Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
09-07-2015
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APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Vamadrid 320 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. pois contém
informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4
O que contém este folheto:
1. O que é Vamadride para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Vamadrid
3. Como tomar VamadridVamadrid
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Vamadrid
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O QUE É VAMADRIDE PARA QUE É UTILIZADO
Vamadridpertence a uma classe de medicamentos conhecidos como antagonistas dos
receptores da angiotensina II que ajudam a controlar a pressão arterial elevada. A
angiotensina II é uma substância produzida pelo organismo que provoca constrição
vasos
sanguíneos,
induzindo
assim
aumento
pressão
arterial.
Vamadridactua bloqueando o efeito da angiotensina II. Consequentemente, os vasos
sanguíneos dilatam e a pressão arterial diminui.
Vamadrid
Vamadridd
Vamadrid320 mg comprimidos revestidos pode ser utilizado
para o tratamento de pressão arterial alta em adultos e em crianças e adolescentes
de 6 a 18 anos de idade. A pressão arterial elevada aumenta a sobrecarga do
coração e artérias. Se não for tratada, pode provocar lesões nos vasos sanguíneos
do cérebro, coração e rins podendo dar origem a um acidente vascular cerebral
(AVC), insuficiência cardíaca ou disfunção renal. A pressão arterial elevada aumenta
o risco de ataques de coração. A redução da pressão arterial para valores normais
reduz o risco de desenvolvimento destas doenças.
2. O QUE PRECISA DE SABER ANTES DE TOMAR VAMADRID
Não tome Vamadrid:
se tem alergia (hipersensibilidade) ao valsartan ou a qualquer outro componente do
Vamadridmencionados no final deste folheto. (listado na secção 6)
se tiver doença hepática grave.
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se estiver grávida de mais de 3 meses (também é melhor evitar tomar Vamadridno
início da gravidez - ver secção sobre gravidez).
se sofrer de diabetes ou de insuficiência renal e se estiver a ser tratado com um
medicamento para baixar a pressão arterial chamado aliscireno.
Se algum destes casos se aplicar a si, não tome Vamadrid
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Vamadrid
se sofrer de doença hepática.
se sofrer de doença renal grave ou se está a fazer diálise.
se sofrer de estreitamento da artéria renal.
se tiver sido submetido recentemente a transplante renal (recebeu um novo rim).
se estiver a receber tratamento após um ataque de coração ou para insuficiência
cardíaca, o seu médico pode verificar a sua função renal.
se sofrer de doença cardíaca grave que não seja insuficiência cardíaca ou ataque de
coração.
se já alguma vez teve inchaço da língua ou face causado por uma reação alérgica
chamada angioedema quando estiver a tomar um outro medicamento (incluindo
inibidores ACE), informe o seu médico. Se estes sintomas ocorrerem quando estiver
a tomar Vamadrid, deixe imediatamente de tomar Vamadride nunca mais o volte a
tomar. Veja também a secção 4, “Efeitos secundários possíveis”.
se estiver a tomar medicamentos que aumentem a quantidade de potássio no
sangue.
Estes
incluem
suplementos
potássio
substitutos
salinos
contenham potássio, medicamentos poupadores de potássio e heparina. Pode ser
necessário controlar o nível de potássio no seu sangue com regularidade.
se tem menos de 18 anos de idade e toma Vamadridem associação com outros
medicamentos
inibem
sistema
renina-angiotensina-aldosterona
(medicamentos que baixam a pressão arterial), o seu médico pode verificar a sua
função renal e o nível de potássio no seu sangue com regularidade. O seu médico
pode necessitar de lhe mandar fazer periodicamente análises ao sangue para
controlar a função renal e o potássio
se sofrer de aldosteronismo. Trata-se de uma doença em que as glândulas supra-
renais produzem a hormona aldosterona em excesso. Se isto se aplicar a si, o uso de
Vamadridnão é recomendado.
se tiver perdido uma grande quantidade de líquidos (desidratação) provocada por
diarreia, vómitos ou doses elevadas de diuréticos.
tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Vamadridnão é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se tiver
mais de 3 meses de gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se for
utilizado naquela fase (ver secção de gravidez).
se está a tomar algum dos seguintes medicamentos para tratar a pressão arterial
elevada:
- um inibidor da ECA (por exemplo enalapril, lisinopril, ramipril), em particular se
tiver problemas nos rins relacionados com diabetes.
- aliscireno
se está a tomar um inibidor da ECA em conjunto com determinados medicamentos
para tratar a insuficiência cardíaca, os quais são conhecidos como antagonistas dos
recetores mineralocorticoides (ARM). (por exemplo espironolactona, eplerenona) ou
bloqueadores beta (por exemplo metoprolol).
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O seu médico pode verificar a sua função renal, pressão arterial e a quantidade de
eletrólitos (por exemplo, o potássio) no seu sangue em intervalos regulares.
Ver também a informação sob o título “Não <tome> <utilize> X<:>
Se algum destes casos se aplicar a si, informe o seu médico antes de tomar
Vamadrid.
VamadridOutros medicamentos e Vamadrid
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
O efeito do tratamento pode ser influenciado se o Vamadridfor tomado com
determinados medicamentos. Pode ser necessário alterar a dose, tomar outras
precauções,
nalguns
casos,
interromper
tratamento
medicamentos. Esta situação aplica-se tanto aos medicamentos de venda por
prescrição como aos medicamentos não sujeitos a receita médica, em especial:
outros medicamentos utilizados para baixar a pressão arterial, nomeadamente
diuréticos, inibidores ACE (como enalapril, lisinopril, etc.) ou aliscireno.
medicamentos que aumentam a quantidade de potássio no sangue. Estes incluem
suplementos
potássio
substitutos
salinos
contenham
potássio,
medicamentos poupadores de potássio e heparina.
determinados tipos de analgésicos denominados medicamentos anti-inflamatórios
não esteróides (AINEs).
alguns antibióticos (grupo das rifamicinas), um medicamento utilizado no transplante
para evitar a rejeição do órgão (ciclosporina) ou um medicamento anti-retroviral
usado para tratar a infeção do VIH/SIDA (ritonavir). Estes medicamentos podem
aumentar o efeito de Vamadrid.
lítio, um medicamento utilizado no tratamento de certos tipos de doença psiquiátrica.
O seu médico pode necessitar de alterar a sua dose e/ou tomar outras precauções
Ao tomar Vamadridcom alimentos e bebidas
Pode tomar Vamadridcom ou sem alimentos.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Normalmente o seu médico irá aconselhá-la a interromper o tratamento com
Vamadridantes de engravidar ou assim que você saiba que está grávida e irá
aconselhá-la
tomar
outro
medicamento
para
substituição
Vamadrid.
Vamadridnão é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se tiver
mais de 3 meses de gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se for
utilizado depois do terceiro mês de gravidez.
Informe o seu médico caso se encontre a amamentar ou se vai começar a
amamentar.
Vamadridnão é recomendado para mães que estão a amamentar e o seu médico
poderá escolher outro tratamento para si se desejar amamentar, especialmente se o
seu bebé for recém-nascido ou for prematuro.
Condução de veículos e utilização de máquinas
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Antes de conduzir um veículo, utilizar ferramentas ou máquinas, ou desempenhar
outras tarefas que requeiram concentração, certifique-se de que sabe como reage
aos efeitos de VamadridTal como com outros medicamentos utilizados no tratamento
da pressão arterial elevada, Vamadridpode, em casos raros, provocar tonturas e
afectar a capacidade de concentração.
Vamadrid contém lactose e sorbitol
Se o seu médico lhe tiver dito que sofre de intolerância a alguns açúcares, consulte-o
antes de tomar este medicamento
3. COMO TOMAR VAMADRID
Tomar VAMADRID sempre de acordo com as indicações do médico, de modo a obter
os melhores resultados e reduzir o risco de efeitos secundários. Fale com o seu
médico
farmacêutico
tiver
dúvidas.
Frequentemente,
doentes
hipertensão arterial não notam quaisquer sinais deste problema. Muitos sentem-se
perfeitamente normais. Torna-se assim fundamental que cumpra o calendário de
consultas com o seu médico, mesmo quando se sente bem.
Doentes adultos com pressão arterial alta: a dose habitual é de 80 mg por dia.
Nalguns casos, o seu médico poderá prescrever-lhe doses mais elevadas (por ex.
160 mg ou 320 mg). Pode também combinar Vamadridcom um medicamento
adicional (por exemplo, um diurético).
Crianças e adolescentes (6 a 18 anos de idade) com pressão arterial alta
Em doentes com menos de 35kg de peso a dose habitual é de 40 mg de valsartan
uma vez por dia.
Em doentes com 35kg de peso ou mais a dose inicial habitual é de 80 mg de
valsartan uma vez por dia. Nalguns casos o seu médico pode prescrever doses mais
elevadas (a dose pode ser aumentada até 160 mg e até um máximo de 320 mg).
Pode tomar Vamadrid com ou sem alimentos. Engula o Vamadridcom um copo de
água. Tome o Vamadridtodos os dias aproximadamente à mesma hora.
Se tomar mais Vamadriddo que deveria
Se sentir tonturas graves e/ou desmaio, contacte imediatamente o seu médico e
deite-se. Se acidentalmente tomou demasiados comprimidos, contacte o seu médico,
farmacêutico ou hospital.
Caso se tenha esquecido de tomar Vamadrid
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose tome-a assim que se lembrar. No
entanto, se estiver quase na hora de tomar a dose seguinte, não tome a dose que se
esqueceu.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Vamadrid
Interromper o tratamento com Vamadridpode agravar a sua doença. Não deixe de
tomar o medicamento a menos que seja o seu médico a dizer-lhe que o faça.
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Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Vamadrideste medicamento pode causar efeitos
secundários, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Alguns sintomas requerem atenção médica imediata:
Pode sentir sintomas de angioedema (uma reacção alérgica específica) como, por
exemplo,
inchaço da face, lábios, língua ou garganta
dificuldade em respirar ou engolir
erupção cutânea, comichão
Se sentir algum destes sintomas, consulte imediatamente um médico.
Outros efeitos secundários incluem:
Frequentes: (podem afetar até 1 em 10 pessoas)
tonturas
pressão arterial baixa com ou sem sintomas como tonturas e desmaio quando está
de pé
função renal diminuída (sinais de disfunção renal)
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas)
Angioedema (ver secção “Alguns sintomas requerem atenção médica imediata”)
perda súbita de consciência (síncope)
sentir-se a rodar (vertigens)
função renal gravemente reduzida (sinais de falência renal aguda)
espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (sinais de hipercaliemia)
falta de ar, dificuldade em respirar quando está deitado, inchaço dos pés ou das
pernas (sinais de insuficiência cardíaca)
dor de cabeça
tosse
dor abdominal
nauseas
diarreia
cansaço
fraqueza
Desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
podem ocorrer reacções alérgicas com erupção cutânea, comichão e urticária,
sintomas de febre, inchaço das articulações, dor nas articulações, dor muscular,
nódulos linfáticos inchados e/ou sintomas semelhantes aos da gripe (sinais de
doença do soro)
pontos de cor vermelha e púrpura, febre, comichão (sinais de inflamação dos vasos
sanguíneos também denominado vasculite)
hemorragias ou hematomas anormais (sinais de trombocitopenia – diminuição do
número de plaquetas no sangue)
dor muscular (mialgia)
febre, dores de garganta ou úlceras bucais devido a infecções (sintomas de nível
baixo de glóbulos brancos também denominado neutropenia)
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diminuição do nível de hemoglobina e diminuição da percentagem de glóbulos
vermelhos no sangue (o que pode provocar anemia em casos graves)
aumento do nível de potássio no sangue (o que pode desencadear espasmos
musculares e ritmo cardíaco anormal em casos graves)
elevação dos valores da função hepática (o que pode indicar lesões no fígado)
incluindo um aumento do nível de bilirrubina no sangue (o que pode causar pele e
olhos amarelos em casos graves)
aumento do nível de azoto na ureia sanguínea e aumento do nível de creatinina
sérica (o que, pode indicar, função renal anormal)
nível baixo de sódio no sangue (que pode desencadear cansaço, confusão, contração
dos músculos e/ou convulsões em casos mais graves).
A frequência de determinados efeitos secundários pode variar consoante o seu
estado. Por exemplo, efeitos secundários como tonturas e função renal diminuída
ocorreram com menos frequência em doentes adultos tratados com pressão arterial
elevada do que em doentes adultos tratados para insuficiência cardíaca ou depois de
um ataque de coração recente.
Os efeitos secundários em crianças e adolescentes são semelhantes aos observados
em adultos.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da saúde de Lisboa, av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 7373
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. COMO CONSERVAR VAMADRID
Não conservar acima de 30°C. Conservar na embalagem de origem para proteger da
humidade.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Vamadridapós o prazo de validade impresso na embalagem. O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não utilize Vamadridse verificar que a embalagem está danificada ou apresenta
sinais de violação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não
utiliza.Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
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6. CONTEÚDO DA EMBALAGEM E OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Vamadrid
A substância ativa é valsartan. Vamadrid 320 mg, cada comprimido revestido por
película contém 320 mg de valsartan,.
Os outros componentes são: celulose, microcristalina (E 460), sílica, coloidal anidra
(E 551), sorbitol (E 420), carbonato de magnésio (E 504), amido de milho, pré-
gelatinizado, povidona K-25 (E 1201), estearil fumarato de sódio, sulfato lauril de
sódio, crospovidona Tipo A (E 1202). Revestido por película: lactose monohidratada,
hipromelose (E 464), dióxido de titânio (E 171), macrogol 4000.
Vamadrid 320 mg adicionalmente óxido de ferro vermelho (E 172) e óxido de ferro
castanho (E 172), laca de alumínio carmim índigo (E 132).
Qual o aspecto de Vamadride conteúdo da embalagem
Vamadrid 320 mg: são comprimidos revestidos por película violeta acinzentada,
oblongos, revestidos, ranhurados num lado.
Embalagens de 7,14, 28, 56, 98 ou 280 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Laboratorios liconsa, S.A
Gran Vía Carlos III, 98 7º floor.
08028 Barcelona
España
Fabricante Laboratorios liconsa, S.A
Gran Vía Carlos III, 98 7º floor.
08028 Barcelona
España
Laboratorios CINFA, S.A.
Olaz Chipi, 10, Polígono Areta
31620 Huarte (Pamplona), España
Para
quaisquer
informações
sobre
este
medicamento,
queira
contactar
representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado.
Este folheto foi aprovado pela última vez em Outubro 2014
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Países-baixos:
Vamadrid 320 mg filmomhulde tablet
Bélgica:
Vamadrid 320 mg comprimé pelliculé
Bulgária:
Vamadrid 320 mg филмирани таблетки
República Checa:
Vamadrid 320 mg
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Espanha:
Vamadrid 320 mg comprimidos recubiertos con película
Estónia:
Vamadrid
Grécia:
Vamadrid 320 mg δiσkio εττikαλνµµένo µε λεττό νµένio
Finlândia:
Vamadrid 320 mg tabletti, kalvopäällysteinen
França:
Vamadrid 320 mg comprimé pelliculé
Hungria:
Vamadrid 320 mg bevont tabletta
Irlanda:
Vamadrid 320 mg film-coated tablets
Itália:
Vamadrid 320 mg compressa rivestita con film
Lituânia:
Vamadrid 320 mg plėvele dengtos tabletės
Letónia:
Vamadrid 320 mg apvalkotās tabletes
Luxemburgo:
Vamadrid 320 mg comprimé pelliculé
Polónia:
Vamadrid 320 mg
Portugal:
Vamadrid 320 mg
Roménia:
Vamadrid 320 mg comprimate filmate
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Vamadrid 320 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um comprimido revestido por película contém 320 mg de valsartan.
Excipientes:
Vamadrid 320 mg comprimidos revestidos por película:
Excipientes com efeito conhecido:
sorbitol......................37,0 mg
lactose monohidratada.. 4,3 mg
sódio....................... 1,28 mg (0,06 mmol)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos por película.
Vamadrid
comprimidos
revestidos
película:
oblongos,
revestidos,
ranhurados num lado, comprimidos revestidos por película violeta acinzentada.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão
Tratamento da hipertensão essencial em adultos e hipertensão em crianças e
adolescentes de 6 a 18 anos de idade.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Hipertensão
A dose inicial recomendada de Vamadrid é de 80 mg uma vez por dia. O efeito
antihipertensivo está substancialmente presente no espaço de 2 semanas e os
efeitos máximos atingem-se no período de 4 semanas. Em alguns doentes cuja
pressão arterial não é devidamente controlada, a dose pode ser aumentada para 160
mg e para um máximo de 320 mg.
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Vamadrid pode também ser administrado com outros agentes antihipertensores (ver
secções 4.3, 4.4, 4.5 e 5.1). A associação de um diurético como a hidroclorotiazida
baixará ainda mais a pressão arterial nestes doentes.
Informações adicionais sobre populações especiais
Idosos
Não é necessário ajustamento da dose em doentes idosos.
Disfunção renal
Não é necessário ajustamento da dose em doentes adultos com uma depuração de
creatinina
>10 ml/min (ver secção 4.4 e 5.2).
Disfunção hepática
Vamadrid é contra-indicado em doentes com disfunção hepática grave, cirrose biliar
e em doentes com colestase (ver secção 4.3, 4.4 e 5.2). Em doentes com disfunção
hepática ligeira a moderada sem colestase a dose de valsartan não deverá exceder
os 80 mg.
População pediátrica
Hipertensão pediátrica
Crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade
A dose inicial é de 40 mg uma vez por dia em crianças com peso inferior a 35 kg e
de 80 mg uma vez por dia em crianças com 35 kg de peso ou mais. A dose deve ser
ajustada com base na resposta da pressão arterial. As doses máximas estudadas em
ensaios clínicos encontram-se na tabela abaixo. Doses mais elevadas do que as
mencionadas não foram estudadas e portanto não são recomendadas.
Peso
Dose
máxima
estudada
ensaios
≥18 kg a <35 kg
80 mg
≥35 kg a <80 kg
160 mg
≥80 kg a ≤160 kg
320 mg
Crianças com menos de 6 anos de idade
A informação disponível encontra-se descrita nas secções 4.8, 5.1 e 5.2. No entanto,
a segurança e a eficácia de Vamadrid em crianças de 1 a 6 anos de idade não foram
estabelecidas.
Utilização em doentes pediátricos de 6 a 18 anos com disfunção renal
A utilização em doentes pediátricos com depuração de creatinina <30 ml/min e em
doentes pediátricos a fazer diálise não foi estudada, por conseguinte o valsartan não
é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajustamento da dose em doentes
pediátricos com uma depuração de creatinina >30 ml/min. A função renal e o
potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secções 4.4 e 5.2).
Utilização em doentes pediátricos de 6 a 18 anos com disfunção hepática
Tal como nos adultos, o Vamadrid é contra-indicado em doentes pediátricos com
disfunção hepática grave, cirrose biliar e em doentes com colestase (ver secções 4.3,
4.4 e 5.2). Existe pouca experiencia clínica com Vamadrid em doentes pediátricos
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com disfunção hepática ligeira a moderada. A dose de valsartan não deve exceder os
80 mg nestes doentes.
Insuficiência cardíaca e enfarte do miocárdio recente em doentes pediátricos
Vamadrid não é recomendado no tratamento de insuficiência cardíaca ou enfarte do
miocárdio recenté em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade
devido à ausência de dados de segurança e eficácia.
Modo de administração
Vamadrid pode ser tomado fora das refeições e deve ser administrado com água.
4.3 Contraindicações
- Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes listados na
secção 6.1.
- Disfunção hepática grave, cirrose biliar e colestase.
- Segundo e terceiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4 e 4.6).
O uso concomitante de [Nome do Medicamento] com medicamentos contendo
aliscireno é contraindicado em doentes com diabetes mellitus ou compromisso renal
(TFG < 60 ml/min/1,73 m2) (ver secções 4.5 e 5.1).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipercaliemia
Não é recomendada a medicação concomitante com suplementos de potássio,
diuréticos poupadores de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros
fármacos
possam
aumentar
níveis
potássio
(heparina,
etc.).
monitorização de potássio deve ser realizada apropriadamente.
Doentes com depleção de sódio e/ou do volume
Nos doentes com depleção grave de sódio e/ou do volume, nomeadamente nos
doentes
tratados
doses
elevadas
diuréticos,
pode
ocorrer
hipotensão
sintomática em casos raros após o início da terapêutica com Vamadrid. A depleção
de sódio e/ou do volume deve ser corrigida antes de iniciar o tratamento com
Vamadrid, por exemplo, por redução da dose de diurético.
Estenose arterial renal
O uso seguro de Vamadrid ainda não foi estabelecido em doentes com estenose
arterial renal bilateral ou estenose de rim único.
A administração a curto prazo de Vamadrid em doze doentes com hipertensão
renovascular secundária a estenose arterial renal unilateral não induziu quaisquer
alterações significativas da hemodinâmica renal, creatinina sérica ou azoto da ureia
sanguínea (BUN). Contudo, uma vez que outros agentes com efeito sobre o sistema
renina-angiotensina podem aumentar a ureia sanguínea e a creatinina sérica de
doentes com estenose arterial renal unilateral, recomenda-se a monitorização da
função renal com doentes tratados com valsartan.
Transplante renal
Não há experiência sobre o uso seguro de Vamadrid em doentes com transplante
renal recente.
Hiperaldosteronismo primário
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Doentes com hiperaldosteronismo primário não devem ser tratados com Vamadrid
dado que o seu sistema renina-angiotensina não está activado.
Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Tal como com todos os outros vasodilatadores, está indicado um cuidado especial
nos doentes que sofram de estenose aórtica ou mitral ou de cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva (HOCM).
Disfunção renal
Não existe actualmente qualquer experiência sobre a utilização segura em doentes
com depuração de creatinina <10 ml/min nem em doentes a fazer diálise, por
conseguinte valsartan deve ser utilizado com precaução nestes doentes. Não é
necessário ajustamento da dose em doentes com uma depuração de creatinina >10
ml/min. (ver secção 4.2 e 5.2).
Disfunção hepática
Em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada sem colestase, Vamadrid
deve ser usado com precaução (ver secção 4.2 e 5.2).
Gravidez
A terapêutica com Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARAIIs) não
deve ser iniciada durante a gravidez. A menos que a continuação da terapêutica com
ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar devem mudar
para terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil de segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a
terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado,
deve ser iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).
História de angioedema
Angioedema, incluindo edema de laringe e glote, causando obstrução das vias aéreas
e / ou inchaço da face, lábios, faringe e / ou língua tem-se reportado TRATADA COM
valsartan em pacientes; Alguns desses pacientes com angioedema anteriormente
experimentado
outras
drogas
incluindo
inibidores
ECA.
Vamadrid
Imediatamente deve ser interrompido em doentes que desenvolvam angioedema, e
Vamadrid não deve ser re-administrada (ver secção 4.8).
Outras condições com estimulação do sistema renina-angiotensina
Em doentes cuja função renal possa depender da actividade do sistema renina-
angiotensina (por ex. doentes com insuficiência cardíaca congestiva grave), o
tratamento com inibidores da enzima de conversão da angiotensina tem sido
associado a oligúria e/ou azotemia progressiva e, em casos raros, a insuficiência
renal aguda e/ou morte. Como o valsartan é um antagonista da angiotensina II, não
se pode excluir que o uso de VamadridVamadrid possa estar associado a insuficiência
da função renal.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
Existe evidência de que o uso concomitante de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores
angiotensina
aliscireno
aumenta
risco
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda). O duplo
bloqueio do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores da angiotensina II ou aliscireno, é portanto, não recomendado (ver secções
4.5 e 5.1).
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
Se a terapêutica de duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta
só deverá ser utilizada sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma
monitorização frequente e apertada da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
População pediátrica
Disfunção renal
A utilização em doentes pediátricos com uma depuração de creatinina <30 ml/min e
em doentes pediátricos a fazer diálise não foi estudada, por conseguinte o valsartan
não é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajustamento da dose em
doentes pediátricos com uma depuração de creatinina >30 ml/min (ver secções 4.2
e 5.2). A função renal e o potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados
durante o tratamento com valsartan. Isto aplica-se particularmente quando o
valsartan é administrado na presença de outras perturbações (febre, desidratação)
que podem afectar a função renal.
O uso concomitante de ARBs - incluindo Vamadrid - ou de ACEIs com aliscireno é
contraindicado em pacientes com insuficiência renal (GFR < 60 mL/min/1,73m2)
(ver secções 4.3 e 4.5).
Disfunção hepática
Tal como nos adultos, o Vamadrid é contra-indicado em doentes pediátricos com
disfunção hepática grave, cirrose biliar e em doentes com colestase (ver secções 4.3
e 5.2). Existe pouca experiência clínica com Vamadrid em doentes pediátricos com
disfunção hepática ligeira a moderada. A dose de valsartan não deve exceder os 80
mg nestes doentes.
Advertência sobre os excipientes:
Este
medicamento
contém
sorbitol.
Pacientes
problemas
hereditários
intolerância a frutose não devem tomar este medicamento.
Este
medicamento
contém
lactose.
Pacientes
problemas
hereditários
intolerância a galactose, a deficiência de lactase Lapp (insuficiência observada em
várias populações da Lapónia) ou a má absorção de glucose-galactose não devem
tomar este medicamento.
Este
medicamento
contém
menos
sódio
dose;
essencialmente “livre de sódio”.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Bloqueio duplo do SRAA com ARA, inibidores da ECA ou aliscireno
Os dados de ensaios clínicos têm demonstrado que o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) através do uso combinado de inibidores da
ECA, antagonistas dos recetores da angiotensina II ou aliscireno está associado a
maior
frequência
acontecimentos
adversos,
tais
como
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda) em
comparação com o uso de um único fármaco com ação no SRAA (ver secções 4.3,
4.4 e 5.1).
É preciso ter cuidado enquanto co-administra ARBs, incluindo Vamadrid, com outros
agentes bloqueadores de RAAS como ACEIs ou aliscireno (ver secção 4.4).
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
O uso concomitante de ARA – incluindo Vamadrid – ou de inibidores da ECA com
aliscireno é contraindicado em doentes com diabetes mellitus ou compromisso renal
(TFG <60 ml/min/1,73 m2) (ver secções 4.3).
Não é recomendada utilização concomitante
Lítio
Foram relatados aumentos reversíveis das concentrações séricas do lítio e da
toxicidade durante o uso concomitante de inibidores da ECA. Devido à falta de
experiência com a utilização concomitante de valsartan e lítio, esta associação não é
recomendada. Caso esta associação seja necessária, recomenda- se a monitorização
cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal
contendo potássio e outras substâncias podem aumentar os níveis de potássio
Se se considerar necessário utilizar um medicamento que afecta os níveis de
potássio em associação com valsartan, aconselha-se a monitorização dos níveis de
potássio.
Cuidado necessário com utilização concomitante
Medicamentos
anti-inflamatórios
não
esteróides
(AINEs),
incluindo
inibidores
selectivos da COX-2, ácido acetilsalicílico >3 g/dia), e AINEs não selectivos
Quando os antagonistas da angiotensina II são administrados simultaneamente com
AINEs, pode ocorrer a atenuação do efeito antihipertensivo. Adicionalmente, a
utilização concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs pode levar a um
aumento do risco de degradação da função renal e a um aumento no potássio sérico.
Assim, recomenda-se a monitorização da função renal no início do tratamento, bem
como a hidratação adequada do doente.
Transportadores
Dados in vitro indicam que valsartan é um substrato do transportador de absorção
hepática
OATP1B1/OATP1B3
transportador
efluxo
hepático
MRP2.
relevância clínica desta descoberta é desconhecida. A co-administração de inibidores
do transportador de absorção (por ex., rifampicina, ciclosporina) ou transportador de
efluxo (por ex., ritonavir) pode aumentar a exposição sistémica a valsartan. Tenha
cuidado especial quando iniciar ou terminar tratamento concomitante com tais
medicamentos.
Outros
Nos estudos de interacções medicamentosas com valsartan, não foram observadas
quaisquer interacções clinicamente significativas com valsartan ou com qualquer um
fármacos
seguintes:
cimetidina,
varfarina,
furosemida,
digoxina,
atenolol,
indometacina, hidroclorotiazida, amlodipina, glibenclamida.
População pediátrica
Na hipertensão em crianças e adolescentes, onde as anomalias renais subjacentes
são frequentes, recomenda-se precaução com a utilização concomitante de valsartan
e outras substâncias inibidoras do sistema renina-angiotensina-aldosterona que
podem aumentar o potássio sérico. A função renal e o potássio sérico devem ser
cuidadosamente monitorizados.
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A utilização de Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARAIIs) não é
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4). A utilização
de ARAIIs é contra-indicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver
secção 4.3 e 4.4.)
Os dados epidemiológicos relativos ao risco de teratogenicidade após exposição a
inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não têm sido conclusivos;
no entanto, não pode ser excluído um ligeiro aumento do risco. Embora não existam
dados epidemiológicos controlados sobre o risco com ARAIIs, podem existir riscos
semelhantes
nesta
classe
medicamentos.
menos
continuação
terapêutica com ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar
devem mudar para terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil
de segurança estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é
diagnosticada a terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se
apropriado, deve ser iniciada terapêutica alternativa.
Sabe-se que a exposição à terapêutica com ARAIIs durante o segundo e terceiro
trimestres induz fetotoxicidade (função renal reduzida, oligoâmnios, atraso na
ossificação
crânio)
toxicidade
neonatal
(disfunção
renal,
hipotensão,
hipercaliemia) no ser humano; ver também secção 5.3 "Dados de segurança pré-
clínica".
Se tiver existido exposição a ARAIIs após o segundo trimestre de gravidez, é
recomendável uma avaliação da função renal e do crânio através de ultra-sons.
Os bebés cujas mães tomaram ARAIIs devem ser cuidadosamente monitorizados
quanto à hipotensão (ver também secção 4.3. e 4.4).
Aleitamento
Devido à inexistência de informação relativa à utilização de valsartan durante a
amamentação, não se recomenda a utilização de Vamadrid dando-se preferência a
tratamentos alternativos com perfis de segurança melhor estabelecidos durante o
aleitamento, especialmente durante a amamentação de um recém-nascido ou de um
bebé prematuro.
Fertlidade
Valsartan não teve efeitos adversos sobre o desempenho reprodutivo de ratos
machos e fêmeas com doses orais até 200 mg/kg/dia. Esta dose é 6 vezes a dose
máxima recomendada para o ser humano numa base de mg/m2 (os cálculos
assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente com 60-kg).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir. Durante a condução
de veículos ou utilização de máquinas, deverá ter-se em consideração a possibilidade
de ocorrência de tonturas ou cansaço.
4.8 Efeitos indesejáveis
Em estudos clínicos controlados realizados em doentes adultos com hipertensão, a
incidência geral de reacções adversas (RAs) foi comparável ao placebo e é coerente
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
com a farmacologia de valsartan. A incidência de RAs não pareceu estar relacionada
com a dose ou duração do tratamento e também não mostrou qualquer associação
com sexo, idade ou raça.
comunicadas
estudos
clínicos,
experiência
pós-comercialização
descobertas laboratoriais estão listadas a seguir de acordo com a classe de órgãos
do sistema.
As reacções adversas estão ordenadas por frequência, primeiro as mais frequentes,
utilizando a seguinte convenção:
Muito frequentes (≥1/10);
Frequentes (≥1/100, <1/10);
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100);
Raras (≥1/10 000, <1/1000);
Muito raras (<1/10 000);
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
As reacções adversas são ordenadas por ordem decrescente de gravidade dentro de
cada classe de frequência.
Relativamente a todas as RAs relatadas da experiência pós-comercialização e
descobertas laboratoriais, não é possível aplicar qualquer frequência de RA, pelo que
a sua frequência vem indicada como "desconhecida".
- Hipertensão
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Diminuição na hemoglobina, Diminuição do
hematócrito, Neutropenia, Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade incluindo doença do soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecida
Aumento do potássio sérico , Hiponatremia
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Vasculopatias
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Dor abdominal
Afecções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação
valores
função
hepática
incluindo aumento da bilirrubina sérica
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Desconhecida
Angioedema, Erupção cutânea, Prurido
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
Desconhecida
Falência
disfunção
renal,
Elevação
creatinina sérica
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Fadiga
População pediátrica
Hipertensão
efeito
antihipertensivo
valsartan
avaliado
dois
ensaios
clínicos
aleatorizados, em dupla ocultação em 561 doentes pediátricos de 6 a 18 anos de
idade. Com excepção de casos isolados de distúrbios gastrointestinais (como dor
abdominal,
náuseas,
vómitos)
tonturas
não
foram
identificadas
diferenças
relevantes em relação ao tipo, frequência e gravidade das reacções adversas entre o
perfil de segurança para os doentes pediátricos de 6 a 18 anos de idade e o
anteriormente reportado para os doentes adultos.
A avaliação neurocognitiva e do desenvolvimento dos doentes pediátricos de 6 a 16
anos de idade revelou não existir em geral impacto adverso clinicamente relevante
após tratamento com Vamadrid com duração até um ano.
Num estudo aleatorizado, duplamente oculto, em 90 crianças de 1 a 6 anos , seguido
de uma extensão de ensaio aberto de um ano, observaram-se duas mortes e casos
isolados de fortes elevações das transaminases hepáticas. Estes casos ocorreram
numa
população
co-morbilidades
significativas.
Não
estabelecida
relação causal com Vamadrid. Num segundo estudo em que foram aleatorizadas 75
crianças de 1 a 6 anos de idade, não ocorreram mortes nem elevações significativas
das transaminases com o tratamento com valsartan.
A hipercaliemia foi mais frequentemente observada em crianças e adolescentes de 6
a 18 anos com doença renal crónica subjacente. O perfil de segurança visto em
estudos clínicos controlados em doentes adultos no pós-enfarte do miocárdio e/ou
com insuficiência cardíaca varia em relação ao perfil de segurança geral visto em
doentes hipertensos. Tal pode estar relacionado com a doença subjacente dos
doentes. As RAs que ocorreram em doentes adultos no pós-enfarte do miocárdio
e/ou doentes com insuficiência cardíaca estão listadas abaixo:
- Pós-enfarte do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca (estudado apenas em doentes
adultos)
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade incluindo doença do soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
Hipercaliemia
Desconhecida
Aumento do potássio sérico, Hiponatremia
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Tonturas, Tontura postural
Pouco frequentes
Síncope, Cefaleia
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Cardiopatias
Pouco frequentes
Insuficiência cardíaca.
Vasculopatias
Frequentes
Hipotensão, Hipotensão ortostática
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Náuseas, Diarreia
Afecções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação dos valores da função hepática
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Pouco frequentes
Angioedema
Desconhecida
Erupção cutânea, Prurido
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
Frequentes
Disfunção e insuficiência renal
Pouco frequentes
Insuficiência
renal
aguda,
Elevação
creatinina sérica
Desconhecida
Aumento do azoto da ureia sanguínea
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Astenia, Fadiga
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da saúde de Lisboa, av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 7373
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Uma sobredosagem com Vamadrid pode resultar em hipotensão acentuada, que
poderá levar a um nível deprimido de consciência, colapso circulatório e/ou choque.
Terapia
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
As medidas terapêuticas dependem do tempo de ingestão, assim como do tipo e
gravidade
sintomas,
sendo
primordial
importância
estabilização
condições circulatórias.
Se ocorrer hipotensão o doente deve ser colocado em decúbito e deverá ser iniciada
a correcção de volume sanguíneo.
É pouco provável que valsartan seja eliminado por hemodiálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Antagonistas dos receptores da angiotensina II, simples,
código ATC: C09CA03
Valsartan é um antagonista dos receptores da angiotensina II (Ang II) oralmente
activo, potente e específico. Actua de forma selectiva no subtipo de receptores AT1,
responsável pelas acções conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis
plasmáticos de Ang II após o bloqueio do receptor AT1 com valsartan pode estimular
o receptor AT2 não bloqueado, que parece contrabalançar o efeito do receptor AT1.
O valsartan não apresenta qualquer actividade agonista parcial no receptor AT1 e
apresenta uma afinidade muito maior para o receptor AT1 (cerca de 20 000 vezes
superior) que para o receptor AT2. O valsartan não se liga a, nem bloqueia, outros
receptores hormonais ou canais iónicos reconhecidamente importantes na regulação
cardiovascular.
Valsartan não inibe a ECA (também conhecida como cininase II) que converte a Ang
I em Ang II e degrada a bradiquinina. Dado não haver qualquer efeito sobre a ECA e
não haver potenciação de bradiquinina ou da substância P, é pouco provável que os
antagonistas da angiotensina II sejam associados a tosse. Em ensaios clínicos onde o
valsartan foi comparado com um inibidor da ECA, a incidência da tosse seca foi
significativamente menos (P<0,05) nos doentes tratados com valsartan do que nos
doentes tratados com um inibidor de ECA (2,6% versus 7,9% respectivamente).
Num estudo clínico realizado em doentes com história de tosse seca durante o
tratamento com inibidor da ECA, ocorreu tosse em 19,5% dos indivíduos tratados
valsartan
19,0%
tratados
diurético
tiazídico,
comparativamente a 68,5% nos indivíduos tratados com um inibidor da ECA (P
<0,05).
Dois grandes estudos aleatorizados e controlados (ONTARGET (“ONgoing Telmisartan
Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial”) e VA NEPHRON-D
(“The
Veterans
Affairs
Nephropathy
Diabetes”))
têm
examinado
associação de um inibidor da ECA com um antagonista dos recetores da angiotensina
O estudo ONTARGET foi realizado em doentes com história de doença cardiovascular
ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhada de evidência de lesão
de órgão-alvo. O estudo VA NEPHRON-D foi conduzido em doentes com diabetes
mellitus tipo 2 e nefropatia diabética.
Estes estudos não mostraram nenhum efeito benéfico significativo nos resultados
renais e/ou cardiovasculares e mortalidade,
enquanto foi
observado um
risco
aumentado
hipercaliemia,
insuficiência
renal
aguda
e/ou
hipotensão,
comparação
monoterapia.
Dadas
suas
propriedades
farmacodinâmicas
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA
e antagonistas dos recetores da angiotensina II.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
assim, ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
O estudo ALTITUDE (“Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and
Renal Disease Endpoints”) foi concebido para testar o benefício da adição de
aliscireno a uma terapêutica padrão com um inibidor da ECA ou um antagonista dos
recetores da angiotensina II em doentes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal
crónica, doença cardiovascular ou ambas. O estudo terminou precocemente devido a
um risco aumentado de resultados adversos. A morte cardiovascular e o acidente
vascular cerebral foram ambos numericamente mais frequentes no grupo tratado
com aliscireno, do que no grupo tratado com placebo e os acontecimentos adversos
acontecimentos
adversos
graves
interesse
(hipercaliemia,
hipotensão
disfunção renal) foram mais frequentemente notificados no grupo tratado com
aliscireno que no grupo tratado com placebo.
Hipertensão
A administração de Vamadrid a doentes com resultados de hipertensão provoca uma
redução da pressão arterial sem afectar a frequência cardíaca.
Na maioria dos doentes, após a administração de uma dose oral única, o início da
actividade antihipertensiva ocorre no intervalo de 2 horas, atingindo-se a redução
máxima da pressão arterial no intervalo de 4-6 horas. O efeito antihipertensivo
persiste ao longo de 24 horas após a dosagem. Durante a administração de doses
repetidas, o efeito hipertensivo está substancialmente presente no espaço de 2
semanas e os efeitos máximos são obtidos no espaço de 4 semanas, mantendo-se
durante o tratamento prolongado. Quando em associação com hidroclorotiazida
obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.
A retirada abrupta de Vamadrid não foi associada a exacerbação da hipertensão ou a
outros efeitos adversos clínicos.
Em doentes hipertensos com diabetes tipo 2 e microalbuminúria, o valsartan
mostrou
diminuir
excreção urinária
albumina. O
estudo
MARVAL
(Micro
Albuminuria Reduction with Valsartan) avaliou a redução na excreção urinária de
albumina (UAE) com valsartan (80-160 mg/uma vez por dia) versus amlodipina (5-
10 mg/uma vez por dia), em 332 doentes com diabetes tipo 2 (idade média:
58 anos; 265 homens) com microalbuminúria (valsartan: 58 µ g/min; amlodipina:
55,4 µ g/min), pressão arterial normal ou alta e com função renal conservada
(creatinina plasmática <120 µ mol/l). Às 24 semanas, a UAE baixou (p<0,001) em
42% (-24,2 µ g/mín; 95% CI: –40,4 a –19,1) com valsartan e cerca de 3% (–1,7 µ
g/mín; 95% CI: –5,6 a 14,9) com amlodipina apesar de taxas semelhantes de
redução da pressão arterial em ambos os grupos.
estudo
Vamadrid
Reduction
Proteinuria
(DROP)
analisou
mais
aprofundadamente a eficácia de valsartan na redução de UAE em 391 doentes
hipertensos (PA=150/88 mmHg) com diabetes tipo 2, albuminúria (média=102 µ
g/mín; 20-700 µ g/mín) e função renal conservada (creatinina sérica média = 80 µ
mol/l). Os doentes foram aleatorizados para uma de 3 doses de valsartan (160, 320
e 640 mg/por dia) e tratados durante 30 semanas. A finalidade do estudo foi
determinar a dose óptima de valsartan para reduzir a UAE em doentes hipertensos
diabetes
tipo
semanas,
alteração
percentual
significativamente reduzida em 36% a partir da linha basal com valsartan 160 mg
(95%CI: 22 a 47%), e 44% com valsartan 320 mg (95%CI: 31 a 54%). Concluiu-se
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
que 160-320 mg de valsartan produziu reduções clinicamente significativas na UAE
em doentes hipertensos com diabetes tipo 2.
População pediátrica
Hipertensão
O efeito antihipertensivo de valsartan foi avaliado em quatro estudos aleatorizados,
em dupla ocultação em 561 doentes pediátricos de 6 a 18 anos de idade e 165
doentes pediátricos de 1 a 6 anos de idade. Afecções renais e urinárias e obesidade
foram
condições
médicas
subjacentes
mais
frequentes
potencialmente
contribuíam para a hipertensão nas crianças envolvidas nestes estudos.
Experiência clínica em crianças com 6 anos de idade ou mais
Num estudo clínico envolvendo 261 doentes pediátricos hipertensos de 6 a 16 anos
de idade, os doentes com peso <35 kg receberam 10, 40 ou 80 mg de valsartan em
comprimidos diariamente (dose baixa, média e alta), e os doentes com ≥35 kg
receberam 20, 80 e 160 mg de valsartan em comprimidos diariamente (dose baixa,
média e alta). Ao fim de 2 semanas o valsartan reduziu a pressão arterial sistólica e
diastólica de forma dependente da dose. No total, os três níveis de dose de valsartan
(baixo, médio e alto) reduziram significativamente a pressão arterial sistólica
respectivamente em 8, 10, 12 mm Hg relativamente aos valores iniciais. Os doentes
voltaram a ser aleatorizados para continuarem a receber a mesma dose de valsartan
ou para mudarem para placebo. Nos doentes que continuaram a receber as doses
média e alta de valsartan, a pressão arterial sistólica no vale era -4 e -7 mm Hg mais
baixa do que nos doentes que receberam o tratamento com placebo. Nos doentes a
receber a dose mais baixa de valsartan, a pressão arterial sistólica no vale foi
semelhante à dos doentes que receberam o tratamento com placebo. Globalmente, o
efeito antihipertensivo dependente da dose de valsartan foi consistente em todos os
sub-grupos demográficos.
Num outro estudo clínico envolvendo 300 doentes pediátricos hipertensos de 6 a 18
anos de idade, os doentes elegíveis foram aleatorizados para receber comprimidos
de enalapril ou valsartan durante 12 semanas. As crianças com peso entre ≥18 kg e
<35 kg receberam 80 mg de valsartan ou 10 mg de enalapril, as com peso entre
≥35 kg e <80 kg receberam 160 mg de valsartan ou 20 mg de enalapril, as com
≥80 kg receberam 320 mg de valsartan ou 40 mg de enalapril. As reduções na
pressão arterial sistólica foram comparáveis em doentes que receberam valsartan
mmHg)
enalapril
(valor
p-não
inferioridade
<0,0001).
Observaram-se resultados consistentes nas reduções de pressão arterial diastólica
reduções
mmHg
mmHg
valsartan
enalapril,
respectivamente.
Experiência clínica em crianças com menos de 6 anos de idade
Foram realizados dois estudos clínicos com doentes de 1 a 6 anos de idade com 90 e
75 doentes, respectivamente. Nestes estudos não foram incluídas crianças com
menos de 1 ano de idade. No primeiro estudo, a eficácia de valsartan foi confirmada
comparativamente com placebo mas não foi demonstrada uma resposta à dose. No
segundo estudo, doses mais elevadas de valsartan estiveram associadas a maiores
reduções da PA, mas a tendência da resposta à dose não atingiu significado
estatístico e a diferença do tratamento comparativamente com placebo não foi
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
significativa. Devido as estas inconsistências, o valsartan não é recomendado neste
grupo etário (ver secção 4.8).
A Agência Europeia de Medicamentos dispensou a obrigação de submissão dos
resultados dos estudos com Vamadrid em todos os sub-grupos da população
pediátrica na insuficiência cardíaca e insuficiência cardíaca após enfarte do miocárdio
recente. Ver secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
Após a administração oral de valsartan isoladamente, o pico das concentrações
plasmáticas de valsartan é atingido em 2–4 horas com comprimidos e em 1–2 horas
com a formulação em solução. A biodisponibilidade média absoluta é de 23% e 39%
com comprimidos e com a formulação em solução, respectivamente. A alimentação
diminui a exposição (conforme medida pela AUC) ao valsartan em cerca de 40% e a
concentração plasmática máxima (Cmáx) em cerca de 50%, embora a partir das 8 h,
as concentrações plasmáticas de valsartan pós administração sejam semelhantes
para os grupos alimentados e em jejum. Esta redução na AUC não é, contudo,
acompanhada por uma redução clinicamente significativa no efeito terapêutico e o
valsartan
pode,
conseguinte,
administrado
ingestão
alimentos.
Distribuição:
O volume de distribuição de valsartan no estado estacionário após administração
intravenosa é de cerca de 17 litros indicando que o valsartan não se distribui nos
tecidos de forma extensa. O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às
proteínas séricas (94-97%), principalmente à albumina sérica.
Biotransformação:
O valsartan não é extensamente biotransformado na medida em que apenas cerca
dose
recuperada
como
metabolitos.
identificado
hidroximetabolito no plasma em baixas concentrações (menos do que 10% da AUC
de valsartan). Este metabolito é farmacologicamente inactivo.
Eliminação:
O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial (t½a < 1 h e
t½ß cerca de 9 h). O valsartan é eliminado principalmente por excreção biliar nas
fezes (cerca de 83% da dose) e renalmente na urina (cerca de 13% da dose),
principalmente sob a forma de composto inalterado. Após administração intravenosa,
a depuração de valsartan no plasma é de cerca de 2 l/h e a sua depuração renal é de
0,62 l/h (cerca de 30% da depuração total). A semi-vida de valsartan é de 6 horas.
Populações especiais
Idosos
Nalguns indivíduos idosos foi
observada
exposição
sistémica
valsartan
ligeiramente mais elevada do que nos indivíduos jovens; esta diferença não foi,
contudo, considerada clinicamente significativa.
Disfunção renal
Conforme seria de esperar num composto em que a depuração renal perfaz apenas
30% da depuração plasmática total, não foi observada qualquer correlação entre a
APROVADO EM
09-07-2015
INFARMED
função renal e a exposição sistémica a valsartan O ajustamento da dose não se
torna, deste modo, necessário em doentes com disfunção renal (depuração de
creatinina > 10 ml/min). Não existe actualmente qualquer experiência sobre a
utilização segura em doentes com depuração de creatinina <10 ml/min nem em
doentes a fazer diálise, por conseguinte valsartan deve ser utilizado com precaução
nestes doentes (ver secção 4.2 e 4.4).
O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às proteínas plasmáticas e é
pouco provável que seja eliminado através de diálise.
Disfunção hepática
Cerca de 70% da dose absorvida é eliminada na bílis, essencialmente na forma
inalterada. Valsartan não passa por qualquer biotransformação digna de registo.
Observou-se um duplicar da exposição (AUC) em doentes com disfunção hepática
ligeira a moderada em comparação com indivíduos saudáveis. Contudo não foi
observada correlação entre a concentração plasmática de valsartan e o grau de
disfunção hepática. Vamadrid não foi estudado em doentes com disfunção hepática
grave (ver secção 4.2, 4.3 e 4.4).
População pediátrica
Num estudo em 26 doentes hipertensos pediátricos (de 1 a 16 anos de idade) a
quem foi administrada uma dose única de uma suspensão de valsartan (média: 0,9 a
2 mg/kg, com uma dose máxima de 80 mg), a depuração (litros/h/kg) de valsartan
foi comparável em todas as idades de 1 aos 16 anos e semelhante à dos adultos a
receber a mesma formulação.
Disfunção renal
A utilização em doentes pediátricos com depuração de creatinina <30 ml/min e em
doentes pediátricos a fazer diálise não foi estudada, por conseguinte o valsartan não
é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajustamento da dose em doentes
pediátricos com uma depuração de creatinina >30 ml/min. A função renal e o
potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secções 4.2 e 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam qualquer risco especial para o ser humano
baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de
dosagem repetida, genotoxicidade e potencial carcinogénico.
Nos ratos, doses tóxicas a nível materno (600 mg/kg/dia) durante os últimos dias de
gestação e aleitamento levaram a menor sobrevivência, menos aumento de peso e
atraso no desenvolvimento (descolamento do pavilhão da orelha e abertura do canal
auricular) das crias (ver secção 4.6). Estas doses em ratos (600 mg/kg/dia) foram
aproximadamente 18 vezes a dose máxima recomendada para o ser humano numa
base de mg/m2 (os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente de
60 kg). Em estudos não clínicos de segurança, doses elevadas de valsartan (200 a
600 mg/kg de peso corporal) provocaram em ratos a redução dos parâmetros dos
glóbulos
vermelhos
(eritrócitos,
hemoglobina,
hematócritos)
evidência
alterações
hemodinâmicas
renais
(ureia
plasmática
levemente
aumentada
hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos). Estas doses em ratos (200 a 600
mg/kg/dia) foram aproximadamente 6 e 18 vezes a dose máxima recomendada para
o ser humano numa base de mg/m2 (os cálculos pressupõem uma dose oral de 320
mg/dia e um doente de 60 kg).
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Em macacos saguís com doses similares as alterações foram similares apesar de com
maior
gravidade,
particularmente
rins
onde
alterações evoluíram
para
nefropatia que incluiu aumento de ureia e creatinina.
Foram também verificadas em ambas as espécies hipertrofia das células renais
justaglomerulares. Considerou-se que todas as alterações foram causadas pela acção
farmacológica
valsartan,
qual
produz
hipotensão
prolongada,
particularmente nos macacos saguís. Para doses terapêuticas de valsartan no ser
humano, a hipertrofia das células renais justaglomerulares parece não ter qualquer
relevância.
População pediátrica
A administração oral diária a ratos recém-nascidos/juvenis (desde o dia 7 pós-natal
ao dia 70 pós- natal) de valsartan com doses tão baixas quanto 1 mg/kg/dia (cerca
de 10-35% da dose pediátrica máxima recomendada de 4 mg/kg/dia numa base de
exposição sistémica) provocou lesões renais irreversíveis e persistentes. Estes efeitos
acima mencionados representam um efeito farmacológico exagerado esperado com
inibidores
enzima
conversão
angiotensina
bloqueadores
receptores tipo 1 da angiotensina II; estes efeitos são observáveis se os ratos forem
tratados durante os primeiros 13 dias de vida. Este período coincide com 36
semanas de gestação em seres humanos, o que poderia ocasionalmente prolongar-
se até 44 semanas após a concepção em seres humanos. Os ratos, no estudo com
valsartan em juvenis, foram tratados até ao dia 70, e os efeitos na maturação renal
(4-6 semanas pós-natal) não podem ser excluídos. A maturação renal funcional é um
proceso
contínuo
durante
primeiro
vida
seres
humanos.
Consequentemente, não pode ser excluída uma relevância clínica em crianças <1
ano de idade, enquanto os dados pré-clínicos não indicam uma questão de segurança
em crianças com mais de 1 ano de idade.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista de excipientes
Núcleo do comprimido
Celulose microcristalina (E 460)
Sílica coloidal anidra (E 551)
Sorbitol (E-420)
Carbonato de magnésio (E 504)
Amido de milho, pré-gelatinizado
Povidona K-25 (E 1201)
Estearil fumarato de sódio
Lauril sulfato de sódio
Crospovidona Tipo A (E 1202)
Revestimento
Lactose monohidratada
Hipromelose (E 464)
Dióxido de titânio (E 171)
Macrogol 4000
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Vamadrid 320 mg comprimidos adicionalmente revestidos por película: Óxido de
ferro vermelho (E 172), óxido de ferro castanho (E 172), laca de alumínio carmim
índigo (E 132).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30°C. Conservar na embalagem de origem para proteger da
humidade.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PE/PVDC.
Um blister contém 7, 14, 28, 56, 98 ou 280 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo
com as exigências locais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
[Ver Anexo I – A ser completado nacionalmente]
8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
5361423 (56u), 5362108 (28u)
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO
RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
[A ser completado nacionalmente]
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
[A ser completado nacionalmente]