Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
31-07-2006
31-07-2006
APROVADO EM
31-07-2006
INFARMED
Folheto Informativo
Nome do medicamento
Venoruton (com sabor a laranja) 500 mg Pó para solução oral
Venoruton (com sabor a laranja) 1000 mg Pó para solução oral
Composição
-hidroxietil)-rutosídeos 500 e 1000 mg por saqueta
Forma farmacêutica
Pó para solução oral.
Saquetas de 500 mg: Embalagens de 28 e 60 saquetas
Saquetas de 1000 mg: Embalagens de 14 e 30 saquetas
Grupo farmaco-terapêutico
Grupo3.6 -: Venotrópicos
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Novartis Consumer Health - Produtos Farmacêuticos e Nutrição, Lda.
Av. Poeta Mistral, nº2, 2º
1069 - 172 Lisboa
Indicações terapêuticas
Alívio do edema e sintomas relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica
(IVC), como dor, cansaço, agitação, aumento de volume, caimbras e sensação
de peso nos membros inferiores.
Alívio dos sintomas das hemorroidas.
APROVADO EM
31-07-2006
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Contra-indicações
Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do medicamento.
Efeitos secundários
Apenas
observaram
casos
reacções
moderadas,
foram
principalmente distúrbios gastro-intestinais (flatulência, diarreia,dor e irritação
gástrica), cefaleias, tonturas, cansaço, rashes cutâneos, rubor e prurido, que
desaparecem rapidamente com a interrupção do tratamento.
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não foram referidas quaisquer interacções com outros fármacos. Verificou-se
que O-(β-hidroxietil) rutosídeos não interfere com os anticoagulantes
varfarínicos.
Precauções especiais de utilização
Doentes com edemas nos membros inferiores por doenças cardíacas, renais ou
hepáticas não deverão usar Venoruton, porque o efeito do Venoruton não está
demonstrado nestas indicações.
Gravidez e aleitamento
Recomenda-se, de acordo com a prática clínica aceite, não usar Venoruton nos
três primeiros meses de gravidez.
Os vestígios encontrados no feto e no leite (em estudos animais) consideram-se
sem relevância clínica.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não relevante.
Lista dos excipientes cujo conhecimento seja eventualmente necessário
Contém sacarina sódica
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Posologia
Insuficiência venosa crónica e suas complicações
Dose inicial:
saquetas (500 mg). l saqueta 2 vezes por dia
saquetas (1000 mg): l saqueta por dia
Esta dosagem deve ser mantida até alívio completo dos sintomas e do edema.
O que normalmente acontece dentro de 2 semanas.
Uma terapêutica de manutenção poderá ser seguida, com a mesma dosagem ou
no mínimo 500 mg diários.
Hemorróidas
As dosagens usadas são as mencionadas acima para a insuficiência venosa
crónica.
Modo e via de administração
O Venoruton pó para solução oral é administrado oralmente
Diluir o conteúdo duma saqueta num copo de água, e tomar.
Indicação do momento mais favorável à administração do medicamento
Tomar após as refeições
Sobredosagem
Não foram registados casos de sobredosagem
Precauções particulares de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
No caso de ocorrerem efeitos adversos, durante o tratamento com Venoruton,
que
não
constem
neste
folheto
informativo,
informar
o
seu
médico
ou
farmacêutico.
Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem.
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Data de revisão
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Resumo das Características do Medicamento
1 - Denominação do medicamento
Venoruton (com sabor a laranja) 500 mg Pó para solução oral
Venoruton (com sabor a laranja) 1000 mg Pó para solução oral
2 – Composição Qualitativa e quantitativa
O-(B-hidroxietil)-rutosídeos - 500 e 1000 mg por saqueta.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3 - Forma farmacêutica
Pó para solução oral.
4 – Informações Clínicas
4.1 - Indicações terapêuticas
Alívio do edema e sintomas relacionados com a Insuficiência Venosa
Crónica (IVC), como dor, cansaço, agitação, aumento de volume, caimbras e
sensação de peso nos membros inferiores.
Alívio dos sintomas das hemorroidas.
4.2 - Posologia e modo de administração
Insuficiência venosa crónica e suas complicações
Uma série de estudos de pesquisa de dose usando uma técnica volumétrica
para quantificar o edema da perna, com a administração de Venoruton® por
períodos de 3 semanas a 3 meses, mostraram que o regime posológico ideal é:
Dose inicial:
saquetas (500 mg). l saqueta 2 vezes por dia
saquetas (1000 mg): l saqueta por dia
Esta dosagem deve ser mantida até alívio completo dos sintomas e do edema.
O que normalmente acontece dentro de 2 semanas.
Uma terapêutica de manutenção poderá ser seguida, com a mesma dosagem ou
no mínimo 500 mg diários.
Hemorróidas
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Ainda que não tenham sido realizados estudos de pesquisa da dose nesta
indicação, as dosagens usadas em ensaios clínicos são compatíveis com as
dosagens mencionadas para a insuficiência venosa crónica.
4.3 - Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes do
medicamento.
4.4 - Advertências e precauções especiais de utilização
Doentes com edemas nos membros inferiores por doenças cardíacas, renais ou
hepáticas não deverão usar Venoruton, porque o efeito do Venoruton não está
demonstrado nestas indicações.
4.5 - Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não foram referidas quaisquer interacções com outros fármacos. Verificou-se
O-(β-hidroxietil)
rutosídeos
não
interfere
anticoagulantes
varfarínicos.
4.6 - Gravidez e aleitamento
O Venoruton foi estudado em mulheres grávidas (22 ensaios clínicos num total
de 1431 grávidas). Nestes estudos não foram referidas anormalidades fetais
que pudessem ser atribuidas à toma do Venoruton.
Assim, ainda que não se tenha verificado qualquer anormalidade em estudos de
teratogenicidade, recomenda-se, de acordo com a prática clínica aceite, não
usar Venoruton nos três primeiros meses de gravidez.
Os vestígios encontrados no feto e no leite (em estudos animais) consideram-se
sem relevância clínica.
4.7- Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não relevante.
4.8 - Efeitos indesejáveis
O tipo e a frequência de reacções adversas, referidas nos ensaios clínicos não
foram significativamente diferentes das observadas nos doentes tratados com o
placebo.
Estas foram principalmente distúrbios gastro-intestinais (flatulência, diarreia, dor
e irritação gástrica), cefaleias, tonturas, cansaço, rashes cutâneos, rubor e
prurido, que desaparecem rapidamente com a interrupção do tratamento.
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4.9 - Sobredosagem
Não foram registados casos de sobredosagem.
5 - Propriedades farmacológicas
5.1 – Propriedades farmacodinâmicas
Grupo Farmacoterapêutico: 3.6 – Venotrópicos.
Código ATC: C05CA01
Os efeitos farmacodinâmicos dos HR, tem sido demonstrados em diferentes
estudos in vitro e in vivo.
A nível celular, a capacidade dos HR para proteger a parede vascular de
reacções oxidativas, provocadas pela actividade das celulas do sangue e sua
afinidade para o endotélio dos capilares e venulas pode ser mostrada.
Estudos em individuos saudáveis ou em doentes sofrendo de IVC, podem-se
demonstrar os seguintes efeitos farmacodinâmicos dos HR:
- redução da permeabilidade capilar
- reestabelecimento do refluxo veno-arteriolar
- aumento do tempo de enchimento venoso
aumento da tensão de oxigénio transcutâneo
Todos estes efeitos são compatíveis com o efeito primário dos HR no endotélio
microvascular, resultando numa diminuição do edema.
5.2 - Propriedades farmacocinéticas
A mistura padronizada de HR consta de mono-HR, di-HR, tri-HR e tetra-HR, que
diferem no número de substituintes hidroxietil.
Após administração oral de 14C-HR, são detectados picos plasmáticos após 2-9
horas. Os picos plasmáticos diminuem progressivamente até 40 horas, sendo
depois o declíneo muito lento. Esta observação e os resultados obtidos após
administração endovenosa, indicam que o HR pode ser distribuido nos tecidos
(especialmente no endotélio dos vasos), dos quais é progressiva e lentamente
libertado para a circulação.
A ligação às proteínas plasmáticas é de 27-29%.
A principal via metabólica dos HR, após administração oral, é O-glucuronidação
hepática. A via biliar de eliminação dos HR, e seus metabolitos glucuronados
foram confirmados no homem. Estudos com 14C-HR em animais de laboratório,
demonstraram que adicionalmente à clivagem da ligação glicosido dos HR por
glucuronidação occorre cisão do anel central dos mono-HR.
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O HR e seus metabólitos são excretados por via biliar e renal. A excreção via
renal está completa após 48 horas. O significado da semi-vida terminal do
principal constituinte do HR, o tri-HR, é 18,3 horas num intervalo de 13,5 a 25,7
horas.
Em animais de laboratório pode ser demonstrado que os HR não passa a
barreira hemato-encefálica. Após administração oral ou i.v., a passagem
transplacentar é mínima, tendo sido encontradas apenas vestígios nos fetos de
ratos e e ratinhos. Do mesmo modo, apenas foram encontradas vestigios no
leite de ratos em lactação.
5.3 – Dados de Segurança Pré-clínicaOs HR foram estudados para demonstrar
a segurança farmacológica, toxicidade dose-única, toxicidade dose repetida,
genotoxicidade, potencial oncogénico, toxicidade reprodutiva, bem como
tolerância local. Os dados pré-clínicos revelaram uma quase ausência de
propriedades toxicológicas clinicamente relevantes, e tolerabilidade favorável,
indicando um muito baixo risco toxicológico e não havendo especial risco para
os humanos.
Toxicidade dose-única
Em diferentes animais, foi testada a toxicidade aguda, o HR é bem tolerado até
mesmo com doses extremamente altas.
Uma DL50 após administração oral não pode ser determinada (>5000 mg/kg).
Nenhuns sinais de toxicidade foram observados mesmo com doses de 5000
mg/kg
A tolerância após administração endovenosa nos ratos e ratinhos foi boa acima
de 1000 mg/kg. Sinais de toxicidade foram apenas observados no rato e
consistiram em sintomas discretos e não específicos, tais como redução de
actividade, ataxia e dispneia.
A administração endovenosa de 5000 mg/kg, produziu resultados semelhantes
em cães.
Toxicidade dose-repetida
Nos estudos de toxicidade sub aguda em períodos de tempo superiores a 90
dias em ratos e 30 a 90 dias em cães não foram observados sinais e sintomas
tóxicos, especificos, relacionados com HR. Não foi encontrada organotoxicidade
especifica.
Em estudos de toxicidade crónica em ratos e ratinhos durante mais de 52
semanas não se observaram alterações patológicas nos ratinhos com doses de
5000 mg/kg/d atribuidas ao HR. Nos ratos submetidos à administração crónica
superior a 2700 mg/kg/d resultaram discretos e inespecíficos sinais de toxicidade
tais como redução da ingestão de alimentos, diminuição do peso e discreta
diminuição do hematócrito e hemoglobina com doses acima de 900 mg/kg que
foram considerados serem consequência do volume de altas doses.
Mesmo com doses mais elevadas, não houve evidência de toxicidade sistémica.
Não foi observada organotoxicidade.
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Toxicidade Reprodutiva
Os resultados obtidos em ensaios clínicos recentes na toxicidade reprodutiva em
ratos e coelhos, demonstraram não haver efeitos dos HR na fertilidade, no
desenvolvimento embrionário e fetal, nem na fase peri e post-natal do ciclo
reprodutivo.
Não houve efeito na capacidade reprodutora ou no comportamento progénico
dos ratos tratados com HR.
Potencial mutagénico
O potencial mutagénico dos HR foi particularmente investigado em testes in
vitro: Teste de Ame, Teste de mutação específica do Locus, Teste de aberração
cromossómica, Teste da transformação celular e em ensaios in vivo (teste
micronúcleos).
Não houve indicação de alterações mutagénicas ou de transformação celular
com os HR.
Potencial Carcinogénico /Oncogénico
Estudos sobre as propriedades de oncogenicidade/carcinogenicidade dos HR
não foram efectuados.
Todavia estudos dos HR no potencial genotóxico demonstraram não haver efeito
na transformação celular ou na mutagenicidade. Elém de que ensaios com
roedores em tratamento crónico durante mais de 52 semanas não revelaram
indicação de actividades hiperplásica, displásica, degenerativa ou neoplásica.
Toxicidade Local
De acordo com os resultados de sensibilização nos “guinea pigs” (porquinhos da
Índia) não se demonstrou actividade sensibilizante ou mutante com os HR.
6 - Informação farmacêutica
6.1 - Lista dos excipientes
Manitol, sacarina sódica, aroma de laranja
6.2- Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 - Prazo de validade
3 anos
6.4 - Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
- Natureza e conteúdo do recipiente
Saquetas de 14, 28, 30 e 60 unidades formadas por um complexo de papel,
aluminio e polietileno
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Saquetas formadas por um complexo de papel, poliester com óxido de silicio e
polietileno
6.6 -
Precauções especiais de conservação
Não aplicável.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Novartis Consumer Health – Produtos Farmacêuticos e Nutrição, Lda.
Avenida Poeta Mistral, nº2, 2º
1069-172 Lisboa
NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 2800480 – pó para solução oral, 500 mg, 28 saquetas com sabor
a laranja
Nº de registo: 2800589 – pó para solução oral, 500 mg, 60 saquetas com sabor
a laranja
Nº de registo: 2800688 – pó para solução oral, 1000 mg, 14 saquetas com sabor
a laranja
Nº de registo: 2800787 – pó para solução oral, 1000 mg 30 saquetas com sabor
a laranja
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 5 Novembro 1998
Data da última renovação: 05 Novembro de 2003
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DATA DA REVISÃO DO TEXTO