Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
17-09-2009
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APROVADO EM
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INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Ziaxel 180 mg / 2 mg Cápsula de libertação modificada
Cloridrato de verapamilo / trandolapril
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Ziaxel e para que é utilizado
2. Antes de tomar Ziaxel
3. Como tomar Ziaxel
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ziaxel
6. Outras informações
1. O QUE É ZIAXEL E PARA QUE É UTILIZADO
Ziaxel 180 mg/2 mg cápsulas de libertação modificada é utilizado para tratar a pressão
arterial elevada em doentes cuja pressão arterial foi já anteriormente normalizada com a
associação de verapamilo de libertação prolongada 180 mg e trandolapril 2 mg.
Ziaxel cápsulas de libertação modificada pertence ao grupo de medicamentos para
reduzir a pressão arterial (também denominados antihipertensores)
Ziaxel contém dois medicamentos diferentes:
- Um bloqueador da entrada de cálcio (verapamilo)
- Um inibidor da enzima de conversão da angiotensina (IECA) (trandolapril)
2. ANTES DE TOMAR ZIAXEL
Não tome Ziaxel
- Se tem alergia (hipersensibilidade) ao trandolapril, ao verapamilo ou a qualquer outro
componente de Ziaxel cápsulas (ver secção 6 – outras informações)
- Se tiver (ou se algum membro da sua família tiver) tido uma reacção alérgica a outro
IECA. Se tiver reacção alérgica grave envolvendo inchaço na face, língua ou garganta
(edema angioneurótico) enquanto estiver a tomar Ziaxel, procure assistência médica, pois
tais condições podem requerer tratamento médico.
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- Se a pressão arterial está extremamente baixa como resultado de problemas graves de
coração (tais como choque)
- Se teve recentemente um enfarte grave com complicações.
- Se o seu médico lhe disse que teve um bloqueio cardíaco de segundo ou de terceiro grau
(problemas na condução do impulso nervoso no coração – causando um batimento lento
do seu coração) ou se tem síndroma do nódulo sinusal (batimento cardíaco irregular
superior ao normal) e não utiliza pacemaker;
- Se tem cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (espessamento do músculo cardíaco).
- Se tem doenças de coração tais como insuficiência cardíaca, bloqueio cardíaco
(bloqueio do nervo do coração), ritmo cardíaco anormalmente lento ou irregular,
síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW), ou problemas com as válvulas cardíacas.
- Se tem problemas graves no fígado, incluindo líquido no abdómen (ascite)
- Se tem problemas graves no rim ou se está a fazer diálise
- Se a sua glândula supra-renal produz grande quantidade de hormonas (aldosteronismo
primário)
- Se tiver mais do que três meses de gravidez (ver secção “gravidez e aleitamento”)
- Se está a amamentar (ver secção “gravidez e aleitamento”)
Ziaxel não deve ser usado por crianças e adolescentes (idade inferior a 18 anos)
Se está a ser tratado com bloqueadores beta injectáveis (excepto em situações de
cuidados intensivos).
Se tiver questões ou dúvidas sobre o acima mencionado, por favor fale com o seu médico
ou farmacêutico.
Tome especial cuidado com Ziaxel
O seu médico pode decidir por uma monitorização atenta da sua pressão arterial e
solicitar amostras/análises sanguíneas no início de tratamento e após alteração de dose,
- É idoso (mais do que 65 anos de idade)
- Tem diabetes
- Tem problemas no fígado ou rins, ou se foi sujeito recentemente a um transplante renal
- Teve um ataque de coração ou AVC
- Está a ser tratado com lítio (medicamento utilizado no tratamento de mania)
- Tem uma dieta com restrição de sal, ou se tem vómitos, diarreia ou se teve recentemente
diarreia, está desidratado, ou se está a tomar medicamentos diuréticos ou outros
medicamentos que podem alterar os níveis de potássio.
Reacções alérgicas:
- Em raros casos alguns doentes tiveram reacções alérgicas graves depois de tomarem
IECA tais como Ziaxel. Estas reacções são mais comuns em pessoas de raça negra, e
podem originar erupção cutânea com comichão e /ou inchaço da face, pernas, língua e
garganta (edema angioneurotico). Nestas situações, deve parar de tomar Ziaxel e solicitar
assistência médica imediata.
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Doença de coração:
- Se tem um batimento cardíaco lento ou irregular
- Se o seu médico lhe disse que tem ou bloqueio cardíaco de primeiro grau (bloqueio do
nervo do coração causando um batimento lento) ou disfunção ventricular esquerda (o
lado esquerdo do coração tem dificuldade em bombear o sangue).
Outros:
- Pode ter um risco aumentado de diminuição do número dos glóbulos brancos no sangue
se está a tomar Ziaxel e outros medicamentos que afectem o sistema imunitário (por ex.
ciclosporina), ou se tem uma doença do sistema imunitário tal como lúpus eritematoso
sistémico (doença que causa dores nas articulações, erupção cutânea e febre) ou
esclerodermia (doença que conduz ao endurecimento e espessamento da pele e possível
queda de cabelo)
- Se tem uma doença neuromuscular tal como miastenia gravis (fadiga crónica e fraqueza
muscular), síndrome de Lambert-Eaton ou distrofia muscular de Duchenne avançada.
- Se não tolera alguns açúcares (tais como a lactose ou galactose)
- Se está a tentar engravidar, ou se descobrir que esta grávida (ver secção “gravidez e
aleitamento”)
- Se está a amamentar (ver secção “gravidez e aleitamento”)
Ao tomar Ziaxel com outros medicamentos
Vários medicamentos podem causar efeitos indesejáveis se utilizados com Ziaxel.
Informe-se com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Em particular, informe o seu médico se está a tomar qualquer um dos seguintes
medicamentos:
Medicamentos para tratar doenças de coração ou pressão arterial alta:
- Diuréticos (também chamados “comprimidos que produzem grande quantidade de
urina”), substitutos do sal ou comprimidos de potássio.
- Quaisquer medicamentos usados para controlar o batimento cardíaco (tais como
bloqueadores beta, ou outros medicamentos usados para controlar o batimento cardíaco
irregular) ou a pressão arterial. Estes medicamentos podem causar uma redução
acentuada da pressão arterial do batimento cardíaco.
Medicamentos para tratar doenças psicológicas:
- Quaisquer medicamentos para tratar a depressão, ou psicoses tais como imipramina,
midazolam, buspirona ou tranquilizantes.
Medicamentos para prevenir a rejeição de órgãos transplantados: tais como ciclosporina,
tacrolimus.
Medicamentos para tratar a dor ou reduzir inchaço, tais como:
- Esteróides (por exemplo, cortisona ou prednisona)
- Certos medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos (por exemplo, naproxeno,
ibuprofeno ou ácido acetilsalicílico, ou opiáceos).
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Medicamentos para baixar o colesterol ou níveis de gordura no sangue: tais como
“estatinas” ex. Sinvastatina.
Medicamentos para a diabetes: tais como insulina e alguns medicamentos antidiabéticos
orais.
Medicamentos para a epilepsia ou convulsões: tais como fenitoína, carbamazepina e
fenobarbital.
Medicamentos para tratar a indigestão ou úlceras do estômago: tais como antiácidos e
cimetidina.
Outros medicamentos que podem reagir com Ziaxel:
- Medicamentos para tratar asma, tais como teofilina
- Medicamentos para tratar infecções ou tuberculose, tais como rifampicina
- Medicamentos para tratar o cancro, tais como doxorrubicina
- Medicamentos para tratar ou prevenir a gota, tais como alopurinol e colchicina
- Medicamentos usados em cirurgia: informe o seu cirurgião que está a tomar Ziaxel
antes de ser submetido a uma cirurgia. Ziaxel pode interferir com anestésicos inalatórios
ou medicamentos relaxantes musculares ou outros medicamentos usados durante a
cirurgia.
- Evitar o consumo de álcool. Pode sentir uma descida da pressão arterial mais acentuada
do que o normal.
Esta não é uma lista completa de medicamentos que podem interferir com Ziaxel.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica ou
medicamentos à base de plantas.
Ao tomar Ziaxel com alimentos e bebidas
Alguns alimentos podem alterar a absorção de Ziaxel no seu organismo. Recomenda-se
que Ziaxel seja tomado à mesma hora do dia, idealmente pelo menos meia hora antes do
pequeno-almoço.
Sumo de Toranja:
Não beba sumo de toranja enquanto tomar Ziaxel. O sumo de toranja pode aumentar os
níveis de verapamilo no sangue, aumentando o risco de efeitos secundários de Ziaxel.
Gravidez e aleitamento
Não se recomenda o uso de Ziaxel durante os primeiros 3 meses de gravidez. Ziaxel não
deve ser usado depois do 3º mês de gravidez (ver secção “Não tomar Ziaxel”).
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Informe imediatamente o seu médico se engravidar, ou se planeia engravidar. Nesse caso
o seu médico aconselhá-la-á a interromper Ziaxel e a tomar outros medicamentos para
controlar a sua pressão arterial.
Sabe-se que uma pequena quantidade de verapamilo, componente de Ziaxel, passa para o
leite materno. Por esta razão, Ziaxel não deve ser tomado durante o aleitamento (ver
também secção “Tome especial cuidado com Ziaxel”).
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A sua capacidade de conduzir com segurança veículos ou utilizar máquinas pesadas pode
ser afectada. Pode sentir tonturas ou fadiga.
Até ter conhecimento sobre os efeitos de Ziaxel, não deve conduzir veículos ou utilizar
ferramentas perigosas ou maquinarias pesadas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Ziaxel
Sódio:
Este medicamento contém 1,12 mmol (ou 25,71 mg) de sódio por cápsula. Isto deve ser
considerado em doentes com uma dieta controlada de sódio.
Lactose:
Ziaxel cápsulas contém lactose. Este medicamento contém 54,50 mg de lactose
monohidratada por cápsula. Se o seu médico lhe tiver dito que tem intolerância a alguns
açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR Ziaxel
Tome Ziaxel, cápsulas de libertação modificada sempre de acordo com as instruções do
médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A dose de Ziaxel
indicada pelo seu médico será a mais apropriada para controlar a sua pressão arterial.
A dose recomendada é de uma cápsula de libertação modificada de Ziaxel 180 mg/2 mg,
uma vez por dia administrada de manhã antes, durante ou depois do pequeno-almoço. A
cápsula deve ser administrada inteira com um copo de água, sem chupar, mastigar ou
triturar.
Se tomar mais Ziaxel do que deveria
Se tomou mais Ziaxel do que deveria, contacte imediatamente o seu médico ou
farmacêutico ou vá ao hospital, algumas situações podem requerer tratamento médico
urgente.
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Se tomou mais Ziaxel do que deveria pode sentir sonolência ou vertigens, devido a uma
diminuição acentuada de pressão arterial e do batimento cardíaco. Outros sintomas que
podem ocorrer se tomar mais Ziaxel do que deveria são: choque (queda brusca da pressão
arterial ou do batimento cardíaco), entorpecimento, insuficiência renal, respiração
acelerada, batimento cardíaco rápido, batimento cardíaco irregular, ansiedade e tosse.
Caso se tenha esquecido de tomar Ziaxel
Tome Ziaxel à mesma hora todos os dias para evitar esquecer de tomar uma dose. Caso
se tenha esquecido de tomar Ziaxel, tome uma cápsula logo que se lembrar, desde que
seja no mesmo dia em que não a tomou.
Nunca tome uma dose a dobrar (duas cápsulas) para compensar a dose que se esqueceu
de tomar.
Se parar de tomar Ziaxel
Não se recomenda parar de tomar Ziaxel a menos que seja essa a indicação do seu
médico. Se parar de tomar Ziaxel, a sua pressão arterial poderá aumentar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Ziaxel cápsula pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas. Os efeitos secundários notificados em
ensaios clínicos, ou pela prática clínica são os abaixo mencionados:
Efeitos secundários frequentes (que ocorrem entre 1 e 10 doentes em 100 tratados):
- Tosse
- Tonturas, dor de cabeça
- Prisão de ventre
- Afrontamentos
Efeitos secundários pouco frequentes (que ocorrem entre 1 e 10 doentes em 1000
tratados):
- Reacções alérgicas (tais como erupção cutânea e comichão)
- Sonolência
- Tremor/agitação
- Palpitações (ter consciência dos batimentos cardíacos)
- Aceleração ou diminuição dos batimentos cardíacos
- Dor no peito
- Náuseas, dor abdominal
- Diarreia
- Sudação
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- Urinar frequentemente
- Hiperlipidemia (níveis elevados de lípidos no sangue)
Efeitos secundários raros (que ocorrem entre 1 e 10 doentes em 10.000 tratados):
- Perda de apetite
- Desmaio
- Queda de cabelo
- Frieiras
Efeitos secundários muito raros (que ocorrem em menos do que 1 doente em 10.000
tratados):
- Infecções frequentes
- Bronquite (inflamação das vias aéreas superiores)
- Congestão sinusal (bloqueio do nariz/seios nasais)
- Dificuldade em respirar/sensação de pressão no peito/
- Fadiga
- Fraqueza
- Agressão, ansiedade, depressão, agitação
- Distúrbios de equilíbrio
- Insónias
- Sensação de formigueiro na pele, sensação de calor/frio
- Alterações no paladar
- Problemas de visão (ex. visão turva)
- Pressão arterial muito baixa
- Amarelecimento da pele ou da parte branca dos olhos (icterícia)
- Inflamação do pâncreas ou fígado
- Rubor
- Vómitos
- Obstrução do canal biliar
- Boca ou garganta secas
- Reacções alérgicas graves causando inchaço da face, pálpebras, língua ou garganta
- Reacções alérgicas graves causando urticária/irritação da pele
- Dor muscular ou nas articulações, fraqueza muscular
- Disfunção eréctil
- Aumento do peito (no homem)
- Doenças graves de coração/enfarte
- Acidente vascular cerebral
- Redução repentina da função renal
Alguns efeitos secundários podem não ser observados com Ziaxel ou com os seus
componentes, mas podem ocorrer em outros medicamentos semelhantes ao Ziaxel:
- Confusão, indigestão, aumento de produção de leite
- Zumbido nos ouvidos, infecção sinusal, rinite, perturbações do sono, aperto no peito
tipo asma.
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- Ataque de coração, espessamento das gengivas, agravamento de certas perturbações
nervosas e musculares (tais como miastenia gravis, síndrome de Lambert-Eaton, distrofia
muscular de Duchenne).
Esta não é uma lista completa de efeitos secundários. Alguns efeitos só podem ser
detectados em análises sanguíneas ou noutros exames médicos. Se algum dos efeitos
secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados
neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR ZIAXEL
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Ziaxel após o prazo de validade impresso na embalagem exterior O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não conservar acima de 25º C.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Ziaxel
As substâncias activas são cloridrato de verapamilo e trandolapril.
Cada cápsula contém:
180 mg de cloridrato de verapamilo
2 mg de trandolapril
Os outros componentes são:
Componentes dos comprimidos de verapamilo:
Povidona, celulose microcristalina, alginato de sódio, hipromelose
(hidroxipropilmetilcelulose), estearato de magnésio, hiprolose, macrogol 400, macrogol
6000, talco, sílica, docusato sódico, dióxido de titânio (E171).
Componentes dos grânulos de trandolapril:
Amido de milho, lactose, povidona, estearil fumarato de sódio.
Componentes da cápsula de gelatina:
Dióxido de titânio (E171), óxido de ferro vermelho (E172), gelatina, laurilsulfato de
sódio.
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Qual o aspecto de Ziaxel e conteúdo da embalagem
Ziaxel é uma cápsula de libertação modificada, de cor rosa opaca.
Ziaxel 180 mg/2 mg está disponível em embalagens de blister de 14, 20, 28, 30, 50, 56,
98,100, 280 e 300 cápsulas de libertação modificada.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Abbott Laboratórios, Lda.
Estrada de Alfragide, 67, Alfrapark, Edifício D
2610-008 Amadora
Fabricante
Abbott GmbH & Co. KG
Knollstrasse
67061 Ludwigshafen
Alemanha
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do EEE sob as seguintes
denominações:
Grécia: Ziaxel Ka
ψάκι
γχό
νης
sµe
ης
(180+2) mg/cap
Itália: Ziaxel 180/2 mg capsule a rilascio modificato
Portugal: Ziaxel 180 mg/2 mg Cápsula de libertação modificada
Países baixos: Ziaxel 180/2 mg, capsule met gereguleerde afgifte
Espanha: Ziaxel 180 mg / 2 mg cápsulas de liberación modificada
Este folheto informativo foi aprovado em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ziaxel 180mg/2mg Cápsula de libertação modificada
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula de libertação modificada contém 180 mg de cloridrato de verapamilo e 2
mg de trandolapril.
Excipiente: 54,50 mg de lactose monohidratada/cápsula de libertação modificada
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula de libertação modificada.
Rosa claro opaco.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão arterial essencial em doentes cuja pressão arterial foi já anteriormente
normalizada com as substâncias activas individuais em doses nas mesmas proporções.
Ver secção 4.4 (Advertências e precauções especiais de utilização).
4.2 Posologia e modo de administração
A dose habitual é de uma cápsula uma vez por dia administrada de manhã antes, durante
ou depois do pequeno-almoço. As cápsulas devem ser engolidas inteiras.
Crianças e adolescentes: Ziaxel está contra-indicado em crianças e adolescentes (<18
anos) (ver também secção 4.3).
Doentes idosos: Sendo a disponibilidade sistémica superior nos doentes idosos quando
comparados com os jovens hipertensos, alguns doentes idosos podem apresentam efeitos
mais pronunciados na diminuição da pressão arterial (ver secção 4.4).
Doentes com insuficiência renal: Ziaxel está contra-indicado na insuficiência renal grave
(ver secção 4.3).
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Doentes com insuficiência hepática: Não se recomenda o uso de Ziaxel em doentes com
disfunção hepática grave; Ziaxel está contra-indicado em doentes com cirrose hepática
com ascite (ver secções 4.3 e 4.4).
4.3 Contra-indicações
- Hipersensibilidade ao trandolapril ou a qualquer outro inibidor ECA e/ou ao verapamilo
ou a qualquer um dos excipientes.
- História de edema angioneurótico associado a uma terapêutica prévia com um inibidor
ECA.
- Edema angioneurótico hereditário/idiopático.
- Choque cardiogénico.
- Enfarte do miocárdio recente com complicações.
- Bloqueio AV de 2º ou de 3º grau sem pacemaker funcional.
- Bloqueio SA.
- Síndroma do nódulo sinusal em doentes sem pacemaker funcional.
- Insuficiência cardíaca congestiva.
- Flutter/fibrilhação auricular em associação com uma via acessória (ex. síndroma -
WPW)
- Insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 30 ml/min.).
- Diálise.
- Cirrose hepática com ascite.
- Estenose aórtica ou mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
- Aldosteronismo primário.
- Segundo e terceiro trimestre de gravidez (ver secções 4.4 e 4.6).
- - Crianças e adolescentes ( <18 anos).
- É contra-indicado em doentes concomitantemente tratados com antagonistas
adrenoreceptores, por via intravenosa (com excepção nas unidades de cuidados
intensivos).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipotensão sintomática:
Em certas situações, Ziaxel pode ocasionalmente causar hipotensão sintomática. Este
risco é elevado em doentes com estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
(nomeadamente com depleção do volume plasmático ou hidrossalino, devido à utilização
de diuréticos, a um regime alimentar pobre em sódio, diálise, desidratação, diarreia ou
vómitos; diminuição da função ventricular esquerda, hipertensão renovascular).
Nestes doentes deve proceder-se primeiro à correcção do volume plasmático ou da
depleção hidrossalina e de preferência iniciar a terapêutica num ambiente hospitalar.
Doentes que apresentam hipotensão arterial durante a titulação devem ser colocados em
decúbito, podendo ser necessário aumentar o volume plasmático por meio da ingestão
oral de líquidos ou através da administração intravenosa de uma solução fisiológica de
cloreto de sódio.
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O tratamento com Ziaxel pode continuar após correcção eficaz do volume sanguíneo e da
pressão arterial.
A monitorização apertada durante o início da terapêutica e do ajuste da dose é também
necessária em doentes com doença isquémica cardíaca ou cerebrovascular, nos quais uma
descida excessiva da pressão arterial poderia resultar num enfarte do miocárdio ou num
acidente vascular cerebral.
Insuficiência renal (ver também secção 4.3):
Em doentes com insuficiência renal moderada, a função renal deverá ser monitorizada
regularmente.
Ziaxel pode induzir hipercaliemia em doentes com disfunção renal.
Pode ocorrer uma deterioração aguda da função renal (insuficiência renal aguda), em
especial nos doentes com insuficiência renal preexistente ou insuficiência cardíaca
congestiva.
Existe experiência insuficiente da utilização de Ziaxel na hipertensão secundária e
particularmente na hipertensão renovascular. Deste modo, Ziaxel não deve ser
administrado nestes doentes, especialmente nos que apresentam estenose bilateral da
artéria renal ou estenose unilateral da artéria renal e em doentes com um único rim
funcional (como por exemplo em doentes com transplante renal), uma vez que o risco de
ocorrer uma perda aguda da função renal é maior.
Proteinúria:
Pode ocorrer proteinúria particularmente em doentes com insuficiência da função renal
ou em terapêutica com doses relativamente altas de inibidores ECA.
Doentes diabéticos:
Em doentes diabéticos tratados com fármacos antidiabéticos orais ou insulina, a glicemia
deve ser cuidadosamente monitorizada durante o primeiro mês de tratamento com um
inibidor ECA (ver secção 4.5).
Insuficiência hepática grave:
Dado que existe insuficiente experiência terapêutica em doentes com insuficiência
hepática grave, o uso de Ziaxel não deve ser recomendado. Ziaxel está contra-indicado
em doentes com cirrose hepática com ascite (ver também secção 4.3). Os inibidores ECA
têm sido raramente associados a uma síndrome que se inicia com icterícia colestática ou
hepatite e prossegue para necrose fulminante e por vezes morte. Desconhece-se o
mecanismo desta síndrome. Os doentes a receber Ziaxel que apresentem icterícia ou
aumentos acentuadas das enzimas hepáticas devem suspender Ziaxel e receber
acompanhamento médico apropriado.
Edema angioneurótico:
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Raramente o tratamento com inibidores ECA (tal como o trandolapril) pode causar
edema angioneurótico que inclui edema da face, extremidades, língua, glote, e/ou laringe.
Nestes casos, deve-se interromper de imediato o tratamento com trandolapril e vigiar
cuidadosamente o doente até ao desaparecimento do edema.
Normalmente, o edema angioneurótico limitado à face regride de forma espontânea. Um
edema da face associado a um edema da glote pode ser fatal devido ao risco de obstrução
das vias respiratórias.
Foi observada uma maior incidência de edema angioneurótico em doentes de raça negra
tratados com inibidores ECA do que em doentes de outras raças.
Quando o edema angioneurótico afecta a língua, glote ou laringe, deve-se administrar
imediatamente por via subcutânea 0,3-0,5 ml de uma solução de epinefrina (1:1000), em
associação com outras medidas terapêuticas apropriadas.
Doentes com antecedentes de edema angioneurótico idiopático requerem cuidados
especiais, e Ziaxel está contra-indicado se o edema angioneurótico ocorreu como reacção
adversa a um inibidor ECA (ver também secção 4.3).
Neutropenia/Agranulocitose:
O risco de neutropenia parece estar relacionado com dose-tipo e depende do estado
clínico do doente. Raramente se observa em doentes sem complicações, mas pode ocorrer
em doentes com algum grau de insuficiência renal, especialmente se for associada a
doença vascular do colagéneo, tais como lúpus eritematoso sistémico, esclerodermia e em
terapêutica com medicamentos imunossupressores. A neutropenia é reversível após a
suspensão do inibidor ECA.
Tosse:
Durante o tratamento com inibidores ECA, pode surgir uma tosse seca e não produtiva,
que desaparece após a suspensão do medicamento.
Hipercaliemia:
Durante o tratamento com inibidores ECA pode ocorrer hipercaliemia, especialmente em
presença de insuficiência renal e/ou insuficiência cardíaca. Geralmente não se
recomendam suplementos de potássio ou diuréticos poupadores de potássio, uma vez que
podem causar aumentos significativos no nível sérico de potássio. Caso o uso
concomitante dos medicamentos acima mencionados for considerado apropriado, deve-se
monitorizar frequentemente os níveis séricos do potássio.
Doentes idosos:
Ziaxel foi estudado apenas num número limitado de doentes com hipertensão. Os estudos
farmacocinéticos realizados até à data, mostram que a disponibilidade sistémica de Ziaxel
é superior nos doentes idosos quando comparados com os jovens hipertensos.
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Alguns doentes idosos podem apresentar efeitos mais pronunciados na diminuição da
pressão arterial do que outros. É recomendada uma avaliação da função renal no início do
tratamento.
Cirurgia:
Em doentes submetidos a grandes intervenções cirúrgicas exigindo anestesia geral, os
inibidores ECA podem causar hipotensão, a qual pode ser corrigida com expansores do
plasma.
Distúrbios de condução:
Deve-se tomar precaução no tratamento de doentes com bloqueio atrioventricular de
primeiro grau (ver também secção 4.3).
Bradicardia:
Ziaxel deve ser utilizado com precaução em doentes com bradicardia (ver também secção
4.3).
Doenças em que a transmissão neuromuscular é afectada:
Ziaxel deve ser utilizado com precaução em doentes que apresentem alterações na
transmissão neuromuscular (miastenia grave, síndrome de Lambert-Eaton, distrofia
muscular Duchenne grave).
Dessensibilização:
Reacções anafilactóides (em alguns casos potencialmente fatais) podem desenvolver-se
em doentes tratados com inibidores ECA e concomitante dessensibilização contra
venenos animais.
Aférese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL):
Reacções anafilactóides potencialmente fatais ocorreram quando doentes sob LDL -
aférese administraram simultaneamente inibidores ECA.
A avaliação dos doentes deve incluir a determinação da função renal antes e durante o
tratamento.
Antes da administração da dose seguinte, convém sempre registar os valores tensionais
para avaliar a resposta à terapêutica com Ziaxel.
Lactose:
Ziaxel cápsulas contém lactose. Cada cápsula de libertação modificada contém 54,50 mg
de lactose mono-hidratada. Doentes com doenças hereditárias raras de intolerância à
galactose, deficiência em lactase de Lapp ou malabsorção de glucose-galactose não
devem tomar este medicamento.
Sódio:
Este medicamento contém 1,12 mmol (ou 25,71 mg) de sódio por dose. Este facto deve
ser considerado nos doentes em dieta controlada de sódio.
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Lítio:
Não é recomendada a associação de lítio e de Ziaxel (ver secção 4.5).
Gravidez:
Os inibidores ECA não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser em situações
em que a continuação da terapêutica com IECA seja considerada essencial, nas doentes
que planeiem engravidar o tratamento deve ser alterado para antihipertensores cujo perfil
de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez,
o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente, e, se apropriado, deverá
ser iniciada terapêutica alternativa (ver secções 4.3 e 4.6).
Aleitamento:
Não é recomendado o uso de Ziaxel durante o aleitamento (ver secção 4.6).
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Associações não recomendadas
- Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio: Os inibidores ECA
atenuam a perda de potássio induzida pelos diuréticos. Diuréticos poupadores de
potássio, como a espironolactona, triantereno ou amiloride, suplementos de potássio ou
substitutos do sódio contendo potássio podem levar a aumentos significativos dos níveis
séricos de potássio, particularmente na presença de uma insuficiência renal. Se, devido a
uma hipocaliemia comprovada, o uso concomitante desses medicamentos estiver
indicado, devem ser usados com precaução e com vigilância frequente dos níveis séricos
de potássio.
- Dantroleno: O uso simultâneo de verapamilo e dantroleno não é recomendado.
Associações com precauções de utilização
- Medicamentos antihipertensivos: Aumento do efeito hipotensor de Ziaxel
- Diuréticos: Doentes utilizando diuréticos, e especialmente os que têm depleção de
volume e/ou hidrossalina podem sofrer uma redução excessiva na pressão arterial após o
início do tratamento com um inibidor ECA. A possibilidade de ocorrerem efeitos
hipotensores pode ser diminuída pela interrupção da administração do diurético, aumento
de ingestão de sal ou líquidos antes da toma do medicamento, e por um início da
terapêutica com baixas doses. Aumentos posteriores na dose devem ser feitos com
precaução.
- Lítio: Existem dados indicativos, quer de aumento, quer de redução dos efeitos do lítio
quando administrado simultaneamente com verapamilo. Administração concomitante de
inibidor ECA e lítio pode reduzir a excreção deste último. Os níveis séricos de lítio
devem ser vigiados frequentemente (ver secção 4.4).
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INFARMED
- Medicamentos anestésicos: Ziaxel pode intensificar o efeito hipotensor de certos
medicamentos anestésicos.
- Narcóticos/Antipsicóticos: Pode ocorrer hipotensão postural.
- Alopurinol, citostáticos ou imunossupressores, corticóides sistémicos ou procainamida:
A administração simultânea com inibidores ECA pode aumentar o risco de leucopenia.
- Fármacos cardiodepressores: A administração simultânea de verapamilo e de fármacos
cardiodepressores, isto é, medicamentos que inibem a formação dos estímulos eléctricos
no coração e a sua condução (por exemplo, bloqueadores beta-adrenérgicos,
antiarrítmicos, anestésicos de inalação), podem provocar efeitos aditivos indesejáveis.
- Quinidina: Num pequeno número de casos, a administração simultânea de quinidina e
verapamilo oral em doentes com cardiomiopatia hipertrófica (obstrutiva) causou
hipotensão arterial e edema pulmonar.
- Digoxina: Existem relatos de que a administração simultânea de digoxina e verapamilo
originou concentrações plasmáticas de digoxina 50-75% mais elevadas, obrigando à
redução da dose de digoxina.
- Relaxantes musculares: O efeito dos relaxantes musculares (tais como bloqueadores
neuromusculares) pode ser intensificado.
- Tranquilizantes/Antidepressivos: Como sucede com todos os antihipertensores, existe
um risco acrescido de hipotensão ortostática quando se combina Ziaxel com
tranquilizantes potentes ou com antidepressivos contendo imipramina.
Associações a ter em consideração
- Anti-inflamatórios não-esteróides (AINE): A administração de um AINE pode reduzir o
efeito antihipertensor de um inibidor ECA. Para além disso, existem relatos de que os
AINE e os inibidores ECA exercem um efeito aditivo sobre a elevação do potássio sérico,
ao mesmo tempo em que podem diminuir a função renal. Em princípio, tais efeitos são
reversíveis, e ocorrem especialmente em doentes com compromisso da função renal.
- Antiácidos: Induzem uma redução na biodisponibilidade dos inibidores ECA.
- Simpaticomiméticos: Podem reduzir os efeitos antihipertensores dos inibidores ECA; os
doentes devem ser cuidadosamente vigiados para confirmar a obtenção do efeito
desejado.
- Álcool: Intensifica o efeito hipotensor.
Estudos metabólicos realizados in vitro demonstram que verapamilo é metabolizado pelo
citocromo P450 CYP3A4, CYP1A2, CYP2C8, CYP2C9 e CYP2C18. O verapamilo
demonstrou ser um inibidor das enzimas do CYP3A4. Foram notificadas interacções
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INFARMED
clinicamente significativas com inibidores do CYP3A4 causando aumento dos níveis
plasmáticos de verapamilo, enquanto que indutores do CYP3A4 causavam uma
diminuição dos níveis plasmáticos de verapamilo. Por este motivo, os doentes devem ser
monitorizados para este tipo de interacções medicamentosas. Exemplos destas
interacções:
- Verapamilo pode aumentar as concentrações plasmáticas de carbamazepina,
ciclosporina e teofilina, e portanto aumentar o risco de toxicidade destes fármacos.
- Rifampicina, fenitoína e fenobarbital reduzem a concentração plasmática do
verapamilo, enquanto a cimetidina pode aumentar a concentração plasmática do
verapamilo.
Verapamilo pode aumentar a concentração plasmática da prazosin.
- Inibidores da HMG-CoA redutase: Foi notificado um aumento de exposição plasmática
de sinvastatina (metabolizada por CYP3A4) quando concomitantemente administrada
com verapamilo. Foi notificado um risco aumentado de ocorrência de
miopatia/rabdomiólise, aquando de administração concomitante de verapamilo com doses
elevadas de sinvastatina. A dose de sinvastatina (e outras estatinas metabolizadas pelo
CYP3A4, tais como atorvastatina e lovastatina) deve ser cuidadosamente ajustada.
- Antidiabéticos: Em casos individuais, pode ser necessário um ajuste da dosagem dos
antidiabéticos ou de Ziaxel, especialmente no início do tratamento, devido a uma maior
redução da glicemia (ver secção 4.4).
- Ácido acetilsalicílico: O uso concomitante de ácido acetilsalicílico pode aumentar o
efeito do ácido acetilsalicílico (pode aumentar o risco de hemorragias).
- Sumo de toranja: Foi demonstrado que o sumo de toranja aumenta os níveis plasmáticos
de verapamilo, que é um dos componentes de Ziaxel. Deste modo sumo de toranja não
deverá ser ingerido com Ziaxel.
4.6 Gravidez e aleitamento
A administração de IECA não é recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez
(ver secção 4.4). A administração de IECA está contra-indicada no segundo e terceiro
trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4)
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos
IECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é possível
excluir um ligeiro aumento do risco. A não ser que a manutenção do tratamento com
IECA seja considerada essencial, nas doentes que planeiem engravidar a medicação deve
ser substituída por terapêuticas anti-hipertensoras alternativas cujo perfil de segurança
durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento
com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada
terapêutica alternativa.
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INFARMED
A exposição ao IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está
reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal no ser humano (diminuição da
função renal, oligohidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal
(insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) (ver também secção 5.3. “Dados de
segurança pré-clínica”). No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do segundo
trimestre de gravidez, recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e
dos ossos do crânio. Recém-nascidos cujas mães estiveram expostas a IECA devem ser
cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão (ver secções 4.3. e
4.4.).
Verapamilo pode inibir as contracções se usado no fim da gravidez. Também não podem
ser excluídas bradicardia e hipotensão fetal, baseadas nas propriedades farmacológicas.
Desconhece-se se trandolapril é excretado no leite materno humano.
Verapamilo é excretado em baixas quantidades no leite materno humano.
A utilização de Ziaxel não é recomendada durante o período de aleitamento (ver secção
4.4)
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram efectuados estudos acerca da capacidade para conduzir e utilizar máquinas.
Não existem dados disponíveis, mas não se pode excluir algum efeito, uma vez que
podem ocorrer como efeitos indesejáveis tonturas e fadiga.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos secundários de Ziaxel são consistentes com os efeitos conhecidos dos seus
componentes isolados ou os da respectiva classe. Os efeitos secundários mais frequentes
são: tosse, cefaleias, obstipação, vertigem, tonturas e rubor facial (ver tabela que se
segue).
Os efeitos adversos notificados espontaneamente ou em ensaios clínicos estão descritos
na tabela que se segue. Dentro de cada sistema orgânico, os efeitos adversos observados
encontram-se especificados de acordo com a sua frequência: frequentes (>1/100, <1/10),
pouco frequentes (>1/1.000, <1/100), raros (>1/10.000, <1/1.000), muito raros
(<1/10.000), incluindo casos isolados.
.Sistema orgânico
Frequência
Efeitos secundários
Doenças do sangue e do sistema
linfático
Muito raros
leucopenia
pancitopenia
trombicitopenia
Doenças do sistema imunitário
Pouco frequentes
reacções alérgicas,
inespecíficas
Muito raros
aumento das gamaglobulinas
hipersensibilidade,
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INFARMED
inespecífica
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
hiperlipidemia
Raros
anorexia
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes
Muito raros
sonolência
agressão
ansiedade
depressão
nervosismo
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Muito raros
vertigem
tontura
tremor
desmaio
distúrbios do equilíbrio
insónia
parestesias ou hiperestesias
síncope ou insuficiências
circulatórias agudas com perda
de consciência
alterações de paladar
fragilidade
Afecções oculares
Muito raros
visão nublada
Cardiopatias/vasculopatias
Frequentes
Pouco frequentes
Muito raros
rubor
bloqueio AV, 1º grau
palpitação
angina pectoris
fibrilhação auricular
bloqueio AV, completo ou
inespecífico
bradicardia
paragem cardíaca.
hemorragia cerebral
edema periférico ou
inespecífico insuficiência
cardíaca
efeitos hipotensivos, incluindo
hipotensão ortostática ou
variação da pressão arterial
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INFARMED
(ver secção 4.4)
taquicardia
Doenças respiratórias, torácicas e do
mediastino
Frequentes
Muito raros
tosse
asma
bronquite
dispneia
congestão sinusal
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Pouco frequentes
obstipação
dor abdominal
diarreia
Muito raros
alterações gastrointestinais
inespecíficas
náuseas
boca/garganta secas
pancreatite
vómitos
Afecções hepatobiliares
Muito raros
colestase
hepatite
elevação nos níveis
GT, LDH
e elevação dos níveis da lipase
icterícia
Afecções dos tecidos cutâneos e
subcutâneos
Pouco frequentes
Raros
Muito raros
edema facial,
prurido
erupção cutânea
aumento da sudação
alopecia
herpes simplex
alterações cutâneas
inespecíficas
edema angioneurótico (ver
também secção 4.4)
eritema multiforme
exantema ou dermatite
psoríase
urticária
Afecções musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Muito raros
artralgia
mialgia
miastenia
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes
poliúria
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INFARMED
Muito raros
insuficiência renal aguda (ver
também secção 4.4)
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Muito raros
ginecomastia
impotência
Perturbações gerais e alterações no local
de administração
Frequentes
Pouco frequentes
Muito raros
cefaleias
dor no peito
fadiga ou astenia
Exames complementares de diagnóstico
Pouco frequentes
Raros
Muito raros
testes de função hepática
alterados
hiperbilirrubinemia
elevação dos níveis de
fosfatase alcalina, potássio
sérico e transaminases
Os seguintes efeitos secundários são observados com inibidores ECA e podem ocorrer
também com Ziaxel:
- Doenças do sangue e do sistema linfático: diminuição nos níveis de hemoglobina,
hematócrito e em casos isolados, agranulocitose. Em doentes com deficiência congénita
de G-6-PDH, foram observados casos isolados de anemia hemolítica.
- Perturbações do foro psiquiátrico: Ocasionalmente confusão
- Doenças do sistema nervoso: Raramente perturbações do sono
- Afecções do ouvido e do labirinto: Raramente alterações do equilíbrio, tinitus
- Cardiopatias/vasculopatias: Casos individuais de arritmia, enfarte do miocárdio e
acidentes isquémicos transitórios foram observados com o uso de inibidores ECA em
associação com hipotensão.
- Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Raramente sinusite, rinite, glossite, e
broncospasmo.
- Doenças gastrointestinais: Ocasionalmente indigestão. Casos individuais de íleus
paralítico
- Afecções hepatobiliares: Casos individuais de icterícia colestática.
- Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Ocasionalmente reacções alérgicas e de
hipersensibilidade, como síndroma de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica. Este
quadro pode estar acompanhado de febre, mialgia, artralgia, eosinofilia e/ou elevação no
título de anticorpos antinucleares.
- Exames complementares de diagnóstico: Elevação nos níveis plasmáticos de ureia e
creatinina, especialmente em presença de insuficiência renal, insuficiência cardíaca grave
e hipertensão renovascular. Estes aumentos são contudo reversíveis com a interrupção da
administração do medicamento.
Hipotensão grave ou sintomática pode ocasionalmente ocorrer após início da terapêutica
com inibidores ECA. Esta situação ocorre especialmente em certos grupos de risco, como
em doentes com estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
APROVADO EM
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INFARMED
Efeitos secundários observados com bloqueadores dos canais de cálcio e que podem
também ocorrer com Ziaxel são:
- Doenças do sistema nervoso: Em alguns casos, podem ocorrer sintomas extrapiramidais
(doença de Parkinson, coreoatetoses, síndrome distónica). A experiência tem mostrado
que estes sintomas desaparecem com a suspensão da terapêutica. Foram observados casos
isolados de relatos de exacerbação de miastenia grave, sindroma de Lambert-Eaton e
casos de distrofia muscular de Duchenne grave.
- Doenças gastrointestinais: O aparecimento de hiperplasia gengival, na sequência de um
tratamento a longo termo, é extremamente raro, sendo reversível após a suspensão do
tratamento.
- Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Foram descritos casos de síndrome de
Stevens-Johnson e eritromealgia. Em casos isolados foram descritas reacções cutâneas
alérgicas de tipo eritema.
- Doenças dos órgãos genitais e da mama: Foram descritos casos de hiperprolactinemia e
galactorreia.
Uma hipotensão excessiva nos doentes em terapêutica com verapamilo e com angina
pectoris ou doença vascular cerebral pode resultar em enfarte de miocárdio ou acidente
vascular cerebral.
4.9 Sobredosagem
A dose mais elevada administrada nos ensaios clínicos foi de 16 mg de trandolapril. Esta
dose não suscitou sinais ou sintomas de intolerância.
Numa sobredosagem com Ziaxel, podem ocorrer devido ao verapamilo, os seguintes
sinais e sintomas: hipotensão, bradicardia, bloqueio AV, assistolia e efeito inotrópico
negativo. Foram descritos casos de morte como resultado de uma sobredosagem.
Numa sobredosagem com Ziaxel, podem ocorrer devido ao inibidor ECA, os seguintes
sinais e sintomas: hipotensão grave, choque, letargia, bradicardia, distúrbios
electrolíticos, insuficiência renal, hiperventilação, taquicardia, palpitações, tonturas,
ansiedade e tosse.
Tratamento:
Após a ingestão de uma sobredosagem de Ziaxel, deve ser considerada uma lavagem
gástrica total. A restante absorção de verapamilo pelo aparelho gastrointestinal pode ser
evitada por lavagem gástrica, administração de um adsorvente (carvão activo) e de um
laxativo.
Além das medidas de apoio geralmente adoptadas (manutenção de um volume sanguíneo
circulante adequado pela administração de plasma ou de substitutos do plasma), em
resposta à hipotensão grave (por exemplo choque circulatório), pode ser necessário
administrar medicamentos inotrópicos, como dopamina, dobutamina ou isoprenalina.
APROVADO EM
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INFARMED
O tratamento de uma sobredosagem por Ziaxel deve ser de suporte. O tratamento da
sobredosagem por cloridrato de verapamilo inclui administração parentérica de cálcio,
estimulação beta adrenérgica e irrigação gastrointestinal. Devido à potencialidade para
uma absorção retardada das formas de libertação prolongada de verapamilo de Ziaxel, os
doentes podem necessitar de observação e hospitalização até 48 horas. Cloridrato de
verapamilo não pode ser removido através de hemodiálise.
Recomenda-se como tratamento da sobredosagem de trandolapril uma perfusão
intravenosa de soro fisiológico. Se ocorrer hipotensão, o doente deve ser colocado na
posição de choque.
Pode também ser considerado o tratamento com perfusão de angiotensina II e/ou
catecolaminas intravenosas, se disponível. Se a ingestão tiver sido recente, tomar medidas
com o objectivo de eliminar trandolapril (por exemplo vómito, lavagem gástrica,
administração de adsorventes e sulfato de sódio). Desconhece-se se trandolapril (ou o
metabolito activo, trandolaprilato) pode ser removido através de hemodiálise. É indicado
o tratamento com pacemaker para bradicardia resistente à terapêutica. Os sinais vitais, os
electrolíticos séricos e concentrações da creatinina devem ser frequentemente
monitorizados.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico:
3.4.2.1 – Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina
angiotensina. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
3.4.3 - Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Bloqueadores da entrada de cálcio.
Código ATC: C08 DA 51
Ziaxel é uma combinação fixa de um antagonista do cálcio verapamilo e um inibidor
ECA trandolapril.
Verapamilo
A acção farmacológica do verapamilo deve-se à inibição da entrada de iões cálcio através
dos canais lentos da membrana das células do músculo liso vascular e das células
contrácteis e condutoras no coração.
O mecanismo de acção do verapamilo produz os seguintes efeitos:
1. Vasodilatação arterial.
Em geral, verapamilo reduz a pressão arterial, tanto em repouso como a um determinado
nível de esforço, através da dilatação das arteríolas periféricas.
Esta redução das resistências periféricas totais (pós-carga) diminui as necessidades em
oxigénio do miocárdio e o consumo de energia.
APROVADO EM
17-09-2009
INFARMED
2. Redução da contractilidade miocárdica.
A acção inotrópica negativa do verapamilo pode ser compensada pela redução na
resistência periférica total. O índice cardíaco só estará reduzido em doentes com
antecedentes de disfunção ventricular esquerda.
Verapamilo não interfere com a regulação simpática do coração, visto não bloquear os
receptores beta-adrenérgicos. Por isso, a bronquite espástica e quadros clínicos
semelhantes não constituem contra -indicações ao verapamilo.
Trandolapril
Trandolapril suprime a actividade do sistema plasmático renina-angiotensina-aldosterona
(SRAA). A renina é uma enzima endógena sintetizada nos rins e lançada na circulação,
onde converte o angiotensinogénio em angiotensina I, um decapeptídio relativamente
inactivo.
A angiotensina I é então convertida pela enzima de conversão da angiotensina, uma
peptidildipeptidase, em angiotensina II. A angiotensina II é um potente vasoconstritor,
responsável pela vasoconstrição arterial e elevação da pressão arterial bem como pela
estimulação da glândula supra-renal na secreção de aldosterona. À inibição de ECA
resulta numa redução do nível plasmático de angiotensina II, o que leva a uma
diminuição da actividade vasopressora e a uma menor secreção de aldosterona. Embora
esta última redução seja pequena, pode ocorrer um pequeno aumento nas concentrações
séricas de potássio, bem como perda de sódio e líquidos. A supressão do retrocontrolo
negativo da angiotensina II sobre a secreção de renina leva a um aumento na actividade
plasmática da renina.
Outra função da enzima de conversão é a degradação do potente peptídio vasodepressor
bradiquinina em metabolitos inactivos. Portanto, a inibição da ECA resulta num aumento
da actividade dos sistemas local e circulante da calicreína-cinina, que contribuem para a
vasodilatação periférica, pela activação do sistema de prostaglandinas. É possível que
este mecanismo esteja envolvido nos efeitos hipotensores dos inibidores ECA e seja
responsável por certas reacções adversas. Em doentes hipertensos, a administração de
inibidores ECA leva a uma redução praticamente igual à das pressões arteriais em pé e
em posição sentada, sem elevação compensatória da frequência cardíaca. A resistência
arterial periférica está diminuída quer sem alteração quer com aumento no débito
cardíaco.
Há aumento do fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular geralmente está
inalterada. Em alguns doentes, a obtenção de uma redução óptima da pressão arterial
pode exigir várias semanas de tratamento. Os efeitos antihipertensivos mantêm-se
durante uma terapêutica a longo termo. A retirada abrupta da terapia não foi associada a
um aumento rápido da pressão arterial.
O efeito antihipertensivo do trandolapril surge durante a primeira hora a seguir à
administração e mantém-se pelo menos durante 24 horas; o trandolapril não interfere com
o ritmo circadiano da pressão arterial.
Ziaxel
APROVADO EM
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INFARMED
Estudos realizados em animais e estudos com voluntários saudáveis não revelaram a
existência de interacções entre verapamilo e trandolapril no plano farmacocinético ou ao
nível do SRAA. Por conseguinte, a actividade sinérgica observada com estas duas
substâncias activas deve ser atribuída às suas respectivas acções farmacodinâmicas
complementares.
No âmbito de ensaios clínicos, Ziaxel mostrou-se mais eficaz na redução da pressão
arterial elevada do que qualquer uma das duas substâncias activas separadamente. Em
ensaios a longo termo Ziaxel mostrou ser seguro e bem tolerado.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
As cápsulas contêm cloridrato de verapamilo numa formulação de libertação prolongada
e trandolapril numa formulação de libertação imediata.
Verapamilo
Absorção:
Cerca de 90 % da dose de verapamilo administrada por via oral é absorvida. A taxa de
biodisponibilidade média é apenas de 22% em virtude do extenso efeito de primeira
passagem hepática, e apresenta grandes variações (10-35%).
A biodisponibilidade média após administração repetida pode aumentar para 30 %.
Os alimentos não influenciam a taxa de biodisponibilidade do verapamilo.
Distribuição e biotransformação:
Em média, a concentração plasmática máxima atinge-se ao fim de 4 horas. A
concentração plasmática máxima de nor-verapamilo é atingida cerca de 6 horas após a
administração da dose.
Atinge-se o estado de equilíbrio após várias administrações, numa única toma diária, ao
fim de 3 - 4 dias.
A taxa de ligação do verapamilo às proteínas do plasma é cerca de 90%.
Eliminação:
Após administração repetida, a semi-vida de eliminação média é de 8 horas. 3-4% da
dose é eliminada por via renal sob a forma de fármaco inalterado. A excreção dos
metabolitos verifica-se na urina (70%) e nas fezes (16%). Nor-verapamilo é um dos 12
metabolitos identificados na urina, possui 10-20% da actividade farmacológica do
verapamilo e representa 6% do fármaco que é excretado. Em estado de equilíbrio, as
concentrações plasmáticas do nor-verapamilo e do verapamilo, são semelhantes. A
insuficiência renal não afecta o perfil cinético de verapamilo.
Em doentes com cirrose hepática observa-se um aumento da biodisponibilidade e da
semi-vida de eliminação do verapamilo. No entanto, a cinética de verapamilo não sofre
alteração nos doentes com disfunção hepática compensada. A função renal não tem
qualquer efeito na eliminação de verapamilo.
Trandolapril
Absorção:
APROVADO EM
17-09-2009
INFARMED
O trandolapril administrado por via oral é absorvido rapidamente. A taxa de absorção é
de 40-60 % e independente da ingestão de alimentos.
A concentração plasmática máxima é atingida após cerca de 30 minutos.
Distribuição e biotransformação:
Trandolapril desaparece muito rapidamente do plasma e a sua semi-vida é inferior a 1
hora.
No plasma, o trandolapril é hidrolisado, com formação de trandolaprilato, que é um
inibidor específico da enzima de conversão da angiotensina (ECA). A quantidade de
trandolaprilato formada não é modificada pela ingestão de alimentos.
A concentração plasmática máxima do trandolaprilato é atingida ao fim de 4 - 6 horas.
A taxa de ligação do trandolaprilato às proteínas do plasma é superior a 80 %. O
trandolaprilato liga-se com uma grande afinidade e de forma saturável à ECA. A maior
parte do trandolaprilato circulante fixa-se à albumina de forma não saturável. Com a
administração múltipla, numa toma diária única, o estado de equilíbrio é atingido ao fim
de 4 dias em voluntários saudáveis e em doentes hipertensos jovens e idosos.
É de 16-24 horas a semi-vida efectiva de acumulação calculada.
Eliminação:
10 - 15 % de uma dose de trandolapril é excretada na urina sob a forma de trandolaprilato
inalterado. Após a administração oral de trandolapril marcado radioactivamente, um terço
da radioactividade é encontrado na urina e dois terços nas fezes.
A depuração renal do trandolaprilato mostra uma correlação linear com a depuração da
creatinina. A concentração plasmática de trandolapril é significativamente mais elevada
em doentes cuja depuração da creatinina é
30 ml/min. No entanto, após a administração
repetida a doentes com disfunção renal crónica, o estado de equilíbrio é também atingido
ao fim de 4 dias, qualquer que seja o grau de insuficiência renal.
A concentração plasmática de trandolapril pode ser 10 vezes mais elevada em doentes
com cirrose hepática do que em voluntários saudáveis. Também a concentração
plasmática e a excreção renal do trandolaprilato estão aumentadas nos doentes cirróticos,
embora em menor grau.
Em doentes com disfunção hepática compensada, a cinética do trandolapril (ato) não
sofre alteração.
Ziaxel
Dado que não existem interacções cinéticas conhecidas entre o verapamilo e trandolapril
ou trandolaprilato, os parâmetros cinéticos individuais destas duas substâncias activas são
também válidos para o produto de associação.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Observaram-se efeitos tóxicos gerais somente em animais sujeitos a exposições muito
acima da dose máxima utilizada em seres humanos. Assim, qualquer preocupação com a
segurança dos seres humanos é negligenciável. Testes de genotoxicidade não revelaram
perigo especial para seres humanos.
APROVADO EM
17-09-2009
INFARMED
Estudos em animais demonstraram que os inibidores ECA tendem a exercer um efeito
adverso sobre o desenvolvimento fetal tardio, resultando em morte fetal e anomalias
congénitas em particular no crânio. Também foram notificados fetotoxicidade, atraso no
crescimento intra-uterino e canal arterial aberto. Pensa-se que estas anomalias cranianas
sejam devidas à actividade farmacológica destas substâncias activas e estão relacionadas
ao oligohidrâmnios induzido pelos inibidores ECA. As anomalias podem também ser
parcialmente devidas a isquemia resultante de hipotensão maternal e redução no fluxo
sanguíneo feto-placentário e de oxigénio/nutriente distribuídos ao feto.
Não há evidência de potencial carcinogénico quer com trandolapril quer com verapamilo.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Excipientes de verapamilo comprimidos revestidos por película: celulose microcristalina,
povidona, alginato de sódio, estearato de magnésio, hipromelose, hiprolose, Macrogol
400, Macrogol 6000, talco, sílica coloidal anidra, docusato de sódio, dióxido de titânio, E
171.
Excipientes de trandolapril grânulos: amido de milho, lactose monohidratada, povidona,
estearil fumarato de sódio.
Excipientes das cápsulas de gelatina: dióxido de titânio, E 171, óxido de ferro,E 172,
gelatina, laurilsulfato de sódio.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25º C
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Embalagens calendário de14, 28, 56, 98 e 280 cápsulas acondicionadas em blisters.
Embalagens de 20, 30, 50, 100 e 300 cápsulas em blisters.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações
APROVADO EM
17-09-2009
INFARMED
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Abbott Laboratórios, Lda
Estrada de Alfragide, 67, Alfrapark – Edifico D
2610-008 Amadora
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 3498185 – 14 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 2673085 – 28 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 2673184 – 56 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4042487 – 98 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4042586 – 280 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4041182 – 20 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4042685 – 30 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4042784 – 50 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4041281 – 100 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
Nº de registo: 4041380 – 300 cápsulas, 180mg/2mg, blisters de PVC/PVDC-Alumínio
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da autorização de introdução no mercado: 31 Outubro 1996
Data da última renovação: 31 Outubro 2006
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO