Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
22-02-2019
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APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Venlafaxina Mylan 37,5 mg cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Mylan 75 mg cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Mylan 150 mg cápsulas de libertação prolongada
venlafaxina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
– Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Venlafaxina Mylan e para que é utilizada
2. O que precisa de saber antes de tomar Venlafaxina Mylan
3. Como tomar Venlafaxina Mylan
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Venlafaxina Mylan
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Venlafaxina Mylan e para que é utilizada
Venlafaxina Mylan contém a substância ativa venlafaxina, que é um medicamento
antidepressivo
pertence
classe
medicamentos
designados
inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina (IRSNs). Esta classe de
medicamentos é utilizada para tratar a depressão e outras doenças tais como as
perturbações de ansiedade. Pensa-se que as pessoas deprimidas e/ou ansiosas
possuem níveis baixos de serotonina e noradrenalina no cérebro. Não se sabe ainda
completamente como atuam os antidepressivos, mas estes podem ajudar a tratar
estes doentes através do aumento dos níveis de serotonina e de noradrenalina no
cérebro.
Venlafaxina Mylan está indicada para o tratamento de adultos com depressão ou
para prevenir a recorrência de episódios depressivos major. Venlafaxina Mylan está
também indicada para o tratamento de adultos com as perturbações de ansiedade
seguintes: perturbação de ansiedade generalizada, perturbação de ansiedade social
(medo ou comportamentos de fuga de situações sociais) e perturbação de pânico
(ataques de pânico). O tratamento adequado da depressão e das perturbações de
ansiedade é importante para que se sinta melhor. Se não tratar esta doença, esta
pode não desaparecer e pode tornar-se mais grave e mais difícil de tratar.
2. O que precisa de saber antes de tomar Venlafaxina Mylan
Não tome Venlafaxina Mylan:
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– Se tem alergia à venlafaxina ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados na secção 6).
– Se está também a tomar, ou tomou nos últimos 14 dias, quaisquer medicamentos
conhecidos como inibidores da monoaminoxidase irreversíveis (IMAOs), utilizados
para tratar a depressão ou a doença de Parkinson. Tomar um IMAO irreversível com
outros medicamentos, incluindo venlafaxina, pode causar efeitos secundários graves
ou mesmo que podem colocar a vida em perigo. De igual modo, deve esperar pelo
menos 7 dias após a interrupção de venlafaxina antes de tomar qualquer medicação
contendo IMAO (ver também as secções “Síndrome serotoninérgica” e “Outros
medicamentos e Venlafaxina Mylan”).
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Venlafaxina Mylan:
– se está a tomar outros medicamentos que, tomados ao mesmo tempo que
venlafaxina, podem aumentar o risco de desenvolver um efeito secundário grave
chamado
síndrome
serotoninérgica
(ver
secção
“Outros
medicamentos
Venlafaxina Mylan”).
– se tem problemas de olhos, nomeadamente certos tipos de glaucoma (tensão
intraocular aumentada) ou se o seu oftalmologista o informou de que pode estar em
risco de desenvolver glaucoma.
– se tem antecedentes de tensão arterial elevada ou se teve recentemente um
ataque cardíaco.
– se tem, ou alguém da sua família tem, antecedentes de problemas cardíacos ou de
ritmo cardíaco.
– se tem antecedentes de ataques (convulsões).
– se tem antecedentes de níveis baixos de sódio no sangue (hiponatremia). De igual
modo, se for idoso, estiver a tomar diuréticos (“comprimidos de água” que pode
provocar o aumento da produção de urina) ou estiver desidratado (devido a diarreia
grave ou vómitos).
– se tem tendência para ter nódoas negras ou para ter facilmente hemorragias
(antecedentes de perturbações hemorrágicas), ou se está a tomar medicamentos
que possam aumentar o risco de hemorragia.
– se tem antecedentes ou se tem familiares com antecedentes de mania ou
perturbação bipolar (sentimento de sobre-excitação ou euforia).
– se tem antecedentes de comportamento agressivo. Pode sentir-se agressivo,
especialmente durante a fase inicial do tratamento com venlafaxina, se a sua dose
for alterada ou quando interrompe a toma.
– se tem diabetes (este medicamento pode afetar os níveis de açúcar no sangue).
– se estiver a tomar algum medicamento para perder peso.
Durante o tratamento
– Este medicamento pode causar um aumento da tensão arterial ou dos níveis de
colesterol. O seu médico pode verificar regularmente a sua tensão arterial e os níveis
de colesterol.
– Se tiver uma sensação de irrequietude ou uma incapacidade de se manter sentado
ou quieto, que pode ocorrer durante a fase inicial do tratamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
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– Se precisa de fazer uma análise à urina para verificar determinados medicamentos,
este medicamento pode afetar os resultados. Informe o seu médico ou o pessoal do
hospital de que está a tomar este medicamento.
– As cápsulas de venlafaxina contêm esferoides, a porção insolúvel destes esferoides
é eliminada e pode ser observada nas fezes.
Pensamentos relacionados com o suicídio e agravamento da sua depressão ou
distúrbio de ansiedade
Se se encontra deprimido e/ou tem distúrbios de ansiedade poderá por vezes pensar
em se auto agredir ou até suicidar. Estes pensamentos podem aumentar no início do
tratamento com antidepressivos, pois estes medicamentos necessitam de tempo
para
atuarem.
Normalmente
efeitos
terapêuticos
demoram
cerca
duas
semanas a fazerem-se sentir, mas por vezes pode demorar mais tempo.
Poderá estar mais predisposto a ter este tipo de pensamentos nas seguintes
situações:
– Se tem antecedentes de ter pensamentos acerca de se suicidar ou se autoagredir.
– Se é um jovem adulto. A informação proveniente de estudos clínicos revelou um
maior risco de comportamento suicida em adultos jovens (com menos de 25 anos)
com problemas psiquiátricos tratados com antidepressivos.
Se em qualquer momento vier a ter pensamentos no sentido de autoagressão ou
suicídio deverá contactar o seu médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital.
Poderá ser útil para si comunicar a uma pessoa próxima de si ou a um familiar que
se encontra deprimido ou que tem distúrbios de ansiedade e dar-lhes este folheto a
ler. Poderá também solicitar-lhes que o informem caso verifiquem um agravamento
estado
depressão
ansiedade,
ficarem
preocupados
alterações no seu comportamento.
Boca seca
Foi notificada boca seca em 1 de 10 pessoas a tomar venlafaxina. Esta pode
aumentar o risco de cáries. Portanto, deve tomar cuidados especiais com a higiene
dentária.
Utilização em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos
Venlafaxina Mylan não deve normalmente ser utilizado por crianças e adolescentes
com idade inferior a 18 anos. Importa igualmente assinalar que os doentes com
idade inferior a 18 anos correm maior risco de sofrerem efeitos secundários tais
como, tentativa de suicídio, ideação suicida e hostilidade (predominantemente
agressividade, comportamento de oposição e cólera) quando tomam medicamentos
desta classe. Apesar disso, o médico poderá prescrever Venlafaxina Mylan para
doentes com idade inferior a 18 anos quando decida que tal é necessário. Se o seu
médico prescreveu Venlafaxina Mylan para um doente com menos de 18 anos e
gostaria de discutir esta questão, queira voltar a contactá-lo. Deverá informar o seu
médico se algum dos sintomas acima mencionados se desenvolver ou piorar quando
doentes com menos de 18 anos estejam a tomar Venlafaxina Mylan. Assinala-se
igualmente que não foram ainda demonstrados os efeitos de segurança a longo
prazo no que respeita ao crescimento, à maturação e ao desenvolvimento cognitivo e
comportamental de venlafaxina neste grupo etário.
Outros medicamentos e Venlafaxina Mylan
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Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos, incluindo medicamentos
obtidos sem receita médica, medicamentos naturais ou à base de plantas.
médico
deverá
decidir
pode
tomar
Venlafaxina
Mylan
outros
medicamentos.
– Não tome inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) que são utilizados para tratar a
depressão ou a doença de Parkinson com venlafaxina. Informe o seu caso tenho
tomado estes medicamentos nos últimos 14 dias. (IMAOs: ver a secção “O que
precisa de saber antes de tomar Venlafaxina Mylan”)
Síndrome serotoninérgica: A síndrome serotoninérgica, uma condição que pode,
potencialmente,
colocar
vida em
perigo
(ver
a secção
“Efeitos
secundários
possíveis”), pode ocorrer com o tratamento com venlafaxina, em particular quando
tomado juntamente com outros medicamentos.
Exemplos destes medicamentos incluem:
– Triptanos (utilizados para enxaquecas, por exemplo, sumatriptano, zolmitriptano).
– Medicamentos para tratar a depressão, como por exemplo IRSN, ISRSs, tricíclicos,
ou medicamentos contendo lítio.
- Medicamentos que contenham anfetaminas (usados para tratar o Perturbação de
Hiperatividade/Défice de Atenção (PHDA), narcolepsia e obesidade)
– Medicamentos contendo linezolida, um antibiótico (usado para tratar infeções).
– Medicamentos contendo sibutramina (usado para perder peso).
– Medicamentos contendo tramadol (utilizados para tratar a dor intensa).
– Medicamentos contendo azul de metileno (utilizados para tratar níveis elevados de
metemoglobina no sangue).
– Produtos contendo hipericão (também designado Hypericum perforatum, um
medicamento natural ou à base de plantas utilizado para tratar a depressão ligeira).
– Produtos contendo triptofano (utilizados para problemas tais como distúrbios de
sono e depressão).
– Antipsicóticos (utilizados para tratar condições de saúde mental, com sintomas
como ouvir, ver ou sentir coisas que não existem, ilusões, suspeitas invulgares,
raciocínio pouco claro e retraimento emocional e social).
Os sinais e sintomas da síndrome serotoninérgica podem incluir combinações de
efeitos, tais como:
irrequietude, alucinações, perda de coordenação, ritmo cardíaco acelerado, aumento
da temperatura corporal, alterações rápidas da tensão arterial, reflexos muito
reativos, diarreia, coma, náuseas, vómitos. Se pensa que pode estar a sofrer de
síndrome serotoninérgica deve procurar imediatamente cuidados médicos.
Na sua forma mais grave, a síndrome serotoninérgica pode assemelhar-se a outro
efeito secundário grave chamado síndrome neuroléptica maligna (SNM). Os sinais e
sintomas da SNM podem incluir uma combinação de efeitos, como acima indicado,
com aumento da transpiração, rigidez muscular grave, confusão, alterações de
humor, aumento das enzimas musculares (determinado através de uma análise ao
sangue).
Informe imediatamente o seu médico ou dirija-se às urgências do hospital mais
próximo se pensa que pode estar a sofre de síndrome serotoninérgica ou de SNM.
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Deve informar o seu médico se estiver a tomar medicamentos que podem afetar o
ritmo cardíaco.
Exemplos destes medicamentos incluem:
– Antiarrítmicos, tais como quinidina, amiodarona, sotalol ou dofetilida (utilizados
para tratar um ritmo cardíaco anormal).
Antipsicóticos,
tais
como
tioridazina
(ver
também
Síndrome
serotoninérgica
acima).
Antibióticos, tais
como
eritromicina
moxifloxacina (utilizados
para
tratar
infeções bacterianas).
– Anti-histamínicos (utilizados para tratar alergias).
Os medicamentos seguintes podem também interagir com a venlafaxina e devem ser
usados com precaução. É muito importante informar o seu médico ou farmacêutico
no caso de estar a tomar:
– Medicamentos que inibem determinadas enzimas (CYP3A4), tais como
atazanavir, indinavir, nelfinavir, ritonavir, saquinavir (medicamentos utilizados para
tratar o VIH).
cetoconazol, itraconazol, voriconazol, posaconazol (medicamentos antifúngicos).
claritromicina e telitromicina (antibióticos).
– Haloperidol ou risperidona (para tratar problemas psiquiátricos).
– Metoprolol (um bloqueador beta para tratar problemas de tensão arterial elevada e
de coração).
Venlafaxina Mylan com álcool
Deve evitar tomar bebidas alcoólicas enquanto estiver a tomar Venlafaxina Mylan.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, fale
com o seu médico. Deverá tomar venlafaxina apenas depois de discutir com o seu
médico os benefícios potenciais e os riscos potenciais para o feto.
Certifique-se de que o seu médico e/ou pessoal de enfermagem sabem que está a
tomar venlafaxina. Quando tomados durante a gravidez, fármacos semelhantes
(ISRSs) podem aumentar o risco de uma situação grave nos bebés chamada
hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido (HPPN), que faz com que o bebé
respire
mais
rapidamente
pareça
azulado.
Estes
sintomas
começam
habitualmente durante as primeiras 24 horas após o nascimento. Se isto acontecer
ao seu bebé deverá contactar o seu médico e/ou o pessoal de enfermagem
imediatamente.
Se está a tomar venlafaxina durante a gravidez, os outros sintomas que o seu bebé
pode ter após o nascimento, para além de respiração rápida, são irritabilidade,
tremores, flacidez muscular (hipotonia), choro constante, dificuldades de dormir e
dificuldades na alimentação. Se o seu bebé tiver estes sintomas quando nascer ou se
ficar
preocupada,
deve
aconselhar-se
médico
e/ou
pessoal
enfermagem.
Se estiver a amamentar consulte o seu médico. Venlafaxina Mylan passa para o leite
materno. Existe um risco de poder afetar o bebé. Assim, deverá discutir o assunto
com o seu médico que optará por descontinuar a amamentação ou o tratamento com
venlafaxina.
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Condução de veículos e utilização de máquinas
Não conduza nem utilize quaisquer ferramentas ou máquinas até se certificar se
venlafaxina afeta as suas capacidades, uma vez que este medicamento pode afetar o
seu raciocínio, pensamento e capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Este medicamento contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por cápsula, ou seja,
é praticamente “isento de sódio”.
3. Como tomar Venlafaxina Mylan
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose inicial habitualmente recomendada para o tratamento da depressão, da
perturbação de ansiedade generalizada e da perturbação de ansiedade social é de
75 mg uma vez por dia. A dose pode ser aumentada gradualmente, pelo seu médico
e se necessário, pode atingir uma dose máxima de 375 mg por dia no caso de
depressão. Se está a receber tratamento para perturbação de pânico, o seu médico
receitará
dose
inicial
mais
baixa
(37,5 mg,)
seguida
aumentará
gradualmente a dose. A dose máxima para a perturbação de ansiedade generalizada,
a perturbação de ansiedade social e a perturbação de pânico é de 225 mg/dia. O seu
médico pode recomendar que tome este medicamento durante vários meses,
dependendo da sua condição e pode fazer-lhe análises regularmente durante o
tratamento.
Tome Venlafaxina Mylan aproximadamente à mesma hora do dia, de manhã ou à
noite. As cápsulas devem ser engolidas inteiras com um líquido, e não deve abrir,
esmagar, mastigar ou dissolver as cápsulas.
Venlafaxina Mylan deve ser tomado com alimentos.
Se sofre de problemas de fígado ou de rim, fale com o seu médico, uma vez que a
dose de venlafaxina poderá ter de ser ajustada.
Utilização em crianças e adolescentes
Venlafaxina Mylan não é normalmente recomendado para utilização em crianças e
adolescentes (ver secção 2).
Não interrompa o tratamento com Venlafaxina Mylan sem falar com o seu médico
(ver a secção “Se parar de tomar Venlafaxina Mylan”).
Se tomar mais Venlafaxina Mylan do que deveria
Caso tenha tomado uma quantidade de venlafaxina mais elevada do que a receitada
pelo seu médico, deverá contactar imediatamente o seu médico ou farmacêutico
Os sintomas de uma possível sobredosagem podem incluir batimento cardíaco rápido
ou lento ou alterações na atividade elétrica do coração que podem ser observadas
em testes, tensão arterial baixa, tonturas, alterações do nível de alerta (desde a
sonolência ao coma), visão turva, convulsões ou ataques, vómitos.
Caso se tenha esquecido de tomar Venlafaxina Mylan
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Se se esqueceu de tomar uma dose, tome essa dose logo que se lembrar. Contudo,
se já for altura de tomar a dose seguinte, não tome a dose esquecida e tome apenas
uma dose como normalmente. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma
dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Venlafaxina Mylan
Não interrompa o tratamento nem reduza a dose sem o conselho do seu médico
mesmo que se sinta melhor. Se o seu médico pensa que não necessita de continuar
a tomar venlafaxina, poderá pedir-lhe para reduzir a dose lentamente antes de parar
o tratamento. Podem ocorrer efeitos secundários nos indivíduos que param de tomar
venlafaxina,
especialmente
quando
tratamento
Venlafaxina
Mylan
interrompido subitamente ou a dose é reduzida demasiado rapidamente. Algumas
pessoas podem sentir sintomas tais como fadiga, tonturas, vertigens, dores de
cabeça, perturbações do sono, pesadelos, secura de boca, perda de apetite, náuseas,
diarreia,
ansiedade,
nervosismo,
agitação,
confusão,
zumbidos
ouvidos,
sensação de formigueiro ou raramente de choque elétrico, fraqueza, sudação,
convulsões ou sintomas gripais.
O seu médico aconselhá-lo-á sobre o modo de descontinuar gradualmente o
tratamento com venlafaxina. No caso de sentir algum destes ou outros sintomas que
o deixem preocupado, peça aconselhamento adicional ao seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Informe imediatamente o seu médico ou dirija-se às urgências do hospital mais
próximo:
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas):
– Reação alérgica que pode causar inchaço repentino da face, dos lábios, da língua,
da garganta, das mãos, dos pés ou de outras partes do corpo, erupção cutânea,
comichão ou urticária na pele, descida da pressão arterial que causa desmaio,
sensação de aperto no peito, pieira, dificuldade em engolir ou respirar.
– Vermelhidão da pele com bolhas ou pele descamada. Também pode ocorrer a
formação de bolhas graves e hemorragia nos lábios, olhos, boca, nariz e genitais.
Isto poderá ser “síndrome de Stevens-Johnson” ou “necrólise epidérmica tóxica”.
– Sinais e sintomas da síndrome serotoninérgica que podem incluir irrequietude,
alucinações,
perda
coordenação,
batimento
cardíaco
rápido,
aumento
temperatura corporal, alterações rápidas na tensão arterial, reflexos muito reativos,
diarreia, coma, náuseas, vómitos.
Na sua forma mais grave, a síndrome serotoninérgica pode assemelhar-se à
síndrome neuroléptica maligna (SNM). Os sinais e sintomas da SNM podem incluir
uma combinação de efeitos, como acima indicado, com aumento da transpiração,
alterações de humor, rigidez muscular grave, confusão, aumento das enzimas
musculares (determinado através de uma análise ao sangue).
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– Uma redução dos seus glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou plaquetas que
pode levar a infeções mais frequentes (tais como dor de garganta e úlceras na boca),
febre, fraqueza, fazer nódoas negras mais facilmente, hemorragia ou hemorragia
prolongada.
– Dor muscular inexplicável, sensibilidade ao toque ou fraqueza (rabdomiólise).
– Tosse, pieira, falta de ar e temperatura alta, que são sintomas de inflamação nos
pulmões associada a um aumento dos glóbulos brancos (eosinofilia pulmonar).
– Amarelecimento dos olhos e da pele (hepatite).
– Aparecimento súbito de uma erupção cutânea tipo sarampo. Esta pode ser
associada a febre alta e a dores nas articulações (eritema multiforme).
Outros efeitos secundários possíveis que deverá informar o seu médico:
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas):
– Dor na parte superior do abdómen e nas costas, sensação de enjoo ou de má
disposição que pode ser causada por inflamação do pâncreas (pancreatite).
– Diminuição do nível de sódio no sangue, sensação de enjoo, dores musculares,
ataques, dificuldade em respirar, confusão, cansaço, perda de apetite, beber água
em excesso (todos estes sintomas são causados por secreção inapropriada de uma
hormona específica chamada hormona antidiurética, SIADH).
– Alterações na sua visão causadas pelo aumento da pressão do líquido no olho
(glaucoma). Os outros sinais podem incluir dor súbita nos olhos, perda de visão, ver
halos em torno de luzes e pupila dilatada.
– Batimento cardíaco anormal, rápido ou irregular, que pode provocar desmaios ou
alterações na atividade elétrica do coração que podem ser observadas em testes.
– Convulsões ou ataques.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
– Inchaço debaixo da pele que pode afetar o rosto, garganta, sistema digestivo e
vias aéreas. (Em caso de dificuldade em engolir ou respirar, procure atendimento
médico imediatamente).
– Vomitar sangue, fezes escuras cor de alcatrão ou sangue nas fezes; que pode ser
sinal de hemorragia interna.
– Hiperatividade, pensamentos rápidos e diminuição da necessidade de dormir
(mania).
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
– Incapacidade de urinar.
– Tremor; formigueiro; aumento do tónus muscular.
– Aumento da tensão arterial.
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
– Ideação suicida e comportamentos suicidas; foram notificados casos de ideação
suicida e de comportamentos suicidas durante a terapêutica com venlafaxina ou logo
após a interrupção do tratamento (ver secção 2, O que precisa de saber antes de
tomar Venlafaxina Mylan).
Outros efeitos secundários possíveis:
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas)
– Tonturas; dor de cabeça.
– Náuseas; boca seca.
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– Sonolência.
– Transpiração excessiva (incluindo suores noturnos).
– Dificuldade de dormir.
– Prisão de ventre.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas)
– Diminuição do apetite.
– Confusão; sensação de estar separado (ou dissociado) de si próprio; ausência de
orgasmo; falta de interesse em sexo; nervosismo; sonhos anormais; agitação.
– Perturbação visual, incluindo visão turva; pupilas dilatadas; incapacidade do olho
de alterar automaticamente a focagem de longe para objetos perto.
– Zumbido nos ouvidos (acufenos).
– Rubor.
– Bocejos.
– Má disposição (vómitos); diarreia.
– Aumento da frequência da micção; dificuldade em urinar.
– Irregularidades menstruais, tais como aumento da hemorragia ou aumento de
hemorragias
irregulares;
ejaculação/orgasmo
anormal
(nos homens);
disfunção
erétil (impotência).
– Fraqueza (astenia); fadiga; arrepios.
– Aumento do colesterol no sangue.
– Alteração do paladar.
– Falta de ar.
– Erupção cutânea, prurido.
– Aumento de peso; perda de peso.
– Uma sensação de irrequietude ou uma incapacidade de se manter sentado ou
quieto.
– Batimento cardíaco rápido, sentir o seu batimento cardíaco (palpitação).
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)
– Alucinações; sensação de estar separado (ou dissociado) da realidade; orgasmos
anormais; ausência de sentimentos ou emoções; sentimento de sobre-excitação;
ranger os dentes.
Desmaios;
movimentos
involuntários
músculos;
contrações
musculares
incontroláveis, movimentos de contração ou de contorção, alteração da coordenação
e do equilíbrio.
– Sensação de tonturas (especialmente quando se levanta muito depressa) devido a
tensão arterial baixa.
– Sensibilidade à luz solar; nódoas negras (equimose); perda de cabelo anormal,
urticária.
– Tensão arterial baixa.
– Alterações dos níveis sanguíneos das enzimas hepáticas que podem ser observadas
em análises ao sangue.
– Micção involuntária e incontrolável.
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas)
– Diminuição dos níveis de sódio no sangue que pode ser observada nas análises ao
sangue.
– Desorientação e confusão frequentemente acompanhadas de alucinações (delírio).
Muito raros (podem afetar até 1 em 10.000 pessoas)
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– Produção anormal ou aumentada de uma hormona chamada prolactina que pode
ser observada nas análises ao sangue.
Movimentos
involuntários
músculos,
principalmente
face
língua
(discinesia tardia).
– Hemorragia inesperada, por exemplo, gengivas inflamadas, sangue na urina ou no
vómito,
aparecimento
nódoas
negras
inesperadas
rutura
vasos
sanguíneos (derrames).
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
– Agressividade.
– Sensação de girar.
Efeitos secundários adicionais em crianças e adolescentes
Embora este medicamento não seja normalmente recomendado em crianças e
adolescentes, foram também notificados casos de hostilidade, autoagressividade,
dores de estômago, indigestão e azia, bem como dor muscular.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Venlafaxina Mylan
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não
utilize
este
medicamento
após
prazo
validade
impresso
rótulo/embalagem exterior, após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia
do mês indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
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Qual a composição de Venlafaxina Mylan
A substância ativa é a venlafaxina.
Cada cápsula de libertação prolongada contém cloridrato de venlafaxina, equivalente
a 37,5 mg, 75 mg ou 150 mg de venlafaxina (como cloridrato).
Os outros componentes são: hipromelose, copolímero de metacrilato de amónio,
laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio, copolímero básico de metacrilato de
butilo. O invólucro da cápsula contém: dióxido de titânio E171, gelatina, óxido de
ferro vermelho E172 (apenas para a dosagem de 75 mg), eritrosina E127 e
indigotina E132 (apenas para a dosagem de 150 mg). Tinta de impressão: goma
laca, óxido de ferro preto.
Qual o aspeto de Venlafaxina Mylan e conteúdo da embalagem
Dosagem de 37,5 mg
Cápsulas de cor branca, opacas, com a impressão “VEN” na cabeça da cápsula e
“37,5” no corpo.
Dosagem de 75 mg
Cápsulas de cor bege rosado, opacas, com a impressão “VEN” na cabeça da cápsula
e “75” no corpo.
Dosagem de 150 mg
Cápsulas de cor escarlate, opacas, com a impressão “VEN” na cabeça da cápsula e
“150” no corpo.
As cápsulas de libertação prolongada de Venlafaxina Mylan estão disponíveis em
embalagens blister de 7, 10, 14, 20, 25, 28, 30, 50, 56, 70, 90, 100, 500 e 1000
cápsulas e em embalagens múltiplas de 90 cápsulas que contêm 3 embalagens, cada
uma contendo 30 cápsulas ou de 100 cápsulas que contêm 2 embalagens, cada uma
contendo 50 cápsulas e frascos contendo 7, 10, 14, 20, 25, 28, 30, 50, 56, 70, 90,
100 e 250 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C – 7.3 e 7.4
1990095 Lisboa
Fabricantes
McDermott Laboratories Ltd t/a Gerard Laboratories, 35/36 Baldoyle industrial
estate, Grange Road, Dublin 13, Irlanda
Pharmathen S.A, 6, Dervenakion str, 153 51 Pallini, Attikis, Grécia
Mylan Hungary Kft, H2900 Komarom, Mylan utca 1, Hungria
Pharmathen International S.A, Sapes Industrial Park, Block 5, 69300 Rodopi, Grécia
Pharma Pack Kft, 2040, Hungary, Budaros Vasut u. 13, Hungria
Mylan dura GmbH, Wittichstr. 6, D64295, Darmstadt, Alemanha
Mylan B.V, Dieselweg 25, 3752 LB Bunschoten, Países Baixos
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Mylan S.A.S, 10 avenue de Lattre de Tassigny Zac des Gaulnes, 69330, Meyzieu,
França
Mylan S.A.S, S117 Allee des Parcs, 69800 Saint Priest, Lyon, França
Europhartech, rue Henri Matisse, 63370 Lempdes, França
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu com os seguintes nomes:
Áustria:
Venlafaxin Arcana retard – Kapseln
Bélgica e Holanda:
Venlafaxine Retard Mylan
Suécia,
República
Checa e Eslováquia:
Venlafaxin Mylan
França:
VENLAFAXINE Mylan gélule à libération prolongée
Alemanha:
Venlafaxin dura 37,5,75, 150 mg Hartkapseln, retardiert
Grécia:
Venlafaxine/Mylan
75mg/CAP
Καψάκιο
παρατεταµένης
αποδέσµευσης, σκληρό Venlafaxine/Mylan 150mg/CAP Καψάκιο
παρατεταµένης αποδέσµευσης, σκληρό
Irlanda:
Venlofex
Itália:
Venlafaxina Mylan
Polónia:
Faxigen XL
Portugal:
Venlafaxina Mylan
Espanha:
Venlamylan Retard cápsulas duras de liberación prolongada EFG
Reino Unido:
Vexarin XL prolonged release capsules, hard
Este folheto foi revisto pela última vez em fevereiro de 2019.
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Venlafaxina Mylan 37,5 mg cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Mylan 75 mg cápsulas de libertação prolongada
Venlafaxina Mylan 150 mg cápsulas de libertação prolongada
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Para a dosagem de 37,5 mg
Cada cápsula de libertação prolongada contém 42,43 mg de venlafaxina, cloridrato
equivalente a 37,5 mg de venlafaxina.
Para a dosagem de 75 mg
Cada cápsula de libertação prolongada contém 84,86 mg de venlafaxina, cloridrato
equivalente a 75 mg de venlafaxina.
Para a dosagem de 150 mg
Cada cápsula de libertação prolongada contém 169,71 mg de venlafaxina, cloridrato
equivalente a 150 mg de venlafaxina.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula de libertação prolongada.
Dosagem de 37,5 mg
Cápsulas de cor branca, de tamanho 0, opacas, com a impressão “VEN” na cabeça da
cápsula e “37,5” no corpo.
Dosagem de 75 mg
Cápsulas de cor bege rosado, de tamanho 0, opacas, com a impressão “VEN” na
cabeça da cápsula e “75” no corpo.
Dosagem de 150 mg
Cápsulas de cor escarlate, de tamanho 00, opacas, com a impressão “VEN” na
cabeça da cápsula e “150” no corpo.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento de episódios depressivos major.
Prevenção da recorrência de episódios depressivos major.
Tratamento da perturbação de ansiedade generalizada.
Tratamento da perturbação de ansiedade social.
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INFARMED
Tratamento da perturbação de pânico, com ou sem agorafobia.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Episódios depressivos major
A dose inicial recomendada de venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg
administrados uma vez por dia. Os doentes que não respondam a uma dose inicial
de 75 mg/dia poderão beneficiar de aumentos da dose até uma dose máxima de
375 mg/dia.
aumentos
dose
podem
efetuados
intervalos
2 semanas ou mais. Se justificado clinicamente pela gravidade dos sintomas, os
aumentos das doses podem ser efetuados com intervalos mais frequentes, mas
nunca inferiores a 4 dias.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da
dose devem ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser
mantida a dose efetiva mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado
periodicamente, caso a caso. Pode ser apropriado o tratamento prolongado para a
prevenção da recorrência de episódios depressivos major (EDM). Na maioria dos
casos, a dose recomendada na prevenção de EDM é idêntica à utilizada para tratar o
episódio atual.
Deve continuar-se a utilização de medicamentos antidepressivos pelo menos seis
meses após a remissão.
Perturbação de ansiedade generalizada
A dose inicial recomendada de venlafaxina de libertação prolongada é de 75 mg,
administrados uma vez por dia. Os doentes que não respondam a uma dose inicial
de 75 mg/dia poderão beneficiar de aumentos da dose até uma dose máxima de
225 mg/dia.
aumentos
dose
podem
efetuados
intervalos
2 semanas ou mais.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da
dose devem ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser
mantida a dose efetiva mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado,
periodicamente, caso a caso.
Perturbação de ansiedade social
dose
recomendada
venlafaxina
libertação
prolongada
75 mg,
administrados uma vez por dia. Não existe evidência de que doses mais elevadas
possam conferir um benefício adicional.
Contudo,
doente
individualmente
não
responder
dose
inicial
75 mg/dia, poderão considerar-se aumentos da dose até uma dose máxima de
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225 mg/dia.
aumentos
dose
podem
efetuados
intervalos
2 semanas ou mais.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da
dose devem ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser
mantida a dose efetiva mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado,
periodicamente, caso a caso.
Perturbação de pânico
Recomenda-se a utilização de uma dose de 37.5 mg/dia de venlafaxina de libertação
prolongada durante 7 dias. A dose deve então ser aumentada para 75 mg/dia. Os
doentes que não respondam a uma dose de 75 mg/dia podem beneficiar de
aumentos da dose até 225 mg/dia. Os aumentos da dose podem ser efetuados com
intervalos de 2 semanas ou mais.
Dado o risco de acontecimentos adversos relacionados com a dose, os aumentos da
dose devem ser feitos apenas após avaliação clínica (ver secção 4.4). Deve ser
mantida a dose efetiva mais baixa.
Os doentes devem receber tratamento durante um período de tempo suficiente,
geralmente durante vários meses ou mais. O tratamento deve ser reavaliado,
periodicamente, caso a caso.
Utilização em doentes idosos
Com base apenas na idade não se consideram necessárias alterações específicas da
posologia habitual de venlafaxina. Contudo, recomenda-se precaução no tratamento
dos idosos (por exemplo, devido à possibilidade de compromisso renal e de
alterações potenciais da sensibilidade e afinidade da neurotransmissão que ocorrem
com o envelhecimento). Deve utilizar-se sempre a dose efetiva mais baixa e os
doentes devem ser cuidadosamente monitorizados quando for necessário efetuar um
aumento da dose.
População pediátrica
Não se recomenda a utilização de venlafaxina em crianças e adolescentes.
estudos
clínicos
controlados
realizados
crianças
adolescentes
perturbações depressivas major não demonstraram eficácia e os resultados não
suportam a utilização de venlafaxina nestes doentes (ver secções 4.4 e 4.8).
Não foi estabelecida a eficácia e a segurança de venlafaxina noutras indicações em
crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Utilização em doentes com compromisso hepático
doentes
compromisso
hepático
ligeiro
moderado
deve,
geral
considerar-se uma redução da dose de venlafaxina de 50%. Contudo, dada a
variabilidade interindividual observada na depuração, é desejável a individualização
da dose.
APROVADO EM
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INFARMED
Os dados de doentes com compromisso hepático grave são limitados. Recomenda-se
precaução e deve considerar-se uma redução da dose de 50% ou mais. Deve avaliar-
se o benefício potencial em relação com o risco do tratamento de doentes com
compromisso hepático grave.
Utilização em doentes com compromisso renal
Recomenda-se precaução na utilização em doentes com uma taxa de filtração
glomerular (TFG) entre 30 e 70 ml/min, apesar de não ser necessário proceder a
uma alteração da posologia. Nos doentes que requerem hemodiálise e em doentes
com compromisso renal grave (TFG < 30 ml/min), a dose deve ser reduzida de 50%.
Dada a variabilidade interindividual na depuração nestes doentes, é desejável a
individualização da dose.
Reações de privação observadas na descontinuação do tratamento com venlafaxina
A descontinuação abrupta do tratamento deve ser evitada. Quando o tratamento
com venlafaxina for descontinuado a dose deve ser gradualmente diminuída durante
um período de pelo menos uma a duas semanas, de forma a reduzir o risco de
reações de privação (ver secções 4.4 e 4.8). Se no decurso de uma diminuição da
dose, ou da descontinuação do tratamento, ocorrerem sintomas intoleráveis deverá
avaliada
necessidade
retomar
dose
anteriormente
prescrita.
Subsequentemente, o médico poderá continuar com a redução da dose, mas de
forma mais gradual.
Modo de administração
Para via oral.
Recomenda-se que a venlafaxina, cápsulas de libertação prolongada, seja tomada
com alimentos, aproximadamente à mesma hora todos os dias. As cápsulas devem
ser ingeridas inteiras com um líquido e não devem ser divididas, esmagadas,
mastigadas ou dissolvidas.
Os doentes que estejam a tomar venlafaxina, comprimidos de libertação imediata,
podem alterar a terapêutica para venlafaxina, cápsulas de libertação prolongada,
com uma dose diária equivalente mais próxima. Por exemplo, pode substituir-se
venlafaxina comprimidos de libertação imediata a 37,5 mg duas vezes por dia por
cápsulas de libertação prolongada a 75 mg uma vez por dia. Pode ser necessário
efetuar ajustes individuais da dose.
As cápsulas de libertação prolongada de venlafaxina contêm esferoides que libertam
lentamente o fármaco no trato digestivo. A porção insolúvel destes esferoides é
eliminada e pode observar-se nas fezes.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
Está contraindicada a utilização concomitante com inibidores da monoaminoxidase
(IMAO) irreversíveis, devido ao risco de síndrome serotoninérgica com sintomas tais
como agitação, tremores e hipertermia. O tratamento com venlafaxina só pode
iniciar-se decorridos pelo menos 14 dias após a interrupção do tratamento com um
IMAO irreversível.
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INFARMED
Após a interrupção do tratamento com a venlafaxina devem aguardar-se no mínimo
7 dias antes de se iniciar um IMAO irreversível (ver secções 4.4 e 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Suicídio/ideação suicida ou agravamento da situação clínica
depressão
está
associada
aumento
risco
ideação
suicida,
autoagressividade e suicídio (pensamentos/comportamentos relacionados com o
suicídio). O risco prevalece até que ocorra remissão significativa dos sintomas. Como
durante as primeiras semanas ou mais de tratamento pode não se verificar qualquer
melhoria, os doentes deverão ter uma vigilância mais rigorosa até que essa melhoria
ocorra. De acordo com a prática clínica, em geral o risco de suicídio pode aumentar
nas fases iniciais da recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais a venlafaxina é prescrita podem estar
associados ao aumento do risco de ideação/comportamentos relacionados com o
suicídio. Adicionalmente, estas situações podem ser co mórbidas com os distúrbios
depressivos major. Consequentemente, no tratamento de doentes com outros
distúrbios psiquiátricos deverão ser tomadas as mesmas precauções que aquando da
terapêutica de doentes com distúrbios depressivos major.
Os doentes com história de pensamentos/comportamentos relacionados com o
suicídio ou que apresentem um grau significativo destes sintomas antes do início do
tratamento, apresentam também um maior risco de ideação suicida ou de tentativa
de suicídio, devendo por este motivo ser cuidadosamente monitorizados durante o
tratamento. Uma meta-análise de estudos clínicos controlados com placebo em
adultos
distúrbios
psiquiátricos
demonstrou
aumento
risco
comportamentos relacionados com o suicídio em doentes com menos de 25 anos a
tomar antidepressivos comparativamente aos doentes a tomar placebo.
A terapêutica medicamentosa deverá ser acompanhada de uma monitorização
rigorosa em particular nos doentes de maior risco especialmente na fase inicial do
tratamento ou na sequência de alterações posológicas. Os doentes, e os prestadores
de cuidados de saúde, devem ser alertados para a necessidade de monitorização
relativamente
qualquer
agravamento
situação
clínica,
pensamentos/comportamentos
relacionados
suicídio
para
procurar
assistência médica imediatamente caso estes ocorram.
População pediátrica
Venlafaxina Mylan não deve ser utilizado no tratamento de crianças e adolescentes
idade
inferior
18 anos.
Foram
observados
maior
frequência
comportamentos relacionados com o suicídio (tentativa de suicídio e ideação suicida)
e hostilidade (predominantemente agressão, comportamento de oposição e cólera)
em ensaios clínicos com crianças e adolescentes que se encontravam a tomar
antidepressivos, em comparação com os que se encontravam a tomar placebo. Se,
não obstante, com base na necessidade clínica, a decisão de tratamento for tomada,
o doente deve ser rigorosamente monitorizado em relação ao aparecimento de
sintomas suicidas. Não estão disponíveis dados de segurança a longo prazo em
crianças e adolescentes no que se refere ao crescimento, à maturação e ao
desenvolvimento cognitivo e comportamental.
Síndrome serotoninérgica
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INFARMED
Tal como com outros agentes serotoninérgicos, o desenvolvimento de síndrome
serotoninérgica potencialmente fatal, ou reações do tipo Síndrome Neuroléptica
Maligna (SNM) podem ocorrer com o tratamento com venlafaxina especialmente com
a administração concomitante de outros agentes serotoninérgicos (incluindo ISRSs,
ISRSNs,
anfetaminas
triptanos),
fármacos
possam
diminuir
metabolismo da serotonina tais como IMAOs (por exemplo, azul de metileno), ou
com antipsicóticos ou outros antagonistas da dopamina (ver secções 4.3 e 4.4).
Entre os sintomas da síndrome serotoninérgica incluem-se alterações do estado
mental (por exemplo, agitação, alucinações, coma), instabilidade neurovegetativa
(por
exemplo,
taquicardia,
pressão
arterial
lábil,
hipertermia),
aberrações
neuromusculares
(por
exemplo,
hiperreflexia,
descoordenação)
e/ou
sintomas
gastrointestinais (por exemplo, náuseas, vómitos, diarreia).
A síndrome serotoninérgica na sua forma mais grave pode assemelhar-se à síndrome
neuroléptica maligna (SNM), o que inclui hipertermia, rigidez muscular, instabilidade
neurovegetativa com possível flutuação rápida dos sinais vitais e alterações do
estado mental.
Se o tratamento concomitante com venlafaxina e outros agentes que podem afetar
sistemas
neurotransmissão
serotoninérgico
e/ou
dopaminérgico
clinicamente necessário, aconselha-se uma observação cuidadosa do doente, em
particular durante o início do tratamento e nos aumentos de dose.
Não se recomenda o uso concomitante da venlafaxina com percursores da serotonina
(tais como suplementos de triptofano).
Glaucoma de ângulo estreito
Pode ocorrer midríase relacionada com a toma de venlafaxina. Os doentes que
apresentam aumento da pressão intraocular ou doentes com risco de glaucoma de
ângulo estreito agudo (glaucoma de ângulo fechado) devem ser cuidadosamente
monitorizados.
Pressão arterial
Foram
notificados
frequentemente
casos
aumentos
pressão
arterial
relacionados com a dose com a venlafaxina. No período pós-comercialização foram
notificados
alguns
casos
pressão
arterial
elevada
grave
requereram
tratamento imediato. Recomenda-se que todos os doentes sejam cuidadosamente
monitorizados
relativamente
pressão
arterial
elevada
hipertensão
preexistente seja controlada antes do início do tratamento. A pressão arterial deve
ser monitorizada periodicamente, após início da terapêutica e após aumentos de
dose. Deve tomar-se precaução nos doentes cujo estado de saúde possa ser
comprometido pelos aumentos da pressão arterial, por exemplo, doentes com
insuficiência cardíaca.
Frequência cardíaca
Podem ocorrer aumentos da frequência cardíaca, principalmente com doses mais
elevadas. Recomenda se precaução nos doentes cujo estado de saúde possa ser
comprometido pelo aumento da frequência cardíaca.
Doença cardíaca e risco de arritmia
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INFARMED
A venlafaxina não foi estudada em doentes com história recente de enfarte do
miocárdio ou cardiopatia instável. Assim, deve ser usada com precaução nestes
doentes.
Na experiência pós-comercialização, foram notificados casos de prolongamento do
intervalo QTc, Torsade de pointes (TdP), taquicardia ventricular e arritmias cardíacas
fatais com a utilização de venlafaxina, especialmente em situações de sobredosagem
ou em doentes com outros fatores de risco para o prolongamento do intervalo
QTc/TdP. Deve considerar-se a relação dos benefícios e dos riscos antes de
prescrever venlafaxina a doentes com risco elevado de arritmias cardíacas graves ou
prolongamento do intervalo QTc (ver secção 5.1).
Convulsões
Durante o tratamento com a venlafaxina podem ocorrer convulsões. Tal como
acontece com todos os antidepressivos, a venlafaxina deve ser utilizada com
precaução em doentes com antecedentes de convulsões e estes doentes devem ser
monitorizados cuidadosamente. O tratamento deve ser descontinuado em qualquer
doente que desenvolva convulsões.
Hiponatremia
Podem ocorrer casos de hiponatremia e/ou de Síndrome de Secreção Inadequada da
Hormona Antidiurética (SIADH) com a venlafaxina. Esta foi reportada com mais
frequência em doentes com depleção de volume ou desidratados. Os doentes idosos,
os doentes que tomam diuréticos e os doentes com depleção de volume por outras
razões, podem estar em maior risco.
Hemorragia anómala
Os medicamentos que inibem a recaptação da serotonina podem originar uma
redução na agregação plaquetária. Os acontecimentos hemorrágicos relacionados
com a utilização de ISRSs e IRSNs vão desde equimoses, hematomas, epistaxe e
petéquias
hemorragias
gastrintestinais
potencialmente
fatais.
risco
hemorragia
pele
mucosas,
incluindo
hemorragia
gastrointestinal,
pode
aumentar em doentes a tomar venlafaxina. Tal como acontece com outros inibidores
da recaptação da serotonina, a venlafaxina deve ser usada com precaução em
doentes com predisposição para hemorragias, incluindo os doentes que tomam
anticoagulantes e inibidores das plaquetas.
Colesterol sérico
ensaios
clínicos
controlados
placebo
foram
registados
aumentos
clinicamente relevantes no colesterol sérico em 5,3% dos doentes tratados com a
venlafaxina e em 0,0% dos doentes tratados com placebo durante pelo menos
3 meses. Durante o tratamento prolongado a necessidade de efetuar a medição dos
níveis séricos de colesterol deve ser considerada.
Coadministração com produtos para perder peso
A segurança e eficácia da terapêutica com a venlafaxina em associação com produtos
para perder peso, nomeadamente a fentermina, não foram estabelecidas. Não se
recomenda a administração concomitante de venlafaxina e produtos para perder
peso. A venlafaxina não está indicada para perder peso, quer isoladamente, quer em
associação com outros produtos.
Mania/hipomania
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Numa pequena percentagem de doentes com perturbações do humor tratados com
antidepressivos, incluindo a venlafaxina, pode ocorrer mania/hipomania.
Tal como acontece com outros antidepressivos, a venlafaxina deve ser usada com
precaução nos doentes com história pessoal ou familiar de perturbação bipolar.
Agressividade
pequeno
número
doentes
tratados
antidepressivos,
incluindo
tratamento com a venlafaxina, pode ocorrer agressividade. Esta foi notificada
durante o início, as alterações de dose, ou a descontinuação do tratamento.
Tal como acontece com outros antidepressivos, a venlafaxina deve ser utilizada com
precaução em doentes com uma história de agressividade.
Descontinuação do tratamento
Os sintomas de privação observados durante a descontinuação do tratamento são
frequentes, em particular se a descontinuação é feita de forma abrupta (ver
secção 4.8). Nos ensaios clínicos os acontecimentos adversos observados durante a
descontinuação do tratamento (com redução gradual e após a redução) ocorreram
em aproximadamente 31% dos doentes tratados com venlafaxina e em 17% dos
doentes a tomar placebo.
O risco de ocorrência de sintomas de privação poderá depender de vários fatores,
incluindo a duração do tratamento, a dose administrada e a taxa de redução da
dose. Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia), distúrbios do sono
(incluindo insónia e sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas e/ou vómitos,
tremor
cefaleia
são
reações
adversas
mais
frequentemente
notificadas.
Geralmente estes sintomas são de intensidade ligeira a moderada, contudo em
alguns doentes podem ser intensos. Estes sintomas ocorrem geralmente durante os
primeiros dias de descontinuação do tratamento, no entanto também têm sido muito
raramente notificados em doentes que inadvertidamente falharam uma toma do
medicamento.
geral
estes
sintomas
são
autolimitados
normalmente
desaparecem dentro de 2 semanas, apesar de em alguns indivíduos se poderem
prolongar (2-3 meses ou mais). Consequentemente, é aconselhável a redução
gradual de venlafaxina quando o tratamento é descontinuado, durante um período
de várias semanas ou meses, de acordo com as necessidades do doente (ver
secção 4.2).
Acatisia /Agitação psicomotora
A administração de venlafaxina tem sido associada ao desenvolvimento de acatisia,
caracterizada
agitação
subjetivamente
desconfortável
perturbadora,
necessidade de movimento, frequentemente acompanhada por incapacidade do
doente se sentar ou permanecer em repouso. Esta situação é mais frequente nas
primeiras semanas de tratamento. Nos doentes que desenvolvam estes sintomas o
aumento da dose pode ser prejudicial.
Xerostomia
Foi notificada xerostomia em 10% dos doentes tratados com venlafaxina. Esta pode
aumentar o risco de cáries e os doentes devem ser aconselhados sobre a importância
de manter a higiene dentária.
Diabetes
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Nos doentes com diabetes, o tratamento com um ISRS ou venlafaxina pode alterar o
controlo
glicémico.
Pode
necessário
ajustar
dose
insulina
e/ou
antidiabéticos orais.
Interações do fármaco nas análises laboratoriais
Têm sido notificados em doentes que tomam venlafaxina, falso-positivos em análises
de imunoensaio de rastreio à urina para a fenciclidina (PCP) e anfetaminas. Isto
deve-se à falta de especificidade dos testes de rastreio. Os resultados falso-positivos
poderão ser obtidos vários dias após a interrupção da terapêutica com venlafaxina.
As análises de confirmação, tais como a cromatografia gasosa/espectrometria de
massa, distinguirão a venlafaxina da PCP e anfetaminas.
Sódio
Este medicamento contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por cápsula, ou seja,
é praticamente “isento de sódio”.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
IMAOs irreversíveis não seletivos
A venlafaxina não deve ser utilizada com IMAOs irreversíveis não seletivos. O
tratamento com venlafaxina não deve iniciar-se antes de decorridos pelo menos
14 dias após a interrupção do tratamento com um IMAO irreversível não seletivo.
Deve descontinuar-se o tratamento com a venlafaxina no mínimo 7 dias antes de se
iniciar o tratamento com um IMAO irreversível não seletivo (ver secções 4.3 e 4.4).
IMAOs reversíveis seletivos (moclobemida)
Não se recomenda a associação de venlafaxina com um IMAOs reversível e seletivo,
tal como a moclobemida, devido ao risco de síndrome serotoninérgica. Após o
tratamento com um inibidor da MAO reversível, pode iniciar-se o tratamento com
venlafaxina num período de tempo mais curto do que 14 dias. Deve descontinuar-se
o tratamento com a venlafaxina no mínimo 7 dias antes de se iniciar o tratamento
com um IMAO reversível (ver secção 4.4).
IMAOs reversíveis, não seletivos (linezolida)
O antibiótico linezolida é um IMAO reversível, não seletivo, fraco, e não deve ser
dado a doentes a receber tratamento com venlafaxina (ver secção 4.4).
Foram
notificadas
reações
adversas
graves
doentes
interromperam
recentemente
IMAO
iniciaram
venlafaxina
interromperam
recentemente o tratamento com a venlafaxina antes de iniciarem um IMAO. Estas
reações incluíram tremores, mioclonia, diaforese, náuseas, vómitos, rubor, tonturas
e hipertermia com aspetos semelhantes aos de uma síndrome neuroléptica maligna,
convulsões e morte.
Síndrome serotoninérgica
Tal como
outros
agentes
serotoninérgicos,
durante
tratamento
venlafaxina, pode ocorrer síndrome serotoninérgica, uma condição potencialmente
fatal, especialmente com a administração concomitante de outros fármacos que
possam afetar o sistema neurotransmissor serotoninérgico (incluindo triptanos,
ISRSs, ISRSNs, anfetaminas, lítio, sibutramina, hipericão [Hypericum perforatum]),
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
com fármacos que possam diminuir o metabolismo da serotonina (tais como IMAOs,
por exemplo, azul de metileno) ou com precursores da serotonina (tais como
suplementos de triptofano).
Se a administração concomitante de venlafaxina com um ISRS, um IRSN ou com
recetores
agonistas
serotonina
(triptano)
estiver
indicada,
aconselha-se
observação cuidadosa do doente, especialmente durante o início do tratamento e
durante os aumentos da dose. A administração concomitante de venlafaxina com
precursores da serotonina (tal como suplementos de triptofano) não é recomendada
(ver secção 4.4).
Fármacos que atuam no SNC
O risco de administração concomitante da venlafaxina com outros fármacos que
atuam no SNC não foi avaliado sistematicamente. Desta forma, deve tomar-se
precaução
quando
venlafaxina
administrada
associação
outras
substâncias que atuam no SNC.
Etanol
Demonstrou-se que a venlafaxina não provoca agravamento do compromisso das
capacidades intelectuais e motoras causadas pelo etanol. Contudo, tal como com
outras substâncias que atuam sobre o SNC, os doentes devem ser aconselhados a
evitar o consumo de álcool.
Medicamentos que prolongam o intervalo QT
risco
prolongamento do
intervalo
e/ou
arritmias
ventriculares
(por
exemplo, TdP) aumenta com a utilização concomitante de outros medicamentos que
prolongam o intervalo QTc. A administração concomitante destes medicamentos
deve ser evitada (ver secção 4.4).
As classes relevantes incluem:
– antiarrítmicos de classe Ia e III (por exemplo, quinidina, amiodarona, sotalol,
dofetilida)
– alguns antipsicóticos (por exemplo, tioridazina)
– alguns macrólidos (por exemplo, eritromicina)
– alguns anti-histamínicos
– alguns antibióticos do grupo das quinolonas (por exemplo, moxifloxacina)
A lista acima não é exaustiva e devem ser evitados outros medicamentos que se
sabe aumentarem significativamente o intervalo QT.
Efeito da venlafaxina em outros medicamentos
Medicamentos metabolizados pelas Isoenzimas do Citocromo P450:
Estudos in vivo indicam que a venlafaxina é um inibidor relativamente fraco da
CYP2D6. A venlafaxina não inibiu CYP3A4 (alprazolam e carbamazepina), CYP1A2
(cafeína) e CYP2C9 (tolbutamida) ou CYP2C19 (diazepam) in vivo.
Efeitos de outros medicamentos sobre a venlafaxina:
Cetoconazol (inibidor da CYP3A4)
estudo
farmacocinético
realizado
cetoconazol
indivíduos
metabolizadores extensivos (ME) e fracos (MF) de CYP2D6 observaram-se AUC mais
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
elevadas
venlafaxina
(70%
indivíduos
CYP2D6,
respetivamente) e de Odesmetilvenlafaxina (33% e 23% em indivíduos MF e ME de
CYP2D6, respetivamente) após a administração de cetoconazol. O uso concomitante
inibidores
CYP3A4
(por
exemplo,
atazanavir,
claritromicina,
indinavir,
itraconazol, voriconazol, posaconazol, cetoconazol, nelfinavir, ritonavir, saquinavir,
telitromicina)
venlafaxina
pode
aumentar
níveis
venlafaxina
desmetilvenlafaxina. Deste modo, aconselha-se precaução no caso de a terapêutica
do doente incluir concomitantemente um inibidor da CYP3A4 e venlafaxina.
Efeitos da venlafaxina sobre outros medicamentos:
Lítio
Pode
ocorrer
síndrome
serotoninérgica
administração
concomitante
venlafaxina e lítio (ver Síndrome serotoninérgica).
Diazepam
A venlafaxina não tem efeitos sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica do
diazepam e do seu metabolito ativo, desmetildiazepam. O diazepam não parece
afetar
farmacocinética,
quer
venlafaxina,
quer
Odesmetilvenlafaxina.
Desconhece-se se existe interação farmacocinética e/ou farmacodinâmica com outras
benzodiazepinas.
Imipramina
A venlafaxina não afetou a farmacocinética da imipramina e da 2OH-imipramina.
Houve um aumento dependente da dose da AUC da 2OH-desipramina de 2,5 a 4,5
vezes, quando se administrou uma dose diária de venlafaxina de 75 mg a 150 mg. A
imipramina não afetou a farmacocinética da venlafaxina e Odesmetilvenlafaxina.
Desconhece-se o significado clínico desta interação. Deve tomar-se precaução com a
administração concomitante de venlafaxina e imipramina.
Haloperidol
Um estudo farmacocinético com o haloperidol demonstrou uma diminuição de 42%
na depuração oral total, aumento de 70% na AUC, aumento de 88% na Cmax,
mantendo-se inalterada a semivida, do haloperidol. Estes resultados devem ser tidos
em consideração em doentes a receber tratamento concomitante com haloperidol e
venlafaxina concomitantemente. Desconhece-se o significado clínico desta interação.
Risperidona
venlafaxina
provocou
aumento
não
alterou
significativamente o perfil farmacocinético de fármaco ativo total (risperidona e 9-
hidroxirisperidona). Desconhece-se o significado clínico desta interação.
Metoprolol
A administração concomitante da venlafaxina e metoprolol a voluntários saudáveis,
num estudo de interação farmacocinética entre os dois fármacos, causou um
aumento das concentrações plasmáticas do metoprolol de aproximadamente 30–
40%, sem alterar as concentrações plasmáticas do seu metabolito ativo, o a-
hidroximetoprolol. Desconhece-se a relevância clínica desta observação em doentes
hipertensos. O metoprolol não alterou o perfil farmacocinético da venlafaxina ou do
metabolito
ativo,
Odesmetilvenlafaxina.
Deve
ter-se
precaução
administração concomitante de venlafaxina e metoprolol.
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Indinavir
Um estudo farmacocinético com o indinavir demonstrou um decréscimo de 28% na
AUC e de 36% na Cmax do indinavir. O indinavir não alterou o perfil farmacocinético
da venlafaxina ou da Odesmetilvenlafaxina. Desconhece-se o significado clínico desta
interação.
Contracetivos orais
Na experiência pós-comercialização, foram relatadas gravidezes não planeadas em
indivíduos que tomaram contracetivos orais enquanto estavam em venlafaxina. Não
evidências
claras
essas
gravidezes
foram
resultado
interação
medicamentosa com a venlafaxina. Não foi realizado nenhum estudo de interação
com contracetivos hormonais.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados suficientes sobre a utilização de venlafaxina em mulheres
grávidas.
estudos
animais
revelaram
toxicidade
reprodutiva
(ver
secção 5.3).
Desconhece-se o risco potencial para os seres humanos. A venlafaxina só deve ser
administrada a mulheres grávidas se os benefícios esperados superam qualquer risco
possível.
Tal como com outros inibidores da recaptação da serotonina (ISRSs/IRSNs), se a
venlafaxina
utilizada
até,
pouco
tempo
antes,
nascimento,
deverá
considerar-se a possibilidade de ocorrerem efeitos de privação no recém-nascido.
Alguns recém-nascidos expostos à venlafaxina no final do terceiro trimestre de
gravidez apresentaram complicações que requereram alimentação através de sonda,
suporte ventilatório ou hospitalização prolongada. Tais complicações podem surgir
imediatamente após o parto.
Podem observar-se os seguintes sintomas nos recém-nascidos se a mãe tomou um
ISRS/IRSN
final
gravidez:
irritabilidade,
tremores,
hipotonia,
choro
persistente, dificuldade na amamentação e em dormir. Estes sintomas podem dever-
se, quer a efeitos serotoninérgicos, quer a sintomatologia relacionada com a
exposição. Na maioria dos casos estas complicações observam-se imediatamente ou
dentro de 24 horas após o parto.
Dados epidemiológicos sugerem que a utilização de antidepressivos ISRS durante a
gravidez, em especial na parte final, pode aumentar o risco de hipertensão pulmonar
persistente no recém-nascido (HPPN). Embora não existam estudos relativos à
relação
entre
HPPN
tratamento
inibidores
recaptação
serotonina/noradrenalina,
este
risco
potencial
não
pode
excluído
para
tratamento
venlafaxina,
tendo
consideração
mecanismo
ação
relacionado (inibição da recaptação da serotonina).
Amamentação
A venlafaxina e o seu metabolito ativo O-desmetilvenlafaxina são excretados no leite
materno. Foram notificados casos pós-comercialização de lactentes amamentados
que apresentaram choro, irritabilidade e padrões anormais de sono. Foram também
notificados sintomas compatíveis com a suspensão da venlafaxina após a interrupção
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
da amamentação. Não pode excluir-se um risco para a criança amamentada. Assim,
deve
optar
continuar/descontinuar
amamentação
continuar/descontinuar a terapêutica com venlafaxina, tendo em consideração os
benefícios da amamentação para a criança e os benefícios da terapêutica com
venlafaxina para a mulher.
Fertilidade
Foi observada uma redução da fertilidade num estudo em que ratos de ambos os
sexos foram expostos a O-desmetilvenlafaxina. A relevância deste estudo para os
humanos é desconhecida (ver secção 5.3).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Qualquer psicofármaco pode perturbar o raciocínio, o pensamento ou as capacidades
motoras. Assim, qualquer doente a receber tratamento com venlafaxina deve ser
prevenido relativamente à sua capacidade de condução e de trabalho com máquinas
perigosas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas notificadas como muito frequentes (>1/10) em estudos clínicos
foram náuseas, xerostomia, cefaleias e sudação (incluindo suores noturnos).
Tabela de reações adversas
As reações adversas são apresentadas abaixo por classes de sistemas de órgãos,
categoria de frequência e ordem decrescente de gravidade clínica dentro de cada
categoria de frequência.
frequências
foram
definidas
como:
muito
frequentes
(≥ 1/10),
frequentes
(≥ 1/100, < 1/10), pouco frequentes (≥ 1/1.000, < 1/100), raros (≥ 1/10.000,
< 1/1.000), muito raros (< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir
dos dados disponíveis).
Classes
sistemas de
órgãos
Muito
frequen
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito
raros
Desconhe
cido
Doenças do
sangue
sistema
linfático
Agranuloci
tose*,
anemia
aplástica*,
neutropeni
pancitope
nia*
Trombocito
penia*
Doenças do
sistema
imunitário
Reação
anafilática
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Classes
sistemas de
órgãos
Muito
frequen
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito
raros
Desconhe
cido
Doenças
endócrinas
Secreção
inapropria
hormona
antidiuréti
Prolactine
aumentada
Doenças do
metabolism
nutrição
Diminuição
do apetite
Hiponatre
mia*
Perturbaçõe
foro
psiquiátrico
Insónia
Estado
confusional*
despersonali
zação*,
anorgasmia,
líbido
diminuída,
nervosismo,
sonhos
anormais,
agitação*
Mania,
alucinação,
desrealizaç
ão,
orgasmo
anormal,
apatia,
hipomania,
bruxismo*
Delírio
Ideação
suicida
comporta
mentos
suicidasa,
agressivid
adeb
Doenças do
sistema
nervoso
Tontura
cefaleia
sedaçã
Acatisia*,
disgeusia,
parestesia,
tremor
Síncope,
mioclonia,
coordenaçã
anormal*,
alteração
equilíbrio*,
discinesia*
Convulsõe
síndrome
neurolépti
ca maligna
(SNM)*,
síndrome
serotoniné
rgica*,
distonia*
Discinesia
tardia*
Afeções
oculares
Perturbação
acomodação
incluindo
visão turva,
midríase,
insuficiência
visual
Glaucoma
ângulo
fechado*
Afeções
ouvido e do
labirinto
Acufenos*
Vertigens
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Classes
sistemas de
órgãos
Muito
frequen
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito
raros
Desconhe
cido
Cardiopatia
Palpitações*
Taquicardia
Fibrilhação
ventricular
taquicardi
ventricular
*, Torsade
pointes*,
intervalo
prolongad
o (ECG)*
Vasculopati
Hipertensão,
afrontament
Hipotensão
ortostática,
hipotensão
Doenças
respiratória
s, torácicas
mediastino
Dispneia*,
bocejos
Doença
pulmonar
intersticial
eosinofilia
pulmonar*
Doenças
gastrointest
inais
Náusea
xerosto
mia,
obstipa
ção
Vómitos,
diarreia*
Hemorragi
gastrointes
tinal*
Pancreatit
Afeções
hepatobiliar
Prova
função
hepática
anormal*
Hepatite*
Afeções dos
tecidos
cutâneos
subcutâneo
Hiperidr
ose*
(incluin
suores
noturno
Erupção
cutânea,
prurido*
Angioedem
reação
fotossensib
ilidade,
equimose,
alopecia*,
urticária*
Síndrome
Stevens-
Johnson*,
eritema
multiform
necrólise
epidérmic
a tóxica*
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Classes
sistemas de
órgãos
Muito
frequen
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Muito
raros
Desconhe
cido
Afeções
musculosqu
eléticas
tecidos
conjuntivos
Hipertonia
Rabdomiól
ise*
Doenças
renais
urinárias
Hesitação
urinária,
retenção
urinária,
polaquiúria*
Incontinên
urinária*
Doenças
órgãos
genitais
da mama
Menorragia*
metrorragia
perturbaçõe
ejaculação,
disfunção
erétil
Perturbaçõe
gerais
alterações
no local de
administraç
Astenia,
fadiga,
arrepios*
Hemorragi
mucosas*
Exames
complemen
tares
diagnóstico
Colesterole
aumentada,
aumento de
peso,
diminuição
de peso
Tempo
hemorragi
prolongado
RAM identificada no período de pós-comercialização
Foram
notificados
casos
ideação/comportamento
suicida
durante
tratamento com venlafaxina ou imediatamente após a sua descontinuação (ver
secção 4.4).
Ver secção 4.4
Num conjunto de ensaios clínicos, a incidência de cefaleias com venlafaxina e
placebo foi semelhante.
A descontinuação de venlafaxina (em particular quando é feita de forma abrupta)
está
frequentemente
associada
sintomas
privação.
Tonturas,
distúrbios
sensoriais (incluindo parestesias), distúrbios do sono (incluindo insónia e sonhos
intensos),
agitação
ansiedade, náuseas e/ou
vómitos,
tremor,
cefaleias,
síndrome gripal são as reações mais frequentemente notificadas. Geralmente estes
sintomas são de intensidade ligeira a moderada e são autolimitados, contudo em
alguns doentes podem ser intensos e/ou prolongados. Consequentemente, quando o
tratamento com venlafaxina deixar de ser necessário é aconselhável que se proceda
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
à sua descontinuação de forma gradual através do escalonamento de doses (ver
secções 4.2 e 4.4).
População pediátrica
De um modo geral, o perfil de reações adversas da venlafaxina (em ensaios clínicos
controlados com placebo) em crianças e adolescentes (entre os 6 e os 17 anos de
idade) foi idêntico ao observado nos adultos. Tal como nos adultos, observou-se
diminuição do apetite, perda de peso, aumento da pressão arterial e aumento do
colesterol sérico (ver secção 4.4).
Em ensaios clínicos em pediatria foi observado a reação adversa de ideação suicida.
Houve também um aumento de notificações de hostilidade e, principalmente na
perturbação depressiva major, de autoflagelação.
Em particular observaram-se as seguintes reações adversas nos doentes pediátricos:
dor abdominal, agitação, dispepsia, equimose, epistaxe e mialgia.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Na experiência pós-comercialização, foi notificada sobredosagem com a venlafaxina,
na maioria dos casos em associação com álcool e/ou outras substâncias. Os
acontecimentos relatados mais frequentes em casos de sobredosagem incluem
taquicardia,
alterações
estado
consciência
(desde
sonolência
coma),
midríase,
convulsões
vómitos.
Outros
acontecimentos
notificados
incluíram
alterações
eletrocardiográficas
(por
exemplo,
prolongamento
intervalo
bloqueio de ramo, prolongamento QRS [ver secção 5.1]), taquicardia ventricular,
bradicardia, hipotensão, vertigens e morte.
Estudos retrospetivos publicados referem que a sobredosagem com venlafaxina pode
estar associada a um aumento do risco de resultados fatais comparativamente ao
observado
antidepressivos
ISRSs,
inferior
observado
antidepressivos tricíclicos. Estudos epidemiológicos mostraram que doentes tratados
com venlafaxina têm mais fatores de risco de suicídio comparativamente aos doentes
tratados com ISRSs. Não se encontra ainda esclarecido se o aumento observado de
risco de resultados fatais pode ser atribuído à toxicidade da venlafaxina nos casos de
sobredosagem ou a algumas características dos próprios doentes. Deverá ser
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
prescrita a menor dose de venlafaxina, consistente com o controlo adequado do
doente, a fim de reduzir o risco de sobredosagem.
Tratamento recomendado
Recomenda-se que sejam tomadas as medidas gerais de suporte e sintomáticas;
deverão ser monitorizados o ritmo cardíaco e os sinais vitais. No caso de existir um
risco de aspiração, não se recomenda a indução do vómito. A lavagem gástrica está
indicada quando puder ser efetuada pouco tempo após a ingestão ou em doentes
sintomáticos. A administração de carvão ativado pode igualmente limitar a absorção
da substância ativa. Não se prevê que a diurese forçada, diálise, hemoperfusão ou
transfusão sejam benéficas. Não se conhecem antídotos específicos da venlafaxina.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.9.3 –
Sistema
Nervoso
Central.
Psicofármacos.
Antidepressores
Código ATC: N06A X16.
Mecanismo de ação
Pensa-se que o mecanismo da atividade antidepressiva da venlafaxina em seres
humanos está relacionado com a potenciação da atividade neurotransmissora no
sistema nervoso central. Os estudos pré-clínicos demonstraram que a venlafaxina e
metabolito
principal,
Odesmetilvenlafaxina
(ODV),
são
inibidores
recaptação neuronal da serotonina e da noradrenalina. A venlafaxina é também um
inibidor fraco da recaptação da dopamina.
Efeitos farmacodinâmicos
A venlafaxina e o seu metabolito ativo reduzem a resposta βadrenérgica, quer após a
administração aguda (dose única), quer crónica. A venlafaxina e a ODV são muito
semelhantes relativamente à atividade global sobre a recaptação neurotransmissora
e ligação aos recetores.
venlafaxina não tem
afinidade
significativa
para
recetores
muscarínicos,
colinérgicos, histaminérgicos-H1 ou α1-adrenérgicos de cérebro de rato in vitro. A
atividade farmacológica a nível destes recetores pode estar relacionada com a
ocorrência de vários efeitos secundários observados com outros medicamentos
antidepressivos,
tais
como
efeitos
secundários
anticolinérgicos,
sedativos
cardiovasculares.
A venlafaxina não possui atividade inibitória da monoaminoxidase (MAO).
Estudos in vitro revelaram que a venlafaxina não tem afinidade significativa para os
recetores sensíveis aos opiáceos ou benzodiazepinas.
Eficácia e segurança clínicas
Episódios depressivos major:
eficácia
venlafaxina
libertação
imediata
tratamento
episódios
depressivos
major
estabelecida
cinco
estudos
curta
duração,
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
distribuição aleatória, efetuados sob dupla ocultação e controlados com placebo,
realizados num período de 4 a 6 semanas, com doses até 375 mg/dia. A eficácia de
venlafaxina de libertação prolongada, no tratamento de episódios depressivos major
foi estabelecida em dois estudos controlados com placebo, de curta duração,
realizados num período de 8 e 12 semanas, que incluíram doses entre 75 a
225 mg/dia.
Num estudo de duração prolongada os adultos em ambulatório, que responderam ao
tratamento com venlafaxina de libertação prolongada (75, 150, ou 225 mg) durante
8 semanas, sem ocultação, foram distribuídos aleatoriamente para continuar a
receber a mesma dose de venlafaxina de libertação prolongada ou placebo, durante
um período de 26 semanas, para observação de recaídas.
Num segundo estudo de duração prolongada, a eficácia da venlafaxina na prevenção
episódios
depressivos
recorrentes
durante
período
12 meses
estabelecida num estudo clínico, controlado com placebo e sob dupla ocultação,
realizado em adultos em ambulatório que apresentaram episódios depressivos major
recorrentes e que tinham, anteriormente, respondido ao tratamento com venlafaxina
(100 a 200 mg/dia, num esquema posológico de duas vezes por dia) no último
episódio de depressão.
Perturbação de ansiedade generalizada
A eficácia de venlafaxina cápsulas de libertação prolongada no tratamento da
perturbação de ansiedade generalizada (PAG) foi estabelecida em dois estudos de
8 semanas controlados com placebo, com uma dose constante (75 a 225 mg/dia),
um estudo com a duração de 6 meses, controlado com placebo, com uma dose
constante (75 a 225 mg/dia), e um estudo com a duração de 6 meses, controlado
com placebo, com uma dose variável (37,5, 75, e 150 mg/dia) em doentes adultos
em ambulatório.
Apesar de haver, também, evidência de superioridade sobre o placebo da dose de
37,5 mg/dia, esta dose não foi tão consistentemente efetiva quanto as doses mais
elevadas.
Perturbação de Ansiedade Social
A eficácia de venlafaxina cápsulas de libertação prolongada no tratamento da
perturbação de ansiedade social foi estabelecida em quatro ensaios efetuados sob
dupla ocultação, de grupos paralelos, com a duração de 12 semanas, multicêntricos,
controlados com placebo, de doses variáveis e um estudo efetuado sob dupla
ocultação, de grupos paralelos, com a duração de 6 meses, controlado com placebo,
de doses fixas/variáveis em doentes adultos em ambulatório. Os doentes foram
tratados com doses entre 75–225 mg/dia. Não houve qualquer evidência de maior
efetividade no grupo que recebeu 150 a 225 mg/dia comparativamente com o grupo
que recebeu 75 mg/dia no estudo com a duração de 6 meses.
Perturbação de pânico
A eficácia de venlafaxina cápsulas de libertação prolongada no tratamento da
perturbação
pânico
estabelecida
dois
ensaios
efetuados
dupla
ocultação, com a duração de 12 semanas, multicêntricos, controlados com placebo,
em doentes adultos em ambulatório que sofriam de perturbação de pânico, com ou
sem agorafobia. Nos estudos na perturbação de pânico a dose inicial foi de
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
37,5 mg/dia durante 7 dias. Seguidamente, os doentes receberam doses fixas de 75
ou 150 mg/dia num dos estudos e 75 ou 225 mg/dia no outro estudo.
A eficácia foi também estabelecida num estudo de longo prazo, efetuado sob dupla
ocultação, controlado com placebo, de grupos paralelos, que avaliou a segurança de
longo
prazo,
eficácia
prevenção
recaídas
doentes
adultos
ambulatório
responderam
tratamento
estudo
aberto.
doentes
continuaram a receber a mesma dose de venlafaxina de libertação prolongada que
tinham tomado durante a fase sem ocultação (75, 150 ou 225 mg).
Eletrofisiologia cardíaca
Num estudo QTc exaustivo e dedicado em indivíduos saudáveis, a venlafaxina não
prolongou
intervalo
numa
extensão
clinicamente
relevante
numa
dose
supraterapêutica de 450 mg/dia (administrada como 225 mg duas vezes por dia). No
entanto, na fase pós-comercialização foram notificados casos de prolongamento do
QTc/TdP e arritmia ventricular, especialmente em casos de sobredosagem ou em
doentes com outros fatores de risco para prolongamento do intervalo QTc/TdP (ver
secções 4.4, 4.8 e 4.9).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral de doses únicas de venlafaxina de libertação imediata, pelo
menos 92% da venlafaxina é absorvida. A biodisponibilidade absoluta é de 40 a
45%, devido a metabolismo pré sistémico. Após a administração de venlafaxina de
libertação imediata atingem-se as concentrações máximas de venlafaxina e ODV no
plasma ao fim de 2 e 3 horas, respetivamente. Após a administração de venlafaxina
em cápsulas de libertação prolongada, as concentrações plasmáticas máximas de
venlafaxina e ODV atingem-se após 5,5 e 9 horas, respetivamente. Quando doses
diárias
equivalentes
venlafaxina
são
administradas,
quer
forma
comprimido de libertação imediata, quer como cápsula de libertação prolongada, a
cápsula de libertação prolongada proporciona uma taxa mais baixa de absorção, mas
a mesma extensão de absorção, comparativamente com o comprimido de libertação
imediata. Os alimentos não afetam a biodisponibilidade da venlafaxina e ODV.
Distribuição
A venlafaxina e a ODV ligam-se minimamente às proteínas plasmáticas humanas em
concentrações terapêuticas (27% e 30%, respetivamente). O volume de distribuição
venlafaxina
estado
estacionário,
após
administração
intravenosa,
4,4 + 1,6 l/kg.
Biotransformação
venlafaxina
sofre
extenso
metabolismo
hepático.
venlafaxina
extensivamente metabolizada, principalmente no metabolito ativo ODV. Estudos
in vitro e in vivo indicam que a venlafaxina sofre biotransformação no seu principal
metabolito ativo, a ODV, pela CYP2D6. Estudos in vitro e in vivo indicam que a
venlafaxina é metabolizada em Ndesmetilvenlafaxina, um metabolito menor e menos
ativo, pela CYP3A4. Estudos in vitro e in vivo indicam que a venlafaxina é um inibidor
fraco da CYP2D6. A venlafaxina não inibiu a CYP1A2, a CYP2C9, ou a CYP3A4.
Eliminação
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
A venlafaxina e os seus metabolitos são excretados principalmente pelo rim.
Aproximadamente 87% de uma dose de venlafaxina é recuperada na urina após
48 horas, sob as formas de venlafaxina inalterada (5%), ODV não conjugada (29%),
ODV conjugada (26%) e outros metabolitos menores inativos (27%). As médias ±
desvios padrão das depurações no estado estacionário, de venlafaxina e ODV são
1,3 ± 0,6 l/h/kg e 0,4 ± 0,2 l/h/kg, respetivamente. As médias ± desvios padrão
semividas
plasmáticas
venlafaxina
são
5 ± 2 horas
11 ± 2 horas, respetivamente. As concentrações de venlafaxina e ODV no estado
estacionário são atingidas após 3 dias de tratamento com doses múltiplas por via
oral.
Linearidade/não linearidade
A venlafaxina e ODV apresentam uma cinética linear num intervalo de doses entre
75 mg e 450 mg/dia.
Populações especiais
Idade e género
A idade e o género não afetam significativamente a farmacocinética da venlafaxina e
ODV.
Metabolizadores extensivos e fracos da CYP2D6
As concentrações plasmáticas de venlafaxina são mais elevadas nos metabolizadores
fracos da CYP2D6 do que nos que apresentam atividade elevada. Uma vez que a
exposição total (AUC) à venlafaxina e ODV é semelhante, tanto nos metabolizadores
fracos como nos extensivos, não são necessários regimes posológicos diferentes de
venlafaxina nestes dois grupos de indivíduos.
Compromisso hepático
Em indivíduos Child-Pugh A (alterações ligeiras da função hepática) e Child-Pugh B
(alterações moderadas da função hepática), as semividas da venlafaxina e ODV
aumentaram comparativamente com as de indivíduos normais. A depuração oral da
venlafaxina
diminuiu.
Observou-se
elevado
grau
variabilidade
interindividual. Os dados de doentes com compromisso hepático grave são limitados
(ver secção 4.2).
Compromisso renal
Em doentes dialisados, a semivida de eliminação da venlafaxina aumentou cerca de
180% e a depuração diminuiu cerca de 57%, comparativamente com indivíduos
normais, enquanto a semivida de eliminação da ODV aumentou cerca de 142% e a
depuração diminuiu cerca de 56%. É necessário ajustar as doses em doentes com
compromisso renal grave e em doentes que requerem hemodiálise (ver secção 4.2)
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os estudos efetuados com venlafaxina em ratos e ratinhos não revelam quaisquer
indícios de carcinogenicidade. A venlafaxina não se revelou mutagénica numa vasta
série de ensaios in vitro e in vivo.
Os estudos em animais sobre toxicidade reprodutiva revelaram nos ratos uma
diminuição do peso das crias, um aumento no número de nados-mortos e um
aumento
mortes
crias
durante
primeiros
5 dias
aleitamento.
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
Desconhece-se a causa destas mortes. Estes efeitos ocorreram com as doses de
30 mg/kg/dia, 4 vezes a dose diária de 375 mg de venlafaxina em seres humanos
(com base em mg/kg). A dose sem efeito relativamente a estes achados foi de
1,3 vezes a dose utilizada em seres humanos. Desconhece-se o risco potencial para
os seres humanos.
Observou-se uma redução da fertilidade num estudo em que tanto os machos como
as fêmeas foram expostos a ODV. Esta exposição foi 1 a 2 vezes a exposição
humana observada com a dose de venlafaxina de 375 mg/dia. Desconhece-se a
relevância deste achado para os seres humanos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Conteúdo da cápsula
Hipromelose
Copolímero metacrilato de amónia (tipo B)
Laurilsulfato de sódio
Estearato de magnésio
Revestimento
Copolímero metacrilato básico butilado
Para a dosagem de 37,5 mg:
Invólucro da cápsula:
Dióxido de titânio E171
Gelatina
Para a dosagem de 75 mg:
Invólucro da cápsula:
Dióxido de titânio E171
Óxido de ferro vermelho E172
Gelatina
Para a dosagem de 150 mg:
Invólucro da cápsula:
Dióxido de titânio E171
Eritrosina E127
Indigotina E132
Gelatina
Tinta de impressão
Goma laca
Óxido de ferro negro
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
APROVADO EM
22-02-2019
INFARMED
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Embalagens blister de folha de PVC/PE/PVDC/Alumínio contendo 7, 10, 14, 20, 25,
28, 30, 50, 56, 70, 90, 100, 500 e 1000 cápsulas e embalagens múltiplas contendo
90 (3 embalagens de 30) ou 100 (2 embalagens de 50) cápsulas e frascos de HDPE
de 60 ml, 100 ml, 400 ml, 600 ml contendo 7, 10, 14, 20, 25, 28, 30, 50, 56, 70,
90, 100 e 250 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C – 7.3 e 7.4
1990095 Lisboa
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Dosagem de 37,5 mg:
5169651 – Blister de 10 unidades
5169669 – Blister de 30 unidades
Dosagem de 75 mg:
5169677 – Blister de 10 unidades
5169701 – Blister de 30 unidades
Dosagem de 150 mg:
5169719 – Blister de 10 unidades
5169727 – Blister de 30 unidades
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 20 de janeiro de 2009
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
02/2019