Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
18-10-2016
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18-10-2016
INFARMED
Folheto Informativo: Informação para o utilizador
Valsartan toLife 40 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan toLife 80 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan toLife 160 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan
Leia com atenção todo este folheto antes de tomar este medicamento pois contém
informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Valsartan toLife e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Valsartan toLife
3. Como tomar Valsartan toLife
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Valsartan toLife
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Valsartan toLife e para que é utilizado
Valsartan toLife contém a substância ativa: valsartan e pertence a uma classe de
medicamentos conhecidos como antagonistas dos recetores da angiotensina II, que
ajudam a controlar a pressão arterial elevada. A angiotensina II é uma substância
produzida pelo organismo que provoca constrição dos vasos sanguíneos, induzindo
assim um aumento da pressão arterial. Valsartan toLife atua bloqueando o efeito da
angiotensina II. Consequentemente, os vasos sanguíneos dilatam e a pressão
arterial diminui.
Valsartan toLife 40 mg comprimidos revestidos por película pode ser utilizado em
três situações diferentes:
- Para o tratamento de pressão arterial alta em crianças e adolescentes de 6 a
18 anos de idade. A pressão arterial elevada aumenta a sobrecarga do coração e
artérias. Se não for tratada, pode provocar lesões nos vasos sanguíneos do cérebro,
coração e rins, podendo dar origem a um acidente vascular cerebral (AVC),
insuficiência cardíaca ou insuficiência renal. A pressão arterial elevada aumenta o
risco de ataques de coração. A redução da pressão arterial para valores normais
reduz o risco de desenvolvimento destas doenças.
- Para tratamento de doentes adultos após um ataque de coração recente (enfarte
do miocárdio). "Recente" aqui significa entre 12 horas e 10 dias.
- Valsartan toLife pode ser utilizado para o tratamento da insuficiência cardíaca
sintomática em doentes adultos. <Nome do medicamento> é utilizado quando um
grupo
medicamentos
denominados
inibidores
Enzima
Conversão
Angiotensina (ECA) (um medicamento para tratar a insuficiência cardíaca) não pode
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ser utilizado, ou pode ser utilizado adicionalmente a inibidores da ECA, quando
outros medicamentos para tratar a insuficiência cardíaca não podem ser utilizados.
Os sintomas de insuficiência cardíaca incluem falta de ar e inchaço dos pés e das
pernas devido à acumulação de fluidos. É provocado quando o músculo cardíaco não
consegue bombear o sangue com força suficiente para fornecer todo o sangue
necessário a todo o organismo.
Valsartan toLife 80 mg comprimidos revestidos por película pode ser utilizado em
três situações diferentes:
- Para o tratamento de pressão arterial alta em adultos e em crianças e adolescentes
de 6 a 18 anos de idade. A pressão arterial elevada aumenta a sobrecarga do
coração e artérias. Se não for tratada, pode provocar lesões nos vasos sanguíneos
do cérebro, coração e rins, podendo dar origem a um acidente vascular cerebral
(AVC), insuficiência cardíaca ou insuficiência renal. A pressão arterial elevada
aumenta o risco de ataques de coração. A redução da pressão arterial para valores
normais reduz o risco de desenvolvimento destas doenças.
- Para tratamento de doentes adultos após um ataque de coração recente (enfarte
do miocárdio). "Recente" aqui significa entre 12 horas e 10 dias.
- Valsartan toLife pode ser utilizado para o tratamento da insuficiência cardíaca
sintomática em doentes adultos. <Nome do medicamento> é utilizado quando um
grupo
medicamentos
denominados
inibidores
Enzima
Conversão
Angiotensina (ECA) (um medicamento para tratar a insuficiência cardíaca) não pode
ser utilizado, ou pode ser utilizado adicionalmente a inibidores da ECA quando outros
medicamentos
para
tratar
insuficiência
cardíaca
não
podem
utilizados.
Os sintomas de insuficiência cardíaca incluem falta de ar e inchaço dos pés e das
pernas devido à acumulação de fluidos. É provocado quando o músculo cardíaco não
consegue bombear o sangue com força suficiente para fornecer todo o sangue
necessário a todo o organismo.
Valsartan toLife 160 mg comprimidos revestidos por película pode ser utilizado em
três situações diferentes:
- Para o tratamento de pressão arterial alta em adultos e em crianças e adolescentes
de 6 a 18 anos de idade. A pressão arterial elevada aumenta a sobrecarga do
coração e artérias. Se não for tratada, pode provocar lesões nos vasos sanguíneos
do cérebro, coração e rins, podendo dar origem a um acidente vascular cerebral
(AVC), insuficiência cardíaca ou insuficiência renal. A pressão arterial elevada
aumenta o risco de ataques de coração. A redução da pressão arterial para valores
normais reduz o risco de desenvolvimento destas doenças.
- Para tratamento de doentes adultos após um ataque de coração recente (enfarte
do miocárdio). "Recente" aqui significa entre 12 horas e 10 dias.
- Valsartan toLife pode ser utilizado para o tratamento da insuficiência cardíaca
sintomática em doentes adultos. <Nome do medicamento> é utilizado quando um
grupo
medicamentos
denominados
inibidores
Enzima
Conversão
Angiotensina (ECA) (um medicamento para tratar a insuficiência cardíaca) não pode
ser utilizado, ou pode ser utilizado adicionalmente a inibidores da ECA quando outros
medicamentos
para
tratar
insuficiência
cardíaca
não
podem
utilizados.
Os sintomas de insuficiência cardíaca incluem falta de ar e inchaço dos pés e das
pernas devido à acumulação de fluidos. É provocado quando o músculo cardíaco não
consegue bombear o sangue com força suficiente para fornecer todo o sangue
necessário a todo o organismo.
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2. O que precisa de saber antes de tomar Valsartan toLife
Não tome Valsartan toLife:
- Se tem alergia ao valsartan ou a qualquer outro componente deste medicamento
(mencionados na secção 6).
- Se tiver doença hepática grave.
- Se estiver grávida de mais de 3 meses (também é melhor evitar tomar Valsartan
toLife no início da gravidez - ver secção sobre gravidez).
- Se tem diabetes, ou a função renal diminuída, e está a ser tratado com um
medicamento que contém aliscireno para diminuir a pressão arterial.
Se algum dos casos acima se aplicar a si, informe o seu médico e não tome
Valsartan toLife.
Advertências e precauções:
Fale com o seu médico antes de utilizar Valsartan toLife
- Se sofrer de doença hepática.
- Se sofrer de doença renal grave ou se está a fazer diálise.
- Se sofrer de estreitamento da artéria renal.
- Se tiver sido submetido recentemente a um transplante renal (recebeu um novo
rim).
Se sofrer de doença cardíaca grave que não seja insuficiência cardíaca ou ataque de
coração.
Se sofreu alguma vez inchaço da língua e do rosto, causado por uma reação alérgica
chamada angioedema, enquanto tomava outro medicamento (incluindo inibidores da
ECA), informe o seu médico. Se sentir estes sintomas enquanto estiver a tomar
Valsartan toLife, pare imediatamente de tomar Valsartan toLife e não volte a tomá-
lo. Veja também a secção 4 “Efeitos secundários”.
Se estiver a tomar medicamentos que aumentem a quantidade de potássio no
sangue.
Estes
incluem
suplementos
potássio
substitutos
salinos
contenham potássio, medicamentos poupadores de potássio e heparina. Pode ser
necessário controlar o nível de potássio no seu sangue com regularidade.
sofrer
aldosteronismo.
Trata-se
de uma
doença
glândulas
suprarrenais produzem a hormona aldosterona em excesso. Se isto se aplicar a si, o
uso de Valsartan toLife não é recomendado.
Se tiver perdido uma grande quantidade de líquidos (desidratação) provocada por
diarreia, vómitos ou doses elevadas de diuréticos.
Se está a tomar algum dos seguintes medicamentos para tratar a pressão arterial
elevada:
- Um inibidor da ECA (por exemplo enalapril, lisinopril, ramipril), em particular, se
tiver problemas nos rins relacionados com diabetes.
- Aliscireno
- Se está a tomar um inibidor da ECA em conjunto com determinados medicamentos
para tratar a insuficiência cardíaca, os quais são conhecidos como antagonistas dos
recetores mineralcorticóides (ARM). (por exemplo espironolactona, eplerenona) ou
bloqueadores beta (por exemplo metoprolol).
O seu médico pode verificar a sua função renal, pressão arterial e a quantidade de
eletrólitos (por exemplo, o potássio) no seu sangue em intervalos regulares.
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Ver também a informação sob o título “Não tome Valsartan toLife”
Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Valsartan toLife não é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se
tiver mais de 3 meses de gravidez, porque pode causar lesões graves no seu bebé se
for utilizado naquela fase (ver secção de gravidez).
Outros medicamentos e Valsartan toLife
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos.
O efeito do tratamento pode ser influenciado se o Valsartan toLife for tomado com
determinados medicamentos. Pode ser necessário alterar a dose, tomar outras
precauções,
nalguns
casos,
interromper
tratamento
medicamentos. Esta situação aplica-se tanto aos medicamentos sujeitos a receita
médica como aos medicamentos não sujeitos a receita médica, em especial:
Outros medicamentos utilizados para baixar a pressão arterial, nomeadamente
diuréticos, inibidores da ECA (tais como enalapril, lisinopril, etc) ou aliscireno (ver
também informações sob os títulos “Não tome Valsartan toLife” e “Advertências e
precauções”).
Medicamentos que aumentam a quantidade de potássio no sangue. Estes incluem
suplementos
potássio
substitutos
salinos
contenham
potássio,
medicamentos poupadores de potássio e heparina.
Determinados tipos de analgésicos denominados medicamentos anti-inflamatórios
não esteróides (AINEs).
Alguns antibióticos (grupo rifamicina), um medicamento usado para evitar a rejeição
ao transplante (ciclosporina) ou medicamentos antirretrovirais para tratar a infeção
VIH/SIDA (ritonavir). Estes medicamentos podem aumentar o efeito de Valsartan
toLife.
Lítio,
medicamento
utilizado
tratamento
certos
tipos
doença
psiquiátrica.
Além disso:
Se estiver a ser tratado após um ataque de coração, não se recomenda a associação
com inibidores da ECA (um medicamento para o tratamento de ataque de coração).
Se estiver a ser tratado para a insuficiência cardíaca, a associação tripla de inibidores
da ECA e outros medicamentos para tratar a insuficiência cardíaca, conhecidos como
antagonistas dos recetores mineralcorticóides (ARM) (por exemplo espironolactona,
eplerenona), ou bloqueadores beta (por exemplo metoprolol), não é recomendada.
Gravidez, amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Normalmente, o seu médico irá aconselhá-la a interromper o tratamento com
Valsartan toLife antes de engravidar, ou assim que você saiba que está grávida, e irá
aconselhá-la a tomar outro medicamento para substituição de Valsartan toLife.
Valsartan toLife não é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se
tiver mais de 3 meses de gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se
utilizado
depois
terceiro
mês
gravidez.
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Informe o seu médico caso se encontre a amamentar ou se vai começar a
amamentar. Valsartan toLife não é recomendado para mães que estão a amamentar
e o seu médico poderá escolher outro tratamento para si se desejar amamentar,
especialmente se o seu bebé for recém-nascido ou for prematuro.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Antes de conduzir um veículo, utilizar ferramentas ou máquinas, ou desempenhar
outras tarefas que requeiram concentração, certifique-se de que sabe como reage
aos efeitos de Valsartan toLife. Tal como com outros medicamentos utilizados no
tratamento da pressão arterial elevada, Valsartan toLife pode, em casos raros,
provocar tonturas e afetar a capacidade de concentração.
3. Como tomar Valsartan toLife
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêuticose tiver dúvidas.
Tomar este medicamento sempre de acordo com as indicações do médico, de modo
obter
melhores
resultados
reduzir
risco
efeitos
secundários.
Frequentemente, os doentes com hiperpressão arterial não notam quaisquer sinais
deste
problema.
Muitos
sentem-se
perfeitamente
normais.
Torna-se
assim
fundamental que cumpra o calendário de consultas com o seu médico, mesmo
quando se sente bem.
Doentes adultos com pressão arterial alta: A dose recomendada é 80 mg/dia. Em
alguns casos, o seu médico pode prescrever doses maiores (por exemplo 160 mg ou
320 mg). Pode também associar Valsartan toLife com outro medicamento (por
exemplo diuréticos).
Crianças e adolescentes (6 a 18 anos de idade) com pressão arterial alta:
Em doentes com menos de 35kg de peso a dose recomendada é de 40 mg de
valsartan uma vez por dia.
Em doentes com 35kg de peso, ou mais, a dose inicial recomendada é de 80 mg de
valsartan uma vez por dia.
Nalguns casos o seu médico pode prescrever doses mais elevadas (a dose pode ser
aumentada até 160 mg e até um máximo de 320 mg).
Doentes adultos após um ataque de coração recente: após um ataque de coração o
tratamento é geralmente iniciado logo ao fim de 12 horas, habitualmente com uma
dose baixa de 20 mg duas vezes por dia. A dose de 20 mg é obtida através da
divisão do comprimido de 40 mg. O seu médico irá aumentar esta dose de forma
gradual ao longo de várias semanas até uma dose máxima de 160 mg duas vezes
por dia. A dose final depende do que cada doente individualmente conseguir tolerar.
Valsartan toLife pode ser administrado com outro medicamento para o ataque
cardíaco, cabendo ao seu médico decidir qual o tratamento adequado para si.
Doentes adultos com insuficiência cardíaca: o tratamento começa geralmente com
40 mg, duas vezes por dia. O seu médico irá aumentar a dose de forma gradual ao
longo de várias semanas até uma dose máxima de 160 mg, duas vezes por dia. A
dose final depende do que cada doente individualmente conseguir tolerar.
Valsartan toLife pode ser administrado com outro medicamento para insuficiência
cardíaca, cabendo ao seu médico decidir qual o tratamento adequado para si.
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Pode tomar Valsartan toLife com ou sem alimentos. Engula o Valsartan toLife com
um copo de água.
Tome o Valsartan toLife todos os dias aproximadamente à mesma hora.
Se tomar mais Valsartan toLife do que deveria
Se sentir tonturas graves e/ou desmaio, contacte imediatamente o seu médico e
deite-se. Se acidentalmente tomou demasiados comprimidos, contacte o seu médico,
farmacêutico ou hospital.
Caso se tenha esquecido de tomar Valsartan toLife
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose tome-a assim que se lembrar. No
entanto, se estiver quase na hora de tomar a dose seguinte, não tome a dose que se
esqueceu.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Valsartan toLife
Interromper o tratamento com Valsartan toLife pode agravar a sua doença. Não
deixe de tomar o medicamento a menos que seja o seu médico a dizer-lhe que o
faça.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
no entanto, estes não se manifestem em todas as pessoas.
Alguns efeitos secundários podem ser graves e requerem atenção médica imediata:
Pode sentir sintomas de angioedema (uma reação alérgica específica) como, por
exemplo, inchaço da face, lábios, língua ou garganta, dificuldade em respirar ou
engolir, urticária (erupção na pele com comichão), comichão.
Se sentir algum destes sintomas, pare de tomar Valsartan toLife e contacte
imediatamente o seu médico (ver secção 2 ”Advertências e precauções”)
Efeitos secundários incluem:
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
Tonturas
Pressão arterial baixa com ou sem sintomas, como tonturas e desmaio quando está
de pé Função renal diminuída (sinais de compromisso renal)
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
Angioedema (ver secção “Alguns sintomas requerem atenção médica imediata”)
Perda súbita de consciência (síncope)
Sentir-se a rodar (vertigens)
Função renal gravemente reduzida (sinais de insuficiência renal aguda)
Espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (sinais de hipercaliemia)
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Falta de ar, dificuldade em respirar quando está deitado, inchaço dos pés ou das
pernas (sinais de insuficiência cardíaca)
Dor de cabeça
Tosse
Dor abdominal
Náuseas
Diarreia
Cansaço
Fraqueza
Desconhecidos (frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)
Formação de bolhas (sinal de dermatite bolhosa) podem ocorrer reações alérgicas
com erupção na pele, comichão e urticária (erupção na pele com comichão),
sintomas de febre, inchaço das articulações, dor nas articulações, dor muscular,
nódulos linfáticos inchados e/ou sintomas semelhantes aos da gripe (sinais de
doença do soro) pontos de cor vermelha e púrpura, febre, comichão (sinais de
inflamação dos vasos sanguíneos também denominado vasculite)
Hemorragias ou hematomas anormais (sinais de trombocitopenia)
Dor muscular (mialgia) febre, dores de garganta ou úlceras bucais devido a infeções
(sintomas de nível baixo de glóbulos brancos também denominado neutropenia)
Diminuição do nível de hemoglobina e diminuição da percentagem de glóbulos
vermelhos no sangue (o que pode provocar anemia em casos graves)
Aumento do nível de potássio no sangue (o que pode desencadear espasmos
musculares e ritmo cardíaco anormal em casos graves)
Elevação dos valores da função hepática (o que pode indicar lesões no fígado)
incluindo um aumento do nível de bilirrubina no sangue (o que pode causar pele e
olhos amarelos em casos graves)
Aumento do nível de azoto na ureia sanguínea e aumento do nível de creatinina
sérica (o que pode indicar, função renal anormal)
Baixo nível de sódio no sangue (o que pode provocar cansaço, confusão, espasmos
musculares e/ou convulsões em casos graves)
A frequência de determinados efeitos secundários pode variar consoante o seu
estado. Por exemplo, efeitos secundários como tonturas e função renal diminuída
ocorreram com menos frequência em doentes adultos tratados com pressão arterial
elevada, do que em doentes adultos tratados para insuficiência cardíaca, ou depois
de um ataque de coração recente.
Os efeitos secundários em crianças e adolescentes são semelhantes aos observados
em adultos.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED,
I.P.
Direção
Gestão
Risco
Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
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Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Valsartan toLife
Não conservar acima de 30ºC.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister. O prazo
de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Valsartan toLife
- A substância ativa é valsartan.
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg, 80 mg ou 160 mg de
valsartan.
- Os outros componentes são:
Núcleo: lactose mono-hidratada, celulose microcristalina 102, croscarmelose sódica,
povidona K29/32, talco, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra;
Revestimento dos comprimidos de 40 mg (Opadry II 85G32407 Amarelo): álcool
polivinílico, talco, dióxido de titânio (E171), macrogol 3350, óxido de ferro amarelo
(E172), lecitina (E322).
Revestimento dos comprimidos de 80 mg (Opadry II 85G34643 Rosa): álcool
polivinílico, talco, dióxido de titânio (E171), macrogol 3350, lecitina, óxido de ferro
vermelho (E172), óxido de ferro amarelo (E172).Revestimento comprimidos de 160
mg (Opadry II 85G32408 Amarelo): álcool polivinílico, talco, dióxido de titânio
(E171), macrogol 3350, óxido de ferro amarelo (E172), lecitina (E322) e óxido de
ferro vermelho (E172).
Qual o aspeto de Valsartan toLife e conteúdo da embalagem
Valsartan ToLife, 40 mg, apresenta-se em comprimidos amarelos, ovais, biconvexos,
revestidos por película, com ranhura numa das faces, marcação “V” na outra face e
ranhuras laterais.
Os comprimidos de Valsartan ToLife 80 mg são cor-de-rosa, redondos, biconvexos,
revestidos por película, com ranhura em ambas as faces, marcação “V” numa das
faces e ranhuras laterais.
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Os comprimidos de Valsartan ToLife, 160 mg, são amarelos, ovais, biconvexos,
revestidos por película, com ranhura numa das faces e marcação “V” na outra face e
ranhuras laterais.
Os comprimidos estão acondicionados em blister de PVC/PE/PVDC-Alu.
Os comprimidos estão disponíveis em embalagens com 14, 28 e 56 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
toLife – Produtos Farmacêuticos, S.A.
Av. do Forte, 3, Edif. Suécia IV, Piso 0
2794-093 Carnaxide
Portugal
Fabricante:
Actavis Ltd.,
Bulebel Industrial Estate,
Zejtun,
Malta
Balkanpharma Dupnitsa AD,
3, Samokovsko Shosse Str.
2600 Dupnitsa
Bulgaria
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Valsartan toLife 40 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan toLife 80 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan toLife 160 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Valsartan toLife
Cada comprimido revestido por película contém 40 mg de valsartan.
Valsartan toLife
Cada comprimido revestido por película contém 80 mg de valsartan.
Valsartan toLife
Cada comprimido revestido por película contém 160 mg de valsartan.
Valsartan toLife
Cada comprimido revestido por película contém 320 mg de valsartan.
<Excipiente(s) com efeito conhecido>
Cada comprimido de 40 mg contém 21,11 mg de lactose mono-hidratada.
Cada comprimido de 80 mg contém 42,22 mg de lactose mono-hidratada.
Cada comprimido de 160 mg contém 84,44 mg de lactose mono-hidratada.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Os comprimidos de 40 mg são amarelos, ovais, biconvexos, revestidos por película,
com ranhura numa das faces, marcação “V” na outra face e ranhuras laterais.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
Os comprimidos de 80 mg são cor-de-rosa, redondos, biconvexos, revestidos por
película, com ranhura em ambas as faces, marcação “V” numa das faces e ranhuras
laterais.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
Os comprimidos de 160 mg são amarelos, ovais, biconvexos, revestidos por película,
com ranhura numa das faces, marcação “V” na outra face e ranhuras laterais.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
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4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão (apenas 40 mg)
Tratamento da hipertensão em crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade.
Hipertensão (apenas 80mg e 160 mg)
Tratamento da hipertensão arterial essencial em adultos e hipertensão em crianças e
adolescentes de 6 a 18 anos de idade.
Enfarte do miocárdio recente (apenas 40 mg, 80 mg e 160 mg)
Tratamento de doentes adultos, clinicamente estáveis, com insuficiência cardíaca
sintomática, ou disfunção ventricular sistólica esquerda assintomática, após um
enfarte do miocárdio recente (12 horas – 10 dias) (ver secção 4.4. e 5.1).
Insuficiência cardíaca (apenas 40 mg, 80 mg e 160 mg)
Tratamento de doentes adultos com insuficiência cardíaca sintomática, quando os
inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) não são tolerados, ou em
doentes intolerantes a bloqueadores beta, como terapêutica adicional aos inibidores
da ECA, quando os antagonistas dos recetores mineralcorticóides não podem ser
usados (ver secções 4.2, 4.4, 4.5 e 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Hipertensão (apenas 80 mg e 160 mg)
A dose inicial recomendada de Valsartan toLife é de 80 mg uma vez por dia. O efeito
anti-hipertensor está substancialmente presente no espaço de 2 semanas, e os
efeitos máximos atingem-se no período de 4 semanas. Em alguns doentes cuja
pressão arterial não é devidamente controlada, a dose pode ser aumentada para
160 mg e para um máximo de 320 mg.
Valsartan
toLife
pode
também
administrado
outros
agentes
anti-
hipertensores. (ver secções 4.3, 4.4, 4.5 e 5.1). A associação de um diurético, como
a hidroclorotiazida, baixará ainda mais a pressão arterial nestes doentes.
Enfarte do miocárdio recente (apenas 40 mg, 80 mg e 160 mg)
Em doentes clinicamente estáveis, a terapêutica pode ser iniciada logo ao fim de
12 horas, após um enfarte do miocárdio. Após uma dose inicial de 20 mg, duas
vezes por dia, a dose de valsartan deve ser ajustada para 40 mg, 80 mg e 160 mg,
duas vezes por dia, durante as semanas seguintes. A dose inicial é obtida a partir do
comprimido divisível de 40 mg.
A dose máxima que se pretende atingir é de 160 mg duas vezes por dia. Em geral,
recomenda-se que os doentes alcancem um nível de dose de 80 mg, duas vezes por
dia, até duas semanas após o início do tratamento, e que a dose máxima a atingir,
160 mg duas vezes por dia, seja alcançada ao fim de três meses, com base na
tolerabilidade do doente. Se ocorrer hipotensão sintomática, ou disfunção renal, deve
considerar-se uma redução da dose.
Valsartan pode ser usado em doentes tratados com outras terapêuticas pós-enfarte
miocárdio,
ex.,
trombolíticos,
ácido
acetilsalicílico,
bloqueadores-beta,
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estatinas e diuréticos. A associação com inibidores da ECA não é recomendada (ver
secção 4.4. e 5.1).
A avaliação dos doentes, no pós-enfarte do miocárdio, deve incluir sempre a
avaliação da função renal.
Insuficiência cardíaca (apenas 40 mg, 80 mg e 160 mg)
A dose inicial recomendada de Valsartan toLife é de 40 mg, duas vezes por dia. O
ajuste crescente para 80 mg e 160 mg, duas vezes por dia, deve ser efetuado a
intervalos de pelo menos duas semanas, até à dose mais elevada que for tolerada
pelo doente. Deve ser considerada a redução da dose dos diuréticos concomitantes.
A dose diária máxima administrada em ensaios clínicos é de 320 mg em doses
divididas.
Valsartan pode ser administrado em associação com outras terapêuticas para a
insuficiência cardíaca. Contudo, a associação tripla de um inibidor da ECA, valsartan
e um bloqueador beta, ou um diurético poupador de potássio, não é recomendada
(ver secção 4.4 e 5.1).A avaliação de doentes com insuficiência cardíaca deve incluir
sempre a avaliação da função renal.
Informações adicionais sobre populações especiais
Idosos
Não é necessário ajuste posológico em doentes idosos.
Doentes com compromisso renal
Não é necessário ajuste posológico em doentes adultos com uma depuração de
creatinina >10 ml/min (ver secção 4.4 e 5.2).
Doentes com compromisso hepático
Valsartan toLife é contraindicado em doentes com compromisso hepático grave,
cirrose biliar e em doentes com colestase (ver secção 4.3, 4.4 e 5.2). Em doentes
com compromisso hepático ligeiro a moderado sem colestase, a dose de valsartan
não deverá exceder os 80 mg.
População pediátrica
Hipertensão pediátrica
Crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade
A dose inicial é de 40 mg, uma vez por dia, em crianças com peso inferior a 35 kg, e
de 80 mg, uma vez por dia, em crianças com 35 kg de peso ou mais. A dose deve
ser ajustada com base na resposta da pressão arterial. As doses máximas estudadas
em ensaios clínicos encontram-se na tabela abaixo.
Doses mais elevadas do que as mencionadas não foram estudadas e, portanto, não
são recomendadas.
Peso
Dose
máxima
estudada
ensaios
clínicos
≥18 kg a <35 kg
80 mg
≥35 kg a <80 kg
160 mg
≥80 kg a ≤160 kg
320 mg
Crianças com menos de 6 anos de idade
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
A informação disponível encontra-se descrita nas secções 4.8, 5.1 e 5.2. No entanto,
a segurança e a eficácia de Valsartan toLife, em crianças de 1 a 6 anos de idade, não
foram estabelecidas.
Utilização em doentes pediátricos de 6 a 18 anos com compromisso renal
A utilização em doentes pediátricos com depuração de creatinina <30 ml/min, e em
doentes pediátricos a fazer diálise, não foi estudada. Por conseguinte, o valsartan
não é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajuste posológico em doentes
pediátricos com uma depuração de creatinina >30 ml/min. A função renal e o
potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secções 4.4 e 5.2).
Utilização em doentes pediátricos de 6 a 18 anos com compromisso hepático
Tal como nos adultos, o Valsartan toLife é contraindicado em doentes pediátricos
com compromisso hepático grave, cirrose biliar e em doentes com colestase (ver
secções 4.3, 4.4 e 5.2). Existe pouca experiência clínica com Valsartan toLife em
doentes pediátricos com compromisso hepático ligeiro a moderado. A dose de
valsartan não deve exceder os 80 mg nestes doentes.
Insuficiência cardíaca e enfarte do miocárdio recente em pediatria
Valsartan toLife não é recomendado no tratamento de insuficiência cardíaca, ou
enfarte do miocárdio recente, em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de
idade, devido à ausência de dados de segurança e eficácia.
Modo de administração
Valsartan toLife pode ser tomado fora das refeições e deve ser administrado com
água.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
Compromisso hepático grave, cirrose biliar e colestase.
Segundo e terceiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4 e 4.6).
O uso concomitante de Valsartan toLife com medicamentos contendo aliscireno é
contraindicado
doentes
diabetes
mellitus
compromisso
renal
(TFG<60 ml/min/1,73m^2) (ver secções 4.5 e 5.1).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipercaliemia
Não é recomendada a medicação concomitante com suplementos de potássio,
diuréticos poupadores de potássio, substitutos do sal contendo potássio, ou outros
fármacos
possam
aumentar
níveis
potássio
(heparina,
etc.).
monitorização de potássio deve ser realizada apropriadamente.
Compromisso da função renal
Não existe atualmente qualquer experiência sobre a utilização segura em doentes
com depuração de creatinina <10 ml/min, nem em doentes a fazer diálise. Por
conseguinte, valsartan deve ser utilizado com precaução nestes doentes. Não é
necessário
ajuste
posológico em
doentes com
depuração
de creatinina>
10 ml/min (ver secção 4.2 e 5.2).
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Compromisso hepático
Em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado sem colestase, Valsartan
toLife deve ser usado com precaução (ver secção 4.2 e 5.2).
Doentes com depleção de sódio e/ou do volume
Nos doentes com depleção grave de sódio e/ou do volume, nomeadamente nos
doentes
tratados
doses
elevadas
diuréticos,
pode
ocorrer
hipotensão
sintomática em casos raros após o início da terapêutica com Valsartan toLife. A
depleção de sódio e/ou do volume deve ser corrigida antes de iniciar o tratamento
com Valsartan toLife, por exemplo, por redução da dose de diurético.
Estenose arterial renal
O uso seguro de Valsartan toLife ainda não foi estabelecido em doentes com
estenose arterial renal bilateral, ou estenose de rim único.
A administração a curto prazo de Valsartan toLife em doze doentes com hipertensão
renovascular, secundária a estenose arterial renal unilateral, não induziu quaisquer
alterações significativas da hemodinâmica renal, creatinina sérica, ou azoto da ureia
sanguínea (BUN). Contudo, uma vez que outros agentes com efeito sobre o sistema
renina-angiotensina podem aumentar a ureia sanguínea, e a creatinina sérica, de
doentes com estenose arterial renal unilateral, recomenda-se a monitorização da
função renal com doentes tratados com valsartan.
Transplante renal
Não há experiência sobre o uso seguro de Valsartan toLife em doentes com
transplante renal recente.
Hiperaldosteronismo primário
Doentes com hiperaldosteronismo primário não devem ser tratados com Valsartan
toLife, dado que o seu sistema renina-angiotensina não está ativado.
Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Tal como com todos os outros vasodilatadores, está indicado um cuidado especial
nos doentes que sofram de estenose aórtica ou mitral, ou de cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva (HOCM).
Gravidez
Os ARA não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser em situações em que
a manutenção da terapêutica com ARA seja considerada essencial, nas doentes que
planeiem engravidar, o tratamento deve ser alterado para anti-hipertensores cujo
perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a
gravidez, o tratamento com ARA deve ser interrompido imediatamente e, se
apropriado, deverá ser iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).
Enfarte do miocárdio recente (apenas 40mg, 80 mg e 160 mg)
A associação de captopril e valsartan não demonstrou qualquer benefício clínico
adicional, tendo aumentado o risco de acontecimentos adversos em comparação com
o tratamento com as respetivas terapêuticas (ver secção 4.2 e 5.1). Por conseguinte,
a associação de valsartan com um inibidor da ECA não é recomendada.
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Deve ser tida precaução ao iniciar a terapêutica em doentes no pós-enfarte do
miocárdio. A avaliação dos doentes no pós-enfarte do miocárdio deve incluir sempre
a avaliação da função renal (ver secção 4.2).
Valsartan
toLife
doentes
pós-enfarte
miocárdio
resulta
frequentemente em alguma redução na pressão arterial, mas a interrupção da
terapêutica,
devido
hipotensão
sintomática
continuada,
não
geralmente
necessária, desde que sejam seguidas as instruções de dose (ver secção 4.2).
Insuficiência cardíaca (apenas 40mg, 80 mg e 160 mg)
O risco de reações adversas, especialmente hipotensão, hipercaliemia e função renal
diminuída (incluindo insuficiência renal aguda), pode aumentar quando Valsartan
toLife é usado em associação com um inibidor da ECA. Em doentes com insuficiência
cardíaca, a associação tripla de um inibidor da ECA, um bloqueador beta e Valsartan
toLife, não demonstrou qualquer benefício clínico (ver secção 5.1). Esta associação,
aparentemente, aumenta o risco de acontecimentos adversos e é, portanto, não
recomendada. A associação tripla de um inibidor da ECA, um antagonista dos
recetores mineralcorticóides e valsartan, também não é recomendada. O uso destas
associações
deve
estar
supervisão
especialista
sujeito
monitorização frequente e apertada da função renal, eletrólitos e pressão arterial
Deverá ter-se precaução ao iniciar a terapêutica em doentes com insuficiência
cardíaca. A avaliação dos doentes com insuficiência cardíaca deve incluir sempre a
avaliação da função renal (ver secção 4.2).
O uso de Valsartan toLife, em doentes com insuficiência cardíaca, geralmente resulta
em alguma redução na pressão arterial, mas a descontinuação da terapêutica,
devido a hipotensão sintomática contínua, geralmente não é necessária quando as
instruções posológicas fornecidas são seguidas (ver secção 4.2).
Em doentes cuja função renal possa depender da atividade do sistema renina-
angiotensina-aldosterona
(por
exemplo
doentes
insuficiência
cardíaca
congestiva grave), o tratamento com inibidores da ECA tem sido associado com
oligúria e/ou azotemia progressiva e, em casos raros, a insuficiência renal aguda
e/ou morte. Como o valsartan é um antagonista dos recetores da angiotensina II,
não pode ser excluído que o uso de Valsartan toLife pode ser associado com o
compromisso da função renal.
Os ínibidores da ECA, e os antagonistas dos recetores da angiotensina II, não devem
ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
Antecedentes de angioedema
Tem sido notificado angioedema, incluindo edema da laringe e da glote, provocando
obstrução das vias respiratórias e/ou edema da face, lábios, faringe e/ou língua, em
doentes
tratados
valsartan;
alguns
destes
doentes
desenvolveram
anteriormente angioedema com outros medicamentos, incluindo inibidores da ECA. A
administração de Valsartan toLife deve ser imediatamente interrompida em doentes
que desenvolvam angioedema, e não deve voltar a ser realizada (ver secção 4.8).
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Existe evidência de que o uso concomitante de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores
angiotensina
aliscireno,
aumenta
risco
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda). O duplo
bloqueio do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores da angiotensina II ou aliscireno, é, portanto, não recomendado (ver
secções 4.5 e 5.1).
Se a terapêutica de duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta
só deverá ser utilizada sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma
monitorização frequente e apertada da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Os inibidores da ECA, e os antagonistas dos recetores da angiotensina II, não devem
ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
População pediátrica
Compromisso da função renal
A utilização em doentes pediátricos com uma depuração de creatinina <30 ml/min e
em doentes pediátricos a fazer diálise não foi estudada, por conseguinte, valsartan
não é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajuste posológico em doentes
pediátricos com uma depuração de creatinina > 30 ml/min (ver secções 4.2 e 5.2). A
função renal e o potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados durante o
tratamento com valsartan. Isto aplica-se particularmente quando o valsartan é
administrado na presença de outras perturbações (febre, desidratação) que podem
afetar a função renal.
Compromisso hepático
Tal como nos adultos, o Valsartan toLife é contraindicado em doentes pediátricos
com compromisso hepático grave, cirrose biliar e em doentes com colestase (ver
secções 4.3 e 5.2). Existe pouca experiência clínica com Valsartan toLife em doentes
pediátricos com compromisso hepático ligeiro a moderado. A dose de valsartan não
deve exceder os 80 mg nestes doentes.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Duplo
bloqueio
do Sistema
Renina-Angiotensina-Aldosterona
(SRAA) com ARA,
inibidores
ECA,
aliscireno
Os dados de ensaios clínicos têm demonstrado que o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), através do uso combinado de inibidores da
ECA, antagonistas dos recetores da angiotensina II, ou aliscireno, está associado a
maior
frequência
acontecimentos
adversos,
tais
como
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda), em
comparação com o uso de um único fármaco com ação no SRAA (ver secções 4.3,
4.4 e 5.1).
Utilização concomitante não recomendada
Lítio
Foram relatados aumentos reversíveis das concentrações séricas do lítio e da
toxicidade durante a administração concomitante de lítio com inibidores da enzima
de conversão da angiotensina, ou antagonistas dos recetores da angiotensina II,
incluindo Valsartan toLife. Caso esta associação seja necessária, recomenda-se a
monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio. Se está a tomar também algum
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
diurético, o risco de toxicidade de lítio pode presumivelmente ser aumentada ainda
mais.
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal
contendo potássio e outras substâncias que podem aumentar os níveis de potássio
Se se considerar necessário utilizar um medicamento que afeta os níveis de potássio
em associação com valsartan, aconselha-se a monitorização dos níveis de potássio.
Cuidado necessário com utilização concomitante
Medicamentos
anti-inflamatórios
não
esteróides
(AINEs),
incluindo
inibidores
seletivos da COX-2, ácido acetilsalicílico> 3 g/dia), e AINEs não seletivos
Quando os antagonistas da angiotensina II são administrados simultaneamente com
AINEs, pode ocorrer a atenuação do efeito anti-hipertensor. Adicionalmente, a
utilização concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs pode levar a um
aumento do risco de degradação da função renal e a um aumento no potássio sérico.
Assim, recomenda-se a monitorização da função renal no início do tratamento, bem
como a hidratação adequada do doente.
Transportadores
Os dados in vitro indicam que o valsartan é um substrato do transportador da
captação hepática OATP1B1/OATP1B3 e transportador de efluxo hepático MRP2. A
relevância clínica deste resultado é desconhecida. A administração concomitante de
inibidores do transportador da captação (por exemplo, rifampicina, ciclosporina) ou
transportador
efluxo
(por
exemplo,
ritonavir)
pode
aumentar
exposição
sistémica ao valsartan. Tome especial cuidado quando se inicia ou termina o
tratamento concomitante com estes fármacos.
Outros
Nos estudos de interações medicamentosas com valsartan, não foram observadas
quaisquer interações clinicamente significativas com valsartan ou com qualquer um
fármacos
seguintes:
cimetidina,
varfarina,
furosemida,
digoxina,
atenolol,
indometacina, hidroclorotiazida, amlodipina, glibenclamida.
População pediátrica
Na hipertensão em crianças e adolescentes, onde as anomalias renais subjacentes
são frequentes, recomenda-se precaução com a utilização concomitante de valsartan
e outras substâncias inibidoras do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que
podem aumentar o potássio sérico. A função renal e o potássio sérico devem ser
cuidadosamente monitorizados.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A administração de ARA não é recomendada durante o primeiro trimestre de
gravidez (ver secção 4.4.). A administração de ARA está contraindicada durante o
segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3 e 4.4).
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade, após a exposição
aos inibidores da ECA durante o 1º trimestre de gravidez, não é conclusiva; contudo,
não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. Enquanto não existem dados de
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
estudos epidemiológicos controlados, relativos ao risco associado aos antagonistas
dos recetores da angiotensina (ARA), os riscos para esta classe de fármacos poderão
ser semelhantes. A não ser que a manutenção do tratamento com ARA seja
considerada essencial, nas doentes que planeiem engravidar, a medicação deve ser
substituída por terapêuticas anti-hipertensoras alternativas, cujo perfil de segurança
durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o
tratamento com ARA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá
ser iniciada terapêutica alternativa.
A exposição a ARA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está
reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição
da função renal, oligohidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade
neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia); ver também secção 5.3
“Dados de segurança pré-clínica.
No caso de a exposição a ARA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez,
recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e dos ossos do
crânio.
Recém-nascidos
cujas
mães
estiveram
expostas
devem
cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão (ver secções 4.3
e 4.4).
Amamentação
Uma vez que não se encontra disponível informação sobre a utilização de valsartan
durante o aleitamento, a terapêutica com Valsartan toLife não está recomendada e
são
preferíveis
terapêuticas
alternativas
cujo
perfil
segurança
durante
aleitamento esteja estabelecido, particularmente em recém-nascidos ou lactentes
pré-termo.
Fertilidade
Valsartan não teve efeitos adversos sobre o desempenho reprodutivo de ratos
machos e fêmeas com doses orais até 200 mg/kg/dia. Esta dose é 6 vezes a dose
máxima recomendada para o ser humano numa base de mg/m2 (os cálculos
assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente com 60 kg).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir. Durante a condução
de veículos ou utilização de máquinas, deverá ter-se em consideração a possibilidade
de ocorrência de tonturas ou cansaço.
4.8 Efeitos indesejáveis
Em estudos clínicos controlados realizados em doentes adultos com hipertensão, a
incidência geral de reações adversas medicamentosas (RAMs) foi comparável ao
placebo e é coerente com a farmacologia de valsartan. A incidência de RAMs não
pareceu estar relacionada com a dose ou duração do tratamento e também não
mostrou qualquer associação com género, idade ou raça.
RAMs
notificadas
estudos
clínicos,
experiência
pós-comercialização
resultados laboratoriais, estão listadas a seguir de acordo com a classe de sistema
de órgãos.
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Reações Adversas Medicamentosas
As reações adversas medicamentosas estão ordenadas por frequência, primeiro as
mais frequentes, utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10);
frequentes (≥ 1/100, <1/10); pouco frequentes (≥ 1/1.000, <1/100); raros (≥ 1/10
000, <1/1000); muito raros (<1/10 000), desconhecido (frequência não pode ser
estimada a partir dos dados disponíveis).
As reações adversas medicamentosas são ordenadas por ordem decrescente de
gravidade dentro de cada classe de frequência.
Relativamente a todas as RAMs relatadas da experiência pós-comercialização e
resultados laboratoriais, não é possível aplicar qualquer frequência de RAM, pelo que
a sua frequência vem indicada como "desconhecida".
Hipertensão
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Diminuição na hemoglobina, Diminuição
hematócrito,
Neutropenia,
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade,
incluindo
doença
soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecida
Aumento do potássio sérico, Hiponatremia
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Vasculopatias
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Dor abdominal
Afeções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação dos valores da função hepática
incluindo aumento da bilirrubina sérica
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Desconhecida
Angioedema, Dermatite bolhosa, Erupção
cutânea, Prurido
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
Desconhecida
Insuficiência
compromisso
renal,
Elevação da creatinina sérica
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Fadiga
População pediátrica
Hipertensão
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
efeito
anti-hipertensor
valsartan
avaliado
dois
ensaios
clínicos
aleatorizados, em dupla ocultação em 561 doentes pediátricos de 6 a 18 anos de
idade. Com exceção de casos isolados de distúrbios gastrointestinais (como dor
abdominal,
náuseas,
vómitos)
tonturas,
não
foram
identificadas
diferenças
relevantes em relação ao tipo, frequência e gravidade das reações adversas entre o
perfil de segurança para os doentes pediátricos de 6 a 18 anos de idade e o
anteriormente notificado para os doentes adultos.
A avaliação neurocognitiva e do desenvolvimento dos doentes pediátricos de 6 a
16 anos
de idade revelou
não existir
geral impacto
adverso
clinicamente
relevante após tratamento com valsartan com duração até um ano.
Num estudo aleatorizado, em dupla ocultação, em 90 crianças de 1 a 6 anos,
seguido de uma extensão de ensaio aberto de um ano, observaram-se duas mortes e
casos
isolados
fortes
elevações
transaminases
hepáticas.
Estes
casos
ocorreram numa população com comorbilidades significativas. Não foi estabelecida
relação
causal
valsartan.
segundo
estudo
foram
aleatorizadas 75 crianças de 1 a 6 anos de idade, não ocorreram mortes nem
elevações significativas das transaminases com o tratamento com valsartan.
A hipercaliemia foi mais frequentemente observada em crianças e adolescentes de 6
a 18 anos com doença renal crónica subjacente.
O perfil de segurança visto em estudos clínicos controlados em doentes adultos no
pós-enfarte do miocárdio, e/ou com insuficiência cardíaca, varia em relação ao perfil
de segurança geral visto em doentes hipertensos. Tal pode estar relacionado com a
doença subjacente dos doentes. As RAMs que ocorreram em doentes adultos no pós-
enfarte do miocárdio, e/ou doentes com insuficiência cardíaca, estão listadas abaixo:
Pós-enfarte do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca (estudado apenas em doentes
adultos)
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade
incluindo
doença
soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
Hipercaliemia
Desconhecida
Aumento do potássio sérico, Hiponatremia
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Tonturas, Tontura postural
Pouco frequentes
Síncope, Cefaleia
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Cardiopatias
Pouco frequentes
Insuficiência cardíaca.
Vasculopatias
Frequentes
Hipotensão, Hipotensão ortostática
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Náuseas, Diarreia
Afeções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação dos valores da função hepática
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes
Angioedema
Desconhecida
Dermatite
bolhosa,
Erupção
cutânea,
Prurido
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
Frequentes
Compromisso e insuficiência renal
Pouco frequentes
Insuficiência
renal
aguda,
Elevação
creatinina sérica
Desconhecida
Aumento do azoto ureico no sangue
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Astenia, Fadiga
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Uma sobredosagem com Valsartan toLife pode resultar em hipotensão acentuada,
que poderá levar a um nível deprimido de consciência, colapso circulatório e/ou
choque.
Tratamento
As medidas terapêuticas dependem do tempo de ingestão, assim como do tipo e
gravidade
sintomas,
sendo
primordial
importância
estabilização
condições circulatórias.
Se ocorrer hipotensão, o doente deve ser colocado em decúbito e deverá ser iniciada
a correção de volume sanguíneo.
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
É pouco provável que valsartan seja eliminado por hemodiálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
3.4.2.2.
Aparelho
cardiovascular.
Anti-hipertensores.
Modificadores
eixo
renina
angiotensina.
Antagonistas
recetores
angiotensina, Código ATC: C09CA03
Valsartan é um antagonista dos recetores da angiotensina II (Ang II) oralmente
ativo, potente e específico. Atua de forma seletiva no subtipo de recetores AT1, que
é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis
plasmáticos de Ang II, após o bloqueio do recetor AT1 com valsartan, pode estimular
o recetor AT2 não bloqueado, que parece contrabalançar o efeito do recetor AT1. O
valsartan não apresenta qualquer atividade agonista parcial no recetor AT1, e
apresenta uma afinidade muito maior para o recetor AT1 (cerca de 20 000 vezes
superior) que para o recetor AT2. O valsartan não se liga a, nem bloqueia, outros
recetores hormonais ou canais iónicos reconhecidamente importantes na regulação
cardiovascular.
Valsartan não inibe a ECA (também conhecida como cininase II), que converte a Ang
I em Ang II e degrada a bradiquinina. Dado não haver qualquer efeito sobre a ECA, e
não haver potenciação de bradiquinina ou da substância P, é pouco provável que os
antagonistas da angiotensina II sejam associados a tosse. Em ensaios clínicos, onde
o valsartan foi comparado com um inibidor da ECA, a incidência da tosse seca foi
significativamente menor (p<0,05) nos doentes tratados com valsartan do que nos
doentes tratados com um inibidor da ECA (2,6% versus 7,9%, respetivamente). Num
ensaio clínico realizado em doentes com antecedentes de tosse seca durante o
tratamento com inibidor da ECA, ocorreu tosse em 19,5% dos indivíduos tratados
valsartan
19,0%
tratados
diurético
tiazídico,
comparativamente a 68,5% nos indivíduos tratados com um inibidor da ECA (p
<0,05).
Hipertensão (apenas 80 mg e 160 mg)
A administração de valsartan, a doentes com resultados de hipertensão, provoca
uma redução da pressão arterial sem afetar a frequência cardíaca.
Na maioria dos doentes, após a administração de uma dose oral única, o início da
atividade anti-hipertensora ocorre no intervalo de 2 horas, atingindo-se a redução
máxima da pressão arterial no intervalo de 4-6 horas. O efeito anti-hipertensor
persiste ao longo de 24 horas após a administração. Durante a administração de
doses repetidas, o efeito hipertensor está substancialmente presente no espaço de
2 semanas e os efeitos máximos são obtidos no espaço de 4 semanas, mantendo-se
durante o tratamento prolongado. Quando em associação com hidroclorotiazida,
obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.
A interrupção súbita de valsartan não foi associada a hipertensão arterial de ressalto
ou a outros acontecimentos adversos clínicos.
doentes hipertensos
diabetes
tipo 2
microalbuminúria,
valsartan
mostrou
diminuir
excreção urinária
albumina. O
estudo
MARVAL
(Micro
Albuminuria Reduction with Valsartan) avaliou a redução na excreção urinária de
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
albumina (UAE) com valsartan (80-160 mg/uma vez por dia) versus amlodipina
(5-10 mg/uma vez por dia), em 332 doentes com diabetes tipo 2 (idade média:
58 anos; 265 homens) com microalbuminúria (valsartan: 58 µg/min; amlodipina:
55,4 µg/min), pressão arterial normal ou alta e com função renal conservada
(creatinina plasmática <120 µmol/l). Às 24 semanas, a UAE baixou (p<0,001) em
42% (–24,2 µg/min; 95% IC: –40,4 a –19,1) com valsartan e cerca de 3% (–
1,7 µg/min; 95% IC: –5,6 a 14,9) com amlodipina, apesar de taxas semelhantes de
redução da pressão arterial em ambos os grupos.
O estudo Diovan Reduction of Proteinuria (DROP) analisou mais aprofundadamente a
eficácia
valsartan
redução
391 doentes
hipertensos
(PA=150/88 mmHg)
diabetes
tipo 2,
albuminúria
(média=102 µg/min;
20-700 µg/min) e função renal conservada (creatinina sérica média = 80 µmol/l). Os
doentes foram aleatorizados para uma de 3 doses de valsartan (160, 320 e
640 mg/por
dia)
tratados
durante
30 semanas.
finalidade
estudo
determinar a dose ótima de valsartan para reduzir a UAE em doentes hipertensos
diabetes
tipo 2.
30 semanas,
alteração
percentual
significativamente reduzida em 36% a partir da linha basal com valsartan 160 mg
(95%IC: 22 a 47%), e 44% com valsartan 320 mg (95%IC: 31 a 54%). Concluiu-se
que 160-320 mg de valsartan produziu reduções clinicamente significativas na UAE
em doentes hipertensos com diabetes tipo 2.
Enfarte do miocárdio recente (apenas 40 mg, 80 mg e 160 mg)
O ensaio VALsartan In Acute myocardial iNfarcTion (VALIANT) foi um estudo
aleatorizado, controlado, multinacional, em dupla ocultação, em 14 703 doentes com
enfarte
agudo
miocárdio
sinais,
sintomas
evidência
radiológica
insuficiência cardíaca congestiva e/ou evidência de disfunção sistólica ventricular
esquerda (manifestada como uma fração de ejeção ≤ 40% por ventriculografia de
radionuclídeos
≤ 35%
ecocardiografia
angiografia
ventricular
contraste). Os doentes foram aleatorizados no intervalo de 12 horas a 10 dias após o
início dos sintomas de enfarte do miocárdio para valsartan, captopril ou a associação
de ambos. A duração média do tratamento foi de dois anos. O objetivo primário foi a
altura para mortalidade por todas as causas.
O valsartan foi tão eficaz como o captopril na redução da mortalidade por todas as
causas após enfarte do miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi semelhante
nos grupos valsartan (19,9%), captopril (19,5%) e valsartan + captopril (19,3%).
Associar
valsartan
captopril
não
resultou
benefício
relativamente
captopril isoladamente. Não se verificaram diferenças entre valsartan e captopril na
mortalidade por todas as causas com base na idade, género, raça, terapêuticas
basais ou doença subjacente. O valsartan foi também eficaz a prolongar o tempo e
reduzir
mortalidade
cardiovascular,
hospitalização
insuficiência
cardíaca,
enfarte do miocárdio recorrente, paragem cardíaca com ressuscitação e AVC não
fatal (segundo objetivo composto).
O perfil de segurança de valsartan foi coerente com o percurso clínico de doentes
tratados no cenário pós-enfarte do miocárdio. Relativamente à função renal, foi
observado o aumento para o dobro da creatinina sérica em 4,2% dos doentes
tratados com valsartan, 4,8% dos doentes tratados com valsartan+captopril, e 3,4%
dos doentes tratados com captopril. As interrupções provocadas por vários tipos de
disfunção renal ocorreram em 1,1% de doentes tratados com valsartan, 1,3% de
doentes tratados com valsartan+captopril e 0,8% de doentes tratados com captopril.
Deverá incluir-se uma avaliação da função renal na avaliação de doentes no pós-
enfarte do miocárdio.
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Não se verificaram diferenças na mortalidade por todas as causas, mortalidade ou
morbilidade cardiovascular, quando se administraram bloqueadores-beta juntamente
associação
valsartan+captopril,
valsartan
isoladamente
captopril
isoladamente. Independente do tratamento, a mortalidade foi inferior no grupo de
doentes tratados com um bloqueador-beta, sugerindo que o conhecido benefício dos
bloqueadores-beta nesta população foi mantido neste ensaio.
Insuficiência cardíaca (apenas 40 mg, 80 mg e 160 mg)
Val-HeFT foi um ensaio clínico aleatorizado, controlado, multinacional, de valsartan
em comparação com placebo na morbilidade e mortalidade em 5010 doentes, com
insuficiência cardíaca das classes II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA, a receber
a terapêutica convencional com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (LVEF)
<40% e diâmetro diastólico interno ventricular esquerdo (LVIDD) >2,9 cm/m2. A
terapêutica de base incluiu inibidores da ECA (93%), diuréticos (86%), digoxina
(67%)
bloqueadores-beta
(36%).
duração
média
seguimento
aproximadamente dois anos. A dose diária média de valsartan no Val-HeFT foi de
254 mg. O estudo teve dois objetivos principais: a mortalidade por todas as causas
(tempo de sobrevida) e a mortalidade composta e a morbilidade por insuficiência
cardíaca (tempo até ao primeiro evento mórbido), definida como morte, morte súbita
com reanimação, hospitalização por insuficiência cardíaca ou administração de
agentes vasodilatadores ou inotrópicos intravenosos, durante quatro horas ou mais
sem hospitalização.
A mortalidade por todas as causas foi semelhante (p=NS) nos grupos de valsartan
(19,7%) e de placebo (19,4%). O principal benefício foi uma redução de 27,5%
(95% IC: 17 a 37%) no risco para o tempo até à primeira hospitalização por
insuficiência cardíaca (13,9% vs. 18,5%). Resultados que pareciam favorecer o
placebo (mortalidade e morbilidade composta foi 21,9% no placebo vs. 25,4% no
grupo de valsartan) foram observados nos doentes a receber a associação tripla de
um inibidor da ECA, um bloqueador-beta e valsartan.
Num subgrupo de doentes que não estavam a tomar um inibidor da ECA (n=366), os
benefícios de morbilidade foram superiores. Neste subgrupo, a mortalidade por todas
as causas baixou significativamente com valsartan, comparativamente com placebo
em 33% (95% IC: –6% a 58%) (17,3% valsartan vs. 27,1% placebo) e o risco de
mortalidade e morbilidade composta baixou significativamente em 44% (24,9%
valsartan vs. 42,5% placebo).
Em doentes a receber um inibidor da ECA sem um bloqueador-beta, a mortalidade
por todas as causas foi semelhante (p=NS) nos grupos de valsartan (21,8%) e
placebo
(22,5%).
risco
mortalidade
morbilidade
composta
baixou
significativamente em 18,3% (95% IC: 8% a 28%) com valsartan comparativamente
com placebo (31,0% vs. 36,3%).
população
geral
estudo
Val-HeFT,
doentes
tratados
valsartan
apresentaram uma melhoria significativa na classe da NYHA e nos sinais e sintomas
de insuficiência cardíaca, incluindo dispneia, fadiga, edema e fervores, quando
comparados com o placebo. Os doentes tratados com valsartan tiveram uma melhor
qualidade de vida, tal como demonstrado pela mudança na pontuação na escala
Minnesota Living with Heart Failure Quality of Life a partir do valor basal até ao
objetivo, do que o placebo. A fração de ejeção, nos doentes tratados com valsartan,
significativamente
aumentada,
diâmetro diastólico
interno
ventricular
esquerdo, significativamente reduzido, desde o valor basal até ao objetivo, em
comparação com o placebo.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Dois grandes estudos aleatorizados e controlados (ONTARGET (“ONgoing Telmisartan
Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial”) e VA NEPHRON-D
(“The
Veterans
Affairs
Nephropathy
Diabetes”))
têm
examinado
associação de um inibidor da ECA com um antagonista dos recetores da angiotensina
O estudo ONTARGET foi realizado em doentes com história de doença cardiovascular
ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhada de evidência de lesão
de órgão-alvo. O estudo VA NEPHRON-D foi conduzido em doentes com diabetes
mellitus tipo 2 e nefropatia diabética.
Estes estudos não mostraram nenhum efeito benéfico significativo nos resultados
renais e/ou cardiovasculares e mortalidade,
enquanto foi
observado um
risco
aumentado
hipercaliemia,
insuficiência
renal
aguda
e/ou
hipotensão,
comparação
monoterapia.
Dadas
suas
propriedades
farmacodinâmicas
semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA
e antagonistas dos recetores da angiotensina II.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
assim, ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
O estudo ALTITUDE (“Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and
Renal Disease Endpoints”) foi concebido para testar o benefício da adição de
aliscireno a uma terapêutica padrão com um inibidor da ECA ou um antagonista dos
recetores da angiotensina II em doentes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal
crónica, doença cardiovascular, ou ambas. O estudo terminou precocemente devido
a um risco aumentado de resultados adversos. A morte cardiovascular e o acidente
vascular cerebral foram ambos numericamente mais frequentes no grupo tratado
com aliscireno, do que no grupo tratado com placebo, e os acontecimentos adversos,
acontecimentos
adversos
graves
interesse
(hipercaliemia,
hipotensão
disfunção renal), foram mais frequentemente notificados no grupo tratado com
aliscireno que no grupo tratado com placebo.
População pediátrica
Hipertensão
O efeito anti-hipertensor de valsartan foi avaliado em quatro estudos aleatorizados,
em dupla ocultação, em 561 doentes pediátricos, de 6 a 18 anos de idade, e
165 doentes pediátricos, de 1 a 6 anos de idade. Afeções renais e urinárias e
obesidade
foram
condições
médicas
subjacentes
mais
frequentes
potencialmente contribuiram para a hipertensão nas crianças envolvidas nestes
estudos.
Experiência clínica em crianças com 6 anos de idade ou mais
Num estudo clínico envolvendo 261 doentes pediátricos hipertensos, de 6 a 16 anos
de idade, os doentes com peso <35 kg receberam 10, 40 ou 80 mg de valsartan em
comprimidos diariamente (dose baixa, média e alta), e os doentes com ≥35 kg
receberam 20, 80 e 160 mg de valsartan em comprimidos diariamente (dose baixa,
média e alta). Ao fim de 2 semanas, o valsartan reduziu a pressão arterial sistólica e
diastólica de forma dependente da dose. No total, os três níveis de dose de valsartan
(baixo, médio e alto) reduziram significativamente a pressão arterial sistólica,
respetivamente, em 8, 10, 12 mmHg relativamente aos valores iniciais. Os doentes
voltaram a ser aleatorizados para continuarem a receber a mesma dose de valsartan
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
ou para mudarem para placebo. Nos doentes que continuaram a receber as doses
média e alta de valsartan, a pressão arterial sistólica no vale era -4 e
-7 mmHg mais baixa do que nos doentes que receberam o tratamento com placebo.
Nos doentes a receber a dose mais baixa de valsartan, a pressão arterial sistólica no
vale foi semelhante à dos doentes que receberam o tratamento com placebo.
Globalmente,
efeito
anti-hipertensor
dependente
dose
valsartan
consistente em todos os subgrupos demográficos.
Num outro estudo clínico envolvendo 300 doentes pediátricos hipertensos, de 6 a
18 anos
idade,
doentes
elegíveis
foram
aleatorizados
para
receber
comprimidos de valsartan ou enalapril durante 12 semanas. As crianças com peso
entre ≥18 kg e <35 kg receberam 80 mg de valsartan ou 10 mg de enalapril, as com
peso entre ≥35 kg e <80 kg receberam 160 mg de valsartan ou 20 mg de enalapril,
as com ≥80 kg receberam 320 mg de valsartan ou 40 mg de enalapril. As reduções
na pressão arterial sistólica foram comparáveis em doentes que receberam valsartan
(15 mmHg)
enalapril
(14 mmHg)
(valor
p-não
inferioridade
<0,0001).
Observaram-se resultados consistentes nas reduções de pressão arterial diastólica
com reduções de 9,1 mmHg e 8,5 mmHg com valsartan e enalapril, respetivamente.
Experiência clínica em crianças com menos de 6 anos de idade
Foram realizados dois estudos clínicos com doentes de 1 a 6 anos de idade com 90 e
75 doentes, respetivamente. Nestes estudos não foram incluídas crianças com
menos de 1 ano de idade. No primeiro estudo, a eficácia de valsartan foi confirmada
comparativamente com placebo, mas não foi demonstrada uma resposta à dose. No
segundo estudo, doses mais elevadas de valsartan estiveram associadas a maiores
reduções da TA, mas a tendência da resposta à dose não atingiu significado
estatístico e a diferença do tratamento, comparativamente com placebo, não foi
significativa. Devido a estas inconsistências, o valsartan não é recomendado neste
grupo etário (ver secção 4.8).
A Agência Europeia de Medicamentos dispensou a obrigação de submissão dos
resultados
estudos
valsartan
todos
subgrupos
população
pediátrica na insuficiência cardíaca e insuficiência cardíaca após enfarte do miocárdio
recente. Ver secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
Após a administração oral de valsartan isoladamente, o pico das concentrações
plasmáticas de valsartan é atingido em 2–4 horas, com comprimidos, e em 1–
2 horas, com a formulação em solução. A biodisponibilidade média absoluta é de
23% e 39% com comprimidos e com a formulação em solução, respetivamente. A
alimentação diminui a exposição (conforme medida pela AUC) ao valsartan em cerca
de 40% e a concentração plasmática máxima (Cmáx) em cerca de 50%, embora a
partir das 8 h, as concentrações plasmáticas de valsartan após administração sejam
semelhantes para os grupos alimentados e em jejum. Esta redução na AUC não é,
contudo,
acompanhada
redução
clinicamente
significativa
efeito
terapêutico e o valsartan pode, por conseguinte, ser administrado com ou sem
ingestão de alimentos.
Distribuição:
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
O volume de distribuição de valsartan no estado estacionário, após administração
intravenosa, é de cerca de 17 litros, indicando que o valsartan não se distribui nos
tecidos de forma extensa. O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às
proteínas séricas (94-97%), principalmente à albumina sérica.
Biotransformação:
O valsartan não é extensamente biotransformado na medida em que apenas cerca
dose
recuperada
como
metabolitos.
identificado
hidroximetabolito no plasma em baixas concentrações (menos do que 10% da AUC
de valsartan). Este metabolito é farmacologicamente inativo.
Eliminação:
O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial (t½α < 1 h e
t½ß cerca de 9 h). O valsartan é eliminado principalmente por excreção biliar nas
fezes (cerca de 83% da dose) e renalmente na urina (cerca de 13% da dose),
principalmente sob a forma de composto inalterado. Após administração intravenosa,
a depuração de valsartan no plasma é de cerca de 2 l/h e a sua depuração renal é de
0,62 l/h (cerca de 30% da depuração total). A semivida de valsartan é de 6 horas.
Em doentes com insuficiência cardíaca (apenas 40 mg, 80 mg e 160 mg):
O tempo médio até à concentração máxima e o tempo de semivida de eliminação do
valsartan nos doentes com insuficiência cardíaca são semelhantes aos observados
nos voluntários saudáveis. Os valores de AUC e Cmáx de valsartan são quase
proporcionais ao aumento da dose ao longo do intervalo de doses clínicas (40 mg a
160 mg, duas vezes por dia). O fator de acumulação médio é de cerca de 1,7. A
depuração aparente do valsartan, após a administração oral, é de cerca de 4,5 l/h. A
idade não afeta a depuração aparente nos doentes com insuficiência cardíaca.
Populações especiais
Idosos
Nalguns indivíduos idosos foi
observada
exposição
sistémica
valsartan
ligeiramente mais elevada do que nos indivíduos jovens; esta diferença não foi,
contudo, considerada clinicamente significativa.
Compromisso da função renal
Conforme seria de esperar num composto em que a depuração renal perfaz apenas
30% da depuração plasmática total, não foi observada qualquer correlação entre a
função renal e a exposição sistémica a valsartan. O ajuste posológico não se torna,
deste
modo,
necessário
doentes
compromisso
renal
(depuração
creatinina > 10 ml/min). Não existe atualmente qualquer experiência sobre a
utilização segura em doentes com depuração de creatinina <10 ml/min, nem em
doentes a fazer diálise. Por conseguinte, valsartan deve ser utilizado com precaução
nestes doentes (ver secção 4.2 e 4.4).
O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às proteínas plasmáticas e é
pouco provável que seja eliminado através de diálise.
Compromisso hepático
Cerca de 70% da dose absorvida é eliminada na bílis, essencialmente na forma
inalterada. Valsartan não passa por qualquer biotransformação digna de registo.
Observou-se um duplicar da exposição (AUC) em doentes com compromisso hepático
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
ligeiro a moderado, em comparação com indivíduos saudáveis. Contudo, não foi
observada correlação entre a concentração plasmática de valsartan e o grau de
disfunção hepática. Valsartan não foi estudado em doentes com disfunção hepática
grave (ver secção 4.2, 4.3 e 4.4).
População pediátrica
Num estudo em 26 doentes hipertensos pediátricos (de 1 a 16 anos de idade), a
quem foi administrada uma dose única de uma suspensão de valsartan (média: 0,9 a
2 mg/kg, com uma dose máxima de 80 mg), a depuração (litros/h/kg) de valsartan
foi comparável em todas as idades de 1 aos 16 anos e semelhante à dos adultos a
receber a mesma formulação.
Compromisso da função renal
A utilização em doentes pediátricos com depuração de creatinina <30 ml/min, e em
doentes pediátricos a fazer diálise, não foi estudada. Por conseguinte, o valsartan
não é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajuste posológico em doentes
pediátricos com uma depuração de creatinina >30 ml/min. A função renal e o
potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secções 4.2 e 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam qualquer risco especial para o ser humano, estes
foram baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade
de dosagem repetida, genotoxicidade e potencial carcinogénico.
Nos ratos, doses tóxicas a nível materno (600 mg/kg/dia), durante os últimos dias
de gestação e aleitamento, levaram a menor sobrevivência, menos aumento de peso
e atraso no desenvolvimento (descolamento do pavilhão da orelha e abertura do
canal auricular) das crias (ver secção 4.6). Estas doses em ratos (600 mg/kg/dia)
foram aproximadamente 18 vezes a dose máxima recomendada para o ser humano
numa base de mg/m^2 (os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um
doente de 60 kg).
estudos
não
clínicos
segurança,
doses
elevadas
valsartan
(200
600 mg/kg de peso corporal) provocaram em ratos a redução dos parâmetros dos
glóbulos
vermelhos
(eritrócitos,
hemoglobina,
hematócrito)
evidência
alterações
hemodinâmicas
renais
(ureia
plasmática
levemente
aumentada
hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos). Estas doses em ratos (200 a
600 mg/kg/dia) foram aproximadamente 6 e 18 vezes a dose máxima recomendada
para o ser humano numa base de mg/m^2 (os cálculos pressupõem uma dose oral
de 320 mg/dia e um doente de 60 kg).
Em macacos saguís com doses similares as alterações foram similares, apesar de
apresentarem
maior
gravidade,
particularmente
rins,
onde
alterações
evoluíram para nefropatia, que incluiu aumento de ureia e creatinina.
Foram também verificadas, em ambas as espécies, hipertrofia das células renais
justaglomerulares. Considerou-se que todas as alterações foram causadas pela ação
farmacológica
valsartan,
qual
produz
hipotensão
prolongada,
particularmente nos macacos saguís. Para doses terapêuticas de valsartan no ser
humano, a hipertrofia das células renais justaglomerulares parece não ter qualquer
relevância.
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
População pediátrica
A administração oral diária a ratos recém-nascidos/juvenis (desde o dia 7 pós-natal
ao dia 70 pós-natal) de valsartan com doses tão baixas quanto 1 mg/kg/dia (cerca
de 10-35% da dose pediátrica máxima recomendada de 4 mg/kg/dia numa base de
exposição sistémica) provocou lesões renais irreversíveis e persistentes. Estes efeitos
acima mencionados representam um efeito farmacológico exagerado esperado com
inibidores
enzima
conversão
angiotensina
bloqueadores
recetores tipo 1 da angiotensina II; estes efeitos são observáveis se os ratos forem
tratados
durante
primeiros
13 dias
vida.
Este
período
coincide
36 semanas
gestação
seres
humanos,
poderia
ocasionalmente
prolongar-se até 44 semanas após a conceção em seres humanos. Os ratos, no
estudo com valsartan em juvenis, foram tratados até ao dia 70, e os efeitos na
maturação renal (4-6 semanas pós-natal) não podem ser excluídos. A maturação
renal funcional é um processo contínuo durante o primeiro ano de vida em seres
humanos. Consequentemente, não pode ser excluída uma relevância clínica em
crianças <1 ano de idade, enquanto os dados pré-clínicos não indicam uma questão
de segurança em crianças com mais de 1 ano de idade.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista de excipientes
Núcleo:
Lactose mono-hidratada
Celulose microcristalina 102
Croscarmelose sódica
Povidona K 29/32
Talco
Estearato de magnésio
Sílica coloidal anidra
40 mg: Revestimento (Opadry II 85G32407 Amarelo):
Álcool polivinílico
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350
Óxido de ferro amarelo (E172)
Lecitina.
80 mg: Revestimento (Opadry II 85G34643 Rosa):
Álcool polivinílico
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350
Óxido de ferro amarelo (E172)
Lecitina
Óxido de ferro vermelho (E172).
160 mg: Revestimento (Opadry II 85G32408 Amarelo):
Álcool polivinílico
Talco
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350
Óxido de ferro amarelo (E172)
Lecitina
Óxido de ferro vermelho (E172).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
5 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blísters de PVC/PE/PVDC-Alu.
Embalagens contendo 14, 28 e 56 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
toLife – Produtos Farmacêuticos, S.A.
Av. do Forte, 3, Edif. Suécia IV, Piso 0
2794-093 Carnaxide
Portugal
8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Valsartan toLife 40 mg comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5464433 – 14 comprimidos revestidos por película; 40 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Nº de registo: 5464441 – 28 comprimidos revestidos por película; 40 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Nº de registo: 5464458 – 56 comprimidos revestidos por película; 40 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Valsartan toLife 80 mg comprimidos revestidos por película
APROVADO EM
18-10-2016
INFARMED
Nº de registo: 5464466 – 14 comprimidos revestidos por película; 80 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Nº de registo: 5464474 – 28 comprimidos revestidos por película; 80 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Nº de registo: 5464508 – 56 comprimidos revestidos por película; 80 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Valsartan toLife 160 mg comprimidos revestidos por película
Nº de registo: 5464516 – 14 comprimidos revestidos por película; 160 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Nº de registo: 5464524 – 28 comprimidos revestidos por película; 160 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
Nº de registo: 5464532 – 56 comprimidos revestidos por película; 160 mg; Blister de
Alumínio – PVC/PE/PVDC.
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO
RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 31 de maio de 2012
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO