Ziprasidona Parke-Davis
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ziprasidona Parke-Davis
6. Outras informações
1. O QUE É ZIPRASIDONA PARKE-DAVIS E PARA QUE É UTILIZADA
Ziprasidona Parke-Davis cápsulas pertence a um grupo de medicamentos designados
por antipsicóticos.
Ziprasidona Parke-Davis cápsulas está indicada no tratamento da esquizofrenia em
adultos - uma doença mental que se apresenta com os seguintes sintomas: ouvir,
ver e sentir coisas que não existem, acreditar em algo que não corresponde à
realidade, sentir suspeitas invulgares, necessidade de se isolar e dificuldade em
estabelecer relações sociais, nervosismo, depressão ou ansiedade.
Ziprasidona Parke-Davis cápsulas está também indicada no tratamento de episódios
de mania ou mistos de gravidade moderada, em adultos e crianças e adolescentes
com 10-17 anos de idade que sofrem de perturbação bipolar – uma doença mental
caracterizada por períodos alternados de euforia (mania) ou períodos de depressão.
Durante os episódios de mania os sintomas mais característicos são: comportamento
eufórico, auto-estima exagerada, aumento de energia, diminuição da necessidade de
dormir, falta de concentração ou hiperatividade e comportamento repetido de alto
risco.
2. ANTES DE TOMAR ZIPRASIDONA PARKE-DAVIS
Não tome Ziprasidona Parke-Davis cápsulas
- se tem alergia (hipersensibilidade) à ziprasidona ou a qualquer outro componente
de Ziprasidona Parke-Davis cápsulas (mencionados na secção 6). Os sinais de reação
alérgica incluem erupção na pele, comichão, inchaço na face ou lábios, dificuldade
em respirar.
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
- Se tem ou já teve problemas do coração ou teve recentemente um ataque
cardíaco.
- Se toma medicamentos para problemas do ritmo do coração ou que podem afetar o
ritmo do coração. Ver também a secção “Ao tomar Ziprasidona Parke-Davis com
outros medicamentos”.
Tome especial cuidado com Ziprasidona Parke-Davis cápsulas
Confirme com o seu médico antes de tomar este medicamento
- se você ou alguém da sua família tem antecedentes (ou história) de coágulos no
sangue, uma vez que este tipo de medicamentos estão associados à formação de
coágulos sanguíneos
- se tem problemas de fígado
- se sofre ou sofreu de convulsões ou epilepsia
- se é idoso (mais de 65 anos) e sofre de demência e está em risco de ter um
acidente vascular cerebral (AVC)
- se tem batimentos do coração lentos, em repouso, e/ou se sabe que pode ter
diminuição de sal no seu organismo como resultado de diarreia grave prolongada e
vómitos (estar enjoado) ou pela utilização de diuréticos (comprimidos para urinar)
- se tem batimentos do coração rápidos ou irregulares, desmaio, colapso ou tonturas
quando se levanta que podem indicar funcionamento anómalo da frequência de
batimentos do coração.
Informe o seu médico que está a tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas antes de
fazer análises laboratoriais (por exemplo, análises ao sangue, urina, função do
fígado, frequência dos batimentos do coração) porque pode alterar os resultados dos
testes.
Ao tomar Ziprasidona Parke-Davis com outros medicamentos
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
NÃO TOME ZIPRASIDONA PARKE-DAVIS se toma medicamentos para problemas do
ritmo do coração ou medicamentos que possam afetar o ritmo do coração, tais
como:
- Antiarrítmicos de classe IA e III, trióxido de arsénio, halofantrina, acetato de
levometadil,
mesoridazina,
tioridazina,
pimozida,
sparfloxacina,
gatifloxacina,
moxifloxacina, mesilato de dolasetrona, mefloquina, sertindol ou cisaprida. Estes
medicamentos afetam o ritmo do coração prolongando o intervalo QT. Se tem
dúvidas sobre isto, deve falar com o seu médico.
Fale
médico
farmacêutico
está
tomar
tiver
tomado
recentemente medicamentos para o tratamento de:
- infeções bacterianas; estes medicamentos são conhecidos como antibióticos; por
exemplo, antibióticos macrólidos ou rifampicina;
- alterações de humor (alternando entre estados de depressão e euforia), agitação e
irritação; estes são conhecidos como medicamentos estabilizadores do humor, por
exemplo, lítio, carbamazepina, valproato;
- depressão incluindo certos medicamentos serotoninérgicos, por exemplo, inibidores
SRS como a fluoxetina, paroxetina, sertralina; ou medicamentos à base de plantas
ou produtos naturais contendo hipericão;
- epilepsia; por exemplo, fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, etosuximida;
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
- Doença de Parkinson por exemplo, levodopa, bromocriptina, ropinirol, pramipexol;
- ou se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente os seguintes medicamentos:
verapamilo, quinidina, itraconazol ou ritonavir.
Ver também a secção “Não tome Ziprasidona Parke-Davis cápsulas”.
Ao tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas com alimentos e bebidas
Ziprasidona Parke-Davis cápsulas TEM QUE SER TOMADA DURANTE UMA REFEIÇÃO
PRINCIPAL.
Não deve ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com Ziprasidona Parke-
Davis cápsulas porque pode aumentar o risco de efeitos secundários.
Gravidez e aleitamento
Gravidez:
Não deve tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas durante a gravidez a não ser que
o seu médico lhe tenha dito para o fazer porque existe o risco que este medicamento
possa prejudicar o seu bebé. Utilize sempre contracepção efetiva.
Informe o seu médico imediatamente se está grávida ou se planeia engravidar
enquanto está a tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas.
Os seguintes sintomas podem ocorrer em recém-nascidos cujas mães utilizaram
Ziprasidona Parke-Davis no terceiro trimestre de gravidez (últimos três meses da
gravidez): tremor, fraqueza e/ou rigidez muscular, sonolência, agitação, problemas
respiratórios e dificuldades na alimentação. Se seu bebé desenvolver qualquer um
destes sintomas, contacte o seu médico.
Aleitamento:
Não amamente se está a tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas uma vez que
pequenas quantidades podem passar para o leite materno. Se está a planear
amamentar fale com o seu médico antes de tomar este medicamento.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas pode fazer com que se sinta sonolento. Se
tal lhe acontecer, não deve conduzir veículos nem utilizar máquinas até a sonolência
desaparecer.
Informações importantes sobre alguns componentes de Ziprasidona Parke-Davis
cápsulas
Ziprasidona Parke-Davis cápsulas contém lactose. Se foi informado pelo seu médico
intolerância
alguns
açúcares,
contacte-o
antes
tomar
este
medicamento.
3. COMO TOMAR ZIPRASIDONA PARKE-DAVIS CÁPSULAS
Tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas sempre de acordo com as indicações do
médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
As cápsulas devem ser engolidas inteiras, não devem ser mastigadas e devem ser
tomadas com as refeições. É importante não mastigar as cápsulas porque pode
afetar a quantidade em que o medicamento é absorvido pelo intestino.
Ziprasidona Parke-Davis cápsulas deve ser tomada duas vezes por dia, uma cápsula
de manhã durante um pequeno-almoço substancial e uma cápsula à noite durante o
jantar (ver a embalagem). Deve tomar este medicamento todos os dias à mesma
hora.
Adultos
A dose habitual é entre 40 mg e 80 mg, duas vezes por dia, ingeridas com uma
refeição substancial.
Em tratamentos de longa duração, o seu médico pode ter que ajustar a dose. Não
deve exceder a dose máxima de 160 mg por dia.
Crianças e adolescentes com mania bipolar
A dose inicial recomendada é de 20 mg, tomada com uma refeição, após a qual o
médico irá aconselhá-la sobre a dose mais adequada para si. Não deve exceder a
dose máxima de 80 mg por dia em crianças com peso de 45 Kg ou inferior, ou 160
mg por dia em crianças com peso superior a 45 Kg.
A segurança e eficácia de Ziprasidona Parke-Davis no tratamento da esquizofrenia
em crianças e adolescentes não foram estabelecidas.
Idosos (mais de 65 anos)
Se é idoso, o seu médico irá decidir a dose adequada para si. As doses utilizadas em
pessoas com mais de 65 anos por vezes são mais baixas do que as utilizadas em
pessoas mais jovens. O seu médico irá aconselhá-lo sobre a dose correta para si.
Doentes com problemas de fígado
Se tem problemas de fígado pode ter que tomar uma dose mais baixa de Ziprasidona
Parke-Davis cápsulas. O seu médico irá indicar a dose correta para si.
Se tomar mais Ziprasidona Parke-Davis cápsulas do que deveria
Contacte o seu médico ou dirija-se ao hospital mais próximo. Leve a sua embalagem
de Ziprasidona Parke-Davis cápsulas consigo.
Se tomou mais Ziprasidona Parke-Davis cápsulas do que deveria poderá sentir
sonolência, tremores, convulsões e movimentos involuntários da cabeça e do
pescoço.
Caso se tenha esquecido de tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas
É importante que tome Ziprasidona Parke-Davis cápsulas sempre à mesma hora em
cada dia. Se se esquecer de tomar uma cápsula tome-a assim que se lembrar, a não
ser que esteja na hora da próxima dose. Nesse caso, tome apenas a dose seguinte.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Ziprasidona Parke-Davis cápsulas
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo irá tomar Ziprasidona Parke-Davis
cápsulas. Não deve interromper o tratamento com Ziprasidona Parke-Davis a não ser
que o médico lhe tenha dito para o fazer.
É importante que continue com a sua medicação mesmo que se sinta melhor. Se
parar o tratamento demasiado cedo, os sintomas poderão voltar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Ziprasidona Parke-Davis cápsulas pode causar efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
A maioria dos efeitos secundários são transitórios. Pode ser difícil distinguir os
sintomas da sua doença dos efeitos secundários.
PARE
tomar
Ziprasidona
Parke-Davis
cápsulas
contacte
médico
imediatamente se tiver algum dos seguintes efeitos secundários graves:
Efeitos secundários pouco frequentes (afeta 1 a 10 utilizadores em 1000):
- Batimentos do coração rápidos ou irregulares, tonturas quando se levanta que pode
indicar funcionamento anómalo do coração. Estes sintomas podem ser devido a
hipotensão postural.
- Movimentos involuntários/não habituais, especialmente na sua face ou língua.
Desconhecido (frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
- Inchaço na face, lábios, língua ou garganta, problemas respiratórios ou em engolir,
erupção na pele com comichão.
Estes podem ser sintomas de uma reação alérgica grave como o angioedema.
- Febre, respiração mais rápida, transpiração, rigidez muscular, tremores, dificuldade
em engolir e consciência reduzida. Estes podem ser sintomas de uma condição
conhecida como síndrome neuroléptica maligna.
- Confusão, agitação, temperatura elevada, transpiração, falta de coordenação
muscular, contrações musculares. Estes podem ser sintomas de uma condição
conhecida como síndrome da serotonina.
- Batimento do coração rápido e irregular, desmaiar, que podem ser sintomas de
uma condição conhecida como Torsade de Pointes que causa risco de vida.
Pode ter qualquer um dos efeitos secundários listados abaixo. Estes potenciais
efeitos secundários são habitualmente ligeiros a moderados e podem desaparecer
com o tempo. Contudo, se o efeito secundário for grave ou persistente, deve
contactar o seu médico.
Efeitos secundários frequentes (afeta 1 a 10 utilizadores em100):
- Inquietação
- Anomalias do movimento incluindo movimentos involuntários, rigidez muscular,
lentidão dos movimentos, tremores, fraqueza geral e cansaço
- Sonolência
- Tonturas
- Dor de cabeça
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
- Prisão de ventre, sentir-se enjoado, vómitos e indigestão, boca seca, aumento da
salivação
- Visão turva.
Efeitos secundários pouco frequentes (afeta 1 a 10 utilizadores em 1000):
- Aumento do apetite
- Dificuldade em controlar os movimentos
- Sentir-se agitado ou ansioso, aperto na garganta, pesadelos
- Convulsões, movimentos involuntários dos olhos numa posição fixa, falta de
coordenação, alterações do discurso, adormecimento, sensação de formigueiro,
diminuição da capacidade de concentração, babar-se, sonolência excessiva durante o
dia, exaustão
- Palpitação, sensação de desmaio quando se levanta, falta de ar
- Sensibilidade à luz, zumbidos nos ouvidos
- Garganta inflamada, dificuldade em engolir, língua inchada, diarreia, gases,
desconforto do estômago
- Erupção cutânea com comichão, acne
- Cãibras musculares, articulações inchadas ou rígidas
- Sede, dor, desconforto no peito, andar anómalo
Efeitos secundários raros (afeta 1 a 10 utilizadores em 10000):
- Corrimento nasal
- Diminuição dos níveis de cálcio no sangue
- Ataques de pânico, sentir-se deprimido, pensamentos lentos, falta de emoções
Posição
invulgar
cabeça
(pescoço
torto
torcicolo),
paralisia,
pernas
irrequietas
- Perda de visão parcial ou completa num dos olhos, comichão nos olhos, olhos
secos, perturbações da visão
- Dor nos ouvidos
- Soluços
- Refluxo ácido
- Fezes moles
- Perda de cabelo, inchaço da face, irritações da pele
- Incapacidade de abrir a boca
- Incontinência urinária, dor ou dificuldade em urinar
- Ereção diminuída ou aumentada, diminuição do orgasmo, produção de leite
anómala
- Aumento das mamas nos homens e nas mulheres
- Sentir-se quente, febre
- Glóbulos brancos diminuídos ou aumentados (em análise ao sangue)
- Análises laboratoriais à função do fígado anómalas
- Pressão arterial elevada
- Análises laboratoriais ao sangue anómalas ou testes à frequência do coração
anómalos
- Manchas na pele vermelhas, inflamadas e levantadas cobertas por escamas
brancas conhecida como psoríase
Desconhecido (frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
- Reação alérgica grave
- Em pessoas idosas com demência, foi notificado um pequeno aumento no número
de mortes em doentes a tomarem antipsicóticos comparados com aqueles que não
estavam a tomar antipsicóticos.
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
- Coágulos nas veias, especialmente nas pernas (sintomas incluem inchaço, dor e
vermelhidão na perna), que se podem deslocar pelos vasos sanguíneos até aos
pulmões e causar dor no peito e dificuldade em respirar. Se detetar algum destes
sintomas procure aconselhamento médico de imediato.
- Dificuldade em dormir, urinar involuntariamente
- Auto-estima elevada, pensamentos estranhos e hiperatividade
- Perda de consciência
- Pápulas grandes (urticária) com comichão grave
- Ereção persistente, dolorosa e anómala do pénis
- Paralisia facial
- Síndrome neonatal de privação de fármacos
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR ZIPRASIDONA PARKE-DAVIS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conservar acima de 30ºC.
Não utilize Ziprasidona Parke-Davis cápsulas após o prazo de validade impresso na
embalagem após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Ziprasidona Parke-Davis cápsulas
- A substância ativa é a ziprasidona. Cada cápsula contém 20 mg, 40 mg, 60 mg ou
80 mg de ziprasidona sob a forma de cloridrato mono-hidratado de ziprasidona.
- Os outros componentes são: lactose mono-hidratada, amido de milho pregelificado,
estearato de magnésio, gelatina, dióxido de titânio (E171), laurilsulfato de sódio
(dodecil sulfato de sódio) e indigotina (E132) para cápsulas contendo azul (20, 40 e
80 mg), shellac, etanol, álcool isopropílico, butanol, propilenoglicol, água purificada,
hidróxido de amónio, hidróxido de potássio e óxido de ferro negro (E172).
Qual o aspeto de Ziprasidona Parke-Davis cápsulas e conteúdo da embalagem
As cápsulas de Ziprasidona Parke-Davis são cápsulas de gelatina.
As cápsulas de Ziprasidona Parke-Davis 20 mg são de cor azul/branca, marcadas
com “Pfizer” e ZDX 20.
As cápsulas de Ziprasidona Parke-Davis 40 mg são de cor azul, marcadas com
“Pfizer” e ZDX 40.
As cápsulas de Ziprasidona Parke-Davis 60 mg são de cor branca, marcadas com
“Pfizer” e ZDX 60.
As cápsulas de Ziprasidona Parke-Davis 80 mg são de cor azul e branca, marcadas
com “Pfizer” e ZDX 80.
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
Tamanho das embalagens:
Blisteres de PVC/PVA Alumínio contendo 14, 20, 28, 30, 50, 56, 60, 98 ou 100
cápsulas.
Frasco de plástico (HDPE) com agente secante e tampa com abertura resistente a
crianças, contendo 100 cápsulas. Poderá ser utilizada selagem por indução de calor
para o fecho, neste caso não se inclui o agente secante.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Parke-Davis, Produtos Farmacêuticos, Lda.
Lagoas Park, Edifício 10
2740-271 Porto Salvo, Portugal
Fabricante
Pfizer Manufacturing Deutschland GmbH, Heinrich-Mack-str.35, D-89257 Illertissen,
Alemanha
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Ziprasidon Pfizer – Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Islândia, Noruega,
Suécia
Ziprasidone Pfizer – Irlanda, Itália
Ziprasidona Parke-Davis – Portugal
Ziprasidona Pharmacia - Espanha
Embreval – Grécia
Este folheto foi aprovado pela última vez em
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ziprasidona Parke-Davis 20 mg cápsulas
Ziprasidona Parke-Davis 40 mg cápsulas
Ziprasidona Parke-Davis 60 mg cápsulas
Ziprasidona Parke-Davis 80 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém cloridrato mono-hidratado de ziprasidona equivalente a 20 mg,
40 mg, 60 mg ou 80 mg de ziprasidona.
Excipiente(s):
Cada cápsula de 20 mg contém 66,1 mg de lactose mono-hidratada.
Cada cápsula de 40 mg contém 87,83 mg de lactose mono-hidratada.
Cada cápsula de 60 mg contém 131,74 mg de lactose mono-hidratada.
Cada cápsula de 80 mg contém 175, 65 mg de lactose mono-hidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
20 mg – cápsulas azuis/brancas nº 4, marcadas com “Pfizer” e ZDX 20
40 mg – cápsulas azuis nº 4, marcadas com “Pfizer” e ZDX 40
60 mg – cápsulas brancas nº 3, marcadas com “Pfizer” e ZDX 60
80 mg – cápsulas azuis/brancas nº 2, marcadas com “Pfizer” e ZDX 80
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
A ziprasidona está indicada no tratamento da esquizofrenia em adultos.
A ziprasidona está indicada no tratamento de episódios de mania ou mistos, na
perturbação bipolar, de severidade moderada, em adultos e crianças e adolescentes
com 10-17 anos de idade (a prevenção de episódios de perturbação bipolar não foi
estabelecida - ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Adultos
A dose recomendada, no tratamento agudo da esquizofrenia e dos episódios de
mania da perturbação bipolar, é de 40 mg, duas vezes ao dia, administrada com
alimentos. A dose diária pode ser posteriormente ajustada, com base no quadro
clínico individual, até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia. Se indicado, a dose
máxima recomendada pode ser atingida ao 3º dia de tratamento.
É particularmente importante não exceder a dose máxima, uma vez que o perfil de
segurança acima de 160 mg/dia não foi confirmado e a ziprasidona está associada ao
prolongamento do intervalo QT relacionado com a dose (ver secções 4.3 e 4.4).
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
Na terapêutica de manutenção dos doentes com esquizofrenia, a ziprasidona deve
ser administrada na dose efetiva mais baixa; em muitos casos, uma dose de 20 mg,
duas vezes ao dia, poderá ser suficiente.
Idosos
Não está indicada, por rotina, uma dose inicial mais baixa, mas deverá ser
considerada para os doentes com idade igual ou superior a 65 anos, caso existam
fatores clínicos que o aconselhem.
Compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose nos doentes com compromisso da função
renal (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Nos doentes com insuficiência hepática devem ser consideradas doses mais baixas
(ver secções 4.4 e 5.2).
Crianças e adolescentes
Mania Bipolar:
A dose recomendada, no tratamento agudo da mania bipolar, em doentes pediátricos
(10 a 17 anos de idade) é uma dose única de 20 mg no dia 1, com alimentos. A
ziprasidona deve ser posteriormente administrada com alimentos, dividida em duas
doses diárias, e deve ser titulada durante 1-2 semanas para o intervalo alvo de 120-
160 mg/dia para doentes com peso ≥45kg, ou para o intervalo alvo de 60-80 mg/dia
para doentes com peso <45 kg. O doseamento posterior deve ser ajustado com base
no estado clínico do indivíduo dentro do intervalo 80-160 mg/dia para doentes com
peso ≥45kg, ou 40-80 mg/dia para doentes com peso <45 kg. O doseamento
assimétrico, com doses matinais 20 mg ou 40 mg inferiores às doses da noite, foi
permitido no ensaio clínico (ver secções 4.4, 5.1 e 5.2).
É particularmente importante não exceder a dose máxima baseada no peso, uma vez
que o perfil de segurança acima da dose máxima (160 mg/dia para crianças ≥45 kg
e 80 mg/dia para crianças <45 kg) não foi confirmado e a ziprasidona está associada
ao prolongamento do intervalo QT relacionado com a dose (ver secções 4.3 e 4.4).
Esquizofrenia
A segurança e eficácia da ziprasidona em doentes pediátricos com esquizofrenia não
foram estabelecidas (ver secções 4.4).
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade conhecida à ziprasidona ou a qualquer dos excipientes.
Prolongamento
conhecido
intervalo
Síndrome
intervalo
longo
congénito.
Enfarte
agudo
miocárdio
recente.
Insuficiência
cardíaca
descompensada. Arritmias tratadas com fármacos antiarrítmicos das classes IA e III.
Terapêutica concomitante com medicamentos que prolongam o intervalo QT, tais
como antiarrítmicos de Classe IA e III, trióxido de arsénio, halofantrina, acetato de
levometadil,
mesoridazina,
tioridazina,
pimozida,
esparfloxacina,
gatifloxacina,
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
moxifloxacina, mesilato de dolasetrona, mefloquina, sertindol ou cisaprida (ver
secções 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Deve ser efetuada uma história clínica, incluindo os antecedentes familiares e exame
físico, de forma a identificar doentes para os quais o tratamento com ziprasidona não
é recomendado (ver secção 4.3).
Intervalo QT
A ziprasidona causa um prolongamento ligeiro a moderado, relacionado com a dose,
do intervalo QT (ver secções 4.8 e 5.1).
A ziprasidona não deve ser administrada em associação com outros medicamentos
que se sabe prolongarem o intervalo QT (ver secções 4.3 e 4.5). Aconselha-se
precaução em doentes com bradicardia significativa. Alterações eletrolíticas, como a
hipocaliemia e a hipomagnesemia, aumentam o risco de ocorrência de arritmias
malignas e devem ser corrigidas antes do início do tratamento com ziprasidona. Em
caso de tratamento de doentes com doença cardíaca estável, deve ser considerada a
realização de ECG antes do início do tratamento.
Se ocorrerem sintomas cardíacos, tais como palpitações, vertigens, síncope ou
convulsões, deve ser considerada a possibilidade de arritmia cardíaca maligna e
efetuar-se uma avaliação cardíaca, incluindo realização de ECG. Se o intervalo QTc
for >500 ms, recomenda-se que o tratamento seja interrompido (ver secção 4.3).
Foram notificados, no período pós-comercialização, casos raros de torsades de
pointes em doentes com múltiplos fatores de risco de confundimento a tomar
ziprasidona.
Crianças e Adolescentes
A segurança e a eficácia da ziprasidona no tratamento da esquizofrenia não foram
avaliadas em crianças e adolescentes.
Sindrome Neuroléptica Maligna (SNM)
A SNM, uma situação rara mas potencialmente fatal, foi notificada em associação
com fármacos antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. O tratamento da SNM deve
incluir a suspensão imediata de todos os fármacos antipsicóticos.
Discinesia tardia
Após tratamento prolongado, existe a possibilidade da ziprasidona poder causar
discinesia tardia e outras síndromes extrapiramidais tardias. Sabe-se que os doentes
perturbação
bipolar
são
particularmente
vulneráveis
esta
categoria
sintomas. Esta é mais frequente com o aumento da duração do tratamento e da
idade. Se surgirem sinais e sintomas de discinesia tardia, deve ser considerada a
redução da dose ou a descontinuação do tratamento com ziprasidona.
Convulsões
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com história de convulsões.
Compromisso Hepático
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
Não existe experiência de utilização em doentes com insuficiência hepática grave e,
por isso, a ziprasidona deverá ser utilizada com precaução neste grupo de doentes
(ver secções 4.2 e 5.2).
Medicamentos que contêm lactose
Uma vez que as cápsulas contêm o excipiente lactose (ver secção 6.1), os doentes
com problemas hereditários de intolerância à galactose, deficiência de lactase de
Lapp ou que apresentem malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este
medicamento.
Aumento do risco de acidentes cerebrovasculares na população com demência
Foi observado, em ensaios clínicos aleatorizados e controlados por placebo, em
doentes com demência, um aumento de cerca de 3 vezes no risco de acontecimentos
adversos cerebrovasculares, com alguns antipsicóticos atípicos. O mecanismo para
este aumento do risco não é conhecido. Um aumento de risco não pode ser excluído
para outros antipsicóticos ou outras populações de doentes. Ziprasidona Parke-Davis
deverá ser utilizada com precaução em doentes com fatores de risco para AVC.
Aumento da mortalidade em pessoas idosas com demência
Dados obtidos em dois grandes estudos observacionais demonstraram que pessoas
idosas com demência que são tratadas com antipsicóticos têm um pequeno aumento
do risco de morte comparado com os que não são tratados. Existem dados
insuficientes para poder dar uma estimativa concreta sobre a magnitude precisa do
risco. A causa de risco aumentado é desconhecida.
Ziprasidona Parke-Davis não está registada para o tratamento de distúrbios do
comportamento relacionados com demência.
Tromboembolismo venoso
Foram notificados casos de tromboembolismo venoso (TEV) com medicamentos
antipsicóticos. Uma vez que os doentes tratados com antipsicóticos apresentam,
frequentemente, fatores de risco para o TEV, quaisquer fatores de risco possíveis
para o TEV devem ser identificados antes e durante o tratamento com a ziprazidona
e devem ser adotadas medidas preventivas adequadas.
Priapismo
Foram notificados casos de priapismo com a utilização de antipsicóticos, incluindo a ziprasidona.
Esta reação adversa, tal como com outros medicamentos psicotrópicos, não pareceu ser
dependente da dose e não apresentou correlação com a duração do tratamento.
Hiperprolactinemia
Tal como com outros fármacos que antagonizam os recetores D2 da dopamina, a ziprasidona
pode aumentar os níveis de prolactina. Foram notificadas perturbações tais como galactorreia,
amenorreia, ginecomastia e impotência com compostos que aumentam a prolactina. A
hiperprolactinemia de longa duração, quando associada a hipogonadismo, pode levar à
diminuição da densidade óssea.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Não
foram
desenvolvidos
estudos
farmacocinéticos
farmacodinâmicos
entre
ziprasidona e outros fármacos que prolongam o intervalo QT. Não pode ser excluído
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
um efeito aditivo da ziprasidona com estes fármacos, pelo que, a ziprasidona não
deverá ser administrada concomitantemente com medicamentos que prolongam o
intervalo QT, tais como, antiarrítmicos de classe IA e III, trióxido de arsénio,
halofantrina,
acetato
levometadil,
mesoridazina,
tioridazina,
pimozida,
sparfloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina, mesilato de dolasetrona, mefloquina,
sertindol ou cisaprida (ver secção 4.3).
Não foram efetuados estudos de interação da ziprasidona com outros medicamentos,
em crianças.
Fármacos que atuam no SNC/Álcool
Dado os efeitos primários da ziprasidona, é necessária precaução aquando da sua
utilização concomitante com outros fármacos de ação central e com o álcool.
Efeito da ziprasidona noutros fármacos
Um estudo in vivo com o dextrometorfano, para concentrações plasmáticas 50%
inferiores às obtidas após a administração de 40 mg de ziprasidona, duas vezes por
dia, não mostrou uma inibição acentuada da CYP2D6. Dados in vitro indicaram que a
ziprasidona pode ser um inibidor modesto da CYP2D6 e da CYP3A4. Contudo, não é
provável que a ziprasidona afete a farmacocinética de fármacos metabolizados por
estas formas isomórficas do citocromo P450 de um modo clinicamente relevante.
Contracetivos orais – A administração de ziprasidona não alterou significativamente
a farmacocinética de estrogénios (etinilestradiol, um substrato da CYP3A4) ou de
componentes da progesterona.
Lítio – A administração simultânea de ziprasidona não alterou a farmacocinética do
lítio.
Uma vez que a ziprasidona e o lítio estão associados a alterações da condução cardíaca, a sua
combinação pode representar um risco de interação farmacodinâmica, incluindo arritmias. No
entanto, em ensaios clínicos controlados, a combinação de ziprasidona e lítio não demonstrou um
aumento do risco clínico, em comparação com lítio isoladamente.
Os dados referentes à utilização concomitante com o estabilizador de humor
carbamazepina são limitados.
A interação farmacocinética da ziprasidona com o valproato é improvável devido à falta de vias
metabólicas comuns para os dois fármacos. Num estudo em doentes, a administração
concomitante de ziprasidona e valproato mostrou que as concentrações médias de valproato
estavam dentro do intervalo terapêutico comparativamente ao valproato administrado com
placebo.
Efeitos de outros fármacos sobre a ziprasidona
O cetoconazol (400 mg/dia), um inibidor da CYP3A4, aumentou as concentrações séricas da
ziprasidona em menos de 40%. As concentrações séricas da S-metil-dihidroziprasidona e da
ziprasidona sulfóxido, no Tmax esperado para a ziprasidona, aumentaram 55% e 8%,
respetivamente. Não foi observado qualquer prolongamento adicional do intervalo QTc. Não é
provável que as alterações na farmacocinética resultantes da co-administração de inibidores
potentes da CYP3A4 tenham importância clínica, consequentemente não é necessário um ajuste
de dose. Os dados in vitro indicam que a ziprasidona é um substrato da glicoproteína-P (p-gp). A
relevância in vivo é desconhecida, contudo a administração concomitante com inibidores da p-gp
conhecidos tais como verapamilo, antibióticos macrólidos, quinidina, itraconazol e ritonavir pode
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
causar aumento das concentrações plasmáticas de ziprasidona. A administração concomitante
com indutores da p-gp tais como rifampicina e hipericão pode causar diminuição das
concentrações de ziprasidona. Isto deve ser levado em conta se a administração concomitante for
considerada.
A administração de carbamazepina, 200 mg duas vezes por dia, durante 21 dias,
teve como resultado uma diminuição em, aproximadamente, 35% na exposição à
ziprasidona.
Antiácidos – doses múltiplas de antiácidos contendo alumínio e magnésio, ou
cimetidina, não exerceram efeitos clinicamente significativos na farmacocinética da
ziprasidona quando administrada com alimentos.
Fármacos serotoninérgicos
Em casos isolados, têm existido relatos de síndrome da serotonina temporariamente
associada
utilização
terapêutica
ziprasidona
combinação
outros
fármacos serotoninérgicos como os ISRSs (ver secção 4.8). Os sintomas da síndrome
de serotonina podem incluir confusão, agitação, febre, suores, ataxia, hiperreflexia,
mioclonia e diarreia.
Ligação às proteínas
ziprasidona
liga-se
extensivamente
proteínas
plasmáticas.
ligação
ziprasidona às proteínas plasmáticas in vitro, não foi alterada pela varfarina ou
propanolol,
dois
fármacos
alta
ligação
proteínas
plasmáticas,
ziprasidona alterou a ligação destes fármacos no plasma humano. Assim, o potencial
de interação de fármacos com a ziprasidona devido ao deslocamento é improvável.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Estudos de toxicidade reprodutiva mostraram efeitos indesejáveis no processo
reprodutivo, incluindo fertilidade, em doses associadas a toxicidade materna e/ou
sedação (ver secção 5.3). Não houve evidência de teratogenicidade (ver secção 5.3).
Gravidez
Não foram efetuados estudos em mulheres grávidas. Por conseguinte, as mulheres
com potencial para engravidar que estejam sob terapêutica com ziprasidona devem
ser aconselhadas a utilizar métodos adequados de contracepção. Dado que a
experiência no ser humano é limitada, não se recomenda a administração de
ziprasidona durante a gravidez, a não ser que o benefício esperado compense o risco
potencial para o feto.
Informação da classe dos antipsicóticos
Os recém-nascidos expostos a antipsicóticos (incluindo a ziprasidona) durante o
terceiro trimestre de gravidez estão em risco de ocorrência de reações adversas após
o parto, incluindo sintomas extrapiramidais e/ou de abstinência, que podem variar
intensidade
duração.
Foram
notificados
casos
agitação,
hipertonia,
hipotonia,
tremor,
sonolência,
dificuldade
respiratória
perturbações
alimentação.
Consequentemente,
recém-nascidos
devem
monitorizados
cuidadosamente. Ziprasidona Parke-Davis não deve ser utilizada durante a gravidez
a menos que seja claramente necessário. Se for necessário suspender o tratamento
durante a gravidez, não deve ser feito abruptamente.
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
Amamentação
Não se sabe se a ziprasidona é excretada no leite materno. As doentes não devem
amamentar se estiverem sob terapêutica com ziprasidona. Se o tratamento for
necessário, deverá interromper-se o aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A ziprasidona pode causar sonolência e influenciar a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. Os doentes que possam vir a conduzir ou utilizar máquinas devem ser
devidamente advertidos.
4.8 Efeitos indesejáveis
A ziprasidona oral foi administrada a aproximadamente 6500 indivíduos adultos em
ensaios clínicos (ver secção 5.1). As reações adversas mais frequentes, nos ensaios
clínicos efetuados na esquizofrenia, foram sedação e acatísia. Nos ensaios clínicos
efetuados nos episódios de mania da perturbação bipolar, as reações adversas mais
frequentes foram sedação, acatísia, efeitos extrapiramidais e tonturas.
A tabela seguinte contém acontecimentos adversos, baseados no conjunto de
ensaios na esquizofrenia, de dose fixa e de curta duração (4-6 semanas) e ensaios
de dose flexível, de curta duração (3 semanas), nos episódios de mania na
perturbação bipolar, que apresentam uma provável ou possível relação com o
tratamento com ziprasidona e que ocorrem com uma incidência superior ao placebo.
Reações adicionais notificadas através da experiência pós-comercialização, estão
incluídas como Frequência “Desconhecida” na listagem abaixo.
Todas as reações adversas são apresentadas de acordo com a classe e frequência:
muito
frequentes
(≥1/10);
frequentes
(≥1/100,
<1/10);
pouco
frequentes
(≥1/1000,
<1/100);
raras
(≥1/10000,
<1/1000);
muito
raras
(<1/10000);
desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
reações
adversas
descritas
podem
também
estar
associadas
patologia
subjacente e/ou à medicação concomitante.
Classes de sistemas de órgãos
Frequência
Reações adversas
Infeções e infestações
Raros
Rinite
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
Aumento do apetite
Raros
Hipocalcemia
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes
Instabilidade psicomotora
Pouco frequentes
Agitação, ansiedade, sensação de aperto na
garganta, pesadelos
Raros
Ataques
pânico,
sintomas
depressivos,
bradifrenia, aplanamento do afeto, anorgasmia
Desconhecido
Insónia; mania/hipomania
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Distonia, acatisia, perturbação extrapiramidal,
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
parkinsonismo
(incluindo
rigidez
roda
dentada,
bradicinesia,
hipocinesia),
tremor,
tonturas, sedação, sonolência, cefaleias
Pouco frequentes
Crises tonicoclónicas generalizadas, discinesia
tardia, discinesia, sialorreia, ataxia, disartria,
crise
oculógira,
perturbações
atenção,
hipersónia, hipoestesia, parestesia, letargia
Raros
Torcicolo,
paresia,
acinesia,
hipertonia,
síndrome das pernas irrequietas
Desconhecido
Síndrome neuroléptica maligna; síndrome da
serotonina (ver secção 4.5); paralisia facial
Doenças do sangue e do sistema linfático
Raros
Linfopenia,
contagem
eosinófilos
aumentada
Cardiopatias
Pouco frequentes
Palpitações, taquicardia
Raros
Prolongamento do intervalo QT corrigido no
eletrocardiograma
Desconhecido
Torsade de pointes (ver secção 4.4)
Afeções oculares
Frequentes
Visão turva
Pouco frequentes
Fotofobia
Raros
Ambliopia,
perturbações
visão,
prurido
ocular, xeroftalmia
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens, acufenos
Raros
Otalgia
Vasculopatias
Pouco frequentes
Crise
hipertensiva,
hipertensão,
hipotensão
ortostática, hipotensão
Raros
Hipertensão
sistólica,
hipertensão
diastólica,
labilidade da pressão arterial
Desconhecido
Síncope, tromboembolismo venoso
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Dispneia, faringite
Raros
Soluços
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Náuseas,
vómitos,
obstipação,
dispepsia,
xerostomia, sialorreia
Pouco frequentes
Diarreia,
disfagia,
gastrite,
desconforto
gastrointestinal,
edema
língua,
espessamento da língua, flatulência
Raros
Refluxo gastroesofágico, fezes moles
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes
Urticária,
erupção cutânea,
erupção
cutânea
máculo-papular, acne
Raros
Psoríase, dermatite alérgica, alopécia, edema
face,
eritema,
erupção
cutânea
papular,
irritação cutânea
Desconhecido
Hipersensibilidade, angioedema
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes
Rigidez musculosquelética
Pouco frequentes
Desconforto musculosquelético, cãibras, dores
nas extremidades, rigidez das articulações
Raros
Trismo
Doenças renais e urinárias
Raros
Incontinência urinária, disúria
Desconhecido
Enurese
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Raros
Disfunção
erétil,
aumento
ereção,
galactorreia, ginecomastia
Desconhecido
Priapismo
Doenças do sistema imunitário
Desconhecido
Reação anafilática
Afeções hepatobiliares
Pouco frequentes
Aumento das enzimas hepáticas
Raros
Anomalia no teste da função hepática
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes
Astenia, fadiga
Pouco frequentes
Desconforto
torácico,
alterações
marcha,
dor, sede
Raros
Pirexia, sensação de calor
Exames complementares de diagnóstico
Raros
Aumento da lactato desidrogenase plasmática
Situações de gravidez, no puerpério e perinatais
Desconhecido
Síndrome neonatal de privação de fármacos
(ver secção 4.6)
Em ensaios clínicos de curta e longa duração com ziprasidona na esquizofrenia e nos
episódios de mania da perturbação bipolar, a incidência de convulsões tonicoclónicas
e hipotensão foi pouco frequente, tendo ocorrido em menos de 1% dos doentes
tratados com ziprasidona.
A ziprasidona provoca um prolongamento, dose dependente, ligeiro a moderado, do
intervalo
(ver
secção
5.1),
dependente
dose.
ensaios
clínicos na
esquizofrenia, observou-se um aumento de 30 a 60 ms em 12,3% (976/7941) dos
traçados ECG de doentes medicados com ziprasidona, e em 7,5% (73/975) dos
traçados ECG de doentes medicados com placebo. Foi observado um prolongamento
>60 ms em 1,6% (128/7941) e 1,2% (12/975) dos traçados de doentes medicados
com ziprasidona e placebo, respetivamente. A incidência do prolongamento do
intervalo QTc acima de 500 ms foi de 3 num total de 3266 (0,1%) doentes
medicados com ziprasidona e de 1 num total de 538 (0,2%) doentes medicados com
placebo.
Foram
observados
resultados
semelhantes
ensaios
clínicos
episódios de mania na perturbação bipolar.
tratamento
manutenção
longa
duração
ensaios
clínicos
esquizofrenia, os níveis de prolactina dos doentes medicados com ziprasidona
encontram-se, por vezes, aumentados, embora, na maioria dos doentes, tenham
retomado os valores normais sem a interrupção do tratamento. Além disso, as
APROVADO EM
23-04-2014
INFARMED
manifestações
clínicas
potenciais
(por
exemplo,
ginecomastia
aumento
mamas) foram raras.
População
Pediátrica
Adolescente
Mania
Bipolar
Adolescentes
Esquizofrenia
Num ensaio controlado com placebo, efetuado na perturbação bipolar (idades entre
os 10 e 17 anos), as reações adversas mais frequentes (notificadas com uma
frequência >10%) foram sedação, sonolência, cefaleia, fadiga, náusea e tonturas.
Num ensaio controlado com placebo, efetuado na esquizofrenia (idades entre os 13 e
17 anos), as reações adversas mais frequentes (notificadas com uma frequência
>10%)
foram
sonolência
perturbação
extrapiramidal.
frequência,
tipo
gravidade das reações adversas nestes indivíduos foram, de um modo geral,
similares às ocorridas nos adultos com perturbação bipolar ou esquizofrenia tratados
com ziprasidona.
A ziprasidona foi associada a um prolongamento ligeiro a moderado do intervalo QT,
relacionado com a dose, nos ensaios clínicos pediátricos efetuados na perturbação
bipolar e na esquizofrenia similar ao observado na população adulta. As crises
tonicoclónicas e hipotensão não foram notificadas nos ensaios clínicos controlados
por placebo pediátricos bipolares.
4.9 Sobredosagem
A experiência com a sobredosagem de ziprasidona é limitada. A maior ingestão única
confirmada de ziprasidona é de 12800 mg. Neste caso, foram reportados sintomas
extrapiramidais e um intervalo QTc de 446 milisegundos (sem sequelas cardíacas).
No geral, os sintomas mais frequentemente notificados após sobredosagem são
sintomas extrapiramidais, sonolência, tremores e ansiedade.
A possibilidade de embotamento, convulsões ou reações distónicas da cabeça e
pescoço que se seguem à sobredosagem podem causar risco de aspiração através da
indução do vómito. Deve ser iniciada imediatamente a monitorização da função
cardiovascular, que deve incluir a monitorização eletrocardiográfica contínua para
deteção de possíveis arritmias. Não existe um antídoto específico para a ziprasidona.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
Farmacoterapêutico:
2.9.2
Sistema
Nervoso
Central
Psicofármacos,
antipsicóticos.
Código ATC: N05A E04.
A ziprasidona possui uma elevada afinidade para os recetores dopaminérgicos tipo 2
(D2) e uma afinidade substancialmente superior para os recetores da serotonina tipo
2A (5HT2A). Através da utilização da tomografia de emissão de positrões (TEP)
verificou-se que o bloqueio dos recetores, 12 horas após uma dose única de 40 mg,
foi superior a 80% para os recetores da serotonina tipo 2A e superior a 50% para os
recetores da dopamina tipo D2. A ziprasidona também interage com os recetores da
serotonina 5HT2C, 5HT1D e 5HT1A, relativamente aos quais a sua afinidade é igual
ou maior do que para os recetores D2. A ziprasidona tem uma afinidade moderada