Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
23-04-2012
19-08-2010
APROVADO EM
23-04-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Tubernax 75 mg cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Tubernax 150 mg cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina
Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Venlafaxina Tubernax e para que é utilizada
2. Antes de tomar Venlafaxina Tubernax
3. Como tomar Venlafaxina Tubernax
4. Efeitos secundários possíveis de Venlafaxina Tubernax
5. Como conservar Venlafaxina Tubernax
6. Outras informações
1. O QUE É VENLAFAXINA TUBERNAX E PARA QUE É UTILIZADA
Venlafaxina Tubernax é um medicamento antidepressivo que pertence a uma classe
de medicamentos designados por inibidores da recaptação da serotonina e
norepinefrina (IRSNs). Esta classe de medicamentos é utilizada para tratar a
depressão e outras doenças tais como as perturbações de ansiedade. Pensa-se que as
pessoas deprimidas e/ou ansiosas possuem níveis baixos de serotonina e noradrenalina
no cérebro. Não se sabe ainda completamente como atuam os antidepressivos, mas
estes podem ajudar a tratar estes doentes através do aumento dos níveis de serotonina
e de noradrenalina no cérebro.
Venlafaxina Tubernax está indicado para o tratamento de adultos com depressão.
Venlafaxina Tubernax está também indicado para o tratamento de adultos com as
perturbações de ansiedade seguintes: perturbação de ansiedade generalizada,
perturbação de ansiedade social (medo ou comportamentos de fuga de situações
sociais) e perturbação de pânico (ataques de pânico). O tratamento adequado da
depressão e das perturbações de ansiedade é importante para que se sinta melhor. Se
não tratar esta doença, esta pode não desaparecer e pode tornar-se mais grave e mais
difícil de tratar.
2. ANTES DE TOMAR VENLAFAXINA TUBERNAX
Não tome Venlafaxina Tubernax:
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Se tem alergia à venlafaxina ou a qualquer outro componente de Venlafaxina
Tubernax.
Se está também a tomar, ou tomou nos últimos 14 dias, quaisquer medicamentos
conhecidos como inibidores da monoamina-oxidase irreversíveis (IMAOs), utilizados
para tratar a depressão ou a doença de Parkinson. Tomar um IMAO irreversível com
outros medicamentos, incluíndo Venlafaxina Tubernax, pode causar efeitos
secundários graves ou mesmo que podem colocar a vida em perigo. De igual modo,
deve esperar pelo menos 7 dias após a interrupção de Venlafaxina Tubernax antes de
tomar qualquer medicação contendo IMAO (ver também as secções “Sindrome
serotoninérgica” e “Ao tomar Venlafaxina Tubernax com outros medicamentos”).
Tome especial cuidado com Venlafaxina Tubernax:
Se está a tomar outros medicamentos que, tomados ao mesmo tempo que Venlafaxina
Tubernax, podem aumentar o risco de desenvolver a síndrome serotoninérgica (ver a
secção “Ao tomar Venlafaxina Tubernax com outros medicamentos”).
Se tem problemas de olhos, nomeadamente certos tipos de glaucoma (tensão
intraocular aumentada).
Se tem antecedentes de tensão arterial elevada.
Se tem antecedentes de problemas de coração.
Se tem antecedentes de síncopes (convulsões).
Se tem antecedentes de níveis baixos de sódio no sangue (hiponatremia).
Se tem tendência para ter nódoas negras ou para ter facilmente hemorragias
(antecedentes de perturbações hemorrágicas), ou se está a tomar medicamentos que
possam aumentar o risco de hemorragia.
Se os seus níveis de colesterol aumentarem.
Se tem antecedentes ou se tem familiares com antecedentes de mania ou doença
bipolar (sentimento de sobre-excitação ou euforia).
Se tem antecedentes de comportamento agressivo.
Venlafaxina Tubernax pode causar uma sensação de agitação ou incapacidade de se
sentar ou de permanecer em repouso. Se isto lhe acontecer deverá informar o seu
médico.
Se qualquer destas situações lhe for aplicável, deve falar com o seu médico antes de
tomar Venlafaxina Tubernax.
Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
distúrbio de ansiedade
Se se encontra deprimido e/ou tem distúrbios de ansiedade poderá por vezes pensar
em se auto-agredir ou até suicidar. Estes pensamentos podem aumentar no início do
tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos necessitam de tempo para
atuarem. Normalmente os efeitos terapêuticos demoram cerca de duas semanas a
fazerem-se sentir mas por vezes pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes situações:
Se tem antecedentes de ter pensamentos acerca de se suicidar ou se autoagredir.
Se é um jovem adulto. A informação proveniente de estudos clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em adultos jovens (com menos de 25 anos)
com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
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Se em qualquer momento vier a ter pensamentos no sentido de autoagressão ou
suicídio deverá contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si comunicar a uma pessoa próxima de si ou a um familiar que se
encontra deprimido ou que tem distúrbios de ansiedade e dar-lhes este folheto a ler.
Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento do
seu estado de depressão ou ansiedade, ou se ficarem preocupados com alterações no
seu comportamento.
Boca seca
Foi notificada boca seca em 10% dos doentes tratados com venlafaxina. Esta pode
aumentar o risco de cáries. Portanto, deve tomar cuidados especiais com a higiene
dentária.
Diabetes
Os níveis de glicose no sangue podem ser alterados devido Á Venlafaxina Tubernax.
consequentemente, a dose dos seus medicamentos para a diabetes podem ter de ser
ajustada.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
Venlafaxina Tubernax não deve normalmente ser utilizado por crianças e adolescentes
com idade inferior a 18 anos. Importa igualmente assinalar que os doentes com idade
inferior a 18 anos correm maior risco de sofrerem efeitos secundários tais como,
tentativa de suicídio, ideação suicida e hostilidade (predominantemente agressividade,
comportamento de oposição e cólera) quando tomam medicamentos desta classe.
Apesar disso, o médico poderá prescrever Venlafaxina Tubernax para doentes com
idade inferior a 18 anos quando decida que tal é necessário. Se o seu médico
prescreveu Venlafaxina Tubernax para um doente com menos de 18 anos e gostaria de
discutir esta questão, queira voltar a contactá-lo. Deverá informar o seu médico se
algum dos sintomas acima mencionados se desenvolver ou piorar quando doentes com
menos de 18 anos estejam a tomar Venlafaxina Tubernax. Assinala-se igualmente que
não foram ainda demonstrados os efeitos de segurança a longo prazo no que respeita
ao crescimento, à maturação e ao desenvolvimento cognitivo e comportamental de
Venlafaxina Tubernax neste grupo etário.
Ao tomar Venlafaxina Tubernax com outros medicamentos
Por favor, informe o seu médico ou farmacêutico se está a tomar ou tomou
recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem
receita médica.
O seu médico deverá decidir se pode tomar Venlafaxina Tubernax com outros
medicamentos.
Não comece nem pare de tomar quaisquer medicamentos, incluindo os medicamentos
obtidos sem receita médica, e os medicamentos naturais ou à base de plantas, antes de
falar com o seu médico ou farmacêutico.
Inibidores da monoamina-oxidase (IMAOs: ver a secção “Antes de tomar Venlafaxina
Tubernax”)
Síndrome serotoninérgica:
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A síndrome serotoninérgica, uma condição que pode, potencialmente, colocar a vida
em perigo (ver a secção ”Efeitos secundários possíveis”), pode ocorrer com o
tratamento com venlafaxina, em particular quando tomado juntamente com outros
medicamentos. Exemplos destes medicamentos incluem:
Triptanos (utilizados para enxaquecas)
Medicamentos para tratar a depressão, como por exemplo IRSN, ISRSs, tricíclicos, ou
medicamentos contendo lítio
Medicamentos contendo linezolida, um antibiótico (usado para tratar infeções)
Medicamentos contendo moclobemida, um IMAO reversível (usado para tratar a
depressão)
Medicamentos contendo sibutramina (usado para perder peso)
Medicamentos contendo tramadol (um medicamento para a dor)
Produtos contendo hipericão (também designado como Hypericum perforatum, um
medicamento natural ou à base de plantas utilizado para tratar a depressão ligeira)
Produtos contendo triptofano (utilizado para problemas tais como distúrbios de sono e
depressão)
Os sinais e sintomas da síndrome serotoninérgica podem incluir combinações de
efeitos, tais como: agitação, alucinações, descoordenação, ritmo cardíaco acelerado,
aumento da temperatura corporal, alterações rápidas da tensão arterial, reflexos muito
reativos, diarreia, coma, náuseas, vómitos. Se pensa que pode estar a sofrer uma
síndrome serotoninérgica deve procurar imediatamente cuidados médicos.
Os medicamentos seguintes podem também interagir com Venlafaxina Tubernax e
devem ser usados com precaução. É muito importante informar o seu médico ou
farmacêtico no caso de estar a tomar medicamentos que contêm:
Cetoconazole (um medicamento antifúngico)
Haloperidol ou risperidona (para tratar problemas psiquiátricos)
Metoprolol (um bloqueador beta para tratar problemas de tensão arterial elevada e de
coração).
Ao tomar Venlafaxina Tubernax com alimentos e bebidas
Venlafaxina Tubernax deve ser tomado com alimentos (ver a secção 3 “Como tomar
Venlafaxina Tubernax”).
Deve evitar tomar bebidas alcoólicas enquanto estiver a tomar Venlafaxina Tubernax.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida ou pensa engravidar, informe o seu médico. Deverá tomar
Venlafaxina Tubernax apenas depois de discutir com o seu médico os benefícios
potenciais e os riscos potenciais para a criança por nascer.
Verifique se o seu obstetra e / ou médico sabe que está a tomar Venlafaxina
Tubernax. Quando tomado durante a gravidez, medicamentos similares (SSRIs)
podem aumentar o risco de uma doença grave nos bebés, denominada hipertensão
pulmonar persistente do recém-nascido (HPP), fazendo o bebé respirar de forma mais
rápida e parecer azulado. Estes sintomas geralmente começam durante as primeiras 24
horas após o nascimento do bebé. Se isso acontecer com o seu bebé deve contactar o
pessoal de enfermagem e / ou médico imediatamente.
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Se está a tomar Venlafaxina Tubernax durante a gravidez, o seu bebé pode apresentar
outros sintomas após o parto, como dificuldades na alimentação adicionalmente aos
problemas com a respiração. Se o seu bebé apresenta estes sintomas depois do
nascimento e se está preocupada, deverá aconselhar-se com o seu médico e/ou
pessoal de enfermagem.
Venlafaxina Tubernax passa para o leite materno. Existe um risco de poder afetar o
bebé. Assim, deverá discutir o assunto com o seu médico que optará por descontinuar
a amamentação ou o tratamento com Venlafaxina Tubernax.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza ou utilize quaisquer instrumentos ou máquinas até se certificar se
Venlafaxina Tubernax afeta as suas capacidades.
3. COMO TOMAR VENLAFAXINA TUBERNAX
Tome sempre Venlafaxina Tubernax de acordo com as indicações do médico. Fale
com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose inicial habitualmente recomendada para o tratamento da depressão, da
perturbação de ansiedade generalizada e da perturbação de ansiedade social é de 75
mg uma vez por dia. A dose pode ser aumentada gradualmente, pelo seu médico e se
necessário, pode atingir uma dose máxima de 375 mg por dia no caso de depressão.
Se está a receber tratamento para perturbação de pânico, o seu médico receitará uma
dose inicial mais baixa (37.5 mg,) e de seguida aumentará gradualmente a dose. A
dose máxima para a perturbação de ansiedade generalizada, a perturbação de
ansiedade social e a perturbação de pânico é de 225 mg/dia.
Tome Venlafaxina Tubernax aproximadamente à mesma hora do dia, de manhã ou à
noite. As cápsulas devem ser engolidas inteiras com um líquido, e não deve abrir,
esmagar, mastigar ou dissolver as cápsulas.
Venlafaxina Tubernax deve ser tomado com alimentos.
Se sofre de problemas de fígado ou de rim, fale com o seu médico, uma vez que a
dose de Venlafaxina Tubernax poderá ter de ser ajustada.
Não interrompa o tratamento com Venlafaxina Tubernax sem falar com o seu médico
(ver a secção “Se parar de tomar Venlafaxina Tubernax”)
Se tomar mais Venlafaxina Tubernax do que deveria
Caso tenha tomado uma quantidade de Venlafaxina Tubernax mais elevada do que a
receitada pelo seu médico, deverá contactar imediatamente o seu médico ou
farmacêutico
Os sintomas de uma possível sobredosagem podem incluir ritmo cardíaco acelerado,
alterações do nível de alerta (desde a sonolência ao coma), visão enevoada,
convulsões ou desmaios, e vómitos.
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Caso se tenha esquecido de tomar Venlafaxina Tubernax
Se se esqueceu de tomar uma dose, tome essa dose logo que se lembrar. Contudo, se
já for altura de tomar a dose seguinte, não tome a dose esquecida e tome apenas uma
dose como normalmente. Não tome mais do que a quantidade de Venlafaxina
Tubernax diária que lhe foi receitada num dia.
Se parar de tomar Venlafaxina Tubernax
Não interrompa o tratamento nem reduza a dose sem o conselho do seu médico
mesmo que se sinta melhor. Se o seu médico pensa que não necessita de continuar a
tomar Venlafaxina Tubernax, poderá pedir-lhe para reduzir a dose lentamente antes de
parar o tratamento. Podem ocorrer efeitos secundários nos indivíduos que param de
tomar Venlafaxina Tubernax, especialmente quando o tratamento com Venlafaxina
Tubernax é interrompido subitamente ou a dose é reduzida demasiado rapidamente.
Algumas pessoas podem sentir sintomas tais como fadiga, tonturas, vertigens, dores
de cabeça, perturbações do sono, pesadelos, secura de boca, perda de apetite, náuseas,
diarreia, nervosismo, agitação, confusão, zumbidos nos ouvidos, sensação de
formigueiro ou raramente de choque eléctico, fraqueza, sudação, convulsões ou
sintomas gripais.
O seu médico aconselhá-lo-á sobre o modo de descontinuar gradualmente o
tratamento com Venlafaxina Tubernax. No caso de sentir algum destes ou outros
sintomas que o deixem preocupado, peça aconselhamento adicional ao seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Tal como todos os medicamentos, Venlafaxina Tubernax pode causar efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Não se preocupe se vir pequenos grânulos brancos ou bolas brancas nas fezes depois
de tomar Venlafaxina Tubernax. Dentro das cápsulas de Venlafaxina Tubernax
existem umas pequenas esferas ou pequenas bolas brancas que contêm a substância
ativa venlafaxina. Estas esferas são libertadas a partir da cápsula no seu trato
gastrointestinal. Uma vez que estas esferas viajam ao longo de todo o trato
gastrointestinal, a venlafaxina é libertada lentamente. A “concha” esférica permanece
não dissolvida e é eliminada nas suas fezes. Assim, mesmo que observe as pequenas
esferas nas fezes, a sua dose de venlafaxina foi absorvida.
Reações Alérgicas
No caso de sentir qualquer dos efeitos seguintes, não continue a tomar Venlafaxina
Tubernax. Contacte imediatamente o seu médico ou dirija-se às urgências do hospital
mais próximo:
Aperto no peito, respiração ruidosa, dificuldade em engolir ou respirar.
Inchaço da face, garganta, mãos ou pés.
Sensação de nervosismo ou ansiedade, tonturas, palpitações, súbito rubor da pele
e/ou sensação de calor.
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Erupção cutânea grave, comichão, ou urticária (manchas elevadas de pele de cor
vermelha ou pálida, frequentemente acompanhadas de comichão).
Efeitos secundários graves
Poderá necessitar urgentemente de cuidados médicos, no caso de sentir qualquer dos
sinais seguintes:
Problemas de coração, tais como ritmo cardíaco acelerado ou irregular, aumento da
tensão arterial.
Problemas dos olhos, tais como visão enevoada e pupilas dilatadas.
Problemas de nervos, tais como tonturas, sensação de picadas, perturbações dos
movimentos, convulsões ou desmaios.
Problemas psiquiátricos, tais como hiperatividade e euforia.
Interrupção do tratamento (ver a secção “Como utilizar Venlafaxina Tubernax”, “Se
parar de tomar Venlafaxina Tubernax”).
Lista completa de efeitos secundários
A frequência (probabilidade de ocorrência) dos efeitos secundários é classificada da
seguinte forma:
Muito frequentes
Afeta mais do que 1 utilizador em 10
Frequentes
Afeta 1 a 10 utilizadores em 100
Pouco frequentes
Afeta 1 a 10 utilizadores em 1.000
Raros
Afeta 1 a 10 utilizadores em 10.000
Desconhecido
A frequência não pode ser calculada a partir dos dados
disponíveis
Doenças do sangue
Pouco frequentes: nódoas negras; fezes cor de carvão ou sangue nas fezes, o que pode
ser sinal de hemorragia interna
Frequência desconhecida: número reduzido de “plaquetas” no sangue, conducente a
um risco aumentado de hematomas e hemorragias; problemas de sangue que podem
aumentar o risco de infeção
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes: perda de peso; aumento do colesterol
Pouco frequentes: ganho de peso
Frequência desconhecida: alterações ligeiras dos resultados dos testes das enzimas do
fígado no sangue; diminuição dos níveis de sódio no sangue; comichão, olhos ou pele
amarelados, urina escura ou sintomas gripais, que podem ser sintomas de inflamação
do fígado (hepatite); confusão, toma excessiva de água (conhecida como síndrome da
secreção inadequada de hormona antidiurética - SIADH); produção anómala de leite
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes: boca seca; dores de cabeça
Frequentes: sonhos anómalos; diminuição da líbido; tonturas; aumento do tónus
muscular; insónia; nervosismo; sensação de formigueiro; sedação, tremores, confusão;
sentimento de estar separado de si mesmo e do ambiente
Pouco frequentes: falta de sentimentos ou emoções; alucinações; movimentos
involuntários dos músculos; agitação; deficiente coordenação e equilíbrio
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Raros: sensação de agitação ou necessidade de movimento ou incapacidade de se
sentar ou de permanecer em repouso; convulsões e desmaios; sentimento de sobre-
excitação ou euforia Frequência desconhecida: uma elevação da temperatura e rigidez
muscular, confusão ou agitação e sudação, ou movimentos musculares espasmódicos
ou irregulares que não podem ser controlados, podem ser sintomas de um problema
grave conhecido como síndrome neuroléptica maligna; sentimentos de euforia,
sonolência, movimentos continuados e rápidos dos olhos, movimentos desajeitados,
agitação, sensação de estar embriagado, sudação e rigidez muscular, que são sintomas
de síndrome serotoninérgica; desorientação e confusão frequentemente acompanhadas
de alucinações (delírio); rigidez, espasmos e movimentos involuntários dos músculos;
pensamentos / comportamento suicida, vertigens, agressividade.
Doenças da visão e dos ouvidos
Frequentes: visão enevoada
Pouco frequentes: alteração do paladar, zumbidos nos ouvidos (acufeno)
Frequência desconhecida: dor grave nos olhos e visão diminuída ou enevoada
Doenças do coração e circulação
Frequentes: aumento da tensão arterial; rubor, palpitações
Pouco frequentes: sentir tonturas (em particular, quando se levanta demasiado
depressa), desmaios, ritmo cardíaco rápido
Frequência desconhecida: diminuição da tensão arterial, ritmo cardíaco anómalo,
rápido ou irregular, que pode levar a desmaios.
Doenças respiratórias
Frequentes: bocejos
Frequência desconhecida: tosse, respiração ruidosa, falta de ar e temperatura elevada
que são sintomas de inflamação dos pulmões associada a aumento de glóbulos
brancos no sangue (eosinofilia pulmonar)
Doenças digestivas
Muito frequentes: náuseas
Frequentes: diminuição do apetite; obstipação; vómitos
Pouco frequentes: ranger dos dentes; diarreia
Frequência desconhecida: dores abdominais ou das costas graves (podendo ser
indicativas de problemas graves do intestino, fígado ou pâncreas)
Doenças da pele
Muito frequentes: sudação (incluindo suores noturnos)
Pouco frequentes: erupção cutânea, perda de cabelo anómala
Frequência desconhecida: eritema da pele conducente a uma reação grave de
formação de bolhas e de perda de pele; comichão, erupção cutânea ligeira
Doenças musculares
Frequência desconhecida: dor muscular inexplicável, diminuição do tónus muscular
ou fraqueza (rabdomiólise)
Doenças do sistema urinário
Frequentes: dificuldade em urinar; aumento da frequência da micção
Pouco frequentes:incapacidade de urinar
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Raros: Incapacidade em controlar o ato de urinar
Doenças dos órgãos genitais e sexuais
Frequentes: alterações da ejaculação/orgasmo (homens); ausência de orgasmo;
disfunção eréctil (impotência); irregularidades menstruais associadas a aumento da
hemorragia ou hemorragia aumentada e irregular
Pouco frequentes: alterações do orgasmo (mulheres)
Gerais
Frequentes: fadiga (astenia); calafrios
Pouco frequentes: inchaço geral da pele, especialmente face, boca, língua, área da
garganta, ou mãos e pés e / ou pode estar presente a ocorrência de erupção com
comichão (urticária) sensibilidade à luz do sol
Frequência desconhecida:inchaço da face ou da língua, falta de ar ou dificuldade em
respirar, frequentemente acompanhado de erupção cutânea (pode ser uma reação
alérgica grave)
Venlafaxina Tubernax pode causar efeitos indesejáveis de que não se dá conta, tais
como aumentos da tensão arterial ou ritmo cardíaco anómalo; alterações ligeiras nos
níveis sanguíneos das enzimas do fígado, sódio ou colesterol. Mais raramente,
Venlafaxina Tubernax pode diminuir a função das plaquetas no sangue, levando a um
aumento do risco de hematomas e hemorragias. Assim, o seu médico poderá pedir
para fazer, ocasionalmente, análises de sangue, em particular se está a fazer
tratamento com Venlafaxina Tubernax durante um período prolongado.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR VENLAFAXINA TUBERNAX
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Venlafaxina Tubernax após o prazo de validade impresso na cartonagem,
no blister ou no frasco após “VAL”.. O prazo de validade corresponde ao último dia
do mês indicado. Utilize todas as cápsulas no prazo de 2 meses após abertura do
frasco.
Não conservar acima de 30ºC
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Venlafaxina Tubernax
A substância ativa é a venlafaxina.
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Venlafaxina Tubernax 37,5 mg cápsulas de libertação prolongada
Cada cápsula de libertação prolongada contém 37,5 mg de venlafaxina (na forma de
cloridrato de venlafaxina).
Venlafaxina Tubernax 75 mg cápsulas de libertação prolongada
Cada cápsula de libertação prolongada contém 75 mg de venlafaxina (na forma de
cloridrato de venlafaxina).
Venlafaxina Tubernax 150 mg cápsulas de libertação prolongada
Cada cápsula de libertação prolongada contém 150 mg de venlafaxina (na forma de
cloridrato de venlafaxina).
Os outros componentes são:
Conteúdo da cápsula:
Celulose microcristalina, hipromelose, álcool cetostearílico, copolímero de
etilacrilato- metil metacrilato, nonoxinol, macrogol, talco.
Invólucro da cápsula:
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg cápsulas de libertação prolongada
Gelatina, óxido de ferro negro (E172), dióxido de titânio (E171).
Venlafaxina Tubernax 75 mg cápsulas de libertação prolongada
Gelatina, óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro amarelo (E172), dióxido de
titânio (E171).
Venlafaxina Tubernax 150 mg cápsulas de libertação prolongada
Gelatina, óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro amarelo (E172), dióxido de
titânio (E171).
Qual o aspeto de Venlafaxina Tubernax e conteúdo da embalagem?
Cápsulas de libertação prolongada.
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg cápsulas de libertação prolongada são cápsulas de
gelatina dura de cor cinzento claro contendo pellets brancos a esbranquiçados.
Venlafaxina Tubernax 75 mg cápsulas de libertação prolongada são cápsulas de
gelatina dura de cor rosa claro contendo pellets brancos a esbranquiçados.:
Venlafaxina Tubernax 150 mg cápsulas de libertação prolongada são cápsulas de
gelatina dura de cor vermelho acastanhado contendo pellets brancos a esbranquiçados.
Venlafaxina Tubernax está disponível em:
Blisters (PVC/PVDC//Alumínio). Embalagens de 7, 10, 12, 14, 20, 28, 30, 50, 56, 60,
98, 100 e 100x1 cápsulas de libertação prolongada.
Frasco (HDPE) com tampa (PP). Embalagens de 60, 100, 250 e 500 cápsulas de
libertação prolongada.
É possível que não se encontrem comercializadas todas as apresentações.
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Sandoz Farmacêutica Lda.
Alameda da Beloura, Edifício 1
2º andar – Escritório 15
2710-693 Sintra
Fabricantes
Lek Pharmaceuticals d.d.,
Verovskova 57 1526 Ljubljana, Eslovénia
Salutas Pharma GmbH
Otto-von-Guericke-Allee, 1 39179 Barleben , Alemanha
Salutas Pharma GmbH,
Dieselstrasse, 5 708390 Gerlingen, Alemanha
Sandoz GmbH,
Biochemiestrasse, 10 6250 Kundl, Áustria
Lek Pharmaceuticals d.d.
Trimlini 2D 9220 Lendava, Eslovénia
S.C. Sandoz S.R.L.
Str. Livezeni nr. 7A, 540472 Targu-Mures, Roménia
Este medicamento está autorizado nos Estados Membros da UE com os seguintes
nomes:
Áustria
Venlafaxin Sandoz retard 37,5 mg – Kapseln
Venlafaxin Sandoz retard 75 mg – Kapseln
Venlafaxin Sandoz retard 150 mg – Kapseln
Bélgica
Venlasand 37,5 mg capsules met verlengde afgifte, hard
Venlasand 75 mg capsules met verlengde afgifte, hard
Venlasand 150 mg capsules met verlengde afgifte, hard
Bulgária
Efexiva (apenas 75 e 150 mg)
Dinamarca
Venlafaxin Sandoz
Finlândia
Venlafaxin Sandoz
Grécia
Voxafen (apenas 75 e 150 mg)
Hungria
VENTADEPRESS 75 mg retard kapszula
VENTADEPRESS 150 mg retard kapszula
Itália
VENLAFAXINA SANDOZ 75 mg capsule rigide a rilascio
prolungato
VENLAFAXINA SANDOZ 150 mg capsule rigide a rilascio
prolungato
Holanda
Venlafaxine Sandoz retard 37,5 mg, capsules met verlengde
afgifte
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Venlafaxine Sandoz retard 75 mg, capsules met verlengde
afgifte
Venlafaxine Sandoz retard 150 mg, capsules met verlengde
afgifte
Noruega
Venlafaxin Sandoz
Polónia
Efexiva
Portugal
Venlafaxina Tubernax
Espanha
Venlafaxina Retard Sandoz 75 mg cápsulas duras de liberación
prolongada EFG
Venlafaxina Retard Sandoz 150 mg cápsulas duras de
liberación prolongada EFG
Suécia
Venlafaxin Sandoz
Reino Unido
Bonilux XL 75 mg Prolonged-release Capsules
Bonilux XL 150 mg Prolonged-release Capsules
Este Folheto foi aprovado em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg Cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Tubernax 75 mg Cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Tubernax 150 mg Cápsulas de libertação prolongada
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg Cápsulas de libertação prolongada: cada cápsula de libertação
prolongada contém 37,5 mg de venlafaxina (sob a forma de cloridrato de venlafaxina).
Venlafaxina Tubernax 75 mg Cápsulas de libertação prolongada: cada cápsula de libertação
prolongada contém 75 mg de venlafaxina (sob a forma de cloridrato de venlafaxina).
Venlafaxina Tubernax 150 mg Cápsulas de libertação prolongada: cada cápsula de libertação
prolongada contém 150 mg de venlafaxina (sob a forma de cloridrato de venlafaxina).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsulas de libertação prolongada.
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg Cápsulas de libertação prolongada: cápsulas de gelatina dura
de cor cinzenta clara contendo pellets brancos a esbranquiçados.
Venlafaxina Tubernax 75 mg Cápsulas de libertação prolongada: cápsulas de gelatina dura de
cor rosa clara contendo pellets brancos a esbranquiçados.
Venlafaxina Tubernax 150 mg Cápsulas de libertação prolongada: cápsulas de gelatina dura
de cor vermelha acastanhada contendo pellets brancos a esbranquiçados.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de episódios depressivos major.
Prevenção da recorrência de episódios depressivos major.
Tratamento da perturbação de ansiedade generalizada.
Tratamento da perturbação de ansiedade social.
Tratamento da perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
4.2 Posologia e modo de administração
Episódios depressivos major
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
A dose inicial recomendada de venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg
administrados uma vez por dia. Os doentes que não respondam a uma dose inicial de 75
mg/dia poderão beneficiar de aumentos da dose até uma dose máxima de 375 mg/dia. Os
aumentos da dose podem ser efectuados com intervalos de 2 semanas ou mais. Se justificado
clinicamente pela gravidade dos sintomas, os aumentos das doses podem ser efectuados com
intervalos mais frequentes, mas nunca inferiores a 4 dias.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da dose
devem ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose
efectiva mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente, geralmente
durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado periodicamente, caso a caso.
Pode ser apropriado o tratamento prolongado para a prevenção da recorrência de episódios
depressivos major (EDM). Na maioria dos casos, a dose recomendada na prevenção de EDM
é idêntica à utilizada para tratar o episódio actual.
Deve continuar-se a utilização de medicamentos antidepressivos pelo menos seis meses após a
remissão.
Perturbação de ansiedade generalizada
A dose inicial recomendada de venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg,
administrados uma vez por dia. Os doentes que não respondam a uma dose inicial de 75
mg/dia poderão beneficiar de aumentos da dose até uma dose máxima de 225 mg/dia. Os
aumentos da dose podem ser efectuados com intervalos de aproximadamente 2 semanas ou
mais.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da dose
devem ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose
efectiva mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente, geralmente
durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado, periodicamente, caso a caso.
Perturbação de ansiedade social
A dose inicial recomendada de venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg,
administrados uma vez por dia. Não existe evidência de que doses mais elevadas possam
conferir um benefício adicional. Contudo, se o doente individualmente não responder a uma
dose inicial de 75 mg/dia, poderão considerar-se aumentos da dose até uma dose máxima de
225 mg/dia. Os aumentos da dose podem ser efectuados com intervalos de aproximadamente
2 semanas ou mais.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da dose
devem ser feitos apenas após a avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose
efectiva mais baixa. Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo
suficiente, geralmente durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado,
periodicamente, caso a caso.
Perturbação de pânico
Recomenda-se a utilização de uma dose de 37.5 mg/dia de venlafaxina de libertação
prolongada durante 7 dias. A dose deve então ser aumentada para 75 mg/dia. Os doentes que
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
não respondam a uma dose de 75 mg/dia podem beneficiar de aumentos da dose até 225
mg/dia. Os aumentos da dose podem ser efectuados com intervalos de 2 semanas ou mais.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da dose
devem ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser mantida a dose
efectiva mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente, geralmente
durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado, periodicamente, caso a caso.
Utilização em doentes idosos
Com base apenas na idade não se consideram necessárias alterações específicas da posologia
habitual de venlafaxina. Contudo, recomenda-se precaução no tratamento dos idosos (por
exemplo, devido à possibilidade de compromisso renal e de alterações potenciais da
sensibilidade e afinidade da neurotransmissão que ocorrem com o envelhecimento). Deve
utilizar-se sempre a dose efectiva mais baixa e os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados quando for necessário efectuar um aumento da dose.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
Não se recomenda a utilização de venlafaxina em crianças e adolescentes.
Os estudos clínicos controlados realizados em crianças e adolescentes com perturbações
depressivas major não demonstraram eficácia e os resultados não suportam a utilização de
venlafaxina nestes doentes (ver secções 4.4 e 4.8).
Não foi estabelecida a eficácia e a segurança de venlafaxina noutras indicações em crianças e
adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Utilização em doentes com compromisso hepático
Nos doentes com compromisso hepático ligeiro e moderado deve, em geral considerar-se uma
redução da dose de venlafaxina de 50%. Contudo, dada a variabilidade inter-individual
observada na depuração, é desejável a individualização da dose.
Os dados de doentes com compromisso hepático grave são limitados. Recomenda-se
precaução e deve considerar-se uma redução da dose de 50% ou mais. Deve avaliar-se o
benefício potencial em relação com o risco do tratamento de doentes com compromisso
hepático grave.
Utilização em doentes com compromisso renal
Recomenda-se precaução na utilização em doentes com uma taxa de filtração glomerular
(TFG) entre 30 e 70 ml/min, apesar de não ser necessário proceder a uma alteração da
posologia. Nos doentes que requerem hemodiálise e em doentes com compromisso renal
grave (TFG<30 ml/min), a dose deve ser reduzida de 50%. Dada a variabilidade inter-
individual na depuração nestes doentes, é desejável a individualização da dose.
Reacções de privação observadas na descontinuação do tratamento com venlafaxina
A descontinuação abrupta do tratamento deve ser evitada. Quando o tratamento com
venlafaxina for descontinuado a dose deve ser gradualmente diminuída durante um período de
pelo menos uma a duas semanas, de forma a reduzir o risco de reacções de privação (ver
secções 4.4 e 4.8). Se no decurso de uma diminuição da dose, ou da descontinuação do
tratamento, ocorrerem sintomas intoleráveis deverá ser avaliada a necessidade de retomar a
dose anteriormente prescrita. Subsequentemente, o médico poderá continuar com a redução da
dose, mas de forma mais gradual.
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Para via oral.
Recomenda-se que a venlafaxina, cápsulas de libertação prolongada, seja tomada com
alimentos, aproximadamente à mesma hora todos os dias. As cápsulas devem ser ingeridas
inteiras com um líquido e não devem ser divididas, esmagadas, mastigadas ou dissolvidas.
Os doentes que estejam a tomar venlafaxina, comprimidos de libertação imediata, podem
alterar a terapêutica para venlafaxina, cápsulas de libertação prolongada, com uma dose diária
equivalente mais próxima. Por exemplo, pode substituir-se venlafaxina comprimidos de
libertação imediata a 37,5 mg duas vezes por dia por cápsulas de libertação prolongada a 75
mg uma vez por dia. Pode ser necessário efectuar ajustes individuais da dose.
As cápsulas de libertação prolongada de venlafaxina contêm esferóides que libertam
lentamente o fármaco no tracto digestivo. A porção insolúvel destes esferóides é eliminada e
pode observar-se nas fezes.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
Está contra-indicada a utilização concomitante com inibidores da monoamina-oxidase
(IMAO) irreversíveis, devido ao risco de síndrome serotoninérgica com sintomas tais como
agitação, tremores e hipertermia. O tratamento com venlafaxina só pode iniciar-se decorridos
pelo menos 14 dias após a interrupção do tratamento com um IMAO irreversível.
Após a interrupção do tratamento com a venlafaxina devem aguardar-se no mínimo 7 dias
antes de se iniciar um IMAO irreversível (ver secções 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Suicídio/ideação suicida ou agravamento da situação clínica
A depressão está associada ao aumento do risco de ideação suicida, auto-agressividade e
suicídio (pensamentos/comportamentos relacionados com o suicídio). O risco prevalece até
que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como durante as primeiras semanas ou mais
de tratamento pode não se verificar qualquer melhoria, os doentes deverão ter uma vigilância
mais rigorosa até que essa melhoria ocorra. De acordo com a prática clínica, em geral o risco
de suicídio pode aumentar nas fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a venlafaxina é prescrita podem estar associados
ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o suicídio.
Adicionalmente, estas situações podem ser co-mórbidas com os distúrbios depressivos major.
Consequentemente, no tratamento de doentes com outros distúrbios psiquiátricos deverão ser
tomadas as mesmas precauções que aquando da terapêutica de doentes com distúrbios
depressivos major.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com o suicídio ou que
apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do tratamento, apresentam
também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa de suicídio, devendo por este
motivo ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento. Uma meta-análise de estudos
clínicos controlados com placebo em adultos com distúrbios psiquiátricos demonstrou um
aumento do risco de comportamentos relacionados com o suicídio em doentes com menos de
25 anos a tomar antidepressivos comparativamente aos doentes a tomar placebo.
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização rigorosa em
particular nos doentes de maior risco especialmente na fase inicial do tratamento ou na
sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores de cuidados de saúde,
devem ser alertados para a necessidade de monitorização relativamente a qualquer
agravamento da sua situação clínica, pensamentos/comportamentos relacionados com o
suicídio e para procurar assistência médica imediatamente caso estes ocorram.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
A Venlafaxina não deve ser utilizada no tratamento de crianças e adolescentes com idade
inferior a 18 anos. Foram observados com maior frequência comportamentos relacionados
com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida) e hostilidade (predominantemente
agressão, comportamento de oposição e cólera) em ensaios clínicos com crianças e
adolescentes que se encontravam a tomar antidepressivos, em comparação com os que se
encontravam a tomar placebo. Se, não obstante, com base na necessidade clínica, a decisão de
tratamento for tomada, o doente deve ser rigorosamente monitorizado em relação ao
aparecimento de sintomas suicidas. Não estão disponíveis dados de segurança a longo prazo
em crianças e adolescentes no que se refere ao crescimento, à maturação e ao
desenvolvimento cognitivo e comportamental.
Síndrome serotoninérgica
Tal como com outros fármacos serotoninérgicos, durante o tratamento com a venlafaxina pode
ocorrer uma síndrome serotoninérgica, uma situação potencialmente fatal, especialmente com
a administração concomitante de outros fármacos, tais como inibidores da MAO, que podem
afectar os sistemas neurotransmissores serotoninérgicos (ver secções 4.3 e 4.5).
Entre os sintomas da síndrome serotoninérgica incluem-se alterações do estado mental (por
exemplo, agitação, alucinações, coma), instabilidade do sistema autónomo (por exemplo,
taquicardia, pressão arterial lábil, hipertermia), aberrações neuromusculares (por exemplo,
hiperreflexia, descordenação) e/ou sintomas gastrointestinais (por exemplo, náuseas, vómitos,
diarreia).
Glaucoma de ângulo estreito
Pode ocorrer midríase relacionada com a toma de venlafaxina. Os doentes que apresentam
aumento da pressão intra-ocular ou doentes com risco de glaucoma de ângulo estreito agudo
(glaucoma de ângulo fechado) devem ser cuidadosamente monitorizados.
Pressão arterial
Foram notificados frequentemente casos de aumentos da pressão arterial relacionados com a
dose com a venlafaxina. No período pós-comercialização foram notificados alguns casos de
pressão arterial elevada grave que requereram tratamento imediato. Recomenda-se que todos
os doentes sejam cuidadosamente monitorizados relativamente a pressão arterial elevada e que
a hipertensão préexistente seja controlada antes do início do tratamento. Deve tomar-se
precaução nos doentes cujo estado de saúde possa ser comprometido pelos aumentos da
pressão arterial, por exemplo doentes com insuficiência cardíaca.
Frequência cardíaca
Podem ocorrer aumentos da frequência cardíaca, principalmente com doses mais elevadas.
Recomenda-se precaução nos doentes cujo estado de saúde possa ser comprometido pelo
aumento da frequência cardíaca.
Doença cardíaca e risco de arritmia
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
A venlafaxina não foi estudada em doentes com história recente de enfarte do miocárdio ou
cardiopatia instável. Assim, deve ser usada com precaução nestes doentes.
No período pós-comercialização foram notificados casos fatais de arritmias cardíacas com o
utilização de venlafaxina, especialmente quando em sobredosagem. Deve considerar-se a
relação dos benefícios e dos riscos antes de prescrever venlafaxina a doentes com risco
elevado de arritmias cardíacas graves.
Convulsões
Durante o tratamento com a venlafaxina podem ocorrer convulsões. Tal como acontece com
todos os antidepressivos, a venlafaxina deve ser utilizada com precaução em doentes com
antecedentes de convulsões e estes doentes devem ser monitorizados cuidadosamente. O
tratamento deve ser descontinuado em qualquer doente que desenvolva convulsões.
Hiponatremia
Podem ocorrer casos de hiponatremia e/ou de Síndrome de Secreção Inadequada da Hormona
Antidiurética (SIADH) com a venlafaxina. Esta foi reportada com mais frequência em doentes
com depleção de volume ou desidratados. Os doentes idosos, os doentes que tomam diuréticos
e os doentes com depleção de volume por outras razões, podem estar em maior risco.
Hemorragia anómala
Os medicamentos que inibem a recaptação da serotonina podem originar uma redução na
agregação plaquetária. O risco de hemorragia da pele e mucosas, incluíndo hemorragia
gastrintestinal, pode aumentar em doentes a tomar venlafaxina. Tal como acontece com outros
inibidores da recaptação da serotonina, a venlafaxina deve ser usada com precaução em
doentes com predisposição para hemorragias, incluindo os doentes que tomam anticoagulantes
e inibidores das plaquetas.
Colesterol sérico
Em ensaios clínicos controlados com placebo foram registados aumentos clinicamente
relevantes no colesterol sérico em 5,3% dos doentes tratados com a venlafaxina e em 0,0%
dos doentes tratados com placebo durante pelo menos 3 meses. Durante o tratamento
prolongado a necessidade de efectuar a medição dos níveis séricos de colesterol deve ser
considerada.
Co-administração com produtos para perder peso
A segurança e eficácia da terapêutica com a venlafaxina em associação com produtos para
perder peso, nomeadamente a fentermina, não foram estabelecidas. Não se recomenda a
administração concomitante de venlafaxina e produtos para perder peso. A venlaflaxina não
está indicada para perder peso, quer isoladamente, quer em associação com outros produtos.
Mania/hipomania
Numa pequena percentagem de doentes com perturbações do humor tratados com
antidepressivos, incluindo a venlafaxina, pode ocorrer mania/hipomania. Tal como acontece
com outros antidepressivos, a venlafaxina deve ser usada com precaução nos doentes com
história pessoal ou familiar de perturbação bipolar.
Agressão
Num pequeno número de doentes tratados com antidepressivos, incluindo o tratamento com a
venlafaxina, pode ocorrer agressividade. Esta foi notificada durante o início, as alterações de
dose, ou a descontinuação do tratamento.
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Tal como acontece com outros antidepressivos, a venlafaxina deve ser utilizada com
precaução em doentes com uma história de agressividade.
Descontinuação do tratamento
Os sintomas de privação observados durante a descontinuação do tratamento são frequentes,
em particular se a descontinuação é feita de forma abrupta (ver secção 4.8). Nos ensaios
clínicos os acontecimentos adversos observados durante a descontinuação do tratamento (com
redução gradual e após a redução) ocorreram em aproximadamente 31% dos doentes tratados
com venlafaxina e em 17% dos doentes a tomar placebo.
O risco de ocorrência de sintomas de privação poderá depender de vários factores, incluindo a
duração do tratamento, a dose administrada e a taxa de redução da dose. Tonturas, distúrbios
sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos intensos),
agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos, tremor e cefaleia são as reacções adversas mais
frequentemente notificadas. Geralmente estes sintomas são de intensidade ligeira a moderada,
contudo em alguns doentes podem ser intensos.
Estes sintomas ocorrem geralmente durante os primeiros dias de descontinuação do
tratamento, no entanto também têm sido muito raramente notificados em doentes que
inadvertidamente falharam uma toma do medicamento. Em geral estes sintomas são auto-
limitados e normalmente desaparecem dentro de 2 semanas, apesar de em alguns indivíduos se
poderem prolongar (2-3 meses ou mais). Consequentemente, é aconselhável a redução gradual
de venlafaxina quando o tratamento é descontinuado, durante um período de várias semanas
ou meses, de acordo com as necessidades do doente (ver secção 4.2).
Acatísia/Agitação psicomotora
A administração de venlafaxina tem sido associada ao desenvolvimento de acatísia,
caracterizada por agitação subjectivamente desconfortável e perturbadora, e necessidade de
movimento, frequentemente acompanhada por incapacidade do doente se sentar ou
permanecer em repouso. Esta situação é mais frequente nas primeiras semanas de tratamento.
Nos doentes que desenvolvam estes sintomas o aumento da dose pode ser prejudicial.
Xerostomia
Foi notificada xerostomia em 10% dos doentes tratados com venlafaxina. Esta pode aumentar
o risco de cáries e os doentes devem ser aconselhados sobre a importância de manter a higiene
dentária.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Inibidores da monoamina-oxidase (IMAO)
IMAOs irreversíveis não selectivos
A venlafaxina não deve ser utilizada com IMAOs irreversíveis não selectivos. O tratamento
com venlafaxina não deve iniciar-se antes de decorridos pelo menos 14 dias após a
interrupção do tratamento com um IMAO irreversível não selectivo. Deve descontinuar-se o
tratamento com a venlafaxina no mínimo 7 dias antes de se iniciar o tratamento com um
IMAO irreversível não selectivo (ver secções 4.3 e 4.4).
IMAOs reversíveis selectivos (moclobemida)
Não se recomenda a associação de venlafaxina com um IMAOs reversível e selectivo, tal
como a moclobemida, devido ao risco de síndrome serotoninérgica. Após o tratamento com
um inibidor da MAO reversível, pode iniciar-se o tratamento com venlafaxina num período de
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
tempo mais curto do que 14 dias. Deve descontinuar-se o tratamento com a venlafaxina no
mínimo 7 dias antes de se iniciar o tratamento com um IMAO reversível (ver secção 4.4).
IMAOs reversíveis, não selectivos (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAOs reversível, não selectivo, fraco, e não deve ser dado a
doentes a receber tratamento com venlafaxina (ver secção 4.4).
Foram notificadas reacções adversas graves em doentes que interromperam recentemente um
IMAO e iniciaram a venlafaxina ou que interromperam recentemente o tratamento com a
venlafaxina antes de iniciarem um IMAO. Estas reacções incluíram tremores, mioclonia,
diaforese, náuseas, vómitos, rubor, tonturas e hipertermia com aspectos semelhantes aos de
uma síndrome maligna induzida por neurolépticos, convulsões e morte.
Síndrome serotoninérgica
Tal como com outros agentes serotoninérgicos, durante o tratamento com a venlafaxina pode
ocorrer uma síndrome serotoninérgica, especialmente com a administração concomitante de
outros fármacos que possam afectar o sistema neurotransmissor serotoninérgico (incluindo
triptanos, ISRSs, IRSNs, lítio, sibutramina, tramadol ou hipericão [Hypericum perforatum]),
com fármacos que possam diminuir o metabolismo da serotonina (incluindo IMAOs), ou com
percusores da serotonina (tal como suplementos de triptofano).
Se a administração concomitante de venlafaxina com um ISRS, um IRSN ou com receptores
agonistas da serotonina (triptano) estiver indicada, aconselha-se a observação cuidadosa do
doente, especialmente durante o início do tratamento e durante os aumentos da dose. A
administração concomitante de venlafaxina com percursores da serotonina (tal como
suplementos de triptofano) não é recomendada (ver secção 4.4).
Fármacos que actuam no SNC
O risco de administração concomitante da venlafaxina com outros fármacos que actuam no
SNC não foi avaliado sistematicamente. Desta forma, deve tomar-se precaução quando a
venlafaxina é administrada em associação com outras substâncias que actuam no SNC.
Etanol
Demonstrou-se que a venlafaxina não provoca agravamento do compromisso das capacidades
intelectuais e motoras causadas pelo etanol. Contudo, tal como com outras substâncias que
actuam sobre o SNC, os doentes devem ser aconselhados a evitar o consumo de álcool.
Efeitos de outros medicamentos sobre a venlafaxina
Cetoconazole (inibidor da CYP3A4)
Num estudo farmacocinético realizado com cetoconazole em indivíduos metabolizadores
extensivos (ME) e fracos (MF) de CYP2D6 observaram-se AUC mais elevadas de venlafaxina
(70% e 21% em indivíduos MF e ME de CYP2D6, respectivamente) e de O-
desmetilvenlafaxina (33% e 23% em indivíduos MF e ME de CYP2D6, respectivamente) após
a administração de cetoconazole. O uso concomitante de inibidores da CYP3A4 (por exemplo,
atazanavir, claritromicina, indinavir, itraconazole, voriconazole, posaconazole, cetoconazole,
nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina) e venlafaxina pode aumentar os níveis de
venlafaxina e O-desmetilvenlafaxina. Deste modo, aconselha-se precaução no caso da
terapêutica do doente incluir concomitantemente um inibidor da CYP3A4 e venlafaxina.
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Efeitos da venlafaxina sobre outros medicamentos
Lítio
Pode ocorrer síndrome serotoninérgica com a administração concomitante de venlafaxina e
lítio (ver Síndrome serotoninérgica).
Diazepam
A venlafaxina não tem efeitos sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica do diazepam e do
seu metabolito activo, desmetildiazepam. O diazepam não parece afectar a farmacocinética,
quer da venlafaxina, quer da O-desmetilvenlafaxina. Desconhece-se se existe interação
farmacocinética e/ou farmacodinâmica com outras benzodiazepinas.
Imipramina
A venlafaxina não afectou a farmacocinética da imipramina e da 2-OH-imipramina. Houve
um aumento dependente da dose da AUC da 2-OH-desipramina de 2,5 a 4,5 vezes, quando se
administrou uma dose diária de venlafaxina de 75 mg a 150 mg. A imipramina não afectou a
farmacocinética da venlafaxina e O-desmetilvenlafaxina. Desconhece-se o significado clínico
desta interacção. Deve tomar-se precaução com a administração concomitante de venlafaxina
e imipramina.
Haloperidol
Um estudo farmacocinético com o haloperidol demonstrou uma diminuição de 42% na
depuração oral total, aumento de 70% na AUC, aumento de 88% na Cmax, mantendo-se
inalterada a semi-vida, do haloperidol. Estes resultados devem ser tidos em consideração em
doentes a receber tratamento concomitante com haloperidol e venlafaxina concomitantemente.
Desconhece-se o significado clínico desta interacção.
Risperidona
A venlafaxina provocou um aumento de 50% na AUC mas não alterou significativamente o
perfil farmacocinético de fármaco activo total (risperidona e 9-hidroxirisperidona).
Desconhece-se o significado clínico desta interacção.
Metoprolol
A administração concomitante da venlafaxina e metoprolol a voluntários saudáveis, num
estudo de interacção farmacocinética entre os dois fármacos, causou um aumento das
concentrações plasmáticas do metoprolol de aproximadamente 30-40%, sem alterar as
concentrações plasmáticas do seu metabolito activo, o á-hidroximetoprolol. Desconhece-se a
relevância clínica desta observação em doentes hipertensos. O metoprolol não alterou o perfil
farmacocinético da venlafaxina ou do seu metabolito activo, a O-desmetilvenlafaxina. Deve
ter-se precaução na administração concomitante de venlafaxina e metoprolol.
Indinavir
Um estudo farmacocinético com o indinavir demonstrou um decréscimo de 28% na AUC e de
36% na Cmax do indinavir. O indinavir não alterou o perfil farmacocinético da venlafaxina ou
da O-desmetilvenlafaxina. Desconhece-se o significado clínico desta interacção.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados suficientes sobre a utilização de venlafaxina em mulheres grávidas.
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Desconhece-se o
risco potencial para o ser humano. A venlafaxina só deve ser administrada a mulheres
grávidas se os benefícios esperados superam qualquer risco possível.
Dados epidemiológicos sugerem que a utilização de inibidores selectivos da recaptação da
serotonina (ISRS) durante a gravidez, em especial na parte final, pode aumentar o risco de
hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido (HPPN). Embora não existam estudos
relativos à relação entre a HPPN e o tratamento com inibidores da recaptação da
serotonina/noradrenalina, este risco potencial não pode ser excluído para o tratamento com
venlafaxina, tendo em consideração o mecanismo de acção relacionado (inibição da
recaptação da serotonina).
Tal como com outros inibidores da recaptação da serotonina (ISRSs/IRSNs), se a venlafaxina
for utilizada até, ou pouco tempo antes, do nascimento, deverá considerar-se a possibilidade
de ocorrerem efeitos de privação no recém-nascido. Alguns recém-nascidos expostos à
venlafaxina no final do terceiro trimestre de gravidez apresentaram complicações que
requereram alimentação através de sonda, suporte ventilatório ou hospitalização prolongada.
Tais complicações podem surgir imediatamente após o parto.
Podem observar-se os seguintes sintomas nos recém-nascidos se a mãe tomou um ISRS/IRSN
no final da gravidez: irritabilidade, tremores, hipotonia, choro persistente, dificuldade na
amamentação e em dormir. Estes sintomas podem dever-se, quer a efeitos serotoninérgicos,
quer a sintomatologia relacionada com a exposição. Na maioria dos casos estas complicações
observam-se imediatamente ou dentro de 24 horas após o parto.
Aleitamento
A venlafaxina e o seu metabolito activo O-desmetilvenlafaxina são excretados no leite
materno. Não pode excluir-se um risco para a criança amamentada. Assim, deve optar-se por
continuar/descontinuar o aleitamento ou por continuar/descontinuar a terapêutica com
venlafaxina, tendo em consideração os benefícios do aleitamento materno para a criança e os
benefícios da terapêutica com venlafaxina para a mulher.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar de máquinas
Qualquer psicofármaco pode perturbar o raciocínio, o pensamento ou as capacidades motoras.
Assim, qualquer doente a receber tratamento com venlafaxina deve ser prevenido
relativamente à sua capacidade de condução e de trabalho com máquinas perigosas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis notificados mais frequentemente (1/10) em estudos clínicos foram
náuseas, xerostomia, cefaleias e sudação (incluindo suores nocturnos)
Os efeitos indesejáveis são apresentados abaixo por classe de sistema de órgãos e frequência
de ocorrência.
As frequências foram definidas como: muito frequentes (
1/10), frequentes (
1/100, <1/10),
pouco frequentes (
1/1.000, <1/100), raros (
1/10.000, <1/1.000), desconhecido (não pode ser
calculado a partir dos dados disponíveis).
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Sistema
Corporal
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Frequência
desconhecida
Hematológico/
Linfático
Equimoses,
Hemorragia
gastrointestinal
Hemorragia das
membranas
mucosas,
Aumento do
tempo de
hemorragia,
Trombocitopenia
Discrasias
sanguíneas
(incluindo
agranulocitose,
anemia aplástica,
neutropenia e
pancitopenia),
Metabólico/
Nutricional
Aumento do
colesterol
sérico,
perda de peso
Ganho de peso
Resultados dos
testes da função
hepática
anómalos,
Hiponatremia,
Hepatite,
Síndrome da
secreção
inadequada de
hormona
antidiurética
(SIADH),
Aumento da
prolactina
Nervoso
Xerostomia
(10,0%),
Cefaleias
(30,3%)*
Sonhos
anómalos,
Diminuição da
líbido,
Tonturas,
Aumento do
tónus muscular
(hipertonia),
Insónia,
Nervosismo,
Parestesia,
Sedação,
Tremores,
Confusão,
Despersonalisaç
Apatia,
Alucinações,
Mioclonia,
Agitação,
Perturbações da
coordenação e do
equilíbrio
Acatísia/
Agitação
psicomotora,
Convulsões,
Reacção
maníaca
Síndrome
neuroléptica
maligna (SNM),
Síndrome
serotoninérgica,
Delírio,
Reacções
extrapiramidais
(incluindo
distonia e
disquinesia),
Disquinesia
tardia,
Ideação/
comportamento
suicida**
Órgãos dos
sentidos
Anomalias de
acomodação,
Midríase,
Alteração do
paladar, Acufeno
Glaucoma de
ângulo fechado
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Alterações
visuais
Cardiovascular
Hipertensão,
vasodilatação
(geralmente
afrontamentos/
rubor),
Palpitações
Hipotensão
postural,
Síncope,
Taquicardia
Hipotensão,
Prolongamento
do intervalo QT,
Fibrilhação
ventricular,
Taquicardia
ventricular
(incluindo
torsade de
pointes)
Respiratório
Bocejos
Eosinofilia
pulmonar
Digestivo
Náuseas
(20,0%)
Diminuição do
apetite
(anorexia),
Obstipação,
Vómitos
Bruxismo,
Diarreia
Pancreatite
Pele
Sudação
(incluindo
suores
nocturnos)
[12,2%]
Erupção cutânea,
alopécia
Eritema
multiforme,
Necrólise
epidérmica
tóxica, Síndrome
de Stevens-
Johnson, Prurido
e Urticária
Musculoesquelé
tico
Rabdomiólise
Urogenital
Ejaculação/
orgasmo
anómalos
(homens),
Anorgasmia,
Disfunção
eréctil
(impotência),
Alterações da
micção
(geralmente
hesitação),
Perturbações
menstruais
associadas a
aumento da
hemorragia ou
hemorragia
aumentada e
irregular (por
ex.:
Orgasmo
anómalo
(mulheres),
Retenção urinária
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
menorragia,
metrorragia),
Polaquiúria
Perturbações
gerais
Astenia (fadiga)
calafrios
Reacções de
fotossensibilidad
Anafilaxia
* Num conjunto de ensaios clínicos, a incidência de cefaleias foi de 30,3% com a venlafaxina
versus 31,3% com placebo.
** Foram notificados casos de ideação/comportamento suicida durante o tratamento com
venlafaxina ou imediatamente após a sua descontinuação (ver secção 4.4).
A descontinuação de venlafaxina (em particular quando é feita de forma abrupta) está
frequentemente associada a sintomas de privação. Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo
parestesias), distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade,
náuseas e/ou vómitos, tremor, cefaleias, e síndrome gripal são as reacções mais
frequentemente notificadas. Geralmente estes sintomas são de intensidade ligeira a moderada
e são auto-limitados, contudo em alguns doentes podem ser intensos e/ou prolongados.
Consequentemente, quando o tratamento com venlafaxina deixar de ser necessário é
aconselhável que se proceda à sua descontinuação de forma gradual através do escalonamento
de doses (ver secções 4.2 e 4.4).
Doentes Pediátricos
De um modo geral, o perfil de reacções adversas da venlafaxina (em ensaios clínicos
controlados com placebo) em crianças e adolescentes (entre os 6 e os 17 anos de idade) foi
idêntico ao observado nos adultos. Tal como nos adultos, observou-se diminuição do apetite,
perda de peso, aumento da pressão arterial e aumento do colesterol sérico (ver secção 4.4).
Em ensaios clínicos em pediatria foi observado a reacção adversa de ideação suicida. Houve
também um aumento de notificações de hostilidade e, principalmente na perturbação
depressiva major, de auto-flagelação.
Em particular observaram-se as seguintes reacções adversas nos doentes pediátricos: dor
abdominal, agitação, dispepsia, equimose, epistaxis e mialgia.
4.9 Sobredosagem
Na experiência pós-comercialização, foi notificada sobredosagem com a venlafaxina, na
maioria dos casos em associação com álcool e/ou outras substâncias. Os acontecimentos
relatados mais frequentes em casos de sobredosagem incluem taquicardia, alterações do
estado de consciência (desde sonolência a coma), midríase, convulsões e vómitos. Outros
acontecimentos notificados incluíram alterações electrocardiográficas (por exemplo,
prolongamento do intervalo QT, bloqueio de ramo, prolongamento QRS), taquicardia
ventricular, bradicardia, hipotensão, vertigens e morte.
Estudos retrospectivos publicados referem que a sobredosagem com venlafaxina pode estar
associadaa um aumento do risco de resultados fatais comparativamente ao observado com
antidepressivos ISRSs, mas inferior ao observado com antidepressivos tricíclicos. Estudos
epidemiológicos mostraram que doentes tratados com venlafaxina têm mais factores de risco
de suicídio comparativamente aos doentes tratados com ISRSs. Não se encontra ainda
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
esclarecido se o aumento observado de risco de resultados fatais pode ser atribuído à
toxicidade da venlafaxina nos casos de sobredosagem ou a algumas características dos
próprios doentes. Deverá ser prescrita a menor dose de venlafaxina, consistente com o
controlo adequado do doente, a fim de reduzir o risco de sobredosagem.
Tratamento recomendado
Recomenda-se que sejam tomadas as medidas gerais de suporte e sintomáticas; deverão ser
monitorizados o ritmo cardíaco e os sinais vitais. No caso de existir um risco de aspiração, não
se recomenda a indução do vómito. A lavagem gástrica está indicada quando puder ser
efectuada pouco tempo após a ingestão ou em doentes sintomáticos. A administração de
carvão activado pode igualmente limitar a absorção da substância activa. Não se prevê que a
diurese forçada, diálise, hemoperfusão ou transfusão sejam benéficas. Não se conhecem
antídotos específicos da venlafaxina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.9.3 Antidepressores.
Código ATC: N06A X16.
Pensa-se que o mecanismo da actividade antidepressiva da venlafaxina em seres humanos está
relacionado com a potenciação da actividade neurotransmissora no sistema nervoso central.
Os estudos pré-clínicos demonstraram que a venlafaxina e o seu metabolito principal, a O-
desmetilvenlafaxina (ODV), são inibidores da recaptação neuronal da serotonina e da
noradrenalina. A venlafaxina é também um inibidor fraco da recaptação da dopamina. A
venlafaxina e o seu metabolito activo reduzem a resposta
-adrenérgica, quer após a
administração aguda (dose única), quer crónica. A venlafaxina e a ODV são muito
semelhantes relativamente à actividade global sobre a recaptação neurotransmissora e ligação
aos receptores.
A venlafaxina não tem afinidade significativa para os receptores muscarínicos, colinérgicos,
histaminérgicos-H1 ou
1-adrenérgicos de cérebro de rato in vitro. A actividade
farmacológica a nível destes receptores pode estar relacionada com a ocorrência de vários
efeitos secundários observados com outros medicamentos antidepressivos, tais como efeitos
secundários anticolinérgicos, sedativos e cardiovasculares.
A venlafaxina não possui actividade inibitória da monoamina oxidase (MAO).
Estudos in vitro revelaram que a venlafaxina não tem afinidade significativa para os
receptores sensíveis aos opiáceos ou benzodiazepinas.
Episódios Depressivos Major
A eficácia de venlafaxina de libertação imediata no tratamento de episódios depressivos major
foi estabelecida em cinco estudos de curta duração, de distribuição aleatória, efectuados sob
dupla ocultação e controlados com placebo, realizados num período de 4 a 6 semanas, com
doses até 375 mg/dia. A eficácia de venlafaxina de libertação prolongada, no tratamento de
episódios depressivos major foi estabelecida em dois estudos controlados com placebo, de
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
curta duração, realizados num período de 8 e 12 semanas, que incluíram doses entre 75 a 225
mg/dia.
Num estudo de duração prolongada os adultos em ambulatório, que responderam ao
tratamento com venlafaxina de libertação prolongada (75, 150, ou 225 mg) durante 8 semanas,
sem ocultação, foram distribuídos aleatoriamente para continuar a receber a mesma dose de
venlafaxina de libertação prolongada ou placebo, durante um período de 26 semanas, para
observação de recaídas.
Num segundo estudo de duração prolongada, a eficácia da venlafaxina na prevenção de
episódios depressivos recorrentes durante um período de 12 meses foi estabelecida num
estudo clínico, controlado com placebo e sob dupla ocultação, realizado em adultos em
ambulatório que apresentaram episódios depressivos major recorrentes e que tinham,
anteriormente, respondido ao tratamento com venlafaxina (100 a 200 mg/dia, num esquema
posológico de duas vezes por dia) no último episódio de depressão.
Perturbação de ansiedade generalizada
A eficácia de venlafaxina cápsulas de libertação prolongada no tratamento da perturbação de
ansiedade generalizada (PAG) foi estabelecida em dois estudos de 8 semanas controlados com
placebo, com uma dose constante (75 a 225 mg/dia), um estudo com a duração de 6 meses,
controlado com placebo, com uma dose constante (75 a 225 mg/dia), e um estudo com a
duração de 6 meses, controlado com placebo, com uma dose variável (37.5, 75, e 150 mg/dia)
em doentes adultos em ambulatório.
Apesar de haver, também, evidência de superioridade sobre o placebo da dose de 37.5 mg/dia,
esta dose não foi tão consistentemente efectiva quanto as doses mais elevadas.
Perturbação de Ansiedade Social
A eficácia de venlafaxina cápsulas de libertação prolongada no tratamento da perturbação de
ansiedade social foi estabelecida em quatro ensaios efectuados sob dupla ocultação, de grupos
paralelos, com a duração de 12 semanas, multicêntricos, controlados com placebo, de doses
variáveis e um estudo efectuado sob dupla ocultação, de grupos paralelos, com a duração de 6
meses, controlado com placebo, de doses fixas/variáveis em doentes adultos em ambulatório.
Os doentes foram tratados com doses entre 75-225 mg/dia. Não houve qualquer evidência de
maior efectividade no grupo que recebeu 150 a 225 mg/dia comparativamente com o grupo
que recebeu 75 mg/dia no estudo com a duração de 6 meses.
Perturbação de pânico
A eficácia de venlafaxina cápsulas de libertação prolongada no tratamento da perturbação de
pânico foi estabelecida em dois ensaios efectuados sob dupla ocultação, com a duração de 12
semanas, multicêntricos, controlados com placebo, em doentes adultos em ambulatório que
sofriam de perturbação de pânico, com ou sem agorafobia. Nos estudos na perturbação de
pânico a dose inicial foi de 37.5 mg/dia durante 7 dias. Seguidamente, os doentes receberam
doses fixas de 75 ou 150 mg/dia num dos estudos e 75 ou 225 mg/dia no outro estudo.
A eficácia foi também estabelecida num estudo de longo prazo, efectuado sob dupla
ocultação, controlado com placebo, de grupos paralelos, que avaliou a segurança de longo
prazo, a eficácia e a prevenção de recaídas em doentes adultos em ambulatório que
responderam ao tratamento em estudo aberto. Os doentes continuaram a receber a mesma dose
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
de venlafaxina de libertação prolongada que tinham tomado durante a fase sem ocultação (75,
150 ou 225 mg).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A venlafaxina é extensivamente metabolisada, principalmente no metabolito activo O-
desmetilvenlafaxina (ODV). As médias ± desvios padrão das semi-vidas plasmáticas da
venlafaxina e ODV são, respectivamente, 5 ± 2 horas e 11 ± 2 horas. As concentrações de
venlafaxina e ODV no estado estacionário são atingidas após 3 dias de tratamento com doses
múltiplas por via oral. A venlafaxina e ODV apresentam uma cinética linear num intervalo de
doses entre 75 mg e 450 mg/dia.
Absorção
Após administração oral de doses únicas de venlafaxina de libertação imediata, pelo menos
92% da venlafaxina é absorvida. A biodisponibilidade absoluta é de 40 a 45%, devido a
metabolismo pré-sistémico. Após a administração de venlafaxina de libertação imediata
atingem-se as concentrações máximas de venlafaxina e ODV no plasma ao fim de 2 e 3 horas,
respectivamente. Após a administração de venlafaxina em cápsulas de libertação prolongada,
as concentrações plasmáticas máximas de venlafaxina e ODV atingem-se após 5,5 e 9 horas,
respectivamente. Quando doses diárias equivalentes são administradas, quer sob a forma de
comprimido de libertação imediata, quer como cápsula de libertação prolongada, a cápsula de
libertação prolongada proporciona uma taxa mais baixa de absorção, mas a mesma extensão
de absorção, comparativamente com o comprimido de libertação imediata. Os alimentos não
afectam a biodisponibilidade da venlafaxina e ODV.
Distribuição
A venlafaxina e a ODV ligam-se minimamente às proteínas plasmáticas em concentrações
terapêuticas (27% e 30%, respectivamente). O volume de distribuição da venlafaxina no
estado estacionário, após administração intravenosa, é de 4,4 + 1,6 l/kg.
Metabolismo
A venlafaxina sofre um extenso metabolismo hepático. Estudos in vitro e in vivo indicam que
a venlafaxina sofre biotransformação no seu principal metabolito activo, a ODV, pela
CYP2D6.
Estudos in vitro e in vivo indicam que a venlafaxina é metabolizada em N-
desmetilvenlafaxina, um metabolito menor e menos activo, pela CYP3A4. Estudos in vitro e
in vivo indicam que a venlafaxina é um inibidor fraco da CYP2D6. A venlafaxina não inibiu a
CYP1A2, a CYP2C9, ou a CYP3A4.
Eliminação
A venlafaxina e os seus metabolitos são excretados principalmente pelo rim.
Aproximadamente 87% de uma dose de venlafaxina é recuperada na urina após 48 horas, sob
as formas de venlafaxina inalterada (5%), ODV não conjugada (29%), ODV conjugada (26%)
e outros metabolitos menores inactivos (27%). As médias ± desvios padrão das depurações no
estado estacionário, de venlafaxina e ODV são 1,3 ± 0,6 l/h/kg e 0,4 ± 0,2 l/h/kg,
respectivamente.
Populações especiais
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Idade e género
A idade e o género não afectam significativamente a farmacocinética da venlafaxina e ODV.
Metabolizadores extensivos e fracos da CYP2D6
As concentrações plasmáticas de venlafaxina são mais elevadas nos metabolizadores fracos da
CYP2D6 do que nos que apresentam actividade elevada. Uma vez que a exposição total
(AUC) à venlafaxina e ODV é semelhante, tanto nos metabolizadores fracos como nos
extensivos, não são necessários regimes posológicos diferentes de venlafaxina nestes dois
grupos de indivíduos.
Doentes com compromisso hepático
Em indivíduos Child-Pugh A (alterações ligeiras da função hepática) e Child-Pugh B
(alterações moderadas da função hepática), as semi-vidas da venlafaxina e ODV aumentaram
comparativamente com as de indivíduos normais. A depuração oral da venlafaxina e ODV
diminuiu. Observou-se um elevado grau de variabilidade interindividual. Os dados de doentes
com compromisso hepático grave são limitados (ver secção 4.2).
Doentes com compromisso renal
Em doentes dialisados, a semi-vida de eliminação da venlafaxina aumentou cerca de 180% e a
depuração diminuiu cerca de 57%, comparativamente com indivíduos normais, enquanto que
a semi-vida de eliminação da ODV aumentou cerca de 142% e a depuração diminuiu cerca de
56%. É necessário ajustar as doses em doentes com compromisso renal grave e em doentes
que requerem hemodiálise (ver secção 4.2)
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os estudos efectuados com venlafaxina em ratos e ratinhos não revelam quaisquer indícios de
carcinogenicidade. A venlafaxina não se revelou mutagénica numa vasta série de ensaios in
vitro e in vivo.
Os estudos em animais sobre toxicidade reprodutiva revelaram nos ratos uma diminuição do
peso das crias, um aumento no número de nados-mortos e um aumento de mortes das crias
durante os primeiros 5 dias de aleitamento. Desconhece-se a causa destas mortes. Estes efeitos
ocorreram com as doses de 30 mg/kg/dia, 4 vezes a dose diária de 375 mg de venlafaxina em
seres humanos (com base em mg/kg). A dose sem efeito relativamente a estes achados foi de
1,3 vezes a dose utilizada em seres humanos. Desconhece-se o risco potencial para os seres
humanos.
Observou-se uma redução da fertilidade num estudo em que tanto os machos como as fêmeas
foram expostos a ODV. Esta exposição foi 1 a 2 vezes a exposição humana observada com a
dose de venlafaxina de 375 mg/dia. Desconhece-se a relevância deste achado para os seres
humanos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo da cápsula:
Núcleo dos pellets:
Celulose microcristalina,
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
Hipromelose
Revestimento dos pellets:
Álcool cetoestearílico,
Copolímero de etilacrilato-metilmetacrilato,
Nonoxinol,
Macrogol,
Talco.
Invólucro da cápsula:
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg Cápsulas de libertação prolongada
Gelatina,
Óxido de ferro negro (E172)
Dióxido de titânio (E171).
Venlafaxina Tubernax 75 mg Cápsulas de libertação prolongada
Gelatina,
Óxido de ferro vermelho (E172),
Óxido de ferro amarelo (E172)
Dióxido de titânio (E171).
Venlafaxina Tubernax 150 mg Cápsulas de libertação prolongada
Gelatina,
Óóxido de ferro vermelho (E172),
Óxido de ferro amarelo (E172)
Dióxido de titânio (E171).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
30 meses
Após a abertura do frasco: 2 meses.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters em PVC/PVDC//Alumínio.
Frascos em HDPE com tampa em PP.
Tamanhos de embalagem
Blister: 7, 10, 12, 14, 20, 28, 30, 50, 56, 60, 98, 100 e 100x1 cápsulas de libertação
prolongada.
Frasco: 60, 100, 250 e 500 cápsulas de libertação prolongada.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
-Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Sandoz Farmacêutica Lda.
Alameda da Beloura, Edifício 1
2º andar – Escritório 15
2710-693 Sintra
8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Venlafaxina Tubernax 37,5 mg Cápsulas de libertação prolongada
N.º de registo: 5632385 – 7 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5632484 – 10 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5632583 – 12 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5632682 – 14 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5632781 – 20 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5632880 – 28 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5632989 – 30 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5633086 – 50 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5633185 – 56 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5633284 – 60 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5633383 – 98 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5633482 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5633581 – 100 cápsulas de libertação prolongada 37,5 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu (embalagem hospitalar)
N.º de registo: 5633680 – 60 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5633789 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5633888 – 250 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5633987 – 500 cápsulas de libertação prolongada, 37,5 mg, frasco de HDPE
Venlafaxina Tubernax 75 mg Cápsulas de libertação prolongada
N.º de registo: 5634084 – 7 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
N.º de registo: 5634183 – 10 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634282 – 12 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634381 – 14 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634480 – 20 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634589 – 28 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634688 – 30 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634787 – 50 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634886 – 56 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5634985 – 60 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5635081 – 98 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5635180 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5635289 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu (embalagem hospitalar)
N.º de registo: 5635388 – 60 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5635487 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5635586 – 250 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5635685 – 500 cápsulas de libertação prolongada, 75 mg, frasco de HDPE
Venlafaxina Tubernax 150 mg Cápsulas de libertação prolongada
N.º de registo: 5635784 – 7 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5635883 – 10 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5635982 – 12 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636089 – 14 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636188 – 20 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636287 – 28 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636386 – 30 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636485 – 50 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636584 – 56 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636683 – 60 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
APROVADO EM
19-08-2010
INFARMED
N.º de registo: 5636782 – 98 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636881 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu
N.º de registo: 5636980 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, blíster de
PVC/PVDC/Alu (embalagem hospitalar)
N.º de registo: 5637087 – 60 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5637186 – 100 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5637285 – 250 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, frasco de HDPE
N.º de registo: 5637384 – 500 cápsulas de libertação prolongada, 150 mg, frasco de HDPE
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 28 de Março de 2006
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO