Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
21-03-2018
05-07-2011
APROVADO EM
21-03-2018
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Vinorrelbina Aurovitas 10 mg/ml Concentrado para solução para perfusão
Vinorrelbina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento
pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou enfermeiro.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou enfermeiro. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
O que é Vinorrelbina Aurovitas e para que é utilizado
O que precisa de saber antes de utilizar Vinorrelbina Aurovitas
Como utilizar Vinorrelbina Aurovitas
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Vinorrelbina Aurovitas
Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é Vinorrelbina Aurovitas e para que é utilizado
Vinorrelbina Aurovitas é indicado para utilização em adultos.
Vinorrelbina Aurovitas é utilizado para o tratamento de cancro e pertence a um
grupo de medicamentos denominado alcaloides da vinca.
Vinorrelbina Aurovitas é utilizado para tratar alguns tipos de cancro do pulmão e
cancro da mama.
O que precisa de saber antes de utilizar Vinorrelbina Aurovitas
Não utilize Vinorrelbina Aurovitas
se tem alergia (hipersensibilidade) à vinorrelbina ou a outros alcaloides da
vinca.
se tem ou tiver tido recentemente uma infeção grave ou uma diminuição
grave nos glóbulos brancos (neutropenia)
se tem uma diminuição grave nas plaquetas no sangue
se está a amamentar
se é uma mulher em idade fértil e não utiliza um método de contraceção
eficaz
em associação com a vacina da febre-amarela
Este medicamento destina-se exclusivamente à utilização por via intravenosa e não
deve ser injetado na coluna vertebral.
Advertências e precauções
Fale com o médico ou enfermeiro antes de utilizar Vinorrelbina Aurovitas:
se tiver tido uma doença cardíaca que envolveu uma falha no aporte de
sangue ao coração (doença cardíaca isquémica, angina)
se está a fazer radioterapia e a área em tratamento incluir o fígado
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se apresentar sinais ou sintomas que sejam indicativos de uma infeção (tais
como febre, arrepios, garganta inflamada), informe imediatamente o médico, para
que ele possa efetuar os testes que forem necessários
se tem insuficiência hepática
se precisar de tomar uma vacina. Deve informar o médico sobre o tratamento
antes de tomar qualquer vacina.
utilizar um
medicamento
para
o tratamento
cancro
denominado
mitomicina C.
se é de origem Japonesa, uma vez que pode estar mais suscetível a
problemas nos pulmões durante o tratamento com Vinorrelbina Aurovitas.
Vinorrelbina Aurovitas não deve entrar em contacto com os olhos, uma vez que
existe o risco de irritação grave e até de ulceração da córnea. Se esta situação
ocorrer,
lave
imediatamente
olho
soro
fisiológico
contacte
oftalmologista.
Os homens e as mulheres que estejam a receber tratamento com Vinorrelbina
Aurovitas devem utilizar um método de contraceção eficaz durante o tratamento.
Tanto os homens como as mulheres devem AMBOS ler a informação abaixo
relativamente à gravidez e à amamentação.
Antes de cada administração de Vinorrelbina Aurovitas, deve ser recolhida uma
amostra de sangue para análise dos seus componentes. Se os resultados desta
análise não forem satisfatórios, o seu tratamento pode ter de ser adiado e serão
necessários mais exames até que estes valores voltem ao normal.
Outros medicamentos e Vinorrelbina Aurovitas
Informe o seu médico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a
tomar outros medicamentos. Isto é especialmente importante se estiver a utilizar
algum dos medicamentos seguintes:
outros medicamentos que possam afetar a medula óssea, por exemplo,
medicamentos utilizados no tratamento de cancro
carbamazepina, fenitoína e fenobarbital (medicamentos para o tratamento da
epilepsia)
antibióticos, tais como a rifampicina, a eritromicina, a claritromicina, a
telitromicina
Hipericão (Hypericum perforatum)
cetoconazol e itraconazol (medicamentos para o tratamento de infeções
fúngicas)
medicamentos antivirais para tratar a infeção por VIH, por exemplo, ritonavir
(inibidores da protease do VIH).
nefazodona (medicamentos para o tratamento da depressão)
ciclosporina
tacrolimus
(medicamentos
diminuem
atividade
sistema imunitário)
outros medicamentos utilizados para o tratamento de cancro, por exemplo
mitomicina C, cisplatina, lapatinib
medicamentos anticoagulantes, por exemplo varfarina
vacina da febre-amarela e outras vacinas vivas. Por favor informe o seu
médico se necessitar de qualquer vacina, uma vez que esta pode causar efeitos
secundários
graves
quando
utilizada
durante
tratamento
Vinorrelbina
Aurovitas.
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Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Vinorrelbina Aurovitas não deve ser administrado a mulheres grávidas, uma vez que
pode provocar deficiências graves à nascença.
Se for uma mulher em idade fértil, deve utilizar um método de contraceção eficaz
durante o tratamento e até 3 meses após ter terminado o tratamento. Se ficar
grávida durante o tratamento deve informar imediatamente o seu médico. Se estiver
ficar
grávida
durante
tratamento
vinorrelbina,
recomenda-se
aconselhamento genético.
homem,
deve
evitar
conceber
filhos
durante
tratamento
vinorrelbina e durante o período de 6 meses após o final do tratamento. Existe
igualmente
risco
tratamento
vinorrelbina
possa
conduzir
infertilidade masculina e pode desejar aconselhar-se relativamente à conservação de
esperma antes do início do tratamento.
Deve interromper o aleitamento antes do início do tratamento com vinorrelbina, uma
vez que se desconhece se este passa para o leite materno, afetando dessa forma o
bebé.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Aconselha-se precaução devido a possíveis efeitos secundários.
Como utilizar Vinorrelbina Aurovitas
Vinorrelbina Aurovitas ser-lhe-á administrado sob a supervisão de um médico
especializado neste tipo de tratamento.
A dose recomendada é
A posologia depende da doença para que está a ser tratado, da sua resposta à
terapêutica e de outros medicamentos que esteja a receber. A sua condição geral e a
sua resposta ao tratamento devem ser observadas cuidadosamente antes, durante e
após o tratamento com vinorrelbina.
A posologia habitual para a vinorrelbina é de 25-30 mg/m2 da área de superfície
corporal, administrada uma vez por semana.
Doentes idosos
A experiência clinica não identificou diferenças relevantes no que diz respeito a como
os doentes idosos respondem a Vinorrelbina Aurovitas, contudo é possível que
alguns idosos sejam mais sensíveis a este medicamento.
Doentes com compromisso hepático
A posologia deverá ser reduzida se tiver problemas no fígado.
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Doentes com compromisso renal
A posologia não necessita de ser reduzida em doentes com compromisso renal.
Utilização em crianças
A segurança e a eficácia em crianças com menos de 18 anos de idade não foram
estabelecidas e como tal administração não é recomendada.
Modo de administração
Antes da utilização, o medicamento deve ser diluído com uma solução de cloreto de
sódio ou glucose e administrado numa veia como uma injeção durante 6-10 minutos
ou por perfusão (gota-a-gota) durante 20-30 minutos. Após o seu tratamento, deve
ser utilizada uma solução de cloreto de sódio para irrigar a veia.
Se utilizar mais Vinorrelbina Aurovitas do que deveria
Uma vez que este medicamento lhe será administrado enquanto está no hospital é
pouco provável que lhe seja administrada uma quantidade inferior ou superior à
necessária; no entanto, se tiver alguma questão, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Efeitos secundários graves – se ocorrer algum dos seguintes efeitos secundários,
informe imediatamente um médico:
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)
Infeções graves com falha de diferentes órgãos ou envenenamento sanguíneo. Falta
de ar e estreitamento das vias aéreas (broncospasmo).
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas)
Dor no peito que se pode estender até à zona posterior do seu pescoço e braço,
devida à ausência de fornecimento de sangue ao coração (angina de peito). Ataque
cardíaco (enfarte do miocárdio).
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir de dados disponíveis)
Reações alérgicas generalizadas e muito graves. Os sintomas podem incluir pieira
súbita, inchaço dos seus lábios, língua e garganta ou do corpo, dificuldades em
engolir, erupção cutânea, tonturas, desmaio (anafilaxia/choque anafilático/reação
anafilactóide).
Estes são efeitos secundários muito graves. Pode necessitar de cuidados médicos
imediatos.
Outros efeitos secundários – se ocorrer algum dos seguintes efeitos secundários,
contacte o seu médico logo que possível:
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas)
Contagens baixas de glóbulos brancos, o que pode aumentar o risco de infeção.
Contagens baixas de glóbulos vermelhos (anemia), o que pode fazer com que se
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sinta cansado. Perda de reflexos dos tendões profundos. Fraqueza das extremidades
baixas. Inflamação da boca ou da garganta. Náuseas e vómitos. Obstipação.
Resultados anormais nos testes da função hepática. Queda do cabelo. Vermelhidão
(eritema), dor ardente, descoloração venosa e/ou inflamação das veias (flebite local)
no local da injeção.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas)
Infeções (infeções bacterianas, virais ou fúngicas) no seu organismo (sistemas
respiratório, urinário, gastrointestinal e possivelmente outros) com sintomas como
febre,
arrepios.
Contagem
baixa
plaquetas
sangue
(risco
hemorragia). Diarreia. Dores nos músculos e nas articulações, incluindo dores nos
maxilares. Alteração da função renal (aumento dos níveis da creatinina). Fraqueza,
fadiga, febre, dores em diferentes localizações.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)
Dormência grave (parestesia). Pressão arterial baixa, pressão arterial elevada, rubor
e extremidades frias.
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas)
Níveis baixos de sódio no sangue (que podem causar sintomas de cansaço, confusão,
contrações musculares e coma). Alterações na atividade do coração (alterações no
eletrocardiograma). Pressão arterial gravemente baixa ou colapso. Doença nos
pulmões (pneumopatia intersticial). Inflamação do pâncreas. Bloqueio intestinal
paralítico (íleo). Reações cutâneas, tais como erupções cutâneas, prurido e urticária.
Necrose no local da injeção.
Muito raros (podem afetar até 1 em 10.000 pessoas)
Intoxicação do sangue que pode ser fatal. Batimento cardíaco forte, batimento
cardíaco rápido, alterações do ritmo cardíaco.
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir de dados disponíveis)
Uma infeção geral em associação com uma queda na contagem de glóbulos brancos
(sépsia neutropénica). Uma queda na contagem de glóbulos brancos com febre
(neutropenia febril). Nível baixo de sódio no sangue devido a uma superprodução de
uma hormona causando retenção de líquidos e resultando em fraqueza, cansaço e
confusão
(síndrome
SIADH).
Diminuição
apetite
(anorexia).
Vermelhidão
(eritema) das mãos e pés.
Tal como acontece com outros alcaloides da vinca, a vinorrelbina tem um poder
vesicante moderado.
Uma vez que é possível que ocorram alterações sanguíneas, o seu médico pode pedir
que lhe sejam recolhidas amostras de sangue para controlar estas situações
(contagens baixas de glóbulos brancos, anemia e/ou contagens baixas de plaquetas,
influência na função do fígado ou dos rins e no equilíbrio eletrolítico do seu
organismo).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente (ver detalhes abaixo). Ao comunicar
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efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança
deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800 222 444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Como conservar Vinorrelbina Aurovitas
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Conservar no frigorífico (2
C – 8
C). NÃO CONGELAR.
Manter o frasco para injetáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo do frasco
para injetáveis e na embalagem exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde
ao último dia do mês indicado.
Não
deite
fora
quaisquer
medicamentos
canalização.
Pergunte
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Vinorrelbina Aurovitas
A substância ativa é a vinorrelbina. Um ml de concentrado para solução para
perfusão contém 10 mg de vinorrelbina (na forma de tartarato).
Cada frasco para injetáveis de 1 ml contém 10 mg de vinorrelbina (na forma
de tartarato)
Cada frasco para injetáveis de 5 ml contém 50 mg de vinorrelbina (na forma
de tartarato)
O outro componente é água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Vinorrelbina Aurovitas e conteúdo da embalagem
Vinorrelbina Aurovitas 10 mg/ml concentrado para solução para perfusão é uma
solução límpida, incolor a ligeiramente amarelada.
Tamanhos das embalagens:
1 x frasco para injetáveis de 1 ml
10 x frasco para injetáveis de 1 ml
1 x frasco para injetáveis de 5 ml
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10 x frasco para injetáveis de 5 ml
É possível que não estejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Aurovitas Unipessoal, Lda.
Avenida do Forte, Nº 3,
Parque Suécia, Edifício IV, 2º
2794-038 Carnaxide
Fabricante
S.C Sindan-Pharma S.R.L.
11th, Ion Mihalache Blvd.
Bucharest, 011171
Roménia
Actavis Italy S.p.A. – Nerviano Plant
Via Pasteur 10
20014 Nerviano (Milan)
Itália
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com as seguintes denominações:
Bélgica
Vinorelbin
AB 10
mg/ml
concentraat
voor oplossing voor
intraveneuze infusie
Holanda
Vinorelbin Aurobindo 10 mg/ml, concentraat voor oplossing
voor infusie
Alemanha
Vinorelbin Aurobindo 10 mg/ml Konzentrat zur Herstellung
einer Infusionslösung
Espanha
Vinorelbina Aurovitas 10 mg/ml concentrado para solución
para perfusión EFG
França
Vinorelbine Arrow 10mg/ml solution à diluer pour perfusion
Itália
Vinorelbina Aurobindo
Este folheto foi revisto pela última vez em
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Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento sítio da internet
do INFARMED, I.P.
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A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de
saúde:
Vinorrelbina Aurovitas 10 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Instruções de utilização
AGENTE ANTINEOPLÁSICO
Para informações pormenorizadas relativamente a este medicamento, consulte o
Resumo das Características do Medicamento.
Manuseamento e eliminação
A preparação e administração de soluções injetáveis de agentes citotóxicos devem
efetuadas
pessoal
especializado
treinado,
conhecimento
medicamentos utilizados, em condições que assegurem a proteção do ambiente e,
em especial, a proteção do pessoal que manuseia os medicamentos. É necessária
uma zona de preparação reservada para esta finalidade. É proibido fumar, comer ou
beber nesta área.
O pessoal deve receber material apropriado para o manuseamento, nomeadamente
batas de mangas compridas, máscaras de proteção, toucas, óculos de proteção,
luvas estéreis descartáveis, material de cobertura para a área de trabalho e sacos
para recolher os resíduos.
As seringas e os dispositivos para perfusão devem ser cuidadosamente ajustados
para evitar fugas (recomenda-se a utilização de dispositivos com ajustes Luer lock).
As fugas e os derrames do medicamento devem ser limpos.
Devem ser tomadas precauções no sentido de evitar a exposição do pessoal durante
a gravidez.
Qualquer contacto com os olhos deve ser estritamente evitado. No caso de o
medicamento entrar em contacto com os olhos, estes devem ser imediatamente e
abundantemente lavados com soro fisiológico. Em caso de irritação, contacte um
oftalmologista.
No caso de o medicamento entrar em contacto com a pele, lave abundantemente a
zona afetada com água.
Após a preparação, todas as superfícies expostas devem ser profundamente limpas e
devem lavar-se as mãos e a cara.
Qualquer medicamento não utilizado ou os resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
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Incompatibilidades
Vinorrelbina
Aurovitas
não
deve
diluído
soluções
alcalinas
(risco
precipitação)
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser
misturado com outros medicamentos, à exceção dos indicados na secção “Diluição e
administração”.
Não existem incompatibilidades entre Vinorrelbina Aurovitas e frasco para injetáveis
de vidro, sacos de PVC, frasco para injetáveis de polietileno ou seringas de
polipropileno.
Diluição e administração
Vinorrelbina Aurovitas deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa e
após diluição.
Vinorrelbina Aurovitas pode ser administrado sob a forma de bólus lento (6 a 10
minutos) após diluição em 20-50 ml de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) solução
injetável ou de glucose 50 mg/ml (5%) solução injetável, ou através de uma
perfusão de curta duração (20 a 30 minutos) após diluição em 125 ml de cloreto de
sódio a 9 mg/ml (0,9%) solução injetável ou de glucose 50 mg/ml (5%) solução
injetável. A administração deve ser sempre seguida de uma perfusão de cloreto de
sódio a 9 mg/ml (0,9%) solução injetável para irrigar a veia.
É muito importante assegurar que o cateter está posicionado de forma adequada na
veia antes de iniciar a injeção. Se durante a administração intravenosa Vinorrelbina
Aurovitas se infiltrar nos tecidos envolventes, pode ocorrer uma irritação importante.
Nesse caso, a injeção deve ser interrompida, a veia irrigada com soro fisiológico e o
resto da dose deve ser administrada numa outra veia. No caso de extravasamento,
podem ser administrados glucocorticoides por via intravenosa para reduzir o risco de
flebite.
Quaisquer excreções e vómitos devem ser cuidadosamente manuseados.
Conservação
Medicamento tal como embalado para venda: Conservar no frigorífico (2°C - 8°C).
Manter o frasco para injetáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
NÃO CONGELAR. Não utilize Vinorrelbina Aurovitas após o prazo de validade
impresso no rótulo do frasco para injetáveis e na embalagem exterior.
Após a abertura
O conteúdo do frasco para injetáveis deve ser utilizado imediatamente após a
abertura do frasco para injetáveis.
Após a diluição: A estabilidade físico-química e microbiológica do medicamento após
diluição nas soluções para perfusão recomendadas foi demonstrada durante 24 horas
a 2-8°C e a 25°C.
Do ponto de vista microbiológico, o medicamento deve ser imediatamente utilizado.
Se não for imediatamente utilizado, o tempo e as condições de armazenamento
durante a utilização são da responsabilidade do utilizador e normalmente não
deverão ser superiores a 24 horas a 2-8°C, exceto se a reconstituição tiver ocorrido
sob condições asséticas controladas e validadas.
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05-07-2011
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
NOME DO MEDICAMENTO
Vinorrelbina Actavis 10 mg/ml concentrado para solução para perfusão.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
1 ml de concentrado para solução para perfusão contém 10 mg de vinorrelbina base
equivalentes a 13,85 mg de tartarato de vinorrelbina.
Cada frasco para injectáveis de 1 ml contém 10 mg de vinorrelbina (na forma de
tartarato).
Cada frasco para injectáveis de 5 ml contém 50 mg de vinorrelbina (na forma de
tartarato).
Para a lista completa dos excipientes, ver secção 6.1.
FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
Solução límpida, incolor a ligeiramente amarelada com um pH entre 3,3 e 3,8 e uma
osmolaridade de cerca de 330 mOsm/l.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Indicações terapêuticas
A vinorrelbina é indicada no tratamento das seguintes situações:
Carcinoma das células não pequenas do pulmão (estádio 3 ou 4).
Como agente isolado em doentes com carcinoma metastático da mama
(estádio 4), nos casos em que o tratamento de quimioterapia contendo antraciclinas
e taxanos tenha falhado ou não seja considerado adequado.
Posologia e modo de administração
Estritamente para administração intravenosa após diluição apropriada.
A administração intratecal é contra-indicada e pode ser fatal.
Para instruções relativamente à diluição do medicamento antes da administração e
outros manuseamentos, ver secção 6.6.
A Vinorrelbina Actavis deve ser administrada com a assistência de um médico com
bastante experiência na terapêutica com citostáticos.
Administração em adultos
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05-07-2011
INFARMED
Vinorrelbina Actavis pode ser administrado sob a forma de bólus lento (6 a 10
minutos) após diluição em 20-50 ml de solução para injectáveis de cloreto de sódio a
9 mg/ml (0,9%) ou de uma solução para injectáveis de 50 mg/ml (5%) de glucose,
ou através de uma perfusão de curta duração (20 a 30 minutos) após diluição em
125 ml de uma solução para injectáveis de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) ou de
uma solução para injectáveis de 50 mg/ml (5%) de glucose. A administração deve
ser sempre seguida de uma perfusão de pelo menos 250 ml de uma solução para
injectáveis de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) para irrigar a veia.
Carcinoma das células não pequenas do pulmão
Como agente isolado a dose habitual é de 25-30mg/m², administrada uma vez por
semana. Em poliquimioterapia, o esquema posológico varia em função do protocolo
seguido. Pode ser utilizada a dose normal (25-30mg/m²), mas a frequência da
administração ser pode ser reduzida por exemplo para o 1º e 5º dias, com intervalos
de 3 semanas ou 1º e 8º dias, com intervalos de 3 semanas de acordo com o
regime.
Carcinoma da mama avançado ou metastático
A dose habitual é de 25-30mg/m², administrada uma vez por semana.
A dose máxima tolerada por administração é de 35,4 mg/m2 da área de superfície
corporal.
Administração em idosos
A experiência clínica não identificou diferenças relevantes entre os doentes idosos
relativamente à taxa de resposta, no entanto, não pode ser excluída uma maior
sensibilidade em alguns destes doentes. A idade não altera a farmacocinética da
vinorelbina.
Administração em doentes com compromisso hepático
A farmacocinética da vinorelbina não é alterada nos doentes com compromisso
hepático moderado ou grave. No entanto, como medida de precaução, recomenda-se
que a dose seja reduzida para 20mg/m2 e que os parâmetros hematológicos sejam
monitorizados frequentemente nos doentes com compromisso hepático grave (ver
secções 4.4 e 5.2).
Administração em doentes com compromisso renal
Devido à reduzida excreção renal, não existe justificação farmacocinética para se
reduzir a dose de vinorelbina em doentes com compromisso renal.
Administração em crianças
Não foi estabelecida a segurança e a eficácia em crianças e por esta razão não é
recomendada a sua administração.
Contra-indicações
A utilização por via intratecal é contra-indicada
Hipersensibilidade à vinorrelbina ou a outros alcalóides da vinca ou a qualquer
um dos excipientes.
Granulócitos neutrófilos <1,500/mm3 ou infecção grave, em curso ou recente
(no período de 2 semanas).
Nível de plaquetas inferior a 100000/mm3
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INFARMED
Gravidez
A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento com vinorrelbina
(ver secção 4.6).
Insuficiência hepática grave, não relacionada com o processo tumoral
Mulheres em idade fértil que não utilizem um método de contracepção eficaz
(ver secções 4.4 e 4.6).
Em conjunto com a vacina da febre-amarela (ver secção 4.5.)
Advertências e precauções especiais de utilização
Exclusivamente para utilização por via intravenosa. Vinorrelbina Actavis deve ser
administrado
supervisão
médico
experiência
quimioterapia.
Durante o tratamento deve efectuar-se uma vigilância rigorosa dos parâmetros
hematológicos (determinação dos níveis de hemoglobina e do número de leucócitos,
de neutrófilos e de plaquetas antes de cada nova perfusão), uma vez que a inibição
do sistema hematopoiético é o principal risco durante o tratamento com vinorrelbina.
A neutropenia, que é não cumulativa, atingindo o seu nível mais baixo entre o 7º e
14º dias após a administração e que é rapidamente reversível no período de 5 a 7
dias, é a principal reacção adversa limitante da dose. Se o número de granulócitos
neutrófilos for inferior a 1,500/mm3 e/ou o nível de plaquetas for inferior a
100000/mm3, o tratamento deverá ser adiado até que o doente recupere.
Se o doente apresentar sinais ou sintomas que sugiram a presença de uma infecção,
a situação deve ser imediatamente investigada.
É aconselhada especial precaução em doentes com antecedentes de doença cardíaca
isquémica (ver secção 4.8).
Não foi caracterizada a relevância clínica de situações em que existe uma capacidade
insuficiente de eliminação do medicamento pelo fígado. Por isso não pode ser
sugerida
recomendação
exacta
para
dose.
entanto,
estudo
farmacocinético, a dose máxima administrada aos doentes com insuficiência hepática
grave foi de 20 mg/m² (ver secção 5.2). No caso dos doentes com insuficiência
hepática,
necessária
precaução
vigilância
cuidadosa
parâmetros
hematológicos. Pode ser igualmente necessária uma redução da dose (ver secções
4.2 e 4.3).
Vinorrelbina Actavis não deve ser administrado simultaneamente com um tratamento
de radioterapia, se a área a tratar incluir o fígado.
Vinorrelbina Actavis não deve entrar em contacto com os olhos – risco de irritação
grave e até de ulceração da córnea se o medicamento for pulverizado sob pressão.
Se esta situação ocorrer, lave imediatamente o olho com solução de cloreto de sódio
a 0,9% e contacte um oftalmologista.
Este medicamento é especificamente contra-indicado aquando da administração da
vacina da febre-amarela e não é recomendado o uso concomitante com outras
vacinas vivas atenuadas.
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Os inibidores ou indutores potentes da CYP3A4 podem afectar a concentração de
vinorrelbina;
isso,
necessária
precaução
(ver
secção
4.5,
Interacções
específicas da vinorelbina), e não é recomendada a sua utilização concomitante com
fenitoína (assim como todos os citotóxicos) e com itraconazol (assim como todos os
alcalóides da vinca).
Para mais informações relativamente à gravidez, aleitamento e fertilidade, ver
secção 4.6.
Para evitar o risco de broncospasmo – principalmente em conjunto com a terapêutica
com mitomicina C, pode ser considerada profilaxia adequada. Os doentes em
ambulatório devem ser informados de que devem comunicar ao médico se ocorrer
dispneia.
Devido ao baixo nível de excreção renal, não existem fundamentos farmacocinéticos
para reduzir a dose no caso de doentes com insuficiência renal.
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Interacções comuns a todos os citotóxicos:
Devido ao aumento do risco de trombose nos casos de doenças tumorais, é
frequente o tratamento anticoagulante. A elevada variabilidade intra-individual da
capacidade de coagulação durante as doenças e a eventualidade de interacção entre
os anticoagulantes orais e a quimioterapia antineoplásica; se se decidir tratar o
doente com anticoagulantes orais é necessário aumentar a frequência da vigilância
da INR (Razão Normalizada Internacional).
Utilização concomitante contra-indicada:
Vacina da febre-amarela: risco de doença fatal sistémica (ver secção 4.3).
Utilização concomitante não recomendada:
Vacinas
vivas
atenuadas
(para
vacina
febre-amarela,
utilização
concomitante contra-indicada):
risco de doença sistémica, possivelmente fatal. Este risco é aumentado em doentes
que já se encontrem imunodeprimidos devido a doença subjacente. Sempre que
existam, é recomendada a utilização de vacinas inactivadas (poliomielite). Ver
secção 4.4.
Fenitoína: risco de exacerbação das convulsões como resultado da redução da
absorção gastrointestinal da fenitoína pelo fármaco citotóxico ou risco de aumento da
toxicidade ou perda de eficácia do fármaco citotóxico devido ao aumento do
metabolismo hepático pela fenitoína.
Utilização concomitante a ter em consideração:
Ciclosporina, tacrolimus: imunossupressão excessiva, com risco de linfoproliferação.
Interacções específicas dos alcalóides da vinca:
Utilização concomitante não recomendada:
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Itraconazol: aumento da neurotoxicidade dos alcalóides da vinca como resultado da
diminuição do seu metabolismo hepático.
Utilização concomitante a ter em consideração:
Mitomicina C: o risco de broncoespasmo e dispneia é aumentado. Em casos raros foi
observado pneumonite intersticial.
Uma vez que os alcalóides da vinca são substratos conhecidos da glicoproteína P e,
na ausência de estudos específicos, devem ser tomadas medidas de precaução
quando
Vinorrelbina
Actavis
combinada
fortes
moduladores
deste
transportador da membrana.
Interacções específicas da vinorrelbina:
É provável que a utilização simultânea de vinorrelbina e de outros medicamentos
com toxicidade conhecida para a medula óssea aumente as reacções adversas
mielossupressoras.
O CYP3A4 é a principal enzima envolvida no metabolismo da vinorrelbina e a
utilização simultânea deste medicamento com outros medicamentos que a induzam
(tais como a fenitoína, o fenobarbital, a rifampicina, a carbamazepina, o Hypericum
perforatum) ou inibam (tais como o itraconazol, o cetoconazol, os inibidores da
protease do VIH, a eritromicina, a claritromicina, a telitromicina, a nefazodona),
pode afectar a concentração de vinorrelbina (ver secção 4.4).
Não se observam interacções relativamente aos parâmetros farmacológicos da
vinorrelbina quando é utilizada a associação vinorrelbina-cisplatina (uma associação
muito
frequente).
entanto
comunicada
maior
incidência
granulocitopenia nos doentes que estavam a receber uma terapêutica de associação
com vinorrelbina e cisplatina do que nos doentes que receberam vinorrelbina
isoladamente.
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Mulheres em idade fértil
As mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante
o tratamento e até 3 meses após o tratamento.
Contracepção em homens e mulheres
Os homens tratados com vinorrelbina são aconselhados a não conceberem filhos
durante e até seis meses (mínimo de 3 meses) após a cessação do tratamento.
Mulheres em idade fértil devem usar um método contraceptivo eficaz durante o
tratamento e até 3 meses após o tratamento e devem informar o seu médico se
ficarem grávidas.
Gravidez
Suspeita-se que a Vinorrelbina Actavis possa causar graves anomalias congénitas
quando administrada durante a gravidez (ver secção 5.3). Vinorrelbina Actavis é
contra-indicada durante a gravidez (ver secção 4.3).
No caso de indicação vital, devem ser realizadas consultas médicas com vista a
analisar o risco de efeitos nocivos para o feto durante o tratamento na gravidez.
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Caso ocorra uma gravidez durante o tratamento, deverá dar-se um aconselhamento
genético.
Aleitamento
Desconhece-se se a vinorrelbina é excretada no leite materno. A excreção de
vinorrelbina através do leite materno não foi alvo de estudo em animais. Não pode
ser excluído o risco para o lactente, logo o aleitamento deverá ser descontinuado
antes do início do tratamento com vinorrelbina (ver secção 4.3).
Fertilidade
É recomendado aos homens que estejam a ser tratados com vinorrelbina que não
concebam filhos durante e até seis meses (mínimo de 3 meses) após terminado o
tratamento. Antes de iniciar o tratamento, o doente deverá ser aconselhado a
realizar uma conservação de esperma devido ao risco de infertilidade irreversível em
consequência do tratamento com vinorelbina.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e de utilizar máquinas
Não foram efectuados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir e de
utilizar máquinas. Tendo em conta o perfil farmacodinâmico, a vinorelbina não afecta
a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. No entanto, devem ser tomadas
precauções nos doentes tratados com vinorelbina, tendo em conta alguns dos efeitos
indesejáveis do fármaco.
Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis comunicados com mais frequência do que casos isolados
encontram-se indicados abaixo, classificados por sistema de órgãos e frequência. As
frequências são definidas segundo a seguinte convenção: muito frequentes (> 1/10);
frequentes (> 1/100, < 1/10); pouco frequentes (> 1/1000, < 1/100); raros (>
1/10000, < 1/1000) e muito raros (< 1/10000).
As reacções adversas adicionais provenientes da experiência pós-comercialização
foram
adicionadas,
acordo
classificação
MedDRA,
frequência
desconhecida.
reacções
adversas
medicamentosas
notificadas
mais
frequentemente
são:
depressão
medula
óssea
neutropenia,
anemia,
doenças
neurológicas,
toxicidade gastrointestinal acompanha de náuseas, vómitos, estomatite e obstipação,
aumentos transitórios dos testes da função hepática, alopecia e flebite local.
Informação detalhada sobre os efeitos indesejáveis: os efeitos são descritos de
acordo com a classificação da OMS (grau 1=G1; grau 2=G2; grau 3=G3; grau
4=G4; grau 1-4= G1-4; grau 1-2=G1-2; grau 3-4=G3-4).
Infecções e infestações
Frequentes:
infecções bacterianas, virais ou fúngicas em diferentes localizações
(sistema respiratório, sistema urinário, tracto gastrointestinal) ligeiras a moderadas
e normalmente reversíveis com tratamento apropriado
Pouco frequentes:
sepsis
grave
acompanhada
outra
falência
visceral,
septicemia.
Muito raros:
septicemia complicada e por vezes fatal.
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Desconhecido:
septicemia neutropénica com um efeito potencialmente fatal
Doenças do sangue e do sistema linfático
Muito frequentes:
depressão da medula óssea que resulta principalmente em
neutropenia, (G3: 24,3 %; G4: 27,8 %) a qual é reversível dentro de 5 a 7 dias e
não cumulativa com o tempo; anemia (G3-4: 7,4 %)
Frequentes:
trombocitopenia, (G3-4: 2,5 %), mas raramente grave
Desconhecido:
febre neutropénica
Doenças do sistema imunitário
Desconhecido:
reacções alérgicas sistémicas, tais como anafilaxia, choque
anafiláctico ou reacções do tipo anafilactóides
Doenças endócrinas:
Desconhecido:
secreção inapropriada de hormona antidiurética (SIADH)
Doenças do metabolismo e da nutrição
Raros: hiponatremia grave.
Desconhecido:
anorexia
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes:
alterações neurológicas (G3-4: 2,7 %) incluindo a perda de
reflexos
tendinosos
profundos;
após
quimioterapia
prolongada,
notificada
fraqueza dos membros
Pouco frequentes:
parestesia grave com sintomas sensoriais e motores. Estes
efeitos são geralmente reversíveis.
Muito raros:
Síndrome de Guillain-Barré.
Cardiopatias
Raros: doença cardíaca isquémica (angina de peito e/ou alterações transitórias do
electrocardiograma, enfarte do miocárdio)
Muito raros:
taquicardia, palpitações e alterações do ritmo cardíaco
Vasculopatias:
Pouco frequentes:
hipotensão, hipertensão, rubor e diminuição da temperatura
periférica.
Raros: hipotensão grave, colapso.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes:
pode
ocorrer
dispneia
broncospasmo
associados
tratamento com vinorrelbina, assim como com outros alcalóides da vinca.
Raros: foram notificados casos de pneumopatia intersticial particularmente nos
doentes tratados com vinorrelbina em associação com a mitomicina.
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes:
estomatites (G 1-4: 15% com vinorrelbina em monoterapia);
náuseas e vómitos (G 3-4: 2,2 %; a terapêutica anti-emética pode reduzir esta
ocorrência; a obstipação é o sintoma principal (G 3-4: 2.7%) que raramente evolui
para
ileus
paralítico
vinorrelbina
monoterapia
combinação
vinorrelbina com outros agentes quimioterapêuticos (G3-4: 4,1%). Esofagite
Frequentes:
diarreia, normalmente ligeira a moderada
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Raros: íleo
paralítico,
tratamento
pode
retomado
após
recuperação
mobilidade intestinal normal; pancreatite..
Afecções hepatobiliares
Muito frequentes:
aumentos transitórios dos testes da função hepática (G1-2),
sem notificação de sintomas clínicos (SGOT em 27,6% e SGPT em 29,3%).
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Muito frequentes:
alopecia, normalmente de natureza ligeira, (G3-4: 4,1 % com
vinorrelbina como agente de quimioterapia isolado).
Raros: foram notificadas reacções cutâneas generalizadas com vinorrelbina (erupção
cutânea, prurido, urticária)
Desconhecido:
eritema nas mãos e pés
Afecções músculo-esqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes:
mialgia, artralgia, incluindo dores nos maxilares
Doenças renais e urinárias
Frequentes:
aumento dos níveis de creatinina.
Perturbações gerais e alterações no local da administração
Muito frequentes:
reacções
no local
da injecção
podem incluir
eritema,
sensação de queimadura, descoloração venosa e flebite local (G3-4: 3,7 % com
vinorrelbina como agente de quimioterapia isolado).
Frequentes:
astenia, fadiga, febre, dores em diferentes localizações incluindo dor
torácica e no local do tumor foram experienciados por doentes a fazer vinorrelbina
Raros: foi
observada
necrose
local.
adequado
posicionamento
agulha
intravenosa ou do catéter e a injecção em bólus seguida de lavagem da veia, podem
limitar estes efeitos
Tal como acontece com outros alcalóides da vinca, a vinorelbina tem um poder
vesicante moderado.
Sobredosagem
sobredosagem
pode
originar
depressão
grave
medula
óssea
aparecimento de febre e de infecções; foram igualmente referidos casos de íleo
paralítico. Recomenda-se o tratamento sintomático com transfusões de sangue e
antibioterapia de largo espectro. Não existe antídoto específico.
Uma vez que não existe antídoto específico para a sobredosagem com vinorrelbina
administrada por via intravenosa, em caso de sobredosagem são necessárias
medidas sintomáticas, tais como:
controlo contínuo dos sinais vitais e vigilância cuidadosa do doente
controlo diário dos níveis de células sanguíneas, para verificar a necessidade
de transfusões sanguíneas, de factores do crescimento, para detectar a necessidade
de cuidados intensivos e para minimizar o risco de infecções
medidas para a prevenção ou terapêutica do íleo paralítico
controlo do sistema circulatório e da função hepática
pode ser necessária terapêutica com um antibiótico de largo espectro no caso
de complicações devidas a infecções.
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: alcalóides da vinca e análogos, Código ATC: L01CA04
A vinorrelbina é um medicamento citostático da família dos alcalóides da vinca.
A vinorrelbina inibe a polimerização da tubulina e liga-se preferencialmente aos
microtúbulos mitóticos, só afectando os microtúbulos axonais em concentrações
elevadas. A indução da formação de espirais de tubulina é inferior à provocada pela
vincristina. A vinorrelbina bloqueia a mitose na fase G2-M, provocando a morte
celular na interfase ou na mitose seguinte.
Propriedades farmacocinéticas
Após administração por via intravenosa, o perfil concentração sanguínea-tempo
caracteriza-se por uma curva de eliminação tri-exponencial. A semivida terminal foi
de aproximadamente 40 horas. A depuração sanguínea é elevada, aproximando-se
do fluxo sanguíneo hepático e foi em média 0,72 l/h/kg (intervalo: 0,32-1,26 l/h/kg),
enquanto o volume de distribuição no estado estacionário foi elevado, em média
21,2 l/kg, demonstrando sinais de uma distribuição extensa pelos tecidos. Existe
uma ligação fraca às proteínas plasmáticas (13,5%), mas uma ligação forte às
células sanguíneas, principalmente às plaquetas (78%). Foi demonstrada linearidade
nas propriedades farmacocinéticas da vinorrelbina administrada por via intravenosa,
até a uma dose de 45 mg/m2.
A vinorrelbina é principalmente metabolizada pela CYP3A4 e o metabolito principal é
a 4-O-desacetilvinorrelbina.
A excreção renal é baixa (< 20% da dose) e consiste principalmente no composto
precursor. A excreção através da via biliar é a principal via de eliminação, tanto para
os metabolitos como para a vinorrelbina inalterada.
Não foram avaliados os efeitos da insuficiência renal na eliminação da vinorrelbina,
mas não é necessária uma redução da dose devida à baixa excreção por via renal.
Em doentes com metástases hepáticas, só ocorreram alterações na depuração média
da vinorrelbina quando mais de 75% do fígado estava afectado. Em 6 doentes
oncológicos que apresentavam insuficiência hepática moderada (bilirrubina ≤ 2 x o
limite superior do normal e aminotransferases ≤ 5 x o limite superior do normal)
tratados com doses até 25 mg/m² e em 8 doentes oncológicos que apresentavam
insuficiência hepática grave (bilirrubina > 2 x o limite superior do normal e
aminotransferases > 5 x o limite superior do normal) tratados com doses até 20
mg/m², as depurações totais médias em ambos os grupos foram semelhantes às dos
doentes com uma função hepática normal. No entanto, estes dados podem não ser
representativos para os doentes com uma capacidade de eliminação hepática do
medicamento reduzida e, por isso, recomenda-se precaução no caso dos doentes
com insuficiência hepática grave e é necessária vigilância rigorosa dos parâmetros
hematológicos (ver secções 4.2 e 4.4).
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Foi demonstrada uma forte relação entre a exposição sanguínea e a redução dos
leucócitos ou dos leucócitos polinucleares.
Dados de segurança pré-clínica
Potencial mutagénico e carcinogénico
Nos estudos efectuados com animais, a vinorrelbina induziu aneuploidia e poliploidia.
Pode assumir-se que a vinorrelbina pode igualmente provocar efeitos genotóxicos
nos humanos (aneuploidia e poliploidia). Os resultados relativamente ao potencial
carcinogénico no ratinho e no rato foram negativos, mas foram apenas testadas
doses baixas.
Testes de toxicidade reprodutiva
Nos estudos de reprodução efectuados em animais, foram observados efeitos em
doses subterapêuticas. Observou-se toxicidade embrionária e fetal, tal como atraso
no crescimento intra-uterino e atraso na ossificação.
Foi observada teratogenicidade (fusão das vértebras, ausência de algumas costelas)
em doses tóxicas para a mãe. Além disso, a espermatogénese e as secreções da
próstata e da vesícula seminal foram reduzidas, mas a fertilidade nos ratos não
diminuiu.
Segurança farmacológica
Os estudos de segurança farmacológica efectuados no cão e no macaco não
revelaram efeitos adversos no sistema cardiovascular.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Lista dos excipientes
Água para preparações injectáveis.
Incompatibilidades
Vinorrelbina
Actavis
não
deve
diluído
soluções
alcalinas
(risco
precipitação).
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser
misturado com outros medicamentos.
Prazo de validade
Medicamento tal como embalado para venda
3 anos.
Após a abertura do recipiente
O conteúdo do frasco para injectáveis deve ser utilizado imediatamente após a
abertura do frasco para injectáveis.
Prazo de validade após a diluição da solução
A estabilidade físico-química e microbiológica do medicamento após diluição nas
soluções para perfusão recomendadas (ver secção 6.6) foi demonstrada durante 24
horas a 2-8°C e a 25°C.
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Do ponto de vista microbiológico, o medicamento deve ser imediatamente utilizado.
Se não for imediatamente utilizado, o tempo e as condições de armazenamento
durante a utilização são da responsabilidade do utilizador e normalmente não
deverão ser superiores a 24 horas a uma temperatura de 2-8°C, excepto se a
reconstituição tiver ocorrido sob condições assépticas controladas e validadas.
Precauções especiais de conservação
Medicamento tal como embalado para venda
Conservar no frigorífico (2°C - 8°C).
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior ao abrigo da luz.
Não congelar.
Para as condições de armazenamento do medicamento diluído, ver secção 6.3.
Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco para injectáveis de 1 ml: Frasco para injectáveis de vidro incolor (tipo I) com
rolha de borracha de bromobutilo e cápsula metálica com um disco de polipropileno.
O frasco será embalado com ou sem um invólucro protector de plástico.
Frasco para injectáveis de 5 ml: Frasco para injectáveis de vidro incolor (tipo I) com
rolha de borracha de bromobutilo e cápsula metálica com um disco de polipropileno.
O frasco será embalado com ou sem um invólucro protector de plástico.
Tamanhos das embalagens:
1 x frasco para injectáveis de 1 ml
10 x frasco para injectáveis de 1 ml
1 x frasco para injectáveis de 5 ml
10 x frasco para injectáveis de 5 ml
É possível que não estejam comercializadas todas as apresentações.
Precauções especiais de eliminação e manuseamento
A preparação de soluções injectáveis de agentes citotóxicos deve ser efectuada por
pessoal especializado treinado, com conhecimento dos medicamentos utilizados, em
condições que assegurem a protecção do ambiente e, em especial, a protecção do
pessoal que manuseia os medicamentos. É necessária uma zona de preparação
reservada para esta finalidade, onde seja proibido fumar, comer ou beber.
O pessoal deve receber material apropriado para o manuseamento, nomeadamente
batas de mangas compridas, máscaras de protecção, toucas, óculos de protecção,
luvas estéreis descartáveis, material de cobertura para a área de trabalho e sacos
para recolher os resíduos.
As seringas e os dispositivos para perfusão devem ser cuidadosamente ajustados
para evitar fugas (recomenda-se a utilização de dispositivos com ajustes Luer lock).
As fugas e os derrames do medicamento devem ser limpos.
Devem ser tomadas precauções no sentido de evitar a exposição do pessoal durante
a gravidez.
Qualquer contacto com os olhos deve ser estritamente evitado. No caso de o
medicamento entrar em contacto com os olhos, estes devem ser imediatamente
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
lavados com solução de cloreto de sódio a 0,9%. Em caso de irritação, contacte um
oftalmologista. No caso de o medicamento entrar em contacto com a pele, lave
abundantemente a zona afectada com água.
Após a preparação, todas as superfícies expostas devem ser profundamente limpas e
devem lavar-se as mãos e a cara.
Não existem incompatibilidades entre Vinorrelbina Actavis e frasco para injectáveis
de vidro, sacos de PVC, frasco para injectáveis de polietileno ou seringas de
polipropileno.
Vinorrelbina Actavis pode ser administrado sob a forma de bólus lento (6 a 10
minutos) após diluição em 20-50 ml de solução para injectáveis de cloreto de sódio a
9 mg/ml (0,9%) ou de uma solução para injectáveis de 50 mg/ml (5%) de glucose,
ou através de uma perfusão de curta duração (20 a 30 minutos) após diluição em
125 ml de uma solução para injectáveis de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) ou de
uma solução para injectáveis de 50 mg/ml (5%) de glucose. A administração deve
ser sempre seguida de uma perfusão de 250 ml de uma solução para injectáveis de
cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9%) para irrigar a veia.
Vinorrelbina Actavis deve ser administrado apenas por via intravenosa. É muito
importante assegurar que o cateter está posicionado de forma adequada na veia
antes de iniciar a injecção. Se durante a administração intravenosa Vinorrelbina
Actavis se infiltrar nos tecidos envolventes, pode ocorrer uma irritação importante.
Nesse caso, a injecção deve ser interrompida, a veia irrigada com solução de cloreto
de sódio a 0,9% e o resto da dose deve ser administrado numa outra veia. No caso
de extravasamento, podem ser administrados glucocorticóides por via intravenosa
para reduzir o risco de flebite.
Quaisquer excreções e vómitos devem ser cuidadosamente manuseados.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Actavis Group PTC ehf
Reykjavikurvegur 76-78
220 Harnarfjordur
Islândia
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5108303 - Frasco para injectáveis - 1 unidade - 1 ml
Nº de registo: 5108311 - Frasco para injectáveis - 1 unidade - 5 ml
Nº de registo: 5108329 - Frasco para injectáveis - 10 unidade - 1 ml
Nº de registo: 5108337 - Frasco para injectáveis - 10 unidade - 5 ml
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
APROVADO EM
05-07-2011
INFARMED
Data da primeira autorização: 29 Abril 2008
DATA DA REVISÃO DO TEXTO