Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
05-06-2009
05-06-2009
APROVADO EM
05-06-2009
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
Vasexten
10, cápsulas de libertação prolongada de 10 mg
Vasexten 20, cápsulas de libertação prolongada de 20 mg
Cloridrato de barnidipina
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar, ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é o Vasexten e para que é utilizado
2. Antes de tomar o Vasexten
3. Como tomar o Vasexten
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar o Vasexten
6. Outras informações
1. O QUE É O VASEXTEN E PARA QUE É UTILIZADO
substância
activa
Vasexten
pertence
grupo
medicamentos
chamados
antagonistas dos canais de cálcio. O Vasexten causa a dilatação dos vasos sanguíneos
diminuindo a pressão sanguínea. As cápsulas de Vasexten são de libertação prolongada.
Isto significa que a substância activa é gradualmente absorvida no seu sistema e tem uma
longa duração de acção. Daí ser suficiente tomar a dose uma vez por dia.
O Vasexten é utilizado para o tratamento de pressão sanguínea elevada.
2. ANTES DE TOMAR O VASEXTEN
Não tome o Vasexten:
-se tem alergia (hipersensibilidade) à barnidipina ou a qualquer outro componente do
Vasexten.
-se tem alergia (hipersensibilidade) às dihidropiridinas (encontradas em medicamentos
para tratar pressão sanguínea elevada).
-se sofre de doença hepática.
-se sofre de uma doença renal grave.
-se sofre destas doenças específicas do coração: falência cardíaca não tratada, dores no
peito (angina pectoris instável) ou enfarte agudo do miocárdio.
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-se toma alguns dos seguintes medicamentos: inibidores da protease (medicamentos
usados para o tratamento da SIDA), cetoconazol ou itraconazol (medicamentos usados
para tratar infecções fúngicas), eritromicina ou claritromicina (antibióticos).
Tome especial cuidado com o Vasexten:
-se tem uma doença renal.
-se tem uma doença do coração.
O Vasexten não deve ser administrado em crianças e adolescentes com idade inferior a 18
anos.
Informe
médico
alguma
teve
problemas
mencionados
anteriormente antes de iniciar o tratamento com o Vasexten.
Ao tomar o Vasexten com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Isto é especialmente importante se toma um dos seguintes medicamentos uma vez que
não PODEM ser tomados com o Vasexten:
-inibidores da protease (medicamentos usados para o tratamento da SIDA),
-cetoconazol ou itraconazol (medicamentos usados para tratar infecções fúngicas),
-eritromicina ou claritromicina (antibióticos).
Informe também o seu médico se estiver a tomar.
-outros medicamentos para tratar a pressão sanguínea alta porque podem causar uma
maior diminuição da pressão sanguínea .
-cimetidina
(medicamentos
para
problemas
estômago)
podem
aumentar o efeito do Vasexten.
-fenitoína ou carbamazepina (mediamentos usados para tratar a epilepsia), ou rifampicina
(um antibiótico) porque pode ser necessário aumentar a dose do Vasexten. Se parar o
tratamento com estes medicamentos, o seu médico pode ter que diminuir a dose do
Vasexten.
Ao tomar o Vasexten com alimentos e bebidas
Tome especial cuidado quando beber álcool ou sumo de uva, porque pode causar o
aumento do efeito do Vasexten. Tome preferencialmente o Vasexten com um copo de
água. Pode tomar as cápsulas antes, durante e depois da refeição.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Não deve tomar o Vasexten durante a gravidez a não ser que seja essencialmente
necessário.
Não tome o Vasexten se estiver a amamentar. A barnidipina pode ser excretada no leite
materno.
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Condução de veículos e utilização em máquinas
Não existe informação que sugira que o Vasexten afecta a sua capacidade de conduzir ou
utilizar máquinas. No entanto, o Vasexten pode causar vertigens, por isso tenha a certeza
que sabe como este medicamento o pode afectar antes de conduzir ou utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes do Vasexten
As cápsulas do Vasexten contêm sacarose. Se o seu médico lhe disse que tem uma
intolerância a alguns açúcares, por favor contacte o seu médico antes de tomar este
medicamento,
3. COMO TOMAR O VASEXTEN
Instruções para uma utilização adequada
-Tome a cápsula uma vez por dia, de manhã. É aconselhável associar a administração da
cápsula a um hábito da sua rotina diária, nomeadamente a lavagem de dentes ou com o
pequeno-almoço.
-Engula a cápsula inteira, preferencialmente com um copo de água. Pode tomar o
Vasexten antes, durante ou após uma refeição, de acordo com a sua preferência.
-Embora possa não sentir quaisquer sinais ou sintomas de pressão sanguínea elevada, é
importante
continuar
toma
Vasexten
todos os
dias
para
obter todos os
benefícios da diminuição da pressão sanguínea.
Posologia
Tome o Vasexten sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Inicialmente a dose recomendada é 1 cápsula de Vasexten 10 mg uma vez por dia. O seu
médico pode aumentar esta dose para 1 cápsula de Vasexten 20 mg, uma vez por dia ou 2
cápsulas de Vasexten 10 mg, uma vez por dia.
Se for idoso pode tomar a posologia normal. O seu médico possivelmente irá ter que o
acompanhar mais de perto no início do tratamento.
Se tomar mais Vasexten do que deveria
acidentalmente
tomou
elevado
número
cápsulas,
deverá
imediatamente consultar o seu médico ou ser transportado para o serviço de urgência do
hospital.
Alguns
sintomas
sobredosagem
incluem
fraqueza,
baixa
pulsação,
sonolência, confusão, náusea, vómitos e convulsões.
Caso se tenha esquecido de tomar o Vasexten
Se se esqueceu de tomar o Vasexten à hora habitual, tome a cápsula assim que possível
no próprio dia.
Se só se lembrar no dia seguinte, não tome uma dose a dobrar para compensar uma
cápsula que se esqueceu de tomar. Continue simplesmente com a sua toma diária regular.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
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4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, o Vasexten pode causar efeitos secundários, no entanto
estes não se manifestam em todas as pessoas.
O Vasexten pode causar o seguinte:
Efeitos secundários muito frequentes (podendo afectar mais de 1 em 10 doentes)
-dor de cabeça
-rubor facial
-acumulação de fluidos (edema) nos braços ou nas pernas
Efeitos secundários frequentes (podendo afectar mais de 1 em 100 e menos de 1 em 10
doentes)
-vertigens
-palpitações
Estes efeitos secundários normalmente tendem a diminuir ou desaparecer durante o
tratamento (num mês para a acumulação de fluidos e em duas semanas para o rubor
facial, dor de cabeça e palpitações).
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR O VASEXTEN
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conservar acima de 25ºC.
Não utilize o Vasexten após o prazo de validade impresso na embalagem exterior após
“EXP”
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Vasexten
-A substância activa é 10 mg ou 20 mg de cloridrato de barnidipina equivalente a 9,3 mg
ou 18,6 mg de barnidipina por cápsula, respectivamente.
Os outros componentes são:
-conteúdo da cápsula: carboximetiletilcelulose, polissorbato 80, sacarose, etilcelulose e
talco.
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-constituição da cápsula: dióxido de titânio (E171), óxido de ferro amarelo (E172) e
gelatina.
-tinta da cápsula: shellac, espírito metilado industrial, propilenoglicol (E1520), água
purificada, n-butanol, álcool isopropílico e óxido de ferro preto (E172).
Qual o aspecto do Vasexten e conteúdo da embalagem
As cápsulas são amarelas.
Vasexten 10 tem o código 155 10.
Vasexten 20 tem o código 155 20.
As cápsulas de Vasexten estão acondicionadas em blisteres de alumínio-alumínio (com
revestimento de PVC e poliamida) em cartonagens contendo 10, 14, 20, 28, 30, 50, 56, 98
ou 100 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Astellas Farma, Lda.
Edifício Cinema – Rua José Fontana, nº 1, 1º andar
2770-101 Paço de Arcos
Portugal
Tel.: 21 440 13 20
Fax: 21 440 13 02
Fabricante
Astellas Pharma Europe B.V.
Elisabethhof 19
2353 EW Leiderdorp.
Países Baixos
Tel.: +71-5455745
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Bélgica, Grécia, Itália, Países Baixos, Luxemburgo, Portugal e Espanha: Vasexten.
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Vasexten 10, 10 mg, cápsulas de libertação prolongada
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
O Vasexten 10 contém cloridrato de barnidipina. O Vasexten 10 cápsulas duras de
libertação prolongada contém 10 mg de cloridrato de barnidipina, equivalente a 9,3 mg
de barnidipina por cápsula.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. “Lista dos excipientes”
Excipiente:
Sacarose - 95 mg
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsulas de libertação prolongada.
As cápsulas de libertação prolongada do Vasexten 10 são amarelas e estão marcadas com
o número: 155 10.
4. INFORMAÇÕES CLINICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão essencial ligeira a moderada.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
A posologia inicial recomendada é de 10 mg uma vez por dia, de manhã. Pode ser
aumentada para 20 mg uma vez por dia, se necessário. A decisão de aumentar a dose só
deve ser tomada após ter sido conseguida estabilização completa com a posologia inicial.
Normalmente, a estabilização demora pelo menos 3 a 6 semanas.
Crianças
Como não existem dados sobre crianças (< de 18 anos) a barnidipina não deve ser
administrada em crianças.
Doentes idosos
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A posologia não precisa de ser ajustada em doentes idosos. Aconselha-se maior cuidado
no início do tratamento.
Doentes com disfunção renal
Em doentes com disfunção renal ligeira a moderada, deve ser tomado cuidado quando
aumentada a dose de 10 para 20 mg uma vez por dia. Ver as secções 4.3. “Contra-
indicações” e 4.4. ”Advertências e precauções especiais de utilização”.
Doentes com insuficiência hepática
Ver a secção 4.3. “Contra-indicações.”
Modo de administração
Tomar as cápsulas de preferência com um copo de água. O Vasexten 10 pode ser tomado
antes, durante ou após as refeições.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa (ou a qualquer outra dihidropiridina) ou a qualquer
um dos excipientes.
Insuficiência hepática.
Disfunção renal grave (depuração da creatinina <10 ml/min).
Angina pectoris
instável e enfarte agudo do miocárdio (nas primeiras 4 semanas).
Falência cardíaca não tratada.
níveis
sanguíneos
barnidipina
podem
aumentados
quando
usados
combinação com inibidores fortes da CYP3A4 (resultados de estudos de interacção in
vitro).
Assim,
antiproteases,
cetoconazol,
itraconazol,
eritromicina
claritromicina não devem ser usados concomitantemente com a barnidipina.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
O Vasexten 10 deve ser usado com precaução em doentes com disfunção renal ligeira a
moderada (depuração da creatinina entre 10 e 80 ml/min) (ver secção 4.2 “Posologia e
modo de administração”).
combinação
antagonista
cálcio
fármaco
exerça
efeitos
inotrópicos negativos pode levar a descompensação cardíaca, hipotensão ou a enfarte do
miocárdio (adicional) em doentes de elevado risco (por exemplo: doentes com história de
enfarte do miocárdio).
Tal como acontece com todas as dihidropiridinas, o Vasexten 10 deve ser usado com
precaução em doentes com disfunção ventricular esquerda, em doentes que sofrem de
obstrução
canal
esvaziamento
ventrículo
esquerdo
doentes
descompensação cardíaca direita isolada, por exemplo: cor pulmonarle A barnidipina não
foi estudada em doentes de classe III ou IV da NYHA.
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Recomenda-se também precaução quando a barnidipina é administrada em doentes com
sick sinus (no caso do pacemaker não estar in situ).
Estudos in vitro indicam que a barnidipina é metabolizada pelo citocromo P450 3A4
(CYP3A4). Não foram efectuados quaisquer estudos de interacção in vivo sobre o efeito
de fármacos inibidores ou indutores do sistema enzimático do citocromo P450 3A4 na
farmacocinética da barnidipina. Com base nos resultados de estudos de interacção in
vitro, deve ser tomado cuidado quando a barnidipina é prescrita concomitantemente com
fármacos que inibem ou induzem ligeiramente a enzima CYP3A4 (Ver secção 4.5.
“Interacções medicamentosas e outras formas de interacção”).
cápsulas
contêm
sacarose.
doentes
problemas
hereditários
raros
intolerância
frutose,
malabsorção
glucose-galactose
insuficiência
sucrase-
isomaltase não devem tomar este medicamento.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
administração
concomitante
barnidipina
outros
medicamentos
anti-
hipertensores pode resultar num efeito anti-hipertensivo adicional.
O Vasexten 10 pode ser tomado concomitantemente com beta-bloqueadores ou IECAs.
O perfil de interacção farmacocinética da barnidipina não foi estudado na totalidade.
Estudos in vitro mostram que a barnidipina é metabolizada pelo citocromo P450 3A4
(CYP3A4).
Não
foram
efectuados
estudos
complexos
interacção
vivo
sobre
efeito
fármacos inibidores ou indutores da enzima CYP3A4 na farmacocinética da barnidipina.
Os dados in vitro mostram que a ciclosporina pode inibir o metabolismo da barnidipina.
Enquanto a informação in vivo não estiver disponível, a barnidipina não deve ser
prescrita concomitantemente com inibidores fortes da CYP3A4, como as antiproteases,
cetoconazol,
itraconazol,
eritromicina
claritromicina.
(ver
secção
Contra-
indicações).
Deve
tomar-se
precaução
concomitante
inibidores
indutores ligeiros da CYP3A4.No caso do uso concomitante com inibidores da CYP3A4
desaconselha-se o aumento da posologia da barnidipina para 20 mg.
A administração concomitante de cimetidina num estudo de interacção específico, levou,
em média, à duplicação dos níveis plasmáticos da barnidipina. Por isso, deve-se ter
cuidado ao usar concomitantemente a barnidipina com a cimetidina. Pode ser necessária
uma dose mais elevada de barnidipina quando esta é administrada concomitantemente
medicamentos
indutores
enzimáticos,
como
fenitoína,
carbamazepina
rifampicina. Caso o doente deixe de usar o medicamento indutor enzimático, deve ser
considerada a diminuição da dose de barnidipina.
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Com base nos resultados de estudos de interacção in vitro com, entre outros produtos,
sinvastatina, metoprolol, diazepam e terfenadina, considera-se pouco provável que a
barnidipina
tenha
qualquer
efeito
sobre
farmacocinética
outros
medicamentos
metabolizados pelas isoenzimas do citocromo P450.
estudo
interacção
vivo
mostrou
barnidipina
não
influencia
farmacocinética da digoxina. Num estudo de interacção específico o álcool levou a um
aumento
níveis
plasmáticos
barnidipina
(40%),
cujo
aumento
pode
considerado
clinicamente
não-relevante.
Como
acontece
todos
agentes
vasodilatadores e anti-hipertensivos, deve-se ter cuidado quando o álcool é tomado
concomitantemente, pois este pode potenciar o efeito daqueles.
Embora a farmacocinética da barnidipina não tenha sido significativamente alterada pela
ingestão de sumo de uva, observou-se um efeito modesto.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existe experiência clínica com a barnidipina na gravidez ou aleitamento. .
Os estudos em animais não indicam efeitos nocivos directos no que respeita à gravidez,
ao desenvolvimento embrionário/fetal ou pós-natal. Apenas foram observados efeitos
indirectos (ver 5.3. “Dados de segurança pré clínica). A classe das dihidropiridinas tem
mostrado algum potencial para prolongamento do trabalho de parto, no entanto este
potencial não foi observado com a barnidipina. Em resultado disso, a barnidipina pode
ser usada durante a gravidez, mas apenas se as vantagens justificarem o potencial risco
para o feto.
Aleitamento
resultados
estudos
animais
mostraram
barnidipina
seus
metabolitos) são excretados no leite humano. Consequentemente, é desaconselhável o
aleitamento durante o uso da barnidipina.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas com o
Vasexten 10.
Deve, no entanto, haver precaução devido à possível ocorrência de tonturas/vertigens
durante a terapêutica anti-hipertensiva.
4.8 Efeitos indesejáveis
Classes de sistemas de órgãos
Dosagem 10 mg
Dosagem 20 mg
Doenças do sistema nervoso
Enxaqueca
Tonturas/vertigens
Frequentes (
1/100 a <1/10)
Frequentes (
1/100 a <1/10)
Muito frequentes (
1/10)
Frequentes
1/100
<1/10)
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Cardiopatias
Palpitações
Frequentes (
1/100 a <1/10)
Frequentes
1/100
<1/10)
Vasculopatias
Rubor
Frequentes (
1/100 a <1/10)
Muito frequentes (
1/10)
Perturbações gerais e alterações
no local de administração
Edema periférico
Frequentes (
1/100 a <1/10)
Muito frequentes (
1/10)
Os sintomas tendem a diminuir ou a desaparecer durante o tratamento (no caso do edema
periférico até um mês, no caso do rubor, enxaqueca e palpitações até às duas semanas).
A erupção cutânea e o aumento (reversível) da fosfatase alcalina e das transaminases
séricas são efeitos adversos conhecidos das outras dihidropiridinas. Embora em situações
raras tenham sido relatados aumentos reversíveis e transitórios das enzimas hepáticas
com a barnidipina, estas não foram consideradas clinicamente relevantes.
Embora
nunca
tenha
sido
observado,
existe
outras
dihidropiridinas, pode ser de interesse referir o efeito adverso seguinte: hiperplasia das
gengivas.
Algumas dihidropiridinas podem raramente causar dor pré-cordial ou angina pectoris.
Muito raramente doentes com angina pectoris pré-existente poderão experimentar um
aumento de frequência, duração e gravidade destes ataques. Poderão observar-se casos
isolados de enfarte do miocárdio.
4.9 Sobredosagem
Não foram descritos casos de sobredosagem.
Sintomas de intoxicação
Em geral, os sintomas clínicos que se seguem a uma sobredosagem dos antagonistas do
cálcio, aparecem dentro de 30 a 60 minutos após a administração de uma dose 5 a 10
vezes superior à dose terapêutica.
Hipotensão, efeitos electrofisiológicos (bradicárdia sinudal, condução AV prolongada,
bloqueio
AV de
segundo e terceiro grau), efeitos sobre o sistema
nervoso central
(sonolência, confusão e, raramente, convulsões), sintomas gastrintestinais (náuseas e
vómitos) e pode também, teoricamente, esperar-se efeitos metabólicos (hiperglicemia).
Tratamento da intoxicação
caso
intoxicação
necessário
tratamento
hospitalar.
Indica-se
tratamento
sintomático e monitorização contínua por ECG.
Em caso de sobredosagem deve ser feita lavagem gástrica o mais rapidamente possível.
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Deve administrar-se uma injecção intravenosa de cálcio (na dose de 0,2 ml/kg peso
corporal) (de preferência 10 ml de uma solução de cloreto de cálcio a 10%), durante um
período de 5 minutos até a dose total de 10 ml de solução a 10%. A contractilidade do
miocárdio,
ritmo
sinusal
condução
atrioventricular
serão
assim
melhorados.
tratamento pode ser repetido cada 15 a 20 minutos (até um total de 4 doses) tendo em
linha de conta a resposta do doente. Os níveis de cálcio devem ser verificados.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
3.4.3
Aparelho
cardiovascular.
Anti-hipertensores.
Bloqueadores da entrada de cálcio.
Código ATC: C08CA12.
Mecanismo de acção
barnidipina (isómero puro S,S) é um antagonista do cálcio da classe das 1,4--
dihidropiridinas lipofílicas que apresenta uma elevada afinidade para os canais do cálcio
das células do músculo liso da parede vascular. A cinética de receptores da barnidipina é
caracterizada por um lento início de acção e uma ligação forte e longa aos receptores. A
redução da resistência periférica provocada pela barnidipina resulta na diminuição da
pressão arterial. Ao utilizar o Vasexten 10, o efeito anti-hipertensor permanece durante
todo o intervalo de 24 horas entre as doses.
A utilização do Vasexten 10 no tratamento crónico não leva ao aumento na frequência
cardíaca.
O impacto da barnidipina na morbilidade ou mortalidade cardiovascular não foi estudado.
No entanto, estudos controlados, recentemente concluídos, de outras dihidropiridinas de
longa acção, indicam efeitos benéficos semelhantes sobre a morbilidade e mortalidade
comparativamente a outros anti-hipertensores na hipertensão dos idosos.
Efeitos metabólicos
A barnidipina não exerce quaisquer efeitos negativos no perfil sérico dos lípidos, nível de
glucose ou electrólitos sanguíneos.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após
administração
repetida
Vasexten
voluntários
saudáveis,
ingestão
concomitante de alimentos não teve efeito estatisticamente significativo sobre a AUC,
ou t
Os níveis plasmáticos máximos são obtidos 5 a 6 horas após administração oral do
Vasexten 20.
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O Vasexten 10 apresenta uma biodisponibilidade absoluta de 1,1%.
concentrações
plasmáticas
barnidipina
podem
variação
interpessoal
considerável.
Distribuição
Os estudos in vitro mostram que a barnidipina liga-se em cerca de 26 a 32% aos
eritrócitos humanos e numa extensão elevada às proteínas plasmáticas (89 a 95%). A
análise
vitro
componentes
proteicos
mostra
barnidipina
liga
essencialmente
albumina
sérica,
seguindo-se
glicoproteínas
ácidas
lipoproteínas de alta densidade. Há também ligação às
-globulinas mas em muito menor
extensão.
Não foram observadas, em estudos in vitro, interacções medicamentosas baseadas na
eliminação de proteínas plasmáticas de ligação.
Biotransformação
A barnidipina é metabolizada de forma extensa em metabolitos inactivos. Não ocorre
inversão
quiral
vivo
isómero
puro
S,S.
reacções
principais
são
debenzilisação da cadeia lateral, hidrólise do éster N-benzilpirrolidino, oxidação do anel
1,4-dihidropiridino, hidrólise do éster metílico e redução do grupo nitro. O metabolismo
da barnidipina parece ser mediado principalmente pela família da isoenzima CYP3A.
Excreção
O tempo mediano de semi-vida plasmática de eliminação terminal do Vasexten 10 foi de
horas
após
administração
repetida,
acordo
modelo
analítico
dois
compartimentos.
A eliminação é feita principalmente por metabolização. A barnidipina e/ou os seus
metabolitos são excretados nas fezes (60%), urina (40%) e respiração (menos de 1%).
Não há excreção de barnidipina não metabolizada na urina.
Grupos de doentes especiais
Após dose única, os níveis plasmáticos da barnidipina são 3 a 4 vezes superiores em
doentes com disfunção hepática ligeira a moderada comparativamente aos níveis dos
voluntários saudáveis. A variabilidade dos níveis plasmáticos é também mais elevada.
Os níveis plasmáticos da barnidipina são em média duas vezes mais elevados em doentes
com disfunção renal, sem necessidade de hemodiálise, do que em voluntários saudáveis.
Os níveis plasmáticos médios dos doentes que necessitam de hemodiálise são mais de
três vezes superiores aos níveis dos voluntários saudáveis, acompanhado de variabilidade
aumentada.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais
farmacologia
segurança,
toxicidade
dose
repetida,
genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade reprodutiva.
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6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Os excipientes do Vasexten 10 cápsulas são os seguintes:
conteúdo da cápsula: carboximetilcelulose, polissorbato 80, sacarose, etilcelulose e talco.
constituição da cápsula: dióxido de titânio (E171), óxido de ferro amarelo (E172) e
gelatina.
tinta da cápsula: shellac, espírito metilado industrial, propilenoglicol (E1520), água
purificada, n-butanol, álcool isopropílico, óxido de ferro preto (E172).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
O Vasexten 10 cápsulas de libertação prolongada apresenta-se em cartonagens contendo
10, 14, 20, 28, 30, 50, 56, 98 ou 100 cápsulas, acondicionadas em blisteres de alumínio-
alumínio (com revestimento de PVC e poliamida). Cada blister contém 7, 10 ou 14
cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não remova os grânulos das cápsulas.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Astellas Farma, Lda.
Edifício Cinema – Rua José Fontana, nº 1, 1º andar
2770-101 Paço de Arcos
Portugal
Telefone: 21 440 13 20
Fax: 21 440 13 02
APROVADO EM
05-06-2009
INFARMED
8. NÚMERO (S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
registo:
3329984
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
registo:
3330081
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
registo:
3330180–
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
registo:
3330289
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
registo:
3330388
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
registo:
3330487
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
registo:
3330586
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
registo:
3330685
cápsulas,
blister
alumínio-aluminio,
revestimento de PVC e poliamida
Nº de registo: 3330784 – 100 cápsulas, 10 mg, blister de alumínio-aluminio, com
revestimento de PVC e poliamida
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29 Setembro 2000
Data da última renovação: 05 Junho 2009
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO