Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
20-05-2005
20-05-2005
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
NOME DO MEDICAMENTO
VANCOCINA CP 500 mg, pó para solução para perfusão
VANCOCINA CP 1000 mg, pó para solução para perfusão
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco de VANCOCINA CP contém:
VANCOCINA
500 mg
(mg/frasco)
VANCOCINA
1000 mg
(mg/frasco)
Princípio activo
Vancomicina sob a forma de cloridrato
535 mg
(equivalente a
500 mg de
vancomicina)
1070mg
(equivalente a
1000 mg de
vancomicina)
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
A VANCOCINA CP (cloridrato de vancomicina), apresenta-se sob a forma de um pó para solução para
perfusão.
Embalagem com 1 frasco de 10 ml e 20 ml, respectivamente, contendo cloridrato de vancomicina estéril
equivalente a 500 mg ou 1000 mg de vancomicina base para reconstituição.
CATEGORIA FARMACOTERAPÊUTICA
Este medicamento pertence ao grupo 1.1.11 Outros Antibacterianos
NOME E SEDE DO RESPONSÁVEL PELA A.I.M.
Lilly Farma, Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua Dr. António Loureiro Borges, nº 4, Piso 3
Arquiparque - Miraflores
1495-131 Algés
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
A vancomicina está indicada na terapêutica de infecções graves causadas por estirpes sensíveis de
estafilococos meticilino-resistentes (betalactamico-resistentes).
Está indicada em doentes alérgicos à penicilina, em doentes que não podem receber ou não respondem a
outros
medicamentos,
incluindo
penicilinas
cefalosporinas,
infecções
causadas
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microrganismos sensíveis à vancomicina que resistem a outros antibióticos. A vancomicina está indicada
como terapêutica inicial quando se suspeita do envolvimento de estafilococos meticilino-resistentes mas,
após o resultado dos testes de sensibilidade, a terapêutica deve ser ajustada em conformidade.
A vancomicina é eficaz no tratamento da endocardite estafilocócica. A sua eficácia tem sido referida em
outras infecções devidas a estafilococos, incluindo septicemia, infecções ósseas, infecções do tracto
respiratório inferior e infecções da pele. Quando as infecções estão localizadas e são purulentas, os
antibióticos são utilizados como coadjuvantes de medidas cirúrgicas apropriadas.
CONTRA-INDICAÇÕES
A vancomicina está contra-indicada em doentes com hipersensibilidade conhecida a este antibiótico.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Incidentes relacionados com a perfusão: Durante ou logo após uma perfusão rápida de vancomicina, os
doentes podem experimentar reacções anafilácticas, incluindo hipotensão, respiração ofegante, dispneia,
urticária ou prurido. A perfusão rápida pode também causar rubor na parte superior do tronco ("pescoço
vermelho"),
espasmos
musculares
peito
costas.
Estas
reacções
desaparecem,
normalmente ao fim de 20 minutos, mas podem persistir durante várias horas. Estudos em animais
revelaram casos de hipotensão e bradicardia em animais que receberam grandes quantidades de cloridrato
de vancomicina em concentrações e taxas elevadas. Tais incidentes são pouco frequentes se o cloridrato
de vancomicina for administrado numa perfusão lenta, durante um período superior a 60 minutos.
Em estudos efectuados em voluntários, não surgiram incidentes relacionados com a perfusão quando se
administrou o cloridrato de vancomicina a uma velocidade de 10mg/min ou menos.
Nefrotoxicidade: Foram relatados alguns casos de insuficiência renal, manifestada por, aumento da
creatinina no soro ou das concentrações de BUN, especialmente em doentes que tomaram doses elevadas
de vancomicina. Foram relatados, alguns casos raros de nefrite intersticial. A maior parte destes casos
verificou-se em doentes que tomaram simultâneamente aminoglicosidos ou que sofriam de insuficiência
renal pré-existente. Com a suspensão do tratamento com vancomicina, a azotemia desapareceu na maioria
dos doentes.
Ototoxicidade: Foram relatados alguns casos de perda de audição associada à vancomicina. A maioria
destes
doentes
tinha
insuficiência
renal
perda
audição
pré-existente,
foram
tratados
simultaneamente com um medicamento ototóxico. Raramente foram relatadas reacções como vertigens,
tonturas e zumbidos nos ouvidos.
Hematopoiéticos: Foi relatada, em vários doentes, neutropenia reversível, que em regra, se manteve
durante uma semana ou mais depois do início da terapêutica com vancomicina, ou depois de uma dose
total superior a 25 g. A neutropenia parece ser rapidamente reversível se a vancomicina for interrompida.
Raramente foi referida trombocitopenia.
Cardiovasculares: Paragem cardíaca. Choque.
Gastrintestinais: Colite pseudomembranosa
Hematológicos: Eosinofilia
Pele
e
Apêndices:
Dermatite
esfoliativa;
Reacções
hipersensibilidade;
Dermatite
bulhosa
depósitos lineares de IgA. Necrólise epidérmica tóxica.
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Flebite: Foi referida inflamação no local da injecção.
Outros Efeitos: Raramente foram referidos casos de anafilaxia, febre, arrepios, náuseas, eosinofilia, rash
incluindo dermatite exfoliativa, sindroma de Stevens-Johnson e casos raros de vasculite associados com a
administração de vancomicina. Foi ainda referida agranulocitose. Foi referida necrose no local da
injecção, dor no local da injecção e tromboflebite
INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS
A administração concomitante de vancomicina e agentes anestésicos tem sido associada com eritema e
flushing tipo-histamínico (ver Uso em Crianças, Precauções) e reacções anafilactóides (ver Efeitos
Secundários).
A utilização simultânea e/ou subsequente, sistémica ou tópica, de outros
fármacos potencialmente
neurotóxicos
e/ou
nefrotóxicos,
como
anfotericina
aminoglicosidos,
bacitracina,
polimixina
colistina, viomicina ou cisplatina, quando indicado, requer uma monitorização cuidadosa.
PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
AVISOS:
A administração rápida por bolus (por ex., em minutos) pode ser associada a hipotensão exagerada,
incluindo choque e, raramente, a paragem cardíaca.
A vancomicina deve ser administrada nuna solução diluída durante um período não inferior a 60 minutos
para evitar as reacções associadas a uma perfusão rápida. A interrupção da perfusão produz, em regra,
uma rápida regressão destas reacções.
Tem ocorrido ototoxicidade em doentes a tomar vancomicina. Pode ser transitória ou permanente. Tem
sido referido sobretudo em doentes que tomaram doses excessivas, com deficiência auditiva prévia, ou
que estão a
fazer uma
terapêutica conjunta com outro agente
ototóxico,
como
por exemplo,
aminoglicosido. A vancomicina deve ser usada com precaução em doentes com insuficiência renal, visto
risco
toxicidade
aumenta
consideravelmente
concentracões
sanguíneas
elevadas
prolongadas.
Dado que têm sido reportadas reacções alérgicas cruzadas entre a vancomicina e a teicoplanina, a
vancomicina deve ser administrada com precaução em doentes alérgicos à teicoplanina.
posologia
vancomicina
deve
ajustada
doentes
função
renal
diminuída
(ver
"Precauções", e "Posologia Usual" e "Modo de Administração").
PRECAUÇÕES:
Têm sido relatadas concentrações séricas clinicamente significativas em alguns doentes com colite
pseudomembranosa activa induzida por C. difficile após doses orais múltiplas de vancomicina.
prolongado
cloridrato
vancomicina
pode
resultar
crescimento
exagerado
microrganismos não sensíveis. É essencial uma observação cuidadosa do doente. Se surgir superinfecção
durante a terapêutica, devem tomar-se medidas adequadas.
Foram relatados casos raros de colite pseudomembranosa causada por C. difficile em doentes que
receberam Vancomicina por via intravenosa.
A fim de minimizar o risco de nefrotoxicidade no tratamento de doentes com função renal diminuída
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subjacente ou a fazer terapêutica simultânea com um aminoglicosido, devem efectuar-se testes repetidos
da função renal e tomar cuidados especiais no seguimento dos esquemas posológicos apropriados (ver
"Posologia Usual" e "Modo de Administração").
Testes repetidos da função auditiva podem ser úteis a fim de minimizar o risco de ototoxicidade.
sido
referida
neutropenia
reversível
doentes
tomam
vancomicina
(ver
"Efeitos
Secundários"). Nos doentes submetidos a terapêutica prolongada com vancomicina ou que tomam
simultâneamente medicamentos que possam causar neutropenia, devem efectuar-se contagens periódicos
de leucocitos.
A vancomicina é irritante para os tecidos e deve ser administrada por via intravenosa. Com a injecção
intramuscular ou quando se verifica um extravasamento, manifestam-se dor e necrose. Pode verificar-se
tromboflebite, cuja frequência e gravidade pode minimizar-se administrando o medicamento lentamente
numa solução diluída (2,5 a 5 g/litro) e alternando os locais de perfusão.
Foi relatado que a frequência de reacções relacionadas com a perfusão (incluindo hipotensão, rubor,
eritema, urticária e prurido) aumenta com a administração simultânea de agentes anestésicos. Estas
reacções podem ser minimizadas administrando a vancomicina em perfusão de 60 minutos antes da
indução da anestesia.
segurança
eficácia
administração
vancomicina
intratecal
(intralombar
intraventricular) ainda não foi avaliada.
Uso em Crianças: Em recém-nascidos prematuros e crianças muito jovens é aconselhável confirmar as
concentrações desejáveis de vancomicina no soro. A administração simultânea de vancomicina e de
agentes anestésicos tem sido associada, em crianças, com eritema e rubor semelhante ao induzido pela
histamina (ver "Efeitos Secundários").
Uso em Idosos: A diminuição natural da filtração glomerular na idade avançada pode conduzir a
elevadas concentrações de vancomicina no soro se a dose não for ajustada. Os esquemas posológicos de
vancomicina
doentes
idosos
devem
ajustados
("Ver
Posologia
Usual"
"Modo
Administração").
Incompatibilidades:
A solução de vancomicina possui um pH baixo, o que pode causar instabilidade física ou química
quando misturada com outros compostos. A mistura com soluções alcalinas deve ser evitada.
mistura
soluções
vancomicina
antibióticos
beta-lactâmicos,
demonstrou
fisicamente
incompatível. A
probabilidade
de precipitação aumenta
com concentrações mais
elevadas de vancomicina.
Recomenda-se
lavagem adequada das vias
intravenosas entre
administração destes antibióticos. Também se recomenda a diluição de soluções de vancomicina
para 5 mg/ml ou menos.
Embora a injecção intravítreo não seja uma via de administração recomendada para a vancomicina,
foi reportada precipitação após injecção
intravítreo de vancomicina
e de
ceftazidima para a
endoftalmite, utilizando diferentes seringas e agulhas.
Os precipitados dissolvem-se gradualmente com limpeza completa da cavidade vítrea num período
de dois meses e com melhoria da acuidade visual.
USO NA GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
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Categoria B1
Não se sabe se o cloridrato de vancomicina pode afectar a capacidade reprodutiva. Num estudo clínico
controlado foram avaliados os efeitos ototóxicos e nefrotóxicos potenciais do cloridrato de vancomicina
em crianças, quando o fármaco foi administrado a mulheres grávidas com infecções estafilocócicas
graves por abuso de fármacos intravenosos. O cloridrato de vancomicina foi encontrado no cordão
umbilical. Não se verificou qualquer perda de audição neurosensorial ou nefrotoxicidade atribuível ao
cloridrato de vancomicina.
Uma criança cuja mãe recebeu cloridrato de vancomicina no terceiro trimestre de gravidez, manifestou
perda da condução auditiva, que não foi atribuída ao cloridrato de vancomicina.
Devido ao número das doentes tratadas neste estudo ser limitado e o cloridrato de vancomicina ter sido
administrado apenas nos segundo e terceiro trimestres de gravidez, não se sabe se o cloridrato de
vancomicina causa dano fetal. O cloridrato de vancomicina só deve ser administrado a grávidas quando
for absolutamente necessário.
O cloridrato de vancomicina é excretado no leite humano. Devem tomar-se precauções quando se
administra vancomicina a mulheres que amamentam.
Devido
potenciais
efeitos
secundários,
deve
ponderar-se
decisão
quanto
suspender
amamentação ou o fármaco, tendo em conta a importância do fármaco para a mãe.
EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS
É pouco provável que a Vancomicina provoque algum efeito.
LISTA DE EXCIPIENTES
Não contém qualquer excipiente.
POSOLOGIA USUAL
Efeitos associados com a perfusão estão relacionados quer com a concentração quer com a velocidade de
administração. Concentrações não superiores a 5 mg/ml e velocidades não superiores a 10 mg/min são
recomendadas em adultos (ver também recomendações específicas da idade). Em doentes seleccionados,
com necessidade de restrição de líquidos, pode usar-se uma concentração até 10 mg/ml; o uso de
concentrações tão altas, pode aumentar o risco de efeitos relacionados com a perfusão. Porém estes
efeitos podem ocorrer com qualquer velocidade ou concentração.
Doentes com Função Renal Normal
Adultos: A dose intravenosa diária habitual é de 2 g, dividida em 500 mg de 6 em 6 horas ou em 1 g de
12 em 12 horas.
Não deverão ser administrados mais de 10 mg/min. Outros factores, tais como a idade ou a obesidade,
podem exigir a modificação da dose intravenosa diária habitual.
Crianças: A dose intravenosa habitual de vancomicina é de 10 mg/Kg de 6 em 6 horas. Cada dose deve
ser administrada durante um período de, pelo menos, 60 minutos.
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Bebés e Recém-Nascidos: A dose intravenosa total diária pode ser mais baixa. Nos bebés e recém-
nascidos, sugere-se uma dose inicial de 15 mg/Kg, seguida de uma dose de 10 mg/Kg de 12 em 12 horas
na primeira semana de vida, e de 8 em 8 horas depois de uma semana de vida, até 1 mês de idade. Cada
dose deve ser administrada durante 60 minutos. Estes doentes podem necessitar de uma monitorização
cuidadosa das concentrações de vancomicina no soro.
Doentes com Insuficiência Renal e Idosos
A posologia deve ser ajustada em doentes com insuficiência renal. Em crianças prematuras e em idosos,
pode ser necessário reduzir a dose mais do que o previsto, devido a diminuição da função renal. As
determinações de vancomicina no soro podem ser úteis para optimizar a terapêutica, especialmente em
doentes graves com alterações da função renal. As concentrações de vancomicina no soro podem
determinar-se por ensaio microbiológico, radio-imunoensaio, imuno-ensaio de polarização fluorescente,
imuno-ensaio de fluorescência ou cromatografia líquida de alta pressão.
Para a maioria dos doentes com insuficiência renal, o cálculo da posologia pode ser feito utilizando a
tabela que se segue, se a depuração da creatinina puder ser determinada ou calculada correctamente. A
dose diária de vancomicina em mg, é cerca de 15 vezes o índice de filtração glomerular em ml/min. (ver
tabela abaixo).
TABELA POSOLÓGICA PARA VANCOMIClNA
EM DOENTES COM FUNÇÃO RENAL DIMINUIDA
Depuração da creatinina
ml/min
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
Dose de Vancomicina
mg/24 h
1545
1390
1235
1080
A dose inicial não deve ser inferior a 15 mg/Kg, mesmo em doentes com insuficiência renal ligeira a
moderada.
A tabela não é válida para doentes funcionalmente anúricos. Nestes, deve administrar-se uma dose inicial
de 15 mg/Kg de peso corporal, a fim de rapidamente se atingirem concentrações terapêuticas no soro. A
dose necessária para manter concentrações estáveis é de 1,9 mg/Kg/24 h. Dado que são convenientes
doses individuais de manutenção de 250 a 1000mg, em doentes com insuficiência renal acentuada, pode
administrar-se uma dose de vários em vários dias, em vez de diariamente. Na anúria é recomendada uma
dose de 1000 mg de 7 em 7 ou de 10 em 10 dias.
Só quando a concentração da creatinina no soro é conhecida, a fórmula que se segue (baseada no sexo, no
peso e na idade do doente), pode ser utilizada para calcular a depuração da creatinina. A depuração da
creatinina calculada (ml/min) é apenas aproximada. A depuração da creatinina deve ser determinada
rapidamente
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Homens: Peso (Kg) x (140 - idade em anos)
72 x concentração da creatinina no soro (mg/dl)
Mulheres: 0,85 x valor acima
A creatinina sérica tem que representar um valor constante da função renal. Caso contrário, o valor
calculado para a depuração da creatinina não é válido.
O cálculo excede a situação real em doentes com: (1) função renal diminuída devida a por exemplo,
choque, insuficiência cardíaca grave ou oligúria; (2) relação anormal entre massa muscular e peso total
do corpo, como nos obesos ou nos afectados por doença hepática, edema ou ascite; (3) debilitação, má
nutrição ou inactividade.
MODO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO
A Vancomicina é administrada por via intravenosa.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO/MANUSEAMENTO:
Reconstituição e Estabilidade:
No momento da utilização, reconstitua adicionando 10 ml de água estéril para injectáveis ao frasco de
500 mg ou 20 ml de água estéril para injectáveis ao frasco de 1000 mg de vancomicina que se apresenta
forma
estéril.
frascos
assim
reconstituídos
darão
solução
mg/ml.
É
NECESSÁRIA NOVA DILUIÇÃO.
A solução reconstituída pode ser guardada no frigorífico durante 14 dias sem perda significativa de
potência.
As soluções reconstituídas contendo 500 mg de vancomicina têm que ser diluídas em pelo menos 100 ml
de solvente. As soluções reconstituídas contendo 1000 mg têm de ser diluídas em pelo menos 200 ml de
solvente. A dose desejada assim diluída deve ser administrada por perfusão intravenosa durante um
período de pelo menos 60 minutos.
Compatibilidade com outros Medicamentos e Soluções Intravenosas: As soluções diluídas com solução
de Dextrose a 5% ou solução de cloreto de sódio a 0,9% podem ser guardadas no frigorífico durante 14
dias sem perda significativa de potência. As soluções diluídas com os solventes abaixo indicados podem
ser guardadas no frigorífico durante 96 horas:
- Solução de Dextrose a 5% e Solução de Cloreto de Sódio a 0,9%
- Solução de Lactato de Ringer
- Lactato de Ringer e Solução de Dextrose a 5%
- Normosol
-M e Dextrose a 5%
- Isolytet
- Solução de Acetato de Ringer
A solução de vancomicina tem um pH baixo e pode causar instabilidade física de outros compostos.
Os medicamentos de uso parentérico devem ser inspeccionados visualmente para detecção de partículas e
descoloração antes da administração, sempre que a solução ou o recipiente o permita.
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Para Administração Oral: A dose total diária habitual em adultos para a colite pseudomembranosa
associada a antibióticos causada por C. difficile e para a enterocolite estafilocócica é de 500 mg a 2 g
administrados em 3 ou 4 doses fraccionadas durante 7 a 10 dias. A dose total diária em crianças é de 40
mg/Kg de peso corporal em 3 ou 4 doses fraccionadas durante 7 ou 10 dias. A dose total diária não deve
exceder 2 g. O conteúdo de um frasco de 500 mg de cloridrato de vancomicina pode ser diluído em 30 ml
de água e a dose apropriada administrada oralmente ou por tubo nasogástrico.
Podem adicionar-se xaropes aromatizantes comuns para melhorar o sabor da solução.
A solução pode também ser administrada por tubo nasogástrico.
Antes de reconstituídos os frascos não devem ser conservados acima de 30° C.
INSTRUÇÕES SOBRE A ATITUDE A TOMAR QUANDO FOR OMITIDA UMA OU MAIS
DOSES
Não se aplica, dado que este medicamento é de uso exclusivo hospitalar.
SOBREDOSAGEM
É aconselhável uma assistência cuidadosa, com manutenção da filtração glomerular. A vancomicina é
deficientemente removida por diálise. Tem sido referido que a hemofiltração e a hemoperfusão com a
resina polisulfona resulta no aumento da depuração de vancomicina. A dose intravenosa letal média é de
319 mg/Kg em ratos e 400 mg/kg em ratinhos.
ASSEGURE-SE QUE NÃO ESQUECE
Comunicar ao seu médico ou farmacêutico, qualquer efeito indesejável que
não conste deste folheto informativo.
Verificar o prazo de validade inscrito na embalagem.
PRAZO DE VALIDADE E CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO
2 anos.
Antes da Reconstituição: Não conservar acima de 30
Após a reconstituição: Conservar a 2
C - 8
C (no frigorífico). A solução reconstituída pode ser
guardada no frigorífico durante 14 dias sem perda significativa de potência.
MANTER FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Data da revisão deste Folheto Informativo: Abril de 2005
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Resumo das Características do Medicamento
1. DENOMINAÇÃO DO
MEDICAMENTO
VANCOCINA CP 500 mg, pó para solução para perfusão
VANCOCINA CP 1000 mg, pó para solução para perfusão
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco de VANCOCINA CP contém:
VANCOCINA
500 mg
(mg/frasco)
VANCOCINA
1000 mg
(mg/frasco)
Princípio activo
Vancomicina sob a forma de cloridrato
535 mg
(equivalente a
500 mg de
vancomicina)
1070 mg
(equivalente a
1000 mg de
vancomicina)
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó para solução para perfusão.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1. Indicações terapêuticas
A vancomicina está indicada na terapêutica de infecções graves causadas por estirpes sensíveis
de estafilococos meticilino-resistentes (betalactâmico-resistentes).
Está indicada em doentes alérgicos à penicilina, em doentes que não podem receber ou não
respondem a outros medicamentos, incluindo as penicilinas ou cefalosporinas, e em infecções
causadas por microrganismos sensíveis à vancomicina que resistem a outros antibióticos.
A vancomicina está indicada como terapêutica inicial quando se suspeita do envolvimento de
estafilococos
meticilino-resistentes
mas,
após
resultado
testes
sensibilidade,
terapêutica deve ser ajustada em conformidade.
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A vancomicina é eficaz no tratamento da endocardite estafilocócica. A sua eficácia tem sido
referida em outras infecções devidas a estafilococos, incluindo septicemia, infecções ósseas,
infecções
tracto
respiratório
inferior
infecções
pele.
Quando
infecções
estão
localizadas e são purulentas, os antibióticos são utilizados como coadjuvantes de medidas
cirúrgicas apropriadas.
4.2. Posologia e modo de administração
A Vancomicina é administrada por via intravenosa.
Efeitos associados com a perfusão estão relacionados quer com a concentração quer com a
velocidade de administração. Concentrações não superiores a 5 mg/ml e velocidades não
superiores a 10 mg/min são recomendadas em adultos (ver também recomendações específicas
da idade). Em doentes seleccionados, com necessidade de restrição de líquidos, pode usar-se
uma concentração até 10 mg/ml; o uso de concentrações tão altas, pode aumentar o risco de
efeitos
relacionados
perfusão.
Porém
estes
efeitos
podem
ocorrer
qualquer
velocidade ou concentração.
Doentes com Função Renal Normal
Adultos: A dose intravenosa diária habitual é de 2 g, dividida em 500 mg de 6 em 6 horas ou em
1 g de 12 em 12 horas.
Não deverão ser administrados mais de 10 mg/min. Outros factores, tais como a idade ou a
obesidade, podem exigir a modificação da dose intravenosa diária habitual.
Crianças: A dose intravenosa habitual de vancomicina é de 10 mg/Kg de 6 em 6 horas. Cada
dose deve ser administrada durante um período de, pelo menos, 60 minutos.
Bebés e Recém-Nascidos: A dose intravenosa total diária pode ser mais baixa. Nos bebés e
recém-nascidos, sugere-se uma dose inicial de 15 mg/Kg, seguida de uma dose de 10 mg/Kg de
12 em 12 horas na primeira semana de vida, e de 8 em 8 horas depois de uma semana de vida,
até 1 mês de idade. Cada dose deve ser administrada durante 60 minutos. Estes doentes podem
necessitar de uma monitorização cuidadosa das concentrações de vancomicina no soro.
Doentes com Insuficiência Renal e Idosos
A posologia deve ser ajustada em doentes com insuficiência renal. Em crianças prematuras e em
idosos, pode ser necessário reduzir a dose mais do que o previsto, devido a diminuição da função
renal. As determinações de vancomicina no soro podem ser úteis para optimizar a terapêutica,
especialmente
doentes
graves
alterações
função
renal.
concentrações
vancomicina
soro
podem
determinar-se
ensaio
microbiológico,
radio-imunoensaio,
imuno-ensaio de polarização fluorescente, imuno-ensaio de
fluorescência ou cromatografia
líquida de alta pressão.
Para a maioria dos doentes com insuficiência renal, o cálculo da posologia pode ser feito
utilizando a tabela que se segue, se a depuraçãoda creatinina puder ser determinada ou calculada
correctamente. A dose diária de vancomicina em mg, é cerca de 15 vezes o índice de filtração
glomerular em ml/min. (ver tabela abaixo).
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INFARMED
TABELA POSOLÓGICA PARA VANCOMIClNA
EM DOENTES COM FUNÇÃO RENAL DIMINUIDA
Depuração da creatinina
ml/min
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
Dose de Vancomicina
mg/24 h
1545
1390
1235
1080
A dose inicial não deve ser inferior a 15 mg/Kg, mesmo em doentes com insuficiência renal
ligeira a moderada.
A tabela não é válida para doentes funcionalmente anúricos. Nestes, deve administrar-se uma
dose inicial de 15 mg/Kg de peso corporal, a fim de rapidamente se atingirem concentrações
terapêuticas no soro. A dose necessária para manter concentrações estáveis é de 1,9 mg/Kg/24 h.
Dado que são convenientes doses individuais de manutenção de 250 a 1000 mg, em doentes com
insuficiência renal acentuada, pode administrar-se uma dose de vários em vários dias, em vez de
diariamente. Na anúria é recomendada uma dose de 1000 mg de 7 em 7 ou de 10 em 10 dias.
Só quando a concentração da creatinina no soro é conhecida, a fórmula que se segue (baseada no
sexo, no peso e na idade do doente), pode ser utilizada para calcular a depuraçãoda creatinina. A
depuração da creatinina calculada (ml/min) é apenas aproximada. A depuração da creatinina
deve ser determinada rapidamente
Homens: Peso (Kg) x (140 - idade em anos)
72 x concentração da creatinina no soro (mg/dl)
Mulheres:
0,85 x valor acima
A creatinina sérica tem que representar um valor constante da função renal. Caso contrário, o
valor calculado para a depuraçãoda creatinina não é válido.
O cálculo excede a situação real em doentes com: (1) função renal diminuída devida a por
exemplo, choque, insuficiência cardíaca grave ou oligúria; (2) relação anormal entre massa
muscular e peso total do corpo, como nos obesos ou nos afectados por doença hepática, edema
ou ascite; (3) debilitação, má nutrição ou inactividade.
4.3. Contra-indicações
vancomicina
está
contra-indicada
doentes
hipersensibilidade
conhecida
este
antibiótico.
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4.4. Advertências e precauções especiais de utilização
Advertências
A administração rápida por bolus (por ex., em minutos) pode ser associada a hipotensão
exagerada, incluindo choque e, raramente, a paragem cardíaca.
A vancomicina deve ser administrada nuna solução diluída durante um período não inferior a 60
minutos para evitar as reacções associadas a uma perfusão rápida. A interrupção da perfusão
produz, em regra, uma rápida regressão destas reacções.
ocorrido
ototoxicidade
doentes
tomar
vancomicina.
Pode
transitória
permanente. Tem sido referido sobretudo em doentes que tomaram doses excessivas, com
deficiência auditiva prévia, ou que estão a fazer uma terapêutica conjunta com outro agente
ototóxico,
como
exemplo,
aminoglicosido.
vancomicina
deve
usada
precaução
doentes
insuficiência
renal,
visto
risco
toxicidade
aumenta
consideravelmente com concentracões sanguíneas elevadas e prolongadas.
Dado que têm sido reportadas reacções alérgicas cruzadas entre a vancomicina e a teicoplanina,
a vancomicina deve ser administrada com precaução em doentes alérgicos à teicoplanina.
A posologia de vancomicina deve ser ajustada em doentes com função renal diminuída (ver
"Precauções", e "Posologia e Modo de Administração").
Precauções:
Têm sido relatadas concentrações séricas clinicamente significativas em alguns doentes com
colite
pseudomembranosa
activa
induzida
difficile
após
doses
orais
múltiplas
vancomicina.
O uso prolongado de cloridrato de vancomicina pode resultar num crescimento exagerado de
microrganismos não sensíveis. É essencial uma observação cuidadosa do doente. Se surgir
superinfecção durante a terapêutica, devem tomar-se medidas adequadas.
Foram relatados casos raros de colite pseudomembranosa causada por C. difficile em doentes
que receberam Vancomicina por via intravenosa.
A fim de minimizar o risco de nefrotoxicidade no tratamento de doentes com função renal
diminuída subjacente ou a fazer terapêutica simultânea com um aminoglicosido, devem efectuar-
se testes repetidos da função renal e tomar cuidados especiais no seguimento dos esquemas
posológicos apropriados (ver "Posologia e Modo de Administração").
Testes repetidos da função auditiva podem ser úteis a fim de minimizar o risco de ototoxicidade.
Tem sido referida neutropenia reversível em doentes que tomam vancomicina (ver "Efeitos
Indesejáveis"). Nos doentes submetidos a terapêutica prolongada com vancomicina ou que
tomam simultâneamente medicamentos que possam causar neutropenia, devem efectuar-se
contagens periódicos de leucocitos.
A vancomicina é irritante para os tecidos e deve ser administrada por via intravenosa. Com a
injecção intramuscular ou quando se verifica um extravasamento, manifestam-se dor e necrose.
Pode verificar-se tromboflebite, cuja frequência e gravidade pode minimizar-se administrando o
medicamento lentamente numa solução diluída (2,5 a 5 g/litro) e alternando os locais de
perfusão.
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
Foi relatado que a frequência de reacções relacionadas com a perfusão (incluindo hipotensão,
rubor,
eritema,
urticária
prurido)
aumenta
administração
simultânea
agentes
anestésicos. Estas reacções podem ser minimizadas administrando a vancomicina em perfusão
de 60 minutos antes da indução da anestesia.
A segurança e a eficácia da administração de vancomicina por via intratecal (intralombar ou
intraventricular) ainda não foi avaliada.
Uso em Crianças: Em recém-nascidos prematuros e crianças muito jovens é aconselhável
confirmar as concentrações desejáveis de vancomicina no soro. A administração simultânea de
vancomicina e de agentes anestésicos tem sido associada, em crianças, com eritema e rubor
semelhante ao induzido pela histamina (ver "Efeitos Indesejáveis").
Uso em Idosos: A diminuição natural da filtração glomerular na idade avançada pode conduzir a
elevadas concentrações de vancomicina no soro se a dose não for ajustada. Os esquemas
posológicos de vancomicina em doentes idosos devem ser ajustados ("Ver Posologia e Modo
de Administração").
4.5. Interacções medicamentosas e outras
A administração concomitante de vancomicina e agentes anestésicos tem sido associada com
eritema e flushing tipo-histamínico (ver Uso em Crianças, Precauções) e reacções anafilactóides
(ver Efeitos Indesejáveis).
utilização
simultânea
e/ou
subsequente,
sistémica
tópica,
outros
fármacos
potencialmente
neurotóxicos
e/ou
nefrotóxicos,
como
anfotericina
aminoglicosidos,
bacitracina, polimixina B, colistina, viomicina ou cisplatina, quando indicado, requer uma
monitorização cuidadosa.
4.6. Gravidez e aleitamento
Categoria B1
Não se sabe se o cloridrato de vancomicina pode afectar a capacidade reprodutiva. Num estudo
clínico controlado foram avaliados os efeitos ototóxicos e nefrotóxicos potenciais do cloridrato
de vancomicina em crianças, quando o fármaco foi administrado a mulheres grávidas com
infecções
estafilocócicas
graves
abuso
fármacos
intravenosos.
cloridrato
vancomicina foi encontrado no cordão umbilical. Não se verificou qualquer perda de audição
neurosensorial ou nefrotoxicidade atribuível ao cloridrato de vancomicina.
Uma criança cuja mãe recebeu cloridrato de vancomicina no terceiro trimestre de gravidez,
manifestou perda da condução auditiva, que não foi atribuída ao cloridrato de vancomicina.
Devido ao número das doentes tratadas neste estudo ser limitado e o cloridrato de vancomicina
ter sido administrado apenas nos segundo e terceiro trimestres de gravidez, não se sabe se o
cloridrato
vancomicina
causa
dano
fetal.
cloridrato
vancomicina
deve
administrado a grávidas quando for absolutamente necessário.
O cloridrato de vancomicina é excretado no leite humano. Devem tomar-se precauções quando
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
se administra vancomicina a mulheres que amamentam.
Devido a potenciais efeitos secundários, deve ponderar-se bem a decisão quanto a suspender a
amamentação ou o fármaco, tendo em conta a importância do fármaco para a mãe.
4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
É pouco provável que a Vancomicina provoque algum efeito.
4.8. Efeitos indesejáveis
Incidentes relacionados com a perfusão: Durante ou logo após uma perfusão rápida de
vancomicina, os doentes podem experimentar reacções anafilácticas, incluindo hipotensão,
respiração ofegante, dispneia, urticária ou prurido. A perfusão rápida pode também causar rubor
na parte superior do tronco ("pescoço vermelho"), ou dor e espasmos musculares no peito e nas
costas. Estas reacções desaparecem, normalmente ao fim de 20 minutos, mas podem persistir
durante várias horas. Estudos em animais revelaram casos de hipotensão e bradicardia em
animais que receberam grandes quantidades de cloridrato de vancomicina em concentrações e
taxas
elevadas. Tais incidentes são pouco
frequentes se
cloridrato
de vancomicina
administrado numa perfusão lenta, durante um período superior a 60 minutos.
Em estudos efectuados em voluntários, não surgiram incidentes relacionados com a perfusão
quando se administrou o cloridrato de vancomicina a uma velocidade de 10 mg/min ou menos.
Nefrotoxicidade: Foram relatados alguns casos de insuficiência renal, manifestada por, aumento
da creatinina no soro ou das concentrações de BUN, especialmente em doentes que tomaram
doses elevadas de vancomicina. Foram relatados, alguns casos raros de nefrite intersticial. A
maior parte destes casos verificou-se em doentes que tomaram simultâneamente aminoglicosidos
ou que sofriam de insuficiência renal pré-existente. Com a suspensão do tratamento com
vancomicina, a azotemia desapareceu na maioria dos doentes.
Ototoxicidade: Foram relatados alguns casos de perda de audição associada à vancomicina. A
maioria destes doentes tinha insuficiência renal e perda de audição pré-existente, ou foram
tratados simultaneamente com um medicamento ototóxico. Raramente foram relatadas reacções
como vertigens, tonturas e zumbidos nos ouvidos.
Hematopoiéticos: Foi relatada, em vários doentes, neutropenia reversível, que em regra, se
manteve durante uma semana ou mais depois do início da terapêutica com vancomicina, ou
depois de uma dose total superior a 25 g. A neutropenia parece ser rapidamente reversível se a
vancomicina for interrompida. Raramente foi referida trombocitopenia.
Cardiovasculares: Paragem cardíaca. Choque.
Gastrintestinais: Colite pseudomembranosa
Hematológicos: Eosinofilia
Pele e Apêndices: Dermatite esfoliativa; Reacções de hipersensibilidade; Dermatite bulhosa por
depósitos lineares de IgA. Necrólise epidérmica tóxica.
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
Flebite: Foi referida inflamação no local da injecção.
Outros
Efeitos:
Raramente
foram
referidos
casos
anafilaxia,
febre,
arrepios,
náuseas,
eosinofilia, rash incluindo dermatite exfoliativa, sindroma de Stevens-Johnson e casos raros de
vasculite associados com a administração de vancomicina. Foi ainda referida agranulocitose.
Foi referida necrose no local da injecção, dor no local da injecção e tromboflebite
4.9. Sobredosagem
aconselhável
assistência
cuidadosa,
manutenção
filtração
glomerular.
vancomicina é deficientemente removida por diálise. Tem sido referido que a hemofiltração e a
hemoperfusão com a resina polisulfona resulta no aumento da depuraçãode vancomicina. A dose
intravenosa letal média é de 319 mg/Kg em ratos e 400 mg/kg em ratinhos.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1. Propriedades farmacodinâmicas
Classificação Farmacoterapêutica: 1.1.11 Outros Antibacterianos
Código ATC: J01XA01
A vancomicina é um
antibiótico glicopeptídico tricíclico derivado da Amycolatopsis
orientalis.
Microbiologia - A acção bactericida da vancomicina resulta principalmente da inibição da bio-
síntese da parede celular. Além disso, a vancomicina altera a permeabilidade da membrana das
células bacterianas e a síntese do RNA. Não existe resistência cruzada entre a vancomicina e
outros antibióticos.
vancomicina
activa
contra
estafilococos,
incluindo
Staphylococcus
aureus
Stachylococcus
epidermidis
(incluindo
estirpes
heterogéneas
meticilino-resistentes);
contra
Streptococcus, incluindo o Streptococcus pyogenes, o Streptococcus pneumoniae (incluindo
estirpes penicilino-resistentes), Streptococcus agalactiae, o grupo viridans, Streptococcus bovis;
e os enterococos (por ex., Enterococcus faecalis, anteriormente Streptococcus faecalis); contra o
Clostridium difficile (por ex., estirpes toxigénicas implicadas na colite pseudomembranosa); e os
difteroides.
Outros
microrganismos
são
sensíveis
vancomicina
in
vitro
incluem
Listeria
monocytogenes e espécies Lactobacillus, Actinomyces, Clostridium e Bacillus.
Foi reportada resistência in vitro da vancomicina entre certos Enterococcus e Staphylococcus
isolados.
A vancomicina não é activa in vitro contra bacilos gram-negativos, microbactérias ou fungos.
Sinergismo - A combinação de vancomicina com um aminoglicosido actua sinergicamente in
vitro
contra
muitas
estirpes
S.
aureus,
Streptococcus
não
enterocócicos
grupo D,
enterococos e espécies Streptococcus (grupo viridans).
Testes com discos de sensibilidade - O método padrão de discos descrito pelo "National
Committee
Clinical
Laboratory
Standards"
sido
recomendado
para
determinar
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
sensibilidade à vancomicina.
Os resultados dos testes de sensibilidade de doses únicas padrão com um disco de 30 mcg de
cloridrato de vancomicina devem ser interpretados de acordo com o seguinte critério: Os
microrganismos sensíveis que produzem zonas iguais ou superiores a 12 mm indica que o
microrganismo testado responderá provavelmente ao tratamento.
Os microrganismos que produzem zonas de 10 ou 11 mm são considerados de sensibilidade
intermédia. Os microrganismos nesta categoria responderão provavelmente ao tratamento se a
infecção estiver confinada a tecidos ou fluidos em que se atingem concentrações elevadas de
antibiótico.
Os microrganismos resistentes produzem zonas de 9 mm ou menos, o que indica que deve ser
escolhida outra terapêutica.
Com um método padrão de diluição, um isolado bacteriano pode considerar-se sensível se o
valor da CIM da vancomicina for de 4 mg/litro ou menos. Os microrganismos são considerados
resistentes à vancomicina se a CIM for igual ou superior a 16 mg/litro.
Os microrganismos com um valor de CIM inferior a 16 mg/litro mas superior a 4 mg/litro são
considerados de sensibilidade intermédia 1-3.
métodos
padronizados
exigem
microrganismos
controle.
disco
vancomicina deve apresentar diâmetros de zona entre 15 e l9 mm para S
. aureus ATCC 25923.
Tal como com os métodos de difusão padronizados, os métodos de diluição exigem o uso de
microrganismos de controle. O pó de vancomicina padrão deve produzir valores da CIM entre
0,5 mg/litro e 2,0 mg/litro para S. aureus ATCC 29213. Para o S. faecalis ATCC 29212 a CIM
deve variar entre 1 e 4 mg/litro.
5.2. Propriedades farmacocinéticas
A vancomicina é pouco absorvida por via oral; administra-se por via intravenosa para tratamento
de infecções sistémicas. A injecção intramuscular é dolorosa.
Em doentes com função renal normal, doses intravenosas múltiplas de 1 g de vancomicina (15
mg/Kg), administradas por perfusão durante 60 minutos, produzem concentrações plasmáticas
médias
aproximadamente
mg/litro,
imediatamente
depois
perfusão
terminada,
concentrações plasmáticas médias de aproximadamente 23 mg/litro, duas horas depois da
perfusão e concentrações plasmáticas médias de aproximadamente 8 mg/litro, onze horas depois
de terminada a perfusão. Doses múltiplas de 500 mg administradas durante um período de 30
minutos
produzem
concentrações
plasmáticas
médias
mg/litro,
depois
perfusão
terminada, concentrações médias plasmáticas de 19 mg/litro, duas horas depois da perfusão e
concentrações plasmáticas médias de cerca de l0 mg/litro, 6 horas depois da perfusão. As
concentrações plasmáticas produzidas por doses múltiplas são semelhantes às obtidas com uma
dose única.
A semi-vida média de eliminação da vancomicina no plasma é de 4 a 6 horas em doentes com
função
renal
normal.
primeiras
horas,
cerca
dose
vancomicina
administrada são excretadas na urina por filtração glomerular. A depuração média do plasma é
de cerca de 0,058 litros/Kg/h e a depuração renal média é de cerca de 0,048 litros/kg/h. A
insuficiência renal retarda a excreção da vancomicina.
Em doentes anúricos, a semi-vida média de eliminação é de cerca de 7,5 dias. O coeficiente de
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
distribuição varia entre 0,3 e 0,43 litro/Kg. Aparentemente não há metabolização do fármaco.
Cerca de 60% de uma dose intraperitoneal de vancomicina administrada durante a diálise
peritoneal é absorvida por via sistémica em 6 horas. Encontraram-se concentrações no soro de
cerca de l0 mg/l depois da injecção intraperitoneal de 30 mg/Kg de vancomicina. Apesar da
vancomicina não ser eficazmente removida quer por hemodiálise, quer por diálise peritoneal, há
referências sobre a depuraçãoda vancomicina por hemoperfusão e hemofiltração.
A depuração total sistémica e renal da vancomicina pode estar reduzida no doente idoso.
A ligação da vancomicina às proteínas do soro é de aproximadamente 55% conforme medido
por ultra filtração, em concentrações de vancomicina no soro de 10 a 100 mg/litro. Após
administração IV de vancomicina, encontram-se concentrações inibitórias nos líquidos pleural,
pericárdico, ascítico e sinovial; na urina; no fluido de diálise peritoneal; e nos tecidos dos
apêndices auriculares. A vancomicina não se difunde através de meninges normais para o
líquido
cefalo-raquidiano;
mas,
quando
meninges
encontram
inflamadas,
verifica-se
penetração no líquido cefalo-raquidiano.
5.3. Dados de segurança pré-clínica
Em testes laboratoriais não foi encontrado potencial mutagénico na vancomicina.
Estudos teratológicos com vancomcina efectuados em animais, não revelaram provas de
danos fetais causados pela vancomicina.
A
avaliação
de
estudos
experimentais
em
animais,
não
indicou,
directa
ou
indirectamente,
efeitos
prejudicias
no
que
diz
respeito
ao
desenvolvimento
do
embrião ou do feto, nem no curso da gestação e desenvolvimento peri e pós-natal.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Não contém qualquer excipiente.
6.2. Incompatibilidades
A solução de vancomicina possui um pH baixo, o que pode causar instabilidade física ou
química quando misturada com outros compostos. A mistura com soluções alcalinas deve
ser evitada.
A mistura de soluções de vancomicina com antibióticos beta-lactâmicos, demonstrou ser
fisicamente incompatível. A probabilidade de precipitação aumenta com concentrações
mais elevadas de vancomicina. Recomenda-se a lavagem adequada das vias intravenosas
entre a administração destes antibióticos. Também se recomenda a diluição de soluções de
vancomicina para 5 mg/ml ou menos.
Embora a injecção intravítreo não seja uma via de administração recomendada para a
vancomicina, foi reportada precipitação após injecção intravítreo de vancomicina e de
ceftazidima para a endoftalmite, utilizando diferentes seringas e agulhas.
Os precipitados dissolvem-se gradualmente com limpeza completa da cavidade vítrea num
período de dois meses e com melhoria da acuidade visual.
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
6.3. Prazo de validade
2 anos.
6.4. Precauções especiais de conservação
Antes da Reconstituição: Não conservar acima de 30
Após a reconstituição: Conservar a 2
C - 8
C (no frigorífico). A solução reconstituída pode
ser guardada no frigorífico durante 14 dias sem perda significativa de potência.
6.5. Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco de vidro flint do tipo I, fechado com rolhas de borracha halobutílica (revestidos
com teflon) e selados com selos de alumínio.
6.6. Instruções de utilização, manipulação e eliminação
Reconstituição e Estabilidade:
No momento da utilização, reconstitua adicionando 10 ml de água estéril para injectáveis ao
frasco de 500 mg ou 20 ml de água estéril para injectáveis ao frasco de 1000 mg de vancomicina
que se apresenta na forma de pó estéril.
Os frascos assim reconstituídos darão uma solução de 50 mg/ml. É NECESSÁRIA NOVA
DILUIÇÃO.
A solução reconstituída pode ser guardada no frigorífico durante 14 dias sem perda significativa
de potência.
As soluções reconstituídas contendo 500 mg de vancomicina têm que ser diluídas em pelo
menos 100 ml de solvente. As soluções reconstituídas contendo 1000 mg têm de ser diluídas em
pelo menos 200 ml de solvente.
A dose desejada assim diluída deve ser administrada por perfusão intravenosa durante um
período de pelo menos 60 minutos.
Compatibilidade com outros Medicamentos e Soluções Intravenosas: As soluções diluídas com
solução de Dextrose a 5% ou solução de cloreto de sódio a 0,9% podem ser guardadas no
frigorífico durante 14 dias sem perda significativa de potência. As soluções diluídas com os
solventes abaixo indicados podem ser guardadas no frigorífico durante 96 horas:
- Solução de Dextrose a 5% e Solução de Cloreto de Sódio a 0,9%
- Solução de Lactato de Ringer
- Lactato de Ringer e Solução de Dextrose a 5%
- Normosol
-M e Dextrose a 5%
- Isolytet
- Solução de Acetato de Ringer
A solução de vancomicina tem um pH baixo e pode causar instabilidade física de outros
compostos.
APROVADO EM
20-05-2005
INFARMED
Os medicamentos de uso parentérico devem ser inspeccionados visualmente para detecção de
partículas e descoloração antes da administração, sempre que a solução ou o recipiente o
permita.
Para
Administração Oral:
dose
total
diária
habitual
adultos
para
colite
pseu
domembranosa
associada
antibióticos
causada
C.
difficile
para
enterocolite
estafilocócica é de 500 mg a 2 g administrados em 3 ou 4 doses fraccionadas durante 7 a 10 dias.
A dose total diária em crianças é de 40 mg/Kg de peso corporal em 3 ou 4 doses fraccionadas
durante 7 ou 10 dias. A dose total diária não deve exceder 2 g. O conteúdo de um frasco de 500
mg de cloridrato de vancomicina pode ser diluído em 30 ml de água e a dose apropriada
administrada oralmente ou por tubo nasogástrico.
Podem adicionar-se xaropes aromatizantes comuns para melhorar o sabor da solução.
Antes de reconstituídos os frascos não devem ser conservados acima de 30° C.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Lilly Farma, Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua Dr. António Loureiro Borges nº 4, Piso 3
Arquiparque - Miraflores
1495-131 Algés
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
mercado
Vancocina CP 500 mg - 8019802
Vancocinaa CP 1000 mg - 8019810
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE
introdução no mercado
Vancocina CP 500 mg : 13 de Maio de 1960
Vancocina CP 1000 mg: 02 de Agosto de 1993
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Abril de 2005