Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
19-10-2018
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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Zipantol 40 mg Comprimidos gastrorresistentes
Pantoprazol
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais
de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Zipantol e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Zipantol
3. Como tomar Zipantol
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Zipantol
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O QUE É ZIPANTOL E PARA QUE É UTILIZADO
Zipantol é um “inibidor da bomba de protões seletivo”, um medicamento que reduz
a quantidade de ácido produzido no seu estômago. É utilizado para o tratamento de
doenças relacionadas com ácido do estômago e intestino.
Zipantol é utilizado para o tratamento de:
Adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12 anos
- Esofagite de refluxo: Uma inflamação do seu esófago (o “tubo” que liga a
garganta ao estômago) acompanhada de regurgitação ácida do estômago.
Adultos:
- Infeção por uma bactéria denominada Helicobacter pylori em doentes com úlceras
duodenais
gástricas
associação
dois
antibióticos
(terapêutica
erradicação). O objetivo é eliminar a bactéria e reduzir a probabilidade de úlceras
recorrentes;
- Úlcera duodenal e gástrica;
- Síndrome de Zollinger-Ellison e outras situações que provoquem produção de
ácido em excesso no estômago.
2. O QUE PRECISA DE SABER ANTES DE TOMAR ZIPANTOL
Não tome Zipantol
alergia
(hipersensibilidade)
pantoprazol
qualquer
outro
componente deste medicamento (indicados na secção 6);
- se tem alergia a medicamentos contendo outros inibidores da bomba de protões.
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Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Zipantol.
- se tiver problemas hepáticos graves. Informe o seu médico se já tiver tido
problemas com o seu fígado. O seu médico irá controlar as suas enzimas hepáticas
maior
frequência,
especialmente
estiver
efetuar
tratamento
prolongado. No caso de ocorrer um aumento das enzimas hepáticas, o tratamento
deve ser interrompido;
- se tiver reservas corporais reduzidas ou fatores de risco para a redução de
vitamina B12 e receber tratamento prolongado com pantoprazol. Tal como com
todos os agentes de redução de ácido, o pantoprazol pode originar uma redução da
absorção de vitamina B12;
- se está a tomar um medicamento contendo atazanavir (para o tratamento da
infeção pelo VIH) e simultaneamente pantoprazol, consulte o seu médico para um
aconselhamento específico.
- se já teve reações cutâneas após tratamento com um medicamento similar a
Zipantol que reduza a acidez do estômago.
- está previsto fazer uma análise específica ao sangue (Cromogranina A).
No caso de sofrer uma erupção cutânea, especialmente em áreas da pele expostas
ao sol, fale com o seu médico o mais cedo possível, dado que poderá ter de
interromper o seu tratamento com Zipantol. Lembre-se de mencionar igualmente
quaisquer outros efeitos adversos, tal como dores nas articulações.
Informe de imediato o seu médico se constatar algum dos seguintes sintomas:
- perda de peso involuntária;
- vómitos repetidos;
- dificuldade em engolir;
- vómitos com sangue;
- ar pálido e sensação de fraqueza (anemia);
- sangue nas fezes;
- diarreia grave e/ou persistente, uma vez que o Zipantol foi associado a um
pequeno aumento da diarreia infeciosa.
O seu médico pode decidir que talvez necessite de realizar alguns exames para
excluir a possibilidade de doença maligna, porque o pantoprazol também alivia os
sintomas de cancro, e pode atrasar o seu diagnóstico. Se os sintomas persistirem
apesar do tratamento, devem ser consideradas investigações adicionais.
Se tomar Zipantol em tratamento prolongado (superior a 1 ano), o seu médico irá
provavelmente mantê-lo sob vigilância regular. Deve comunicar quaisquer sintomas
e circunstâncias novas e excecionais quando visitar o seu médico.
Outros medicamentos e Zipantol
Zipantol pode influenciar a eficácia de outros medicamentos. Assim, informe o seu
médico se estiver a tomar:
- Medicamentos como o cetoconazol, itraconazol ou posaconazol (utilizados no
tratamento de infeções fúngicas), ou erlotinib (utilizado em certos tipos de cancro),
porque o Zipantol pode suspender a ação destes e de outros medicamentos ou
impedir que estes atuem adequadamente;
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- Varfarina e fenprocumon, que afetam a espessura do sangue. Pode necessitar de
análises ao sangue adicionais;
- Atazanavir (utilizado para o tratamento da infeção pelo VIH).
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
A experiência clínica em mulheres grávidas é limitada. Foi comunicado que
pantoprazol é excretado no leite humano. Se estiver grávida, ou pensa que pode
estar grávida, ou se estiver a amamentar, deve usar este medicamento apenas se o
seu médico considerar que os benefícios para si são superiores aos potenciais riscos
para o feto ou para o seu bebé.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza nem utilize quaisquer ferramentas ou máquinas se sentir efeitos
secundários como tonturas/vertigens ou visão afetada.
3. COMO TOMAR ZIPANTOL
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Quando e como deve tomar Zipantol?
Tome os comprimidos 1 horas antes da refeição, sem mastigar ou partir, e engula o
comprimido inteiro com um pouco de água.
Salvo outra indicação do médico, a dose habitual é:
Adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12 anos:
No tratamento da esofagite de refluxo
A dose habitual é de um comprimido por dia. O seu médico pode aumentar a dose
para 2 comprimidos por dia. É necessário um período de tratamento entre 4 e
8 semanas para a cura da eventual esofagite de refluxo. O seu médico deve
informá-lo durante quanto tempo deve continuar a tomar este medicamento.
Adultos:
No tratamento da infeção pela bactéria Helicobacter pylori em doentes com úlceras
duodenais
gástricas,
associação
dois
antibióticos
(terapêutica
erradicação)
Um comprimido duas vezes ao dia, em associação com dois comprimidos de um dos
antibióticos amoxicilina, claritromicina e metronidazol (ou tinidazol), cada um para
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ser tomado duas vezes ao dia com o comprimido de pantoprazol. Tome o primeiro
comprimido
pantoprazol
1 hora
antes
pequeno-almoço
segundo
comprimido 1 hora antes da sua refeição da noite. Siga as instruções do seu médico
certifique-se
folheto
informativo
antibióticos.
período
tratamento habitual é de uma a duas semanas.
Para o tratamento da úlcera gástrica e duodenal
A dose habitual é de um comprimido por dia. Depois de consultar o seu médico, a
dose pode duplicar. O seu médico deve informá-lo durante quanto tempo deve
continuar a tomar o medicamento. O período de tratamento para a úlcera gástrica é
habitualmente 4 a 8 semanas. O período de tratamento para a úlcera duodenal é
habitualmente 2 a 4 semanas.
Para o tratamento de manutenção da síndrome de Zollinger-Ellison e outras
situações com produção de ácido em excesso no estômago.
A dose inicial recomendada é de dois comprimidos por dia.
Tome dois comprimidos por dia 1 hora antes da refeição. Posteriormente, o seu
médico pode ajustar a dose, dependendo da quantidade de ácido produzida no
estômago.
forem
prescritos
mais
dois
comprimidos
dia,
comprimidos devem ser tomados em duas vezes ao dia.
Se o seu médico prescrever uma dose diária superior a quatro comprimidos ao dia,
será informado do momento exato em que deve parar de tomar este medicamento.
Populações especiais de doentes:
- Se sofre de problemas nos rins ou problemas moderados a graves no fígado, não
deve tomar Zipantol na erradicação da Helicobater pylori;
- Se sofre de problemas graves no fígado, não deve tomar mais do que um
comprimido de 20 mg por dia (para este efeito estão disponíveis comprimidos que
contêm 20 mg de pantoprazol);
Crianças
idade
inferior
12 anos.
Estes
comprimidos
não
estão
recomendados para crianças com idade inferior a 12 anos.
Se tomar mais Zipantol do que deveria
Informe
imediato
médico
farmacêutico.
Não
existem
sintomas
conhecidos de sobredosagem.
Caso se tenha esquecido de tomar Zipantol
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Tome a sua próxima dose normal, no dia seguinte, à hora habitual.
Se parar de tomar Zipantol
Não pare de tomar estes comprimidos sem primeiro falar com o seu médico ou
farmacêutico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
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Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
A frequência dos efeitos secundários é classificada da seguinte forma:
- muito frequentes (afetam mais de 1 utilizador em 10);
- frequentes (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 100);
- pouco frequentes (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 1000);
- raros (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 10 000);
- muito raros (afetam menos de 1 utilizador em 10 000);
- desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Se apresentar alguns dos seguintes efeitos secundários, pare de tomar este
medicamento e informe de imediato o seu médico, ou contacte as Urgências do
hospital mais próximo:
- Reações alérgicas graves (frequência rara): inchaço da língua e/ou garganta,
dificuldade ao engolir, erupção da pele com comichão, dificuldade em respirar,
inchaço alérgico da face (edema de Quincke / angioedema), tonturas/vertigens
graves com batimento cardíaco extremamente rápido e sudação intensa.
- Reações cutâneas graves (frequência desconhecida): empolamento da pele
(formação de bolhas) e rápida deterioração do seu estado geral de saúde, erosão
(incluindo ligeiro sangramento) dos olhos, nariz, boca/lábios ou órgãos genitais
(Síndrome
Stevens-Johnson,
Síndrome
Lyell,
Eritema
multiforme)
sensibilidade à luz.
- Outras reações graves (frequência desconhecida): amarelecimento da pele e da
parte branca dos olhos (lesões graves das células do fígado, icterícia), ou febre,
erupção cutânea, e algumas vezes aumento dos rins com dor ao urinar e dor na
zona inferior das costas (inflamação grave dos rins).
Outros efeitos secundários são:
- Efeitos secundários frequentes (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 100): pólipos
benignos no estômago.
-Efeitos secundários pouco frequentes (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 1000):
dores de cabeça; tonturas; diarreia; sensação de mal-estar, vómitos; inchaço e
libertação de gases com mais frequência; prisão de ventre; boca seca; dor e
desconforto
abdominal; lesão (reação) na
pele,
exantema,
erupção
cutânea;
comichão; sensação de fraqueza, exaustão ou mal-estar geral; distúrbios do sono.
- Efeitos secundários raros (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 10 000): distúrbios
da visão, como visão turva; erupção da pele com comichão; dor nas articulações;
dores musculares; alterações de peso; aumento da temperatura corporal; inchaço
das extremidades (inchaço periférico); reações alérgicas; depressão; aumento do
peito nos homens.
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- Efeitos secundários muito raros (afetam menos de 1 utilizador em 10 000):
desorientação.
- Efeitos secundários de frequência desconhecida (não pode ser calculado a partir
dos dados disponíveis): alucinações, confusão (especialmente em doentes com um
historial destes sintomas); diminuição do nível de sódio no sangue; erupções
cutâneas, possivelmente acompanhadas de dores nas articulações.
Outros efeitos secundários identificados nos testes sanguíneos:
- Efeitos secundários pouco frequentes (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 1000):
aumento das enzimas hepáticas.
- Efeitos secundários raros (afetam entre 1 e 10 utilizadores em 10 000): aumento
da bilirrubina; aumento de gordura no sangue.
- Efeitos secundários muito raros (afetam menos de 1 utilizador em 10 000):
redução do número de plaquetas sanguíneas, que pode causar mais hemorragias
(sangramento) ou mais nódoas negras do que o normal; redução do número de
glóbulos brancos, que pode levar a infeções mais frequentes.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 7373
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como cONSERVAr ZIPANTOL
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após “VAL”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
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Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. CONTEÚDO DA EMBALAGEM E OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Zipantol
- A substância ativa é o pantoprazol. Cada comprimido gastrorresistente contém
40 mg de pantoprazol (sob a forma de pantoprazol sódico sesqui-hidratado).
- Os outros componentes são:
Núcleo: manitol; carbonato de sódio anidro; carboximetilamido sódico; copolímero
do ácido metacrílico; estearato de cálcio;
Sub-revestimento:
opadry
OY-D7233
branco
(hipromelose;
dióxido
titânio
(E171); talco; macrogol 400; laurilsulfato de sódio);
Revestimento: Kollicoat MAE 30 DP amarelo (Copolímero do ácido metacrílico e
acrilato de etilo; propilenoglicol (E1520); óxido de ferro amarelo (E172); dióxido de
titânio (E171), talco).
Qual o aspeto de Zipantol e conteúdo da embalagem
Zipantol está disponível sob a forma de comprimidos gastrorresistentes de cor
amarela
escura,
elípticos,
biconvexos,
acondicionados
blisters
alumínio/alumínio (alu/alu), em embalagens de 7, 14, 28, 56, 60, 84, 90 ou 112
unidades.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricantes
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Decomed Farmacêutica, Lda.
Rua Sebastião e Silva, n.º 56
2745-838 Massamá
Portugal
Fabricantes:
Actavis hf.
Reykjavikurvegur 76-78
IS-220 Hafnarfjordur
Islândia
Actavis Ltd.
BLB 016 Bulebel Industrial Estate
ZTN 3000 Zejtun
Malta
Labesfal – Laboratórios Almiro, S.A.
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Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros
Portugal
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Zipantol 40 mg Comprimidos gastrorresistentes
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido gastrorresistente contém 40 mg de pantoprazol (sob a forma de
pantoprazol sódico sesqui-hidratado).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido gastrorresistente.
Comprimidos de cor amarela escura, elípticos, biconvexos.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Indicações terapêuticas
Adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12 anos
- Esofagite de refluxo.
Adultos
- Erradicação de Helicobacter pylori (H. pylori), em associação com uma terapêutica
antibiótica adequada em doentes com úlceras associadas a H. pylori;
- Úlcera duodenal e gástrica;
- Síndrome de Zollinger-Ellison e outras situações de hipersecreção patológica.
Posologia e modo de administração
Os comprimidos não devem ser mastigados ou partidos, devendo ser engolidos
inteiros 1 hora antes da refeição com um pouco de água.
Posologia recomendada:
Adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12 anos
Esofagite de Refluxo
Um comprimido gastrorresistente por dia. Em casos particulares a dose pode ser
duplicada (aumentada para dois comprimidos gastrorresistentes de Zipantol 40 mg
por dia), especialmente quando não há resposta a outro tratamento. É geralmente
necessário um período de 4 semanas para o tratamento da esofagite de refluxo. Se
não for suficiente, o restabelecimento é geralmente alcançado num período adicional
de 4 semanas.
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Adultos
Erradicação de H. pylori em associação com dois antibióticos adequados
Nos doentes Helicobacter pylori positivo com úlceras gástricas e duodenais, a
erradicação da bactéria deve ser obtida, através de uma terapêutica de associação.
Devem ser consideradas as orientações oficiais locais (ex. recomendações nacionais)
relativamente à resistência bacteriana e à utilização e prescrição adequada de
agentes
antibacterianos.
Dependendo
tipo
resistência,
podem
aconselháveis as seguintes associações para a erradicação de H. pylori:
a) um comprimido gastrorresistente de Zipantol 40 mg, duas vezes por dia
+ 1000 mg de amoxicilina, duas vezes por dia
+ 500 mg de claritromicina, duas vezes por dia
b) um comprimido gastrorresistente de Zipantol 40 mg, duas vezes por dia
+ 400-500 mg de metronidazol (ou 500 mg de tinidazol), duas vezes por dia
+ 250-500 mg de claritromicina, duas vezes por dia
c) um comprimido gastrorresistente de Zipantol 40 mg, duas vezes por dia
+ 1000 mg de amoxicilina, duas vezes por dia
+ 400-500 mg de metronidazol (ou 500 mg de tinidazol), duas vezes por dia
Na terapêutica de combinação para a erradicação da infeção por H. pylori, o segundo
comprimido de Zipantol 40 mg deve ser tomado uma hora antes da refeição da
noite. A terapêutica de combinação tem, geralmente, a duração de 7 dias e pode ser
prolongada por mais 7 dias, numa duração total de até duas semanas. Se, para
garantir
tratamento
úlceras,
indicado
tratamento
subsequente
pantoprazol, deve ser considerada a recomendação da dose para a úlcera gástrica e
duodenal.
Em caso de não se optar por uma terapêutica de associação, por exemplo, se o
doente
apresentar
testes
negativos
para
Helicobacter
pylori,
recomenda-se
seguinte posologia para a monoterapia com Zipantol 40 mg:
Tratamento da úlcera gástrica
Um comprimido de Zipantol 40 mg por dia. Em casos particulares a dose pode ser
duplicada (aumentada para dois comprimidos gastrorresistentes de pantoprazol
40 mg por dia), especialmente quando não há resposta a outro tratamento. É
habitualmente necessário um período de 4 semanas para o tratamento da úlcera
gástrica. Se não for suficiente, a cura é geralmente alcançada num período adicional
de 4 semanas.
Tratamento da úlcera duodenal
Um comprimido de Zipantol 40 mg por dia. Em casos particulares a dose pode ser
duplicada
(aumentada
para
dois
comprimidos
Zipantol
40 mg
dia),
especialmente quando não há resposta a outro tratamento. Geralmente é necessário
um período de tratamento de 2 semanas para a cura da úlcera duodenal. Se não for
suficiente, a cura é geralmente alcançada, na maioria dos casos, num período
adicional de 2 semanas.
Síndrome de Zollinger-Ellison e outras situações de hipersecreção patológica
No tratamento prolongado da Síndrome de Zollinger-Ellison e outras situações de
hipersecreção patológica, os doentes devem iniciar o tratamento com uma dose
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diária
80 mg
comprimidos
gastrorresistentes
Zipantol
40 mg).
Posteriormente, a dose pode ser aumentada ou diminuída, conforme necessário,
usando medições da secreção ácida gástrica como orientação. Doses superiores a
80 mg por dia devem ser divididas e administradas duas vezes por dia. O aumento
temporário da dose acima de 160 mg de pantoprazol é possível, mas não deve ser
aplicado para além do tempo necessário para o adequado controlo da acidez.
A duração do tratamento da Síndrome de Zollinger-Ellison e outras situações de
hipersecreção patológica não está limitada e deve ser adaptada de acordo com as
necessidades clínicas.
Populações especiais
Crianças com idade inferior a 12 anos
O Zipantol não é recomendado para utilização em crianças com idade inferior a
12 anos devido à limitação de dados existentes sobre segurança e eficácia neste
grupo etário.
Disfunção hepática
Em doentes com disfunção hepática grave não se deve exceder a dose diária de
20 mg de pantoprazol (1 comprimido gastrorresistente de 20 mg de pantoprazol).
Zipantol não deve ser utilizado no tratamento de combinação para a erradicação da
H. pylori em doentes com disfunção hepática moderada a grave, uma vez que
atualmente não existem dados de eficácia e segurança disponíveis para o tratamento
de combinação nestes doentes (ver secção 4.4).
Disfunção renal
Não é necessário ajuste da dose em doentes com a função renal comprometida.
Zipantol não deve ser utilizado no tratamento de combinação para erradicação da H.
pylori em doentes com a função renal comprometida, uma vez que não existem
dados de eficácia e segurança disponíveis para o tratamento de combinação nestes
doentes (ver secção 4.4).
Idosos
Não é necessário efetuar ajuste da dose em doentes idosos.
Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa, benzimidazóis substituídos ou a qualquer um
dos excipientes mencionados na secção 6.1.
Advertências e precauções especiais de utilização
Disfunção hepática
doentes
disfunção hepática
grave,
enzimas
hepáticas
devem
monitorizadas regularmente durante o tratamento com pantoprazol, particularmente
na terapêutica de manutenção. No caso de aumento dos níveis das enzimas
hepáticas, o tratamento deve ser suspenso (ver secção 4.2).
Terapêutica de associação
No caso da terapêutica de associação, devem ser consultados os Resumos das
Características dos Medicamentos dos respetivos fármacos.
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Na presença de sintomas de alarme
Na presença de qualquer sintoma de alarme (ex: significativa perda de peso
involuntária, vómito recorrente, disfagia, hematemese, anemia ou melena) e quando
se suspeitar ou existir úlcera gástrica, deve excluir-se a malignidade, uma vez que o
tratamento com pantoprazol pode aliviar os sintomas e atrasar o diagnóstico.
Deve ser considerada investigação adicional se os sintomas persistirem apesar de
tratamento adequado.
Coadministração com atazanavir
A coadministração de atazanavir com inibidores de bombas de protões não é
recomendada (ver secção 4.5). Se a coadministração de atazanavir com inibidores
da bomba de protões for inevitável, recomenda-se uma rigorosa monitorização
clínica (ex:. carga viral) em combinação com o aumento da dose de atazanavir para
400 mg com 100 mg de ritonavir. Não deve ser excedida a dose de 20 mg de
pantoprazol por dia.
Influência na absorção de vitamina B12
Para doentes com Síndrome de Zollinger-Ellison e outras situações de hipersecreção
patológica, que requerem tratamento de manutenção, o pantoprazol, como todos os
medicamentos bloqueadores de ácidos, pode reduzir a absorção de vitamina B12
(cianocobalamina), devido a hipocloridria ou acloridria. Isto deve ser considerado em
doentes com reservas corporais reduzidas ou fatores de risco para absorção reduzida
de vitamina B12 em tratamentos prolongados e ainda, caso se observem os
respetivos sintomas clínicos.
Tratamento de manutenção
No tratamento de manutenção, especialmente quando o período de tratamento
excede 1 ano, os doentes devem permanecer sob vigilância regular.
Infeções gastrointestinais causadas por bactérias
Pantoprazol, tal como todos os inibidores da bomba de protões (IBPs), pode originar
aumento
contagem
bactérias
normalmente
presentes
trato
gastrointestinal superior. O tratamento com Zipantol 40 mg pode conduzir a um risco
ligeiramente acrescido de infeções gastrointestinais causadas por bactérias, tais
como Salmonella e Campylobacter.
Lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECS)
Os inibidores da bomba de protões são associados a casos muito pouco frequentes
de LECS. Se ocorrerem lesões, designadamente em áreas da pele expostas ao sol, e
quando acompanhadas de artralgia, o doente deve procurar imediatamente ajuda
médica e o profissional de saúde deve considerar a interrupção do tratamento com
Zipantol. A ocorrência de LECS após um tratamento prévio com um inibidor da
bomba de protões pode aumentar o risco de LECS com outros inibidores da bomba
de protões.
Interferência com testes laboratoriais
Um nível aumentado de Cromogranina A (CgA) pode interferir com as análises para
pesquisa de tumores neuroendócrinos. Para evitar essa interferência, o tratamento
com Zipantol deve ser interrompido durante pelo menos 5 dias antes das medições
de CgA (ver secção 5.1). Se os níveis de CgA e gastrina não tiverem regressado ao
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intervalo de referência após a medição inicial, as medições devem ser repetidas 14
dias após a cessação do tratamento com o inibidor da bomba de protões.
Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeito do pantoprazol na absorção de outros fármacos
Devido à acentuada e prolongada inibição da secreção da acidez gástrica, o
pantoprazol
pode reduzir
absorção
de medicamentos cuja
biodisponibilidade
depende do pH gástrico, por exemplo, determinados antifúngicos do grupo dos azóis
como o cetoconazol, itraconazol, posaconazol e outros fármacos, como o erlotinib.
Fármacos para o VIH (atazanavir)
A coadministração de atazanavir, e outros fármacos para o VIH cuja absorção
depende do pH, com inibidores da bomba de protões, pode resultar numa redução
substancial
biodisponibilidade
referidos
fármacos
para
podendo
influenciar a eficácia destes fármacos. Consequentemente, não é recomendada a
coadministração de inibidores da bomba de protões com atazanavir (ver secção 4.4).
Anticoagulantes cumarínicos (fenprocumon ou varfarina)
Apesar de não ter sido observada qualquer interação durante a administração
concomitante de fenprocumon ou varfarina em estudos clínicos farmacocinéticos,
foram
notificados
alguns
casos
isolados
alterações
(International
Normalized
Ratio)
durante
tratamento
concomitante
período
pós-
comercialização.
Consequentemente,
doentes
tratados
anticoagulantes
cumarínicos (por exemplo, fenprocumon ou varfarina), é recomendada monitorização
do tempo de protrombina/ INR após o início, no final ou durante a utilização irregular
de pantoprazol.
Outros estudos de interação
O pantoprazol é extensamente metabolizado no fígado pelo sistema enzimático do
citocromo P450. A principal via metabólica é a desmetilação pelo CYP2C19 e as
outras vias metabólicas incluem a oxidação pelo CYP3A4.
Não se observaram interações clinicamente significativas em estudos de interação
substâncias
metabolizadas
pelo
mesmo
sistema
enzimático,
como
carbamazepina,
diazepam,
glibenclamida,
nifedipina
contracetivos
orais
contêm levonorgestrel e etinilestradiol.
Resultados de vários estudos de interação demonstraram que o pantoprazol não
altera o metabolismo de substâncias ativas metabolizadas pelo CYP1A2 (como a
cafeína, teofilina), CYP2C9 (como o piroxicam, diclofenac, naproxeno), CYP2D6
(como o metoprolol), CYP2E1 (como o etanol), ou não interfere com a absorção,
dependente da p-glicoproteína, da digoxina.
Não ocorreram interações com a administração concomitante de antiácidos.
Efetuaram-se estudos de interação administrando pantoprazol concomitantemente
com os seguintes antibióticos: claritromicina, metronidazol, amoxicilina. Não se
demonstraram interações clinicamente relevantes.
Fertilidade, gravidez e aleitamento
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Gravidez
Não existe informação adequada sobre o uso de pantoprazol em mulheres grávidas.
estudos
reprodução
realizados
animais,
observou-se
toxicidade
reprodutiva (ver secção 5.3). Desconhece-se o potencial risco para o ser humano.
Zipantol 40 mg não deve ser utilizado durante a gravidez, exceto se for claramente
necessário.
Amamentação
Estudos em animais demonstraram que pantoprazol é excretado no leite materno.
Foi notificada a excreção no leite materno humano. Consequentemente, a decisão
sobre a continuação/ suspensão do aleitamento ou a continuação/suspensão do
tratamento com Zipantol 40 mg deve ser realizada, tendo em consideração o
benefício do aleitamento para a criança e o benefício do tratamento com Zipantol
para a mulher.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Podem ocorrer reações adversas medicamentosas, como tonturas e distúrbios visuais
(ver
secção
4.8).
afetados,
doentes
não
devem
conduzir nem
utilizar
máquinas.
Efeitos indesejáveis
Prevê-se que aproximadamente 5% dos doentes venham a sofrer de reações
adversas medicamentosas (RAMs). As RAMs notificadas com mais frequência são
diarreia e cefaleias, ocorrendo ambas em cerca de 1% dos doentes.
tabela
abaixo
estão
descritos
efeitos
indesejáveis
notificados
pantoprazol, classificados de acordo com a seguinte classificação de frequência:
Muito
frequentes
(≥1/10);
frequentes
(≥1/100
<1/10);
pouco
frequentes
(≥1/1.000 a <1/100); raros (≥1/10.000 a <1/1.000); muito raros (<1/10.000),
desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis). Para todas as
reações adversas notificadas no período pós-comercialização, não é possível aplicar a
frequência
reação
adversa
deste
modo,
estas
são
classificadas
como
“desconhecido.”
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência.
Tabela 1. Efeitos indesejáveis com o pantoprazol em ensaios clínicos e experiência
pós-comercialização.
Frequência
Classe
de sistemas
de órgãos
Frequente
Pouco
frequente
Raro
Muito raro
Desconhecid
Doenças
sangue
Leucopenia,
Trombocitope-
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Frequência
Classe
de sistemas
de órgãos
Frequente
Pouco
frequente
Raro
Muito raro
Desconhecid
sistema linfático
Doenças
sistema
imunitário
Hipersensibilida
(incluindo
reações
anafiláticas
choque
anafilático)
Doenças
metabolismo
da nutrição
Hiperlipidemias
e aumento dos
lípidos
(triglicéridos,
colesterol);
Oscilações
peso
Hiponatremia
Perturbações
foro psiquiátrico
Perturbações
do sono
Depressão
todos
agravamentos)
Desorientação
todos
agravamentos
Alucinações;
Confusão
(sobretudo
doentes
predisposição
como
agravamento
destes
sint
em casos de
existência)
Doenças
sistema nervoso
Cefaleias;
Tonturas
Afeções oculares
Perturbações da
visão
visão
turva
Doenças
gastrointestinais
Pólipos
glândulas
fúndicas
(benignos)
Diarreia;
Náuseas
vómitos;
Distensão
edema
abdominal;
Obstipação;
Secura
boca; Dor e
desconforto
abdominal
Afeções
hepatobiliares
Aumento
das enzimas
hepáticas
(transamina-
Aumento
bilirrubina
Lesões
hepatocelular
icterícia;
hepatocelular
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Frequência
Classe
de sistemas
de órgãos
Frequente
Pouco
frequente
Raro
Muito raro
Desconhecid
ses, γ-GT)
Afeções
tecidos cutâneos
e subcutâneos
Erupção
exantema
erupção
cutânea;
Prurido
Urticária;
Angioedema
Síndrome
Stevens-Joh
Síndrome
Lyell;
multiforme;
Fotossensibili
eritematoso
cutâneo suba
LECS
secção 4.4).
Afeções
musculosqueléti-
cas e dos tecidos
conjuntivos
Artralgia;
Mialgia
Doenças renais e
urinárias
Nefrite interst
Doenças
órgãos genitais e
da mama
Ginecomastia
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Astenia,
fadiga
mal-estar
geral
Aumento
temperatura
corporal;
Edema
periférico
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail:
farmacovigilancia@infarmed.pt
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Sobredosagem
Desconhecem-se os sintomas da sobredosagem no Homem.
exposição
sistémica
administração
i.v.
doses
até
240 mg,
durante
2 minutos, foi bem tolerada.
Como
pantoprazol
liga
extensamente
proteínas,
não
prontamente
dialisável.
Em caso de sobredosagem com sinais clínicos de intoxicação, além do tratamento
sintomático e de suporte, não existem recomendações terapêuticas específicas a
fazer.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
6.2.2.3
Aparelho
digestivo.
Antiácidos
antiulcerosos
Modificadores da secreção gástrica
. Inibidores da bomba de protões; código ATC: A02BC02
Mecanismo de ação
O pantoprazol é um benzimidazol substituído que inibe a secreção de ácido clorídrico
no estômago através do bloqueio específico das bombas de protões das células
parietais.
No ambiente acídico das células parietais, o pantoprazol é convertido na sua forma
ativa, que inibe a enzima gástrica H+/K+-ATPase, ou seja, a etapa final da produção
de ácido clorídrico no estômago. A inibição é dependente da dose e afeta a secreção
ácida tanto basal como estimulada. Na maioria dos doentes, o alívio dos sintomas é
alcançado em 2 semanas. Tal como acontece com outros inibidores da bomba de
protões e com inibidores dos recetores H2, o tratamento com pantoprazol origina
uma redução da acidez no estômago e, consequentemente, um aumento da gastrina
proporcional à redução da acidez. O aumento da gastrina é reversível. Como o
pantoprazol se liga à enzima distal relativamente ao nível dos recetores, a substância
inibe a secreção de ácido clorídrico, independentemente da estimulação por outras
substâncias (acetilcolina, histamina, gastrina).
O pantoprazol exerce o mesmo efeito, quer seja administrado por via oral ou por via
intravenosa.
Os valores de gastrina em jejum aumentam por ação do pantoprazol. Na terapêutica
de curta duração, na maioria dos casos, estes valores não ultrapassam o limite
superior dos valores normais. Durante o tratamento prolongado, os níveis de
gastrina duplicam na maior parte dos casos. No entanto, apenas em casos isolados
ocorre um aumento exagerado. Como resultado, é observado um aumento ligeiro a
moderado do número de células endócrinas específicas (ECL) no estômago, numa
minoria de casos durante a terapêutica de manutenção (hiperplasia adenomatosa
simples). Porém, de acordo com os estudos realizados até ao momento, a formação
de precursores carcinogénicos (hiperplasia atípica) ou carcinóides gástricos, como
encontrados em experiências realizadas em animais (ver secção 5.3), não foi
observada no homem.
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
De acordo com os resultados dos estudos em animais, não é possível excluir
completamente a influência do tratamento de manutenção com pantoprazol, de
duração superior a 1 ano, nos parâmetros endócrinos da tiroide.
Durante o tratamento com medicamentos antissecretores, a gastrina sérica aumenta
em resposta à diminuição da secreção ácida. Além disso, a CgA aumenta devido à
redução da acidez gástrica. O nível aumentado de CgA pode interferir com as
análises para pesquisa de tumores neuroendócrinos.
Os dados disponíveis publicados sugerem que os inibidores da bomba de protões
(IBP) devem ser descontinuados entre 5 dias e 2 semanas antes das medições de
CgA. Isto destina-se a permitir que os níveis de CgA que possam estar falsamente
aumentados na sequência do tratamento com IBP regressem ao intervalo de
referência.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O pantoprazol é rapidamente absorvido e a concentração plasmática máxima é
atingida logo após a administração oral única de uma dose de 40 mg. Em média,
após
cerca
2,5 h
p.a,
concentrações
plasmáticas
máximas
aproximadamente 2 - 3 µg/ml são atingidas, e estes valores mantêm-se constantes
após administração múltipla.
A farmacocinética não é alterada após administração única ou múltipla. Para um
intervalo posológico compreendido entre 10 e 80 mg, a cinética plasmática do
pantoprazol
linear,
tanto
após
administração
oral
como
intravenosa.
biodisponibilidade absoluta do comprimido gastrorresistente é cerca de 77%. A
ingestão concomitante de alimentos não tem qualquer influência nos valores da AUC,
nem nas concentrações plasmáticas máximas, não afetando a biodisponibilidade. A
ingestão concomitante de alimentos apenas origina aumento da variabilidade do
tempo de latência.
Distribuição
A ligação do pantoprazol às proteínas plasmáticas é de cerca de 98%. O volume de
distribuição é de 0,15 L/kg.
Eliminação
A substância é quase exclusivamente metabolizada no fígado. A principal via
metabólica é a desmetilação pelo CYP2C19 com subsequente conjugação do sulfato.
Outra via metabólica inclui a oxidação pelo CYP3A4. A semivida de eliminação
terminal é aproximadamente 1 hora e a depuração é cerca de 0,1 L/h/kg. Foram
poucos os indivíduos em que se registaram atrasos na eliminação. Dada a ligação
específica do pantoprazol às bombas de protões na célula parietal, a semivida de
eliminação não está diretamente relacionada com a maior duração de ação (inibição
da secreção ácida). A eliminação renal representa a principal via de excreção (cerca
de 80%) para os metabolitos de pantoprazol, sendo o restante eliminado por via
fecal. O metabolito principal, tanto no soro como na urina, é o desmetilpantoprazol,
que é conjugado com o sulfato. A semivida do principal metabolito (cerca de 1,5 h)
não é muito superior à observada para o pantoprazol.
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Características em doentes/grupos especiais de indivíduos
Aproximadamente 3% da população europeia não apresenta a enzima CYP2C19
funcional,
denominando-se
metabolizadores
fracos.
referidos
indivíduos,
metabolismo do pantoprazol é provavelmente catalisado preferencialmente pelo
CYP3A4. Após a administração de uma dose única de 40 mg de pantoprazol, a AUC é
6 vezes superior em metabolizadores fracos do que em indivíduos que apresentam a
enzima CYP2C19 funcional (metabolizadores extensos). A concentração plasmática
máxima média foi aumentada em cerca de 60%. Estes resultados não influenciam a
posologia do pantoprazol.
Ao administrar pantoprazol a doentes com a função renal comprometida (inclusive
doentes dialisados), não é necessária qualquer redução da dose. Tal como nos
indivíduos
saudáveis,
semivida
pantoprazol
curta.
Apenas
pequenas
quantidades
pantoprazol
são
dialisadas. Embora
verifique
aumento
moderado (2-3 h) na semivida do principal metabolito, a excreção mantém-se
rápida, não se registando acumulação de produto.
Embora para os doentes com cirrose hepática (classes A e B segundo Child) os
valores da semivida aumentem para entre 7 e 9 h e os valores da AUC aumentem
num fator compreendido entre 5-7, verifica-se apenas um ligeiro aumento de 1,5 nos
valores
concentrações
plasmáticas
máximas,
comparativamente
indivíduos saudáveis.
Comparativamente com os indivíduos mais jovens, o aumento ligeiro dos valores da
AUC e da Cmax, observado em voluntários idosos, não é clinicamente relevante.
Crianças
Após a administração de doses orais únicas de 20 mg e 40 mg de pantoprazol a
crianças com idade entre 5-16 anos, a AUC e a Cmax estavam de acordo com os
valores correspondentes em adultos.
Após a administração i.v. de doses únicas de 0,8 ou 1,6 mg/kg de pantoprazol a
crianças com idade entre 2-16 anos, não foi verificada associação significativa entre
a depuração de pantoprazol e a idade ou o peso. A AUC e o volume de distribuição
estavam de acordo com os dados nos adultos.
Dados de segurança pré-clínica
Com base nos estudos de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida e
genotoxicidade, os dados pré-clínicos não revelaram quaisquer riscos especiais para
o Humano.
No rato, os estudos de carcinogenicidade, com a duração de 2 anos, permitiram
detetar neoplasmas neuroendócrinos. Adicionalmente, foi possível detetar no pré-
estômago
rato,
papilomas
células
pavimentosas.
cuidadosamente
investigado o mecanismo através do qual os benzimidazóis substituídos originam a
formação de carcinoides gástricos, tendo-se concluído que existe uma reação
secundária aos elevados níveis séricos de gastrina, que se observam no rato durante
o tratamento crónico com doses elevadas.
Nos estudos com roedores com duração de dois anos, foi observado nos ratos e nos
ratinhos fêmeas, um aumento do número de tumores hepáticos. Este aumento foi
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
interpretado como sendo o resultado da grande velocidade de metabolização do
pantoprazol a nível hepático.
No grupo de ratos tratado com a dose mais elevada (200 mg/kg), foi possível
observar um ligeiro aumento das alterações neoplásicas da tiroide. A ocorrência
destes neoplasmas está associada com as alterações induzidas pelo pantoprazol na
transformação da tiroxina a nível do fígado do rato. Uma vez que a dose terapêutica
para o homem é inferior, não é provável a ocorrência de efeitos adversos sobre a
tiroide.
Nos estudos de reprodução em animais, foram observados sinais de fetotoxicidade
ligeira com doses superiores a 5 mg/kg. Os exames realizados não revelaram
evidência de comprometimento da fertilidade ou efeitos teratogénicos.
penetração
placenta
investigada
rato,
tendo-se
constatado
aumentava com o decorrer da gestação. Como resultado, a concentração do
pantoprazol a nível fetal aumenta pouco tempo antes do nascimento.
6.INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Lista dos excipientes
Núcleo:
Manitol
Carbonato de sódio anidro
Carboximetilamido sódico
Copolímero do ácido metacrílico
Estearato de cálcio
Sub-revestimento:
Opadry OY-D7233 branco
- Hipromelose
- Dióxido de titânio (E171)
- Talco
- Macrogol 400
- Laurilsulfato de sódio
Revestimento:
Kollicoat MAE 30 DP amarelo
- Copolímero do ácido metacrílico e acrilato de etilo
- Propilenoglicol (E1520)
- Óxido de ferro amarelo (E172)
- Dióxido de titânio (E171)
- Talco
Incompatibilidades
Não aplicável.
Prazo de validade
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
2 anos.
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de alumínio/alumínio (Alu/Alu) contendo 7, 14, 28, 56, 60, 84, 90 ou 112
comprimidos gastrorresistentes.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Decomed Farmacêutica, Lda.
Rua Sebastião e Silva, n.º 56
2745-838 Massamá
Portugal
8.NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5253232 – 7 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
N.º de registo: 5253240 – 14 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
N.º de registo: 5253257 – 28 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
N.º de registo: 5253265 – 56 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
N.º de registo: 5253273 – 60 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
N.º de registo: 5253307 – 84 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
N.º de registo: 5253315 – 90 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
N.º de registo: 5253323 – 112 comprimidos gastrorresistentes, 40 mg, blister de
Alu/Alu
9.DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
APROVADO EM
19-10-2018
INFARMED
Data da primeira autorização: 26 de novembro de 2009
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO