Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
29-05-2017
29-05-2017
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Zip-A-Dol 200 mg cápsulas
Ibuprofeno
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
Tome este medicamento exatamente como está descrito neste folheto, ou de acordo
com as indicações do seu médico ou farmacêutico
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
-Caso precise de esclarecimentos ou conselhos, consulte o seu farmacêutico.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
- Se não se sentir melhor ou se piorar, tem de consultar um médico.
O que contém este folheto:
1. O que é Zip-A-Dol e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Zip-A-Dol
3.Como tomar Zip-A-Dol
4.Efeitos secundários possíveis
5.Como conservar Zip-A-Dol
6.Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Zip-A-Dol e para que é utilizado
Zip-A-Dol
está
indicado
tratamento
sintomático
síndromes
gripais
constipações, dores musculares ligeiras a moderadas, dores pós-traumáticas, febre
de duração inferior a 3 dias e cefaleias ligeiras a moderadas.
Pertence ao grupo farmacoterapêutico 9.1.3 Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios
não esteroides. Derivados do ácido propiónico.
2. O que precisa de saber antes de tomar Zip-A-Dol
Não tome Zip-A-Dol
-Se tem alergia (hipersensibilidade) ao ibuprofeno ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6).
-Zip-a-Dol está contraindicado em indivíduos com conhecida hipersensibilidade ao
ibuprofeno ou a qualquer um dos seus componentes, ácido acetilsalicílico ou outros
anti-inflamatórios não esteroides (AINE).
-Contraindicado
doentes
história
hemorragia
gastrointestinal
perfuração, relacionada com terapêutica anterior com AINE.
-Contraindicado em doentes com úlcera péptica/hemorragia ativa ou história de
úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração
ou hemorragia comprovada).
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-Contraindicado em doentes com antecedentes de asma, rinite, urticária, edema
angioneurótico ou broncospasmo associados ao uso de ácido acetilsalicílico ou outros
fármacos anti-inflamatórios não esteroides.
-Contraindicado na insuficiência cardíaca grave.
-Contraindicado em doentes com alterações de coagulação.
-Contraindicado durante o terceiro trimestre de gravidez.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Zip-A-Dol.
Este medicamento não deve ser utilizado no tratamento da febre alta (superior a
39,5°C), febre de duração superior a 3 dias ou febre recorrente, exceto se prescrito
pelo
médico,
pois
estas
situações
podem
indicativas
doença
grave,
requerendo avaliação e tratamento médico.
Este medicamento não deve ser utilizado para a automedicação da dor, durante mais
de 7 dias nos adultos ou mais de 5 dias em crianças, exceto se prescrito pelo
médico, pois uma dor intensa e prolongada pode requerer avaliação e tratamento
médico.
A administração concomitante de Zip-A-Dol com outros AINE, incluindo inibidores
seletivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.
Deve ser usado com precaução em doentes com história de úlcera péptica ou outras
doenças gastrointestinais, doença cardíaca, hipertensão, insuficiência hepática ou
renal e perturbações sanguíneas.
Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados com todos
os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente
fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou
história de eventos gastrointestinais graves. O risco de hemorragia, ulceração ou
perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de
úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração e em
doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de
informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de
hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.
Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-
administração de agentes protetores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de
protões)
deverá
considerada
nestes
doentes,
assim
como
naqueles
necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou
outros medicamentos suscetíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais
como corticosteroides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores seletivos da
recaptação
serotonina
antiagregantes
plaquetários
tais
como
ácido
acetilsalicílico.
Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Zip-A-Dol
o tratamento deve ser interrompido.
Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de
doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em
que estas situações podem ser exacerbadas.
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Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares: têm sido notificados casos de retenção
de líquidos e edema associados ao tratamento com AINE, pelo que os doentes com
história de hipertensão arterial e/ou insuficiência cardíaca congestiva ligeira a
moderada deverão ser adequadamente monitorizados e aconselhados.
Os medicamentos anti-inflamatórios ou de alívio da dor, como o ibuprofeno, podem
estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco ou AVC,
particularmente quando são utilizadas doses altas. Não exceda a dose ou a duração
recomendada para o tratamento.
Deve falar com o seu médico ou farmacêutico sobre o seu tratamento antes de
tomar Zip-A-Dol se:
- tiver problemas do coração, incluindo insuficiência cardíaca, angina (dor no peito),
ou se já tiver tido um ataque cardíaco, cirurgia de bypass, doença arterial periférica
(má circulação nas pernas ou pés devido a artérias estreitas ou bloqueadas) ou
qualquer tipo de AVC (incluindo mini-AVC ou acidente isquémico transitório "AIT")
- tiver a tensão alta, diabetes, colesterol, antecedentes familiares de doença do
coração ou AVC, ou se fumar.
Insuficiência renal: devem ser tomadas precauções em doentes com insuficiência
renal ligeira a moderada.
doentes
em terapêutica
prolongada com
Zip-A-Dol
devem
submetidos
periodicamente a monitorização renal, hepática e hematológica. A função hepática
deverá
cuidadosamente
monitorizada
doentes
refiram
sintomas
compatíveis
lesão
hepática
(anorexia,
náuseas,
vómitos,
icterícia)
e/ou
desenvolvam alterações da função hepática (transaminases, bilirrubina, fosfatase
alcalina,
γ-GT).
Perante
presença
valores
transaminases,
bilirrubina
conjugada ou fosfatase alcalina superiores a 2 vezes o valor superior do normal, o
medicamento deverá ser suspenso de imediato e deve ser iniciada investigação para
esclarecimento da situação.
Idosos: os idosos apresentam uma maior frequência de reações adversas com AINE,
especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser
fatais.
Zip-A-Dol deverá ser usado com precaução em doentes com lúpus eritematoso
sistémico ou outras doenças autoimunes, por risco de meningite asséptica e/ou
insuficiência renal.
Têm sido muito raramente notificadas reações cutâneas graves, algumas das quais
fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE. Aparentemente o risco de
ocorrência destas reações é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos
casos estas reações se manifestam durante o primeiro mês de tratamento. Zip-A-Dol
deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras
manifestações de hipersensibilidade.
A evidência científica de que os medicamentos que inibem a ciclooxigenase/síntese
prostaglandinas,
pelo
facto
afetarem
ovulação,
possam
diminuir
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fertilidade feminina é limitada. Esta situação é reversível após interrupção do
tratamento.
Doentes que refiram alteração da visão durante o tratamento com Zip-A-Dol,
deverão suspender a terapêutica e ser submetidos a exame oftalmológico.
Crianças
Crianças: o medicamento não deve ser usado em crianças com idade inferior a 12
anos, na gravidez e lactação, a não ser quando prescrito pelo médico.
Outros medicamentos e Zip-A-Dol
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos.
Diuréticos,
Inibidores
Enzima
Conversão
Angiotensina
(IECA)
Antagonistas da Angiotensina II (AAII): os anti-inflamatórios não esteroides podem
diminuir
eficácia
diuréticos
assim
como
outros
medicamentos
antihipertensores, por exemplo, podem reduzir o efeito dos diuréticos tiazídicos, o
efeito natriurético da furosemida e o efeito anti-hipertensor dos β -bloqueadores.
Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos
com comprometimento da função renal) a administração em simultâneo de um IECA
ou AAII com agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a
progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência
renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interações deverá
ser tida em consideração em doentes a tomar ibuprofeno em associação com IECA
AAII.
Consequentemente,
esta
associação
medicamentosa
deverá
administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser
adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a
função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde
então.
Corticosteroides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal.
A ação de determinados medicamentos como os anticoagulantes (que impedem a
formação de coágulos) (ex. ácido acetilsalícilico, varfarina, ticlopidina), alguns
medicamentos para a hipertensão arterial (inibidores ECA, por exemplo: captopril,
medicamentos bloqueadores dos recetores beta, antagonistas da angiotensina II),
entre outros medicamentos pode afetar ou ser afetada pelo tratamento com
ibuprofeno. Consequentemente deverá obter sempre aconselhamento médico antes
de tomar ibuprofeno em simultâneo com outros medicamentos.
Agentes
antiagregantes
plaquetários
inibidores
seletivos
recaptação
serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal.
Lítio: os AINE podem diminuir a depuração renal do lítio com resultante aumento dos
níveis plasmáticos e de toxicidade. Caso se prescreva Zip-A-Dol a um doente a fazer
terapêutica com lítio, deverá ser feita uma monitorização apertada dos níveis de lítio.
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Antiácidos: a administração de ibuprofeno até duas horas após a toma de um
antiácido aumenta ligeiramente a absorção e eleva os picos de concentração do
ibuprofeno.
Anticaliuréticos: administrado concomitantemente com anticaliuréticos, o ibuprofeno
pode aumentar os níveis plasmáticos do potássio;
Digoxina e metotrexato: o ibuprofeno pode aumentar a concentração plasmática da
digoxina e do metotrexato, resultando em toxicidade acrescida.
Alguns outros medicamentos podem também afetar ou ser afetados pelo tratamento
com Zip-A-Dol. Por este motivo, deverá falar sempre com o seu médico ou
farmacêutico antes de utilizar Zip-A-Dol com outros medicamentos.
Zip-A-Dol com alimentos e bebidas
Deve evitar-se a ingestão simultânea de álcool.
recomendada
ingestão
cápsulas
copo
água
leite,
procedimento este que minimiza uma eventual irritação gástrica.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
A inibição da síntese das prostaglandinas pode afetar negativamente a gravidez e/ou
o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um
aumento
risco
aborto
espontâneo,
malformações
cardíacas
gastroschisis
sequência
utilização
inibidor
síntese
prostaglandinas
início
gravidez.
risco
absoluto
malformações
cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%.
Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.
Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das
prostaglandinas
como
consequência
aumento
abortos
peri
post-
implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior
incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em
animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período
organogenético.
Durante o 1º e 2º trimestres de gravidez, Zip-A-Dol não deverá ser administrado a
não ser que seja estritamente necessário. Se o Zip-A-Dol for usado por mulheres que
estejam a tentar engravidar, ou durante o 1º e 2º trimestre de gravidez, a dose
administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.
Durante
trimestre
gravidez,
todos
inibidores
síntese
prostaglandinas podem expor o feto a:
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-Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de
Botal) e hipertensão pulmonar)
-Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.
Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
-Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode
verificar-se mesmo com doses muito baixas.
-Inibição das contrações uterinas com consequente atraso ou prolongamento do
trabalho de parto.
Assim, a administração de Zip-A-Dol está contraindicada durante o terceiro trimestre
de gravidez.
Amamentação
Devido à ausência de estudos clínicos, não se recomenda a utilização de Zip-A-Dol
em mulheres a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Em tratamentos únicos ou de curta duração, Zip-A-Dol não interfere, em geral, com
a condução de veículos nem com o uso de máquinas. Contudo, a ocorrência de
determinados efeitos secundários pode condicionar limitações significativas.
Dependendo
suscetibilidade
individual
este
medicamento
pode
provocar,
principalmente no início do tratamento, sonolência, vertigens, alterações visuais ou
fadiga, que afetem a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. No entanto,
geralmente, não são referidos efeitos que interfiram em ambas as funções.
3. Como tomar Zip-A-Dol
Tome este medicamento exatamente como está descrito neste folheto, ou de acordo
com as indicações do seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Via de administração: oral.
As cápsulas devem ser engolidas sem mastigar, com um pouco de líquido (água ou
leite).
A dose recomendada para adultos e crianças com mais de 12 anos é de 1 cápsula de
4 em 4 ou de 6 em 6 horas, enquanto persistirem os sintomas.
Se necessário, a dose de 400 mg (2 cápsulas) pode ser tomada de uma só vez. Não
deve porém, exceder-se a dose máxima diária de 1200 mg (6 cápsulas)
Se tomar mais Zip-A-Dol do que deveria
No caso de ingestão massiva acidental, os sintomas de intoxicação aguda com
ibuprofeno são, em larga medida, os correspondentes à exacerbação dos efeitos
indesejáveis e iniciam-se em geral durante um período de 4 horas após a ingestão.
Os efeitos clínicos são ligeiros, predominando os efeitos gastrointestinais e a
depressão do Sistema Nervoso Central (SNC) associados a cefaleias, vertigens e
perda de consciência. Incluem dor abdominal, náuseas, vómitos, letargia, sonolência,
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dores de cabeça, zumbidos e ataxia. Efeitos clínicos moderados a graves são raros e
incluem apneia (particularmente em crianças muito pequenas), acidose metabólica,
convulsões, coma, hipotermia e insuficiência renal aguda. Posteriormente, poderá
ocorrer hipotensão, depressão respiratória e cianose.
O tratamento consiste na prevenção da absorção com diluição (exceto para doses
muito elevadas), lavagem gástrica, emese e administração de carvão ativado (se a
ingestão de ibuprofeno tiver ocorrido nos últimos 30 a 60 minutos) e um catártico.
Devem ser vigiados e controlados os sinais vitais, particularmente a respiração,
pulso e pressão sanguínea.
A alcalinização da urina ou a hemodiálise não parecem favorecer a eliminação.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestam em todas as pessoas.
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz
durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas
ibuprofeno
geral
aceite,
particularmente
pelos
idosos,
sendo
relativamente baixa a incidência de efeitos secundários graves.
Os efeitos secundários mais frequentes associados à utilização de ibuprofeno são
náuseas, dor epigástrica, tonturas e eritema cutâneo, podendo atingir até 10% dos
indivíduos medicados.
As reações adversas abaixo descritas aparecem listadas por ordem decrescente de
frequência:
-Trato gastrointestinal: os eventos adversos mais frequentemente observados são de
natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas,
perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais. Náuseas, dispepsia,
vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melenas,
estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn têm sido notificados na
sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo
a ser observados casos de gastrite.
-Sistema hepatobiliar: elevações ligeiras e transitórias das transaminases (ALT,
AST),
fosfatase
alcalina
γ-GT.
Casos
raros
hepatite
aguda
citolítica
colestática grave, por vezes fatais.
-Sistema nervoso central: vertigens, cefaleias e nervosismo. Depressão, insónia,
confusão, labilidade emocional, sonolência, meningite asséptica com febre e coma.
Raramente foram descritos parestesias, alucinações e pseudotumor cerebral.
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-Pele e anexos: eritema cutâneo de tipo maculopapular e prurido. Urticária, eritema
multiforme, reações bolhosas incluindo síndroma de Stevens-Johnson, alopécia e
acne. Raramente foram descritos casos de necrólise epidérmica tóxica (síndrome de
Lyell) e reações de fotossensibilidade.
-Órgãos dos sentidos: acufenos, diminuição da acuidade auditiva e ambliopia (visão
turva, escotomas e/ou alteração da visão cromática). Casos raros de conjuntivite,
diplopia, neurite ótica e cataratas.
-Sangue e sistema linfático: neutropenia, agranulocitose, anemia aplástica, anemia
hemolítica, trombocitopenia, eosinofilia e diminuição da hemoglobina. Casos raros de
epistaxis e menorragia.
-Sistema endócrino/metabólico: diminuição do apetite. Casos raros de ginecomastia,
hipoglicémia e acidose.
-Sistema cardiovascular: edema, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, têm
sido notificados em associação ao tratamento com AINE. Os medicamentos tais como
Zip-A-Dol podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque
cardíaco (enfarte do miocárdio) ou AVC. Casos raros de arritmia (taquicardia ou
bradicardia sinusal).
-Sistema respiratório: asma, pneumopatia e eosinófilos, broncospasmo.
-Sistema urinário: insuficiência renal (aguda ou crónica), diminuição da depuração
da creatinina, azotemia, poliúria, disúria e hematúria. Casos raros de necrose papilar
renal, nefropatia túbulo-intersticial aguda e síndrome nefrótico.
-Outros: anafilaxia, broncospasmo. Doença do sono, edema angioneurótico, vasculite
Henoch-Schonlein.
Foram
também
descritos
casos
estomatite
ulcerosa,
esofagite, pancreatite, rinite e febre.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Zip-A-Dol
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Não conservar acima de 25 °C.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e da humidade.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Zip-A-Dol
-A substância ativa é o ibuprofeno. Cada cápsula contém 200 mg de ibuprofeno.
outros
componentes
são
celulose
microcristalina,
estearato
magnésio,
gelatina e dióxido de titânio (E171).
Qual o aspeto de Zip-A-Dol e conteúdo da embalagem
Zip-A-Dol apresenta-se sob a forma de cápsulas, acondicionadas em blisters de
PVC/Al, em embalagens de 10, 20, 30 ou 60 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Labialfarma - Laboratório de Produtos Farmacêuticos e Nutracêuticos, S.A.
Rua do Centro Empresarial (EE6) 303, 2º, Quinta da Beloura
2710-693 Sintra
Portugal
Telefone: 231 927 590
Fax: 231 929 165
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Zip-A-Dol 200 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém Ibuprofeno a 200 mg como substância ativa.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Zip-A-Dol
está
indicado
tratamento
sintomático
síndromes
gripais
constipações, dores musculares ligeiras a moderadas, dores pós-traumáticas, febre
de duração inferior a 3 dias e cefaleias ligeiras a moderadas.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
A posologia recomendada para adultos e crianças com mais de 12 anos é de 1
cápsula de 4 a 6 horas, enquanto persistirem os sintomas.
Se necessário, a dose de 400 mg (2 cápsulas) pode ser tomada de uma só vez. Não
deve porém, exceder-se a dose máxima diária de 1200 mg (6 cápsulas).
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados através da utilização da dose efetiva
mais baixa durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas
(ver secção 4.4).
Modo de administração
As cápsulas devem ser engolidas sem mastigar, com um pouco de líquido (água ou
leite).
Via de administração: oral.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1, ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteroides
(AINE).
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Contraindicado
doentes
história
hemorragia
gastrointestinal
perfuração, relacionada com terapêutica anterior com AINE.
Contraindicado em doentes com úlcera péptica/hemorragia ativa ou história de
úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração
ou hemorragia comprovada).
Contraindicado em doentes com antecedentes de asma, rinite, urticária, edema
angioneurótico ou broncospasmo associados ao uso de ácido acetilsalicílico ou outros
fármacos anti-inflamatórios não esteroides.
Contraindicado na insuficiência cardíaca grave (classe IV da Associação Cardíaca de
NY).
Contraindicado em doentes com alterações de coagulação.
Está também contraindicado durante o terceiro trimestre de gravidez.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz
durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver
secções
e informação
sobre
riscos GI
cardiovasculares
seguida
mencionada).
A administração concomitante de Zip-A-Dol com outros AINE, incluindo inibidores
seletivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.
Deve ser usado com precaução em doentes com história de úlcera péptica ou outras
doenças gastrointestinais, doença cardíaca, hipertensão, insuficiência hepática ou
renal e perturbações sanguíneas.
Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados com todos
os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente
fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou
história de eventos gastrointestinais graves.
O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de
AINE, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a
hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestas situações os
doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a
ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases
iniciais do tratamento.
Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-
administração de agentes protetores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de
protões)
deverá
considerada
nestes
doentes,
assim
como
naqueles
necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou
outros medicamentos suscetíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais
como corticosteroides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores seletivos da
recaptação
serotonina
antiagregantes
plaquetários
tais
como
ácido
acetilsalicílico (ver secção 4.5).
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Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Zip-A-Dol
o tratamento deve ser interrompido.
Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de
doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em
que estas situações podem ser exacerbadas. (ver secção 4.8).
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares: têm sido notificados casos de retenção
de líquidos e edema associados ao tratamento com AINE, pelo que os doentes com
história de hipertensão arterial e/ou insuficiência cardíaca congestiva ligeira a
moderada deverão ser adequadamente monitorizados e aconselhados.
Os estudos clínicos sugerem que a utilização de ibuprofeno, particularmente com
uma dose alta (2400 mg/dia), pode estar associada a um pequeno risco aumentado
de episódios trombóticos arteriais (por exemplo, enfarte do miocárdio ou acidente
vascular cerebral (AVC)). De uma forma geral, os estudos epidemiológicos não
sugerem uma associação entre a utilização de doses baixas de ibuprofeno (p. ex., ≤
1200 mg/dia) e um risco aumentado de episódios trombóticos arteriais.
doentes
hipertensão
descontrolada,
insuficiência
cardíaca
congestiva
(Associação Cardíaca de NYII-III), cardiopatia isquémica estabelecida, arteriopatia
periférica e/ou doença cerebrovascular apenas devem ser tratados com ibuprofeno
após uma ponderação cuidadosa e as doses altas (2400 mg/dia) devem ser evitadas.
Também se recomenda uma ponderação cuidadosa antes de iniciar o tratamento a
longo prazo de doentes com fatores de risco para episódios cardiovasculares (p. ex.,
hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus, tabagismo), particularmente se forem
necessárias doses altas de ibuprofeno (2400 mg/dia).
Insuficiência renal: devem ser tomadas precauções em doentes com insuficiência
renal ligeira a moderada.
doentes
em terapêutica
prolongada com
Zip-A-Dol
devem
submetidos
periodicamente a monitorização renal, hepática e hematológica. A função hepática
deverá
cuidadosamente
monitorizada
doentes
refiram
sintomas
compatíveis
lesão
hepática
(anorexia,
náuseas,
vómitos,
icterícia)
e/ou
desenvolvam alterações da função hepática (transaminases, bilirrubina, fosfatase
alcalina,
γ-GT).
Perante
presença
valores
transaminases,
bilirrubina
conjugada ou fosfatase alcalina superiores a 2 vezes o valor superior do normal, o
medicamento deverá ser suspenso de imediato e deve ser iniciada investigação para
esclarecimento da situação.
Idosos: os idosos apresentam uma maior frequência de reações adversas com AINE,
especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser
fatais.
Zip-A-Dol deverá ser usado com precaução em doentes com lúpus eritematoso
sistémico ou outras doenças autoimunes, por risco de meningite asséptica e/ou
insuficiência renal.
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
Têm sido muito raramente notificadas reações cutâneas graves, algumas das quais
fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica
tóxica,
associadas
administração
AINE,
(ver
secção
4.8.).
Aparentemente o risco de ocorrência destas reações é maior no início do tratamento,
sendo que na maioria dos casos estas reações se manifestam durante o primeiro
mês de tratamento. Zip-A-Dol deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash,
lesões mucosas, ou outras manifestações de hipersensibilidade.
A evidência científica de que os medicamentos que inibem a ciclooxigenase/síntese
prostaglandinas,
pelo
facto
afetarem
ovulação,
possam
diminuir
fertilidade feminina é limitada. Esta situação é reversível após interrupção do
tratamento.
Doentes que refiram alteração da visão durante o tratamento com Zip-A-Dol,
deverão suspender a terapêutica e ser submetidos a exame oftalmológico.
Deve evitar-se a ingestão simultânea de álcool.
recomendada
ingestão
cápsulas
copo
água
leite,
procedimento este que minimiza uma eventual irritação gástrica.
População pediátrica
Crianças: o medicamento não deve ser usado em crianças com idade inferior a 12
anos, na gravidez e lactação, a não ser quando prescrito pelo médico.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Diuréticos,
Inibidores
Enzima
Conversão
Angiotensina
(IECA)
Antagonistas da Angiotensina II (AAII): os anti-inflamatórios não esteroides podem
diminuir
eficácia
diuréticos
assim
como
outros
medicamentos
antihipertensores, por exemplo, podem reduzir o efeito dos diuréticos tiazídicos, o
efeito natriurético da furosemida e o efeito anti-hipertensor dos β-bloqueadores.
Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos
com comprometimento da função renal) a administração em simultâneo de um IECA
ou AAII com agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a
progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência
renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interações deverá
ser tida em consideração em doentes a tomar ibuprofeno em associação com IECA
AAII.
Consequentemente,
esta
associação
medicamentosa
deverá
administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser
adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a
função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde
então.
Corticosteroides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver
secção 4.4).
Anticoagulantes: os AINE podem aumentar os efeitos dos anticoagulantes, tais como
a varfarina (ver secção 4.4).
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
Ácido acetilsalicílico
forma
geral,
administração
concomitante
ibuprofeno
ácido
acetilsalicílico não é recomendada devido ao potencial aumento de efeitos adversos.
Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode, por competição, inibir o
efeito de uma dose baixa de ácido acetilsalicílico na agregação das plaquetas,
quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Embora existam
incertezas acerca da extrapolação destes dados para uma situação clínica, não é
possível excluir a possibilidade de a utilização regular e a longo prazo de ibuprofeno
poder reduzir o efeito de cardioproteção de uma dose baixa de ácido acetilsalicílico.
Não existem efeitos clinicamente relevantes considerados prováveis em associação à
utilização ocasional de ibuprofeno (ver secção 5.1).
Agentes
antiagregantes
plaquetários
inibidores
seletivos
recaptação
serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4).
Lítio: os AINE podem diminuir a depuração renal do lítio com resultante aumento dos
níveis plasmáticos e de toxicidade. Caso se prescreva Zip-A-Dol a um doente a fazer
terapêutica com lítio, deverá ser feita uma monitorização apertada dos níveis de lítio.
Antiácidos: a administração de ibuprofeno até duas horas após a toma de um
antiácido aumenta ligeiramente a absorção e eleva os picos de concentração do
ibuprofeno.
Anticaliuréticos: administrado concomitantemente com anticaliuréticos, o ibuprofeno
pode aumentar os níveis plasmáticos do potássio.
Digoxina e metotrexato: o ibuprofeno pode aumentar a concentração plasmática da
digoxina e do metotrexato, resultando em toxicidade acrescida.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A inibição da síntese das prostaglandinas pode afetar negativamente a gravidez e/ou
o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um
aumento
risco
aborto
espontâneo,
malformações
cardíacas
gastroschisis
sequência
utilização
inibidor
síntese
prostaglandinas
início
gravidez.
risco
absoluto
malformações
cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%.
Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.
Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das
prostaglandinas
como
consequência
aumento
abortos
peri
post-
implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior
incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em
animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período
organogenético.
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
Durante o 1º e 2º trimestres de gravidez, Zip-A-Dol não deverá ser administrado a
não ser que seja estritamente necessário. Se o Zip-A-Dol for usado por mulheres que
estejam a tentar engravidar, ou durante o 1º e 2º trimestre de gravidez, a dose
administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.
Durante
trimestre
gravidez,
todos
inibidores
síntese
prostaglandinas podem expor o feto a:
-Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de
Botal) e hipertensão pulmonar)
-Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.
Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
-Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode
verificar-se mesmo com doses muito baixas.
-Inibição das contrações uterinas com consequente atraso ou prolongamento do
trabalho de parto.
Assim, a administração de Zip-A-Dol está contraindicada durante o terceiro trimestre
de gravidez.
Amamentação
Devido à ausência de estudos clínicos, não se recomenda a utilização de Zip-A-Dol
em mulheres a amamentar.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Em tratamentos únicos ou de curta duração, Zip-A-Dol não interfere, em geral, com
a condução de veículos nem com o uso de máquinas. Contudo, a ocorrência de
determinados efeitos secundários pode condicionar limitações significativas.
Dependendo
suscetibilidade
individual
este
medicamento
pode
provocar,
principalmente no início do tratamento, sonolência, vertigens, alterações visuais ou
fadiga, que afetem a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. No entanto,
geralmente, não são referidos efeitos que interfiram em ambas as funções.
4.8 Efeitos indesejáveis
ibuprofeno
geral
aceite,
particularmente
pelos
idosos,
sendo
relativamente baixa a incidência de efeitos secundários graves.
Os efeitos secundários mais frequentes associados à utilização de ibuprofeno são
náuseas, dor epigástrica, tonturas e eritema cutâneo, podendo atingir até 10% dos
indivíduos medicados.
As reações adversas abaixo descritas aparecem listadas por ordem decrescente de
frequência:
-Trato gastrointestinal: os eventos adversos mais frequentemente observados são de
natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas,
perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4).
Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia,
obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn
(ver
secção
4.4)
têm
sido
notificados
sequência
administração
destes
medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite.
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
- Sistema hepatobiliar: elevações ligeiras e transitórias das transaminases (ALT,
AST),
fosfatase
alcalina
γ-GT.
Casos
raros
hepatite
aguda
citolítica
colestática grave, por vezes fatais.
-Sistema nervoso central: vertigens, cefaleias e nervosismo. Depressão, insónia,
confusão, labilidade emocional, sonolência, meningite asséptica com febre e coma.
Raramente foram descritos parestesias, alucinações e pseudotumor cerebral.
-Pele e anexos: eritema cutâneo de tipo maculopapular e prurido. Urticária, eritema
multiforme, reações bolhosas incluindo síndroma de Stevens-Johnson, alopécia e
acne. Raramente foram descritos casos de necrólise epidérmica tóxica (síndrome de
Lyell) e reações de fotossensibilidade.
-Órgãos dos sentidos: acufenos, diminuição da acuidade auditiva e ambliopia (visão
turva, escotomas e/ou alteração da visão cromática). Casos raros de conjuntivite,
diplopia, neurite ótica e cataratas.
-Sangue e sistema linfático: neutropenia, agranulocitose, anemia aplástica, anemia
hemolítica, trombocitopenia, eosinofilia e diminuição da hemoglobina. Casos raros de
epistaxis e menorragia.
-Sistema endócrino/metabólico: diminuição do apetite. Casos raros de ginecomastia,
hipoglicémia e acidose.
-Sistema cardiovascular: edema, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, têm
sido notificados em associação ao tratamento com AINE.
Os estudos clínicos sugerem que a utilização de ibuprofeno, sobretudo com uma
dose alta (2400 mg/dia), pode estar associada a um pequeno aumento do risco de
episódios trombóticos arteriais (por exemplo, enfarte do miocárdio ou AVC) (ver
secção 4.4).
Casos raros de arritmia (taquicardia ou bradicardia sinusal).
-Sistema respiratório: asma, pneumopatia e eosinófilos, broncospasmo.
-Sistema urinário: insuficiência renal (aguda ou crónica), diminuição da depuração
da creatinina, azotemia, poliúria, disúria e hematúria. Casos raros de necrose papilar
renal, nefropatia túbulo-intersticial aguda e síndrome nefrótico.
-Outros: anafilaxia, broncospasmo. Doença do sono, edema angioneurótico, vasculite
Henoch-Schonlein.
Foram
também
descritos
casos
estomatite
ulcerosa,
esofagite, pancreatite, rinite e febre.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas através de:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
No caso de ingestão massiva acidental, os sintomas de intoxicação aguda com
ibuprofeno são, em larga medida, os correspondentes à exacerbação dos efeitos
indesejáveis e iniciam-se em geral durante um período de 4 horas após a ingestão.
Os efeitos clínicos são ligeiros, predominando os efeitos gastrointestinais e a
depressão do Sistema Nervoso Central (SNC). Incluem dor abdominal, náuseas,
vómitos, letargia, sonolência, dores de cabeça, zumbidos e ataxia. Efeitos clínicos
moderados a graves são raros e incluem apneia (particularmente em crianças muito
pequenas), acidose metabólica, convulsões, coma, hipotermia e insuficiência renal
aguda. Posteriormente, poderá ocorrer hipotensão, depressão respiratória e cianose.
O tratamento consiste na prevenção da absorção com diluição (exceto para doses
muito elevadas), lavagem gástrica, emese e administração de carvão ativado (se a
ingestão de ibuprofeno tiver ocorrido nos últimos 30 a 60 minutos) e um catártico.
Devem ser vigiados e controlados os sinais vitais, particularmente a respiração,
pulso e pressão sanguínea.
A alcalinização da urina ou a hemodiálise não parecem favorecer a eliminação.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
9.1.3
Aparelho
locomotor.
Anti-inflamatórios
não
esteroides. Derivados do ácido propiónico.
Código ATC: M01AE01
O ibuprofeno é um anti-inflamatório não esteroide pertencente ao grupo dos
derivados do ácido propiónico, com atividade analgésica e antipirética. Há vários
anos que é usado na terapêutica de formas inflamatórias degenerativas e extra-
articulares do reumatismo bem como em tumefações e inflamações não reumáticas,
com comprovada segurança terapêutica.
ibuprofeno
exibe
eficácia
semelhante
à de
outros AINE no
tratamento
osteoartrose e artrite reumatoide, febre e dores ligeiras a moderadas de diversa
etiologia, sendo uma das suas vantagens provocar menor erosão gastrointestinal
relativamente aos outros AINE.
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
O ibuprofeno é um fármaco anti-inflamatório não esteroide com ação analgésica e
antipirética, atuando presumivelmente por inibição da síntese das prostaglandinas. O
ibuprofeno parece ter um efeito inibidor irreversível sobre a agregação plaquetária.
Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode, por competição, inibir o
efeito de uma dose baixa de ácido acetilsalicílico na agregação das plaquetas,
quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Alguns estudos
farmacodinâmicos demonstram que, quando foram tomadas doses unitárias de
ibuprofeno 400 mg até 8 horas antes ou no prazo de 30 min após a administração de
ácido acetilsalicílico de libertação imediata (81 mg), ocorreu uma diminuição do
efeito do ácido acetilsalicílico na formação de tromboxano ou na agregação de
plaquetas. Embora existam incertezas acerca da extrapolação destes dados para
uma situação clinica, não é possível excluir a possibilidade de a utilização regular e a
longo prazo de ibuprofeno poder reduzir o efeito de cardioproteção de uma dose
baixa de ácido acetilsalicílico. Não é provável que ocorram efeitos clinicamente
relevantes com a utilização ocasional de ibuprofeno (ver secção 4.5).
Algumas propriedades bioquímicas do ibuprofeno, nomeadamente, a inibição da
síntese de histamina e libertação de serotonina, a inibição dos efeitos de bradicinina
e a inibição do aumento da permeabilidade capilar, poderiam contribuir também para
os seus efeitos clínicos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
O ibuprofeno é absorvido no trato gastrointestinal (cerca de 80%) e os picos de
concentração sérica atingem-se cerca de 1 a 2 horas após a administração de
ibuprofeno comprimidos e 1 hora após a administração da suspensão oral. A seguir a
uma dose única de 200 mg (em jejum) os níveis plasmáticos são de 15 e 19,4 µg/ml
aos 45 e 90 minutos, respetivamente. A ingestão concomitante de alimentos ou com
antiácidos não altera significativamente a absorção.
Liga-se
extensamente
proteínas
plasmáticas
(cerca
para
concentrações plasmáticas de 20 µg/ml), particularmente à albumina sérica. Não se
acumula
tecidos
tempo
semivida
próximo
horas;
provavelmente distribui-se no leite materno. O ibuprofeno penetra lentamente para o
espaço sinovial; as concentrações atingidas no líquido sinovial são inferiores às
concentrações plasmáticas mas decrescem mais lentamente. A metabolização ocorre
rapidamente a nível hepático, originando dois metabolitos principais (metabolitos A e
B), e é excretado pela urina, sendo a semivida plasmática de cerca de 2-4 horas.
Mais de 90% da dose é excretada na forma de metabolitos e seus conjugados. Uma
pequena fração é excretada nas fezes subsequente à excreção biliar.
A farmacocinética na criança não parece diferir da do adulto.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A toxicidade do ibuprofeno em experiências com animais foi observada sob a forma
de lesões e ulcerações do trato gastrointestinal. Experiências in vivo e in vitro não
revelaram
qualquer
potencial
mutagénico
ibuprofeno.
Estudos
carcinogenicidade
rato
ratinho
não
revelaram
qualquer
atividade
carcinogénica. Estudos experimentais demonstraram que o ibuprofeno atravessa a
placenta não existindo, contudo, qualquer evidência de atividade teratogénica.
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
O perfil cinético do ibuprofeno é pouco modificado nos idosos, insuficientes renais ou
hepáticos, pelo que não carece de ajustes de posologia.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista de excipientes
Celulose microcristalina; Estearato de magnésio; Gelatina e Dióxido de titânio
(E171).
6.2 Incompatibilidades
Não são conhecidas incompatibilidades farmacêuticas com o ibuprofeno.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25 °C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e da humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Acondicionamento primário:
Blisters termoformáveis compostos de PVC rígido transparente e folha de alumínio.
Acondicionamento secundário:
Os blisters são acondicionados em caixas de cartão, sendo as embalagens de 10, 20,
30 ou 60 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Labialfarma - Laboratório de Produtos Farmacêuticos e Nutracêuticos, S.A.
Rua do Centro Empresarial (EE6) 303, 2º, Quinta da Beloura
2710-693 Sintra
Portugal
Telefone: 231 927 590
Telefax: 231 929 165
APROVADO EM
29-05-2017
INFARMED
8. NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 4560090 – 10 cápsulas, 200 mg, blisters de PVC/Alumínio
N.º de registo: 3544996 – 20 cápsulas, 200 mg, blisters de PVC/Alumínio
N.º de registo: 4560199 – 30 cápsulas, 200 mg, blisters de PVC/Alumínio
N.º de registo: 4560298 – 60 cápsulas, 200 mg, blisters de PVC/Alumínio
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 27 de maio de 1999
Data da última renovação: 27 de maio de 2004
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO