Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
29-02-2012
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APROVADO EM
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INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Valsartan Reconir 40 mg comprimidos revestidos por película
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
O que contém este folheto:
1. O que é Valsartan Reconir e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Valsartan Reconir
3. Como tomar Valsartan Reconir
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Valsartan Reconir
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Valsartan Reconir e para que é utilizado
Valsartan Reconir pertence a uma classe de medicamentos conhecidos como antagonistas
dos recetores da angiotensina II que ajudam a controlar a pressão arterial elevada. A
angiotensina II é uma substância produzida pelo organismo que provoca constrição dos
vasos sanguíneos, induzindo assim um aumento da pressão arterial. Valsartan Reconir
atua bloqueando o efeito da angiotensina II. Consequentemente, os vasos sanguíneos
dilatam e a pressão arterial diminui.
Valsartan Reconir 40 mg comprimidos revestidos por película pode ser utilizado em três
situações diferentes:
- para o tratamento de pressão arterial alta em crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de
idade. A pressão arterial elevada aumenta a sobrecarga do coração e artérias. Se não for
tratada, pode provocar lesões nos vasos sanguíneos do cérebro, coração e rins podendo
dar origem a um acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca ou disfunção
renal. A pressão arterial elevada aumenta o risco de ataques de coração. A redução da
pressão arterial para valores normais reduz o risco de desenvolvimento destas doenças.
- Para tratamento de doentes adultos após um ataque de coração recente (enfarte do
miocárdio). "Recente" aqui significa entre 12 horas e 10 dias.
- Para tratar a insuficiência cardíaca sintomática em doentes adultos. Valsartan Reconir é
utilizado quando um grupo de medicamentos denominados inibidores da Enzima de
Conversão da Angiotensina (ECA) (um medicamento para tratar insuficiência cardíaca)
não pode ser utilizado ou pode ser utilizado em associação aos inibidores de ECA quando
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não se podem utilizar
bloqueadores-beta (outro
medicamento para o tratamento da
insuficiência cardíaca).
Os sintomas de insuficiência cardíaca incluem falta de ar e inchaço dos pés e das pernas
devido à acumulação de fluídos. É provocado quando o músculo cardíaco não consegue
bombear o sangue com força suficiente para fornecer todo o sangue necessário a todo o
organismo.
2. O que precisa de saber antes de tomar Valsartan Reconir
Não tome Valsartan Reconir :
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao valsartan ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6).
- Se tiver doença hepática grave.
- Se estiver grávida de mais de 3 meses (também é melhor evitar tomar Valsartan Reconir
no início da gravidez - ver secção sobre gravidez).
Se algum destes casos se aplicar a si, não tome Valsartan Reconir
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Valsartan Reconir.
- Se sofrer de doença hepática.
- Se sofrer de doença renal grave ou se está a fazer diálise.
- Se sofrer de estreitamento da artéria renal.
- Se tiver sido submetido recentemente a transplante renal (recebeu um novo rim).
- Se estiver a receber tratamento após um ataque de coração ou para insuficiência
cardíaca, o seu médico pode verificar a sua função renal.
- Se sofrer de doença cardíaca grave que não seja insuficiência cardíaca ou ataque de
coração.
- Se estiver a tomar medicamentos que aumentem a quantidade de potássio no sangue.
Estes incluem suplementos de potássio ou substitutos salinos que contenham potássio,
medicamentos poupadores de potássio e heparina. Pode ser necessário controlar o nível
de potássio no seu sangue com regularidade.
- Se tem menos de 18 anos de idade e toma Valsartan Reconir em associação com outros
medicamentos que inibem o sistema renina-angiotensina-aldosterona (medicamentos que
baixam a pressão arterial), o seu médico pode verificar a sua função renal e o nível de
potássio no seu sangue com regularidade.
- Se sofrer de aldosteronismo. Trata-se de uma doença em que as glândulas suprarrenais
produzem a hormona aldosterona em excesso. Se isto se aplicar a si, o uso de Valsartan
Reconir não é recomendado.
- Se tiver perdido uma grande quantidade de líquidos (desidratação) provocada por
diarreia, vómitos ou doses elevadas de diuréticos.
- Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Valsartan Reconir não é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se
tiver mais de 3 meses de gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se for
utilizado naquela fase (ver secção de gravidez).
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Se algum destes casos se aplicar a si, informe o seu médico antes de tomar Valsartan
Reconir.
Outros medicamentos e Valsartan Reconir
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente,
ou se vier a toma outros medicamentos
O efeito do tratamento pode ser influenciado se o Valsartan Reconir for tomado com
determinados medicamentos. Pode ser necessário alterar a dose, tomar outras precauções,
ou, nalguns casos, interromper o tratamento com um dos medicamentos. Esta situação
aplica-se tanto aos medicamentos de venda por prescrição como aos medicamentos não
sujeitos a receita médica, em especial:
- outros medicamentos utilizados para baixar a pressão arterial, nomeadamente diuréticos.
- medicamentos que aumentam a quantidade de potássio no sangue. Estes incluem
suplementos de potássio ou substitutos salinos que contenham potássio, medicamentos
poupadores de potássio e heparina.
- Determinados tipos de analgésicos denominados medicamentos anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs).
- Lítio, um medicamento utilizado no tratamento de certos tipos de doença psiquiátrica.
Além disso:
- se estiver a ser tratado após um ataque de coração, não se recomenda a associação com
inibidores da ECA (um medicamento para o tratamento de ataque de coração).
- Se estiver a ser tratado para insuficiência cardíaca, não se recomenda a associação tripla
inibidores
bloqueadores-beta
(medicamentos
para
tratamento
insuficiência cardíaca).
Valsartan Reconir com alimentos e bebidas
Pode tomar Valsartan Reconir com ou sem alimentos.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o
seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
- Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Normalmente o seu médico irá aconselhá-la a interromper o tratamento com Valsartan
Reconir antes de engravidar ou assim que você saiba que está grávida e irá aconselhá-la a
tomar outro medicamento para substituição de Valsartan Reconir. Valsartan Reconir não
é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se tiver mais de 3 meses de
gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se for utilizado depois do terceiro
mês de gravidez.
- Informe o seu médico caso se encontre a amamentar ou se vai começar a amamentar.
Valsartan Reconir não é recomendado para mães que estão a amamentar e o seu médico
poderá escolher outro tratamento para si se desejar amamentar, especialmente se o seu
bebé for recém-nascido ou for prematuro.
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Condução de veículos e utilização de máquinas
Antes de conduzir um veículo, utilizar ferramentas ou máquinas, ou desempenhar outras
tarefas que requeiram concentração, certifique-se de que sabe como reage aos efeitos de
Valsartan Reconir Tal como com outros medicamentos utilizados no tratamento da
pressão arterial elevada, Valsartan Reconir pode, em casos raros, provocar tonturas e
afetar a capacidade de concentração.
3. Como tomar Valsartan Reconir
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Frequentemente, os doentes com hipertensão arterial não notam quaisquer sinais deste
problema. Muitos sentem-se perfeitamente normais. Torna-se assim fundamental que
cumpra o calendário de consultas com o seu médico, mesmo quando se sente bem.
Utilização em crianças e adolescentes (6 a 18 anos de idade) com pressão arterial alta
Em doentes com menos de 35kg de peso a dose habitual é de 40 mg de valsartan uma vez
por dia.
Em doentes com 35kg de peso ou mais a dose inicial habitual é de 80 mg de valsartan um
vez por dia.
Nalguns casos o seu médico pode prescrever doses mais elevadas (a dose pode ser
aumentada até 160 mg e até um máximo de 320 mg).
Doentes adultos após um ataque de coração recente: após um ataque de coração o
tratamento é geralmente iniciado logo ao fim de 12 horas, habitualmente com uma dose
baixa de 20 mg duas vezes por dia. A dose de 20 mg é obtida através da divisão do
comprimido de 40 mg. O seu médico irá aumentar esta dose de forma gradual ao longo
de várias semanas até uma dose máxima de 160 mg duas vezes por dia. A dose final
depende do que cada doente individualmente conseguir tolerar.
Valsartan Reconir pode ser administrado com outro medicamento para o ataque cardíaco,
cabendo ao seu médico decidir qual o tratamento adequado para si.
Doentes adultos com insuficiência cardíaca: o tratamento começa geralmente com 40 mg
duas vezes por dia. O seu médico irá aumentar a dose de forma gradual ao longo de
várias semanas até uma dose máxima de 160 mg duas vezes por dia. A dose final
depende do que cada doente individualmente conseguir tolerar.
Valsartan Reconir pode ser administrado com outro medicamento para insuficiência
cardíaca, cabendo ao seu médico decidir qual o tratamento adequado para si.
Pode tomar Valsartan Reconir com ou sem alimentos. Engula o comprimido com um
copo de água.
Tome o Valsartan Reconir todos os dias aproximadamente à mesma hora.
O comprimido pode ser dividido em doses iguais. Caso seja necessário, pode dividir o
comprimido começando por colocar o comprimido numa superfície lisa, com a ranhura
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voltada
para
cima.
Este
pode
então
partido
pressionando
cada
extremidades, utilizando ambos os indicadores, tal como indicado na figura seguinte.
Se tomar mais Valsartan Reconir do que deveria
Se sentir tonturas graves e/ou desmaio, contacte imediatamente o seu médico e deite-se.
Se acidentalmente tomou demasiados comprimidos, contacte o seu médico, farmacêutico
ou hospital.
Caso se tenha esquecido de tomar Valsartan Reconir
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose tome-a assim que se lembrar. No entanto, se
estiver quase na hora de tomar a dose seguinte, não tome a dose que se esqueceu.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Valsartan Reconir
Interromper o tratamento com Valsartan Reconir pode agravar a sua doença. Não deixe
de tomar o medicamento a menos que seja o seu médico a dizer-lhe que o faça.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico,
farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
Como
todos
medicamentos,
este
medicamento
pode
causar
efeitos
secundários,
embora estes não se manifestam em todas as pessoas.
Estes efeitos secundários podem ocorrer com determinadas frequências que são definidas
a seguir:
- muito frequentes: afeta mais de 1 utilizador em cada 10
- frequentes: afeta 1 a 10 utilizadores em cada 100
- pouco frequentes: afeta 1 a 10 utilizadores em cada 1.000
- raros: afeta 1 a 10 utilizadores em cada 10.000
- muito raros: afeta menos de 1 utilizador em cada 10.000
- desconhecido: não é possível estimar uma frequência a partir dos dados disponíveis
Alguns sintomas requerem atenção médica imediata:
Pode sentir sintomas de angioedema (uma reação alérgica específica) como, por exemplo,
- inchaço da face, lábios, língua ou garganta
- dificuldade em respirar ou engolir
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- urticária, comichão
Se sentir algum destes sintomas, consulte imediatamente um médico.
Efeitos secundários incluem:
Frequentes:
- tonturas
- pressão arterial baixa com ou sem sintomas como tonturas e desmaio quando está de pé
- função renal diminuída (sinais de disfunção renal)
Pouco frequentes:
- Angioedema (ver secção “Alguns sintomas requerem atenção médica imediata”)
- perda súbita de consciência (síncope)
- sentir-se a rodar (vertigens)
- função renal gravemente reduzida (sinais de falência renal aguda)
- espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (sinais de hipercaliemia)
- falta de ar, dificuldade em respirar quando está deitado, inchaço dos pés ou das pernas
(sinais de insuficiência cardíaca)
- dor de cabeça
- tosse
- dor abdominal
- náuseas
- diarreia
- cansaço
- fraqueza
Desconhecidos
- podem ocorrer reações alérgicas com erupção cutânea, comichão e urticária, sintomas
de febre, inchaço das articulações, dor nas articulações, dor muscular, nódulos linfáticos
inchados e/ou sintomas semelhantes aos da gripe (sinais de doença do soro) pontos de cor
vermelha e púrpura, febre, comichão (sinais de inflamação dos vasos sanguíneos também
denominado vasculite)
- hemorragias ou hematomas anormais (sinais de trombocitopenia)
- dor muscular (mialgia)
- febre, dores de garganta ou úlceras bucais devido a infeções (sintomas de nível baixo de
glóbulos brancos também denominado neutropenia)
diminuição
nível
hemoglobina
diminuição
percentagem
glóbulos
vermelhos no sangue (o que pode provocar anemia em casos graves)
aumento do nível de potássio no sangue (o que pode desencadear espasmos musculares e
ritmo cardíaco anormal em casos graves)
- elevação dos valores da função hepática (o que pode indicar lesões no fígado) incluindo
um aumento do nível de bilirrubina no sangue (o que pode causar pele e olhos amarelos
em casos graves)
- aumento do nível de azoto na ureia sanguínea e aumento do nível de creatinina sérica (o
que, pode indicar, função renal anormal)
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A frequência de determinados efeitos secundários pode variar consoante o seu estado. Por
exemplo, efeitos secundários como tonturas e função renal diminuída ocorreram com
menos frequência em doentes adultos tratados com pressão arterial elevada do que em
doentes adultos tratados para insuficiência cardíaca ou depois de um ataque de coração
recente.
Efeitos secundários adicionais em crianças e adolescentes
Os efeitos secundários em crianças e adolescentes são semelhantes aos observados em
adultos.
tiver
quaisquer
efeitos
secundários,
incluindo
possíveis
efeitos
secundários
não
indicados neste folheto, informe o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
5. Como conservar Valsartan Reconir
Não conservar acima de 30ºC.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance e das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior,
após “VAL.”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não utilize Valsartan Reconir se verificar que a embalagem está danificada ou apresenta
sinais de violação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos de que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Valsartan Reconir
A substância ativa é o valsartan. Um comprimido revestido por película contém 40 mg de
valsartan.
Os outros excipientes são:
Núcleo: celulose microcristalina, crospovidona e estearato de magnésio;
Revestimento: hipromelose 2910 (6 cps), dióxido de titânio (E171), macrogol 8000,
óxido de ferro vermelho (E172) e óxido de ferro amarelo (E172).
Qual o aspeto de Valsartan Reconir e conteúdo da embalagem
Valsartan Reconir 40 mg comprimidos revestidos por película, são amarelos, redondos e
convexos e ranhurados numa das faces.
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Valsartan Reconir comprimidos revestidos por película estão disponíveis em embalagens
de 7, 10, 14, 28, 56, 60, 98 e 280 comprimidos acondicionados em blisters.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Verum Pharma – Produtos Farmacêuticos – Unipessoal Lda
Av. Sidónio Pais, n.º 24, rés-do-chão esq.
1050-215 Lisboa
Portugal
Fabricante
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus nº11,Venda Nova
2700-486 Amadora,
Portugal
Atlantic Pharma – Produções Farmacêuticas S.A.
Rua da Tapada Grande nº 2, Abrunheira
2710 – 089 Sintra,
Portugal
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Valsartan Reconir 40 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um comprimido revestido por película contém 40 mg de valsartan.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Amarelo, redondo e convexo, ranhurado numa das faces. O comprimido pode ser
dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão
Tratamento da hipertensão em crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade.
Enfarte do miocárdio recente
Tratamento de doentes adultos clinicamente estáveis com insuficiência cardíaca
sintomática ou disfunção ventricular sistólica esquerda assintomática após um
enfarte do miocárdio recente (12 horas – 10 dias) (ver secção 4.4. e 5.1).
Insuficiência cardíaca
Tratamento da insuficiência cardíaca sintomática em doentes adultos quando não for
possível utilizar inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) ou como
terapêutica
adicional
inibidores
quando
não
possível
utilizar
bloqueadores-beta (ver secção 4.4 e 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Enfarte do miocárdio recente
Em doentes clinicamente estáveis a terapêutica pode ser iniciada logo ao fim de 12
horas após um enfarte do miocárdio. Após uma dose inicial de 20 mg duas vezes por
dia, a dose de valsartan deve ser ajustada até 40 mg, 80 mg e 160 mg duas vezes
por dia durante as semanas seguintes. A dose inicial é obtida a partir do comprimido
divisível de 40 mg.
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A dose máxima que se pretende atingir é de 160 mg duas vezes por dia. Em geral,
recomenda-se que os doentes alcancem um nível de dose de 80 mg duas vezes por
dia até duas semanas após o início do tratamento e que a dose máxima a atingir,
160 mg duas vezes por dia, seja alcançada ao fim de três meses, com base na
tolerabilidade do doente. Se ocorrer hipotensão sintomática ou disfunção renal deve
considerar-se uma redução da dose.
Valsartan pode ser usado em doentes tratados com outras terapêuticas pós-enfarte
miocárdio,
ex.,
trombolíticos,
ácido
acetilsalicílico,
bloqueadores-beta,
estatinas e diuréticos. A associação com inibidores da ECA não é recomendada (ver
secção 4.4. e 5.1).
A avaliação dos doentes no pós-enfarte do miocárdio deve incluir sempre a avaliação
da função renal.
Insuficiência cardíaca
A dose inicial recomendada de Valsartan Reconir é de 40 mg duas vezes por dia. O
ajuste crescente para 80 mg e 160 mg duas vezes por dia deve ser efetuado a
intervalos de pelo menos duas semanas, até à dose mais elevada que for tolerada
pelo doente. Deve ser considerada a redução da dose dos diuréticos concomitantes.
A dose diária máxima administrada em ensaios clínicos é de 320 mg em doses
divididas.
Valsartan
pode ser
administrado
outras
terapêuticas
para
a insuficiência
cardíaca. No entanto, a associação tripla com um inibidor da ECA, um bloqueador-
beta e valsartan não é recomendada (ver secção 4.4 e 5.1).
A avaliação dos doentes com insuficiência cardíaca deve incluir sempre a avaliação
da função renal.
Informações adicionais sobre populações especiais
Idosos
Não é necessário ajustamento da dose em doentes idosos.
Disfunção renal
Não é necessário ajustamento da dose em doentes com uma depuração de creatinina
>10 ml/min (ver secção 4.4 e 5.2).
Disfunção hepática
Valsartan Reconir é contraindicado em doentes com disfunção hepática grave, cirrose
biliar e em doentes com colestase (ver secção 4.3, 4.4 e 5.2).Em doentes com
disfunção hepática ligeira a moderada sem colestase a dose de valsartan não deverá
exceder os 80 mg.
Hipertensão pediátrica
Crianças e adolescentes de 6 a 18 anos de idade
A dose inicial é de 40 mg uma vez por dia em crianças com peso inferior a 35 kg e
de 80 mg uma vez por dia em crianças com 35 kg de peso ou mais. A dose deve ser
ajustada com base na resposta da pressão arterial. As doses máximas estudadas em
ensaios clínicos encontram-se na tabela abaixo. Doses mais elevadas do que as
mencionadas não foram estudadas e portanto não são recomendadas.
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Peso
Dose
máxima
estudada
ensaios
clínicos
≥18 kg a <35 kg
80 mg
≥35 kg a <80 kg
160 mg
≥80 kg a ≤160 kg
320 mg
Crianças com menos de 6 anos de idade
A informação disponível encontra-se descrita nas secções 4.8, 5.1 e 5.2. No entanto,
a segurança e a eficácia de valsartan em crianças de 1 a 6 anos de idade não foram
estabelecidas.
Utilização em doentes pediátricos de 6 a 18 anos com disfunção renal
A utilização em doentes pediátricos com depuração de creatinina <30 ml/min e em
doentes pediátricos a fazer diálise não foi estudada, por conseguinte o valsartan não
é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajustamento da dose em doentes
pediátricos com uma depuração de creatinina >30 ml/min. A função renal e o
potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secções 4.4 e 5.2).
Utilização em doentes pediátricos de 6 a 18 anos com disfunção hepática
Tal como nos adultos, o Valsartan Reconir é contraindicado em doentes pediátricos
com disfunção hepática grave, cirrose biliar e em doentes com colestase (ver secções
4.3,
5.2).
Existe
pouca
experiência
clínica
valsartan
doentes
pediátricos com disfunção hepática ligeira a moderada. A dose de valsartan não deve
exceder os 80 mg nestes doentes.
Insuficiência cardíaca e enfarte do miocárdio recente em doentes pediátricos
Valsartan Reconir não é recomendado no tratamento de insuficiência cardíaca ou
enfarte do miocárdio recente em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de
idade devido à ausência de dados de segurança e eficácia.
Modo de administração
Valsartan Reconir pode ser tomado fora das refeições e deve ser administrado com
água.
4.3 Contraindicações
- Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
- Disfunção hepática grave, cirrose biliar e colestase.
- Segundo e terceiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4 e 4.6).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipercaliemia
Não é recomendada a medicação concomitante com suplementos de potássio,
diuréticos poupadores de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros
fármacos
possam
aumentar
níveis
potássio
(heparina,
etc.).
monitorização de potássio deve ser realizada apropriadamente.
Disfunção renal
Não existe atualmente qualquer experiência sobre a utilização segura em doentes
com depuração de creatinina <10 ml/min nem em doentes a fazer diálise, por
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conseguinte valsartan deve ser utilizado com precaução nestes doentes. Não é
necessário ajustamento da dose em doentes com uma depuração de creatinina> 10
ml/min. (ver secção 4.2 e 5.2).
Disfunção hepática
Em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada sem colestase, Valsartan
Reconir deve ser usado com precaução (ver secção 4.2 e 5.2).
Doentes com depleção de sódio e/ou do volume
Nos doentes com depleção grave de sódio e/ou do volume, nomeadamente nos
doentes
tratados
doses
elevadas
diuréticos,
pode
ocorrer
hipotensão
sintomática em casos raros após o início da terapêutica com Valsartan Reconir. A
depleção de sódio e/ou do volume deve ser corrigida antes de iniciar o tratamento
com Valsartan Reconir, por exemplo, por redução da dose de diurético.
Estenose arterial renal
O uso seguro de Valsartan Reconir ainda não foi estabelecido em doentes com
estenose arterial renal bilateral ou estenose de rim único.
administração
curto
prazo
Valsartan
Reconir
doze
doentes
hipertensão renovascular secundária a estenose arterial renal unilateral não induziu
quaisquer alterações significativas da hemodinâmica renal, creatinina sérica ou azoto
da ureia sanguínea (BUN). Contudo, uma vez que outros agentes com efeito sobre o
sistema renina-angiotensina podem aumentar a ureia sanguínea e a creatinina sérica
de doentes com estenose arterial renal unilateral, recomenda-se a monitorização da
função renal com doentes tratados com valsartan.
Transplante renal
Não há experiência sobre o uso seguro de Valsartan Reconir em doentes com
transplante renal recente.
Hiperaldosteronismo primário
Doentes com hiperaldosteronismo primário não devem ser tratados com Valsartan
Reconir dado que o seu sistema renina-angiotensina não está ativado.
Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Tal como com todos os outros vasodilatadores, está indicado um cuidado especial
nos doentes que sofram de estenose aórtica ou mitral ou de cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva (HOCM).
Gravidez
A terapêutica com Antagonistas dos Recetores da Angiotensina II (ARAIIs) não deve
ser iniciada durante a gravidez. A menos que a continuação da terapêutica com
ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar devem mudar
para terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil de segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a
terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado,
deve ser iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).
Enfarte do miocárdio recente
A associação de captopril e valsartan não demonstrou qualquer benefício clínico
adicional, tendo aumentado o risco de efeitos adversos em comparação com o
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tratamento com as respetivas terapêuticas (ver secção 4.2 e 5.1). Por conseguinte, a
associação de valsartan com um inibidor de ECA não é recomendada.
Deve ser tida precaução ao iniciar a terapêutica em doentes no pós-enfarte do
miocárdio. A avaliação dos doentes no pós-enfarte do miocárdio deve incluir sempre
a avaliação da função renal (ver secção 4.2).
O uso de Valsartan Reconir em doentes no pós-enfarte do miocárdio resulta
frequentemente em alguma redução na pressão arterial, mas a interrupção da
terapêutica devido a hipotensão sintomática continuada não é geralmente necessária
desde que sejam seguidas as instruções de dose (ver secção 4.2).
Insuficiência cardíaca
Em doentes com insuficiência cardíaca, a associação tripla de um inibidor da ECA,
um bloqueador-beta e valsartan não demonstrou qualquer benefício clínico (ver
secção 5.1) Esta associação aparentemente aumenta o risco de acontecimentos
adversos pelo que não é recomendada.
Deve ser observado com precaução o início da terapêutica em doentes com
insuficiência cardíaca. A avaliação dos doentes com insuficiência cardíaca deve incluir
sempre a avaliação da função renal (ver secção 4.2).
Valsartan
Reconir
doentes
insuficiência
cardíaca
resulta
frequentemente em alguma redução na pressão arterial, mas a interrupção da
terapêutica devido a hipotensão sintomática continuada não é geralmente necessária
desde que sejam seguidas as instruções de dose (ver secção 4.2).
Em doentes cuja função renal possa depender da atividade do sistema renina-
angiotensina (por ex. doentes com insuficiência cardíaca congestiva grave), o
tratamento com inibidores da enzima de conversão da angiotensina tem sido
associado a oligúria e/ou azotemia progressiva e, em casos raros, a insuficiência
renal aguda e/ou morte. Como o valsartan é um antagonista da angiotensina II, não
se pode excluir que o uso de Valsartan Reconir possa estar associado a insuficiência
da função renal.
População pediátrica
Disfunção renal
A utilização em doentes pediátricos com uma depuração de creatinina <30 ml/min e
em doentes pediátricos a fazer diálise não foi estudada, por conseguinte o valsartan
não é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajustamento da dose em
doentes pediátricos com uma depuração de creatinina> 30 ml/min (ver secções 4.2
e 5.2). A função renal e o potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados
durante o tratamento com valsartan. Isto aplica-se particularmente quando o
valsartan é administrado na presença de outras perturbações (febre, desidratação)
que podem afetar a função renal.
Disfunção hepática
Tal como nos adultos, o Valsartan Reconir é contraindicado em doentes pediátricos
com disfunção hepática grave, cirrose biliar e em doentes com colestase (ver secções
4.3 e 5.2). Existe pouca experiência clínica com valsartan em doentes pediátricos
com disfunção hepática ligeira a moderada. A dose de valsartan não deve exceder os
80 mg nestes doentes.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Não é recomendada utilização concomitante
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
Lítio
Foram relatados aumentos reversíveis das concentrações séricas do lítio e da
toxicidade durante o uso concomitante de inibidores da ECA. Devido à falta de
experiência com a utilização concomitante de valsartan e lítio, esta associação não é
recomendada. Caso esta associação seja necessária, recomenda-se a monitorização
cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal
contendo potássio e outras substâncias podem aumentar os níveis de potássio
Se se considerar necessário utilizar um medicamento que afeta os níveis de potássio
em associação com valsartan, aconselha-se a monitorização dos níveis de potássio.
Cuidado necessário com utilização concomitante
Medicamentos
anti-inflamatórios
não
esteroides
(AINEs),
incluindo
inibidores
seletivos da COX-2, ácido acetilsalicílico >3 g/dia), e AINEs não seletivos
Quando os antagonistas da angiotensina II são administrados simultaneamente com
AINEs, pode ocorrer a atenuação do efeito antihipertensivo. Adicionalmente, a
utilização concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs pode levar a um
aumento do risco de degradação da função renal e a um aumento no potássio sérico.
Assim, recomenda-se a monitorização da função renal no início do tratamento, bem
como a hidratação adequada do doente.
Outros
Nos estudos de interações medicamentosas com valsartan, não foram observadas
quaisquer interações clinicamente significativas com valsartan ou com qualquer um
fármacos
seguintes:
cimetidina,
varfarina,
furosemida,
digoxina,
atenolol,
indometacina, hidroclorotiazida, amlodipina, glibenclamida.
População pediátrica
Na hipertensão em crianças e adolescentes, onde as anomalias renais subjacentes
são frequentes, recomenda-se precaução com a utilização concomitante de valsartan
e outras substâncias inibidoras do sistema renina-angiotensina-aldosterona que
podem aumentar o potássio sérico. A função renal e o potássio sérico devem ser
cuidadosamente monitorizados.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A utilização de Antagonistas dos Recetores da Angiotensina II (ARAIIs) não é
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4). A utilização
de ARAIIs é contra- indicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez
(ver secção 4.3 e 4.4.)
Os dados epidemiológicos relativos ao risco de teratogenicidade após exposição a
inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não têm sido conclusivos;
no entanto, não pode ser excluído um ligeiro aumento do risco. Embora não existam
dados epidemiológicos controlados sobre o risco com ARAIIs, podem existir riscos
semelhantes
nesta
classe
medicamentos.
menos
continuação
terapêutica com ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar
devem mudar para terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
de segurança estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é
diagnosticada a terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se
apropriado, deve ser iniciada terapêutica alternativa.
Sabe-se que a exposição à terapêutica com ARAIIs durante o segundo e terceiro
trimestres induz fetotoxicidade (função renal reduzida, oligoâmnios, atraso na
ossificação
crânio)
toxicidade
neonatal
(disfunção
renal,
hipotensão,
hipercaliemia) no ser humano; ver também secção 5.3 "Dados de segurança pré-
clínica".
Se tiver existido exposição a ARAIIs após o segundo trimestre de gravidez, é
recomendável uma avaliação da função renal e do crânio através de ultrassons.
Os bebés cujas mães tomaram ARAIIs devem ser cuidadosamente monitorizados
quanto à hipotensão (ver também secção 4.3. e 4.4).
Amamentação
Devido à inexistência de informação relativa à utilização de valsartan durante a
amamentação,
não
recomenda
a utilização
Valsartan
Reconir
dando-se
preferência a tratamentos alternativos com perfis de segurança melhor estabelecidos
durante o aleitamento, especialmente durante a amamentação de um recém-nascido
ou de um bebé prematuro.
Fertilidade
Valsartan não teve efeitos adversos sobre o desempenho reprodutivo de ratos
machos e fêmeas com doses orais até 200 mg/kg/dia. Esta dose é 6 vezes a dose
máxima recomendada para o ser humano numa base de mg/m2 (os cálculos
assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente com 60 kg).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir. Durante a condução
de veículos ou utilização de máquinas, deverá ter-se em consideração a possibilidade
de ocorrência de tonturas ou cansaço.
4.8 Efeitos indesejáveis
Em estudos clínicos controlados realizados em doentes com hipertensão, a incidência
geral de reações adversas (RAs) foi comparável ao placebo e é coerente com a
farmacologia de valsartan. A incidência de RAs não pareceu estar relacionada com a
dose ou duração do tratamento e também não mostrou qualquer associação com
sexo, idade ou raça.
comunicadas
estudos
clínicos,
experiência
pós-comercialização
descobertas laboratoriais estão listadas a seguir de acordo com a classe de órgãos
do sistema.
As reações adversas estão ordenadas por frequência, primeiro as mais frequentes,
utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10); frequentes (≥ 1/100,
<1/10); pouco frequentes (≥ 1/1.000, <1/100); raras (≥ 1/10 000, <1/1000);
muito raras (<1/10 000), incluindo relatos isolados. As reações adversas são
ordenadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
Relativamente a todas as RAs relatadas da experiência pós-comercialização e
descobertas laboratoriais, não é possível aplicar qualquer frequência de RA, pelo que
a sua frequência vem indicada como "desconhecida".
- Hipertensão
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Diminuição na hemoglobina, Diminuição
hematócrito,
Neutropenia,
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade
incluindo
doença
soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecida
Aumento do potássio sérico
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Vasculopatias
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Dor abdominal
Afeções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação dos valores da função hepática
incluindo aumento da bilirrubina sérica
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Desconhecida
Angioedema, Erupção cutânea, Prurido
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
Desconhecida
Falência e insuficiência renal, Elevação da
creatinina sérica
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Fadiga
População pediátrica
Hipertensão
efeito
antihipertensivo
valsartan
avaliado
dois
ensaios
clínicos
aleatorizados, em dupla ocultação em 561 doentes pediátricos de 6 a 18 anos de
idade.
Com exceção de casos isolados de distúrbios gastrointestinais (como dor abdominal,
náuseas, vómitos) e tonturas não foram identificadas diferenças relevantes em
relação ao tipo, frequência e gravidade das reações adversas entre o perfil de
segurança para os doentes pediátricos de 6 a 18 anos de idade e o anteriormente
reportado para os doentes adultos.
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
A avaliação neurocognitiva e do desenvolvimento dos doentes pediátricos de 6 a 16
anos de idade revelou não existir em geral impacto adverso clinicamente relevante
após tratamento com Valsartan Reconir com duração até um ano.
Num estudo aleatorizado, duplamente oculto, em 90 crianças de 1 a 6 anos, seguido
de uma extensão de ensaio aberto de um ano, observaram-se duas mortes e casos
isolados de fortes elevações das transaminases hepáticas. Estes casos ocorreram
numa população com comorbilidades significativas. Não foi estabelecida uma relação
causal com valsartan. Num segundo estudo em que foram aleatorizadas 75 crianças
de 1 a 6 anos de idade, não ocorreram mortes nem elevações significativas das
transaminases com o tratamento com valsartan.
A hipercaliemia foi mais frequentemente observada em crianças e adolescentes de 6
a 18 anos com doença renal crónica subjacente.
O perfil de segurança visto em estudos clínicos controlados em doentes adultos no
pós-enfarte do miocárdio e/ou com insuficiência cardíaca varia em relação ao perfil
de segurança geral visto em doentes hipertensos. Tal pode estar relacionado com a
doença subjacente dos doentes. As RAs que ocorreram em doentes adultos no pós-
enfarte do miocárdio e/ou doentes com insuficiência cardíaca estão listadas abaixo:
- Pós-enfarte do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade
incluindo
doença
soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
Hipercaliemia
Desconhecida
Aumento do potássio sérico
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Tonturas, Tontura postural
Pouco frequentes
Síncope, Cefaleia
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Cardiopatias
Pouco frequentes
Insuficiência cardíaca.
Vasculopatias
Frequentes
Hipotensão, Hipotensão ortostática
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Náuseas, Diarreia
Afeções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação dos valores da função hepática
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Pouco frequentes
Angioedema
Desconhecida
Erupção cutânea, Prurido
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
Frequentes
Disfunção e insuficiência renal
Pouco frequentes
Insuficiência
renal
aguda,
Elevação
creatinina sérica
Desconhecida
Aumento do azoto da ureia sanguínea
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Astenia, Fadiga
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Uma sobredosagem com Valsartan Reconir pode resultar em hipotensão acentuada,
que poderá levar a um nível deprimido de consciência, colapso circulatório e/ou
choque.
Tratamento
As medidas terapêuticas dependem do tempo de ingestão, assim como do tipo e
gravidade
sintomas,
sendo
primordial
importância
estabilização
condições circulatórias.
Se ocorrer hipotensão o doente deve ser colocado em decúbito e deverá ser iniciada
a correção de volume sanguíneo.
É pouco provável que valsartan seja eliminado por hemodiálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Classificação
farmacoterapêutica:
3.4.2.2
Aparelho
cardiovascular.
Anti-
hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Antagonista dos receptores
da angiotensina, Código ATC: C09CA03
Valsartan é um antagonista dos recetores da angiotensina II (Ang II) oralmente
ativo, potente e específico.
Atua de forma seletiva no subtipo de recetores AT1, responsável pelas ações
conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis plasmáticos de Ang II após o
bloqueio do recetor AT1 com valsartan pode estimular o recetor AT2 não bloqueado,
que parece contrabalançar o efeito do recetor AT1. O valsartan não apresenta
qualquer atividade agonista parcial no recetor AT1 e apresenta uma afinidade muito
maior para o recetor AT1 (cerca de 20 000 vezes superior) que para o recetor AT2. O
valsartan não se liga a, nem bloqueia, outros recetores hormonais ou canais iónicos
reconhecidamente importantes na regulação cardiovascular.
Valsartan não inibe a ECA (também conhecida como cininase II) que converte a Ang
I em Ang II e degrada a bradiquinina. Dado não haver qualquer efeito sobre a ECA e
não haver potenciação de bradiquinina ou da substância P, é pouco provável que os
antagonistas da angiotensina II sejam associados a tosse. Em ensaios clínicos onde o
valsartan foi comparado com um inibidor da ECA, a incidência da tosse seca foi
significativamente menos (P<0,05) nos doentes tratados com valsartan do que nos
doentes tratados com um inibidor de ECA (2,6% versus 7,9% respetivamente). Num
estudo clínico realizado em doentes com história de tosse seca durante o tratamento
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
com inibidor da ECA, ocorreu tosse em 19,5% dos indivíduos tratados com valsartan
e em 19,0% dos tratados com um diurético tiazídico, comparativamente a 68,5%
nos indivíduos tratados com um inibidor da ECA (P <0,05).
Enfarte do miocárdio recente
O ensaio VALsartan In Acute myocardial iNfarcTion (VALIANT) foi um estudo
aleatorizado, controlado, multinacional, em dupla ocultação, em 14 703 doentes com
enfarte
agudo
miocárdio
sinais,
sintomas
evidência
radiológica
insuficiência cardíaca congestiva e/ou evidência de disfunção sistólica ventricular
esquerda (manifestada como uma fração de ejeção ≤ 40% por ventriculografia de
radionuclídeos
ecocardiografia
angiografia
ventricular
contraste). Os doentes foram aleatorizados no intervalo de 12 horas a 10 dias após o
início dos sintomas de enfarte do miocárdio para valsartan, captopril ou a associação
de ambos. A duração média do tratamento foi de dois anos. O endpoint primário foi
a altura para mortalidade por todas as causas.
O valsartan foi tão eficaz como o captopril na redução da mortalidade por todas as
causas após enfarte do miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi semelhante
nos grupos valsartan (19,9%), captopril (19,5%) e valsartan + captopril (19,3%).
Associar
valsartan
captopril
não
resultou
benefício
relativamente
captopril isoladamente. Não se verificaram diferenças entre valsartan e captopril na
mortalidade por todas as causas com base na idade, sexo, raça, terapêuticas basais
ou doença subjacente. O valsartan foi também eficaz a prolongar o tempo e reduzir a
mortalidade cardiovascular, hospitalização por insuficiência cardíaca, enfarte do
miocárdio recorrente, paragem cardíaca com ressuscitação e AVC não fatal (segundo
endpoint composto).
O perfil de segurança de valsartan foi coerente com o percurso clínico de doentes
tratados no cenário pós-enfarte do miocárdio. Relativamente à função renal, foi
observado o aumento para o dobro da creatinina sérica em 4,2% dos doentes
tratados com valsartan, 4,8% dos doentes tratados com valsartan+captopril e 3,4%
dos doentes tratados com captopril. As interrupções provocadas por vários tipos de
disfunção renal ocorreram em 1,1% de doentes tratados com valsartan, 1,3% de
doentes tratados com valsartan+captopril e 0,8% de doentes tratados com captopril.
Deverá incluir-se uma avaliação da função renal na avaliação de doentes no pós-
enfarte do miocárdio.
Não se verificaram diferenças na mortalidade por todas as causas, mortalidade ou
morbilidade cardiovascular quando se administraram bloqueadores-beta juntamente
associação
valsartan+captopril,
valsartan
isoladamente
captopril
isoladamente. Independente do tratamento, a mortalidade foi inferior no grupo de
doentes tratados com um bloqueador-beta, sugerindo que o conhecido benefício dos
bloqueadores-beta nesta população foi mantido neste ensaio.
Insuficiência cardíaca
Val-HeFT foi um ensaio clínico aleatorizado, controlado, multinacional de valsartan
em comparação com placebo na morbilidade e mortalidade em 5010 doentes com
insuficiência cardíaca das classes II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA a receber a
terapêutica convencional com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (LVEF) <40%
diâmetro
diastólico
interno
ventricular
esquerdo
(LVIDD)
>2,9
cm/m2.
terapêutica de base incluiu inibidores da ECA (93%), diuréticos (86%), digoxina
(67%)
bloqueadores-beta
(36%).
duração
média
seguimento
aproximadamente dois anos. A dose diária média de valsartan no Val-HeFT foi de
254 mg. O estudo teve dois endpoints principais: a mortalidade por todas as causas
(tempo de sobrevida) e a mortalidade composta e a morbilidade por insuficiência
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
cardíaca (tempo até ao primeiro evento mórbido) definida como morte, morte súbita
com reanimação, hospitalização por insuficiência cardíaca ou administração de
agentes vasodilatadores ou inotrópicos intravenosos durante quatro horas ou mais
sem hospitalização.
A mortalidade por todas as causas foi semelhante (p=NS) nos grupos de valsartan
(19,7%) e de placebo (19,4%). O principal benefício foi uma redução de 27,5%
(95% CI: 17 a 37%) no risco para o tempo até à primeira hospitalização por
insuficiência cardíaca (13,9% vs. 18,5%). Resultados que pareciam favorecer o
placebo (mortalidade e morbidade composta foi 21,9% no placebo vs. 25,4% no
grupo de valsartan) foram observados nos doentes a receber a associação tripla de
um inibidor de ECA, um bloqueador-beta e valsartan.
Num subgrupo de doentes que não estavam a tomar um inibidor de ECA (n=366), os
benefícios de morbidade foram superiores. Neste subgrupo, a mortalidade por todas
as causas baixou significativamente com valsartan comparativamente com placebo
em 33% (95% CI: –6% a 58%) (17,3% valsartan vs. 27,1% placebo) e o risco de
mortalidade e morbidade composta baixou significativamente em 44% (24,9%
valsartan vs. 42,5% placebo).
Em doentes a receber um inibidor de ECA sem um bloqueador-beta, a mortalidade
por todas as causas foi semelhante (p=NS) nos grupos de valsartan (21,8%) e
placebo
(22,5%).
risco
mortalidade
morbidade
composta
baixou
significativamente em 18,3% (95% CI: 8% a 28%) com valsartan comparativamente
com placebo (31,0% vs. 36,3%).
população
geral
estudo
Val-HeFT,
doentes
tratados
valsartan
apresentaram uma melhoria significativa na classe da NYHA e nos sinais e sintomas
de insuficiência cardíaca, incluindo dispneia, fadiga, edema e fervores quando
comparados com o placebo. Os doentes tratados com valsartan tiveram uma melhor
qualidade de vida, tal como demonstrado pela mudança na pontuação na escala
Minnesota Living with Heart Failure Quality of Life a partir do valor basal até ao
endpoint, do que o placebo. A fração de ejeção nos doentes tratados com valsartan
foi significativamente aumentada e o diâmetro diastólico interno ventricular esquerdo
significativamente reduzido desde o valor basal até ao endpoint, em comparação
com o placebo.
População pediátrica
Hipertensão
O efeito antihipertensivo de valsartan foi avaliado em quatro estudos aleatorizados,
em dupla ocultação em 561 doentes pediátricos de 6 a 18 anos de idade e 165
doentes pediátricos de 1 a 6 anos de idade. Afeções renais e urinárias e obesidade
foram
condições
médicas
subjacentes
mais
frequentes
potencialmente
contribuíam para a hipertensão nas crianças envolvidas nestes estudos.
Experiência clínica em crianças com 6 anos de idade ou mais
Num estudo clínico envolvendo 261 doentes pediátricos hipertensos de 6 a 16 anos
de idade, os doentes com peso <35 kg receberam 10, 40 ou 80 mg de valsartan em
comprimidos diariamente (dose baixa, média e alta), e os doentes com ≥35 kg
receberam 20, 80 e 160 mg de valsartan em comprimidos diariamente (dose baixa,
média e alta). Ao fim de 2 semanas o valsartan reduziu a pressão arterial sistólica e
diastólica de forma dependente da dose. No total, os três níveis de dose de valsartan
(baixo, médio e alto) reduziram significativamente a pressão arterial sistólica
respetivamente em 8, 10, 12 mm Hg relativamente aos valores iniciais. Os doentes
voltaram a ser aleatorizados para continuarem a receber a mesma dose de valsartan
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
ou para mudarem para placebo. Nos doentes que continuaram a receber as doses
média e alta de valsartan, a pressão arterial sistólica no vale era -4 e -7 mm Hg mais
baixa do que nos doentes que receberam o tratamento com placebo. Nos doentes a
receber a dose mais baixa de valsartan, a pressão arterial sistólica no vale foi
semelhante à dos doentes que receberam o tratamento com placebo. Globalmente, o
efeito anti-hipertensivo dependente da dose de valsartan foi consistente em todos os
sub-grupos demográficos.
Num outro estudo clínico envolvendo 300 doentes pediátricos hipertensos de 6 a 18
anos de idade, os doentes elegíveis foram aleatorizados para receber comprimidos
de enalapril ou valsartan durante 12 semanas. As crianças com peso entre ≥18 kg e
<35 kg receberam 80 mg de valsartan ou 10 mg de enalapril, as com peso entre
≥35 kg e <80 kg receberam 160 mg de valsartan ou 20 mg de enalapril, as com
≥80 kg receberam 320 mg de valsartan ou 40 mg de enalapril. As reduções na
pressão arterial sistólica foram comparáveis em doentes que receberam valsartan
mmHg)
enalapril
(valor
p-não
inferioridade
<0,0001).
Observaram-se resultados consistentes nas reduções de pressão arterial diastólica
com reduções de 9,1 mmHg e 8,5 mmHg com valsartan e enalapril, respetivamente.
Experiência clínica em crianças com menos de 6 anos de idade
Foram realizados dois estudos clínicos com doentes de 1 a 6 anos de idade com 90 e
75 doentes, respetivamente. Nestes estudos não foram incluídas crianças com
menos de 1 ano de idade. No primeiro estudo, a eficácia de valsartan foi confirmada
comparativamente com placebo mas não foi demonstrada uma resposta à dose. No
segundo estudo, doses mais elevadas de valsartan estiveram associadas a maiores
reduções da PA, mas a tendência da resposta à dose não atingiu significado
estatístico e a diferença do tratamento comparativamente com placebo não foi
significativa. Devido a estas inconsistências, o valsartan não é recomendado neste
grupo etário (ver secção 4.8).
A Agência Europeia de Medicamentos dispensou a obrigação de submissão dos
resultados dos estudos com valsartan em todos os sub-grupos da população
pediátrica na insuficiência cardíaca e insuficiência cardíaca após enfarte do miocárdio
recente. Ver secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após a administração oral de valsartan isoladamente, o pico das concentrações
plasmáticas de valsartan é atingido em 2 – 4 horas com comprimidos e em 1 – 2
horas com a formulação em solução. A biodisponibilidade média absoluta é de 23%.
A alimentação diminui a exposição (conforme medida pela AUC) ao valsartan em
cerca de 40% e a concentração plasmática máxima (Cmáx) em cerca de 50%,
embora
partir
concentrações
plasmáticas
valsartan
pós
administração sejam semelhantes para os grupos alimentados e em jejum. Esta
redução na AUC não é, contudo, acompanhada por uma redução clinicamente
significativa
efeito
terapêutico
valsartan
pode,
conseguinte,
administrado com ou sem ingestão de alimentos.
Distribuição
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
O volume de distribuição de valsartan no estado estacionário após administração
intravenosa é de cerca de 17 litros indicando que o valsartan não se distribui nos
tecidos de forma extensa. O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às
proteínas séricas (94-97%), principalmente à albumina sérica.
Biotransformação
O valsartan não é extensamente biotransformado na medida em que apenas cerca
dose
recuperada
como
metabolitos.
identificado
hidroximetabolito no plasma em baixas concentrações (menos do que 10% da AUC
de valsartan). Este metabolito é farmacologicamente inativo.
Eliminação
O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial (t½α < 1 h e
t½ß cerca de 9 h). O valsartan é eliminado principalmente por excreção biliar nas
fezes (cerca de 83% da dose) e renalmente na urina (cerca de 13% da dose),
principalmente sob a forma de composto inalterado. Após administração intravenosa,
a depuração de valsartan no plasma é de cerca de 2 l/h e a sua depuração renal é de
0,62 l/h (cerca de 30% da depuração total). A semivida de valsartan é de 6 horas.
Em doentes com insuficiência cardíaca:
O tempo médio até à concentração máxima e o tempo de semivida de eliminação do
valsartan nos doentes com insuficiência cardíaca são semelhantes aos observados
nos voluntários saudáveis. Os valores de AUC e Cmáx de valsartan são quase
proporcionais ao aumento da dose ao longo do intervalo de doses clínicas (40 mg a
160 mg duas vezes por dia). O fator de acumulação médio é de cerca de 1,7. A
depuração aparente do valsartan após a administração oral é de cerca de 4,5 l/h. A
idade não afeta a depuração aparente nos doentes com insuficiência cardíaca.
Populações especiais
Idosos
Nalguns indivíduos idosos foi
observada
exposição
sistémica
valsartan
ligeiramente mais elevada do que nos indivíduos jovens; esta diferença não foi,
contudo, considerada clinicamente significativa.
Disfunção renal
Conforme seria de esperar num composto em que a depuração renal perfaz apenas
30% da depuração plasmática total, não foi observada qualquer correlação entre a
função renal e a exposição sistémica a valsartan O ajustamento da dose não se
torna, deste modo, necessário em doentes com disfunção renal (depuração de
creatinina > 10 ml/min). Não existe atualmente qualquer experiência sobre a
utilização segura em doentes com depuração de creatinina <10 ml/min nem em
doentes a fazer diálise, por conseguinte valsartan deve ser utilizado com precaução
nestes doentes (ver secção 4.2 e 4.4). O valsartan apresenta uma elevada taxa de
ligação às proteínas plasmáticas e é pouco provável que seja eliminado através de
diálise.
Disfunção hepática
Cerca de 70% da dose absorvida é eliminada na bílis, essencialmente na forma
inalterada. Valsartan não passa por qualquer biotransformação digna de registo.
Observou-se um duplicar da exposição (AUC) em doentes com disfunção hepática
ligeira a moderada em comparação com indivíduos saudáveis. Contudo não foi
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
observada correlação entre a concentração plasmática de valsartan e o grau de
disfunção hepática.
O valsartan não foi estudado em doentes com disfunção hepática grave (ver secção
4.2, 4.3 e 4.4).
População pediátrica
Num estudo em 26 doentes hipertensos pediátricos (de 1 a 16 anos de idade) a
quem foi administrada uma dose única de uma suspensão de valsartan (média: 0,9 a
2 mg/kg, com uma dose máxima de 80 mg), a depuração (litros/h/kg) de valsartan
foi comparável em todas as idades de 1 aos 16 anos e semelhante à dos adultos a
receber a mesma formulação.
Disfunção renal
A utilização em doentes pediátricos com depuração de creatinina <30 ml/min e em
doentes pediátricos a fazer diálise não foi estudada, por conseguinte o valsartan não
é recomendado nestes doentes. Não é necessário ajustamento da dose em doentes
pediátricos com uma depuração de creatinina >30 ml/min. A função renal e o
potássio sérico devem ser cuidadosamente monitorizados (ver secções 4.2 e 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam qualquer risco especial para o ser humano
baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de
dosagem repetida, genotoxicidade e potencial carcinogénico.
Nos ratos, doses tóxicas a nível materno (600 mg/kg/dia) durante os últimos dias de
gestação e aleitamento levaram a menor sobrevivência, menos aumento de peso e
atraso no desenvolvimento (descolamento do pavilhão da orelha e abertura do canal
auricular) das crias (ver secção 4.6). Estas doses em ratos (600 mg/kg/dia) foram
aproximadamente 18 vezes a dose máxima recomendada para o ser humano numa
base de mg/m2 (os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente de
60 kg). Em estudos não clínicos de segurança, doses elevadas de valsartan (200 a
600 mg/kg de peso corporal) provocaram em ratos a redução dos parâmetros dos
glóbulos
vermelhos
(eritrócitos,
hemoglobina,
hematócritos)
evidência
alterações
hemodinâmicas
renais
(ureia
plasmática
levemente
aumentada
hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos). Estas doses em ratos (200 a 600
mg/kg/dia) foram aproximadamente 6 e 18 vezes a dose máxima recomendada para
o ser humano numa base de mg/m2 (os cálculos pressupõem uma dose oral de 320
mg/dia e um doente de 60 kg).
Em macacos saguís com doses similares as alterações foram similares apesar de com
maior
gravidade,
particularmente
rins
onde
alterações evoluíram
para
nefropatia que incluiu aumento de ureia e creatinina.
Foram também verificadas em ambas as espécies hipertrofia das células renais
justaglomerulares.
Considerou-se que todas as alterações foram causadas pela ação farmacológica de
valsartan, o qual produz uma hipotensão prolongada, particularmente nos macacos
saguís. Para doses terapêuticas de valsartan no ser humano, a hipertrofia das células
renais justaglomerulares parece não ter qualquer relevância.
População pediátrica
A administração oral diária a ratos recém-nascidos/juvenis (desde o dia 7 pós-natal
ao dia 70 pós-natal) de valsartan com doses tão baixas quanto 1 mg/kg/dia (cerca
de 10-35% da dose pediátrica máxima recomendada de 4 mg/kg/dia numa base de
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
exposição sistémica) provocou lesões renais irreversíveis e persistentes. Estes efeitos
acima mencionados representam um efeito farmacológico exagerado esperado com
inibidores
enzima
conversão
angiotensina
bloqueadores
recetores tipo 1 da angiotensina II; estes efeitos são observáveis se os ratos forem
tratados durante os primeiros 13 dias de vida. Este período coincide com 36
semanas de gestação em seres humanos, o que poderia ocasionalmente prolongar-
se até 44 semanas após a conceção em seres humanos. Os ratos, no estudo com
valsartan em juvenis, foram tratados até ao dia 70, e os efeitos na maturação renal
(4-6 semanas pós-natal) não podem ser excluídos. A maturação renal funcional é um
processo
contínuo
durante
primeiro
vida
seres
humanos.
Consequentemente, não pode ser excluída uma relevância clínica em crianças <1
ano de idade, enquanto os dados pré-clínicos não indicam uma questão de segurança
em crianças com mais de 1 ano de idade.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista de excipientes
Núcleo do comprimido:
Celulose microcristalina
Crospovidona
Estearato de magnésio
Revestimento:
Hipromelose 2910 (6 cps)
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 8000
Óxido de ferro vermelho (E172)
Óxido de ferro amarelo (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de 7, 10, 14, 28, 56, 60, 98 e 280 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
APROVADO EM
29-02-2012
INFARMED
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Verum Pharma – Produtos Farmacêuticos – Unipessoal Lda
Av. Sidónio Pais, n.º 24, rés-do-chão esq.
1050-215 Lisboa
Portugal
8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO
RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO