Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
01-09-2014
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APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Zelta 500 mg comprimidos revestidos por película
Levetiracetam
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver
secção 4.
O que contém este folheto:
O que é Zelta e para que é utilizado
O que precisa de saber antes de tomar Zelta
Como tomar Zelta
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Zelta
Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é ZELTA e para que é utilizado
Zelta é um medicamento antiepilético (um medicamento usado para tratar crises em
epilepsia).
Zelta é usado:
isoladamente em adultos e adolescentes a partir dos 16 anos de idade com epilepsia
diagnosticada recentemente, para tratar crises parciais com ou sem generalização
secundária.
em doentes que estão já a tomar outro medicamento antiepilético (terapêutica
adjuvante) para tratar:
crises parciais, com ou sem generalização, em adultos, adolescentes, crianças e
bebés com idade superior a 1 mês;
crises mioclónicas em adultos e adolescentes com idade superior a 12 anos com
Epilepsia Mioclónica Juvenil;
crises generalizadas tónico-clónicas primárias em adultos e adolescentes com mais
de 12 anos de idade com epilepsia idiopática generalizada.
O que precisa de saber antes de tomar ZELTA
Não tome Zelta
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se tem alergia (hipersensibilidade) ao levetiracetam ou a qualquer outro
componente deste medicamento (indicados na secção 6).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de tomar Zelta:
Se tiver doenças renais, siga as instruções do seu médico. Ele/a poderão decidir se a
sua dose deve ser ajustada.
detetar
filho/a
qualquer
abrandamento
crescimento
desenvolvimento inesperado da puberdade, contacte o seu médico.
Se detetar um aumento na gravidade das crises (p.e., aumento do número),
contacte o seu médico.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepiléticos como o
Zelta teve pensamentos de autoagressão ou suicídio. Se tiver algum sintoma de
depressão ou ideação suicida, contacte de imediato o seu médico.
Outros medicamentos e Zelta
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
Zelta com alimentos, bebidas e álcool
Pode tomar Zelta com ou sem alimentos. Como medida de precaução não tome Zelta
com álcool.
Gravidez e amamentação
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Se estiver grávida, ou julgar que está grávida, por favor informe o seu médico.
O Levetiracetam não deve ser utilizado durante a gravidez a menos que seja
claramente necessário. O risco do seu bebé nascer com problemas não pode ser
excluído. Nos estudos em animais, o levetiracetam revelou efeitos indesejáveis na
reprodução quando utilizado em doses mais elevadas do que as que são necessárias
para controlar as suas crises.
O aleitamento não é recomendado durante o tratamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Zelta pode reduzir a sua capacidade de conduzir ou utilizar quaisquer ferramentas ou
máquinas, dado que Zelta pode fazê-lo sentir-se sonolento. Isto ocorre com maior
probabilidade no início do tratamento ou após um aumento da dose. Não deve
conduzir ou utilizar máquinas, até se estabelecer que a sua capacidade para realizar
essas atividades não está afetada.
3. Como tomar ZELTA
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico,
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Zelta deve ser tomado duas vezes por dia, uma vez de manhã e outra vez à noite, e
aproximadamente às mesmas horas todos os dias.
Tome o número de comprimidos de acordo com as instruções do seu médico.
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Monoterapia
Dose para adultos e adolescentes (desde os 16 anos de idade):
Dose habitual: entre 1.000 mg (2 comprimidos) e 3.000 mg (6 comprimidos) por
dia.
Quando iniciar o tratamento com Zelta, o seu médico irá prescrever-lhe uma dose
mais baixa durante 2 semanas, antes de lhe dar a dose habitual mais baixa.
Exemplo: se a sua dose diária é de 2.000 mg, deve tomar 2 comprimidos de manhã
e 2 comprimidos à noite.
Terapêutica adjuvante
Dose para adultos e adolescentes (12 aos 17 anos) com peso igual ou superior a 50
Dose habitual: entre 1.000 mg (2 comprimidos) e 3.000 mg (6 comprimidos) por
dia.
Exemplo: se a sua dose diária é de 1.000 mg, deve tomar 1 comprimido de manhã e
1 comprimido à noite.
Dose para bebés (a partir dos 6 meses até 23 meses), crianças (dos 2 aos 11 anos)
e adolescentes (12 aos 17 anos) com peso inferior a 50 kg:
O seu médico irá prescrever a forma farmacêutica de levetiracetam mais apropriada,
de acordo com a sua idade, peso e dose.
Levetiracetam solução oral (100 mg/ml) é a apresentação mais apropriada para
bebés e crianças com idade até aos 6 anos.
- Dose habitual: entre 20 mg por kg de peso corporal e 60 mg por kg de peso
corporal por dia.
Dose para lactentes (a partir de 1 mês e menos de 6 meses de idade):
Para lactentes, deve ser utilizada uma solução oral de levetiracetam (100 mg/ml)
que esteja disponível no mercado, segundo as instruções do médico.
Modo de administração:
Engolir os comprimidos de Zelta com uma quantidade suficiente de líquido (ex. um
copo com água).
Os comprimidos podem ser divididos em doses iguais.
Duração do tratamento:
Zelta é usado como tratamento crónico. Deve continuar o tratamento com Zelta
durante o tempo que o seu médico indicar.
Não pare o tratamento sem consultar o seu médico, dado que isto poderia aumentar
as suas crises. No caso do seu médico decidir parar o seu tratamento com Zelta,
ele/a dar-lhe-á instruções acerca da descontinuação gradual de Zelta.
Se tomar mais Zelta do que deveria
Os efeitos secundários possíveis de uma sobredosagem com Zelta são sonolência,
agitação, agressão, diminuição do estado alerta, inibição da respiração e coma.
Contacte o seu médico se tomou mais comprimidos do que deveria. O seu médico irá
estabelecer o melhor tratamento possível para tratar a sobredosagem.
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Caso se tenha esquecido de tomar Zelta
Contacte o seu médico se se esqueceu de tomar uma ou mais doses.
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de
tomar.
Se parar de tomar Zelta
caso
interrupção
tratamento,
como
para
outros
medicamentos
antiepiléticos, o Zelta deverá ser interrompido gradualmente para evitar o aumento
das crises.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Alguns dos efeitos secundários como sonolência, cansaço e tonturas poderão ser
mais comuns no início do tratamento ou durante o aumento da dose. Estes efeitos
devem, contudo, diminuir ao longo do tempo.
Muito frequentes: pode afetar mais de 1 utilizador em 10
nasofaringite;
sonolência (vontade de dormir), dor de cabeça.
Frequentes: pode afetar 1 a 10 utilizadores em 100
anorexia (perda de apetite)
depressão,
hostilidade
agressividade,
ansiedade,
insónia,
nervosismo
irritabilidade;
convulsões, alterações do equilíbrio, tonturas (sensação de instabilidade), letargia,
tremor (tremuras involuntárias);
vertigem (sensação de estar a rodar);
tosse;
dor abdominal, diarreia, dispepsia (indigestão), vómitos, náuseas;
erupção cutânea;
astenia/fadiga (cansaço);
Pouco frequentes: pode afetar 1 a 10 utilizadores em 1000
diminuição do número de plaquetas, diminuição do número de glóbulos brancos;
perda de peso, aumento de peso;
tentativa
suicídio
ideação
suicida,
perturbação
mental,
alterações
comportamento,
alucinação,
ira,
confusão,
ataque
pânico,
instabilidade
emocional/alterações de humor, agitação;
amnésia (perda de memória), diminuição da memória (esquecimentos), problemas
de coordenação /ataxia (dificuldade no controlo dos movimentos), parestesias
(formigueiro), perturbação da atenção (falta de concentração);
diplopia (visão dupla), visão desfocada;
alterações das provas da função hepática;
queda de cabelo, eczema, prurido;
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fraqueza muscular, mialgia (dor muscular);
ferimentos acidentais.
Raros: pode afetar 1 a 10 utilizadores en 10.000
infeções
número reduzido de todos os tipos de células sanguíneas;
reação de hipersensibilidade grave (DRESS);
diminuição da concentração de sódio no sangue;
suicídio, alterações da personalidade (problemas de comportamento), perturbações
do pensamento (pensamento lento, incapacidade de concentração);
espasmos musculares incontroláveis que afetam a cabeça, tronco e membros,
dificuldade no controlo de movimentos, hipercinésia (hiperatividade);
pancreatite;
falência hepática, hepatite;
erupção
cutânea,
pode
formar
bolhas e
assemelha-se
alvos
pequenos
(manchas com centro negro rodeado por uma área mais pálida limitada por um
círculo negro) (eritema multiforme), uma erupção extensa com bolhas e descamação
da pele, principalmente em redor da boca, nariz, olhos e órgãos genitais (síndrome
de Stevens-Johnson) e uma forma mais grave que provoca descamação da pele em
mais de 30% da superfície do corpo (necrólise epidérmica tóxica)..
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente através do sistema
nacional de notificação mencionado no Apêndice V.
Como conservar ZELTA
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior e no blister, após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos de que já não
utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Zelta
A substância ativa é o levetiracetam. Cada comprimido revestido por película contém
500 mg de levetiracetam.
Os outros componentes são:
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Núcleo: amido de milho, croscarmelose sódica, povidona (K 30), sílica coloidal
anidra, talco e estearato de magnésio.
Revestimento:
álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), macrogol 3350, talco e óxido de ferro
amarelo (E172).
Qual o aspeto de Zelta e conteúdo da embalagem
Zelta, 500
são
comprimidos
revestidos
película,
amarelos,
oblongos,
ranhurados numa das faces e gravados com um “H” numa das faces e com “88” na
outra face.
Os comprimidos de Zelta estão disponíveis em embalagens blister de PVC-Alu ou
PVC/PVDC-Alu contendo 10, 20, 30, 50, 60, 80, 100, 120 ou 200 comprimidos
revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Hetero Europe S.L.
Viladecans Business Park – Edificio Brasil
Catalunya 83-85
08840 Viladecans (Barcelona)
Espanha
Fabricante
Pharmadox Healthcare Ltd.
KW20 A Kordin Industrial Park, Paola, PLA 3000
Malta
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com os seguintes denominações:
Polónia:
Zelta
Islândia:
Zelta 500 mg filmuhúðaðar töflur
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Zelta 250 mg comprimido revestido per película
Zelta 500 mg comprimido revestido per película
Zelta 750 mg comprimido revestido per película
Zelta 1000 mg comprimido revestido per película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Zelta, 250 mg, comprimido revestido por película:
Cada comprimido revestido por película contém 250 mg de levetiracetam.
Zelta, 500 mg, comprimido revestido por película:
Cada comprimido revestido por película contém 500 mg de levetiracetam.
Zelta, 750 mg, comprimido revestido por película:
Cada comprimido revestido por película contém 750 mg de levetiracetam.
Excipiente com efeito conhecido:
Cada comprimido revestido por película contém 0,168 mg de amarelo-sol FCF
(E110).
Zelta, 1000 mg, comprimido revestido por película:
Cada comprimido revestido por película contém 1000 mg de levetiracetam.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Zelta, 250 mg, comprimido revestido por película:
Comprimidos revestidos por película, azuis, oblongos, ranhurados numa das faces e
gravados com “H” numa das faces e com “87” na outra face.
A ranhura destina-se apenas a facilitar a divisão, para ajudar a deglutição, e não
para dividir em doses iguais.
Zelta, 500 mg, comprimido revestido por película:
Comprimidos revestidos por película, amarelos, oblongos, ranhurados numa das
faces e gravados com um “H” numa das faces e com “88” na outra face.
Os comprimidos podem ser divididos em doses iguais.
Zelta, 750 mg, comprimido revestido por película:
Comprimidos revestidos por película, de cor laranja, oblongos, ranhurados numa das
faces e gravados com um “H” numa das faces e com “90” na outra face.
A ranhura destina-se apenas a facilitar a divisão, para ajudar a deglutição, e não
para dividir em doses iguais.
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Zelta, 1000 mg, comprimido revestido por película:
Comprimidos revestidos por película, brancos, oblongos, ranhurados numa das faces
e gravados com um “H” numa das faces e com “91” na outra face.
Os comprimidos podem ser divididos em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Zelta está indicado como monoterapia no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em adultos e adolescentes a partir dos 16 anos com
epilepsia diagnosticada de novo.
Zelta está indicado como terapêutica adjuvante:
no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em adultos,
adolescentes, crianças e lactentes a partir de 1 mês de idade com epilepsia.
no tratamento de crises mioclónicas em adultos e adolescentes a partir dos 12 anos
com Epilepsia Mioclónica Juvenil.
no tratamento de crises generalizadas tónico-clónicas primárias em adultos e
adolescentes com mais de 12 anos de idade, com Epilepsia Idiopática Generalizada.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Monoterapia para adultos e adolescentes a partir dos 16 anos
A dose inicial recomendada é de 250 mg duas vezes por dia, a qual poderá ser
aumentada para uma dose terapêutica inicial de 500 mg duas vezes por dia, após
duas semanas. A dose pode ainda ser aumentada em incrementos de 250 mg duas
vezes por dia, a cada duas semanas, dependendo da resposta clínica. A dose
máxima é de 1.500 mg duas vezes por dia.
Terapêutica adjuvante para adultos (≥18 anos) e adolescentes (12 aos 17 anos) com
peso igual ou superior a 50 kg
A dose terapêutica inicial é de 500 mg duas vezes por dia. Esta dose poderá ser
iniciada no primeiro dia de tratamento.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose diária poderá ser aumentada
até 1.500 mg duas vezes por dia. A alteração das doses pode ser efetuada com
aumentos ou reduções de 500 mg duas vezes por dia, cada duas a quatro semanas.
Populações especiais
Idosos (a partir dos 65 anos):
É recomendado um ajustamento da dose em doentes idosos com alteração da função
renal (ver “Compromisso renal” abaixo).
Compromisso renal:
A dose diária deverá ser individualizada de acordo com a função renal.
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Para doentes adultos, deve ser considerada a tabela seguinte e ajustar a dose tal
como indicado. Para utilizar esta tabela doseadora, é necessário uma estimativa da
depuração de creatinina (CLcr) do doente, em ml/min. A CLcr em ml/min, para
adultos e adolescentes com peso igual ou superior a 50 kg, pode ser calculada a
partir da determinação da creatinina sérica (mg/dl), usando a fórmula seguinte:
[140-idade(anos)] x peso (kg)
CLcr (ml/min) = ------------------------------------- (x 0,85 para mulheres)
72 x creatinina sérica (mg/dl)
A CLcr é então ajustada em função da superfície corporal (SP), de acordo com a
fórmula:
CLcr (ml/min)
CLcr (ml/min/1,73 m2) = ---------------------------- x 1,73
SP doente (m2)
Ajustamento da dose em doentes adultos e adolescentes com peso superior a 50 kg
com compromisso da função renal:
Grupo
Depuração
Creatinina
(ml/min/1,73m2)
Dosagem e frequência
Normal
> 80
500 a 1.500 mg duas vezes
por dia
Ligeiro
50-79
500 a 1.000 mg duas vezes
por dia
Moderado
30-49
250 a 750 mg duas vezes por
Grave
< 30
250 a 500 mg duas vezes por
Doentes em fase terminal de
doença
renal
sujeitos
diálise (1)
500 a 1.000 mg uma vez por
dia (2)
(1) É recomendada uma dose de carga de 750 mg no primeiro dia de tratamento
com levetiracetam.
(2) Após a diálise, é recomendada uma dose suplementar de 250 a 500 mg.
Para crianças com compromisso renal, a dose de levetiracetam precisa de ser
ajustada com base na função renal, pois a depuração de levetiracetam está
relacionada com a função renal. Esta recomendação baseia-se num estudo efetuado
em doentes adultos com compromisso renal.
Para adolescentes mais novos, crianças e lactentes, a CLcr em ml/min/1,73 m2 pode
ser estimada a partir da determinação da creatinina sérica (mg/dl) utilizando a
seguinte fórmula (fórmula Schwartz):
Altura (cm) x ks
CLcr (ml/min/1,73m2) = -------------------------------------
Creatinina sérica (mg/dl)
ks= 0,45 para recém-nascidos de termo e lactentes até 1 ano de idade; ks= 0,55
para crianças com menos de 13 anos de idade e adolescentes do sexo feminino; ks=
0,7 para adolescentes do sexo masculino.
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Ajustamento da dose para lactentes, crianças e adolescentes com peso inferior a 50
kg com compromisso da função renal:
Dosagem e frequência (1)
Grupo
Depuração
Creatinina
(ml/min/1,73m2)
Lactentes
partir
mês
até
menos de 6 meses
de idade
Lactentes
23 meses, crianças e
adolescentes
peso inferior a 50 kg
Normal
> 80
7 a 21 mg/kg (0,07
a 0,21 ml/kg) duas
vezes por dia
10 a 30 mg/kg (0,10 a
0,30
ml/kg)
duas
vezes por dia
Ligeiro
50-79
7 a 14 mg/kg (0,07
a 0,14 ml/kg) duas
vezes por dia
10 a 20 mg/kg (0,10 a
0,20
ml/kg)
duas
vezes por dia
Moderado
30-49
3,5 a 10,5 mg/kg
(0,035
0,105
ml/kg) duas vezes
por dia
5 a 15 mg/kg (0,05 a
0,15
ml/kg)
duas
vezes por dia
Grave
< 30
mg/kg
(0,035
0,07
ml/kg) duas vezes
por dia
5 a 10 mg/kg (0,05 a
0,10
ml/kg)
duas
vezes por dia
Doentes
fase
terminal
doença
renal
sujeitos
a diálise
7 a 14 mg/kg (0,07
a 0,14 ml/kg) uma
vez por dia (2) (4)
10 a 20 mg/kg (0,10 a
0,20 ml/kg) uma vez
por dia (3) (5)
(1) Levetiracetam solução oral deve ser usada para doses menores que 250 mg e
para doentes incapazes de engolir comprimidos.
(2) É recomendada uma dose de carga de 10,5 mg/kg (0,105 ml/kg) no primeiro dia
de tratamento com levetiracetam.
(3) É recomendada uma dose de carga de 15 mg/kg (0,15 ml/kg) no primeiro dia de
tratamento com levetiracetam.
(4) É recomendada uma dose suplementar de 3,5 a 7 mg/kg (0,035 a 0,07ml/kg)
posteriormente à diálise.
(5) É recomendada uma dose suplementar de 5 a 10 mg/kg (0,05 a 0,10 ml/kg)
posteriormente à diálise.
Compromisso hepático
Não é necessário qualquer ajustamento da dose em doentes com compromisso
hepático ligeiro a moderado. Em doentes com compromisso hepático grave, a
depuração de creatinina poderá falsear o compromisso renal. Assim sendo, é
recomendada uma redução de 50% da dose diária de manutenção, quando a
depuração de creatinina for < 60 ml/min/1,73m2.
População Pediátrica
O médico deve prescrever a forma farmacêutica, a apresentação e a dosagem mais
adequadas, de acordo com a idade, o peso e a dose.
A formulação em comprimidos não está adaptada para utilização em lactentes e
crianças com menos de 6 anos de idade. Levetiracetam solução oral é a formulação
favorita
utilizar
nesta
população.
Além
disso,
dosagens
disponíveis
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comprimidos não são apropriadas para o tratamento inicial em crianças que pesem
menos
para
doentes
incapazes
engolir
comprimidos
para
administração de doses menores que 250 mg. Em todos os casos acima referidos,
deve ser utilizada uma solução oral de levetiracetam que esteja disponível no
mercado.
Monoterapia
A segurança e eficácia de Zelta quando utilizado em monoterapia em crianças e
adolescentes com idade inferior a 16 anos não foram estabelecidas. Não existem
dados disponíveis.
Terapêutica adjuvante para lactentes dos 6 aos 23 meses, crianças (dos 2 aos 11
anos) e
adolescentes (dos 12 aos 17 anos) com peso inferior a 50 kg.
Levetiracetam solução oral é a formulação preferencial para utilização em lactentes e
crianças com menos de 6 anos de idade.
A dose terapêutica inicial é de 10 mg/kg duas vezes por dia.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose pode ser aumentada até 30
mg/Kg duas vezes por dia. A alteração das doses não deve exceder aumentos ou
reduções de 10 mg/Kg duas vezes por dia, cada duas semanas. Deve ser utilizada a
dose eficaz mais baixa.
A posologia em crianças com peso igual ou superior a 50 kg é igual à dos adultos.
Recomendações posológicas para lactentes a partir dos 6 meses de idade, crianças e
adolescentes:
Peso
Dose inicial:
10 mg/kg duas vezes por dia
Dose máxima:
30 mg/kg duas vezes por dia
6 kg (1)
60 mg (0.6ml) duas vezes por
180 mg (1,8 ml) duas vezes
por dia
10 kg (1)
100 mg (1 ml) duas vezes por
300 mg (3 ml) duas vezes por
15 kg (1)
150 mg (1,5 ml) duas vezes
por dia
450 mg (4,5 ml) duas vezes
por dia
20 kg(1)
200 mg (2 ml) duas vezes por
600 mg (6 ml) duas vezes por
25 kg
250 mg duas vezes por dia
750 mg duas vezes por dia
A partir de 50 kg
500 mg duas vezes por dia
1.500 mg duas vezes por dia
(1) Crianças com peso igual ou inferior a 25 kg, devem preferencialmente iniciar o
tratamento com levetiracetam solução oral de 100 mg/ml.
(2) A posologia em crianças e adolescentes com peso igual ou superior a 50 kg é
igual à dos adultos.
Terapêutica adjuvante para lactentes com mais de 1 mês e menos de 6 meses de
idade
A solução oral é a formulação destinada à utilização em lactentes.
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Modo de administração
Os comprimidos revestidos por película deverão ser tomados por via oral, engolidos
com uma quantidade suficiente de líquido, e poderão ser tomados com ou sem
alimentos. A dose diária é administrada em duas meias doses iguais.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a outros derivados da pirrolidona ou a
qualquer um dos excipientes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Descontinuação
De acordo com a prática clínica atual, se o Zelta tiver que ser interrompido,
recomenda-se que a sua descontinuação seja efetuada de forma gradual (ex. nos
adultos e adolescentes com peso superior a 50 kg: reduções de 500 mg duas vezes
por dia, cada duas a quatro semanas; nas crianças com mais de 6 meses de idade e
adolescentes com menos de 50 kg de peso: a diminuição da dose não deve exceder
10 mg/ kg duas vezes por dia, cada duas semanas; nos lactentes com menos de 6
meses de idade: a diminuição da dose não deve exceder 7 mg/ kg duas vezes por
dia, cada duas semanas).
Insuficiência renal
A administração de Zelta em doentes com compromisso renal poderá necessitar de
um ajustamento da dose. Em doentes com compromisso grave da função hepática,
recomenda-se a avaliação da função renal antes de selecionar a dose (ver secção
4.2).
Suicídio
Foram notificados suicídio, tentativa de suicídio e ideação e comportamento suicidas
em doentes tratados com medicamentos antiepiléticos (incluindo levetiracetam).
Uma meta-análise de ensaios aleatorizados de medicamentos antiepiléticos, contra
placebo, mostrou um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicidas. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco.
Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de depressão e/ou
ideação
comportamento
suicida
devendo ser
considerada
necessidade
tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes)
devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de depressão
e/ou ideação e comportamento suicida.
População pediátrica
A formulação em comprimidos não está adaptada para utilização em lactentes e
crianças com menos de 6 anos de idade.
Os dados disponíveis em crianças não sugerem impacto no crescimento e puberdade.
Contudo, os efeitos a longo prazo na aprendizagem, inteligência, crescimento, função
endócrina,
puberdade
potencial
para
engravidar,
crianças,
permanecem
desconhecidos.
A segurança e eficácia do levetiracetam em lactentes com epilepsia com menos de 1
ano de idade não foram extensamente avaliadas. Nos ensaios clínicos foram
expostas apenas 35 crianças com crises parciais com menos de 1 ano, das quais
apenas 13 tinham idade < 6 meses.
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
Zelta 750 mg comprimido revestido por película
Excipientes:
Zelta 750 mg comprimido revestido por película contém laca de alumínio amarelo-sol
FCF. Pode causar reações alérgicas.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Medicamentos antiepiléticos
Dados provenientes de ensaios clínicos pré-comercialização conduzidos em adultos
indicam que o Zelta não influencia as concentrações séricas de medicamentos
antiepiléticos existentes (fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital,
lamotrigina, gabapentina e primidona) e que estes medicamentos antiepiléticos não
influenciam a farmacocinética de Zelta.
como
adultos,
não
evidência
interações
medicamentosas
significado clínico, em doentes pediátricos a receber doses de levetiracetam até 60
mg/kg/dia.
avaliação
retrospetiva
interações
farmacocinéticas
crianças
adolescentes (4 aos 17 anos) com epilepsia confirmou que a terapia adjuvante com
levetiracetam, administrado por via oral, não influenciou as concentrações séricas no
estado
equilíbrio
carbamazepina
valproato,
administrados
concomitantemente. Contudo, os dados sugeriam uma depuração de levetiracetam
20% mais elevada em crianças a tomar medicamentos antiepiléticos indutores de
enzimas. Não é necessário o ajustamento da dose.
Probenecida
O probenecida (500 mg quatro vezes por dia), um agente bloqueador da secreção
tubular renal, tem mostrado inibir a depuração renal do metabolito primário, mas
não do levetiracetam. Contudo, a concentração deste metabolito permanece baixa.
Espera-se que outros medicamentos excretados por secreção tubular ativa possam
também reduzir a depuração renal do metabolito. O efeito do levetiracetam sobre o
probenecida não foi estudado e o efeito do levetiracetam sobre outros medicamentos
secretados ativamente, ex. AINEs, sulfonamidas e metotrexato, é desconhecido.
Contracetivos orais e outras interações farmacocinéticas
Levetiracetam 1.000 mg por dia não influenciou a farmacocinética dos contracetivos
orais
(etinilestradiol
levonorgestrel);
parâmetros
endócrinos
(hormona
luteinizante e progesterona) não sofreram alteração. Levetiracetam 2.000 mg por dia
não
influenciou
a farmacocinética
digoxina
varfarina;
os tempos
protrombina não sofreram alteração. A coadministração com digoxina, contracetivos
orais e varfarina não influenciou a farmacocinética do levetiracetam.
Antiácidos
Não estão disponíveis dados relativos à influência dos antiácidos sobre a absorção do
levetiracetam.
Laxantes
Foram notificados casos isolados de diminuição da eficácia de levetiracetam quando
o laxante osmótico macrogol foi administrado concomitantemente com levetiracetam
oral. Portanto, o macrogol não deve ser ingerido oralmente durante uma hora antes
e uma hora depois da toma de levetiracetam.
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
Alimentos e álcool
A extensão de absorção do levetiracetam não sofreu qualquer alteração com a
ingestão de alimentos, mas a taxa de absorção diminuiu ligeiramente.
Não estão disponíveis dados sobre a interação do levetiracetam com o álcool.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Os dados pós-comercialização provenientes de vários casos de gravidez registados
prospectivamente documentam os resultados em mais de 1000 mulheres expostas a
monoterapêutica com levetiracetam durante o primeiro trimestre de gravidez. Em
geral, estes dados não sugerem um aumento significativo do risco de malformações
congénitas graves, embora o risco teratogénico não possa ser totalmente excluído. A
terapêutica com múltiplos medicamentos antiepiléticos encontra-se associada a um
risco superior de malformações congénitas face à monoterapêutica, pelo que deve
ser considerada a monoterapêutica. Os estudos em animais revelaram toxicidade
reprodutiva (ver secção 5.3).Zelta não é recomendado durante a gravidez e em
mulheres com potencial para engravidar e que não estejam a fazer contraceção, a
menos que tal seja clinicamente necessário.
Tal como acontece com outros medicamentos antiepiléticos, as alterações fisiológicas
durante a gravidez podem afetar a concentração de levetiracetam. Foi observada
uma diminuição nas concentrações plasmáticas de levetiracetam durante a gravidez.
Esta redução é mais acentuada durante o terceiro trimestre da gravidez (até 60% da
concentração inicial antes da gravidez). Deve ser assegurada uma abordagem clínica
apropriada das mulheres grávidas, tratadas com levetiracetam. A interrupção de
tratamentos antiepiléticos pode provocar exacerbação da doença, o que pode ser
prejudicial para a mãe e para o feto.
Amamentação
Levetiracetam é excretado no leite humano materno. Portanto, a amamentação não
é recomendada. No entanto, se o tratamento com levetiracetam for necessário
durante a amamentação, o benefício/risco do tratamento deve ser avaliado tendo em
consideração a importância da amamentação.
Fertilidade
Nos estudos animais não foi detetado impacto na fertilidade (ver secção 5.3). Não
estão disponíveis dados clínicos sendo desconhecido o potencial risco para os
humanos.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Devido a possíveis sensibilidades individuais diferentes, alguns doentes poderão
referir sonolência ou outros sintomas relacionados com o sistema nervoso central,
especialmente no início do tratamento ou após um aumento da dose. Assim sendo,
recomenda-se precaução nos doentes que executam tarefas especializadas, ex.
condução de veículos ou utilização de máquinas. Os doentes são advertidos para não
conduzir ou utilizar máquinas até se estabelecer que a sua capacidade para executar
tais atividades não é afetada.
4.8 Efeitos indesejáveis
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
Resumo do perfil de segurança
O perfil de efeitos adversos abaixo apresentado baseia-se na análise dos dados
globais
ensaios
clínicos
controlados
placebo
realizados
para
todas
indicações estudadas, com um total de 3416 doentes tratados com levetiracetam.
Estes dados são suplementados com a utilização do Levetiracetam nos estudos de
extensão
ocultação
correspondentes,
como
experiência
pós-
comercialização.
As reações adversas mais frequentemente relatadas foram nasofaringite, sonolência,
cefaleias, fadiga e tonturas. O perfil de segurança do levetiracetam é geralmente
similar nos vários grupos etários (doentes adultos e pediátricos) e nas várias
indicações de epilepsia.
Listagem das reações adversas
As reações adversas notificadas nos estudos clínicos (adultos, adolescentes, crianças
e lactentes > 1 mês de idade) e provenientes da experiência pós-comercialização
estão listadas na tabela seguinte, por Classe de Sistema de Órgão e por frequência.
A frequência é definida como se segue: muito frequentes (≥1/10), frequentes
(≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000 a <1/100), raras (≥1/10.000 a
<1/1.000) e muito raras (<1/10.000).
Frequência
Classe
Sistema
Órgão
vMedDRA
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco
frequentes
Raras
Infeções
infestações
Nasofaringit
Infeção
Doenças
sangue
sistema
linfático
Trombocitopéni
a, leucopénia
Pancitopénia,
neutropénia,
agranulocitose
Doenças
sistema
imunitário
Reação
fármaco
eosinofilia
sintomas
sistémicos
(DRESS)
Doenças
metabolismo
da nutrição
Anorexia
Perda de peso,
aumento
peso
Hiponatremia
Perturbações
foro
psiquiátrico
Depressão,
hostilidade/agressi
vidade, ansiedade,
insónia,
nervosismo/irritabi
lidade
Tentativa
suicídio
ideação suicida,
perturbação
psicótica
alterações
comportamentai
alucinação,
ira,
confusão
ataque
pánico,
labilidade
Suicídio
concretizado,
perturbações
personalidade,
alterações
pensamento
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
emocional/varia
ções do humor,
agitação
Doenças
sistema
nervoso
Sonolência,
cefaleia
Convulsão,
perturbação
equilíbrio,
tonturas,
letargia,
tremor
Amnésia,
diminuição
memória,
alterações
coordenação/at
axia,
paraestesia,
perturbação
atenção
Coreoatetose ,
discinésia
hipercinésia
Afeções
oculares
Diplopia,
visão
desfocada
Afeções
ouvido
labirinto
Vertigem
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Tosse
Doenças
gastrointestinai
abdominal,
diarreia, dispepsia,
náusea, vómitos
Pancreatite
Afeções
hepatobiliares
Alterações
provas
função hepática
Insuficiência
hepática
hepatite
Afeções
tecidos
cutâneos
subcutâneos
Erupções cutâneas
Alopécia
eczema, prurido
Necrólise
epidérmica
tóxica
síndrome
Stevens-
Johnson
eritema
multiforme
Afeções
musculosquelét
icas
tecidos
conjuntivos
Fraqueza
muscular,
mialgia
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Astenia/fadiga
Complicações
de intervenções
relacionadas
lesões
intoxicações
Ferimentos
acidentais
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
Descrição das reações adversas selecionadas
risco
anorexia
superior
quando
coadministrado
topiramato
levetiracetam.
Em vários casos de alopécia foi observada recuperação quando o levetiracetam foi
descontinuado.
Foi identificada supressão da medula vermelha em alguns casos de pancitopénia.
População pediátrica
Foram tratados com levetiracetam um total de 190 doentes, com idade superior a 1
mês e inferior a 4 anos, em ensaios controlados com placebo e em estudos de
extensão sem ocultação. Apenas sessenta (60) destes doentes foram tratados com
levetiracetam
estudos
controlados
placebo.
doentes
idades
compreendidas entre 4-16 anos, foram tratados com levetiracetam um total de 645
doentes nos ensaios controlados por placebo e nos estudos de extensão sem
ocultação. Destes, 233 doentes foram tratados com levetiracetam nos ensaios
controlados
placebo.
ambos
estes
grupos
etários,
estes
dados
são
suplementados
experiência
pós-comercialização
utilização
levetiracetam.
O perfil de efeitos adversos do levetiracetam é geralmente similar nos vários grupos
etários
(doentes
adultos
pediátricos)
várias
indicações
epilepsia
aprovadas. Os resultados de segurança obtidos nos doentes pediátricos em ensaios
clínicos controlados por placebo foram consistentes com o perfil de segurança do
levetiracetam em adultos, exceto no que concerne as reações adversas do foro
psiquiátrico e comportamental que foram mais comuns em crianças do que em
adultos. Em crianças e adolescentes com 4 a 16 anos, foram relatados mais
frequentemente do que noutros grupos etários ou comparativamente ao perfil global
de segurança, vómitos (muito comum, 11,2%), agitação (comum, 3,4%), variações
do humor (comum, 2,1%), labilidade emocional (comum, 1,7%), agressividade
(comum, 8,2%), alterações comportamentais (comum, 5,6%) e letargia (comum,
3,9%). Em recém-nascidos e crianças com idade superior a 1 mês e inferior a 4
anos, foram relatados mais frequentemente do que noutros grupos etários ou
comparativamente ao perfil global de segurança, irritabilidade (muito comum,
11,7%) e descoordenação dos movimentos (comum, 3,3%).
Um estudo de segurança pediátrico, de dupla-ocultação, controlado por placebo e
com desenho de não inferioridade avaliou os efeitos neuropsicológicos e cognitivos
de levetiracetam em crianças dos 4 aos 16 anos de idade com crises parciais. Foi
concluído que o levetiracetam não diferia (não era inferior) do placebo relativamente
à alteração dos valores basais na escala de Leiter-R (baterias de Atenção e Memória
e de Visualização e Raciocínio) na população PP (per protocol). Os resultados
relacionados
funções
comportamentais
emocionais
indicaram
agravamento
doentes
tratados
Levetiracetam
relativamente
comportamento agressivo, avaliado de forma padronizada e sistemática utilizando
um instrumento validado (CBCL – Achenbach Child Behaviour Checklist). Contudo,
indivíduos que tinham tomado Levetiracetam no estudo aberto de seguimento de
longa duração não revelaram, em média, um agravamento nas suas funções
comportamentais e emocionais; especificamente, as medidas de comportamento
agressivo não foram piores que os valores basais.
Notificação de suspeitas de reações adversas
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas
reações
adversas
através
sistema
nacional
notificação
mencionado no Apêndice V
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Foram observados sonolência, agitação, agressividade, nível de consciência reduzido,
depressão respiratória e coma, com sobredosagens de Levetiracetam.
Tratamento da sobredosagem
Após uma sobredosagem aguda, o estômago deverá ser esvaziado por lavagem
gástrica ou indução do vómito. Não existe antídoto específico para o levetiracetam. O
tratamento de uma sobredosagem deverá ser sintomático e poderá incluir o recurso
à hemodiálise. A eficácia da extração do dialisador é 60 % para o levetiracetam e 74
% para o metabolito primário.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
Farmacoterapêutico:
Sistema
Nervoso
Central;
Antiepiléticos
anticonvulsivantes, código ATC: N03AX14.
A substância activa, o levetiracetam, é um derivado da pirrolidona (enantiómero-S
α-etil-2-oxo-1-pirrolidina
acetamida),
quimicamente
não
relacionada
substâncias ativas antiepiléticas existentes.
Mecanismo de ação
mecanismo
ação
levetiracetam
ainda
permanece
elucidar
completamente, mas parece ser diferente dos mecanismos dos medicamentos
antiepiléticos
existentes.
Experiências
vitro
vivo
sugerem
levetiracetam não altera as características básicas da célula nem a neurotransmissão
normal.
Estudos
vitro
mostram
levetiracetam
afeta
níveis
Ca2+
intraneuronais, pela inibição
parcial das correntes Ca2+ do tipo N e pela redução da libertação de Ca2+ das
reservas intraneuronais. Adicionalmente, reverte parcialmente as reduções nas
correntes de entrada do GABA e da glicina, induzidas pelo zinco e pelas β-carbolinas.
Além disto, em estudos in vitro demonstrou-se que o levetiracetam se liga a um local
específico no tecido cerebral dos roedores. Este local de ligação é a proteína 2A da
vesícula sináptica, que se pensa estar envolvida na fusão das vesículas e na
exocitose dos neurotransmissores. O levetiracetam e análogos relacionados mostram
uma ordem de grandeza de afinidade para a ligação com a proteína 2A da vesícula
sináptica, que se correlaciona com a potência da sua proteção anticonvulsivante, no
modelo da epilepsia do rato audiogénico. Este resultado sugere que a interação entre
o levetiracetam e a proteína 2A da vesícula sináptica parece contribuir para o
mecanismo de ação antiepilética do fármaco.
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
Efeitos Farmacodinâmicos
Levetiracetam induz proteção de convulsão num largo número de modelos animais
crises
generalizadas
parciais
primárias
apresentar
efeito
proconvulsivante. O metabolito primário é inativo.
homem,
atividade
ambas
condições
epilepsia
parcial
generalizada (descarga epileptiforme/ resposta fotoparoxística) confirmou o perfil
farmacológico de largo espectro do levetiracetam.
Eficácia e segurança clínicas
Terapêutica adjuvante no tratamento das crises parciais com ou sem generalização
secundária em adultos, adolescentes, crianças e lactentes com idade superior a 1
mês de idade com epilepsia:
A eficácia do levetiracetam foi demonstrada, em adultos, em três estudos duplo-
cegos, placebo controlados, com 1000 mg, 2000 mg e 3000 mg/dia, com a dose
dividida por duas administrações, e com a duração do tratamento superior a 18
semanas. A percentagem de doentes que alcançou uma redução de 50 % ou mais do
valor basal na frequência semanal de um começo de crise parcial com uma dose
estável (12/14 semanas) foi de 27,7 %, 31,6 % e 41,3 % para os doentes com
1000, 2000 ou 3000 mg de levetiracetam respetivamente e 12,6 % para doentes
que receberam placebo.
População pediátrica
Em doentes pediátricos (4-16 anos de idade) a eficácia do levetiracetam foi
estabelecida num estudo duplo-cego, placebo controlado, com um tratamento cuja
duração foi de 14 semanas e foram incluídos 198 doentes. Neste estudo, os doentes
receberam uma dose fixa de levetiracetam de 60 mg/kg/dia (em duas tomas
diárias). 44,6 % de doentes tratados com levetiracetam e 19,6 % de doentes
tratados com placebo apresentaram uma redução de 50% ou mais do valor basal de
frequências de aparecimento semanal das crises parciais. Com a continuação do
tratamento de longo prazo, 11,4 % dos doentes não apresentaram quaisquer crises,
pelo menos, nos primeiros 6 meses, e 7,2 % não apresentaram quaisquer crises,
pelo menos, durante 1 ano.
Em doentes pediátricos (de 1 mês a menos de 4 anos de idade), a eficácia de
levetiracetam foi estabelecida num estudo de dupla ocultação, controlado por
placebo, o qual incluiu 116 doentes e teve uma duração de tratamento de 5 dias.
Neste estudo, foram prescritas aos doentes doses diárias de solução oral de 20
mg/kg, 25 mg/kg, 40 mg/kg ou 50 mg/kg, baseadas no esquema posológico definido
para
idade.
Foram
utilizadas
neste
estudo
dose
mg/kg/dia
incrementada até 40mg/kg/dia em lactentes com idade compreendida entre 1 e 6
meses, e a dose de 25mg/kg/dia incrementada até 50mg/kg/dia em crianças com
idade superior a 6 meses e inferior a 4 anos. A dose diária total foi administrada
duas vezes ao dia.
A medida primária de efetividade foi a taxa de resposta do doente (percentagem de
doentes com redução ≥ 50 %, relativa aos valores basais, na frequência média de
crises parciais diárias), avaliada por um leitor central cego utilizando um vídeo-EEG
com duração de 48 horas. A análise da eficácia consistiu em 109 doentes que
tinham, pelo menos, 24 horas de vídeo-EEG tanto no início do estudo (valores
basais)
como
período
avaliação.
43,6
doentes
tratados
levetiracetam e 19,6 % dos doentes no grupo placebo foram considerados como
tendo respondido ao tratamento. Os resultados foram consistentes ao longo dos
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
grupos etários. Com a continuação do tratamento de longa duração, 8,6 % e 7,8 %
dos doentes não registaram episódios epiléticos durante períodos de, pelo menos, 6
meses e 1 ano, respetivamente.
Monoterapia no tratamento das crises parciais com ou sem generalização secundária
doentes
mais
anos
idade
epilepsia
diagnosticada
recentemente.
A eficácia do levetiracetam em monoterapia foi estabelecida num ensaio duplo-cego,
de grupo paralelo, com comparação de não inferioridade com carbamazepina de
libertação controlada (CR) em 576 doentes com 16 anos de idade ou mais velhos,
com epilepsia diagnosticada recentemente. Os doentes apresentavam crises parciais
não provocadas ou apenas crises generalizadas tónico-clónicas. Os doentes foram
randomizados a carbamazepina CR 400 - 1200 mg/dia ou levetiracetam 1000 – 3000
mg/dia, a duração do tratamento foi superior a 121 semanas dependendo da
resposta.
Seis meses livres de crises foi alcançado em 73,0 % dos doentes tratados com
levetiracetam e 72,8 % em doentes tratados com carbamazepina CR; o ajuste da
diferença absoluta entre os tratamentos foi de 0,2 % (95% IC: -7.8 8.2). Mais de
metade dos doentes permaneceu livre de crises por cerca de 12 meses (56,6 % e
58,5 % dos doentes com levetiracetam e carbamazepina CR, respetivamente).
Num estudo refletindo a prática clínica, a medicação antiepilética concomitante
poderia ser retirada a um número limitado de doentes que responderam à terapia
adjuvante do levetiracetam (36 doentes adultos de um total de 69).
Terapêutica
adjuvante
tratamento
crises
mioclónicas
adultos
adolescentes com mais de 12 anos de idade e com Epilepsia Mioclónica Juvenil.
A eficácia do levetiracetam foi estabelecida num estudo de 16 semanas de duração,
duplo-cego, placebo controlado, em doentes com 12 anos de idade e mais velhos
sofriam
epilepsia
idiopática
generalizada,
crises
mioclónicas
diferentes
síndromes. A maioria
doentes
apresentava
epilepsia mioclónica
juvenil.
Neste estudo, a dose de levetiracetam foi de 3000 mg / dia, administrada em duas
tomas diárias.
58,3 % dos doentes tratados com levetiracetam e 23,3 % dos doentes tratados com
placebo, apresentaram, pelo menos, uma redução de 50 % no aparecimento de
crises mioclónicas semanais. Com a continuação do tratamento de longo termo, 28,6
% dos doentes estiveram livres do aparecimento de crises tónico mioclónicas
durante, pelo menos, 6 meses e 21 % não apresentaram qualquer crise mioclónica
durante, pelo menos, 1 ano.
Terapêutica adjuvante no tratamento de crises tónico-clónicas primárias em adultos
e adolescentes com mais de 12 anos de idade com epilepsia idiopática generalizada.
eficácia
Levetiracetam foi
estabelecida
estudo
duplo-cego,
placebo
controlado e com a duração de 24 semanas, e que incluiu adultos, adolescentes e
um número limitado de crianças, que sofriam de epilepsia idiopática generalizada,
com crises tónico-clónicas primárias generalizadas (PGTC) em diferentes síndromes
(epilepsia juvenil mioclónica, epilepsia de ausência juvenil, epilepsia de ausência
infantil, ou epilepsia com crises de Grande Mal ao despertar).
Neste estudo, o levetiracetam foi administrado em doses de 3000 mg/dia para
adultos e adolescentes ou 60 mg/kg/dia para crianças, administrados em duas tomas
diárias. 72,2 % dos doentes tratados com levetiracetam e 45,2 % dos doentes
tratados com placebo, tiveram uma redução de 50 % ou mais na frequência do
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
aparecimento de crises PGTC semanais. Com a continuação do tratamento de longo
prazo, 47,4 % dos doentes estiveram livres do aparecimento de crises tónico-
clónicas durante, pelo menos, 6 meses e 31,5 % destes não apresentaram qualquer
crise tónico-clónica durante, pelo menos, 1 ano.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
levetiracetam
composto
altamente
solúvel
permeável.
perfil
farmacocinético é linear com uma baixa variabilidade intra e interindividual. Não há
alteração da depuração após administração repetida. Não há evidência de qualquer
variabilidade
relevante
relacionada
sexo,
raça
circadiana.
perfil
farmacocinético é comparável em voluntários saudáveis e em doentes com epilepsia.
Devido à sua absorção completa e linear, os níveis plasmáticos podem ser deduzidos
a partir da dose oral de levetiracetam expressa em mg/kg de peso corporal. Deste
modo, não é necessária a monitorização dos níveis plasmáticos de levetiracetam.
Foi demonstrada uma correlação significativa entre as concentrações na saliva e no
plasma, em adultos e crianças (a relação entre concentrações na saliva/plasma
variou de 1 a 1,7 para a formulação dos comprimidos orais e 4 horas após
administração para a formulação da solução oral).
Adultos e adolescentes
Absorção
levetiracetam é
rapidamente
absorvido
após
administração
oral. A
biodisponibilidade oral absoluta é próxima de 100 %.
Os picos das concentrações plasmáticas (Cmax) são atingidos 1,3 horas após a
administração. O estado de equilíbrio é atingido 2 dias após um esquema de
administração de duas vezes por dia.
Os picos das concentrações (Cmax) são habitualmente de 31 e 43 µg/ml, após uma
dose única de 1.000 mg e de uma dose repetida de 1.000 mg duas vezes por dia,
respetivamente.
A extensão de absorção é independente da dose e não é alterada pelos alimentos.
Distribuição
Não existem dados disponíveis sobre a distribuição nos tecidos em humanos.
Nem o levetiracetam, nem o metabolito primário se ligam significativamente às
proteínas plasmáticas (< 10 %).
O volume de distribuição do levetiracetam é aproximadamente de 0,5 a 0,7 l/kg, um
valor próximo do volume de água corporal total.
Biotransformação
O levetiracetam não é extensivamente metabolizado nos humanos. A principal via
metabólica (24 % da dose) é uma hidrólise enzimática do grupo acetamida. A
produção do metabolito primário, ucb L057, não é suportada pelas isoformas do
citocromo hepático P450. A hidrólise do grupo acetamida foi determinável num vasto
número de tecidos incluindo as células sanguíneas. O metabolito ucb L057 é
farmacologicamente inativo.
Dois metabolitos menores foram também identificados. Um deles foi obtido por
hidroxilação do anel pirrolidona (1,6 % da dose) e o outro, pela abertura do anel
pirrolidona (0,9 % da dose).
Outros componentes não identificados foram responsáveis por apenas 0,6 % da
dose.
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
Não
evidenciada
qualquer
interconversão
enantiomérica
vivo
para
levetiracetam ou para o seu metabolito primário.
O levetiracetam e o seu metabolito primário têm mostrado, in vitro, não inibir as
isoformas principais do citocromo hepático humano P450 (CYP3A4, 2A6, 2C9, 2C19,
2D6, 2E1 e 1A2), a glucuronil transferase (UGT1A1 e UGT1A6) e as atividades da
epóxido- hidroxilase. Além disso, o levetiracetam não afeta a glucoronidação in vitro
do ácido valpróico.
Em hepatócitos humanos em cultura, o levetiracetam teve efeito mínimo ou ausência
de efeito sobre CYP1A2, SULT1E1 ou UGT1A1. O levetiracetam provocou indução
moderada sobre CYP2B6 e CYP3A4. Os resultados dos testes in vitro e da interação
in vivo com contracetivos orais, digoxina e varfarina não prevêm indução enzimática
in vivo. Deste modo, a interação de Zelta com outras substâncias, ou vice-versa, é
pouco provável.
Eliminação
A semivida plasmática em adultos foi 7 ± 1 horas e não se alterou com a dose, via
de administração ou com a administração repetida. A depuração corporal total média
foi 0,96 ml/min/kg.
A principal via de excreção é a via urinária, sendo responsável por 95 % da dose
(aproximadamente 93 % da dose foi excretada no espaço de 48 horas). A excreção
via fecal foi responsável por apenas 0,3 % da dose.
A excreção urinária cumulativa do levetiracetam e do seu metabolito primário foi
responsável por 66 % e 24 % da dose, respetivamente, durante as primeiras 48
horas.
A depuração renal do levetiracetam e do ucb L057 é de 0,6 e 4,2 ml/min/kg,
respetivamente, indicando que o levetiracetam é excretado por filtração glomerular
com subsequente reabsorção tubular e que o metabolito primário é igualmente
excretado por secreção tubular ativa, além de ser excretado por filtração glomerular.
A eliminação do levetiracetam está correlacionada com a depuração da creatinina.
Idosos
Nos idosos, a semivida é aumentada em cerca de 40 % (10 a 11 horas). Isto está
relacionado com a diminuição da função renal nestes indivíduos (ver secção 4.2).
Compromisso renal
A depuração corporal aparente de ambos levetiracetam e do seu metabolito primário
está correlacionada com a depuração de creatinina. Recomenda-se, além disso, o
ajustamento
dose
diária
manutenção
Levetiracetam,
base
depuração de creatinina em doentes com compromisso renal moderado e grave (ver
secção 4.2).
Nos indivíduos adultos em fase terminal anúrica de doença renal, a semivida foi
aproximadamente 25 e 3,1 horas, durante períodos interdiálise e intradiálise,
respetivamente.
A remoção fracional do levetiracetam foi de 51 %, durante uma sessão comum de
diálise de 4 horas.
Compromisso hepático
Em indivíduos com compromisso hepático ligeiro e moderado, não houve alteração
significativa relativamente à depuração do levetiracetam. Na maioria dos indivíduos
APROVADO EM
01-09-2014
INFARMED
com compromisso hepático grave, a depuração do levetiracetam diminuiu mais de
cerca de 50 %, devido a um compromisso renal concomitante (ver secção 4.2).
População pediátrica
Crianças (4 aos 12 anos)
Após uma administração oral de dose única (20 mg/kg) a crianças epiléticas (6 aos
12 anos), a semivida do levetiracetam foi de 6,0 horas. A depuração corporal
aparente, ajustada ao peso, foi mais elevada em cerca de 30 %, do que nos adultos
epiléticos.
Após administração de doses orais repetidas (20 a 60 mg/kg/dia) a crianças
epiléticas (4 aos 12 anos), o levetiracetam foi rapidamente absorvido. O pico da
concentração plasmática foi observado 0,5 a 1 hora após a administração. Foram
observados aumentos lineares e proporcionais à dose para o pico da concentração
plasmática
para
área
curva.
semivida
eliminação
aproximadamente 5 horas. A depuração corporal aparente foi de 1,1 ml/min/kg.
Lactentes e crianças (1 mês aos 4 anos)
Após uma administração de dose única (20 mg/kg) de uma solução oral a 100 mg/ml
a crianças epiléticas (1 mês a 4 anos), o levetiracetam foi rapidamente absorvido e
os picos das concentrações plasmáticas foram observados aproximadamente 1 hora
após a administração. Os resultados farmacocinéticos indicam que a semivida foi
mais curta (5,3 h) que nos adultos (7,2 h) e a depuração aparente foi mais rápida
(1,5 ml/min/kg) que nos adultos (0,96 ml/min/kg).
Na análise farmacocinética populacional efetuada em doentes com idades entre 1
mês e 16 anos, o peso corporal teve uma correlação significativa com a depuração
aparente (a depuração aumentou com o aumento do peso corporal) e com o volume
de distribuição aparente. A idade também teve influência em ambos os parâmetros.
Este efeito foi mais pronunciado nas crianças mais novas, diminuíndo com o aumento
da idade, até se tornar negligenciável por volta dos 4 anos de idade.
Em ambas as análises farmacocinéticas populacionais foi verificado um aumento de
cerca
depuração
aparente
levetiracetam
quando
este
coadministrado com fármacos antiepiléticos (FAE) indutores enzimáticos.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais em humanos, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, genotoxicidade e carcinogenicidade.
Efeitos adversos não observados nos estudos clínicos, mas verificados no rato e em
menor grau no murganho, em níveis de exposição semelhantes aos níveis de
exposição no Homem e com possível relevância para o uso clínico foram alterações
hepáticas, indicando uma resposta adaptativa, tal como um aumento de peso e
hipertrofia centrolobular, infiltração lipídica e aumento das enzimas hepáticas no
plasma.
Não foram observadas reações adversas na fertilidade ou reprodução dos ratos
machos ou fêmeas com doses até 1800 mg/kg/dia (6 vezes a dose máxima diária
recomendada para humanos, considerando mg/m2 ou exposição) nos pais e na
geração F1.
APROVADO EM
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INFARMED
Foram efetuados dois estudos de desenvolvimento embrio-fetal (EFD) em ratos com
doses de 400, 1200 e 3600 mg/kg/dia. Com a dose de 3600 mg/kg/dia observou-se,
em apenas um dos dois estudos EFD, uma ligeira diminuição no peso fetal associada
a um aumento marginal de anomalias menores/alterações esqueléticas. Não foram
observados efeitos sobre a mortalidade embrionária e não houve aumento da
incidência de malformações. O NOAEL (Nível de efeito adverso não observável) foi de
3600 mg/kg/dia para ratas grávidas (doze vezes a dose máxima diária recomendada
para humanos, considerando mg/m2) e 1200 mg/kg/dia para fetos.
Foram
efetuados
quatro
estudos
desenvolvimento
embrio-fetal
coelhos
abrangendo as doses de 200, 600, 800, 1200 e 1800 mg/kg/dia. A dose de 1800
mg/kg/dia induziu uma toxicidade maternal marcada e uma diminuição no peso fetal
associada
aumento
incidência
fetos
anomalias
cardiovasculares/esqueléticas. O NOAEL foi < 200 mg/kg/dia para as mães e 200
mg/kg/dia para os fetos (igual à dose máxima diária recomendada para humanos,
considerando mg/m2).
Foi efetuado um estudo de desenvolvimento peri e pós-natal em ratos com doses de
levetiracetam de 70, 350 e 1800 mg/kg/dia. O NOAEL foi ≥ 1800 mg/kg/dia para as
fêmeas F0, e para a sobrevivência, crescimento e desenvolvimento dos descendentes
F1 até ao desmame (6 vezes a dose máxima diária recomendada para humanos,
considerando mg/m2).
Estudos animais realizados em ratos e cães recém-nascidos e jovens demonstraram
que não ocorreram efeitos adversos sobre nenhum dos parâmetros padronizados
para avaliação do desenvolvimento e maturação, com doses até 1800 mg/kg/dia (6
– 17 vezes a dose máxima diária recomendada para humanos, considerando
mg/m2).
Avaliação do Risco Ambiental (ARA)
Não é esperado que a utilização de Levetiracetam de acordo com as recomendações
resulte num impacto ambiental inaceitável (ver secção 6.6).
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Amido de milho
Croscarmelose sódica
Povidona K 30
Sílica coloidal anidra
Talco
Estearato de magnésio
Revestimento:
Zelta 250 mg:
álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), macrogol 3350, talco e laca de alumínio
de indigotina (E132).
Zelta 500 mg:
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álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), macrogol 3350, talco e óxido de ferro
amarelo (E172).
Zelta 750 mg:
álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), macrogol 3350, talco, laca de alumínio
amarelo-sol FCF (E110) e óxido de ferro vermelho (E172).
Zelta 1000 mg:
álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), macrogol 3350 e talco.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Zelta está disponível em embalagens blister de PVC-Alu ou de PVC/PVDC-Alu
contendo 10, 20, 30, 50, 60, 80, 100, 120 ou 200 comprimidos revestidos por
película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Hetero Europe S.L.
Viladecans Business Park – Edificio Brasil
Catalunya 83-85
08840 Viladecans (Barcelona)
Espanha
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Zelta 250 mg:
N.º de registo: 5442777 – 20 comprimidos, 250 mg, blister de PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5442801 – 60 comprimidos, 250 mg, blister de PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: 5442751 – 20 comprimidos, 250 mg, blister de PVC-Alu
N.º de registo: 5442769 – 60 comprimidos, 250 mg, blister de PVC-Alu
Zelta 500 mg:
N.º de registo: 5442827 – 60 comprimidos, 500 mg, blister de PVC/PVDC-Alu
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01-09-2014
INFARMED
N.º de registo: 5442819 – 60 comprimidos, 500 mg, blister de PVC-Alu
Zelta 750 mg:
N.º de registo: não atribuído– 750 mg, blister de PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: não atribuído– 750 mg, blister de PVC-Alu
Zelta 1000 mg:
N.º de registo: não atribuído– 1000 mg, blister de PVC/PVDC-Alu
N.º de registo: não atribuído– 1000 mg, blister de PVC-Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
02 março 2012
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
02 março 2012