Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
18-11-2016
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INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Xifaxan 200 mg comprimidos revestidos por película
Rifaximina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver secção
O que contém este folheto:
1. O que é Xifaxan e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Xifaxan
3.Como tomar Xifaxan
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Xifaxan
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Xifaxan e para que é utilizado
Xifaxan um é antimicrobiano intestinal. É um novo membro da classe de medicamentos
denominados rifamicinas, mas contrariamente às outras rifamicinas é fracamente
absorvida pelo intestino (menos de 1% da dose administrada), de modo que atua só
contra microrganismos intestinais. Xifaxan é ativo contra a maioria dos microrganismos
patogénios que são responsáveis pela diarreia infeciosa aguda.
O Xifaxan é indicado no tratamento da diarreia aguda infeciosa causada por
microrganismos sensíveis à rifaximina e no tratamento sintomático da doença diverticular
não complicada do cólon quando associado a terapêutica com fibras alimentares.
No tratamento da diarreia infeciosa aguda, se não se sentir melhor ou se piorar após 3
dias, tem de consultar um médico.
A rifaximina está indicada em adultos e crianças com idade superior a 12 anos.
2. O que precisa de saber antes de tomar Xifaxan
Não tome Xifaxan:
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- se tem alergia (hipersensibilidade) à rifaximina, a qualquer outra rifamicina, ou a
qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
- em caso de obstrução intestinal e lesões ulcerosas graves do intestino.
Advertências e precauções:
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Xifaxan ou se:
- se apresentar febre e/ou sangue nas fezes deverá consultar o seu médico.
- se a urina aparecer corada de vermelho, após ter tomado Xifaxan deverá informar o seu
médico. Isto deve-se a que a substância ativa (rifaximina), tal como a maioria dos
antimicrobianos da família das rifamicinas, é vermelho-alaranjada. Em situações de
tratamento prolongado, ou quando a mucosa intestinal apresenta lesões, uma pequena
quantidade de rifaximina pode ser absorvida (menos de 1%), o que pode levar a que a
urina tenha a cor vermelha.
- toma medicamentos anticoncecionais orais. O Xifaxan poderá diminuir a eficácia de
medicamentos anticoncecionais orais contendo estrogénio. Recomenda-se o uso de
medidas anticoncecionais adicionais.
- O Xifaxan deve ser descontinuado se os sintomas de diarreia se agravarem.
Outros medicamentos e Xifaxan
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente,
ou se vier a tomar outros medicamentos.
O Xifaxan poderá diminuir a eficácia de anticoncecionais orais contendo estrogénio.
Recomenda-se o uso de medidas anticoncecionais adicionais.
Xifaxan com alimentos
Xifaxan comprimidos revestidos pode ser administrado com ou sem alimentos.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o
seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Em caso de gravidez, como medida de precaução é preferível evitar a utilização de
Xifaxan.
A utilização de Xifaxan em mulheres a amamentar deve ser sujeita à estrita vigilância do
seu médico.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Xifaxan não apresenta efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
3. Como tomar Xifaxan
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Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Diarreia infeciosa aguda
600 mg (1 comprimido três vezes ao dia) ou 800 mg (2 comprimidos duas vezes ao dia).
O tratamento não deve exceder 3 dias. Caso os sintomas persistam consulte o seu médico.
Xifaxan comprimidos revestidos por película devem ser deglutidos com sumo ou água.
Tratamento sintomático da doença diverticular não complicada do colón com adição de
fibras alimentares.
800 mg (2 comprimidos duas vezes ao dia) durante 7 dias/mês em ciclos de longa
duração.
Utilização em crianças e adolescentes
A segurança e a eficácia da rifaximina ainda não foram estabelecidas em crianças com
idade inferior a 12 anos de idade. Não é possível fazer uma recomendação para a
posologia.
Se tomar mais Xifaxan do que deveria
Se acidentalmente tomar uma dose duas ou três vezes superior à que o seu médico
indicou, é provável que não ocorra nada.
Caso tome acidentalmente vários comprimidos, contacte o seu médico ou farmacêutico.
Se possível, leve as embalagens de Xifaxan consigo para que o médico ou farmacêutico
possam ver.
Caso se tenha esquecido de tomar Xifaxan
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Continue o tratamento como estava previsto.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico,
farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Em alguns casos foram observados os seguintes efeitos secundários:
Frequentes (afetam menos de 1 pessoa em 10 e mais de uma pessoa em 100)
Tonturas e cefaleias
Efeitos gastrointestinais indesejáveis ligeiros a moderados como: náuseas, vómitos,
dores/cãmbrias abdominais, distensão abdominal, prisão de ventre, flatulência e diarreia.
Habitualmente desaparecem espontaneamente sem que seja necessárias alterações na
dose ou suspensão do tratamento.
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Pouco frequentes (afetam menos de uma pessoa em 100 mas mais de uma pessoa em
1.000)
Diminuição do apetite e desidratação.
Insónia e nervosismo.
Enxaquecas, diminuição da sensibilidade e sonolência.
Afrontamentos, aumento da tensão arterial, palpitações e sonolência.
Efeitos respiratórios: tosse, garganta seca, dificuldades em respirar e dor de garganta.
Efeitos gastrointestinais indesejáveis ligeiros a moderados como: dor abdominal superior,
indigestão, diminuição do paladar e alteração da motilidade gastrointestinal.
Reações do tipo urticária.
Dores musculares, incluindo dores de costas, e fraqueza muscular.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também
poderá comunicar efeitos secundários diretamente através do sistema nacional de
notificação:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamento
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 73 73
Linha do medicamento: 800 222 444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a
segurança deste medicamento.
5. Como conservar Xifaxan
Este medicamento não requere condições especiais de conservação.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior,
após "VAL.". O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não utilize este medicamento se verificar sinais visíveis de deterioração.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
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6. Outras informações
Qual a composição de Xifaxan
- A substância ativa é a rifaximina na sua forma polimórfica alfa. Cada comprimido
revestido por película contém 200 mg de rifaximina.
- Os outros componentes são:
Núcleo do comprimido: carboximetilamido sódico, palmitoesterato de glicerol, sílica
coloidal anidra, talco e celulose microcristalina.
Revestimento do comprimido:
Hipromelose, dióxido de titânio (E171), edetato dissódico, propilenoglicol e óxido de
ferro vermelho (E172).
Qual o aspecto de Xifaxan e conteúdo da embalagem
Xifaxan apresenta-se na forma de comprimidos revestidos por película de forma circular,
biconvexos e de cor rosa.
Está disponível em embalagens de 12 ou 28 comprimidos revestidos por película
acondicionados em blisters de PVC/PE/PVDC-Alu.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Alfa Wassermann - Produtos Farmacêuticos, Lda
Av. José Malhoa - Edifício Malhoa Plaza nº 2, piso-escritório 2.2
1070-325 Lisboa
Portugal
Tel.: +351 217 226 110
Fax: +351 217 226 119
Fabricante
Alfa Wassermann S.p.A.
Via Enrico Fermi, 1
IT-65020 Alanno - Pescara
Itália
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Xifaxan 200 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Substância ativa:
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de rifaximina.
Excipientes com efeito conhecido:
Glicerol - 2,6 mg de glicerol (sob a forma de palmitoesterato de glicerol),
Propilenoglicol - 0,5 mg,
Sódio - 0,42 a 0,63 mg de sódio (sob a forma de carboximetilamido sódico e edetato
dissódico).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Comprimido circular, biconvexo e de cor rosa.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
O Xifaxan está indicado:
- Tratamento da diarreia infeciosa aguda causada por microrganismos sensíveis à
rifaximina.
A rifaximina não está indicada em situações de diarreia infeciosa aguda que cursem com
sintomas ou sinais sugestivos de gravidade e/ou envolvimento sistémico, tais como febre
e evidência de leucócitos ou sangue nas fezes (ver secção 4.4).
- Tratamento sintomático da doença diverticular não complicada do cólon quando
associado a terapêutica com fibras alimentares.
A rifaximina está indicada em adultos e crianças com idade superior a 12 anos.
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Devem ser tomadas em consideração as orientações oficiais sobre o uso apropriado de
agentes antibacterianos.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Tratamento da diarreia infeciosa aguda Adultos e crianças com idade superior a 12 anos.
600 mg (1 comprimido três vezes ao dia) ou 800 mg (2 comprimidos duas vezes ao dia).
Duração do tratamento da diarreia infeciosa:
Caso não exista indicação médica em contrário, o tratamento não deve exceder os 3 dias.
Caso os sintomas persistam ao fim de 3 dias, deverá ser consultado o médico assistente.
Tratamento sintomático da doença diverticular não complicada do cólon quando
associado a terapêutica com fibras alimentares
800 mg (2 comprimidos duas vezes ao dia) durante 7 dias/mês em ciclos de longa
duração.
Idosos
Não é necessário ajuste posológico, pois não se verificou diferenças entre idosos e
doentes jovens nos dados de segurança e eficácia.
Insuficiência hepática
Não é necessário ajuste posológico em doente com insuficiência hepática (ver seção 5.2).
Insuficiência renal
Embora não se preveja a necessidade de ajuste posológico, deverá ser tida precaução em
doentes com insuficiência renal (ver secção 5.2).
População Pediátrica
A segurança e a eficácia da rifaximina ainda não foram estabelecidas em crianças com
idade inferior a 12 anos de idade.
Os dados disponíveis encontram-se indicados na secção 5.1., mas não é possível fazer
uma recomendação para a posologia.
Método de administração
Oral, tomar com um copo de água.
A rifaximina pode ser administrada com ou sem alimentos.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa, a outros derivados da rifamicina, ou a qualquer dos
excipientes mencionados na secção 6.1.
Reações de hipersensibilidade incluíram casos de dermatite exfoliativa, edema
angioneurótico e reações anafilatóides (ver secção 4.8).
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Casos de obstrução intestinal. Lesões ulcerosas graves do intestino.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Dados clínicos demonstraram que a rifaximina não é efetiva no tratamento de infeções
intestinais devido a agentes patogénicos invasivos como Campylobacter jejuni,
Salmonella spp. e Shigella spp., que tipicamente causam diarreia, febre, fezes com
sangue e aumento da frequência de defecação.
Considerando que a absorção da rifaximina é reduzida (menos de 1%), não é
recomendado o uso de rifaximina no tratamento de diarreia com febre e/ou fezes com
sangue, quando se suspeita de uma infeção causada por agentes enteropatogénios
invasivos.
A rifaximina deve ser descontinuada se os sintomas de diarreia se agravarem ou
persistirem por mais de 48 horas e uma terapêutica antibiótica alternativa deve ser
considerada.
Foram reportados casos de diarreia associada a Clostridium difficile (DACD) com a
utilização da maioria dos agentes antibacterianos, incluindo a rifaximina. Não pode ser
excluída a associação potencial do uso da rifaximina com DACD e colite
pseudomembranosa (CP).
Deverá haver um cuidado adicional quando se administra concomitantemente rifaximina
e um inibidor da glicoproteína-P, com é o caso da ciclosporina (ver secção 4.5).
Os doentes devem ser informados que, apesar da pequena quantidade de rifaximina que
pode ser absorvida, pode levar à coloração avermelhada da urina. Isto é devido à
substância ativa que, tal como os outros antimicrobianos da mesma família (rifamicinas),
têm uma cor vermelho-alaranjada.
Devido aos efeitos na microflora intestinal, a efetividade dos contraceptivos estrogénicos
orais poderá diminuir após a administração de rifaximina. Contudo, tais interações não
têm sido reportadas com frequência. Recomendam-se medidas adicionais de contraceção,
especialmente se o conteúdo em estrogénio é inferior a 50 µg (ver secção 4.5).
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Não existe experiência sobre a administração de rifaximina em doentes a tomar outras
rifamicinas para o tratamento de uma infeção sistémica.
Dados in vitro demonstraram que a rifaximina não inibe os isoenzimas do citocromo
P450 (CYPs1A2, 2A6, 2C8, 2C9, 2D6, 2E1 e 3A4). Em estudos de indução in vitro, a
rifaximina não induziu o CYP1A2 e CYP2B6, mas foi um indutor fraco do isoenzima
CYP3A4.
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Em indivíduos saudáveis os estudos de interação fármaco-fármaco demonstraram que a
rifaximina não altera de forma significativa a farmacocinética dos substratos do
isoenzima CYP3A4, contudo em doentes hepáticos não se pode excluir que a rifaximina
pode diminuir a exposição de substratos do isoenzima CYP3A4 administrados
concomitantemente (ex. varfarina, antiepilépticos, antiarrítmicos), devido a uma maior
exposição sistémica quando comparado com indivíduos saudáveis.
Um estudo in vitro sugere que a rifaximina é um substrato moderado da glicoproteína-P é
metabolizada pelo isoenzima CYP3A4. Desconhece-se se fármacos que inibem o
CYP3A4 administrados concomitantemente possam aumentar a exposição sistémica à
rifaximina.
Em indivíduos saudáveis a co-administração de uma dose única de ciclosporina (600
mg), um potente inibidor da glicoproteína-P, com uma dose única de rifaximina (550 mg)
resultou num aumento de 83 a 124 vezes da Cmax e AUC
média da rifaximina. O
significado clínico deste aumento é desconhecido.
O potencial de ocorrência de interações fármaco-fármaco a nível dos sistemas de
transporte foi avaliado em estudos in vitro que sugerem que a interação clínica entre a
rifaximina e outras sustâncias que sofrem efluxo via P-gp e outras proteínas
transportadoras é improvável (MDR1, MRP2, MRP4, BCRP e BSEP).
Os doentes deverão tomar rifaximina pelo menos 2 horas após a administração de carvão.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização em mulheres grávidas, é limitada ou inexistente.
Em estudos animais verificaram-se efeitos transitórios a nível da ossificação e alterações
no esqueleto do feto (ver secção 5.3). A relevância clínica destas alterações é
desconhecida nos humanos.
Como precaução, a utilização de rifaximina durante a gravidez não é recomendada.
Amamentação
É desconhecido se a rifaximina ou os seus metabolitos são excretados no leite humano. O
risco para o lactente não pode ser excluído. Deverá ser considerada a decisão sobre a
descontinuação da amamentação ou do tratamento, considerando o benefício da
terapêutica para a mãe.
Fertilidade
Estudos em animais não indicaram efeitos nocivos diretos ou indiretos na fertilidade
feminina e masculina.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
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Em ensaios clínicos foram reportados casos de tonturas e sonolência, mas a rifaximina
tem uma influência negligenciável na capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Ensaios clínicos:
Durante os ensaios clínicos aleatorizados e com dupla ocultação ou em estudos
farmacológicos, os efeitos da rifaximina foram comparados com placebo ou outros
antibióticos, pelo que informação quantitativa de segurança está disponível.
Nota: a maioria das reações adversas listadas (em particular as doenças gastrointestinais)
podem ser atribuídas à doença a ser tratada que foram reportadas com a mesma
frequência do que nos doentes tratados com placebo durante ensaios clínicos.
Experiência pós-comercialização
Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados durante a comercialização do
medicamento. A frequência das reações é desconhecida (não pode ser estimada a partir
dos dados disponíveis).
Os efeitos indesejáveis abaixo indicados são classificados por classes de sistemas de
órgãos e frequência, de acordo com a seguinte convenção:
Muito frequentes:
1/10; Frequentes:
1/100, <1/10; Pouco frequentes:
1/1.000,
<1/100; Raros:
1/10.000, <1/1.000; Muito raros: <1/10.000; Desconhecidos:
1/10.000 (não podem ser estimados a partir da informação disponível).
Classe de Sistema
de Orgãos MedRA
Frequentes
Pouco frequentes
Desconhecida
Infeções e
infestações
Candidíase,
Herpes simplex,
Nasofaringite,
Faringite,
Infeções do trato
respiratório superior
Infeções por
Clostridium spp.
Doenças do sangue
e do sistema
linfático
Linfocitose
Monocitose
Neutropenia
Trombocitopenia
Doenças do
metabolismo e da
nutrição
Diminuição do apetite,
Desidratação
Perturbações do foro
psiquiátrico
Sonhos anómalos,
Humor depressivo,
Insónia,
Nervosismo
Doenças do sistema
nervoso
Tonturas,
Cefaleias
Hipoestesia,
Enxaqueca,
Dor nos seios perinasais
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Sonolência
Afeções oculares
Diplopia
Afeções do ouvido e
do labirinto
Otalgia,
Vertigem
Cardiopatias
Palpitações
Vasculopatias
Aumento da pressão
arterial;
Afrontamento
Doenças
respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Tosse,
Garganta seca,
Dispneia,
Congestão nasal,
Odinofagia,
Rinorreia
Doenças
gastrointestinais
Dor abdominal,
Obstipação,
Urgência fecal,
Diarreia,
Flatulência,
Inchaço e
distensão;
abdominal,
Náuseas,
Vómitos,
Tenesmo rectal.
Dor abdominal superior,
Ascite,
Lábios secos,
Dispepsia,
Alterações na motilidade
gastrointestinal,
Fezes duras,
Hematoquezia,
Fezes com muco,
Disgeusia,
Afeções
hepatobiliares
Aumento da aspartato
aminotransferase,
Anomalias nos
testes da função
hepática
Afeções dos tecidos
cutâneos e
subcutâneos
Rash,
Erupção e exantema
cutâneo,
Fotossensibilidade,
Queimadura solar(1)
Angioedemas,
Dermatite,
Dermatite
exfoliativa,
Eczema,
Eritema,
Prurido,
Púrpura,
Urticária
Afeções
musculosqueléticas
e dos tecidos
conjuntivos
Lombalgia,
Espasmosmusculares,
Fraqueza muscular,
Mialgia,
Cervicalgia
Doenças renais e
urinárias
Hematúria,
Glicosúria,
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Polaquiúria,
Poliúria,
Proteinúria
Doenças dos orgãos
genitais e da mama
Polimenorreia
Perturbações gerais
e alterações no local
de administração
Pirexia
Astenia,
Calafrios,
Suores frios,
Hiperidrose (semelhante
a um estado gripal),
Edema periférico,
Dor e desconforto
Exames
complementares de
diagnóstico
Anomalias no
(Internacional
Normalised
Ratio)
(1) Reportado pelo investigador “queimadura solar” e não deve ser considerado como
fotossensibilidade.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas através do sistema nacional de notificação:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamento
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel.: +351 21 798 73 73
Linha do medicamento: 800 222 444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Em ensaios clínicos com doentes com diarreia infeciosa aguda doses até 1800 mg/dia
foram toleradas sem efeitos adversos graves.
Não foram registados casos de sobredosagem com rifaximina nas dosagens superiores a
2400 mg/dia durante 7 dias.
No caso de sobredosagem, recomenda-se que seja efetuado tratamento sintomático e de
suporte.
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
O medicamento Xifaxan contém rifaximina [4-desoxi-4'metil-pirido (1', 2'-1,2) imidazo
(5,4-c) rifaximina SV], na forma polimórfica alfa.
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 1.1.11 - Medicamentos anti-infeciosos. Antibacterianos.
Outros antibacterianos, código ATC: A07AA11
Mecanismo de ação:
A rifaximina é um fármaco antibacteriano da classe da rifamicina que se liga de forma
irreversível à subunidade beta da enzima bacteriana ARN-polimerase ADN-dependente e
consequentemente inibe a síntese do ARN bacteriano.
A rifaximina tem um largo espectro antimicrobiano contra a maioria das estirpes
bacterianas, tanto Gram-positivas como Gram-negativas, aeróbias e anaeróbias,
responsáveis por infeções intestinais.
A forma polimórfica alfa (
) da rifaximina caracteriza-se por ter uma absorção
praticamente nula no tracto gastrointestinal, portanto é um agente com atividade local e
não é clinicamente eficaz contra patogénios invasivos, embora estes sejam suscetíveis in
vitro.
Mecanismo(s) de resistência:
O mecanismo de resistência da rifaximina deve-se principalmente a uma alteração
cromossómica monofásica e reversível no gene rpoB que codifica a ARN polimerase.
A incidência de subpopulações resistentes entre as bactérias isoladas em doentes com
diarreia infeciosa aguda é muito baixa. Ensaios clínicos que investigaram alterações na
suscetibilidade da flora intestinal em doentes com diarreia infeciosa aguda não detetaram
o aparecimento de microrganismos Gram-positivos (ex.: enterococcus) e Gram-negativos
(E.coli) durante o tratamento de três dias com rifaximina.
O desenvolvimento de resistências foi estudado com administração repetida de doses
elevadas de rifaximina em voluntários saudáveis e em doentes com Doença Inflamatória
do Intestino. Desenvolveram-se resistências à rifaximina, mas as estirpes foram instáveis
e não colonizaram o tracto gastrointestinal nem substituíram as estirpes sensíveis à
rifaximina. Quando o tratamento foi interrompido as estirpes resistentes desapareceram
rapidamente.
Os dados experimentais e os ensaios clínicos sugerem que o tratamento da diarreia
infeciosa aguda com rifaximina em doentes com Mycobacterium tuberculosis ou
Neisseria meningitidis não promove a seleção de estirpes resistentes à rifampicina.
Valores de concentrações críticas
São inexistentes valores de concentrações críticas definidas pelo EUCAST (Comité
Europeu de Avaliação de Suscetibilidade Antimicrobiana).
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A prevalência de resistência adquirida pode variar, geograficamente e no tempo, para
espécies selecionadas e é desejável a existência de informação local sobre resistências,
particularmente aquando do tratamento de infeções graves. De acordo com a necessidade,
deve procurar-se aconselhamento especializado, quando a prevalência local da resistência
é tal que a utilidade do agente, em pelo menos alguns tipos de infeções, seja questionável.
Susceptibilidade
A rifaximina é um anti-bacteriano não-absorvível. Os ensaios de suscetibilidade in vitro
não podem ser utilizados com confiança para estabelecer a resistência bacteriana à
rifaximina. Atualmente não existem dados suficientes para definir o valor de
concentração crítica nos testes de suscetibilidade.
Ensaios clínicos em doentes com diarreia infeciosa aguda demonstraram a efetividade
clínica da rifaximina contra a E.coli enterotóxica (ETEC) e E.coli enteroagregativa
(EAEC). Estas bactérias são responsáveis pelo desenvolvimento de diarreia infeciosa
aguda em indivíduos que viajam para países mediterrâneos ou tropicais e sub-regiões
tropicais.
A rifaximina foi testada, in vitro, em patogénios que causam diarreia infeciosa aguda em
quatro diferentes áreas do mundo. Os patogénios são: E.coli enterotóxica
E. coli enteroagregativa, Salmonella spp., Shigella spp., vibriões da cólera não-V,
Plesiomonas Spp., Aeromonas spp., Campylobacter spp. Para os isolados bacterianos a
Concentração Mínima Inibitória 90 (CMI90), foi de 32 microgramas/ml, que pode ser
facilmente atingida no lúmen intestinal devido às elevadas concentrações de rifaximina
nas fezes. Devido à absorção gastrointestinal ser muito reduzida a rifaximina não é
clinicamente eficaz contra patogénios invasivos, embora essas bactérias sejam sensíveis à
rifaximina in vitro.
Microrganismos sensíveis
Aeróbios Gram-positivo
Enterococcus spp., incluindo Enterococcus faecalis,
Staphylococcus spp.,
Streptococcus spp.,
Aeróbios Gram-negativo
Campylobacter spp.,
Enterobacter spp.,
Escherichia coli, incluindo estirpes enteropatogénicas,
Klebsiella spp,
Proteus spp.,
Pseudomonas spp.,
Salmonella spp.,
Shigella spp.,
Yersinia spp.
Microrganismos anaeróbios
Bacteroides spp., incluindo Bacteroides fragilis,
APROVADO EM
18-11-2016
INFARMED
Clostridium spp, incluindo Clostridium difficile e Clostridium perfringens,
Fusobacterium nucleatum,
Peptostreptococcus spp,
Plesiomonas shigelloides.
Microrganismos em que a resistência adquirida pode ser um problema
Desconhecidos
Microrganismos com resistência inerente
Desconhecidos
Eficácia clínica
Ensaios clínicos em doentes com diarreia infeciosa aguda demonstraram a efetividade
clínica da rifaximina contra a E. coli enterotóxica (ETEC) e E. coli enteroagregativa
(EAEC). Estas bactérias são responsáveis pelo desenvolvimento de diarreia infeciosa
aguda em indivíduos que viajam para países mediterrâneos ou tropicais e sub-regiões
tropicais.
Uso Pediátrico:
A eficácia, posologia e a segurança da rifaximina em doentes pediátricos com idade
inferior a 12 anos de idade não foi estabelecida.
Na revisão da literatura foram identificados 9 estudos de eficácia na população pediátrica
que incluíram 371 crianças, 233 das quais receberam rifaximina. A maioria das crianças
incluídas tinha idade superior a 2 anos. A característica presente em todos os estudos foi a
diarreia de origem bacteriana (confirmada antes, durante e após o tratamento).
Os resultados (dos estudos per si e da meta-análise) demonstram que existe uma
tendência positiva na demonstração da eficácia da rifaximina numa condição clínica
[(diarreia aguda (principalmente em situações de recorrência ou recaída) causada, ou
supostamente causada, por bactérias não-invasivas sensíveis à rifaximina como E. coli)]
Nestes estudos limitados com poucos doentes a dosagem mais utilizadas nas crianças dos
2-12 anos de idade foi entre 20-30 mg/Kg/dia em 2 a 4 administrações. (ver secção 4.2)
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A absorção de rifaximina após administração oral na forma polimórfica
é praticamente
nula (menos de 1%), de acordo com os estudos farmacocinéticos em ratos, cães e no
Homem.
Estudos de farmacocinética comparativos, realizados em cães, demonstraram que as
formas polimórficas
da rifaximina são absorvidas numa extensão consideravelmente
superior à forma polimórfica
. A biodisponibilidade oral da forma polimórfica
superior ou pouco inferior à verificada para as forma polimórficas
, respetivamente.
Os níveis plasmáticos após administração reiterada de doses terapêuticas são reduzidos
(em todos os casos foi inferior a 10 ng/ml), tanto em indivíduos voluntários adultos como
APROVADO EM
18-11-2016
INFARMED
em doentes com alterações da mucosa intestinal devido à Doença Inflamatória do
Intestino.
Observou-se um aumento da absorção da rifaximina nos 30 minutos após a ingestão de
um pequeno-almoço rico em gorduras, mas sem relevância clínica.
Distribuição
A rifaximina liga-se moderadamente às proteínas plasmáticas. In vitro, após a
administração de rifaximina o rácio médio de ligação foi de 67,5% em indivíduos
saudáveis e 62% em doentes com insuficiência hepática.
Biotransformação
A análise de extratos fecais demonstraram que a rifaximina encontra-se na forma livre, o
que implica que não é degradada ou metabolizada durante a sua passagem pelo trato
gastrointestinal.
Num estudo em que foi usado rifaximina marcada com um radioisótopo, 0,025% da dose
administrada de rifaximina é recuperada na urina, enquanto que < 0,01% da dose é
recuperada na forma de 25-desacetilrifaximina, o único metabolito de rifaximina
identificado em humanos.
Eliminação
A rifaximina é praticamente excretada na totalidade nas fezes (96,9 % da dose
administrada), tal como foi demonstrado num estudo que foi usado o fármaco marcado
com radioisótopo.
A rifaximina recuperada na urina não excede 0,4%. da dose administrada.
Linearidade/não-linearidade
A taxa e a extensão da exposição sistémica da rifaximina em humanos parecem
caracterizar-se por uma cinética não-linear (dose-dependente) que é consistente com a
possibilidade da taxa de absorção da rifaximina ser limitada.
Populações especiais:
Insuficiência hepática
Não existem dados clínicos disponíveis sobre a utilização de rifaximina em doentes com
insuficiência renal.
Insuficiência hepática
Dados clínicos em doentes com insuficiência hepática demonstraram que a exposição
sistémica é superior à observada em indivíduos saudáveis.
Geriatria
A farmacocinética da rifaximina em doentes com idade
65 anos, não foi estudada.
Pediatria
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18-11-2016
INFARMED
A farmacocinética da rifaximina não foi estudada em doentes pediátricos de qualquer
idade.
Género
O efeito do género na farmacocinética da rifaximina não foi estudado.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade
e carcinogénese. Em estudos de desenvolvimento embriofetal em ratos com a dose de 300
mg/kg/dia verificou-se um pequeno e transitório atraso na ossificação, mas que não
afetou o desenvolvimento fetal da descendência. Foi observado um aumento das
alterações a nível do esqueleto em coelhos, após a administração oral de rifaximina
durante a gestação.
A relevância clínica destas alterações é desconhecida.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Carboximetilamido sódico,
Palmitoesterato de glicerol,
Sílica coloidal anidra,
Talco e
Celulose microcristalina.
Revestimento do comprimido:
Hipromelose,
Dióxido de titânio (E171),
Edetato dissódico,
Propilenoglicol e
Óxido de ferro vermelho (E172).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
APROVADO EM
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INFARMED
Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PE/PVDC - Alu contendo 12 ou 28 comprimidos revestidos por película.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Alfa Wassermann - Produtos Farmacêuticos, Lda
Av. José Malhoa - Edifício Malhoa Plaza nº 2, piso-escritório 2.2
1070-325 Lisboa
Portugal
Tel.: 00351 217 226 610
Fax: 00351 217 226 619
8. NÚMERO DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 5983283 – 12 comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister de
PVC/PE/PVDC-Alu
N.º de registo: 5696745 – 28 comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister de
PVC/PE/PVDC-Alu
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 09 de junho de 2006
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO