Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
31-08-2014
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INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
VISACOR 5 mg comprimidos revestidos por película
VISACOR 10 mg comprimidos revestidos por película
VISACOR 20 mg comprimidos revestidos por película
VISACOR 40 mg comprimidos revestidos por película
rosuvastatina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém
informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é VISACOR e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar VISACOR
3. Como tomar VISACOR
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar VISACOR
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é VISACOR e para que é utilizado
VISACOR pertence a um grupo de medicamentos denominados estatinas.
O seu médico receitou-lhe VISACOR porque:
- Tem valores de colesterol elevados. Isto significa, que está em risco de ter um ataque cardíaco ou
um acidente vascular cerebral. VISACOR é utilizado em adultos, adolescentes e crianças com 6 ou
mais anos de idade para tratar o colesterol elevado.
Foi aconselhado a tomar uma estatina, porque a alteração na sua dieta e fazer mais exercício físico
não foram suficientes para corrigir os seus valores de colesterol. Enquanto estiver a tomar
VISACOR, deve continuar com a sua dieta para baixar o colesterol e a prática de exercício físico.
- Tem outros fatores que aumentam o seu risco de sofrer um ataque cardíaco, um acidente vascular
cerebral ou outros problemas de saúde.
O ataque cardíaco, o acidente vascular cerebral ou outros problemas de saúde podem ser causados
pela aterosclerose. A aterosclerose é provocada pela acumulação de depósitos de gordura nas suas
artérias.
Porque é que é importante continuar a tomar VISACOR
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VISACOR é utilizado para corrigir os níveis de substâncias gordas no sangue chamadas lípidos,
sendo o colesterol o mais comum.
Há diferentes tipos de colesterol no sangue – o colesterol “mau” (C-LDL) e o colesterol “bom”
(C-HDL).
- VISACOR pode reduzir o colesterol “mau” e aumentar o colesterol “bom”.
- Atua bloqueando a produção de colesterol “mau” no seu corpo. Também melhora a capacidade
que o seu corpo tem de o retirar do seu sangue.
Na maioria das pessoas, o colesterol elevado não afeta o estado geral porque não produz quaisquer
sintomas. No entanto, se não se fizer tratamento, podem ocorrer depósitos de gordura nas paredes
dos seus vasos sanguíneos provocando o seu estreitamento.
Por vezes, estes vasos sanguíneos estreitos podem ficar bloqueados, o que pode impedir o
fornecimento de sangue ao coração ou ao cérebro, conduzindo a um ataque cardíaco ou a um
acidente vascular cerebral. Ao diminuir os seus valores de colesterol, pode reduzir o seu risco de ter
um ataque cardíaco, um acidente vascular cerebral ou problemas de saúde associados.
É necessário que continue a tomar VISACOR, mesmo que tenha atingido os valores recomendados
de colesterol, porque previne um novo aumento dos seus valores de colesterol e, consequentemente,
a acumulação de depósitos de gordura. No entanto, deverá parar se o seu médico assim o indicar ou
se engravidar.
2. O que precisa de saber antes de tomar VISACOR
Não tome VISACOR:
- Se alguma vez teve uma reação alérgica a VISACOR ou a qualquer outro componente do
comprimido.
- Se estiver grávida ou a amamentar. Se engravidar enquanto está a tomar VISACOR pare
imediatamente de o tomar e fale com o seu médico. As mulheres devem evitar engravidar enquanto
tomam VISACOR utilizando um método contracetivo adequado.
- Se tiver uma doença do fígado.
- Se tiver problemas renais graves.
- Se sentir dores musculares invulgares ou frequentes.
- Se estiver a tomar um medicamento chamado ciclosporina (usado, por exemplo, após o transplante
de órgãos).
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas), fale novamente com
o seu médico.
Adicionalmente, não tome VISACOR 40 mg (a dose mais elevada):
- Se tiver problemas renais moderados (caso tenha dúvidas, fale com o médico).
- Se a sua glândula tiroide não estiver a funcionar corretamente.
- Se já sentiu dores musculares invulgares ou frequentes, se tem história familiar ou pessoal de
problemas musculares, ou história anterior de problemas musculares quando tomou outros
medicamentos para redução do colesterol.
- Se bebe regularmente grandes quantidades de álcool.
- Se é de ascendência Asiática (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana e Indiana).
- Se estiver a tomar outros medicamentos chamados fibratos para baixar o seu colesterol.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas), fale novamente com
o seu médico.
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Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar VISACOR.
- Se tiver problemas com os seus rins.
- Se tiver problemas com o seu fígado.
- Se já sentiu dores musculares invulgares ou frequentes, se tem história familiar ou pessoal de
problemas musculares, ou história anterior de problemas musculares quando tomou outros
medicamentos para redução do colesterol. Contacte o seu médico imediatamente se sentir dores
musculares invulgares ou frequentes, especialmente se não se sentir bem ou se tiver febre. Informe
igualmente o seu médico ou farmacêutico se sentir uma fraqueza muscular constante.
- Se bebe regularmente grandes quantidades de álcool.
- Se a sua glândula tiroide não estiver a funcionar corretamente.
- Se estiver a tomar outros medicamentos chamados fibratos para baixar o seu colesterol. Leia
atentamente este folheto, mesmo que já tenha tomado outros medicamentos para tratar o colesterol
elevado.
- Se estiver a tomar medicamentos para tratar a infeção pelo Vírus de Imunodeficiência Humana
(VIH), por exemplo, ritonavir com lopinavir e/ou atazanavir, ver secção Outros medicamentos e
VISACOR.
- Se estiver a tomar antibióticos que contêm ácido fusídico, ver secção Outros medicamentos e
VISACOR.
Crianças e adolescentes
- Se o doente tiver menos do que 6 anos: VISACOR não deve ser administrado a crianças com
idade inferior a 6 anos.
- Se o doente tiver menos do que 18 anos de idade: O comprimido de VISACOR 40 mg não é
adequado para utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos.
- Se tem mais de 70 anos de idade (uma vez que é necessário que o seu médico escolha a dose
inicial de VISACOR mais adequada para si).
- Se tem insuficiência respiratória grave.
- Se é de ascendência Asiática - ou seja, Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana e Indiana.
É necessário que o seu médico escolha a dose inicial de VISACOR mais adequada para si.
Se alguma das situações acima descritas se aplica a si (ou caso tenha dúvidas):
- Não tome VISACOR 40 mg (a dose mais elevada) e confirme com o seu médico ou farmacêutico
antes de começar a tomar qualquer dose de VISACOR.
Num número reduzido de pessoas, as estatinas podem afetar o fígado. Esta situação é identificada
através da realização de um teste simples para detetar o aumento dos níveis das enzimas hepáticas
no sangue. Por este motivo, o seu médico pedirá esta análise ao sangue (provas de função hepática)
antes e durante o tratamento com VISACOR.
Enquanto estiver a tomar este medicamento o seu médico far-lhe-á um acompanhamento cuidadoso
caso sofra de diabetes ou estiver em risco de desenvolver diabetes. Estará em risco de desenvolver
diabetes se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no seu sangue, tiver peso a mais e pressão
arterial elevada.
Outros medicamentos e VISACOR
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou vier a
tomar outros medicamentos.
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Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos: ciclosporina (usado,
por exemplo, após o transplante de órgãos), varfarina ou clopidogrel (ou quaisquer outros
medicamentos utilizados para diminuir a viscosidade sanguínea), fibratos (tais como gemfibrozil,
fenofibrato) ou qualquer outro medicamento usado para baixar o colesterol (tal como ezetimiba),
medicamentos usados para tratar problemas digestivos (para neutralizar a acidez no seu estômago),
eritromicina (um antibiótico), ácido fusídico (um antibiótico - ver secção Advertências e
precauções), contracetivos orais (a pílula), terapêutica de substituição hormonal ou ritonavir com
lopinavir e/ou atazanavir (utilizado para tratar a infeção pelo VIH – ver secção Advertências e
precauções). Os efeitos destes medicamentos podem ser alterados por VISACOR ou podem alterar
o efeito de VISACOR.
Gravidez e aleitamento
Não tome VISACOR se estiver grávida ou a amamentar. Se engravidar enquanto está a tomar
VISACOR pare imediatamente de o tomar e fale com o seu médico. As mulheres devem evitar
engravidar enquanto tomam VISACOR utilizando um método contracetivo adequado.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
A maioria das pessoas pode conduzir um carro e utilizar máquinas enquanto toma VISACOR – não
afetará a sua capacidade.
No entanto, algumas pessoas poderão sentir tonturas durante o tratamento com VISACOR. Se sentir
tonturas, consulte o seu médico antes de tentar conduzir ou utilizar máquinas.
VISACOR contém lactose
Se foi informado pelo seu médico que tem uma intolerância a alguns açúcares (lactose ou açúcar do
leite), contacte-o antes de tomar VISACOR.
Para a lista completa de excipientes, ver abaixo a secção Conteúdo da embalagem e outras
informações.
3. Como tomar VISACOR
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Doses habituais em adultos
Se estiver a tomar VISACOR para o colesterol elevado:
Dose inicial
O seu tratamento com VISACOR deve ser iniciado com a dose de 5 mg ou a dose de 10 mg, mesmo
que anteriormente tenha tomado uma dose mais elevada de uma outra estatina. A escolha da sua
dose inicial irá depender:
- Dos seus valores de colesterol.
- Do seu nível de risco de ter um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
- Se tem ou não um fator que o torne mais sensível aos efeitos secundários possíveis.
Confirme com o seu médico ou farmacêutico qual a dose inicial de VISACOR mais adequada para
O seu médico poderá decidir que deverá tomar a dose mais baixa (5 mg) se:
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- É de ascendência Asiática (Japonesa, Chinesa, Filipina, Vietnamita, Coreana e Indiana).
- Tem mais de 70 anos de idade.
- Tem problemas renais moderados.
- Está em risco de ter dores musculares (miopatia).
Aumento da dose e dose máxima diária
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de VISACOR que toma
seja adequada para si. Se iniciou o tratamento com a dose de 5 mg, o seu médico poderá decidir
duplicar a dose para 10 mg, posteriormente para 20 mg e em seguida para 40 mg, se necessário. Se
iniciou o tratamento com a dose de 10 mg, o seu médico poderá decidir duplicar a dose para 20 mg
e posteriormente para 40 mg, se necessário. O ajuste de cada dose será feito em intervalos de 4
semanas.
A dose máxima diária de VISACOR é de 40 mg. Esta dose destina-se apenas a doentes com valores
de colesterol elevados e com risco elevado de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, cujos
valores de colesterol não baixaram o suficiente com 20 mg.
Se estiver a tomar VISACOR para reduzir o risco de ter um ataque cardíaco, acidente vascular
cerebral ou problemas de saúde associados:
A dose recomendada é de 20 mg diários. Contudo, o seu médico pode decidir utilizar uma dose
mais baixa se tiver algum dos fatores acima mencionados.
Utilização em crianças e adolescentes com idade compreendida entre os 6 - 17 anos
A dose habitual inicial é de 5 mg. O seu médico poderá aumentar a sua dose para encontrar a
quantidade de VISACOR adequada para si. A dose máxima diária de VISACOR é de 10 mg para
crianças com idade compreendida entre os 6 a 9 anos e 20 mg para crianças com idade
compreendida entre os 10 a 17 anos. Tome a sua dose uma vez por dia. O comprimido de
VISACOR 40 mg não deve ser utilizado em crianças.
Tomar os seus comprimidos
Engula o comprimido inteiro com água.
Tome VISACOR uma vez por dia. Pode tomar o comprimido a qualquer hora do dia com ou sem
alimentos.
Tente tomar o comprimido sempre à mesma hora do dia, para que se lembre mais facilmente de o
tomar.
Controlo regular do colesterol
É importante consultar novamente o médico para que seja feito um controlo regular do seu
colesterol, de forma a assegurar que os valores recomendados de colesterol foram atingidos e se
mantêm estáveis.
O seu médico poderá decidir aumentar a sua dose para que a quantidade de VISACOR que toma
seja adequada para si.
Se tomar mais VISACOR do que deveria
Contacte o seu médico ou o hospital mais próximo para aconselhamento.
Se necessitar de cuidados hospitalares ou de fazer outros tratamentos, informe a equipa médica
sobre o seu tratamento com VISACOR.
Caso se tenha esquecido de tomar VISACOR
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Não se preocupe, tome a próxima dose prevista de acordo com o seu esquema de tratamento
habitual. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar VISACOR
Fale com o seu médico se pretende parar de tomar VISACOR. Os seus valores de colesterol
poderão aumentar novamente se parar de tomar VISACOR.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não
se manifestem em todas as pessoas.
É importante que saiba quais são os efeitos secundários. Estes efeitos são geralmente ligeiros e
desaparecem após um curto período de tempo.
Pare de tomar VISACOR e consulte imediatamente um médico se tiver alguma das seguintes
reações alérgicas:
- Dificuldade em respirar, com ou sem inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta.
- Inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, o que pode causar dificuldade em engolir.
- Prurido intenso (comichão) na pele (com aumento dos gânglios).
Pare também de tomar VISACOR e fale imediatamente com o seu médico se sentir dores
musculares invulgares que se prolonguem mais do que o esperado. Os sintomas musculares são
mais frequentes nas crianças e adolescentes do que nos adultos. Tal como com outras estatinas, um
número muito reduzido de pessoas pode sentir efeitos musculares indesejáveis e raramente estes
efeitos resultam na destruição muscular potencialmente fatal, conhecida como rabdomiólise.
Efeitos secundários frequentes (podem afetar entre 1 em cada 10 e 1 em cada 100 doentes):
- Dor de cabeça
- Dor de estômago
- Prisão de ventre (obstipação)
- Sensação de mal-estar
- Dor muscular
- Sensação de fraqueza
- Tonturas
- Aumento da quantidade de proteínas na urina – que geralmente volta ao normal sem que seja
necessário parar o tratamento com VISACOR (apenas VISACOR 40 mg)
- Diabetes. Esta situação é mais provável se tiver níveis elevados de açúcar e gorduras no seu
sangue, tiver peso a mais e pressão arterial elevada. O seu médico irá vigiá-lo enquanto estiver a
tomar este medicamento.
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar entre 1 em cada 100 e 1 em cada 1.000
doentes):
- Erupção na pele, prurido (comichão) e outras reações da pele
- Aumento da quantidade de proteínas na urina – que geralmente volta ao normal sem
que seja necessário parar o tratamento com VISACOR (apenas VISACOR 5 mg, 10 mg e 20 mg)
Efeitos secundários raros (podem afetar entre 1 em cada 1.000 e 1 em cada 10.000 doentes):
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- Reações alérgicas graves – os sinais incluem inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta,
dificuldade em engolir e respirar, prurido intenso (comichão) na pele (com aumento dos gânglios).
Caso ache que está a ter uma reação alérgica, pare de tomar VISACOR e procure ajuda médica de
imediato
- Lesão muscular em adultos – como precaução, pare de tomar VISACOR e fale imediatamente
com o seu médico se sentir dores musculares invulgares que se prolonguem mais do que o esperado
- Dor de estômago intensa (inflamação do pâncreas)
- Aumento das enzimas hepáticas no sangue
Efeitos secundários muito raros (podem afetar menos de 1 em cada 10.000 doentes):
- Icterícia (coloração amarela dos olhos e da pele)
- Hepatite (uma inflamação do fígado)
- Vestígios de sangue na sua urina
- Lesão dos nervos nos braços e nas pernas (como dormência)
- Dores nas articulações
- Perda de memória
- Aumento mamário nos homens (ginecomastia)
Efeitos secundários de frequência desconhecida podem incluir:
- Diarreia (soltura)
- Síndrome de Stevens-Johnson (doença grave que causa bolhas na pele, boca, olhos e órgãos
genitais)
- Tosse
- Falta de ar
- Edema (inchaço)
- Distúrbios do sono, incluindo insónias e pesadelos
- Disfunção sexual
- Depressão
- Problemas respiratórios, incluindo tosse persistente e/ou falta de ar ou febre
- Lesão nos tendões
- Fraqueza muscular constante
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários,
estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar VISACOR
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- Blisters: Conservar a temperatura inferior a 30ºC. Conservar na embalagem de origem para
proteger da humidade.
- Frascos: Conservar a temperatura inferior a 30ºC. Manter o frasco bem fechado para proteger da
humidade.
- Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
- Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior/blisters/rótulo, após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
- Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a
proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de VISACOR
A substância ativa de VISACOR é rosuvastatina. Os comprimidos revestidos por película de
VISACOR contêm rosuvastatina cálcica, equivalente a 5 mg, 10 mg, 20 mg ou 40 mg de
rosuvastatina.
Os outros componentes são: lactose mono-hidratada, celulose microcristalina, fosfato de cálcio,
crospovidona, estearato de magnésio, hipromelose, triacetina, dióxido de titânio (E171). VISACOR
10 mg, 20 mg ou 40 mg comprimidos revestidos por película contêm também óxido de ferro
vermelho (E172). VISACOR 5 mg comprimidos revestidos por película contêm também óxido de
ferro amarelo (E172).
Qual o aspeto de VISACOR e conteúdo da embalagem
VISACOR apresenta-se disponível em embalagens blisters de 7, 14, 15, 20, 28, 30, 42, 50, 56, 60,
84, 90, 98 e 100 comprimidos e em recipientes de plástico de 30 e 100 comprimidos. (É possível
que não sejam comercializadas todas as apresentações em cada país.)
VISACOR apresenta-se disponível em quatro dosagens:
VISACOR 5 mg comprimidos revestidos por película são amarelos, redondos e com a gravação
ZD4522 e 5 numa das faces e liso na outra face.
VISACOR 10 mg comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa, redondos e com a gravação
ZD4522 e 10 numa das faces e liso na outra face.
VISACOR 20 mg comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa, redondos e com a gravação
ZD4522 e 20 numa das faces e liso na outra face.
VISACOR 40 mg comprimidos revestidos por película são cor-de-rosa, ovais e com a gravação
ZD4522 numa das faces e 40 na outra face.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda.,
Rua Humberto Madeira, 7,
Queluz de Baixo,
2730-097 Barcarena.
O distribuidor em Portugal é:
Laboratório Medinfar – Produtos Farmacêutivos, S.A.,
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Rua Manuel Ribeiro de Pavia, 1 – 1º
Venda Nova
2700-547 Amadora
Fabricantes responsáveis pela libertação de lotes
AstraZeneca UK Ltd., Silk Road Business Park, Macclesfield, Cheshire, SK102NA Reino Unido
Telefone: +44 1625 582828
AndersonBrecon (UK) Ltd, 2-7 Wye Valley Business Park, Brecon Road, Hay-on-Wye, Hereford,
HR3 5PG, Reino Unido
Telefone: +44 1497 820829
Corden Pharma GmbH, Otto-Hahn-Strasse, 68723 Plankstadt, Alemanha
Telefone: +49 6202 9900
AstraZeneca GmbH, Tinsdaler Weg 183, 22880 Wedel, Alemanha
Telefone: +49 41 037 080
AstraZeneca Reims, Parc Industriel Pompelle, Chemin de Vrilly, Box 1050, Reims Cedex 2, França
Telefone: +33 3266 16868
AstraZeneca AB, S-151 85 Södertälje, Suécia
Telefone: +46 8 553 260 00
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico Europeu
(EEE) sob as seguintes denominações:
VISACOR 5 mg, 10 mg, 20 mg e 40 mg (PT)
PROVISACOR 5 mg, 10 mg, 20 mg e 40 mg (NL, IT, SE), e 5 mg, 10 mg e 20 mg (ES).
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Visacor 5 mg comprimidos revestidos por película.
Visacor 10 mg comprimidos revestidos por película.
Visacor 20 mg comprimidos revestidos por película.
Visacor 40 mg comprimidos revestidos por película.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
5 mg:
Cada
comprimido
contém
5 mg
rosuvastatina
(sob
forma
rosuvastatina
cálcica).
Cada
comprimido
contém
94,88 mg
lactose
mono-
hidratada.
10 mg:
Cada
comprimido
contém
10 mg
rosuvastatina
(sob
forma
rosuvastatina
cálcica).
Cada
comprimido
contém
91,3 mg
lactose
mono-
hidratada.
20 mg:
Cada
comprimido
contém
20 mg
rosuvastatina
(sob
forma
rosuvastatina
cálcica).
Cada
comprimido
contém
182,6 mg
lactose
mono-
hidratada.
40 mg:
Cada
comprimido
contém
40 mg
rosuvastatina
(sob
forma
rosuvastatina cálcica).
Cada
comprimido
contém
168,32 mg
de lactose mono-
hidratada.
Lista completa de excipientes, ver Secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
5 mg: Comprimido revestido por película.
Comprimidos redondos, amarelos, com a gravação “ZD4522” e “5” numa das faces e
liso na outra face.
10 mg: Comprimido revestido por película.
Comprimidos redondos, cor-de-rosa, com a gravação “ZD4522” e “10” numa das
faces e liso na outra face.
20 mg: Comprimido revestido por película.
Comprimidos redondos, cor-de-rosa, com a gravação “ZD4522” e “20” numa das
faces e liso na outra face.
40 mg: Comprimido revestido por película.
Comprimidos ovais, cor-de-rosa, com a gravação “ZD4522” numa das faces e “40”
na outra face.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
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4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da hipercolesterolemia
Adultos,
adolescentes
crianças
idade
igual
superior
6 anos
hipercolesterolemia
primária
(tipo
incluindo
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica) ou dislipidemia mista (tipo IIb) como adjuvante da dieta sempre que
a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (p. ex. exercício físico,
perda de peso) seja inadequada.
Hipercolesterolemia familiar homozigótica, como adjuvante da dieta e de outros
tratamentos hipolipemiantes (p. ex. LDL-aférese) ou se tais tratamentos não forem
apropriados.
Prevenção de Acontecimentos Cardiovasculares
Prevenção de acontecimentos cardiovasculares major em doentes nos quais se
estima existir um risco elevado de ocorrência de um primeiro acontecimento
cardiovascular (ver Secção 5.1), como adjuvante de correção de outros fatores de
risco.
4.2 Posologia e modo de administração
Antes do início do tratamento, o doente deverá ser submetido a uma dieta
padronizada para diminuição dos níveis de colesterol, que deverá continuar durante
o tratamento. A dose deverá ser individualizada de acordo com o objetivo da
terapêutica e a resposta do doente, de acordo com as normas orientadoras de
consenso atuais.
Visacor pode ser administrado a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos.
Tratamento da hipercolesterolemia
A dose inicial recomendada é de 5 ou 10 mg por via oral, uma vez por dia, tanto
para doentes não tratados como para doentes a quem previamente tenham sido
prescritos outros inibidores da redutase da HMG-CoA. A escolha da dose inicial
deverá ter em consideração o nível de colesterol individual e o eventual risco
cardiovascular, bem como o potencial risco para reações adversas (ver abaixo). Após
4 semanas, pode ser feito um ajuste posológico para a dose seguinte, se necessário
(ver Secção 5.1). Face ao aumento de notificações de reações adversas com a dose
de 40 mg comparativamente às doses mais baixas (ver Secção 4.8), a titulação final
para a dose máxima de 40 mg deverá ser somente considerada em doentes com
hipercolesterolemia
grave
elevado
risco
cardiovascular
particular
doentes com hipercolesterolemia familiar), que não atinjam os objetivos terapêuticos
com 20 mg, aos quais será efetuada uma monitorização de rotina (ver Secção 4.4).
Recomenda-se que o início de terapêutica com a dose de 40 mg seja efetuado sob
supervisão de um especialista.
Prevenção de Acontecimentos Cardiovasculares
No estudo de redução de risco de acontecimentos cardiovasculares, a dose utilizada
foi de 20 mg por dia (ver Secção 5.1).
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População pediátrica
A utilização pediátrica apenas deve ser efetuada por especialistas.
Crianças e adolescentes com idade compreendida entre os 6 e os 17 anos (Estadio
Tanner < II-V)
Em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, a dose
inicial habitual é de 5 mg, uma vez por dia.
crianças
idade
compreendida
entre
9 anos
hipercolesterolemia familiar heterozigótica, o intervalo de dose habitual é 5-10 mg
por via oral, uma vez por dia. A segurança e a eficácia de doses superiores a 10 mg
não foram estudadas nesta população
crianças
idade
compreendida
entre
17 anos
hipercolesterolemia familiar heterozigótica, o intervalo de dose habitual é 5-20 mg
por via oral, uma vez por dia. A segurança e a eficácia de doses superiores a 20 mg
não foram estudadas nesta população.
A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta individual e tolerabilidade nos
doentes pediátricos, conforme indicado pelas recomendações de tratamento em
pediatria (ver Secção 4.4). Crianças e adolescentes devem ser submetidos à dieta
padrão para redução do colesterol antes de iniciar o tratamento com rosuvastatina;
esta dieta deve ser continuada durante o tratamento com a rosuvastatina.
A experiência em crianças com hipercolesterolemia familiar homozigótica é limitada a
um número reduzido de crianças com idade compreendida entre os 8 e os 17 anos.
O comprimido de 40 mg não é adequado para utilização na população pediátrica.
Crianças de idade inferior a 6 anos
A segurança e a eficácia de utilização em crianças de idade inferior a 6 anos não
foram estudadas. Por conseguinte, não se recomenda a utilização de Visacor em
crianças de idade inferior a 6 anos.
Utilização no idoso
Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg em doentes com idade > 70 anos (ver
Secção 4.4). Não é necessário qualquer outro ajuste posológico em relação à idade.
Posologia em doentes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste posológico em doentes com compromisso renal ligeiro a
moderado. A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com compromisso
renal moderado (depuração da creatinina < 60 ml/min). A dose de 40 mg está
contraindicada em doentes com compromisso renal moderado. O uso de Visacor em
doentes com compromisso renal grave está contraindicado em todas as doses (ver
Secção 4.3 e Secção 5.2).
Posologia em doentes com compromisso hepático
Não se verificou um aumento da exposição sistémica à rosuvastatina em indivíduos
com pontuações 7 ou inferior na classificação de Child-Pugh. No entanto, tem sido
observado aumento da exposição sistémica em indivíduos com pontuações 8 e 9 na
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
classificação de Child-Pugh (ver Secção 5.2). Nestes doentes deve ser considerada a
avaliação da função renal (ver Secção 4.4). Não existe experiência em indivíduos
pontuações
classificação
Child-Pugh
superior
Visacor
está
contraindicado em doentes com doença hepática ativa (ver Secção 4.3).
Raça
Tem sido observado aumento da exposição sistémica em indivíduos Asiáticos (ver
Secção 4.3, Secção 4.4 e Secção 5.2). A dose inicial recomendada é de 5 mg para
doentes de ascendência Asiática. A dose de 40 mg está contraindicada nestes
doentes.
Polimorfismos genéticos
São conhecidos tipos específicos de polimorfismos genéticos que podem levar a
aumento da exposição à rosuvastatina (ver Secção 5.2). Para os doentes em que são
conhecidos tais tipos específicos de polimorfismos, recomenda-se uma dose diária
inferior de Visacor.
Posologia em doentes com fatores predisponentes para miopatia
A dose inicial recomendada é de 5 mg em doentes com fatores predisponentes para
miopatia (ver Secção 4.4).
A dose de 40 mg está contraindicada em alguns destes doentes (ver Secção 4.3).
Terapêutica concomitante
A rosuvastatina é um substrato de várias proteínas transportadoras (p. ex. OATP1B1
e BCRP). O risco de miopatia (incluindo rabdomiólise) aumenta quando Visacor é
administrado
concomitantemente
determinados
medicamentos
podem
aumentar a concentração plasmática da rosuvastatina devido a interações com essas
proteínas transportadoras
ex. ciclosporina
certos
inibidores
protease
incluindo combinações de ritonavir com atazanavir, lopinavir, e/ou tipranavir; ver
Secções 4.4 e 4.5). Sempre que possível, devem ser considerados medicamentos
alternativos,
necessário,
considerar
temporariamente
interrupção
terapêutica com Visacor. Em situações em que a administração conjunta destes
medicamentos com Visacor é inevitável, o benefício e o risco do tratamento
concomitante e ajustes na dose de Visacor devem ser cuidadosamente considerados
(ver Secção 4.5).
4.3 Contraindicações
Visacor está contraindicado:
- em doentes com hipersensibilidade à rosuvastatina ou a qualquer dos excipientes.
doentes
doença
hepática
ativa
incluindo
elevações
persistentes
inexplicáveis das transaminases séricas e qualquer elevação das transaminases
séricas excedendo 3 vezes o limite superior da normalidade (LSN).
- em doentes com compromisso renal grave (depuração da creatinina < 30 ml/min).
- em doentes com miopatia.
- em doentes tratados concomitantemente com ciclosporina.
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
- durante a gravidez e aleitamento e em mulheres em idade fértil que não adotam
medidas contracetivas apropriadas.
A dose de 40 mg está contraindicada em doentes com fatores predisponentes para
miopatia/rabdomiólise. Tais fatores incluem:
- compromisso renal moderado (depuração da creatinina < 60 ml/min)
- hipotiroidismo
- antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
- antecedentes pessoais de toxicidade muscular com outro inibidor da redutase da
HMG-CoA ou fibrato
- alcoolismo
situações
possa
ocorrer
aumento
níveis
plasmáticos
rosuvastatina
- doentes Asiáticos
- uso concomitante de fibratos.
(Ver Secções 4.4, 4.5 e 5.2)
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Efeitos renais
Em doentes tratados com doses elevadas de Visacor, em particular 40 mg, foi
observada proteinúria, detetada por tiras de teste e maioritariamente de origem
tubular, tendo sido transitória ou intermitente na maioria dos casos. A proteinúria
não demonstrou prognosticar doença renal aguda ou crónica (ver Secção 4.8). A
taxa
notificação
acontecimentos
renais
graves
experiência
pós-
comercialização é maior com a dose de 40 mg. Deve ser considerada a avaliação da
função renal durante a monitorização de rotina de doentes tratados com uma dose
de 40 mg.
Efeitos musculosqueléticos
Efeitos no músculo esquelético, p. ex. mialgia, miopatia e, raramente, rabdomiólise
têm sido notificados em doentes tratados com Visacor em todas as doses e em
particular com doses > 20 mg. Foram notificados casos muito raros de rabdomiólise
com a utilização de ezetimiba em combinação com os inibidores da redutase da
HMG-CoA. Não pode ser excluída uma interação farmacodinâmica (ver Secção 4.5) e
a sua combinação deve ser utilizada com precaução. Tal como com outros inibidores
da redutase da HMG-CoA, a taxa de notificação de rabdomiólise associada a Visacor
na experiência pós-comercialização é maior com a dose de 40 mg.
Doseamento da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deve ser doseada após exercício intenso ou na presença
de causas alternativas plausíveis de aumento de CK, que possam confundir a
interpretação dos resultados. Se os níveis basais de CK forem significativamente
elevados (> 5xLSN) deverá ser efetuado um teste de confirmação dentro de
5-7 dias. Se a repetição do teste confirmar um valor basal de CK > 5xLSN, o
tratamento não deverá ser iniciado.
Antes do tratamento
Visacor, tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, deverá ser
prescrito
precaução
doentes
fatores
predisponentes
para
miopatia/rabdomiólise. Tais fatores incluem:
- compromisso renal
- hipotiroidismo
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
- antecedentes pessoais ou familiares de perturbações musculares hereditárias
- antecedentes pessoais de toxicidade muscular com outro inibidor da redutase da
HMG-CoA ou fibrato
- alcoolismo
- idade > 70 anos
situações
possa
ocorrer
aumento
níveis
plasmáticos
(ver
Secções 4.2, 4.5 e 5.2)
- uso concomitante de fibratos
Nestes doentes deverá ser avaliado o risco do tratamento relativamente aos
possíveis benefícios, sendo recomendado uma monitorização clínica. Se os níveis
basais de CK forem significativamente elevados (> 5xLSN), o tratamento não deverá
ser iniciado.
Durante o tratamento
Os doentes devem ser advertidos a notificar imediatamente dor muscular, astenia ou
cãibras inexplicáveis, particularmente se associados a mal-estar ou febre. Deve
determinar-se os níveis de CK nestes doentes. A terapêutica deve ser interrompida
se os níveis de CK estiverem francamente elevados (> 5xLSN) ou se os sintomas
musculares forem graves e causarem desconforto diário (mesmo com níveis de CK
≤ 5xLSN). Se os sintomas desaparecerem e os níveis de CK regressarem ao normal,
deverá considerar-se a reintrodução de Visacor ou um inibidor alternativo da
redutase da HMG-CoA na dose mais baixa e com uma monitorização apertada. A
monitorização de rotina dos níveis de CK em doentes assintomáticos não se justifica.
Foram notificados casos muito raros de miopatia necrosante imunomediada (IMNM)
durante ou após o tratamento com estatinas, incluindo a rosuvastatina. A IMNM é
clinicamente caracterizada por fraqueza muscular proximal e elevação da creatinina
quinase sérica, que persistem apesar da interrupção do tratamento com estatinas.
Os ensaios clínicos não demonstraram evidência de aumento de efeitos sobre o
músculo
esquelético
no reduzido número
doentes
tratados com Visacor e
terapêutica concomitante. Observou-se, no entanto, aumento da incidência de
miosite e de miopatia em doentes tratados com outros inibidores da redutase da
HMG-CoA
associação
derivados
ácido
fíbrico,
incluindo
gemfibrozil,
ciclosporina, ácido nicotínico, antifúngicos do grupo dos azóis, inibidores da protease
e antibióticos macrólidos. O gemfibrozil aumenta o risco de miopatia quando
administrado concomitantemente com alguns inibidores da redutase da HMG-CoA.
Por conseguinte, a associação de Visacor com gemfibrozil não é recomendada. O
benefício de alterações adicionais nos níveis lipídicos, resultantes da combinação de
Visacor com fibratos ou niacina, deverá ser cuidadosamente considerado em relação
aos potenciais riscos de tais associações. Com a dose de 40 mg está contraindicado o
uso concomitante de fibratos.
(Ver Secção 4.5 e Secção 4.8).
Não se recomenda a associação de rosuvastatina e ácido fusídico. Em doentes a
receber esta associação houve notificações de rabdomiólise (incluindo algumas
mortes) (ver secção 4.5).
Visacor não deve ser usado em doentes com uma situação aguda grave, sugestiva
de miopatia ou predisposição para o desenvolvimento de falência renal secundária a
rabdomiólise
sépsis,
hipotensão,
grande
cirurgia,
trauma,
disfunções
metabólicas graves, endócrinas e eletrolíticas ou convulsões não controladas).
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
Efeitos hepáticos
Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, Visacor deve ser usado
com precaução em doentes que consumam quantidades excessivas de álcool e/ou
tenham história de doença hepática.
Recomenda-se que sejam realizados testes da função hepática antes do início do
tratamento com Visacor e 3 meses após o início do tratamento. Se o nível das
transaminases séricas exceder 3 vezes o limite superior da normalidade, Visacor
deve ser interrompido ou reduzir-se a dose. A taxa de notificação de acontecimentos
hepáticos
graves
(consistindo
principalmente
aumento
transaminases
hepáticas) na experiência pós-comercialização é maior com a dose de 40 mg.
Em doentes com hipercolesterolemia secundária causada por hipotiroidismo ou
síndrome nefrótica, a doença subjacente deverá ser tratada antes de se iniciar a
terapêutica com Visacor.
Raça
Estudos de farmacocinética revelaram um aumento da exposição em indivíduos
Asiáticos, comparativamente aos indivíduos Caucasianos (ver Secção 4.2, Secção 4.3
e Secção 5.2).
Inibidores da protease
Um aumento da exposição sistémica à rosuvastatina tem sido observado em
indivíduos tratados com rosuvastatina concomitantemente com vários inibidores da
protease em combinação com ritonavir. Deve ser considerado, quer o benefício de
redução lipídica pelo uso de Visacor em doentes com o Vírus de Imunodeficiência
Humana (VIH) tratados com inibidores da protease quer o potencial para o aumento
das concentrações plasmáticas de rosuvastatina quando se inicia e se titulam doses
de Visacor em doentes tratados com inibidores da protease. O uso concomitante com
determinados inibidores da protease não é recomendado a menos que a dose de
Visacor seja ajustada (ver Secções 4.2 e 4.5).
Intolerância à lactose
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de
lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não devem tomar este
medicamento.
Doença pulmonar intersticial
Foram
notificados
casos
raros
doença
pulmonar
intersticial
algumas
estatinas, especialmente com tratamentos de longa duração (ver Secção 4.8). Os
sintomas observados incluem dispneia, tosse não produtiva e deterioração do estado
de saúde em geral (fadiga, perda de peso e febre). Se houver suspeita de
desenvolvimento de doença pulmonar intersticial, a terapêutica com estatina deve
ser interrompida.
Diabetes Mellitus
Algumas evidências sugerem que as estatinas como classe farmacológica podem
elevar a glicemia e em alguns doentes, com elevado risco de ocorrência futura de
diabetes, podem induzir um nível de hiperglicemia em que o tratamento formal de
diabetes é adequado. Este risco é, no entanto, suplantado pela redução do risco
vascular das estatinas e, portanto, não deve ser uma condição para interromper a
terapêutica. Os doentes em risco (glicemia em jejum entre 5,6 a 6,9 mmol/l, IMC
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
(Índice de Massa Corporal) > 30 kg/m2, triglicéridos aumentados, hipertensão)
devem ser monitorizados tanto clínica como bioquimicamente de acordo com as
orientações nacionais.
No estudo JUPITER, a frequência geral de notificação de casos de diabetes mellitus
foi de 2,8% com rosuvastatina e 2,3% com placebo, a maioria em doentes com
glicemia em jejum entre 5,6 e 6,9 mmol/l.
População pediátrica
A avaliação do crescimento linear (altura), peso, IMC (índice de massa corporal) e
características secundárias de maturação sexual pela escala de Tanner em doentes
pediátricos
idade
compreendida
entre
17 anos
tratados
rosuvastatina, é limitada ao período de dois anos. Após dois anos de estudo com
este tratamento, não foi detetado qualquer efeito no crescimento, peso, IMC ou
maturação sexual (ver Secção 5.1).
Em ensaios clínicos em crianças e adolescentes tratados com rosuvastatina durante
52 semanas, foram observadas com maior frequência, elevações da CK > 10xLSN e
sintomas musculares após exercício ou aumento da atividade física em comparação
com as observações nos ensaios clínicos em adultos (ver Secção 4.8).
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeito da administração concomitante de medicamentos na rosuvastatina
Inibidores das proteínas transportadoras: A rosuvastatina é um substrato para certas
proteínas transportadoras incluindo o transportador de captação hepático OATP1B1 e
o transportador de efluxo BCRP. A administração concomitante de Visacor com
medicamentos que são inibidores destes transportadores de proteínas pode resultar
num aumento das concentrações plasmáticas da rosuvastatina e num aumento do
risco de miopatia (ver Secções 4.2, 4.4 e 4.5 Tabela 1).
Ciclosporina: Durante a terapêutica concomitante com Visacor e ciclosporina, os
valores
rosuvastatina
foram
média
7 vezes
mais
elevados,
relativamente aos observados em voluntários saudáveis (ver Tabela 1). Visacor é
contraindicado
doentes
receber
concomitantemente
ciclosporina
(ver
Secção 4.3). A administração concomitante não provocou alteração da concentração
plasmática da ciclosporina.
Inibidores da protease: Apesar de ser desconhecido o mecanismo de interação
exato, o uso concomitante com inibidores da protease pode aumentar fortemente a
exposição à rosuvastatina (ver Tabela 1). Por exemplo, num estudo farmacocinético,
a administração concomitante de 10 mg de rosuvastatina e a combinação de dois
inibidores da protease (300 mg atazanavir/ 100 mg de ritonavir) em voluntários
saudáveis foi associada a um aumento da AUC e da Cmax da rosuvastatina em
aproximadamente três-vezes e sete-vezes, respetivamente. O uso concomitante de
Visacor e algumas combinações de inibidores da protease pode ser considerado após
cuidadosa avaliação dos ajustes na dose de Visacor baseados no aumento expectável
da exposição à rosuvastatina (ver Secções 4.2, 4.4 e 4.5 Tabela 1).
Gemfibrozil e outros medicamentos hipolipemiantes: O uso concomitante de Visacor
e gemfibrozil resultou num aumento para o dobro da Cmax e AUC da rosuvastatina
(ver Secção 4.4).
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
Com base em dados de estudos de interação específicos, não são de esperar
interações farmacocinéticas relevantes com fenofibrato, contudo podem ocorrer
interações farmacodinâmicas. O gemfibrozil, fenofibrato, outros fibratos e niacina
(ácido nicotínico) em doses hipolipemiantes (> ou igual a 1 g/dia) aumentam o risco
de miopatia quando administrados concomitantemente com inibidores da redutase
da HMG-CoA, provavelmente porque podem provocar miopatia quando administrados
isoladamente. A dose de 40 mg está contraindicada no uso concomitante de fibratos
(ver Secções 4.3 e 4.4). Estes doentes devem também iniciar o tratamento com a
dose de 5 mg.
Ezetimiba: O uso concomitante de 10 mg de Visacor e 10 mg de ezetimiba resultou
aumento
rosuvastatina
1,2 vezes
indivíduos
hipercolesterolémicos (Tabela 1). No entanto, não pode ser excluída uma interação
farmacodinâmica, em termos de efeitos adversos entre o Visacor e a ezetimiba (ver
Secção 4.4).
Antiácidos: A administração simultânea de Visacor com uma suspensão de antiácido
contendo
hidróxido
alumínio
magnésio
produziu
descida
aproximadamente 50% da concentração plasmática da rosuvastatina. Este efeito foi
atenuado
quando
antiácido
administrado
2 horas
após
Visacor.
Não
investigada a importância clínica desta interação.
Eritromicina: O uso concomitante de Visacor e eritromicina resultou num decréscimo
de 20% na AUC e um decréscimo de 30% na Cmax de rosuvastatina. Esta interação
pode ser provocada pelo aumento da motilidade intestinal causada pela eritromicina.
Enzimas do citocromo P450: Os resultados de estudos in vitro e in vivo mostram que
a rosuvastatina não é nem um inibidor nem um indutor das isoenzimas do citocromo
P450. Além disso, a rosuvastatina é um substrato pobre destas isoenzimas. Por
conseguinte, não são esperadas interações com fármacos cujo metabolismo é
mediado
pelo
citocromo
P450.
Não
verificaram
interações
clinicamente
importantes entre a rosuvastatina quer com o fluconazol (inibidor do CYP2C9 e
CYP3A4) quer com o cetoconazol (inibidor do CYP2A6 e CYP3A4).
Interações que requerem ajustes na dose de rosuvastatina (ver também Tabela 1):
Quando
necessário
administrar
concomitantemente
Visacor
outros
medicamentos conhecidos por aumentarem a exposição à rosuvastatina, as doses de
Visacor devem ser ajustadas. Iniciar com uma dose diária de 5 mg de Visacor se o
aumento expectável na exposição (AUC) é de aproximadamente 2 vezes ou superior.
A dose máxima diária de Visacor deve ser ajustada para que a exposição expectável
à rosuvastatina não exceda os 40 mg diários de Visacor tomados sem interações
medicamentosas, por exemplo uma dose de 20 mg de Visacor com gemfibrozil
(aumenta
1,9 vezes),
dose
10 mg
Visacor
combinação
atazanavir/ritonavir (aumenta 3,1 vezes).
Tabela 1. Efeitos da administração concomitante de medicamentos na exposição à
rosuvastatina
(AUC;
ordem
decrescente
magnitude)
ensaios
clínicos
publicados
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
Fármaco a interagir, dose, regime
Regime
posológico
rosuvastatina
Alteração na AUC
da rosuvastatina*
Ciclosporina
75 mg
para
200 mg BID, 6 meses
10 mg OD, 10 dias
7,1-vezes
Atazanavir
300 mg/ritonavir
100 mg OD, 8 dias
10 mg, dose única
3,1-vezes
Lopinavir 400 mg/ritonavir 100 mg
BID, 17 dias
20 mg OD, 7 dias
2,1-vezes
Clopidogrel
300 mg
dose
carga,
seguida de 75 mg às 24 horas
20 mg, dose única
2-vezes
Gemfibrozil 600 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
1,9-vezes
Eltrombopag 75 mg OD, 10 dias
10 mg, dose única
1,6-vezes
Darunavir 600 mg/ritonavir 100 mg
BID, 7 dias
10 mg OD, 7 dias
1,5-vezes
Tipranavir
500 mg/ritonavir
200 mg BID, 11 dias
10 mg, dose única
1,4-vezes
Dronedarona 400 mg BID
Não disponível
1,4-vezes
Itraconazol 200 mg OD, 5 dias
10 mg, dose única
1,4-vezes
Ezetimiba 10 mg OD, 14 dias
10 mg, OD, 14 dias
1,2-vezes
Fosamprenavir
700 mg/ritonavir
100 mg BID, 8 dias
10 mg, dose única
Aleglitazar 0,3 mg, 7 dias
40 mg, 7 dias
Silimarina 140 mg TID, 5 dias
10 mg, dose única
Fenofibrato 67 mg TID, 7 dias
10 mg, 7 dias
Rifampin 450 mg OD, 7 dias
20 mg, dose única
Cetoconazol 200 mg BID, 7 dias
80 mg, dose única
Fluconazol 200 mg OD, 11 dias
80 mg, dose única
Eritromicina 500 mg QID, 7 dias
80 mg, dose única
28%
Baicalin 50 mg TID, 14 dias
20 mg, dose única
47%
*Os dados apresentados como alteração de x-vezes representam uma simples “razão”
entre rosuvastatina administrada concomitantemente e rosuvastatina isoladamente. Os
dados apresentados como alteração na % representam a % de diferença relativamente à
rosuvastatina isoladamente.
O aumento é indicado por “ ”, sem alterações por “”, diminuição por “”.
**Vários estudos de interação foram realizados com diferentes dosagens de Visacor, a
tabela mostra as razões mais significativas.
OD = uma vez dia; BID = duas vezes dia; TID = três vezes dia; QID = quatro vezes dia
Efeitos da rosuvastatina em medicamentos administrados concomitantemente
Antagonistas da Vitamina K: À semelhança dos outros inibidores da redutase da
HMG-CoA , o início da terapêutica ou o aumento da dose de Visacor em doentes
tratados concomitantemente com antagonistas da vitamina K (p. ex. varfarina ou
outro anticoagulante cumarínico) pode originar um aumento da Razão Internacional
Normalizada (INR). A interrupção ou redução da dose de Visacor pode resultar num
decréscimo da INR. Nestas situações, é desejável a monitorização apropriada da
INR.
Contracetivo oral/terapêutica hormonal de substituição (THS): O uso concomitante
de Visacor e um contracetivo oral resultou num aumento da AUC de etinilestradiol e
norgestrel de 26% e 34%, respetivamente. Deve ter-se em consideração este
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
aumento dos níveis plasmáticos na escolha da dose do contracetivo oral. Não
existem
dados
farmacocinéticos
disponíveis
indivíduos
tomar
concomitantemente Visacor e THS mas um efeito similar não pode ser excluído.
Contudo,
estudos clínicos,
esta
associação
extensamente utilizada
mulheres e foi bem tolerada.
Outros medicamentos:
Digoxina: Com base em dados de estudos de interação específicos, não são
esperadas interações clinicamente relevantes com digoxina.
Ácido fusídico: Não foram realizados estudos de interação com rosuvastatina e ácido
fusídico. Na experiência pós-comercialização e à semelhança de outras estatinas
foram
notificados
acontecimentos
relacionados
músculos,
incluindo
rabdomiólise em doentes a fazer rosuvastatina e ácido fusídico concomitantemente.
Portanto, não se recomenda a associação de rosuvastatina e ácido fusídico. Se
possível, recomenda-se a interrupção temporária do tratamento com rosuvastatina.
Se inevitável, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados.
População pediátrica: Os estudos de interação só foram realizados em adultos. A
extensão das interações na população pediátrica não é conhecida.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Visacor está contraindicado na gravidez e aleitamento.
As mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contracetivos apropriados.
Dado que o colesterol e outros produtos da biossíntese do colesterol são essenciais
para o desenvolvimento do feto, o risco potencial da inibição da redutase da HMG-
CoA supera a vantagem do tratamento durante a gravidez. Estudos em animais
fornecem
dados
limitados
respeito
toxicidade
reprodutiva
(ver
Secção 5.3).
caso
gravidez,
tratamento
deverá
imediatamente
interrompido.
No rato, a rosuvastatina é excretada no leite. Não existem dados sobre a excreção
de rosuvastatina no leite humano (ver Secção 4.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram efetuados estudos para determinar o efeito de Visacor sobre a capacidade
conduzir
utilizar
máquinas.
Contudo,
base
suas
propriedades
farmacodinâmicas não é provável que Visacor afete esta capacidade. Na condução de
veículos ou utilização de máquinas é necessário ter em conta que podem ocorrer
tonturas durante o tratamento.
4.8 Efeitos indesejáveis
As reações adversas observadas com Visacor são geralmente de caráter ligeiro e
transitório. Em ensaios clínicos controlados, menos de 4% dos doentes tratados com
Visacor abandonou os estudos devido a reações adversas.
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
Lista tabelada de reações adversas
Com base em dados de ensaios clínicos e extensa experiência pós-comercialização, a
seguinte tabela apresenta o perfil de reações adversas para a rosuvastatina. As
reações adversas listadas abaixo estão classificadas de acordo com a frequência e
classe de sistema de órgãos (SOC).
A frequência de reações adversas é listada de acordo com a seguinte convenção:
Frequentes
(≥ 1/100,
< 1/10);
Pouco
frequentes
(≥ 1/1.000,
< 1/100);
Raros
(≥ 1/10.000, < 1/1.000); Muito raros (< 1/10.000); Desconhecido (não pode ser
calculado a partir dos dados disponíveis).
Tabela 2. Reações adversas baseadas em dados de estudos clínicos e experiência
pós-comercialização
Classes
sistemas
de órgãos
Frequente
Pouco
Frequentes
Raros
Muito
raros
Desconhecido
Doenças do sangue e
do sistema linfático
Trombocitopenia
Doenças
sistema
imunitário
Reação
hipersensibilidad
incluindo
angioedema
Doenças endócrinas
Diabetes
mellitus(1)
Perturbações
foro
psiquiátrico
Depressão
Doenças
sistema
nervoso
Cefaleia
Tonturas
Polineuro-
patia
Perda
memória
Neuropatia
periférica
Alterações
sono (incluindo
insónia
pesadelos)
Doenças respiratórias,
torácicas
mediastino
Tosse
Dispneia
Doenças
gastrointestinais
Obstipaçã
Náuseas
abdominal
Pancreatite
Diarreia
Afeções hepatobiliares
Transaminases
hepáticas
aumentadas
Icterícia
Hepatite
Afeções
tecidos
cutâneos
subcutâneos
Prurido
Erupção
cutânea
Urticária
Síndrome
Stevens-
Johnson
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
Tabela 2. Reações adversas baseadas em dados de estudos clínicos e experiência
pós-comercialização
Classes
sistemas
de órgãos
Frequente
Pouco
Frequentes
Raros
Muito
raros
Desconhecido
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Mialgia
Miopatia
(incluindo
miosite)
Rabdomiólise
Artralgia
Afeções
tendões,
vezes
complicadas
devido a rutura
Miopatia
necrosante
imunomediada
Doenças
renais
urinárias
Hematúri
Doenças
órgãos
genitais e da mama
Gineco-
mastia
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Astenia
Edema
(1) A frequência irá depender da presença ou ausência de fatores de risco
(glicemia em jejum ≥ 5,6 mmol/l, IMC > 30 kg/m2, trigliceridos elevados, história
de hipertensão).
Tal como se verifica com outros inibidores da redutase da HMG-CoA, a incidência de
reações adversas medicamentosas tende a ser dose-dependente.
Efeitos renais: Em doentes tratados com Visacor foi observada proteinúria, detetada
por tiras de teste, sendo maioritariamente de origem tubular. Variação dos valores
de proteinúria, desde ausência ou vestígios até um resultado ++ ou superior, foi
observado em < 1% dos doentes em determinada altura durante o tratamento com
10 mg e 20 mg, e em aproximadamente 3% dos doentes tratados com 40 mg. Com
a dose de 20 mg foi observada uma ligeira variação, desde ausência ou vestígios até
um resultado +. Na maioria dos casos, a proteinúria diminui ou desaparece
espontaneamente com a continuação da terapêutica. Até ao momento, a análise de
dados provenientes de ensaios clínicos e da experiência pós-comercialização não
identificou uma associação causal entre a proteinúria e doença renal aguda ou
progressiva.
A hematúria tem sido observada em doentes tratados com Visacor e os dados de
estudos clínicos mostram que a ocorrência é baixa.
Efeitos no músculo esquelético: Efeitos no músculo esquelético, p. ex. mialgia,
miopatia (incluindo miosite) e, raramente, rabdomiólise com ou sem insuficiência
renal aguda têm sido notificados em doentes tratados com Visacor em todas as
doses, em particular, com doses > 20 mg.
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
Em doentes tratados com rosuvastatina foi observado um aumento dos níveis de CK
relacionado
dose;
maioria
casos
essa
elevação
ligeira,
assintomática e transitória. Se os níveis de CK forem elevados (> 5xLNS), o
tratamento deve ser interrompido (ver Secção 4.4).
Efeitos hepáticos: Tal como com os outros inibidores da redutase da HMG-CoA, um
aumento das transaminases, relacionado com a dose, foi observado num pequeno
número de doentes tratados com rosuvastatina; na maioria destes casos, o aumento
foi ligeiro, assintomático e transitório.
Foram notificados os seguintes acontecimentos adversos com algumas estatinas:
Disfunção sexual
Casos raros de doença pulmonar intersticial, especialmente com terapêutica de longa
duração (ver Secção 4.4)
taxa
notificação
rabdomiólise,
acontecimentos
renais
graves
acontecimentos
hepáticos
graves
(consistindo
principalmente
aumento
transaminases hepáticas) é maior com a dose de 40 mg.
População pediátrica: As elevações da creatinaquinase > 10xLSN e os sintomas
musculares após exercício ou aumento da atividade física foram observados mais
frequentemente em ensaios clínicos de 52 semanas em crianças e adolescentes em
comparação com os adultos (ver secção 4.4). Noutros aspetos, o perfil de segurança
de rosuvastatina foi semelhante em crianças e adolescentes comparativamente com
adultos.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Não existe um tratamento específico na eventualidade de ocorrer sobredosagem. Em
caso de sobredosagem, o doente deve ser submetido a um tratamento sintomático e
as medidas de suporte instituídas, conforme necessário. A função hepática e os
níveis
deverão
monitorizados.
Não
provável
hemodiálise
proporcione quaisquer benefícios.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
3.7.
Aparelho
cardiovascular.
Antidislipidémicos.
Inibidores da redutase da HMG-CoA.
Código ATC: C10A A07
Mecanismo de ação
A rosuvastatina é um inibidor seletivo e competitivo da redutase da HMG-CoA, a
enzima limitante da taxa de conversão da 3-hidroxi3-metilglutaril coenzima A em
mevalonato, um precursor do colesterol. O principal local de ação da rosuvastatina é
o fígado, o órgão alvo na diminuição do colesterol.
A rosuvastatina aumenta o número de recetores hepáticos das LDL na superfície
celular, potenciando a captação e o catabolismo das LDL e inibindo a síntese hepática
das VLDL, reduzindo, desta forma, o número total de partículas de VLDL e LDL.
Efeitos farmacodinâmicos
Visacor reduz os níveis elevados de colesterol-LDL (C-LDL), colesterol total (CT) e
triglicéridos (TG) e aumenta o nível de colesterol-HDL (C-HDL). Reduz ainda a ApoB,
colesterol não-HDL (não-C-HDL), C-VLDL e TG-VLDL e aumenta a ApoA-I (ver
Tabela 3). Visacor reduz também as razões de C-LDL/C-HDL, CT/C-HDL e colesterol
não-HDL/C-HDL bem como a razão de ApoB/ApoA-I.
Tabela 3 Dose-resposta em doentes com hipercolesterolemia primária (tipos IIa e
IIb) (alteração percentual média ajustada em relação aos valores basais)
Dose
C-LDL
C-HDL
não-C-HDL
ApoB
ApoA-I
Placebo
O efeito terapêutico é obtido uma semana após o início do tratamento, atingindo-se
90% da resposta máxima decorridas 2 semanas. A resposta máxima é geralmente
obtida às 4 semanas, mantendo-se subsequentemente.
Eficácia e segurança clínicas
Visacor é eficaz em adultos com hipercolesterolemia, com e sem hipertrigliceridemia,
independentemente da sua raça, sexo ou idade, bem como em populações especiais,
nomeadamente diabéticos ou doentes com hipercolesterolemia familiar.
Com base nos dados agrupados de fase III, Visacor demonstrou ser eficaz no
tratamento da maioria dos doentes com hipercolesterolemia tipo IIa e IIb (C-LDL
média basal cerca de 4,8 mmol/l), levando-os a atingir os valores alvo preconizados
nas normas orientadoras da European Atherosclerosis Society (EAS; 1998); cerca de
80% dos doentes tratados com 10 mg atingiram os valores alvo EAS preconizados
para os níveis de C-LDL (< 3 mmol/l).
Num estudo de grandes dimensões, 435 doentes com hipercolesterolemia familiar
heterozigótica, receberam Visacor entre 20 mg e 80 mg, segundo um protocolo de
titulação forçada. Todas as doses demonstraram exercer um efeito benéfico sobre os
parâmetros lipídicos e foram atingidos os objetivos alvo em tratamento. Após a
APROVADO EM
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INFARMED
titulação para uma dose diária de 40 mg (12 semanas de tratamento), o C-LDL foi
reduzido
53%.
doentes
atingiram
valores
alvo
normas
orientadoras EAS para os níveis de C-LDL (< 3 mmol/l).
Num estudo clínico aberto, de titulação forçada, foi avaliada a resposta a Visacor 20-
40 mg em 42 doentes com hipercolesterolemia familiar homozigótica. Na população
global, foi obtida uma redução média do C-LDL de 22%.
Em estudos clínicos com um número limitado de doentes, Visacor tem demonstrado
possuir uma eficácia adicional na redução dos trigliceridos quando utilizado em
combinação com fenofibrato e no aumento dos níveis do C-HDL quando usado em
combinação com niacina (ver Secção 4.4).
Num estudo clínico controlado com placebo, em dupla ocultação e multicêntrico
(METEOR),
984 doentes com idades compreendidas entre 45 e 70 anos e com baixo risco de
doença coronária (definido como risco de Framingham < 10% em 10 anos), com
uma média de C-LDL de 4,0 mmol/l (154,5 mg/dl), porém com aterosclerose
subclínica
(detetada
Espessura
carótida
Íntima–Média
(EIMC)),
foram
aleatorizados para o tratamento com rosuvastatina 40 mg uma vez por dia ou
placebo durante 2 anos. A rosuvastatina reduziu significativamente a taxa de
progressão na EIMC máxima de todos os 12 locais analisados nas artérias carótidas,
comparativamente com placebo, em -0,0145 mm/ano [intervalo de confiança a 95%
-0,0196;
-0,0093;
p<0,0001].
alteração
relativamente
valores
iniciais
0,0014 mm/ano
(-0,12%/ano (não significativa)) para a rosuvastatina, comparativamente com uma
progressão de +0,0131 mm/ano (1,12%/ano (p<0,0001)) para o placebo. Não foi
ainda demonstrada uma correlação direta entre a diminuição da EIMC e a redução do
risco de acontecimentos cardiovasculares. A população estudada no METEOR é de
baixo risco de doença coronária e não representa a população alvo de Visacor 40 mg.
A dose de 40 mg deverá ser prescrita apenas em doentes com hipercolesterolemia
grave com elevado risco cardiovascular (ver Secção 4.2).
No estudo “Justification for the Use of Statins in Primary Prevention: An Intervention
Trial
Evaluating
Rosuvastatin”
(JUPITER),
efeito
rosuvastatina
sobre
ocorrência de acontecimentos cardiovasculares de etiologia aterosclerótica major foi
avaliado em 17.802 homens (≥ 50 anos) e mulheres (≥ 60 anos).
Os participantes do estudo foram distribuídos de forma aleatória para placebo
(n=8.901) ou rosuvastatina 20 mg uma vez por dia (n=8.901) e foram seguidos
durante um período médio de 2 anos.
A concentração de colesterol LDL foi reduzida em 45% (p<0,001) no grupo da
rosuvastatina em comparação com o grupo do placebo.
Numa análise post-hoc a um subgrupo de indivíduos com elevado risco, com um
risco de Framingham inicial > 20% (1.558 indivíduos) verificou-se uma redução
significativa
objetivo
primário
composto
morte
cardiovascular,
acidente
vascular cerebral e enfarte do miocárdio (p=0,028) no tratamento com rosuvastativa
versus placebo. A redução do risco absoluto na taxa de acontecimentos por 1.000
doentes-ano foi de 8,8. A mortalidade total manteve-se inalterada neste grupo de
APROVADO EM
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INFARMED
doentes com elevado risco (p=0,193). Numa análise post-hoc de um subgrupo de
indivíduos com elevado risco (total de 9.302 indivíduos) com um risco SCORE inicial
≥ 5% (extrapolado para incluir os indivíduos acima dos 65 anos) verificou-se uma
redução
significativa
objetivo
primário
composto
morte
cardiovascular,
acidente vascular cerebral e enfarte do miocárdio (p=0,0003) no tratamento com
rosuvastativa versus placebo. A redução do risco absoluto na taxa de acontecimentos
foi de 5,1 por 1.000 doentes-ano. A mortalidade total manteve-se inalterada neste
grupo de doentes com elevado risco (p=0,076).
No estudo JUPITER, 6,6% dos indivíduos com rosuvastatina e 6,2% dos indivíduos
com placebo suspenderam a medicação do estudo devido a acontecimento adverso.
Os acontecimentos adversos mais frequentes que conduziram à interrupção do
tratamento foram: mialgia (0,3% com rosuvastatina, 0,2% com placebo), dor
abdominal (0,03% com rosuvastatina, 0,02% com placebo) e erupção cutânea
(0,02% com rosuvastatina, 0,03% com placebo). Os acontecimentos adversos mais
frequentemente notificados numa frequência igual ou superior ao placebo foram
infeção do trato urinário (8,7% com rosuvastatina, 8,6% com placebo), nasofaringite
(7,6% com rosuvastatina, 7,2% com placebo), dor lombar (7,6% com rosuvastatina,
6,9% com placebo) e mialgia (7,6% com rosuvastatina, 6,6% com placebo).
População pediátrica
Num estudo de 12 semanas, controlado com placebo, multicêntrico, aleatorizado, em
dupla ocultação (n=176, 97 do sexo masculino e 79 do sexo feminino) seguido de
uma fase de 40 semanas (n=173, 96 do sexo masculino e 77 do sexo feminino)
aberta, de titulação da dose de rosuvastatina, doentes com idade compreendida
entre os 10 e 17 anos (estadio Tanner II-V, sexo feminino com pelo menos um ano
pós-menarca) com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, receberam 5, 10 ou
20 mg de rosuvastatina ou placebo diariamente durante 12 semanas, e todos
receberam posteriormente rosuvastatina diariamente durante 40 semanas. No início
do recrutamento do estudo, aproximadamente 30% dos doentes tinham entre os 10
e os 13 anos e aproximadamente 17%, 18%, 40% e 25% estavam no estadio
Tanner II, III, IV e V, respetivamente.
O C-LDL foi reduzido em 38,3%; 44,6% e 50,0% com rosuvastatina 5, 10 e 20 mg
respetivamente, comparado a 0,7% com placebo.
No final da semana 40, do estudo aberto, de titulação da dose para o objetivo,
doseado até um máximo de 20 mg, uma vez por dia, 70 de 173 doentes (40,5%)
tinham atingido o objetivo pretendido de valores de C-LDL inferiores a 2,8 mmol/l.
Após 52 semanas de tratamento do estudo, não foi detetado qualquer efeito sobre o
crescimento, peso, IMC ou maturação sexual (ver Secção 4.4). Este ensaio (n=176)
não foi adequado para comparação de acontecimentos adversos raros ao fármaco.
A rosuvastatina foi também estudada num estudo aberto de 2 anos, de titulação da
dose
para
objetivo,
198 crianças
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica com idade compreendida entre os 6 e 17 anos (88 do sexo masculino
e 110 do sexo feminino, estadio Tanner < II-V). A dose inicial de rosuvastatina para
todos os doentes foi 5 mg, uma vez por dia. Os doentes com idade compreendida
entre os 6 e 9 anos (n=64) podiam titular até à dose máxima de 10 mg uma vez por
dia e doentes com idade compreendida entre os 10 e 17 anos (n=134) até à dose
máxima de 20 mg uma vez por dia.
APROVADO EM
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INFARMED
Após 24 meses de tratamento com rosuvastatina, a percentagem de redução pela
média dos mínimos quadrados (LS) a partir do valor inicial de C-LDL foi -43%
(Inicial: 236 mg/dl, Mês 24: 133 mg/dl). Para cada grupo de idade, as percentagens
de redução pela média dos mínimos quadrados a partir dos valores iniciais do C-LDL
foram -43% (Inicial: 234 mg/dl, Mês 24: 124 mg/dl), -45% (Inicial: 234 mg/dl, Mês
24: 124 mg/dl), e -35% (Inicial: 241 mg/dl, Mês 24: 153 mg/dl) nos grupos de 6 a
< 10, 10 a < 14, e 14 a < 18 anos, respetivamente.
Para a rosuvastatina 5 mg, 10 mg e 20 mg também foram atingidas variações
médias estatisticamente significativas a partir do valor inicial para as seguintes
variáveis secundárias lipídicas e lipoproteínas: C-HDL, CT, não-C-HDL, C-LDL/C-HDL,
CT/C-HDL, TG/C-HDL, não-C-HDL/C-HDL, ApoB, ApoB/ApoA-1. Estas alterações
foram no sentido de melhoria da resposta lipídica e foram sustentadas ao longo dos
2 anos.
Após 24 meses de tratamento do estudo, não foi detetado qualquer efeito sobre o
crescimento, peso, IMC, ou maturação sexual (ver Secção 4.4).
A Agência Europeia de Medicamentos dispensou a obrigação de apresentação dos
resultados dos estudos com rosuvastatina em todos os subgrupos da população
pediátrica no tratamento da hipercolesterolemia familiar homozigótica, dislipidemia
combinada (mista) primária e na prevenção de acontecimentos cardiovasculares (ver
secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
São
atingidas
concentrações
plasmáticas
máximas
rosuvastatina
aproximadamente 5 horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta é
aproximadamente de 20%.
Distribuição: A rosuvastatina é captada extensamente pelo fígado, o principal local
de síntese do colesterol e de depuração do C-LDL. O volume de distribuição da
rosuvastatina é de aproximadamente 134 l. A rosuvastatina apresenta uma ligação
de aproximadamente 90% às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina.
Metabolismo: A rosuvastatina sofre um metabolismo limitado (cerca de 10%).
Estudos de metabolismo in vitro utilizando hepatócitos humanos indicam que a
rosuvastatina é um substrato pobre para o metabolismo mediado pelo citocromo
P450. O CYP2C9 foi a principal isoenzima envolvida, com a 2C19, 3A4 e 2D6
envolvidas em menor extensão. Os principais metabolitos identificados são o N-
desmetil e a lactona. O metabolito N-desmetil é aproximadamente 50% menos ativo
do que a rosuvastatina, enquanto a lactona é considerada clinicamente inativa. A
rosuvastatina é responsável por mais de 90% da atividade inibidora da redutase da
HMG-CoA circulante.
Excreção: Aproximadamente 90% da dose de rosuvastatina é excretada sob a forma
inalterada nas fezes (consistindo em substância ativa absorvida e não absorvida) e o
remanescente excretado na urina. Aproximadamente 5% é excretada sob a forma
inalterada na urina. A semivida de eliminação plasmática é cerca de 19 horas. A
semivida de eliminação plasmática não aumenta com doses mais elevadas. A média
geométrica
depuração
plasmática
aproximadamente
50 litros/hora
(coeficiente de variação 21,7%). Tal como com os outros inibidores da redutase da
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
HMG-CoA,
captação
hepática
rosuvastatina
envolve
transportador
membrana OATP-C. Este transportador é importante na eliminação hepática da
rosuvastatina.
Linearidade: A exposição sistémica da rosuvastatina aumenta em proporção à dose.
Não existem alterações nos parâmetros farmacocinéticos após múltiplas doses
diárias.
Populações especiais:
Idade e sexo: A idade e o sexo não exerceram quaisquer efeitos clinicamente
relevantes sobre a farmacocinética da rosuvastatina em adultos. A farmacocinética
rosuvastatina
crianças
adolescentes
hipercolesterolemia
familiar
heterozigótica foi semelhante à dos voluntários adultos (ver “População pediátrica”
abaixo).
Raça: Estudos de farmacocinética revelaram um aumento da AUC mediana e Cmax,
em aproximadamente duas vezes, em indivíduos Asiáticos (Japoneses, Chineses,
Filipinos, Vietnamitas e Coreanos) comparativamente a indivíduos Caucasianos; os
Indoasiáticos mostram um aumento da AUC mediana e Cmax, em aproximadamente
vezes.
análise
farmacocinética
populacional
não
revelou
diferenças
clinicamente significativas na farmacocinética entre grupos Caucasianos e Negros.
Insuficiência renal: Num estudo realizado em indivíduos com diferentes graus de
compromisso renal, verificou-se que a doença renal ligeira a moderada não exerceu
qualquer
influência
sobre
concentração
plasmática
rosuvastatina
metabolito N-desmetil. Indivíduos com compromisso renal grave (depuração da
creatinina < 30 ml/min) apresentaram um aumento da concentração plasmática da
rosuvastatina
3 vezes
superior
9 vezes
superior
metabolito
N-desmetil,
comparativamente
voluntários
saudáveis.
indivíduos
sujeitos
hemodiálise, as concentrações plasmáticas da rosuvastatina no estado estacionário
foram
aproximadamente
superiores
comparativamente
voluntários
saudáveis.
Insuficiência hepática: Num estudo realizado em indivíduos com vários graus de
compromisso hepático não se verificou aumento da exposição à rosuvastatina, em
indivíduos com pontuações 7 ou inferior na classificação de Child-Pugh. Contudo, em
dois indivíduos que apresentavam pontuações 8 e 9 na classificação de Child-Pugh
observou-se um aumento da exposição sistémica de pelo menos duas vezes,
comparativamente à dos indivíduos com pontuações mais baixas na classificação de
Child-Pugh. Não existe experiência em indivíduos com pontuações na classificação de
Child-Pugh superiores a 9.
Polimorfismos genéticos: A disposição dos inibidores da redutase da HMG-CoA,
incluindo a rosuvastatina, envolve as proteínas transportadoras OATP1B1 e BCRP.
Em doentes com polimorfismos genéticos SLCO1B1 (OATP1B1) e/ou ABCG2 (BCRP)
existe
risco
aumento
exposição
rosuvastatina.
Polimorfismos
individuais de SLCO1B1 c.521CC e ABCG2 c.421AA estão associados a uma maior
exposição à rosuvastatina (AUC) em comparação com os genótipos SLCO1B1
c.521TT ou ABCG2 c.421CC. Esta genotipagem específica não está estabelecida na
prática clínica, mas em doentes que são conhecidos por terem estes tipos de
polimorfismos, recomenda-se uma dose diária de Visacor mais baixa.
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
População
pediátrica:
Dois
estudos
farmacocinéticos
rosuvastatina
(administrada em comprimidos) em doentes pediátricos com hipercolesterolemia
familiar heterozigótica, com idade compreendida entre 10-17 ou 16-17 anos (total de
214 doentes) demonstraram que a exposição em doentes pediátricos parece ser
comparável ou inferior à exposição nos doentes adultos. A exposição à rosuvastatina
foi preditiva no que respeita à dose e tempo durante o período de 2 anos.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos não revelam qualquer risco especial para o ser humano,
segundo estudos convencionais de farmacologia de segurança, genotoxicidade e
potencial carcinogénico. Não foram avaliados testes específicos para efeitos sobre o
hERG. Reações adversas não observadas em estudos clínicos, mas verificadas em
animais a níveis de exposição semelhantes aos níveis de exposição clínica foram as
seguintes: alterações histopatológicas no fígado em estudos sobre toxicidade de dose
repetida em ratos e ratinhos, provavelmente devidas à ação farmacológica da
rosuvastatina e de menor extensão, com efeitos na vesícula biliar em cães, mas não
em macacos. Adicionalmente, foi observada toxicidade testicular em macacos e em
cães com doses mais elevadas. A toxicidade reprodutiva foi evidente em ratos, pela
redução do tamanho da ninhada, do seu peso e da sobrevivência das crias, com
doses maternotóxicas, em que as exposições sistémicas foram muito acima do nível
de exposição terapêutica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido
Lactose mono-hidratada
Celulose microcristalina
Fosfato de cálcio
Crospovidona
Estearato de magnésio
Revestimento do comprimido
Lactose mono-hidratada
Hipromelose
Triacetina
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro, amarelo (E172) (comprimido de 5 mg)
Óxido de ferro, vermelho (E172) (comprimidos de 10 mg, 20 mg e 40 mg)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
Blisters: Conservar a temperatura inferior a 30°C. Conservar na embalagem de
origem para proteger da humidade.
Recipientes de HDPE: Conservar a temperatura inferior a 30°C. Manter o frasco bem
fechado para proteger da humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
5 mg, 10 mg, 20 mg e 40 mg:
Blisters de alumínio laminado/folha de alumínio de 7, 14, 15, 20, 28, 30, 42, 50, 56,
60, 84, 90, 98 e 100 comprimidos.
Recipientes de HDPE: 30 e 100 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda.
Rua Humberto Madeira, 7
Queluz de Baixo
2730-097 Barcarena
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Visacor 5 mg
N.º de registo: 5570882- 7 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5570981- 14 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571088- 15 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571187- 20 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571286- 28 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571385- 30 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571484- 42 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571583- 50 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571682- 56 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571781- 60 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571880- 84 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5688288- 90 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5571989- 98 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5572086- 100 comprimidos, 5 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5572185- 30 comprimidos, 5 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5572284- 100 comprimidos, 5 mg, frasco de HDPE
Visacor 10 mg
N.º de registo: 4360889- 7 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4360988- 14 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361085- 15 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
N.º de registo: 4361184- 20 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361283- 28 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361382- 30 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361481- 42 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361580- 50 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361689- 56 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361788- 60 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361887- 84 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5674080- 90 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4361986- 98 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362083- 100 comprimidos, 10 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362182- 30 comprimidos, 10 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 4362281- 100 comprimidos, 10 mg, frasco de HDPE
Visacor 20 mg
N.º de registo: 4362380- 7 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362489- 14 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362588- 15 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362687- 20 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362786- 28 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362885- 30 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4362984- 42 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363081- 50 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363180- 56 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363289- 60 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363388- 84 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5674189- 90 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363487- 98 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363586- 100 comprimidos, 20 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363685- 30 comprimidos, 20 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 4363784- 100 comprimidos, 20 mg, frasco de HDPE
Visacor 40 mg
N.º de registo: 4363883- 7 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4363982- 14 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364089- 15 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364188- 20 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364287- 28 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364386- 30 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364485- 42 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364584- 50 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364683- 56 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364782- 60 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364881- 84 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 5674288- 90 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4364980- 98 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4365086- 100 comprimidos, 40 mg, blister de Alu/Alu
N.º de registo: 4365185- 30 comprimidos, 40 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 4365284- 100 comprimidos, 40 mg, frasco de HDPE
APROVADO EM
31-08-2014
INFARMED
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Visacor 5 mg
Data da primeira autorização: 14 de setembro de 2005
Data da última renovação: 21 de fevereiro de 2013
Visacor 10 mg, 20 mg e 40 mg
Data da primeira autorização: 23 de abril de 2003
Data da última renovação: 21 de fevereiro de 2013
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO