Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
12-03-2019
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INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Varilrix 10^3,3 UFP/0,5 ml Pó e solvente para solução injetável
Vacina viva contra a varicela
Leia com atenção todo este folheto antes desta vacina ser administrada, pois contém
informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro
- Esta vacina foi receitada para si ou para a criança. Não deve dá-la a outros.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver secção 4.
Este folheto foi escrito assumindo que a vacina será administrada ao indivíduo que o irá ler,
mas uma vez que a vacina pode ser administrada a adultos e crianças poderá estar a ler o
folheto pela criança.
O que contém este folheto:
1. O que é Varilrix e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de Varilrix ser administrado
3. Como Varilrix é administrado
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Varilrix
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Varilrix e para que é utilizado
Varilrix é uma vacina destinada a ser administrada a partir dos 12 meses de idade para
proteger contra a doença causada pelo vírus da varicela. Recomenda-se a vacinação de
indivíduos saudáveis suscetíveis em contacto direto com doentes de alto risco de varicela
grave, com o fim de reduzir o risco de transmissão do vírus do tipo selvagem a estes doentes.
Assim deve considerar-se a imunização de pais e irmãos de doentes de alto risco, pessoal
médico e paramédico.
Varilrix está também indicado na vacinação de doentes de alto risco para a varicela grave. Os
doentes com leucemia, doentes sob tratamento imunossupressor (incluindo corticoterapia)
para tumores sólidos malignos, para doenças crónicas graves (tais como insuficiência renal
crónica, doenças autoimunes, doenças do colagénio, asma brônquica grave) ou após o
transplante de órgãos, estão predispostos à varicela natural grave. A vacinação com a estirpe
OKA demonstrou reduzir as complicações da varicela nestes doentes.
Quando um indivíduo é vacinado com Varilrix, o sistema imunitário (sistema de defesa
natural do organismo) irá produzir anticorpos para proteger o indivíduo de ser infetado pelo
vírus da varicela.
A varicela é uma doença infeciosa causada por um vírus, o vírus da varicela zoster. O
contágio ocorre por contacto próximo com o indivíduo infetado e através da inspiração de
gotículas no ar de um indivíduo infetado. É mais frequentemente em crianças de idade inferior
a 10 anos e nestas é normalmente ligeira. Os principais sinais de varicela são erupções
cutâneas com pontos vermelhos elevados na face e cabeça e que podem espalhar-se para
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outras partes do corpo. A varicela pode ser mais grave em adultos, mulheres grávidas e
doentes com o sistema imunitário deprimido. Muitos indivíduos têm varicela em criança, mas
alguns apenas têm varicela na adolescência ou em adultos, quando a varicela pode ser mais
grave, mesmo em indivíduos saudáveis.
Tal como todas as vacinas, Varilrix pode não proteger completamente todos os que foram
vacinados.
2. O que precisa de saber antes de Varilrix ser administrado
Varilrix não deve ser administrado se:
- tem alergia à substância ativa, à neomicina (um antibiótico) ou a qualquer outro componente
da vacina (indicados na secção 6). Contudo se desenvolveu uma erupção cutânea (dermatite)
após um tratamento com neomicina, pode ainda ser-lhe administrado Varilrix;
- teve anteriormente uma reação alérgica (hipersensibilidade) a qualquer vacina contra a
varicela;
- tem uma doença grave que cause enfraquecimento do sistema imunitário (tais como doenças
sanguíneas, cancro e infeções) (ver também "Advertências e precauções");
- está ou esteve recentemente a administrar um tratamento que enfraqueça o sistema
imunitário (incluindo doses elevadas de corticosteroides) (ver também "Advertências e
precauções");
- se tem, ou a criança tem, qualquer doença (tal como vírus da Imunodeficiência Humana
(VIH) ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA)) ou tomam qualquer
medicamento que enfraquece o sistema imunitário. Será ou a criança será vacinada
dependendo do nível das suas defesas imunes.
- se está grávida. Adicionalmente, a gravidez deve ser evitada durante 1 mês após a
vacinação.
Consulte o seu médico se pensa que algumas das situações anteriores se aplica a si.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de Varilrix ser administrado:
- se tiver uma infeção aguda grave com febre elevada, poderá ter que adiar a vacinação até à
recuperação. Uma infeção ligeira, como uma constipação pode não constituir um problema,
mas consulte o médico primeiro.
- se tem história ou história familiar de alergias.
- se tem o sistema imunitário debilitado (por exemplo, infeção por VIH). Deverá ou a criança
deverá ser cuidadosamente monitorizada uma vez que as respostas às vacinas podem ser não
suficientes para assegurar uma proteção contra a doença (ver "Varilrix não precisa de ser
administrado se:" na secção 2 " O que precisa de saber antes de Varilrix ser administrado “).
- se necessitar de realizar o teste na pele para possível tuberculose. Caso este teste seja
realizado dentro de um período de 6 semanas após a administração de Varilrix, o resultado
pode não ser fidedigno.
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Pode ocorrer desmaio após ou mesmo antes de qualquer injeção por agulhas, portanto informe
o seu médico ou enfermeiro se já desmaiou com uma injeção anterior.
Tal como com outras vacinas, Varilrix pode não o(a) proteger completamente de ter varicela.
Contudo, os indivíduos vacinados que contraem varicela normalmente manifestam uma
doença ligeira, comparativamente aos não vacinados.
Não se pode esperar obter máxima proteção contra o vírus da varicela-zoster até cerca de seis
semanas após a administração da segunda dose.
A administração de Varilrix a indivíduos durante o período de incubação da infeção não
garante proteção contra as manifestações clínicas da varicela nem modificação do curso da
doença.
Em casos raros, o vírus atenuado pode-se propagar-se do indivíduo vacinado para outros. No
entanto, na ausência de erupção cutânea (manchas/pontos vermelhos ou vesículas) no
indivíduo vacinado, o risco de transmissão de vírus da vacina parece ser muito reduzido. Os
indivíduos saudáveis que ficam infetados deste modo apenas desenvolvem uma erupção
cutânea ligeira, o que não é prejudicial. No entanto, os indivíduos vacinados devem tentar
evitar, sempre que possível, o convívio estreito com indivíduos suscetíveis de alto risco,
durante um período de 6 semanas após a vacinação. Em circunstâncias nas quais o contacto
com indivíduos de alto risco é inevitável, deve ser avaliado antes da vacinação o potencial
risco de transmissão do vírus da vacina em relação ao risco de adquirir e transmitir o vírus da
varicela selvagem (ver 4. Efeitos secundários possíveis). Os indivíduos suscetíveis de alto
risco incluem:
- Indivíduos com problemas imunitários primários ou adquiridos (ver Varilrix não deve ser
administrado se:);
- Mulheres grávidas sem diagnóstico prévio de varicela, ou sem evidência laboratorial de
infeção prévia;
- Crianças recém-nascidas de mães sem diagnóstico prévio de varicela, ou sem evidência
laboratorial de infeção prévia.
Outros medicamentos ou vacinas e Varilrix
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se
vier a tomar outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica ou se
outra vacina lhe foi administrada recentemente.
Informe o seu médico se lhe foi administrada a imunoglobulina humana ou se efetuou uma
transfusão sanguínea recentemente. Nestes casos, a vacinação com Varilrix deve ser adiada,
no mínimo, por um período de três meses.
Os medicamentos contendo salicilatos (aspirina ou medicamento tipo aspirina) não devem ser
utilizados durante um período de 6 semanas após a administração de Varilrix, uma vez que
isto pode originar uma doença grave, denominada de Síndrome de Reye, que pode afetar
todos os órgãos do organismo.
Se está a fazer quimioterapia, deve interromper na semana antes e na semana depois de
receber a vacina.
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Se for necessário administrar outra vacina na mesma altura que Varilrix, o seu médico ou
enfermeiro irão aconselhar se poderá ser administrada na mesma altura ou adiada.
Nos indivíduos saudáveis, Varilrix pode ser administrado concomitantemente com outras
vacinas. Se a vacina do sarampo não for administrada na mesma altura que Varilrix;
recomenda-se que haja, pelo menos, um mês de intervalo.
Nos doentes de alto risco, Varilrix não deve ser administrado concomitantemente com outras
vacinas vivas atenuadas. As vacinas inativadas podem ser administradas simultaneamente
com Varilrix ou em qualquer altura, após a sua administração.
As vacinas injetáveis diferentes devem ser sempre administradas em locais de injeção
diferentes.
Varilrix não deve ser misturado com outras vacinas na mesma seringa.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Varilrix não deve ser administrado a mulheres grávidas.
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu
médico ou farmacêutico antes de utilizar esta vacina. Adicionalmente, é importante não
engravidar durante 1 mês após a vacinação. Durante este período, deverá utilizar um método
contracetivo eficaz para evitar engravidar.
Se está a amamentar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de Varilrix lhe ser
administrado.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Os efeitos de Varilrix sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou
desprezáveis.
Varilrix contém sorbitol (E420) e neomicina (presente em quantidade residual):
- Varilrix contém 6 mg de sorbitol em cada unidade de dose.
- Varilrix contém neomicina sendo possível a ocorrência de reação alérgica.
3. Como Varilrix é administrado
Utilize esta vacina exatamente como indicado pelo seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se tiver dúvidas.
Posologia:
Crianças dos 12 meses até aos 12 anos de idade, adolescentes (a partir dos 13 anos de idade) e
adultos.
Devem ser administradas duas doses de Varilrix para assegurar uma proteção ótima contra a
varicela.
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Preferencialmente, a segunda dose deve ser administrada pelo menos 6 semanas após a
primeira dose, mas em nenhuma circunstância com um intervalo entre as doses inferior a 4
semanas.
Em doentes de alto risco para varicela grave (tais como os que estão a fazer tratamento para o
cancro) podem ser necessárias doses adicionais de vacina.
Modo de administração
Varilrix irá ser administrado através de uma injeção por via subcutânea (por baixo da pele),
normalmente na região superior do braço (região deltoide). O profissional de saúde poderá
limpar a pele com álcool ou outro agente desinfetante e deixar a pele secar antes da infeção.
Varilrix não deve ser administrado por via intravascular ou intradérmica.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização desta vacina, fale com o seu médico,
farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, esta vacina pode causar efeitos secundários, embora estes não
se manifestem em todas as pessoas.
Tal como com todas as vacinas injetáveis, existe um risco raro de reações alérgicas. Os sinais
de uma reação alérgica podem incluir erupções cutâneas locais ou disseminadas, podendo
apresentar prurido ou vesículas, inchaço dos olhos e face, dificuldade em respirar ou em
engolir, o que pode levar a um colapso. Estas reações normalmente ocorrem antes de deixar o
consultório médico. Contudo, se manifestar algum destes sintomas, contacte imediatamente
um médico.
Os efeitos secundários notificados nos ensaios clínicos com Varilrix foram os descritos
seguidamente:
- Muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em 10 pessoas):
- dor e vermelhidão no local da injeção
- Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
- erupções cutâneas (manchas/pontos e/ou vesículas)
- inchaço no local da injeção
- febre (temperatura oral/axilar
37,5°C ou temperatura retal
38,0°C)
- Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
- infeções do trato respiratório superior
- garganta irritada e desconforto ao engolir (faringite)
- inchaço das glândulas do pescoço, axilas ou virilhas (linfadenopatia)
- irritabilidade
- dores de cabeça
- sonolência
- tosse
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- nariz entupido ou com corrimento, espirros (rinite)
- náuseas
- vómitos
- erupções cutâneas tipo varicela
- prurido
- articulações inchadas ou dolorosas (artralgia)
- dores musculares, músculos rígidos ou fracos não provocado por exercício físico (mialgia)
- febre (temperatura oral/axilar > 39,0°C ou temperatura retal > 39,5°C)
- fadiga
- mal-estar geral
- Raros (podem afetar até 1 em 1000 pessoas):
- olhos lacrimejantes com prurido e olhos remelentos (conjuntivite)
- dores ou desconforto do estômago
- diarreia
- urticária
Durante a farmacovigilância pós-comercialização de Varilrix, foram notificados raramente os
seguintes feitos secundários:
- zona (herpes zoster)
- maior facilidade de ter hemorragias ou fazer nódoas negras que o normal devido à
diminuição de um tipo de células sanguíneas chamadas plaquetas
- reações alérgicas
- ataques ou convulsões
- infeção ou inflamação do cérebro, medula espinal e nervos periféricos, resultando em
dificuldade temporária ao caminhar (instabilidade) e/ou na perda temporária do controlo dos
movimentos corporais
- acidente vascular cerebral
- estreitamento ou bloqueio dos vasos sanguíneos. Pode incluir hemorragias ou nódoas negras
debaixo da pele (púrpura de Henoch Schönlein) ou febre com duração superior a cinco dias,
associada a uma erupção no tronco por vezes seguida de descamação da pele nas mãos e nos
dedos, olhos vermelhos, lábios, língua e garganta (doença de Kawasaki)
- doença grave de pele pode afetar a boca e outras partes do corpo.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos
secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo. Ao comunicar
efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste
medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
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5. Como conservar Varilrix
Manter esta vacina fora da vista e do alcance e das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e na embalagem
exterior, após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar no frigorífico (2ºC - 8ºC).
A vacina sob a forma de pó (liofilizada) não é afetada pela congelação.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Solvente: conservar no frigorífico ou a temperatura inferior a 25ºC.
Após reconstituição, ver a informação incluída na secção destinada aos profissionais de saúde.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a
proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Varilrix:
- A substância ativa é:
Cada dose de vacina reconstituída (0,5 ml) contém pelo menos 10^3,3 UFP (unidades
formadoras de placas) do vírus da varicela-zoster.
- Os outros componentes são:
Pó: aminoácidos, lactose anidra, sorbitol (E420) e manitol.
Solvente: água para preparações injetáveis.
Qual o aspeto de Varilrix e conteúdo da embalagem
Varilrix apresenta-se sob a forma de pó ligeiramente creme a amarelado ou cor-de-rosa
(contido num frasco para injetáveis de vidro monodose) e solvente (contido em outra ampola
ou seringa pré-cheia) para solução injetável.
O pó e o solvente têm de ser reconstituídos antes da vacina ser administrada.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Smith Kline & French Portuguesa - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Rua Dr. António Loureiro Borges, 3
Arquiparque – Miraflores
1495-131 Algés
Tel: 21 412 95 00
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Fax: 21 412 18 57
e-mail: FI.PT@gsk.com
Fabricante
GlaxoSmithKline Biologicals Manufacturing, S.A.
Rue de l'Institute, 89
1330 Rixensart
Bélgica
Este folheto foi revisto pela última vez em
A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:
Devido a pequenas variações de pH, a cor da vacina reconstituída pode variar entre solução de
cor pêssego claro a cor-de-rosa.
O solvente e a vacina antes e depois da reconstituição devem ser inspecionados visualmente
para detetar qualquer partícula estranha e/ou variação do aspeto físico antes da administração.
No caso de algo ter sido observado, inutilizar imediatamente a vacina ou o solvente.
Instruções para reconstituição da vacina quando o solvente se apresenta em seringas pré-
cheias
Varilrix deve ser reconstituído adicionando todo o conteúdo da seringa pré-cheia que contém
o solvente ao frasco para injetáveis contendo o pó.
Para colocar a agulha na seringa, ver o esquema seguinte. Contudo, a seringa fornecida com
Varilrix pode ser ligeiramente diferente da seringa descrita no esquema.
Agulha
Seringa
Proteção da agulha
Êmbolo da
seringa
Cápsula de fecho
da seringa
Cânula
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1. Segurar a cânula da seringa com uma mão (evitar segurar a seringa pelo êmbolo),
desenroscar a cápsula de fecho da seringa, rodando-a no sentido contrário aos ponteiros do
relógio.
2. Para colocar a agulha na seringa, rodar a agulha no sentido dos ponteiros do relógio na
seringa até a sentir fixa (ver figura).
3. Remover a proteção da agulha, que por vezes pode estar ligeiramente presa.
Adicionar o solvente ao pó. Após a adição do solvente ao pó, a mistura deve ser bem agitada
até à completa dissolução do pó no solvente.
Após reconstituição, a vacina deve ser administrada imediatamente.
Deve ser utilizada uma nova agulha para administrar a vacina.
Retirar todo o conteúdo do frasco para injetáveis.
O álcool e outros desinfetantes usados na pele devem-se deixar evaporar antes da
administração da vacina uma vez que inativam o vírus.
Após reconstituição, recomenda-se que a vacina seja administrada o mais rapidamente
possível. No entanto, foi demonstrado que a vacina reconstituída pode ser conservada até 90
minutos à temperatura ambiente (25ºC) e até 8 horas no frigorífico (2ºC - 8ºC). Se não for
utilizada dentro destes intervalos de tempo, a vacina reconstituída deve ser eliminada.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Varilrix, 10^3,3 UFP/0,5 ml, pó e solvente para solução injetável
Vacina viva contra a varicela
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada dose da vacina reconstituída de 0,5 ml contém pelo menos 10^3,3 UFP (unidades
formadoras de placas) do vírus varicela-zoster.
Varilrix é uma preparação liofilizada do vírus varicela-zoster da estirpe OKA viva e atenuada,
obtida pela propagação do vírus em células diploides humanas MRC5.
Varilrix cumpre os requisitos da OMS para substâncias biológicas e para as vacinas contra a
varicela.
Esta vacina contém uma quantidade vestigial de neomicina. Ver secção 4.3.
Excipiente com efeito conhecido
Sorbitol (E420): 6 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó e solvente para solução injetável.
Antes da reconstituição, o pó é ligeiramente creme a amarelado ou cor-de-rosa e o solvente é
um líquido límpido e incolor.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Indivíduos saudáveis
Varilrix está indicado para imunização ativa contra a infeção pelo vírus da varicela em
indivíduos saudáveis (a partir dos 12 meses).
Recomenda-se a vacinação de indivíduos saudáveis suscetíveis em contacto direto com
indivíduos de alto risco de varicela grave, com o fim de reduzir o risco de transmissão do
vírus do tipo selvagem a estes doentes. Assim deve considerar-se a imunização de pais e
irmãos de doentes de alto risco, pessoal médico e paramédico.
Doentes de alto risco de varicela grave
Os doentes com leucemia, doentes sob tratamento imunossupressor (incluindo corticoterapia)
para tumores sólidos malignos, para doenças crónicas graves (tais como insuficiência renal
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crónica, doenças autoimunes, doenças do colagénio, asma brônquica grave) ou após o
transplante de órgãos, estão predispostos à varicela natural grave. A vacinação com a estirpe
OKA demonstrou reduzir as complicações da varicela nestes doentes.
Os dados de ensaios clínicos disponíveis para Varilrix em doentes com alto risco de varicela
grave são limitados; a vacinação deve ser considerada, recomendando-se-se que:
- a quimioterapia de manutenção seja interrompida uma semana antes e uma semana depois
da imunização em doentes na fase aguda da leucemia. Normalmente, os doentes a fazer
radioterapia não devem ser vacinados durante o tratamento. Geralmente os doentes são
imunizados quando estão em completa remissão hematológica da doença;
- a contagem de linfócitos totais seja pelo menos 1200 por mm^3 ou não exista nenhuma
outra prova de ausência de competência imunológica celular;
- a vacinação ocorra algumas semanas antes da administração do tratamento imunossupressor
em doentes que aguardam transplantes de órgãos planeados (por ex.: transplante de rim).
4.2 Posologia e modo de administração
0,5 ml de vacina reconstituída contém uma dose imunizante.
Posologia
Indivíduos saudáveis
Crianças dos 12 meses até aos 12 anos de idade, adolescentes (a partir dos 13 anos de idade) e
adultos
Devem ser administradas duas doses de Varilrix para assegurar uma proteção ótima contra a
varicela (ver secção 5.1).
Preferencialmente, a segunda dose deve ser administrada pelo menos 6 semanas após a
primeira dose, mas em nenhuma circunstância com um intervalo entre as doses inferior a 4
semanas.
Doentes de alto risco
Em doentes de alto risco podem ser necessárias doses adicionais de vacina.
Permutabilidade
- pode ser administrada uma única dose de Varilrix aos indivíduos a quem foi administrada
uma única dose de outra vacina contra a varicela.
- pode ser administrada uma única dose de Varilrix seguida de uma única dose de outra vacina
contra a varicela.
Modo de administração
Varilrix destina-se a administração por via subcutânea. A parte superior do braço (região
deltoide) é o melhor local de injeção.
Para instruções acerca da reconstituição da vacina antes da administração, ver secção 6.6.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1 ou à neomicina. No entanto, antecedentes de dermatite de contacto à neomicina
não constituem uma contraindicação.
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Indivíduos que manifestaram sinais de hipersensibilidade após a administração anterior de
uma vacina contra a varicela.
Indivíduos com estádios de imunodeficiência adquirida ou primária com uma contagem de
linfócitos totais inferior a 1.200 por mm^3 ou que apresentem outra evidência de ausência de
competência imunológica celular, tais como indivíduos com leucemia, linfoma, discrasias
sanguíneas, manifestações clínicas da infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH)
ou indivíduos a administrarem tratamento imunossupressor (incluindo doses elevadas de
corticosteroides).
Imunodeficiência humoral ou celular grave (primária ou adquirida), p.e. imunodeficiência
combinada grave, agamaglobulinemia e SIDA ou infeção por VIH sintomática ou com uma
percentagem de linfócitos T CD4+ específica da idade, em crianças com menos de 12 meses:
CD4+ <25%; crianças entre 12-35 meses: CD4+ <20%; crianças entre 36-59 meses: CD4+
<15% (ver secção 4.4).
Gravidez. Adicionalmente, a gravidez deve ser evitada durante 1 mês após a vacinação (ver
secção 4.6).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Tal como com outras vacinas, a administração de Varilrix deve ser adiada nos indivíduos com
síndrome febril agudo grave. No entanto, nos indivíduos saudáveis, a presença de uma infeção
ligeira não constitui uma contraindicação para a vacinação.
Tal como com todas as vacinas injetáveis, deverá dispor-se de pronta supervisão clínica e
tratamento médico apropriado para utilização imediata, nos raros casos em que ocorrem
reações anafiláticas após a administração da vacina.
Deve deixar-se evaporar o álcool ou outros agentes desinfetantes aplicados na pele, antes de
administrar a vacina, uma vez que estes podem inativar os vírus atenuados presentes na
vacina.
Tal como com outras vacinas, uma resposta imunitária pode não ser obtida em todos os
indivíduos vacinados.
Tal como com outras vacinas contra a varicela, ocorreram casos de doença (varicela) em
indivíduos anteriormente vacinados com Varilrix. Estes casos de perda imunológica (doença)
são geralmente ligeiros, com um menor número de lesões e menos febre em comparação com
os casos dos indivíduos não vacinados.
Observou-se a ocorrência da transmissão do vírus OKA da vacina numa taxa muito baixa nos
contactos seronegativos dos indivíduos vacinados com erupções cutâneas. A transmissão do
vírus OKA da vacina de um indivíduo vacinado que não desenvolveu erupções cutâneas para
os contactos seronegativos não pode ser excluída.
Por este motivo, os recetores da vacina devem tentar evitar, sempre que possível, o convívio
estreito com indivíduos suscetíveis de alto risco, durante um período de 6 semanas após a
vacinação.
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Em circunstâncias nas quais o contacto com indivíduos de alto risco é inevitável, deve ser
avaliado antes da vacinação o potencial risco de transmissão do vírus da vacina em relação ao
risco de adquirir e transmitir o vírus da varicela selvagem (ver secção 4.8).
Indivíduos suscetíveis de alto risco incluem:
Indivíduos imunocomprometidos (ver secção 4.3);
Mulheres grávidas sem diagnóstico prévio de varicela, ou sem evidência laboratorial de
infeção prévia;
Crianças recém-nascidas de mães sem diagnóstico prévio de varicela, ou sem evidência
laboratorial de infeção prévia.
A natureza ligeira das erupções cutâneas em indivíduos saudáveis em contacto demonstra que
o vírus permanece atenuado depois da passagem por hospedeiros humanos.
Os ensaios de eficácia e a experiência pós-comercialização de Varilrix sugerem que a vacina
não protege completamente a todos os indivíduos de varicela natural e não se pode esperar
obter máxima proteção contra o vírus da varicela-zoster até cerca de seis semanas após a
administração da segunda dose (ver secção 5.1).
A administração de Varilrix a indivíduos durante o período de incubação da infeção não
garante proteção contra as manifestações clínicas da varicela nem modificação do curso da
doença.
Durante um período de tempo até 72 horas após a exposição ao vírus da varicela natural pode
obter-se proteção limitada através da vacinação (ver seção 5.1).
Existem muito poucos casos de notificações de disseminação da varicela com o envolvimento
de órgãos internos após vacinação com a estirpe OKA da vacina contra a varicela,
principalmente em indivíduos imunocomprometidos.
Varilrix não deve ser administrado por via intravascular ou intradérmica.
Pode ocorrer síncope (desmaio) após ou mesmo antes de qualquer vacinação como uma
resposta psicogénica à injeção por agulhas. É importante que estejam implementados
procedimentos que evitem as lesões pelos desmaios.
A vacinação pode ser considerada em indivíduos com determinadas deficiências imunes, em
que os benefícios superem os riscos (por exemplo, indivíduos VIH assintomáticos,
deficiências de subclasses de IgG, neutropenia congénita, doença granulomatosa crónica e
doenças de deficiência do complemento).
Os indivíduos imunocomprometidos que não tenham nenhuma contraindicação para esta
vacinação (ver secção 4.3) podem não responder tão bem como os indivíduos
imunocompetentes; por este motivo alguns destes doentes podem adquirir varicela em caso de
contacto, apesar da administração apropriada da vacina. Estes indivíduos devem ser
cuidadosamente monitorizados para sinais de varicela.
Esta vacina contém sorbitol (E420). Doentes com problemas hereditários raros de intolerância
à frutose não devem administrar esta vacina.
APROVADO EM
12-03-2019
INFARMED
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Se se tiver de proceder ao teste da tuberculina, este deve ser realizado antes ou
simultaneamente com a vacinação, uma vez que foi notificado que as vacinas víricas vivas
podem originar uma depressão temporária da sensibilidade da pele à tuberculina. Dado que
esta anergia pode prolongar-se até um máximo de 6 semanas, o teste da tuberculina não
deverá ser realizado neste período de tempo após a vacinação, de modo a evitar a obtenção de
resultados falsos-negativos.
Em doentes que fizeram imunoglobulinas ou uma transfusão sanguínea, a vacinação deve ser
adiada, no mínimo, por um período de três meses, devido à probabilidade de falha da vacina
devido à presença de anticorpos contra a varicela adquiridos passivamente.
Os salicilatos devem ser evitados durante um período de 6 semanas após a administração da
vacina contra a varicela, dado que têm sido referidos casos de Síndrome de Reye com o uso
de salicilatos durante a infeção natural de varicela.
Indivíduos saudáveis
Varilrix pode ser administrado concomitantemente com outras vacinas. Vacinas injetáveis
diferentes devem ser sempre administradas em locais de injeção diferentes.
Se a vacina do sarampo não for administrada na mesma altura que Varilrix; recomenda-se que
seja respeitado, pelo menos, um mês de intervalo, dado ser do conhecimento geral que a
vacina contra o sarampo pode contribuir para uma supressão de curta duração da resposta
imunológica mediada por células.
Doentes de alto risco
Varilrix não deve ser administrado concomitantemente com outras vacinas vivas atenuadas.
As vacinas inativadas podem ser administradas simultaneamente com Varilrix ou com
qualquer relação temporal para Varilrix, dado que não se estabeleceu qualquer
contraindicação específica. Contudo, as vacinas injetáveis diferentes devem ser sempre
administradas em locais de injeção diferentes.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Mulheres grávidas não devem ser vacinadas com Varilrix.
No entanto, não foram documentadas lesões fetais quando vacinas contra a varicela foram
administradas a mulheres grávidas.
A gravidez deve ser evitada durante 1 mês após a vacinação. As mulheres que pretendem
engravidar devem ser aconselhadas a adiar a gravidez durante este período.
Amamentação
Os lactentes de mulheres seronegativas não adquirem anticorpos para o vírus da varicela-
zoster através da placenta. Por conseguinte, devido ao risco teórico de transmissão da estirpe
vírica da vacina da mulher para o lactente, Varilrix não deve ser administrado à mulher
durante a amamentação.
Fertilidade
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Não existe informação disponível.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Varilrix sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas são nulos ou
desprezáveis.
4.8 Efeitos indesejáveis
Informação dos ensaios clínicos
Indivíduos saudáveis
Mais de 7.900 indivíduos participaram em ensaios clínicos para avaliar o perfil de
reatogenicidade da vacina administrada isolada ou concomitantemente com outras vacinas.
O perfil de segurança referido seguidamente é baseado na administração de 5.369 doses de
Varilrix em monoterapia a crianças, adolescentes e adultos.
Os efeitos indesejáveis notificados são listados de acordo com as seguintes frequências:
Muito frequentes:
1/10
Frequentes:
1/100 e <1/10
Pouco frequentes:
1/1.000 e <1/100
Raros:
1/10.000 e <1/1.000
Muito raros <1/10.000
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Infeções e infestações:
Pouco frequentes: infeções do trato respiratório superior, faringite
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Pouco frequentes: linfadenopatia
Perturbações do foro psiquiátrico:
Pouco frequentes: irritabilidade
Doenças do sistema nervoso:
Pouco frequentes: cefaleias, sonolência
Afeções oculares:
Raros: conjuntivite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Pouco frequentes: tosse, rinite
Doenças gastrointestinais:
Pouco frequentes: náuseas, vómitos
Raros: dor abdominal, diarreia
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Frequentes: erupções cutâneas
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Pouco frequentes: erupções cutâneas tipo varicela, prurido
Raros: urticária
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:
Pouco frequentes: artralgia, mialgia
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Muito frequentes: dor, vermelhidão
Frequentes: inchaço no local da injeção*, febre (temperatura oral/axilar
37,5°C ou
temperatura retal
38,0°C)*
Pouco frequentes: febre (temperatura oral/axilar > 39,0°C ou temperatura retal > 39,5°C),
fadiga, mal-estar
Após a segunda dose foi observada uma tendência de incidência superior de dor, vermelhidão
e inchaço, comparativamente com o observado na primeira dose.
* O inchaço no local da injeção e a febre foram notificados muito frequentemente nos estudos
realizados em adolescentes e adultos. O inchaço foi também notificado muito frequentemente
após a segunda dose em crianças abaixo dos 13 anos de idade.
Não se observaram diferenças no perfil de reatogenicidade entre os indivíduos inicialmente
seropositivos e inicialmente seronegativos.
Doentes de alto risco
Existem apenas disponíveis dados muito limitados de ensaios clínicos em doentes de alto
risco de varicela grave. Contudo, reações associadas à vacina (principalmente erupções
papulo-vesiculares e febre) são normalmente ligeiras. Tal como em indivíduos saudáveis,
vermelhidão, inchaço e dor no local da injeção são ligeiros e transitórios.
Informação após a comercialização
Durante a farmacovigilância após a comercialização, foram notificadas após a vacinação
contra a varicela, as seguintes reações adicionais:
Infeções e infestações:
Raros: herpes zoster
Doenças do sangue e sistema linfático:
Raros: trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário:
Raros: hipersensibilidade, reações anafiláticas
Doenças do sistema nervoso:
Raros: encefalite, acidente vascular cerebral, cerebelite, sintomas tipo cerebelite (incluindo
perturbações transitórias da marcha e ataxia transitória), convulsões
Doenças vasculares:
Raros: vasculite (incluindo púrpura de Schönlein-Henoch e síndrome de Kawasaki)
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Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Raros: eritema multiforme
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do
medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de
reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Foram notificados casos de administração acidental de doses superiores à recomendada de
Varilrix. Entre estes casos, os acontecimentos adversos notificados foram letargia e
convulsões. Noutros casos notificados como sobredosagem, não ocorreram acontecimentos
adversos associados.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 18.1 – Vacinas e imunoglobulinas. Vacinas (simples e
conjugadas), código ATC: J07BK01
Em indivíduos suscetíveis, Varilrix produz uma infeção por varicela inaparente clinicamente
atenuada.
A presença de anticorpos é aceite como sendo um indicador de proteção.
Efeitos farmacodinâmicos
Eficácia e efetividade
A eficácia das vacinas da GlaxoSmithKline (GSK) Oka monovalente (Varilrix) e em
associação (Priorix-Tetra Vacina contra a papeira, sarampo, rubéola e varicela) na prevenção
da doença da varicela foi avaliada num grande ensaio clínico com aleatorização, que incluiu a
vacina da GSK combinada contento papeira, sarampo e rubéola (Priorix) como controlo ativo.
O ensaio clínico foi realizado na Europa onde a vacinação de rotina contra a varicela não está
implementada. As crianças com 12-22 meses de idade receberam duas doses de Priorix-Tetra
com um intervalo de seis semanas entre as doses ou uma dose de Varilrix. A eficácia da
vacina confirmada epidemiologicamente ou por PCR (Polymerase Chain Reaction) contra a
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INFARMED
varicela de qualquer gravidade (definida utilizando uma escala específica) e contra a varicela
moderada ou grave confirmada observada após um período de seguimento primário de 2 anos
(duração mediana de 3,2 anos) e após um período de seguimento alargado de 6 anos (duração
mediana de 6,4 anos) está incluída na Tabela seguinte (a decorrer um período de seguimento a
longo prazo de 10 anos).
Grupo
Tempo
Eficácia contra a varicela
de qualquer gravidade
confirmada
Eficácia contra a varicela
moderada ou grave
confirmada
Ano 2
94,9%
(IC 97,5%: 92,4;96,6)
99,5%
(IC 97,5%: 97,5;99,9)
Priorix-Tetra
(2 doses)
N = 2.489
Ano 6^(1)
95,0%
(IC 95%: 93,6;96,2)
99,0%
(95% CI: 97,7;99,6)
Ano 2
65,4 %
(IC 97,5%: 57,2;72,1)
90,7%
(IC 97,5%: 85,9;93,9)
Varilrix
(1 dose)
N = 2.487
Ano 6^(1)
67,0%
(IC 95%: 61,8;71,4)
90,3%
(IC 95%: 86,9;92,8)
N = número de indivíduos participantes e vacinados
^(1) análise descritiva
Num ensaio clínico realizado na Finlândia, especificamente desenhado para avaliar a eficácia
da vacina Varilrix, 493 crianças com 10-30 meses de idade foram seguidas durante um
período de aproximadamente 2,5 anos após a vacinação com uma dose. A eficácia protetora
foi de 100% (IC 95%: 80;100) contra casos clínicos comuns ou graves de varicela (
vesículas) e de 88% (IC 95%: 72;96) contra qualquer caso serologicamente confirmado de
varicela (pelo menos 1 vesícula ou pápula).
A efetividade de uma dose de Varilrix foi estimada em diferentes cenários (estudos de surtos,
de casos controlo e de bases de dados) e variou de 20%-92% contra qualquer doença de
varicela e de 86%-100% contra a doença moderada ou grave.
O impacto de uma dose de Varilrix na redução de hospitalizações e visitas no ambulatório nas
crianças por varicela foi de 81% e 87% no global, respetivamente.
A informação sobre a efetividade sugere um nível de proteção superior e uma diminuição dos
casos de varicela por perda imunológica após a administração de duas doses de vacina,
comparativamente a após uma dose.
Resposta imunitária
Indivíduos saudáveis:
Em crianças entre os 11 meses e os 21 meses de idade, a taxa de seroconversão, quando
medida por ELISA (50 mUI/ml) 6 semanas após a vacinação, foi de 89,6% após uma dose de
vacina e de 100% após a segunda dose de vacina.
Em crianças entre os 9 meses e os 12 anos de idade, a taxa global de seroconversão, quando
medida por Immunofluorescence Assay (IFA) 6 semanas após a vacinação, foi de > 98% após
uma dose de vacina. Em crianças dos 12-15 meses de idade, os anticorpos permaneceram pelo
menos 7 anos após a vacinação com uma dose.
APROVADO EM
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INFARMED
Em crianças dos 9 meses aos 6 anos de idade, a taxa de seroconversão, quando medida por
IFA 6 semanas após a vacinação, foi de 100% após uma segunda dose de vacina. Um
aumento acentuado dos títulos de anticorpos foi observado após a administração de uma
segunda dose (aumento de 5 a 26 vezes de GMT).
Em indivíduos com idade igual e superior a 13 anos, a taxa de seroconversão, quando medida
por IFA 6 semanas após a vacinação, foi de 100% após a segunda dose de vacina. Um ano
após a vacinação, todos os indivíduos avaliados continuavam seropositivos.
Em ensaios clínicos, a maioria dos indivíduos vacinados que foram expostos ao vírus do tipo
selvagem estiveram completamente protegidos da varicela clínica ou desenvolveram uma
forma ligeira da doença (isto é, baixo número de vesículas, ausência de febre).
Os dados disponíveis são insuficientes para definir uma taxa de proteção contra complicações
da varicela, tais como encefalite, hepatite ou pneumonia.
Doentes de alto risco:
Existem apenas dados muito limitados disponíveis de ensaios clínicos em indivíduos de alto
risco para a varicela. A taxa de seroconversão total nestes doentes foi
80%.
Em doentes de alto risco, a medição periódica dos anticorpos da varicela após imunização
pode ser utilizada como indicador para verificar se necessitam ou não de nova imunização.
Prevenção pós-exposição
A informação publicada sobre a prevenção da varicela nos 3 dias após a exposição é limitada.
Num estudo controlado por placebo, duplamente cego, com aleatorização, com a inclusão de
42 crianças entre os 12 meses e os 13 anos de idade, em que foi administrada 1 dose de
Varilrix a 22 e placebo a 20 crianças. Foram observadas percentagens semelhantes de crianças
que desenvolveram a varicela (41% e 45%, respetivamente), mas o risco para a doença da
varicela moderada a grave foi oito vezes superior no grupo placebo, em comparação com o
grupo vacinado (risco relativo= 8,0. IC 95% 1,2-51,5, p=0,003).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Para as vacinas, não é necessário determinar propriedades farmacocinéticas.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos de
segurança geral realizados em animais.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Pó:
Aminoácidos
Lactose anidra
Sorbitol (E420)
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Manitol
Solvente:
Água para preparações injetáveis
6.2 Incompatibilidades
Varilrix não deve ser misturado com outras vacinas na mesma seringa.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
Foi demonstrado que a vacina reconstituída pode ser conservada até 90 minutos à temperatura
ambiente (25ºC) e até 8 horas no frigorífico (2ºC - 8ºC).
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar no frigorífico (2ºC – 8ºC).
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Solvente: conservar no frigorífico ou a temperatura inferior a 25ºC.
A vacina liofilizada não é afetada pela congelação.
Quando os lotes de Varilrix são distribuídos a partir de um frigorífico central, é necessário
proceder ao seu transporte em câmaras frigoríficas.
Após reconstituição é recomendado que a vacina seja logo administrada (ver secção 6.3).
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Varilrix apresenta-se em frasco para injetáveis de vidro monodose.
O solvente estéril apresenta-se em ampolas ou seringas pré-cheias.
Todos os recipientes são de vidro transparente tipo I.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Devido a pequenas variações de pH, a cor da vacina reconstituída pode variar entre solução de
cor pêssego claro a cor-de-rosa.
O solvente e a vacina antes e depois da reconstituição devem ser inspecionados visualmente
para detetar qualquer partícula estranha e/ou variação do aspeto físico antes da administração.
No caso de algo ter sido observado, inutilizar imediatamente a vacina ou o solvente.
Instruções para reconstituição da vacina quando o solvente se apresenta em seringas pré-
cheias
APROVADO EM
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INFARMED
Varilrix deve ser reconstituído adicionando todo o conteúdo da seringa pré-cheia que contém
o solvente ao frasco para injetáveis contendo o pó.
Para colocar a agulha na seringa, ver o esquema seguinte. Contudo, a seringa fornecida com
Varilrix pode ser ligeiramente diferente da seringa descrita no esquema.
Agulha
Seringa
1. Segurar a cânula da seringa com uma mão (evitar segurar a seringa pelo êmbolo),
desenroscar a cápsula de fecho da seringa, rodando-a no sentido contrário aos ponteiros do
relógio.
2. Para colocar a agulha na seringa, rodar a agulha no sentido dos ponteiros do relógio na
seringa até a sentir fixa (ver figura).
3. Remover a proteção da agulha que, por vezes, pode estar ligeiramente presa.
Adicionar o solvente ao pó. Após a adição do solvente ao pó, a mistura deve ser bem agitada
até à completa dissolução do pó no solvente.
Após reconstituição, a vacina deve ser administrada imediatamente.
Deve ser utilizada uma nova agulha para administrar a vacina.
Retirar todo o conteúdo do frasco para injetáveis.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Smith Kline & French Portuguesa - Produtos Farmacêuticos, Lda.
Proteção da agulha
Êmbolo da
seringa
Cápsula de fecho
da seringa
Cânula
APROVADO EM
12-03-2019
INFARMED
Rua Dr. António Loureiro Borges, 3
Arquiparque – Miraflores
1495-131 Algés
Tel: 21 412 95 00
Fax: 21 412 18 57
e-mail: FI.PT@gsk.com
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 4800686 - 1 frasco para injetável +1 seringa pré-cheia sem agulha separada, pó
e solvente para solução injetável, 10^3,3 UFP/0,5 ml, vidro transparente Tipo I
N.º de registo: 4801080 - 10 frascos para injetáveis + 10 seringas pré- cheias com 20 agulhas
separadas, pó e solvente para solução injetável, 10^3,3 UFP/0,5 ml, vidro transparente Tipo I
N.º de registo: 5571922 - 1 frasco para injetável + 1 seringa pré-cheia com sistema de rosca
com 2 agulhas separadas, pó e solvente para solução injetável, 10^3,3 UFP/0,5 ml, vidro
transparente Tipo I
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 03 de outubro 2003
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO