Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
23-12-2017
23-12-2017
APROVADO EM
23-12-2017
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Vibramicina 100 mg comprimido dispersível
Doxiciclina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
tiver
quaisquer
efeitos
secundários,
incluindo
possíveis
efeitos
secundários
não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
1. O que é Vibramicina e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Vibramicina
3. Como tomar Vibramicina
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Vibramicina
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Vibramicina e para que é utilizado
Vibramicina é um antibiótico que pertence a um grupo de medicamentos denominado
tetraciclinas. Está indicado para o tratamento de diferentes tipos de infeções, tais como:
Infeções nasais, do peito ou dos pulmões, como por exemplo, bronquite, pneumonia,
sinusite.
Infeções do trato urinário (local por onde a urina passa), como por exemplo, cistite, uretrite.
Acne (uma doença de pele) e pode ser uma alternativa no tratamento de fambroesia causada
por Treponema pertenue.
Infeções oculares.
Doenças
sexualmente
transmissíveis
como
gonorreia,
sífilis,
clamídia,
linfogranuloma
venéreo
infeções
uretrais,
endocervicais
retais,
não
complicadas
causadas
Chlamydia trachomatis, epididimo-orquite aguda causada por Chlamydia trachomatis ou
Neisseria
gonorrhoeae,
granuloma
inguinal
(Donovanose)
causado
Calymmatobacterium
granulomatis
Uretrite
não
gonocócica
(UNG)
causada
Ureaplasma urealyticum (T-Mycoplasma).
Febre associada a picadas de piolho ou carraça.
Malária, quando a cloroquina não é efetiva.
Rickettsiose.
Cólera.
Leptospirose.
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Carbúnculo
causado
Bacillus
anthracis,
incluindo
carbúnculo
inalação
(pós-
exposição).
Estádio inicial da doença de Lyme (Estádio 1 e 2).
Brucelose, em associação com outro antibateriano (estreptomicina ou rifampicina)
Peste
Psitacose
Vibramicina é também usado na prevenção do desenvolvimento de certas infeções, tais
como o tifo rural da Malásia (uma doença transportada por pequenos insetos), a diarreia do
viajante, a malária e a leptospirose (uma infeção bacteriana).
O seu médico poderá optar por Vibramicina para tratar outra infeção que não consta da lista
descrita acima. Poderá também ser-lhe prescrito outro medicamento para tomar em conjunto
com Vibramicina para a sua infeção. Se tiver alguma questão fale com o seu médico.
2. O que precisa de saber antes de tomar Vibramicina
Não tome Vibramicina:
- se tem alergia à doxiciclina, a outro antibiótico da classe das tetraciclinas ou a qualquer
outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).
- se sofre de doença esofágica de natureza obstrutiva (como por ex. estenose ou acalasia).
- se está grávida ou tentar engravidar, exceto na ausência de outras alternativas terapêuticas.
- se está a amamentar, exceto na ausência de outras alternativas terapêuticas.
Está contraindicada em crianças até aos 8 anos, exceto na ausência de outras alternativas
terapêuticas. Vibramicina não deve ser tomado durante o período de desenvolvimento
dentário (gravidez, infância ou a crianças com idade inferior a 8 anos) pois pode causar uma
descoloração permanente dos dentes (coloração amarela-cinzenta-castanha) ou afetar o
correto crescimento do dente.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico antes de tomar Vibramicina, se algum dos seguintes casos se aplicar
a si:
- se vai ser exposto a uma forte luz solar ou luz U.V. (por exemplo, solário). Deve evitar
uma forte exposição à luz solar enquanto estiver a tomar este medicamento, uma vez a sua
pele pode ficar mais sensível a queimaduras que o normal. Deve utilizar um protetor ou
bloqueador solar.
- se tem problemas de fígado ou rins.
- se tem (ou alguma vez teve) lúpus eritematoso sistémico (uma doença alérgica que causa
dores nas articulações, erupções cutâneas e febre). Esta doença pode ser agravada pela toma
de Vibramicina.
- Se for suspeito de ter sífilis. O seu médico vai continuar a monitorizá-lo depois de parar o
tratamento.
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Caso desenvolva diarreia ou fezes moles durante ou após o tratamento, fale com o seu
médico imediatamente.
A utilização de doxiciclina pode aumentar a incidência de candidiase vaginal.
Outros medicamentos e Vibramicina
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se
vier a tomar outros medicamentos.
Alguns medicamentos podem reduzir a eficácia da Vibramicina, nomeadamente:
- Antiácidos (medicamentos para a indigestão), preparações de ferro, zinco oral ou bismuto.
Estes não devem ser tomados ao mesmo tempo que Vibramicina
Carbamazepina,
fenitoína
(medicamentos
utilizados
para
controlo
epilepsia)
barbitúricos (usados para controlo de epilepsia ou como sedativo).
Vibramicina pode afetar a ação de outros medicamentos, nomeadamente:
- Aumento da ação de varfarina ou cumarínicos (utilizados na prevenção da coagulação do
sangue).
- Redução da efetividade de contracetivos orais (pílulas anticoncecionais).
- Redução da efetividade do antibiótico penicilina (usados para tratar infeções).
Se vai necessitar de uma anestesia geral para uma operação ou uma cirurgia dentária, deve
informar o seu anestesista ou dentista que está a tomar doxiciclina pois poderá ter mais
efeitos secundários.
Vibramicina com alimentos, bebidas e álcool
Para o tratamento de infeções, Vibramicina pode ser tomado com ou sem alimentos.
Para o tratamento da acne, é recomendado que Vibramiciana seja tomado com alimentos ou
bebidas.
Se Vibramicina o deixar mal disposto é recomendada a sua toma com alimentos ou leite.
O álcool pode reduzir o efeito de Vibramicina e deve ser evitado.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu
médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Este medicamento não deverá afetar a sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
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3. Como tomar Vibramicina
- Os comprimidos de Vibramicina podem ser ingeridos inteiros, com quantidade adequada
de líquido, ou, em alternativa, depois destes se dissolverem numa pequena quantidade de
água.
- É melhor que os comprimidos sejam tomados sempre à mesma hora todos os dias, quando
estiver sentado ou de pé.
- É importante que não se deite durante pelo menos 30 minutos depois de tomar os
comprimidos de Vibramicina, para que os comprimidos se movam o mais rapidamente
possível para o estômago e assim prevenir irritação da garganta ou esófago (canal que leva a
comida da boca até ao estômago).
- Se tem problemas de estômago tome Vibramicina com alimentos ou leite.
tabela
abaixo
mostra
diferentes
dosagens
médico
pode
prescrever,
dependendo da infeção para a qual está a ser tratado. Tome Vibramicina exatamente como o
seu médico lhe indicou. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Dose usual (infeções do peito, pulmonares ou nasais, urinárias, oculares ou outras infeções):
Adultos e crianças com peso superior a 45
2 comprimidos no primeiro dia ( de uma só
vez ou dividida em 2 tomas de 100 mg com
intervalo de 12h) e depois 1 comprimido por
dia (administrado de uma só vez ou dividido
em 2 tomas de 50 mg com intervalo de 12h).
O tempo de tratamento depende do tipo de
infeção a tratar.
Crianças com idade superior a 8 anos e peso
inferior ou igual a 45 kg
4,4 mg/kg de peso corporal (de uma só vez
divididos
tomas)
tratamento seguidos de 2,2 mg/kg de peso
corporal
divididos em 2 tomas) nos dias seguintes).
mg/kg
peso
corporal
diários
infeções mais graves.
Infeções especificas
Acne:
Meio
comprimido
comprimido
diariamente durante 6 a 12 semanas, com
alimentos e bebidas
Uretrite não gonocócica (UNG) causada por
Chlamydia
trachomatis
Ureaplasma
urealyticum
1 comprimido 2 vezes por dia, durante 7
dias.
Epididimo-orquite
aguda
causada
C.trachomatis ou N.gonorrhoeae
1 comprimido 2 vezes por dia juntamente
com 250 mg I.M. de ceftriaxone ou outra
cefalosporina
adequada
dose
única,
durante 10 dias.
Sífilis primária ou secundária:
1 comprimido duas vezes ao dia durante 2
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semanas. O médico continuará a monitorizá-
lo depois de parar o tratamento.
Sífilis latente ou terciária:
1 comprimido duas vezes ao dia durante 2
semanas. Caso se saiba que a duração da
infeção é superior a 1 ano o tratamento deve
duração
semanas.
médico
continuará a monitorizá-lo depois de parar o
tratamento.
Febre
recorrente
associada
picadas
piolho ou carraça e tifo causado por piolho
Dose única de um ou dois comprimidos,
dependendo da gravidade. Como alternativa
para
diminuir
risco
persistência
recorrência
febre,
comprimido
cada
12h, durante 7 dias
Estádio inicial da doença de Lyme (1 e 2)
1 comprimido 2 vezes por dia durante 14-60
dias, de acordo com os sinais, sintomas e
resposta clínicas
Infeção uretral,
endocervical ou retal
não
complicada
adulto
causada
Chlamydia trachomatis
1 comprimido 2 vezes por dia durante 7 dias
Linfogranuloma
venéreo
causado
Chlamydia trachomatis
1 comprimido 2 vezes por dia, durante 21
dias no mínimo.
Infeções gonocócicas
não complicadas do
colo do útero, reto ou uretra (nas quais os
gonococos
permanecem
totalmente
sensíveis)
1 comprimido 2 vezes por dia, durante 7
dias,
cotratamento
cefalosporina ou quinolona adequadas, tais
como: cefixima 400 mg por via oral em dose
única, ou ceftriaxona 125 mg intramuscular
(I.M.) em dose única, ou ciprofloxacina 500
oral,
dose
única
ofloxacina 400 mg, por via oral, em dose
única.
Infeções
gonocócicas
não
complicadas
faringe
(nas
quais
gonococos
permanecem totalmente sensíveis)
1 comprimido 2 vezes por dia, durante 7
dias,
cotratamento
cefalosporina ou quinolona adequadas, tais
como:
ceftriaxona 125
mg I.M. em dose
única, ou ciprofloxacina 500 mg, por via
oral, em dose única ou ofloxacina 400 mg,
por via oral, em dose única.
Doença inflamatória pélvica aguda (DIP)
Doente internado: 1 comprimido a cada 12
horas, juntamente com cefoxitina 2 g I.V. a
cada 6 horas ou cefotetano 2 g I.V. a cada 12
horas
durante
pelo
menos
dias
pelo
menos 24 a 48 horas depois de o doente ter
melhorado.
Depois,
prosseguir
comprimido
duas
vezes
até
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completar 14 dias de tratamento no total.
Doente ambulatório: 1 comprimido 2 vezes
por dia durante 14 dias como terapêutica
adjuvante com ceftriaxona 250 mg I.M. uma
vez, ou cefoxitina 2 g I.M., juntamente com
probenecide 1 g, por via oral, numa única
dose, concomitantemente, por uma vez, ou
outra cefalosporina de terceira geração (por
exemplo, ceftizoxima ou cefotaxima) por via
parentérica.
Tratamento da malária, quando cloroquina
não é efetiva
2 comprimidos por dia durante pelo menos 7
dias. Consoante a gravidade da infeção deve
administrado
concomitantemente
esquizontocida (por ex. quinina)
Tratamento da leptospirose
1 comprimido 2 vezes por dia, durante 7
dias.
Tratamento e profilaxia seletiva da cólera no
adulto
300 mg em dose única.
Prevenção da malária
1 comprimido (no adulto) e 2mg/kg, uma
vez por dia, até à dose do adulto (crianças
com mais de 8 anos e peso
45 kg), 1 a 2
dias antes de viajar para um local onde exista
malária até 4 semanas após o regresso.
Prevenção do tifo rural da malásia
2 comprimidos em dose única.
Prevenção da diarreia do viajante
2 comprimidos por dia (administrados de
uma só vez ou 1 comprimido a cada 12h) no
primeiro
viagem,
seguido
comprimido por dia durante todo o tempo
que se encontrar no local. Se pretende tomar
os comprimidos durante mais de 21 dias,
fale com o seu médico.
Prevenção da leptospirose
2 comprimidos uma vez por semana durante
a estadia no local; 2 comprimidos no fim da
viagem. Se pretende tomar os comprimidos
durante mais de 21 dias, fale com o seu
médico.
Tratamento do carbúnculo
Carbúnculo
sistémico
inalação
doxiciclina
não
está
indicada
coexistir
meningite
Bacillus
Adultos
100 mq de doxiciclina por via endovenosa 2
vezes por dia, em associação com um ou
dois
antibióticos
atividade
vitro
contra a estirpe em causa (i.e. ampicilina
penicilina
clindamicina
claritromicina
imipenem,
vancomicina
rifampicina
cloranfenicol).
Após
estabilização
situação
clínica,
terapêutica
deve
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substituída por monoterapia com 100 mg de
doxiciclina por via oral, 2 vezes por dia até
completar 60 dias de terapêutica.
anthracis, pela baixa
penetração
deste
fármaco
sistema
nervoso central.
Crianças
(com
peso
corporal inferior a 45
mg/kg
peso
corporal,
endovenosa, duas vezes por dia, durante 60
dias,
associação
dois
antibióticos com atividade in vitro contra a
estirpe em causa. A terapêutica pode ser
substituída por monoterapia com 100 mg de
doxiciclina por via oral, duas vezes por dia,
de modo a completar 60 dias de terapêutica,
após a situação clínica estabilizar e se o
microrganismo responsável for resistente a
outros antibióticos com
melhor perfil
segurança neste grupo etário. Crianças com
mais
devem
seguir
mesma
posologia que os adultos.
Adultos
1 comprimido duas vezes por dia, durante 7
a 10 dias (durante 60 dias no contexto de
bioterrorismo).
Carbúnculo cutâneo
Crianças
2,2 mg/kg de peso corporal por via oral
duas vezes por dia durante 60 dias. Crianças
com 45 kg ou mais devem seguir a mesma
posologia que os adultos. Após melhoria
clínica
microrganismo
isolado
revelar sensível a penicilina, a terapêutica
pode ser alterada para amoxicilina, de modo
a completar 60 dias de terapêutica.
Profilaxia pós-exposição do carbúncuclo por inalação
Adultos
1 comprimido 2 vezes por dia durante 60 dias.
Crianças
2,2 mg/kg de peso corporal, por via oral, 2 vezes por dia, durante 60 dias.
Crianças com 45 kg ou mais devem seguir a mesma posologia que os
adultos. Se o microrganismo isolado se revelar sensível a penicilina, a
terapêutica pode ser alterada para amoxicilina, de modo a completar 60
dias de terapêutica.
Deve começar a sentir-se melhor ao fim de alguns dias. Se estiver a tomar Vibramicina para
a acne poderá demorar algumas semanas até começar a sentir uma melhoria. Se a infeção se
agravar ou se não se começar a sentir melhor dentro de alguns dias (à exceção da acne), ou
se outra infeção se desenvolver, volte a falar com o seu médico.
Se tomar mais Vibramicina do que deveria
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Se tomar mais Vibramicina do que deveria, contacte o seu médico imediatamente ou dirija-
se à urgência hospitalar mais próxima. Leve a embalagem do medicamento consigo, quer
ainda tenha medicamento ou não.
Caso se tenha esquecido de tomar Vibramicina
Se se esquecer de uma dose, tome o medicamento logo que se lembrar. Tome o próximo
comprimido à hora certa. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se
esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Vibramicina
Se parar de tomar os comprimidos demasiado cedo, a infeção pode voltar. Tome os
comprimidos durante todo o tempo do tratamento, mesmo que comece a sentir-se melhor.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora
estes não se manifestem em todas as pessoas.
Contacte o seu médico imediamente se desenvolver algum dos seguintes sintomas de uma
reação alérgica após a toma deste medicamento. Apesar de muito raros, estes sintomas
podem ser graves:
Dificuldade respiratória súbita, dificuldade em respirar, dor no peito, inchaços súbitos,
erupção cutânea ou comichão (afetando todo o corpo).
Caso ocorra algum dos efeitos secundários abaixo indicados, consulte o seu médico
com a maior brevidade possível:
- reação de Jarisch-Herxheimer, que causa febre, arrepios, dor de cabeça, dores
musculares e erupção cutânea que é geralmente autolimitante. Isto ocorre pouco
tempo após o início do tratamento com doxiciclina para as infeções por espiroquetas,
como no caso da doença de Lyme.
Os efeitos secundários frequentes, que podem afetar mais de 1 pessoa em cada 100, estão
listados abaixo:
- Naúseas
Os efeitos secundários pouco frequentes, que podem afetar mais de 1 pessoa em cada 1000,
estão listados abaixo:
- Dor de cabeça
- Vómitos, diarreia e inflamação da língua
- Eritema, incluindo eritema maculopapular e eritematoso, reações cutâneas de alergia ou
intolerância ao sol (fotossensibilidade)
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Os efeitos secundários raros, que podem afetar mais de 1 pessoa em cada 10 000, estão
listados abaixo:
- anemia hemolítica, trombocitopenia, neutropenia e eosinofilia
alergia
incluindo
choque
anafilático,
anafilaxia
reação
anafilactóide,
púrpura
anafilactóide,
tensão
arterial
baixa,
inflamação
coração,
edema
angioneurático,
dificuldades na respiração, exacerbação de lúpus eritematoso sistémico, batimentos rápidos
do coração (taquicardia), edema periférico, doença do soro e urticária
- anorexia
- fontanelas protuberantes em crianças, hipertensão intracraniana benigna em adultos
- zumbidos
- vermelhidão
- dor abdominal, dificuldade em
engolir,
perturbação da digestão, enterocolite, colite
pseudomembranosa (inflamação grave do intestino), diarreia, lesões inflamatórias na região
anogenital, esofagite (inflamação do esófago)e ulceração esofágica.
- alterações da função hepática, hepatite
- dermatite esfoliativa, sindrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica
- dores nas articulações e dores musculares
- aumento do azoto ureico do sangue
Raramente foram relatados também casos em que as tetraciclinas, quando administradas por
períodos
tempo
prolongados,
causam
coloração
microscópica
castanha-preta
glândulas tiroideias. Não se conhece a ocorrência de alterações nos estudos da função
tiroideia.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
5. Como conservar Vibramicina
Conservar a uma temperatura inferior a 25°C.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior,
após “VAL.”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Vibramicina
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A substância ativa é a doxiciclina. Cada comprimido dispersível contém 106,045 mg de
doxiciclina mono-hidratada equivalente a 100 mg de doxiciclina base.
Os outros componentes são: celulose microcristalina, estearato de magnésio e sílica coloidal
anidra.
Qual o aspeto de Vibramicina e conteúdo da embalagem
Vibramicina encontra-se disponível sob a forma de 16 comprimidos dispersíveis de cor
amarelo claro, redondos, com ranhura numa face e “VN” na outra face, em blisters de
PVC/Alu.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Laboratórios Pfizer, Lda.
Lagoas Park - Edifício 10
2740-271 Porto Salvo
Fabricante
Fareva Amboise
Zone industrielle
29 route des Industries
37530 Pocé-sur-Cisse
França
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Vibramicina, 100 mg, comprimidos dispersíveis.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada
comprimido
dispersível
contém
106,045
doxiciclina
mono-hidratada
equivalente a 100 mg de doxiciclina base.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido dispersível.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
A doxiciclina está indicada para o tratamento das seguintes infecções causadas por
microrganismos sensíveis, nomeadamente:
Infecções do tracto respiratório
Pneumonia adquirida na comunidade;
Exacerbação bacteriana aguda da bronquite crónica;
Sinusite bacteriana.
Infecções do tracto urinário
Infecções não complicadas do tracto urinário.
Doenças sexualmente transmissíveis
Linfogranuloma venéreo causado por Chlamydia trachomatis.
Infecções uretrais, endocervicais ou rectais, não complicadas, causadas por Chlamydia
trachomatis.
Epididimo-orquite aguda causada por Chlamydia trachomatis ou Neisseria gonorrhoeae.
Granuloma inguinal (Donovanose) causado por Calymmatobacterium granulomatis.
Uretrite não gonocócica (UNG) causada por Ureaplasma urealyticum (T-Mycoplasma).
A doxiciclina é uma alternativa no tratamento de sífilis causada por Treponema pallidum
e gonorreia não complicada causada por Neisseria gonorrhoeae.
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Infecções cutâneas e dos tecidos moles
Infecções, cutâneas e dos tecidos moles.
Na acne grave a doxiciclina pode ser uma útil terapêutica adjuvante.
A doxiciclina é uma alternativa no tratamento de framboesia causada por Treponema
pertenue.
Infecções oculares
Tracoma causado por Chlamydia trachomatis, embora nem sempre o agente infeccioso
seja eliminado, conforme demonstrado por imunofluorescência.
A conjuntivite de inclusão causada por Chlamydia trachomatis pode ser tratada com
doxiciclina por via oral, administrada
isoladamente ou em associação com agentes
tópicos.
Rickettsiose
Febre das montanhas rochosas, tifo e grupo do tifo, febre Q, rickettsiose varicelosa e
febres da carraça causadas por Rickettsiae.
Outras infecções
Psitacose causada por Chlamydia psittaci.
Brucelose
causada
Brucella
(associada
outro
antibacteriano,
como
estreptomicina ou a rifampicina).
Cólera causada por Vibrio cholerae.
Malária
causada
Plasmodium
falciparum
(nas
zonas
onde
haja
resistência
Plasmodium falciparum à cloroquina).
Leptospirose causada pelo género Leptospira.
Na amebíase intestinal aguda, a doxiciclina pode ser um útil adjuvante dos amebicidas.
Carbúnculo causado por Bacillus anthracis, incluindo carbúnculo por inalação (pós-
exposição): para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus
anthracis através de aerossóis.
Peste causada por Yersinia pestis.
Estádio inicial da doença de Lyme (Estádio 1 e 2) causada por Borrelia burgdorferi;
Febre recorrente do piolho causada por Borrelia recurrentis.
Febre recorrente da carraça causada por Borrelia duttonii.
A doxiciclina está também indicada para o tratamento de infecções causadas pelos
seguintes microrganismos Gram-negativo:
- Acinetobacter sp.;
- Bacteróides sp.;
- Fusobacterium sp.;
- Tularemia causada por Francisella tularensis;
- Bartonelose causada por Bartonella bacilliformis;
- Campylobacter fetus.
Quando a penicilina está contra-indicada, a doxiciclina é uma alternativa no tratamento
- Actinomicose causada por Actinomyces sp.;
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- Infecções causadas por Clostridium sp.;
- Listeriose causada por Listeria monocytogenes;
- Angina de Vincent (gengivite ulcerativa necrosante aguda) causada por Leptotrichia
buccalis (anteriormente Fusobacterium fusiforme).
A doxiciclina está indicada na profilaxia das seguintes situações: tifo rural da Malásia
causado por Rickettsia tsutsugamushi; diarreia dos viajantes causada por Escherichia coli
enterotóxica., leptospirose e malária.
Devem ser tomadas em consideração as orientações nacionais e/ou locais sobre o uso
apropriado dos medicamentos antibacterianos.
4.2 Posologia e modo de administração
Dosagem:
Convém recordar que a doxiciclina difere de outras tetraciclinas, no que diz respeito à
dose usual e à frequência da administração. Quando se excede a dose recomendada a
incidência de efeitos secundários pode aumentar. Depois dos sintomas e da febre terem
desaparecido, o tratamento deve prosseguir durante, pelo menos, mais 24 a 48 horas. Nas
infecções estreptocócicas, o tratamento deve manter-se durante 10 dias, a fim de prevenir
o desenvolvimento de febre reumática ou de glomerulonefrite.
A dose usual de doxiciclina no doente adulto é de 200 mg no primeiro dia de tratamento
(administrada de uma só vez ou dividida em duas tomas de 100 mg com o intervalo de 12
horas) seguida de uma dose de manutenção de 100 mg diários (administrada de uma só
vez ou dividida em duas tomas de 50 mg com o intervalo de 12 horas). No tratamento de
infecções mais graves (particularmente infecções crónicas do tracto urinário), a dose
diária de 200 mg deve manter-se durante todo o tratamento.
Crianças de idade superior a 8 anos: Em crianças com peso igual ou inferior a 45 kg a
dose recomendada é de 4,4 mg/kg de peso corporal (administrados diariamente de uma só
vez ou divididos em duas tomas no primeiro dia de tratamento), seguida de 2,2 mg/kg de
peso corporal (administrados diariamente de uma só vez ou divididos em duas tomas) nos
dias seguintes. No tratamento de infecções mais graves pode usar-se uma dose diária até
4,4 mg/kg de peso corporal. As crianças com peso superior a 45 kg devem ser medicadas
dose
para
adultos
(ver
secção
Advertências
precauções
especiais
utilização: Utilização em crianças).
Recomendações posológicas em infecções específicas:
A febre recorrente do piolho e da carraça e o tifo causado por piolho têm sido tratados
com êxito com uma dose única de 100 mg ou 200 mg, de acordo com a gravidade,
administrada por via oral. Como alternativa para diminuir o risco de persistência ou
recorrência da febre recorrente da carraça, é recomendada a administração de 100 mg de
doxiciclina cada 12 horas, durante 7 dias.
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Estádio inicial da doença de Lyme (Estádio 1 e 2): 100 mg de doxiciclina administrados
duas vezes por dia, por via oral, durante 14-60 dias, de acordo com os sinais clínicos,
sintomas e resposta.
Infecção
uretral,
endocervical
rectal,
não
complicada,
adulto,
causada
Chlamydia trachomatis: 100 mg, por via oral, duas vezes ao dia, durante 7 dias.
Epididimo-orquite aguda causada por C.trachomatis ou N.gonorrhoeae: 250 mg IM de
ceftriaxone ou outra cefalosporina adequada em dose única, juntamente com 100 mg de
doxiciclina por via oral, duas vezes ao dia, durante 10 dias.
Uretrite não gonocócica (UNG) causada por Chlamydia trachomatis ou Ureaplasma
urealyticum: 100 mg por via oral, duas vezes ao dia, durante 7 dias.
Linfogranuloma venéreo causado por Chlamydia trachomatis: 100 mg de doxiciclina, por
via oral, duas vezes ao dia, durante 21 dias no mínimo.
Infecções gonocócicas não complicadas do colo do útero, recto ou uretra, nas quais os
gonococos permanecem totalmente sensíveis: recomenda-se 100 mg de doxiciclina, por
via oral, duas vezes ao dia, durante 7 dias, juntamente com o co-tratamento com uma
cefalosporina ou quinolona adequadas, tais como as seguintes: cefixima 400 mg por via
oral em dose única, ou ceftriaxona 125 mg intramuscular (IM) em dose única, ou
ciprofloxacina 500 mg, por via oral, em dose única ou ofloxacina 400 mg, por via oral,
em dose única.
Infecções gonocócicas não complicadas da faringe, nas quais os gonococos permanecem
totalmente sensíveis: recomenda-se doxiciclina 100 mg por via oral, duas vezes ao dia,
durante 7 dias, juntamente com uma cefalosporina ou quinolona adequadas, tais como as
seguintes: ceftriaxona 125 mg IM em dose única, ou ciprofloxacina 500 mg, por via oral,
em dose única ou ofloxacina 400 mg, por via oral, em dose única.
Propõe-se que seja utilizada, no tratamento empírico de algumas infecções sexualmente
transmissíveis, a associação de uma cefalosporina ou de uma quinolona com doxiciclina,
de modo a alargar o espectro de acção antibacteriano e diminuir a possibilidade de
falência terapêutica por desenvolvimento de Nesseria gonorrhoeae com resistência a
antibióticos.
Sífilis primária e secundária: Os doentes alérgicos à penicilina, com sífilis primária ou
secundária podem ser tratados com o seguinte regime posológico como alternativa à
terapêutica com penicilina: doxiciclina 100 mg, por via oral, duas vezes ao dia, durante
duas semanas.
Sífilis latente e terciária: Os doentes alérgicos à penicilina, com sífilis secundária ou
terciária podem ser tratados com o seguinte regime posológico como alternativa à
terapêutica com penicilina: doxiciclina 100 mg, por via oral, duas vezes ao dia durante
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duas semanas, se se souber que a duração da infecção é inferior a um ano. Caso contrário,
a doxiciclina deve ser administrada durante quatro semanas.
Doença inflamatória pélvica aguda (DIP):
Doente internado - Doxiciclina 100 mg a cada 12 horas, juntamente com cefoxitina 2 g
IV a cada seis horas ou cefotetano 2 g IV a cada 12 horas durante pelo menos quatro dias
e pelo menos 24 a 48 horas depois de o doente ter melhorado. Depois, prosseguir com a
doxiciclina 100 mg, por via oral, duas vezes ao dia até completar 14 dias de tratamento
no total.
Doente ambulatório - Doxiciclina 100 mg, por via oral, duas vezes ao dia durante 14 dias
como terapêutica adjuvante com ceftriaxona 250 mg IM uma vez, ou cefoxitina 2 g IM,
juntamente com probenecide 1 g, por via oral, numa única dose, concomitantemente, por
vez, ou outra cefalosporina de terceira geração (por exemplo, ceftizoxima ou
cefotaxima) por via parentérica.
Acne Vulgaris: 50 mg – 100 mg diários até 12 semanas.
No tratamento da malária causada por falciparum resistente à cloroquina: 200 mg por dia
durante
pelo
menos
dias.
Atendendo
gravidade
potencial
infecção,
deve
administrar-se em associação com a doxiciclina um esquizontocida de efeito rápido como
seja a quinina; a dose recomendada de quinina varia em diferentes regiões.
Na profilaxia da malária: 100 mg por dia, nos adultos; nas crianças com mais de 8 anos, a
dose é de 2mg/kg, uma vez por dia, até à dose do adulto. A profilaxia pode começar 1-2
dias
antes
viagem
para
zona
atingida
malária.
profilaxia
deve
prosseguida durante a estadia e durante quatro semanas após o doente ter deixado a zona
atingida por malária.
No tratamento e profilaxia selectiva da cólera no adulto: 300 mg em dose única.
Na prevenção do tifo rural da Malásia: 200 mg em dose única oral.
Na prevenção da diarreia do viajante no adulto: 200 mg no primeiro dia de viagem
(administrados duma só vez ou 100 mg a cada 12 horas), seguidos de 100 mg diários
durante toda a estadia. Não se dispõe de dados sobre o uso profiláctico do fármaco para
além de 21 dias.
Na prevenção da leptospirose: 200 mg, por via oral, por semana, enquanto durar a estadia
e 200 mg no fim da viagem. Não se dispõe de dados sobre o uso profiláctico do fármaco
para além de 2l dias.
No tratamento da leptospirose: 100 mg, por via oral, duas vezes por dia, durante 7 dias.
Tratamento do carbúnculo:
Carbúnculo sistémico ou por inalação
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ADULTOS: 100 mq de doxiciclina por via endovenosa duas vezes por dia, em associação
com um ou dois antibióticos com actividade in vitro contra a estirpe em causa (i.e.
ampicilina penicilina clindamicina claritromicina imipenem, vancomicina rifampicina ou
cloranfenicol). Após a situação clínica estabilizar, a terapêutica deve ser substituída por
monoterapia com 100 mg de doxiciclina por via oral, duas vezes por dia até completar 60
dias de terapêutica.
CRIANÇAS: a dose de doxiciclina a administrar, em associação com um ou dois
antibióticos com actividade in vitro contra a estirpe em causa, para crianças com peso
corporal inferior a 45 kg, é de 2,2 mg/kg de peso corporal, por via endovenosa, duas
vezes por dia, durante 60 dias. Crianças com 45 kg ou mais devem seguir a mesma
posologia que os adultos. Nas crianças a terapêutica pode ser substituída por monoterapia
com 100 mg de doxiciclina por via oral, duas vezes por dia, de modo a completar 60 dias
de terapêutica, após a situação clínica estabilizar e se o microrganismo responsável for
resistente a outros antibióticos com melhor perfil de segurança neste grupo etário (ver
secção 4.4Utilizacão em crianças).
A doxiciclina não está indicada se coexistir meningite por Bacillus anthracis, pela baixa
penetração deste fármaco no sistema nervoso central.
Carbúnculo cutâneo
ADULTOS: 100 mg de doxiciclina por via oral, duas vezes por dia, durante 7 a 10 dias
(durante 60 dias no contexto de bioterrorismo)
CRIANÇAS: Se houver suspeita de que o microrganismo responsável é resistente a
outros
antibióticos
melhor
perfil
segurança
neste
grupo
etário,
dose
doxiciclina, para crianças com peso corporal inferior a 45 kg, é de 2,2 mg/kg de peso
corporal por via oral duas vezes por dia durante 60 dias. Crianças com 45 kg ou mais
devem
seguir
mesma
posologia
adultos.
Após
melhoria
clínica
microrganismo isolado se revelar sensível a penicilina, a terapêutica pode ser alterada
para amoxicilina, de modo a completar 60 dias de terapêutica (ver secção 4.4 Utilização
em crianças).
Profilaxia pós-exposição do carbúnculo por inalação:
ADULTOS; 100 mg de doxiciclina por via oral, duas vezes por dia durante 60 dias.
CRIANÇAS: para crianças com peso corporal inferior a 45 kg, a dose a administrar é de
2,2 mg/kg de peso corporal, por via oral, duas vezes por dia, durante 60 dias. Crianças
com 45 kg ou mais devem seguir a mesma posologia que os adultos. Se o microrganismo
isolado se revelar sensível a penicilina, a terapêutica pode ser alterada para amoxicilina,
de modo a completar 60 dias de terapêutica (ver secção 4.4 Utilização em crianças).
Estudos efectuados até à data indicam que a administração de doxiciclina, nas doses
usuais recomendadas, não determina acumulação excessiva do antibiótico nos doentes
com disfunção renal.
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Administração
Os comprimidos dispersíveis de doxiciclina sob a forma de sal mono-hidratado podem
ser ingeridos inteiros, com quantidade adequada de líquido, ou, em alternativa, podem ser
administrados depois de obter uma suspensão em pelo menos 50 ml de água, seguida da
sua ingestão. O doente deve ser instruído a permanecer na posição ortostática durante
pelo menos 30 minutos após a toma e a não tomar o medicamento antes de se deitar.
A fim de reduzir o risco de irritação ou ulceração esofágica, recomenda-se que as
cápsulas e os comprimidos da classe das tetraciclinas sejam ingeridos com quantidade
suficiente de líquido.
No caso de ocorrer irritação gástrica, recomenda-se a administração de doxiciclina com
um alimento ou leite. Estudos realizados indicaram que a absorção de doxiciclina não é
acentuadamente influenciada pela ingestão simultânea de alimentos ou leite.
4.3 Contra-indicações
Este
medicamento
está
contra-indicado
indivíduos
evidenciaram
hipersensibilidade à doxiciclina ou a qualquer um dos excipientes de Vibramicina, ou a
alguma tetraciclina.
Está também contra-indicado na gravidez, período de aleitamento e em crianças até aos 8
anos de idade, excepto na ausência de outras alternativas terapêuticas.
Vibramicina não deve ser prescrito a doentes com patologia esofágica de natureza
obstrutiva, tal como estenose ou acalasia.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Utilização em Crianças
À semelhança das restantes tetraciclinas, a doxiciclina forma um complexo de cálcio
estável
qualquer
tecido
ósseo
formação.
prematuros
quais
administrada
tetraciclina
oral
doses
mg/kg
cada
seis
horas,
observada uma diminuição na taxa de crescimento do perónio. Esta reacção foi reversível
com a descontinuação do fármaco.
O emprego de fármacos da classe das tetraciclinas durante o período de desenvolvimento
dentário (última metade da gravidez e crianças até aos 8 anos de idade) pode causar uma
coloração permanente dos dentes (coloração amarela-cinzenta-castanha). Esta reacção
adversa é mais frequente nos tratamentos prolongados mas já tem surgido ao fim de
tratamentos
curtos
repetidos.
Também
referida
hipoplasia
esmalte.
Consequentemente, a doxiciclina não deve ser utilizada nestes grupos de doentes a não
ser que outros fármacos não estejam disponíveis, não sejam provavelmente eficazes ou
estejam contra-indicados.
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No entanto, a doxiciclina pode ser administrada para tratamento do carbúnculo, incluindo
carbúnculo
inalação
(pós-exposição),
nestes
grupos
doentes
apenas
até
esclarecimento da sensibilidade do Bacillus anthracis às penicilinas.
Geral
Têm sido relatadas, com a administração das dosagens terapêuticas completas, fontanelas
protuberantes
crianças
hipertensão
intracraniana
benigna
adultos.
descontinuação do fármaco estas situações desapareceram rapidamente.
sido
relatada
colite
pseudomenbranosa
quase
totalidade
agentes
antibacterianos,
incluindo
doxiciclina,
variando
gravidade
desde
ligeira
até
potencialmente fatal. É importante considerar este diagnóstico em doentes com diarreia
subsequente à administração de agentes antibacterianos.
A utilização de antibióticos pode determinar por vezes a proliferação de microrganismos
não
sensíveis,
incluindo
fungos.
observação
constante
doente
torna-se
indispensável. Em presença de um microrganismo resistente, deve interromper-se o
antibiótico e instituir-se a terapêutica apropriada.
Têm sido notificados casos de lesões esofágicas (esofagite e ulceração), algumas vezes
graves, com a utilização de doxiciclina. Os doentes devem ser instruídos a tomar o
medicamento após suspensão num copo cheio de água, permanecer de pé e não tomarem
o medicamento antes de se deitar (ver secção 4.2).
A acção anti-anabólica das tetraciclinas pode causar um aumento do azoto ureico do
sangue. Estudos até à data indicam que este efeito anti-anabólico não se verifica com o
emprego da doxiciclina nos doentes com disfunção renal.
Têm sido raramente relatadas alterações na função hepática, causadas pela administração
de tetraciclinas, incluindo a doxiciclina, tanto por via oral como parentérica.
Em tratamentos prolongados, deve ser efectuada a avaliação laboratorial periódica dos
sistemas de orgãos, incluindo estudo hematopoiético, renal e hepático.
Em alguns indivíduos medicados com tetraciclinas, incluindo a doxiciclina, foi observada
fotossensibilidade, que se manifestou por exagerada queimadura solar. Os doentes com
probabilidade de se exporem à luz solar directa ou à luz ultravioleta devem ser avisados
que esta reacção pode ocorrer com as tetraciclinas e, ao primeiro sinal de eritema
cutâneo, o tratamento deve ser descontinuado.
No tratamento de doenças venéreas em que se suspeite de sífilis concomitante, devem
utilizar-se os meios de diagnóstico apropriados, incluindo observação em campo escuro.
Em tais situações, devem ser efectuados testes serológicos mensais durante pelo menos 4
meses.
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As infecções provocadas por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A devem ser
tratadas durante pelo menos 10 dias.
infecções
tracto
respiratório
superior
provocadas
estreptococos
beta-
hemolíticos do grupo A, a penicilina é usualmente o fármaco de escolha, incluindo a
profilaxia da febre reumática.
Em alguns doentes com infeções por espiroquetas pode ocorrer uma reação de
Jarisch-Herxheimer pouco tempo após o início do tratamento com doxiciclina. Os
doentes devem ser informados de que esta é uma consequência do tratamento com
antibióticos para as infeções por espiroquetas e é geralmente autolimitante.
As tetraciclinas não são o fármaco de escolha no tratamento de infecções estafilocócicas.
Uma certa percentagem de estimes de Streptococcus pyogenes e de Enterococcus faecalis
mostrou-se resistente às tetraciclinas (ver secção 5.1).
Informações a transmitir aos doentes – todos os doentes sob tratamento com doxiciclina
devem ser avisados:
A evitar exposição excessiva à luz solar ou luz ultravioleta artificial durante o tratamento
com doxiciclina e a suspender o tratamento se ocorrer fototoxicidade (por exemplo,
erupção cutânea, etc.). Deve-se utilizar um protector ou bloqueador solar.
A ingerir muitos líquidos durante a toma de doxiciclina, de forma a reduzir o risco de
irritação esofágica e ulceração.
De que a absorção das tetraciclinas é reduzida com a administração simultânea de
subsalicilato de bismuto.
De que a utilização de doxiciclina pode aumentar a incidência de candidiase vaginal.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Têm havido relatos de tempo de protrombina prolongado em doentes submetidos a
terapêutica com varfarina e doxiciclina. Porque as tetraciclinas mostraram deprimir a
actividade da protrombina plasmática, pode haver necessidade de reduzir a dose dos
anticoagulantes nos doentes também sujeitos a esta terapêutica.
Uma vez que os fármacos bacteriostáticos podem interferir com a acção bactericida da
penicilina,
desaconselha-se
administração
concomitante
doxiciclina
penicilina.
A absorção das tetraciclinas é diminuída pela ingestão de antiácidos contendo alumínio,
cálcio e magnésio ou outros fármacos contendo estes catiões e por medicamentos que
contenham ferro e sais de bismuto.
O álcool, os barbituratos, a carbamazepina e a fenitoína diminuem a semivida plasmática
da doxiciclina.
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Já foi referido que o uso concomitante de tetraciclinas e metoxiflurano resulta em
toxicidade renal de consequências fatais.
A eficácia dos contraceptivos orais pode ser diminuída pela administração concomitante
de tetraciclinas.
Interacção com testes laboratoriais
Podem
ocorrer
falsas
elevações
níveis
urinários
catecolaminas
devido
interferência com o teste de fluorescência.
4.6 Gravidez e aleitamento
Utilização durante a Gravidez
A doxiciclina não foi estudada em mulheres grávidas. Por tal facto, não deve ser usada
durante a gravidez a
não ser que, na opinião do médico, os benefícios potenciais
compensem os riscos (ver secção 4.4).
O resultado dos estudos em animais indicam que as tetraciclinas atravessam a placenta,
são detectadas nos tecidos do feto e podem ter efeitos tóxicos no desenvolvimento do feto
(muitas vezes descritos como atraso no desenvolvimento da estrutura óssea).
Estudos efectuados em animais com doxiciclina não revelaram risco de teratogenicidade.
Aleitamento
À semelhança das restantes tetraciclinas, a doxiciclina forma um complexo de cálcio
estável
qualquer
tecido
ósseo
formação.
prematuros
quais
administrada
tetraciclina
oral
doses
mg/kg
cada
seis
horas,
observada uma diminuição na taxa de crescimento do perónio. Esta reacção foi reversível
com a descontinuação do fármaco (ver secção 4.4).
As tetraciclinas, incluindo a doxiciclina, estão presentes no leite da mulher lactante
medicada com fármacos desta classe, pelo que se deve evitar a sua administração na
mulher que amamenta.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
O efeito da doxiciclina sobre a capacidade de conduzir ou utilizar maquinaria pesada não
foi estudado. Não existem evidências que sugiram que a doxiciclina possa afectar estas
capacidades.
4.8 Efeitos indesejáveis