Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
17-12-2015
17-12-2015
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Zeldox 20 mg, 40 mg, 60 mg, 80 mg, cápsulas
Ziprasidona
Leia com atenção este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação
importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto,
fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Zeldox e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Zeldox 3. Como tomar Zeldox
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Zeldox
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Zeldox e para que é utilizado
Zeldox pertence a um grupo de medicamentos designados por antipsicóticos.
Zeldox está indicado no tratamento da esquizofrenia em adultos - uma doença mental que se apresenta com
os seguintes sintomas: ouvir, ver e sentir coisas que não existem, acreditar em algo que não corresponde à
realidade, sentir suspeitas invulgares, necessidade de se isolar e dificuldade em estabelecer relações sociais,
nervosismo, depressão ou ansiedade.
Zeldox está também indicado no tratamento de episódios de mania ou mistos de gravidade moderada, em
adultos e crianças e adolescentes com 10-17 anos de idade que sofrem de perturbação bipolar – uma doença
mental caracterizada por períodos alternados de euforia (mania) ou períodos de depressão. Durante os
episódios de mania os sintomas mais característicos são: comportamento eufórico, autoestima exagerada,
aumento de energia, diminuição da necessidade de dormir, falta de concentração ou hiperatividade e
comportamento repetido de alto risco.
2. O que precisa de saber antes de tomar Zeldox
Não tome Zeldox
- se tem alergia à ziprasidona ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
Os sinais de reação alérgica incluem erupção cutânea, comichão, inchaço na face ou lábios, dificuldade em
respirar.
- se tem ou já teve problemas do coração ou teve recentemente um ataque cardíaco.
- se toma medicamentos para problemas do ritmo do coração ou que podem afetar o ritmo cardíaco.
Ver também a secção “Outros medicamentos e Zeldox ”
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Zeldox s
- se você ou alguém da sua família tem antecedentes (ou história) de coágulos no sangue, uma vez que este
tipo de medicamentos estão associados à formação de coágulos sanguíneos
- se tem problemas de fígado
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
- se sofre ou sofreu de convulsões ou epilepsia
- se é idoso (mais de 65 anos) e sofre de demência e está em risco de ter um acidente vascular cerebral
(AVC)
- se tem batimentos do coração lentos, em repouso, e/ou se sabe que pode ter diminuição de sal no seu
organismo como resultado de diarreia grave prolongada e vómitos (estar enjoado) ou pela utilização de
diuréticos (comprimidos para urinar)
- se tem batimentos do coração rápidos ou irregulares, desmaio, colapso ou tonturas quando se levanta que
podem indicar funcionamento irregular da frequência cardíaca.
Contacte o seu médico imediatamente se lhe acontecer alguma das seguintes situações:
Reações cutâneas graves, tais como erupção cutânea com bolhas que podem incluir úlceras na boca,
derrames cutâneos, febre e manchas tipo picadas na pele que pode ser sintomas de síndrome de Stevens-
Johnson. Estas reações cutâneas podem ser potencialmente fatais.
Informe o seu médico que está a tomar Zeldox antes de fazer análises laboratoriais (por exemplo, análises
ao sangue, urina, função do fígado, frequência cardíaca) porque pode alterar os resultados dos testes.
Outros medicamentos e Zeldox
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Não tome Zeldox se tomar medicamentos para problemas do ritmo do coração ou medicamentos que
possam afetar o ritmo do coração, tais como:
- Antiarrítmicos de Classe IA e III, trióxido de arsénio, halofantrina, acetato de levometadil, mesoridazina,
tioridazina, pimozida, esparfloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina, mesilato de dolasetron, mefloquina,
sertindol ou cisaprida. Estes medicamentos afetam o ritmo do coração prolongando o intervalo QT. Se tem
dúvidas sobre isto, deve falar com o seu médico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Zeldox
Fale com o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente medicamentos
para o tratamento de:
- infeções bacterianas; estes medicamentos são conhecidos como antibióticos; por exemplo, antibióticos
macrólidos ou rifampicina.
- alterações de humor (alternando entre estados de depressão e euforia), agitação e irritação; estes são
conhecidos como medicamentos estabilizadores do humor, por exemplo, lítio, carbamazepina, valproato.
- depressão incluindo certos medicamentos serotoninérgicos, por exemplo, inibidores SRS como a
fluoxetina, paroxetina, sertralina; ou medicamentos à base de plantas ou produtos naturais contendo
hipericão (Erva de S. João).
- epilepsia; por exemplo, fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, etosuximida.
- Doença de Parkinson; por exemplo, levodopa, bromocriptina, ropinirol, pramipexol.
- ou se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente os seguintes medicamentos: verapamilo, quinidina,
itraconazol ou ritonavir.
Ver também secção “Não tome Zeldox” acima
Zeldox com alimentos e bebidas
Zeldox TEM QUE SER TOMADO DURANTE UMA REFEIÇÃO PRINCIPAL.
Não deve ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com Zeldox porque pode aumentar o risco de
efeitos secundários.
Gravidez e amamentação
Gravidez
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Não deve tomar Zeldox durante a gravidez a não ser que o seu médico lhe tenha dito para o fazer porque
existe o risco que este medicamento possa prejudicar o seu bebé. Utilize sempre contraceção eficaz.
Informe o seu médico imediatamente se estiver grávida ou se planear engravidar enquanto está a tomar
Zeldox.
Os seguintes sintomas podem ocorrer em recém-nascidos cujas mães tomaram Zeldox no terceiro trimestre
de gravidez (últimos três meses de gravidez): tremor, fraqueza e/ou rigidez muscular, sonolência, agitação,
problemas respiratórios e dificuldades na alimentação. Se o seu bebé desenvolver qualquer um destes
sintomas, contacte o seu médico.
Amamentação
Não amamente se estiver a tomar Zeldox uma vez que pequenas quantidades podem passar para o leite
materno. Se está a planear amamentar fale com o seu médico antes de tomar este medicamento.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Tomar Zeldox pode fazer com que se sinta sonolento. Se tal lhe acontecer, não deve conduzir veículos nem
utilizar máquinas até a sonolência desaparecer.
Zeldox contém lactose
Zeldox contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-
o antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Zeldox
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
As cápsulas devem ser engolidas inteiras, não devem ser mastigadas e devem ser tomadas com as refeições.
É importante não mastigar as cápsulas porque pode afetar a quantidade de medicamento absorvido pelo
intestino.
Zeldox deve ser tomado duas vezes por dia, uma cápsula de manhã durante um pequeno-almoço
substancial e uma cápsula à noite durante o jantar (ver a embalagem). Deve tomar este medicamento todos
os dias à mesma hora.
Adultos
A dose recomendada é entre 40 mg a 80 mg, duas vezes por dia, ingeridas ásrefeições.
Em tratamentos de longa duração, o seu médico pode ter que ajustar a dose. Não deve exceder a dose
máxima de 160 mg por dia.
Crianças e adolescentes com mania bipolar
A dose inicial recomendada é de 20 mg, tomada com uma refeição, após a qual o médico irá aconselhar
sobre a dose mais adequada para si. Não deve exceder a dose máxima de 80 mg por dia em crianças com
peso de 45 Kg ou inferior, ou 160 mg por dia em crianças com peso superior a 45 Kg.
A segurança e eficácia de Zeldox no tratamento da esquizofrenia em crianças e adolescentes não foram
estabelecidas.
Idosos (mais de 65 anos)
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Se é idoso, o seu médico irá decidir a dose adequada para si. As doses utilizadas em pessoas com mais de
65 anos por vezes são mais baixas do que as utilizadas em pessoas mais jovens. O seu médico irá
aconselhá-lo sobre a dose correta para si.
Doentes com problemas de fígado
Se tem problemas de fígado pode ter que tomar uma dose mais baixa de Zeldox. O seu médico irá indicar a
dose correta para si.
Se tomar mais Zeldox do que deveria
Contacte o seu médico ou dirija-se ao hospital mais próximo. Leve a sua embalagem de Zeldox cápsulas
consigo.
Se tomou mais Zeldox do que deveria poderá sentir sonolência, tremores, convulsões e movimentos
involuntários da cabeça e do pescoço.
Caso se tenha esquecido de tomar Zeldox
É importante que tome Zeldox sempre à mesma hora em cada dia. Se se esquecer de tomar uma dose tome-
a assim que se lembrar a não ser que esteja na hora da próxima dose. Nesse caso, tome apenas a dose
seguinte.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Zeldox
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo irá tomar Zeldox. Não deve interromper o tratamento com
Zeldox a não ser que o médico lhe tenha dito para o fazer.
É importante que continue com a sua medicação mesmo que se sinta melhor. Se parar o tratamento
demasiado cedo, os sintomas poderão voltar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Contudo, a maioria dos efeitos secundários são transitórios. Pode ser difícil, por vezes, distinguir os
sintomas da sua doença dos efeitos secundários.
PARE de tomar Zeldox e contacte o seu médico imediatamente se tiver algum dos seguintes efeitos
secundários graves:
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
- Batimento cardíaco rápido ou irregular, tonturas quando se levanta que pode indicar funcionamento
irregular do coração. Estes sintomas podem ser devido a hipotensão postural.
- Movimentos involuntários/não habituais, especialmente na sua face ou língua.
Desconhecido (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):
- Inchaço na face, lábios, língua ou garganta, problemas respiratórios ou em engolir, urticária.
Estes podem ser sintomas de uma reação alérgica grave como angioedema.
- Febre, respiração rápida, transpiração, rigidez muscular, tremores, dificuldade em engolir e consciência
reduzida. Estes podem ser sintomas de uma condição conhecida como síndrome maligna dos neurolépticos.
- Reações cutâneas, nomeadamente erupções cutâneas, febre e gânglios linfáticos inchados, que podem ser
sintomas de uma condição chamada reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos
(DRESS). Estas reações podem ser potencialmente fatais.
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
- Confusão, agitação, temperatura elevada, transpiração, falta de coordenação muscular, contrações
musculares. Estes podem ser sintomas de uma condição conhecida como síndrome da serotonina.
- Batimento cardíaco rápido e irregular, desmaiar, podem ser sintomas de uma condição potencialmente
fatal conhecida como Torsade de Pointes.
-Ereção persistente, dolorosa e anormal do pénis.
Pode ter qualquer um dos efeitos secundários listados abaixo. Estes potenciais efeitos secundários são
habitualmente ligeiros a moderados e podem desaparecer com o tempo. Contudo, se o efeito secundário for
grave ou persistente, deve contactar o seu médico.
Efeitos secundários frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
- Inquietação
- Anomalias do movimento incluindo movimentos involuntários, rigidez muscular, lentidão dos
movimentos, tremores, fraqueza geral e cansaço
- Sonolência
- Dor de cabeça
- Tonturas
- Prisão de ventre, sentir-se enjoado, vómitos e indigestão, boca seca, aumento da salivação
- Visão turva
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
- Aumento do apetite
- Dificuldade em controlar os movimentos
- Sentir-se agitado ou ansioso, aperto na garganta, pesadelos
- Convulsões, movimentos involuntários dos olhos numa posição fixa, falta de coordenação, alterações do
discurso, entorpecimento, sensação de picadas, diminuição da capacidade de concentração, babar-se,
sonolência excessiva durante o dia, exaustão
- Palpitação, sensação de desmaio quando se levanta, falta de ar
- Sensibilidade à luz, zumbidos nos ouvidos
- Garganta inflamada, dificuldade em engolir, língua inchada, diarreia, gases, desconforto no estômago
- Erupção cutânea com comichão, acne
- Cãibras musculares, articulações inchadas ou rígidas
- Sede, dor, desconforto no peito, andar anómalo
Efeitos secundários raros (podem afetar até 1 em 1000 pessoas):
- Corrimento nasal
- Diminuição dos níveis de cálcio no sangue
- Ataques de pânico, sentir-se deprimido, pensamentos lentos, falta de emoções
- Posição invulgar da cabeça (pescoço torto ou torcicolo), paralisia, pernas irrequietas
- Perda de visão parcial ou completa num dos olhos, comichão nos olhos, olhos secos, perturbações da
visão
- Dor nos ouvidos
- Soluços
- Refluxo ácido
- Fezes moles
- Perda de cabelo, inchaço da face, irritações da pele
- Incapacidade de abrir a boca
- Incontinência urinária, dor ou dificuldade em urinar
- Ereção diminuída ou aumentada, diminuição do orgasmo, produção de leite anómala
- Aumento das mamas nos homens e nas mulheres
- Sentir-se quente, febre
- Glóbulos brancos diminuídos ou aumentados (em análise ao sangue)
- Análises laboratoriais anómalas à função do fígado
- Pressão arterial elevada
- Análises laboratoriais anómalas ao sangue ou à frequência cardíaca
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
- Manchas vermelhas da pele inflamadas e levantadas cobertas por placas brancas conhecida como psoríase
Desconhecido (Frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):
- Reação alérgica grave
- Em pessoas idosas com demência, foi notificado um pequeno aumento no número de mortes em doentes a
tomarem antipsicóticos comparados com aqueles que não estavam a tomar antipsicóticos.
- Coágulos nas veias, especialmente nas pernas (sintomas incluem inchaço, dor e vermelhidão na perna),
que se podem deslocar pelos vasos sanguíneos até aos pulmões e causar dor no peito e dificuldade em
respirar. Se detetar algum destes sintomas procure aconselhamento médico de imediato.
- Dificuldade em dormir, urinar involuntariamente
- Níveis extremamente elevados de energia, pensamentos estranhos e hiperatividade
- Perda de consciência
- Pápulas grandes (urticária) com comichão grave
- Paralisia facial
- Síndrome de abstinência em recém-nascidos
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto,
fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao
INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer
mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Zeldox
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não conservar acima de 30ºC.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior . O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico
como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Zeldox
- A substância ativa é a ziprasidona. Cada cápsula contém 20 mg, 40 mg, 60 mg ou 80 mg de ziprasidona
sob a forma de cloridrato de ziprasidona.
- Os outros componentes são: lactose mono-hidratada, amido de milho pré-gelificado, estearato de
magnésio, gelatina, dióxido de titânio (E171), laurilsulfato de sódio (dodecilsulfato de sódio) e indigotina
(E132) para cápsulas contendo azul (20, 40 e 80 mg), shellac, álcool etílico anidro, álcool isopropílico,
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
álcool n-butílico, propilenoglicol, água purificada, hidróxido de amónio, hidróxido de potássio e óxido de
ferro negro (E172).
Qual o aspeto de Zeldox cápsulas e conteúdo da embalagem
As cápsulas de Zeldox são cápsulas de gelatina.
As cápsulas de Zeldox 20 mg são de cor azul/branca, marcadas com “Pfizer” e ZDX 20.
As cápsulas de Zeldox 40 mg de cor azul, marcadas com “Pfizer” e ZDX 40.
As cápsulas de Zeldox 60 mg são de cor branca, marcadas com “Pfizer” e ZDX 60.
As cápsulas de Zeldox 80 mg são de cor azul/branca, marcadas com “Pfizer” e ZDX 80.
Tamanho das embalagens:
Blisters de PVC/PVA Alumínio contendo 14, 20, 30, 50, 56, 60 ou 100 cápsulas.
Frasco de plástico (HDPE) com agente secante e tampa com abertura resistente a crianças, contendo 100
cápsulas. Poderá ser utilizada selagem por indução de calor para o fecho, neste caso não se inclui o agente
secante.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Laboratórios Pfizer, Lda.
Lagoas Park, Edifício 10
2740-271 Porto Salvo
Fabricante
R-Pharm Germany GmbH
Heinrich-Mack-Str. 35, D-89257
Illertissen
Alemanha
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico Europeu (EEE) sob
as seguintes denominações:
PAÍSES EU
Cápsulas
Áustria, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Islândia,
Itália, Noruega, Portugal, Bulgária, República Checa,
Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia,
Roménia, Eslováquia, Eslovénia
ZELDOX
Irlanda
GEODON
Grécia, Espanha, Suécia
ZELDOX, GEODON
Este folheto foi revisto pela última vez em
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Zeldox 20 mg cápsulas
Zeldox 40 mg cápsulas
Zeldox 60 mg cápsulas
Zeldox 80 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula contém cloridrato mono-hidratado de ziprasidona equivalente a 20 mg, 40 mg, 60 mg ou 80
mg de ziprasidona.
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Cada cápsula de 20 mg contém 66,1 mg de lactose mono-hidratada.
Cada cápsula de 40 mg contém 87,83 mg de lactose mono-hidratada.
Cada cápsula de 60 mg contém 131,74 mg de lactose mono-hidratada.
Cada cápsula de 80 mg contém 175, 65 mg de lactose mono-hidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
20 mg – cápsulas azuis/brancas nº 4, marcadas com “Pfizer” e ZDX 20
40 mg – cápsulas azuis nº 4, marcadas com “Pfizer” e ZDX 40
60 mg – cápsulas brancas nº 3, marcadas com “Pfizer” e ZDX 60
80 mg – cápsulas azuis/brancas nº 2, marcadas com “Pfizer” e ZDX 80
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
A ziprasidona está indicada no tratamento da esquizofrenia em adultos.
A ziprasidona está indicada no tratamento de episódios de mania ou mistos, na perturbação bipolar, de
severidade moderada, em adultos e crianças e adolescentes com 10-17 anos de idade (a prevenção de
episódios de perturbação bipolar não foi estabelecida - ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Adultos
A dose recomendada, no tratamento agudo da esquizofrenia e dos episódios de mania da perturbação
bipolar, é de 40 mg, duas vezes ao dia, administrada com alimentos. A dose diária pode ser posteriormente
ajustada, com base no quadro clínico individual, até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia. Se indicado, a
dose máxima recomendada pode ser atingida ao 3º dia de tratamento.
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
É particularmente importante não exceder a dose máxima, uma vez que o perfil de segurança acima de 160
mg/dia não foi confirmado e a ziprasidona está associada ao prolongamento do intervalo QT relacionado
com a dose (ver secções 4.3 e 4.4).
Na terapêutica de manutenção dos doentes com esquizofrenia, a ziprasidona deve ser administrada na dose
efetiva mais baixa; em muitos casos, uma dose de 20 mg, duas vezes ao dia, poderá ser suficiente.
Idosos
Não está indicada, por rotina, uma dose inicial mais baixa, mas deverá ser considerada para os doentes com
idade igual ou superior a 65 anos, caso existam fatores clínicos que o aconselhem.
Doentes com compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose nos doentes com compromisso da função renal (ver secção 5.2).
Doentes com compromisso hepático
Nos doentes com insuficiência hepática devem ser consideradas doses mais baixas (ver secções 4.4 e 5.2).
População pediátrica
Mania Bipolar
A dose recomendada, no tratamento agudo da mania bipolar, em doentes pediátricos (10 a 17 anos de
idade) é uma dose única de 20 mg no dia 1, com alimentos. A ziprasidona deve ser posteriormente
administrada com alimentos, dividida em duas doses diárias, e deve ser titulada durante 1-2 semanas para o
intervalo alvo de 120-160 mg/dia para doentes com peso
45kg, ou para o intervalo alvo de 60-80 mg/dia
para doentes com peso <45 kg. O doseamento posterior deve ser ajustado com base no estado clínico do
indivíduo dentro do intervalo 80-160 mg/dia para doentes com peso
45kg, ou 40-80 mg/dia para doentes
com peso <45 kg. O doseamento assimétrico, com doses matinais 20 mg ou 40 mg inferiores às doses da
noite, foi permitido no ensaio clínico (ver secções 4.4, 5.1 e 5.2).
É particularmente importante não exceder a dose máxima baseada no peso, uma vez que o perfil de
segurança acima da dose máxima (160 mg/dia para crianças
45kg e 80 mg/dia para crianças <45 kg) não
foi confirmado e a ziprasidona está associada ao prolongamento do intervalo QT relacionado com a dose
(ver secções 4.3 e 4.4).
Esquizofrenia:
A segurança e eficácia da ziprasidona em doentes pediátricos com esquizofrenia não foram estabelecidas
(ver secção 4.4).
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na secção 6.1.
Prolongamento conhecido do intervalo QT. Síndrome do intervalo QT longo congénito. Enfarte agudo do
miocárdio recente. Insuficiência cardíaca descompensada. Arritmias tratadas com medicamentos
antiarrítmicos das classes IA e III.
Terapêutica concomitante com medicamentos que prolongam o intervalo QT, tais como antiarrítmicos de
Classe IA e III, trióxido de arsénio, halofantrina, acetato de levometadil, mesoridazina, tioridazina,
pimozida, esparfloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina, mesilato de dolasetron, mefloquina, sertindol ou
cisaprida (ver secções 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Deve ser efetuada uma história clínica, incluindo os antecedentes familiares e exame físico, de forma a
identificar doentes para os quais o tratamento com ziprasidona não é recomendado (ver secção 4.3).
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Intervalo QT
A ziprasidona causa um prolongamento ligeiro a moderado, relacionado com a dose, do intervalo QT (ver
secções 4.8 e 5.1).
A ziprasidona não deve ser administrada em associação com outros medicamentos que se sabe prolongarem
o intervalo QT (ver secções 4.3 e 4.5). Aconselha-se precaução em doentes com bradicardia significativa.
Alterações eletrolíticas, como a hipocaliemia e a hipomagnesemia, aumentam o risco de ocorrência de
arritmias malignas e devem ser corrigidas antes do início do tratamento com ziprasidona. Em caso de
tratamento de doentes com doença cardíaca estável, deve ser considerada a realização de ECG antes do
início do tratamento.
Se ocorrerem sintomas cardíacos, tais como palpitações, vertigens, síncope ou convulsões, deve ser
considerada a possibilidade de arritmia cardíaca maligna e efetuar-se uma avaliação cardíaca, incluindo
realização de ECG. Se o intervalo QTc for >500 ms, recomenda-se que o tratamento seja interrompido (ver
secção 4.3).
Foram relatados, no período pós-comercialização, casos raros de torsades de pointes em doentes com
múltiplos fatores de risco de confundimento a tomar ziprasidona.
População pediátrica
A segurança e a eficácia da ziprasidona no tratamento da esquizofrenia não foram avaliadas em crianças e
adolescentes.
Síndrome Maligna dos Neurolépticos (SMN)
A SNM, uma situação rara mas potencialmente fatal, foi relatada em associação com medicamentos
antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. O tratamento da SNM deve incluir a descontinuação imediata de
todos os medicamentos antipsicóticos.
Reações adversas cutâneas graves
Foram notificadas reações medicamentosas com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS) associadas à
exposição à ziprasidona. DRESS consiste numa combinação de três ou mais dos seguintes sintomas: reação
cutânea (tal como erupção cutânea ou dermatite exfoliativa), eosinofilia, febre, linfadenopatia e uma ou
mais complicações sistémicas, como hepatite, nefrite, pneumonite, miocardite e pericardite.
Foram também notificadas outras reações adversas cutâneas graves, como síndrome de Stevens-Johnson,
associadas a exposição à ziprasidona.
As reações adversas cutâneas graves são, por vezes, fatais. O tratamento com ziprasidona deve ser
descontinuado caso ocorram reações adversas cutâneas graves.
Discinesia tardia
Após tratamento prolongado, existe a possibilidade da ziprasidona poder causar discinesia tardia e outras
síndromes extrapiramidais tardias. Sabe-se que os doentes com perturbação bipolar são particularmente
vulneráveis a esta categoria de sintomas. Esta é mais frequente com o aumento da duração do tratamento e
da idade. Se surgirem sinais e sintomas de discinesia tardia, deve ser considerada a redução da dose ou a
descontinuação do tratamento com ziprasidona.
Convulsões
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com história de convulsões.
Compromisso hepático
Não existe experiência de utilização em doentes com insuficiência hepática grave e, por isso, a ziprasidona
deverá ser utilizada com precaução neste grupo de doentes (ver secções 4.2 e 5.2).
Medicamentos que contêm lactose
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Uma vez que as cápsulas contêm o excipiente lactose (ver secção 6.1), os doentes com problemas
hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou que apresentem
malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
Aumento do risco de acidentes cerebrovasculares na população com demência
Foi observado, em ensaios clínicos aleatorizados e controlados por placebo, em doentes com demência, um
aumento de cerca de 3 vezes no risco de acontecimentos adversos cerebrovasculares, com alguns
antipsicóticos atípicos. O mecanismo para este aumento do risco não é conhecido. Um aumento de risco
não pode ser excluído para outros antipsicóticos ou outras populações de doentes. Zeldox deverá ser
utilizado com precaução em doentes com fatores de risco para AVC.
Aumento da mortalidade em pessoas idosas com demência
Dados obtidos em dois grandes estudos observacionais demonstraram que pessoas idosas com demência
que são tratadas com antipsicóticos têm um pequeno aumento do risco de morte comparado com os que não
são tratados. Existem dados insuficientes para poder dar uma estimativa concreta sobre a magnitude precisa
do risco e a causa do risco aumentado é desconhecida.
Zeldox não está registado para o tratamento de distúrbios do comportamento relacionados com demência.
Tromboembolismo venoso
Foram notificados casos de tromboembolismo venoso (TEV) com medicamentos antipsicóticos. Uma vez
que os doentes tratados com antipsicóticos apresentam, frequentemente, fatores de risco para o TEV,
quaisquer fatores de risco possíveis para o TEV devem ser identificados antes e durante o tratamento com a
ziprazidona e devem ser adotadas medidas preventivas adequadas.
Priapismo
Foram notificados casos de priapismo com a utilização de antipsicóticos, incluindo a ziprasidona. Esta
reação adversa, tal como com outros medicamentos psicotrópicos, não pareceu ser dependente da dose e
não apresentou correlação com a duração do tratamento.
Hiperprolactinemia
Tal como com outros fármacos que antagonizam os recetores D2 da dopamina, a ziprasidona pode
aumentar os níveis de prolactina. Foram notificadas perturbações tais como galactorreia, amenorreia,
ginecomastia e impotência com compostos que aumentam a prolactina. A hiperprolactinemia de longa
duração, quando associada a hipogonadismo, pode levar à diminuição da densidade óssea.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Não foram desenvolvidos estudos farmacocinéticos e farmacodinâmicos entre a ziprasidona e outros
fármacos que prolongam o intervalo QT. Não pode ser excluído um efeito aditivo da ziprasidona com estes
fármacos, pelo que, a ziprasidona não deverá ser administrada concomitantemente com medicamentos que
prolongam o intervalo QT, tais como, antiarrítmicos de classe IA e III, trióxido de arsénio, halofantrina,
acetato de levometadil, mesoridazina, tioridazina, pimozida, esparfloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina,
mesilato de dolasetron, mefloquina, sertindol ou cisaprida (ver secção 4.3).
Não foram efetuados estudos de interação da ziprasidona com outros medicamentos em crianças.
Medicamentos que atuam no SNC/Álcool
Dado os efeitos primários da ziprasidona, é necessária precaução aquando da sua utilização concomitante
com outros medicamentos de ação central e com o álcool.
Efeito da ziprasidona noutros medicamentos
Um estudo in vivo com o dextrometorfano, para concentrações plasmáticas 50% inferiores às obtidas após
a administração de 40 mg de ziprasidona, duas vezes por dia, não mostrou uma inibição acentuada da
CYP2D6. Dados in vitro indicaram que a ziprasidona pode ser um inibidor moderado da CYP2D6 e da
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
CYP3A4. Contudo, não é provável que a ziprasidona afete a farmacocinética de medicamentos
metabolizados por estas formas isomórficas do citocromo P450 de um modo clinicamente relevante.
Contracetivos orais – A administração de ziprasidona não alterou significativamente a farmacocinética de
estrogénios (etinilestradiol, um substrato da CYP3A4) ou de componentes da progesterona.
Lítio – A coadministração de ziprasidona não alterou a farmacocinética do lítio.
Uma vez que a ziprasidona e o lítio estão associados a alterações da condução cardíaca, a sua combinação
pode representar um risco de interação farmacodinâmica, incluindo arritmias. No entanto, em ensaios
clínicos controlados, a combinação de ziprasidona e lítio não demonstrou um aumento do risco clínico, em
comparação com lítio isoladamente.
Os dados referentes à utilização concomitante com o estabilizador de humor carbamazepina são limitados.
A interação farmacocinética da ziprasidona com o valproato é improvável devido à falta de vias
metabólicas comuns para os dois fármacos. Num estudo em doentes, a coadministração de ziprasidona e
valproato mostrou que as concentrações médias de valproato estavam dentro do intervalo terapêutico
comparativamente ao valproato administrado com placebo.
Efeitos de outros medicamentos sobre a ziprasidona
O cetoconazol (400 mg/dia), um inibidor da CYP3A4, aumentou as concentrações séricas da ziprasidona
em menos de 40%. As concentrações séricas da S-metil-dihidroziprasidona e da ziprasidona sulfóxido, no
Tmax esperado para a ziprasidona, aumentaram 55% e 8%, respetivamente. Não foi observado qualquer
prolongamento adicional do intervalo QTc. Não é provável que as alterações na farmacocinética resultantes
da coadministração de inibidores potentes da CYP3A4 tenham importância clínica, consequentemente não
é necessário um ajuste de dose. Os dados in vitro indicam que a ziprasidona é um substrato da
glicoproteína-P (p-gp). A relevância in vivo é desconhecida, contudo a coadministração com inibidores da
p-gp conhecidos tais como verapamilo, antibióticos macrólidos, quinidina, itraconazol e ritonavir pode
causar aumento das concentrações plasmáticas de ziprasidona. A coadministração com indutores da p-gp
tais como rifampicina e hipericão (Erva de S. João) pode causar diminuição das concentrações de
ziprasidona. Isto deve ser levado em conta se a coadministração for considerada.
A administração de carbamazepina, 200 mg duas vezes por dia, durante 21 dias, teve como resultado uma
diminuição em, aproximadamente, 35% na exposição à ziprasidona.
Antiácidos – doses múltiplas de antiácidos contendo alumínio e magnésio, ou cimetidina, não exerceram
efeitos clinicamente significativos na farmacocinética da ziprasidona quando administrada com alimentos.
Medicamentos serotoninérgicos
Em casos isolados, têm existido relatos de síndrome da serotonina temporlamente associada à utilização
terapêutica de ziprasidona em combinação com outros medicamentos serotoninérgicos como os ISRSs (ver
secção 4.8). Os sintomas da síndrome de serotonina podem incluir confusão, agitação, febre, suores, ataxia,
hiperreflexia, mioclonia e diarreia.
Ligação às proteínas
A ziprasidona liga-se extensivamente às proteínas plasmáticas. A ligação da ziprasidona às proteínas
plasmáticas in vitro, não foi alterada pela varfarina ou propanolol, dois fármacos de alta ligação às
proteínas plasmáticas, nem a ziprasidona alterou a ligação destes fármacos no plasma humano. Assim, o
potencial de interação de fármacos com a ziprasidona devido ao deslocamento é improvável.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Estudos de toxicidade reprodutiva mostraram efeitos indesejáveis no processo reprodutivo em doses
associadas a toxicidade materna e/ou sedação. Não houve evidência de teratogenicidade (ver secção 5.3).
Gravidez
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Não foram efetuados estudos em mulheres grávidas. Por conseguinte, as mulheres com potencial para
engravidar que estejam sob terapêutica com ziprasidona devem ser aconselhadas a utilizar métodos
adequados de contraceção. Dado que a experiência no ser humano é limitada, não se recomenda a
administração de ziprasidona durante a gravidez, a não ser que o benefício esperado compense o risco
potencial para o feto.
Informação da classe dos antipsicóticos
Os recém-nascidos expostos a antipsicóticos (incluindo a ziprasidona) durante o terceiro trimestre de
gravidez estão em risco de ocorrência de reações adversas após o parto, incluindo sintomas extrapiramidais
e/ou de abstinência, que podem variar em intensidade e duração. Foram notificados casos de agitação,
hipertonia, hipotonia, tremor, sonolência, dificuldade respiratória ou perturbações da alimentação.
Consequentemente, os recém-nascidos devem ser monitorizados cuidadosamente. Zeldox não deve ser
utilizado durante a gravidez a menos que seja claramente necessário. Se for necessário descontinuar o
tratamento durante a gravidez, não deve ser feito abruptamente.
Amamentação
Não se sabe se a ziprasidona é excretada no leite materno. As doentes não devem amamentar se estiverem
sob terapêutica com ziprasidona. Se o tratamento for necessário, deverá interromper-se o aleitamento.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
A ziprasidona pode causar sonolência e influenciar a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Os
doentes que possam vir a conduzir ou utilizar máquinas devem ser devidamente advertidos.
4.8 Efeitos indesejáveis
A ziprasidona oral foi administrada a aproximadamente 6500 indivíduos adultos em ensaios clínicos (ver
secção 5.1). As reações adversas mais frequentes, nos ensaios clínicos efetuados na esquizofrenia, foram
sedação e acatísia. Nos ensaios clínicos efetuados nos episódios de mania da perturbação bipolar, as
reações adversas mais frequentes foram sedação, acatísia, efeitos extrapiramidais e tonturas.
A tabela abaixo contém acontecimentos adversos, baseados no conjunto de ensaios na esquizofrenia, de
dose fixa e de curta duração (4-6 semanas) e ensaios de dose flexível, de curta duração (3 semanas), nos
episódios de mania da perturbação bipolar, que apresentam uma provável ou possível relação com o
tratamento com ziprasidona e que ocorreram com uma incidência superior ao placebo. Reações adicionais
notificadas através da experiência pós-comercialização estão incluídas como Frequência "Desconhecida" a
itálico na listagem abaixo.
Todas as reações adversas são apresentadas de acordo com a classe e frequência: muito frequentes (
1/10);
frequentes (
1/100 a <1/10); pouco frequentes (
1/1000 a <1/100); raros (
1/10000 a <1/1000); muito
raros (<1/10000); desconhecido (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
As reações adversas descritas abaixo também podem estar associadas à patologia subjacente e/ou à
medicação concomitante.
Classes de sistemas de órgãos
Frequência
Reações adversas
Infeções e infestações
Raros
Rinite
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
Aumento do apetite
Raros
Hipocalcemia
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes
Instabilidade psicomotora
Pouco frequentes
Agitação, ansiedade, sensação de aperto na garganta, pesadelos
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Raros
Ataques de pânico, sintomas depressivos, bradifrenia, aplanamento
do afeto, anorgasmia
Desconhecido
Insónia; mania/hipomania
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Distonia, acatisia, perturbação extrapiramidal, parkinsonismo
(incluindo rigidez em roda dentada, bradicinesia, hipocinesia),
tremor, tonturas, sedação, sonolência, cefaleias
Pouco frequentes
Crises tonicoclónicas generalizadas, discinesia tardia, discinesia,
sialorreia, ataxia, disartria, crise oculógira, perturbações da atenção,
hipersónia, hipoestesia, parestesia, letargia
Raros
Torcicolo, paresia, acinesia, hipertonia, síndrome das pernas
inquietas
Desconhecido
Síndrome maligna dos neurolépticos; síndrome da serotonina (ver
secção 4.5); paralisia facial
Doenças do sangue e do sistema linfático
Raros
Linfopenia, contagem dos eosinófilos aumentada
Cardiopatias
Pouco frequentes
Palpitações, taquicardia
Raros
Prolongamento do intervalo QT corrigido no eletrocardiograma
Desconhecido
Torsade de pointes (ver secção 4.4)
Afeções oculares
Frequentes
Visão turva
Pouco frequentes
Fotofobia
Raros
Ambliopia, perturbações da visão, prurido ocular, xeroftalmia
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens, acufenos
Raros
Otalgia
Vasculopatias
Pouco frequentes
Crise hipertensiva, hipertensão, hipotensão ortostática, hipotensão
Raros
Hipertensão sistólica, hipertensão diastólica, labilidade da pressão
arterial
Desconhecido
Síncope, tromboembolismo venoso
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Dispneia, faringite
Raros
Soluços
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Náuseas, vómitos, obstipação, dispepsia, xerostomia, sialorreia
Pouco frequentes
Diarreia, disfagia, gastrite, desconforto gastrointestinal, edema da
língua, espessamento da língua, flatulência
Raros
Refluxo gastroesofágico, fezes moles
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes
Urticária, erupção cutânea, erupção cutânea máculo-papular, acne
Raros
Psoríase, dermatite alérgica, alopécia, edema da face, eritema,
erupção cutânea papular, irritação cutânea
Desconhecido
Hipersensibilidade, angioedema, reação medicamentosa com
eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS)
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes
Rigidez musculosquelética
Pouco frequentes
Desconforto musculosquelético, cãibras, dores nas extremidades,
rigidez das articulações
Raros
Trismo
Doenças renais e urinárias
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Raros
Incontinência urinária, disúria
Desconhecido
Enurese
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Raros
Disfunção eréctil, aumento da ereção, galactorreia, ginecomastia
Desconhecido
Priapismo
Doenças do sistema imunitário
Desconhecido
Reação anafilática
Afeções hepatobiliares
Pouco frequentes
Aumento das enzimas hepáticas
Raros
Anomalia no teste da função hepática
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes
Astenia, fadiga
Pouco frequentes
Desconforto torácico, alterações da marcha, dor, sede
Raros
Pirexia, sensação de calor
Exames complementares de diagnóstico
Raros
Aumento da lactato desidrogenase plasmática
Situações na gravidez, no puerpério e perinatais
Desconhecido
Síndrome de abstinência neonatal (ver secção 4.6)
Em ensaios clínicos de curta e longa duração com ziprasidona na esquizofrenia e nos episódios de mania da
perturbação bipolar, a incidência de convulsões tonicoclonicas e hipotensão foi pouco frequente, tendo
ocorrido em menos de 1% dos doentes tratados com ziprasidona.
A ziprasidona provoca um prolongamento dose dependente, ligeiro a moderado, do intervalo QT (ver
secção 5.1). Nos ensaios clínicos na esquizofrenia, observou-se um aumento de 30 a 60 ms em 12,3%
(976/7941) dos traçados ECG de doentes medicados com ziprasidona, e em 7,5% (73/975) dos traçados
ECG de doentes medicados com placebo. Foi observado um prolongamento >60 ms em 1,6% (128/7941) e
1,2% (12/975) dos traçados de doentes medicados com ziprasidona e placebo, respetivamente. A incidência
do prolongamento do intervalo QTc acima de 500 ms foi de 3 num total de 3266 (0,1%) doentes medicados
com ziprasidona e de 1 num total de 538 (0,2%) doentes medicados com placebo. Foram observados
resultados semelhantes nos ensaios clínicos nos episódios de mania da perturbação bipolar.
No tratamento de manutenção de longa duração em ensaios clínicos na esquizofrenia, os níveis de
prolactina dos doentes medicados com ziprasidona encontram-se, por vezes, aumentados, embora, na
maioria dos doentes, tenham retomado os valores normais sem a interrupção do tratamento. Além disso, as
manifestações clínicas potenciais (por exemplo, ginecomastia e aumento das mamas) foram raras.
População Pediátrica e Adolescente com Mania Bipolar e Adolescentes com Esquizofrenia
Num ensaio controlado com placebo, efetuado na perturbação bipolar (idades entre os 10 e 17 anos), as
reações adversas mais frequentes (notificadas com uma frequência >10%) foram sedação, sonolência,
cefaleia, fadiga, náusea e tonturas. Num ensaio controlado com placebo, efetuado na esquizofrenia (idades
entre os 13 e 17 anos), as reações adversas mais frequentes (notificadas com uma frequência >10%) foram
sonolência e perturbação extrapiramidal. A frequência, tipo e gravidade das reações adversas nestes
indivíduos foram, de um modo geral, similares às ocorridas nos adultos com perturbação bipolar ou
esquizofrenia tratados com ziprasidona.
A ziprasidona foi associada a um prolongamento ligeiro a moderado do intervalo QT, relacionado com a
dose, nos ensaios clínicos pediátricos efetuados na perturbação bipolar e na esquizofrenia similar ao
observado na população adulta. As crises tónicas clónicas e hipotensão não foram notificadas nos ensaios
clínicos controlados por placebo pediátricos bipolares.
Notificação de suspeitas de reações adversas
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez
que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED,
I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
A experiência com a sobredosagem de ziprasidona é limitada. A maior ingestão única confirmada de
ziprasidona é de 12800 mg. Neste caso, foram reportados sintomas extrapiramidais e um intervalo QTc de
446 milisegundos (sem sequelas cardíacas). No geral, os sintomas mais frequentemente relatados após
sobredosagem são sintomas extrapiramidais, sonolência, tremores e ansiedade.
A possibilidade de obnubilação, convulsões ou reações distónicas da cabeça e pescoço que se seguem à
sobredosagem podem causar risco de aspiração através da indução do vómito. Deve ser iniciada
imediatamente a monitorização da função cardiovascular, que deve incluir a monitorização
eletrocardiográfica contínua para deteção de possíveis arritmias. Não existe um antídoto específico para a
ziprasidona.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo Farmacoterapêutico: 2.9.2 Sistema Nervoso Central.Psicofármacos. Antipsicóticos.
Código ATC: NO5A E04.
A ziprasidona possui uma elevada afinidade para os recetores dopaminérgicos tipo 2 (D2) e uma afinidade
substancialmente superior para os recetores da serotonina tipo 2A (5HT2A). Através da utilização da
tomografia de emissão de positrões (TEP) verificou-se que o bloqueio dos recetores, 12 horas após uma
dose única de 40 mg, foi superior a 80% para os recetores da serotonina tipo 2A e superior a 50% para os
recetores da dopamina tipo D2. A ziprasidona também interage com os recetores da serotonina 5HT2C,
5HT1D e 5HT1A, relativamente aos quais a sua afinidade é igual ou maior do que para os recetores D2. A
ziprasidona tem uma afinidade moderada para os transportadores neuronais da serotonina e da
noradrenalina. A ziprasidona apresenta uma afinidade moderada para os recetores alfa-(1) e para os H(1) da
histamina. A ziprasidona demonstrou ter uma afinidade desprezível para os recetores muscarínicos M(1).
A ziprasidona mostrou ser simultaneamente um antagonista dos recetores da serotonina tipo 2A (5HT2A) e
dos recetores dopaminérgicos tipo 2 (D2). É proposto que a atividade terapêutica seja mediada, em parte,
através desta combinação de atividades antagonistas. A ziprasidona é também um potente antagonista dos
recetores 5HT2C e 5HT1D, um potente agonista dos recetores 5HT1A e um inibidor da recaptação
neuronal da noradrenalina e da serotonina.
Informação adicional sobre ensaios clínicos
Esquizofrenia
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Num ensaio clínico de 52 semanas, a ziprasidona foi eficaz na manutenção da melhoria clínica durante a
terapêutica continuada em doentes que mostraram resposta ao tratamento inicial: não houve evidência clara
da existência de uma relação dose-resposta entre os grupos medicados com ziprasidona. Neste estudo, que
incluiu doentes com ambos os sintomas, positivos e negativos, a eficácia da ziprasidona foi demonstrada
em ambos os sintomas, positivos e negativos.
A incidência de aumento de peso corporal, descrito como acontecimento adverso em ensaios clínicos de
curta duração (4-6 semanas), na esquizofrenia, foi baixa e idêntica nos doentes medicados com ziprasidona
e com placebo (ambos 0,4%). Num ensaio clínico controlado com placebo, com duração de um ano, foi
observada uma redução média de peso de 1-3 kg nos doentes medicados com ziprasidona em comparação
com uma redução média de 3 kg nos doentes medicados com placebo.
Num estudo comparativo na esquizofrenia, em dupla ocultação, foram determinados parâmetros
metabólicos, incluindo peso corporal e valores de insulina em jejum, colesterol total e triglicéridos e índice
de resistência à insulina (IR). Nos doentes medicados com ziprasidona não foram observadas alterações
significativas comparativamente às condições basais em nenhum destes parâmetros metabólicos.
Resultados de um estudo de segurança pós-comercialização de grande dimensão
Foi efetuado um estudo aleatorizado, pós-comercialização, que incluiu 18.239 doentes com esquizofrenia
em seguimento observacional de 1 ano, para determinar se o efeito da ziprasidona no intervalo QTc está
associado a um aumento do risco de mortalidade não relacionada com suicídio. Este estudo, que decorreu
de acordo com a prática clínica real, não evidenciou diferença na taxa global de mortalidade não
relacionada com suicídio, entre os tratamentos com ziprasidona e olanzapina (endpoint primário). O estudo
também não mostrou diferenças nos endpoints secundários de mortalidade por todas as causas, mortalidade
por suicídio, mortalidade por morte súbita, contudo, foi observada uma incidência numérica superior, não
significativa, da mortalidade cardiovascular no grupo tratado com ziprasidona. Foi também observada no
grupo da ziprasidona uma incidência estatística significativamente maior de hospitalização por todas as
causas devida, sobretudo, à diferença no número de hospitalizações psiquiátricas.
Episódios de mania na perturbação bipolar
A eficácia da ziprasidona em adultos com mania foi estabelecida em dois estudos de 3 semanas,
controlados por placebo, em dupla ocultação, que compararam a ziprasidona com placebo, e em um estudo
com duração de 12 semanas, em dupla ocultação, que comparou a ziprasidona com haloperidol e placebo.
Estes estudos incluíram, aproximadamente, 850 doentes com critérios de diagnóstico DSM-IV para
perturbação bipolar I, com um episódio agudo de mania ou misto, acompanhado ou não de características
psicóticas. Nestes estudos, a frequência da presença de características psicóticas na baseline foi de 49,7%,
34,7% ou 34,9%. A eficácia foi avaliada pela escala Mania Rating Scale (MRS). Nestes estudos, a escala
Clinical Global Impression-Severity (CGI-S) foi usada quer como variável de eficácia coprimária quer
como secundária principal. O tratamento com ziprasidona (40-80 mg duas vezes ao dia, dose média diária
de 120 mg) resultou numa melhoria estatisticamente significativa nas pontuações de ambas as escalas,
MRS e CGI-S, na última visita (3 semanas), comparativamente ao placebo. No estudo com duração de 12
semanas, o tratamento com haloperidol (dose média diária de 16 mg) resultou em reduções
significativamente superiores na escala MRS comparativamente à ziprasidona (dose média diária de 121
mg). A ziprasidona demonstrou eficácia comparável ao haloperidol em termos da proporção de doentes que
mantiveram a resposta ao tratamento da semana 3 à semana 12.
A eficácia da ziprasidona no tratamento da perturbação bipolar I em doentes pediátricos (10 a 17 anos de
idade) foi avaliada num ensaio clínico controlado por placebo com duração de 4 semanas (n=237) em
doentes internados e de ambulatório com critérios de diagnóstico DSM-IV para episódios de mania ou
mistos de perturbação bipolar I, acompanhados ou não de características psicóticas e uma pontuação Y-
17 na baseline. Este ensaio clínico em dupla ocultação, controlado por placebo, comparou a
ziprasidona oral em dose flexível 80-160 mg/dia (40-80 mg BID) dividida em duas doses para doentes com
peso
45 kg; 40-80 mg/dia (20-40 mg BID) para doentes com peso <45kg com placebo. A ziprasidona foi
administrada numa dose única de 20 mg no primeiro dia e posteriormente titulada durante 1-2 semanas, em
duas doses diárias, para um intervalo alvo de 120-160 mg/dia para doentes com peso
45 kg, ou 60-80
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
mg/dia para doentes com peso <45kg. O doseamento assimétrico, com doses da manhã 20 mg ou 40 mg
inferiores às doses da noite, foi permitido. A ziprasidona foi superior ao placebo na alteração da baseline
até à semana 4 na pontuação total Y-MRS. Neste ensaio clínico, as doses diárias médias administradas
foram 119 mg e 69 mg nos doentes com peso
45 kg e <45 kg, respetivamente.
A segurança da ziprasidona foi avaliada em 267 doentes pediátricos (10 a 17 anos de idade) que
participaram em ensaios clínicos com doses múltiplas na mania bipolar; um total de 82 doentes pediátricos
com perturbação bipolar I foram tratados com ziprasidona oral durante, pelo menos, 180 dias.
Num ensaio clínico de 4 semanas com doentes pediátricos (10-17 anos) com mania bipolar, não ocorreram
diferenças na alteração média a partir da baseline na massa corporal, glucose em jejum, colesterol total,
colesterol LDL ou níveis de triglicéridos, entre os doentes em tratamento com ziprasidona e placebo.
Não existem estudos clínicos de longa duração, em dupla ocultação, que tenham investigado a eficácia e
tolerabilidade da ziprasidona em crianças e adolescentes.
Não existem estudos clínicos de longa duração que tenham investigado a eficácia da ziprasidona na
prevenção da recorrência de sintomas maníacos/depressivos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após a administração por via oral de doses múltiplas de ziprasidona, com alimentos, as concentrações
séricas máximas ocorrem, geralmente, 6 a 8 horas após a toma. A biodisponibilidade absoluta de uma dose
de 20 mg administrada com alimentos é de 60%. Estudos farmacocinéticos demonstraram que a
biodisponibilidade da ziprasidona aumenta cerca de 100% na presença de alimentos. Consequentemente,
recomenda-se que a ziprasidona seja administrada com alimentos.
Distribuição
O volume da distribuição é de aproximadamente 1,1 l/kg. A ziprasidona liga-se em mais de 99% às
proteínas plasmáticas.
Biotransformação e eliminação
O tempo de semivida médio da ziprasidona, após administração por via oral, é de 6,6 horas. O estado
estacionário é atingido em 1-3 dias. A depuração média da ziprasidona, administrada por via intravenosa, é
de 5ml/min/kg. Aproximadamente 20% da dose é excretada na urina, sendo aproximadamente 66%
eliminada nas fezes.
A ziprasidona demonstrou cinética linear no intervalo terapêutico de 40 a 80 mg duas vezes dia em
indivíduos que ingeriram alimentos.
A ziprasidona é extensamente metabolizada após administração oral, sendo apenas uma pequena
quantidade excretada como ziprasidona inalterada na urina (<1%) ou fezes (<4%). A ziprasidona é
depurada primariamente por três vias metabólicas, originando quatro metabolitos circulantes principais,
sulfóxido de benzisotiazole piperazina (BIPT), BIPT sulfona, ziprasidona sulfóxido e S-metil-
dihidroziprasidona. A ziprasidona na forma inalterada representa cerca de 44% da concentração sérica total
de substâncias relacionadas.
A ziprasidona é primariamente metabolizada através de duas vias: redução e metilação, que originam S-
metil-dihidroziprasidona, que representa, aproximadamente, dois terços do metabolismo, e metabolismo
oxidativo, que representa o restante terço. Estudos in vitro com frações subcelulares do fígado humano
indicam que a S-metil-dihidroziprasidona é originada em dois passos. Estes estudos indicam que o primeiro
passo é mediado primariamente pela redução química pela glutationa, assim como pela redução enzimática
pela aldeído oxidase. O segundo passo é a metilação mediada pela tiol metiltransferase. Estudos in vitro
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
indicam que a CYP3A4 é o principal citocromo P450 que cataliza o metabolismo oxidativo da ziprasidona
com uma potencial contribuição menor da CYP1A2.
A ziprasidona, a S-metil-dihidroziprasidona e a ziprasidona sulfóxido, quando testados in vitro, partilham
propriedades que podem fazer prever um prolongamento do intervalo QTc. A S-metil-dihidroziprasidona é
principalmente eliminada nas fezes por excreção biliar, com uma contribuição menor do metabolismo
catalisado pela CYP3A4. A ziprasidona sulfóxido é eliminada por excreção renal e por metabolismo
secundário catalisado pela CYP3A4.
Populações especiais
A avaliação farmacocinética de doentes não revelou qualquer diferença farmacocinética significativa entre
fumadores e não fumadores.
Não foi observada qualquer diferença significativa na farmacocinética da ziprasidona relacionada com a
idade ou sexo. A farmacocinética da ziprasidona em doentes pediátricos com 10 a 17 anos de idade foi
semelhante à observada nos adultos após correção das diferenças para a massa corporal.
De acordo com o facto da depuração renal contribuir muito pouco para a depuração total, não se verificou
um aumento progressivo da exposição de ziprasidona quando administrada a indivíduos com graus
variáveis da função renal. Após administração oral de 20 mg BID, durante sete dias, a exposição em
indivíduos com insuficiência renal ligeira (depuração da creatinina 30-60 ml/min), moderada (depuração da
creatinina 10-29 ml/min) e grave (diálise necessária) foi de 146%, 87% e 75% respetivamente, quando
comparados com indivíduos saudáveis (depuração da creatinina >70 ml/min).
Desconhece-se se as concentrações séricas dos metabolitos estão aumentadas nestes doentes.
Na insuficiência hepática ligeira a moderada (Child Pugh A ou B) causada por cirrose, as concentrações
séricas após administração por via oral foram 30% superiores e o tempo de semivida foi prolongado em
cerca de 2 horas comparativamente aos doentes com função hepática normal. O efeito da insuficiência
hepática nas concentrações séricas dos metabolitos é desconhecido.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados de segurança pré-clínica não revelaram perigo particular para o ser humano, com base em estudos
convencionais de segurança farmacológica, genotoxicidade e potencial carcinogénico. Em estudos de
reprodução realizados em ratos e coelhos, a ziprasidona não revelou evidência de teratogenicidade. Foram
observados efeitos indesejáveis sobre a fertilidade e diminuição do peso das crias em doses causadoras de
toxicidade materna, tais como diminuição no ganho de peso. Foi registado um aumento de mortalidade
perinatal e atraso no desenvolvimento funcional das crias para concentrações plasmáticas maternas
extrapoladas das concentrações máximas no ser humano tratado com doses terapêuticas.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo:
Lactose mono-hidratada
Amido de milho pré-gelificado
Estearato de magnésio
Cápsula:
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Laurilsulfato de sódio (dodecilsulfato de sódio)
Indigotina (E132, apenas nas cápsulas de 20 mg, 40 mg e 80 mg).
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
Tinta de impressão:
Shellac
Álcool etílico anidro
Álcool isopropílico
Álcool n-butílico
Propilenoglicol
Água purificada
Hidróxido de amónio
Hidróxido de potássio
Óxido de ferro negro (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
4 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister
As cápsulas de ziprasidona apresentam-se em blister de alumínio PVC/PA com revestimento em folha de
alumínio, em embalagens contendo 14, 20, 30, 50, 56, 60 ou 100 cápsulas.
Frasco
As cápsulas de ziprasidona apresentam-se em frascos de polietileno de alta densidade (HDPE) contendo
100 cápsulas e exsicante, com tampas de polipropileno, resistentes à abertura por crianças. Como
alternativa, o fecho pode ser induzido pelo calor, não se incluindo, neste caso, exsicante.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Laboratórios Pfizer, Lda.
Lagoas Park, Edifício 10
2740-271 Porto Salvo
8. NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
- Nº de registo 3876182: 14 cápsulas, 20 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3876281: 20 cápsulas, 20 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3876380: 30 cápsulas , 20 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3876489: 50 cápsulas , 20 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3876588: 56 cápsulas , 20 mg, blister de Alu/PVC/PA
APROVADO EM
17-12-2015
INFARMED
- Nº de registo 3876687: 60 cápsulas, 20 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3876786: 100 cápsulas, 20 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3876984: 14 cápsulas, 40 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877081: 20 cápsulas, 40 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877180: 30 cápsulas , 40 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877289: 50 cápsulas , 40 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877388: 56 cápsulas, 40 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877487: 60 cápsulas, 40 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877586: 100 cápsulas, 40 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877784: 14 cápsulas, 60 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877883: 20 cápsulas , 60 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3877982: 30 cápsulas , 60 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878089: 50 cápsulas, 60 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878188: 56 cápsulas , 60 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878287: 60 cápsulas , 60 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878386: 100 cápsulas , 60 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878584: 14 cápsulas, 80 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878683: 20 cápsulas, 80 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878782: 30 cápsulas, 80 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878881: 50 cápsulas, 80 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3878980: 56 cápsulas, 80 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3879087: 60 cápsulas, 80 mg, blister de Alu/PVC/PA
- Nº de registo 3879186: 100 cápsulas, 80 mg, blister de Alu/PVC/PA
Frasco
- Nº de registo 3876885: 100 cápsulas, 20 mg, frasco de HDPE
- Nº de registo 3877685: 100 cápsulas, 40 mg, frasco de HDPE
- Nº de registo 3878485: 100 cápsulas, 60 mg, frasco de HDPE
-Nº de registo 3879285: 100 cápsulas: , 80 mg, frasco de HDPE
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO/ RENOVAÇÃO DA
AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 19 de fevereiro de 2002
Data da última renovação: 30 de março de 2012
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO