Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
28-01-2010
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APROVADO EM
28-01-2010
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Valsartan Hiperbloque 320 mg comprimidos revestidos por película
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Valsartan Hiperbloque e para que é utilizado
2. Antes de tomar Valsartan Hiperbloque
3. Como tomar Valsartan Hiperbloque
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Valsartan Hiperbloque
6. Outras informações
1. O QUE É VALSARTAN HIPERBLOQUE E PARA QUE É UTILIZADO
Valsartan
Hiperbloque
pertence
classe
medicamentos
conhecidos
como
antagonistas dos receptores da angiotensina II que ajudam a controlar a pressão arterial
elevada. A angiotensina II é uma substância produzida pelo organismo que provoca
constrição dos vasos sanguíneos,
induzindo assim um aumento da pressão arterial.
Valsartan Hiperbloque actua bloqueando o efeito da angiotensina II. Consequentemente,
os vasos sanguíneos dilatam e a pressão arterial diminui.
Valsartan Hiperbloque 320 mg comprimidos revestidos pode ser utilizado
- para o tratamento de pressão arterial alta. A pressão arterial
elevada aumenta a
sobrecarga do coração e artérias. Se não for tratada, pode provocar lesões nos vasos
sanguíneos do cérebro, coração e rins podendo dar origem a um acidente vascular
cerebral, insuficiência cardíaca ou insuficiência renal. A pressão arterial elevada aumenta
o risco de ataques de coração. A redução da pressão arterial para valores normais reduz o
risco de desenvolvimento destas doenças.
2. ANTES DE TOMAR VALSARTAN HIPERBLOQUE
Não tome Valsartan Hiperbloque
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao valsartan ou a qualquer outro componente do
Valsartan Hiperbloque.
- se tiver doença hepática grave.
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- se estiver grávida de mais de 3 meses (também é melhor evitar tomar Valsartan
Hiperbloque no início da gravidez - ver secção sobre gravidez).
Se algum deste casos se aplicar a si, não tome Valsartan Hiperbloque.
Tome especial cuidado com Valsartan Hiperbloque
- se sofrer de doença hepática.
- se sofrer de doença renal grave ou se está a fazer diálise.
- se sofrer de estreitamento da artéria renal.
- se tiver sido submetido recentemente a transplante renal (recebeu um novo rim).
- se estiver a receber tratamento após um ataque de coração ou para insuficiência
cardíaca, o seu médico pode verificar a sua função renal.
- se sofrer de doença cardíaca grave que não seja insuficiência cardíaca ou ataque de
coração.
- se estiver a tomar medicamentos que aumentem a quantidade de potássio no sangue.
Estes incluem suplementos de potássio ou substitutos salinos que contenham potássio,
medicamentos poupadores de potássio e heparina. Pode ser necessário controlar o nível
de potássio no seu sangue com regularidade.
- se sofrer de aldosteronismo. Trata-se de uma doença em que as glândulas supra-renais
produzem a hormona aldosterona em excesso. Se isto se aplicar a si, o uso de Valsartan
Hiperbloque não é recomendado.
- se tiver perdido uma grande quantidade de líquidos (desidratação) provocada por
diarreia, vómitos ou doses elevadas de diuréticos.
- o uso de Valsartan Hiperbloque em crianças e adolescentes não é recomendado (com
menos de 18 anos de idade).
- tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Valsartan Hiperbloque não é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado
se tiver mais de 3 meses de gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se for
utilizado naquela fase (ver secção de gravidez).
Se algum destes casos se aplicar a si, informe o seu médico antes de tomar Valsartan
Hiperbloque.
Ao tomar Valsartan Hiperbloque com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
O efeito do tratamento pode ser influenciado se o Valsartan Hiperbloque for tomado com
determinados medicamentos. Pode ser necessário alterar a dose, tomar outras precauções,
ou, nalguns casos, interromper o tratamento com um dos medicamentos. Esta situação
aplica-se tanto aos medicamentos de venda por prescrição como aos medicamentos não
sujeitos a receita médica, em especial:
- outros medicamentos utilizados para baixar a pressão arterial, nomeadamente diuréticos.
- medicamentos que aumentam a quantidade de potássio no sangue. Estes incluem
suplementos de potássio ou substitutos salinos que contenham potássio, medicamentos
poupadores de potássio e heparina.
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- determinados tipos de analgésicos denominados medicamentos anti-inflamatórios não
esteróides (AINEs).
- lítio, um medicamento utilizado no tratamento de certos tipos de doença psiquiátrica.
Ao tomar Valsartan Hiperbloque com alimentos e bebidas
Pode tomar Valsartan Hiperbloque com ou sem alimentos.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
- Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Normalmente o seu médico irá aconselhá-la a interromper o tratamento com Valsartan
Hiperbloque antes de engravidar, ou assim que você saiba que está grávida, e irá
aconselhá-la a tomar outro medicamento para substituição de Valsartan Hiperbloque.
Valsartan Hiperbloque não é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado
se tiver mais de 3 meses de gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se for
utilizado depois do terceiro mês de gravidez.
- Informe o seu médico caso se encontre a amamentar ou se vai começar a amamentar.
Valsartan Hiperbloque não é recomendado para mães que estão a amamentar e o seu
médico poderá escolher outro tratamento para si se desejar amamentar, especialmente se
o seu bebé for recém-nascido ou for prematuro.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Antes de conduzir um veículo, utilizar ferramentas ou máquinas, ou desempenhar outras
tarefas que requeiram concentração, certifique-se de que sabe como reage aos efeitos de
Valsartan Hiperbloque. Tal como com outros medicamentos utilizados no tratamento da
pressão arterial elevada, Valsartan Hiperbloque pode, em casos raros, provocar tonturas e
afectar a capacidade de concentração.
3. COMO TOMAR VALSARTAN HIPERBLOQUE
Tomar Valsartan Hiperbloque sempre de acordo com as indicações do médico, de modo a
obter os melhores resultados e reduzir o risco de efeitos secundários. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Frequentemente, os doentes com hipertensão
arterial não notam quaisquer sinais deste problema. Muitos sentem-se perfeitamente
normais. Torna-se assim fundamental que cumpra o calendário de consultas com o seu
médico, mesmo quando se sente bem.
Pressão arterial alta: a dose habitual é de 80 mg por dia. Nalguns casos, o seu médico
poderá prescrever-lhe doses mais elevadas (por ex. 160 mg ou 320 mg). Pode também
combinar Valsartan Hiperbloque com um medicamento adicional (por exemplo, um
diurético).
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Pode tomar Valsartan Hiperbloque com ou sem alimentos. Tome Valsartan Hiperbloque
com um copo de água. Tome Valsartan Hiperbloque todos os dias aproximadamente à
mesma hora.
A ranhura do comprimido destina-se unicamente a facilitar a sua divisão, de modo a
ajudar a deglutição.
Se tomar mais Valsartan Hiperbloque do que deveria
Se sentir tonturas graves e/ou desmaio, deite-se e contacte imediatamente o seu médico.
Se acidentalmente tomou demasiados comprimidos, contacte o seu médico, farmacêutico
ou hospital.
Caso se tenha esquecido de tomar Valsartan Hiperbloque
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose tome-a assim que se lembrar. No entanto, se
estiver quase na hora de tomar a dose seguinte, não tome a dose que se esqueceu.
Se parar de tomar Valsartan Hiperbloque
Interromper o tratamento com Valsartan Hiperbloque pode agravar a sua doença. Não
deixe de tomar o medicamento a menos que seja o seu médico a dizer-lhe que o faça.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Valsartan Hiperbloque pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Estes efeitos secundários podem ocorrer com determinadas frequências que são definidas
a seguir:
- muito frequentes: afecta mais de 1 utilizador em cada 10.
- frequentes: afecta 1 a 10 utilizadores em cada 100.
- pouco frequentes: afecta 1 a 10 utilizadores em cada 1.000.
- raros: afecta 1 a 10 utilizadores em cada 10.000.
- muito raros: afecta menos de 1 utilizador em cada 10.000.
- desconhecido: não é possível estimar uma frequência a partir dos dados disponíveis.
Alguns sintomas requerem atenção médica imediata:
Pode sentir sintomas de angioedema como, por exemplo,
- inchaço da face, língua ou garganta,
- dificuldade em engolir,
- erupção cutânea e dificuldades em respirar.
Se sentir algum destes sintomas, consulte imediatamente um médico.
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Outros efeitos secundários incluem:
Frequentes:
- tonturas, tontura postural,
- pressão arterial baixa com sintomas como tonturas,
- função renal diminuída (sinais de disfunção renal).
Pouco frequentes:
- reacção alérgica com sintomas como erupção cutânea, comichão (prurido), tonturas,
inchaço da face ou lábios ou da língua ou garganta, dificuldade em respirar ou engolir,
tonturas (sinais de angioedema),
- perda súbita de consciência,
- sentir-se a rodar,
- função renal gravemente reduzida (sinais de falência renal aguda),
- espasmos musculares, ritmo cardíaco anormal (sinais de hipercaliemia),
- falta de ar, dificuldade em respirar quando está deitado, inchaço dos pés ou das pernas
(sinais de insuficiência cardíaca),
- dor de cabeça,
- tosse,
- dor abdominal,
- náuseas,
- diarreia,
- cansaço,
- fraqueza.
Desconhecidos
- erupção cutânea, comichão (prurido), juntamente com alguns dos seguintes sinais ou
sintomas: febre, dor nas articulações, dor muscular, nódulos linfáticos inchados e/ou
sintomas semelhantes aos da gripe (sinais de doença do soro),
- pontos de cor vermelha e púrpura, febre, comichão (sinais de inflamação dos vasos
sanguíneos também denominado vasculite),
- hemorragias ou hematomas anormais (sinais de trombocitopenia – diminuição do
número de plaquetas no sangue),
- dor muscular (mialgia),
- febre, dores de garganta ou úlceras bucais devido a infecções (sintomas de nível baixo
de glóbulos brancos também denominado neutropenia),
diminuição
nível
hemoglobina
diminuição
percentagem
glóbulos
vermelhos no sangue (o que, em casos graves, pode provocar anemia),
- aumento do nível de potássio no sangue (o que, em casos graves, pode desencadear
espasmos musculares e ritmo cardíaco anormal),
- elevação dos valores da função hepática (o que pode indicar lesões no fígado) incluindo
um aumento do nível de bilirrubina no sangue (o que, em casos graves, pode causar pele
e olhos amarelos),
- aumento do nível de azoto na ureia sanguínea e aumento do nível de creatinina sérica (o
que pode indicar função renal anormal).
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A frequência de determinados efeitos secundários pode variar consoante o seu estado. Por
exemplo, efeitos secundários como tonturas e função renal diminuída ocorreram com
menos frequência em doentes tratados com pressão arterial elevada do que em doentes
tratados para insuficiência cardíaca ou depois de um ataque de coração recente.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR VALSARTAN HIPERBLOQUE
Manter fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize Valsartan Hiperbloque após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior e no blister, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não conservar acima de 30ºC.
Não utilize Valsartan Hiperbloque se verificar que a embalagem se encontra danificada
ou com sinais visíveis de adulteração.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Valsartan Hiperbloque
A substância activa é o valsartan. Cada comprimido revestido por película contém 320
mg de valsartan.
outros
ingredientes
são
celulose
microcristalina,
crospovidona,
estearato
magnésio.
revestimento
comprimido
contém
hipromelose,
dióxido
titânio
(E171), macrogol 8000, óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro amarelo (E172) e
óxido de ferro negro (E172).
Qual o aspecto de Valsartan Hiperbloque e conteúdo da embalagem
Valsartan Hiperbloque 320 mg comprimidos revestidos por película apresenta-se como
comprimidos revestidos por película, castanhos, oblongos, convexos e ranhurados numa
das faces.
Valsartan
Hiperbloque
comprimidos
revestidos
película
está
disponível
embalagens
comprimidos
revestidos
película
acondicionados em blisters.
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É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
Fabricante
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, n.º 11, Venda Nova, 2700-486 Amadora, Portugal
Atlantic Pharma – Produções Farmacêuticas S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2, Abrunheira, 2710-089 Sintra, Portugal
Para
quaisquer
informações
sobre
este
medicamento,
queira
contactar o Titular
Autorização de Introdução no Mercado.
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Valsartan Hiperbloque 320 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um comprimido revestido por película contém 320 mg de valsartan
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Comprimidos revestidos por película, castanhos, oblongos, convexos e ranhurados numa
das faces.
A ranhura do comprimido destina-se unicamente a facilitar a sua divisão, de modo a
ajudar a deglutição, e não a divisão em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão
Tratamento da hipertensão essencial.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Hipertensão
A dose inicial recomendada de Valsartan Hiperbloque é de 80 mg uma vez por dia. O
efeito anti-hipertensivo está substancialmente presente no espaço de 2 semanas e os
efeitos máximos atingem-se no período de 4 semanas. Em alguns doentes cuja pressão
arterial não é devidamente controlada, a dose pode ser aumentada para 160 mg e para um
máximo de 320 mg.
Valsartan
Hiperbloque
pode
também
administrado
outros
agentes
anti-
hipertensores. A associação de um diurético como a hidroclorotiazida baixará ainda mais
a pressão arterial nestes doentes.
Modo de administração
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Valsartan Hiperbloque pode ser tomado fora das refeições e deve ser administrado com
água.
Informações adicionais sobre populações especiais
Idosos
Não é necessário ajuste da dose em doentes idosos.
Disfunção renal
Não é necessário ajuste da dose em doentes com uma depuração de creatinina >10
ml/min (ver secção 4.4 e 5.2).
Disfunção hepática
Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada sem colestase a dose de
valsartan não deverá exceder os 80 mg. Valsartan Hiperbloque é contra-indicado em
doentes com disfunção hepática grave e em doentes com colestase (ver secção 4.3, 4.4 e
5.2).
Doentes pediátricos
A utilização de Valsartan Hiperbloque não é recomendada em crianças com idades
inferiores a 18 anos, devido à falta de informação de segurança e eficácia.
4.3 Contra-indicações
-Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
-Disfunção hepática grave, cirrose biliar e colestase.
-Segundo e terceiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4 e 4.6).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipercaliemia
Não é recomendada a medicação concomitante com suplementos de potássio, diuréticos
poupadores de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros fármacos que
possam aumentar os níveis de potássio (heparina, etc.). A monitorização de potássio deve
ser realizada apropriadamente.
Doentes com depleção de sódio e/ou do volume
Nos doentes com depleção grave de sódio e/ou do volume, nomeadamente nos doentes
tratados com doses elevadas de diuréticos, pode ocorrer hipotensão sintomática em casos
raros após o início da terapêutica com Valsartan Hiperbloque. A depleção de sódio e/ou
do volume deve ser corrigida antes de iniciar o tratamento com Valsartan Hiperbloque,
por exemplo, por redução da dose de diurético.
Estenose arterial renal
O uso seguro de Valsartan Hiperbloque ainda não foi estabelecido em doentes com
estenose arterial renal bilateral ou estenose de rim único.
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administração
curto
prazo
valsartan
doze
doentes
hipertensão
renovascular
secundária
estenose
arterial
renal
unilateral
não
induziu
quaisquer
alterações significativas da hemodinâmica renal, creatinina sérica ou azoto da ureia
sanguínea (BUN). Contudo, uma vez que outros agentes com efeito sobre o sistema
renina-angiotensina podem aumentar a ureia sanguínea e a creatinina sérica de doentes
com estenose arterial renal unilateral, recomenda-se a monitorização da função renal com
doentes tratados com valsartan.
Transplante renal
Não há experiência sobre o uso seguro de Valsartan Hiperbloque em doentes com
transplante renal recente.
Hiperaldosteronismo primário
Doentes
hiperaldosteronismo
primário
não
devem
tratados
Valsartan
Hiperbloque dado que o seu sistema renina-angiotensina não está activado.
Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Tal como com todos os outros vasodilatadores, está indicado um cuidado especial nos
doentes que sofram de estenose aórtica ou mitral ou de cardiomiopatia hipertrófica
obstrutiva (HOCM).
Disfunção renal
Não é necessário ajuste da dose em doentes com uma depuração de creatinina >10
ml/min. Não existe actualmente qualquer experiência sobre a utilização segura em
doentes com depuração de creatinina <10 ml/min nem em doentes a fazer diálise, por
conseguinte valsartan deve ser utilizado com precaução nestes doentes (ver secção 4.2 e
5.2).
Disfunção hepática
Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada sem colestase, Valsartan
Hiperbloque deve ser usado com precaução (ver secção 4.2 e 5.2).
Gravidez
A terapêutica com Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARAIIs) não deve
ser iniciada durante a gravidez. A menos que a continuação da terapêutica com ARAII
seja
considerada
essencial,
doentes
planeiam
engravidar
devem
mudar
para
terapêuticas
anti-hipertensoras
alternativas
tenham
perfil
segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a
terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida e, se apropriado, deve ser
iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).
Outras condições com estimulação do sistema renina-angiotensina
doentes
cuja
função
renal
possa
depender
actividade
sistema
renina-
angiotensina (por ex. doentes com insuficiência cardíaca congestiva grave), o tratamento
com inibidores da enzima de conversão da angiotensina tem sido associado a oligúria
e/ou azotemia progressiva e, em casos raros, a insuficiência renal aguda e/ou morte.
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Como o valsartan é um antagonista da angiotensina II, não se pode excluir que o uso de
Valsartan Hiperbloque possa estar associado a insuficiência da função renal.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não é recomendada utilização concomitante
Lítio
Foram relatados aumentos reversíveis das concentrações séricas do lítio e da toxicidade
durante o uso concomitante de inibidores da ECA. Devido à falta de experiência com a
utilização concomitante de valsartan e lítio, esta associação não é recomendada. Caso esta
associação seja necessária, recomenda-se a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de
lítio.
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal contendo
potássio e outras substâncias podem aumentar os níveis de potássio
Se se considerar necessário utilizar um medicamento que afecta os níveis de potássio em
associação com valsartan, aconselha-se a monitorização dos níveis de potássio.
Cuidado necessário com utilização concomitante
Medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), incluindo inibidores selectivos
da COX-2, ácido acetilsalicílico >3 g/dia), e AINEs não selectivos
Quando os antagonistas da angiotensina II são administrados simultaneamente com
AINEs,
pode
ocorrer
atenuação
efeito
anti-hipertensivo.
Adicionalmente,
utilização concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs pode levar a um
aumento do risco de degradação da função renal e a um aumento no potássio sérico.
Assim, recomenda-se a monitorização da função renal no início do tratamento, bem como
a hidratação adequada do doente.
Outros
estudos
interacções
medicamentosas
valsartan,
não
foram
observadas
quaisquer interacções clinicamente significativas com valsartan ou com qualquer um dos
fármacos seguintes: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol, indometacina,
hidroclorotiazida, amlodipina, glibenclamida.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
utilização
Antagonistas
Receptores
Angiotensina
(ARAIIs)
não
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4). A utilização de
ARAIIs é contra-indicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secção
4.3 e 4.4.)
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dados
epidemiológicos
relativos
risco
teratogenicidade
após
exposição
inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não têm sido conclusivos; no
entanto, não pode ser excluído um ligeiro aumento do risco. Embora não existam dados
epidemiológicos controlados sobre o risco com ARAIIs, podem existir riscos semelhantes
nesta classe de medicamentos. A menos que a continuação da terapêutica com ARAII
seja
considerada
essencial,
doentes
planeiam
engravidar
devem
mudar
para
terapêuticas
anti-hipertensoras
alternativas
tenham
perfil
segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a
terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado, deve ser
iniciada terapêutica alternativa.
Sabe-se
exposição
terapêutica
ARAIIs
durante
segundo
terceiro
trimestres induz fetotoxicidade (função renal reduzida, oligoâmnios, atraso na ossificação
do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) no ser
humano; ver também secção 5.3 "Dados de segurança pré-clínica".
tiver
existido
exposição
ARAIIs
após
segundo
trimestre
gravidez,
recomendável uma avaliação da função renal e do crânio através de ultra-sons.
Os bebés cujas mães tomaram ARAIIs devem ser cuidadosamente monitorizados quanto
à hipotensão (ver também secção 4.3. e 4.4).
Aleitamento
Devido
inexistência
informação
relativa
utilização
valsartan
durante
amamentação,
não
recomenda
utilização
Valsartan
Hiperbloque
dando-se
preferência a tratamentos alternativos com perfis de segurança melhor estabelecidos
durante o aleitamento, especialmente durante a amamentação de um recém-nascido ou de
um bebé prematuro.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir. Durante a condução de
veículos ou utilização de máquinas, deverá ter-se em consideração a possibilidade de
ocorrência de tonturas ou cansaço.
4.8 Efeitos indesejáveis
Em estudos clínicos controlados realizados em doentes com hipertensão, a incidência
geral
reacções
adversas
(RAs)
comparável
placebo
coerente
farmacologia de valsartan. A incidência de RAs não pareceu estar relacionada com a dose
ou duração do tratamento e também não mostrou qualquer associação com sexo, idade ou
raça.
As RAs comunicadas de estudos clínicos, experiência pós-comercialização e descobertas
laboratoriais estão listadas a seguir de acordo com a classe de órgãos do sistema.
As reacções adversas estão ordenadas por frequência, primeiro as mais
frequentes,
utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (
1/10); frequentes (
1/100, <1/10);
pouco frequentes (
1/1.000, <1/100); raras (
1/10 000, <1/1000); muito raras (<1/10
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000),
incluindo
relatos
isolados.
reacções
adversas
são
ordenadas
ordem
decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
Relativamente a todas as RAs relatadas da experiência pós-comercialização e descobertas
laboratoriais, não é possível aplicar qualquer frequência de RA, pelo que a sua frequência
vem indicada como "desconhecida".
- Hipertensão
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Diminuição
hemoglobina,
Diminuição
hematócrito,
Neutropenia,
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade incluindo doença do soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecida
Aumento do potássio sérico
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Vasculopatias
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Dor abdominal
Afecções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação
valores
função
hepática
incluindo aumento da bilirrubina sérica
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Desconhecida
Angioedema, Erupção cutânea, Prurido
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
Desconhecida
Falência e insuficiência renal, Elevação da
creatinina sérica
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Fadiga
O perfil de segurança visto em estudos clínicos controlados em doentes no pós-enfarte do
miocárdio e/ou com insuficiência cardíaca varia em relação ao perfil de segurança geral
visto em doentes hipertensos. Tal pode estar relacionado com a doença subjacente dos
doentes. As RAs que ocorreram em doentes no pós-enfarte do miocárdio e/ou com
insuficiência cardíaca estão listadas abaixo:
- Pós-enfarte do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca
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Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecida
Trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecida
Hipersensibilidade incluindo doença do soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
Hipercaliemia
Desconhecida
Aumento do potássio sérico
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Tonturas, Tontura postural
Pouco frequentes
Síncope, Cefaleia
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Cardiopatias
Pouco frequentes
Insuficiência cardíaca.
Vasculopatias
Frequentes
Hipotensão, Hipotensão ortostática
Desconhecida
Vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Náuseas, Diarreia
Afecções hepatobiliares
Desconhecida
Elevação dos valores da função hepática
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Pouco frequentes
Angioedema
Desconhecida
Erupção cutânea, Prurido
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecida
Mialgia
Doenças renais e urinárias
Frequentes
Disfunção e insuficiência renal
Pouco frequentes
Insuficiência
renal
aguda,
Elevação
creatinina sérica
Desconhecida
Aumento do azoto da ureia sanguínea
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Astenia, Fadiga
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Uma sobredosagem com Valsartan Hiperbloque pode resultar em hipotensão acentuada,
que poderá levar a um nível deprimido de consciência, colapso circulatório e/ou choque.
Tratamento
APROVADO EM
28-01-2010
INFARMED
medidas
terapêuticas
dependem
tempo
ingestão,
assim
como
tipo
gravidade dos sintomas, sendo de primordial importância a estabilização das condições
circulatórias.
Se ocorrer hipotensão o doente deve ser colocado em decúbito e deverá ser iniciada a
correcção de volume sanguíneo.
É pouco provável que valsartan seja eliminado por hemodiálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores
do eixo renina-angiotensina. Antagonistas dos receptores da angiotensina II código ATC:
C09CA03
Valsartan é um antagonista dos receptores da angiotensina II (Ang II) oralmente activo,
potente e específico. Actua de forma selectiva no subtipo de receptores AT
, responsável
pelas acções conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis plasmáticos de Ang II
após o bloqueio do receptor AT
com valsartan pode estimular o receptor AT
não
bloqueado, que parece contrabalançar o efeito do receptor AT
O valsartan não apresenta
qualquer actividade agonista parcial no receptor AT
e apresenta uma afinidade muito
maior para o receptor AT
(cerca de 20 000 vezes superior) que para o receptor AT
valsartan não se liga a, nem bloqueia, outros receptores hormonais ou canais iónicos
reconhecidamente importantes na regulação cardiovascular.
Valsartan não inibe a ECA (também conhecida como cininase II) que converte a Ang I
em Ang II e degrada a bradiquinina. Dado não haver qualquer efeito sobre a ECA e não
haver
potenciação
bradiquinina
substância
pouco
provável
antagonistas da angiotensina II sejam associados a tosse. Em ensaios clínicos onde o
valsartan foi comparado com um inibidor da ECA, a incidência da tosse seca foi
significativamente
menos (P<0,05) nos doentes tratados com
valsartan do que
doentes tratados com um inibidor de ECA (2,6% versus 7,9% respectivamente). Num
estudo clínico realizado em doentes com história de tosse seca durante o tratamento com
inibidor da ECA, ocorreu tosse em 19,5% dos indivíduos tratados com valsartan e em
19,0%
tratados
diurético
tiazídico,
comparativamente
68,5%
indivíduos tratados com um inibidor da ECA (P <0,05).
Hipertensão
A administração de Valsartan Hiperbloque a doentes com resultados de hipertensão
provoca uma redução da pressão arterial sem afectar a frequência cardíaca.
Na maioria dos doentes, após a administração de uma dose oral única, o início da
actividade anti-hipertensiva ocorre no
intervalo de 2
horas, atingindo-se a redução
máxima da pressão arterial no intervalo de 4-6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste
ao longo de 24 horas após a dosagem. Durante a administração de doses repetidas, o
efeito anti-hipertensivo está substancialmente presente no espaço de 2 semanas e os
efeitos máximos são obtidos no espaço de 4 semanas, mantendo-se durante o tratamento
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INFARMED
prolongado.
Quando
associação
hidroclorotiazida
obtém-se
redução
adicional significativa na pressão arterial.
A retirada abrupta de Valsartan Hiperbloque não foi associada a hipertensão rebound ou a
outros efeitos adversos clínicos.
Em doentes hipertensos com diabetes tipo 2 e microalbuminúria, o valsartan mostrou
diminuir a excreção urinária de albumina. O estudo MARVAL (Micro Albuminuria
Reduction with Valsartan) avaliou a redução na excreção urinária de albumina (UAE)
com valsartan (80-160 mg/uma vez por dia) versus amlodipina (5-10 mg/uma vez por
dia), em 332 doentes com diabetes tipo 2 (idade média: 58 anos; 265 homens) com
microalbuminúria
(valsartan:
µg/min;
amlodipina:
55,4
µg/min),
pressão
arterial
normal ou alta e com função renal conservada (creatinina plasmática <120 µmol/l). Às 24
semanas, a UAE baixou (p<0,001) em 42% (–24,2 µg/min; 95% CI: –40,4 a –19,1) com
valsartan e cerca de 3% (–1,7 µg/min; 95% CI: –5,6 a 14,9) com amlodipina apesar de
taxas semelhantes de redução da pressão arterial em ambos os grupos.
estudo
Valsartan
Hiperbloque
Reduction
Proteinuria
(DROP)
analisou
mais
aprofundadamente a eficácia de valsartan na redução de UAE em 391 doentes hipertensos
(PA=150/88 mmHg) com diabetes tipo 2, albuminúria (média=102 µg/min; 20-700
µg/mín) e função renal conservada (creatinina sérica média = 80 µmol/l). Os doentes
foram aleatorizados para uma de 3 doses de valsartan (160, 320 e 640 mg/por dia) e
tratados durante 30 semanas. A finalidade do estudo foi determinar a dose óptima de
valsartan para reduzir a UAE em doentes hipertensos com diabetes tipo 2. Às 30
semanas, a alteração percentual na UAE foi significativamente reduzida em 36% a partir
da linha basal com valsartan 160 mg (95%CI: 22 a 47%), e 44% com valsartan 320 mg
(95%CI: 31 a 54%). Concluiu-se que 160-320
mg de
valsartan produziu reduções
clinicamente significativas na UAE em doentes hipertensos com diabetes tipo 2.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção:
Após
administração
oral
valsartan
isoladamente,
pico
concentrações
plasmáticas de valsartan é atingido em 2–4 horas. A biodisponibilidade média absoluta é
de 23%. A alimentação diminui a exposição (conforme medida pela AUC) ao valsartan
em cerca de 40% e a concentração plasmática máxima (C
máx
) em cerca de 50%, embora a
partir das 8
h, as concentrações plasmáticas de valsartan pós administração sejam
semelhantes para os grupos alimentados e em jejum. Esta redução na AUC não é,
contudo, acompanhada por uma redução clinicamente significativa no efeito terapêutico e
o valsartan pode, por conseguinte, ser administrado com ou sem ingestão de alimentos.
Distribuição:
volume
distribuição
valsartan
estado
estacionário
após
administração
intravenosa é de cerca de 17 litros indicando que o valsartan não se distribui nos tecidos
de forma extensa. O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às proteínas séricas
(94-97%), principalmente à albumina sérica.
Biotransformação:
APROVADO EM
28-01-2010
INFARMED
O valsartan não é extensamente biotransformado na medida em que apenas cerca de 20%
da dose é recuperada como metabolitos. Foi identificado um hidroximetabolito no plasma
em baixas concentrações (menos do que 10% da AUC de valsartan). Este metabolito é
farmacologicamente inactivo.
Excreção:
O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial (t
< 1 h e t
½ß
cerca
de 9 h). O valsartan é eliminado principalmente por excreção biliar nas fezes (cerca de
83% da dose) e renalmente na urina (cerca de 13% da dose), principalmente sob a forma
de composto inalterado. Após administração intravenosa, a depuração de valsartan no
plasma é de cerca de 2 l/h e a sua depuração renal é de 0,62 l/h (cerca de 30% da
depuração total). A semi-vida de valsartan é de 6 horas.
Populações especiais
Idosos
Nalguns
indivíduos
idosos
observada
exposição
sistémica
valsartan
ligeiramente mais elevada do que nos indivíduos jovens; esta diferença não foi, contudo,
considerada clinicamente significativa.
Disfunção renal
Conforme seria de esperar num composto em que a depuração renal perfaz apenas 30%
da depuração plasmática total, não foi observada qualquer correlação entre a função renal
e a exposição sistémica a valsartan O ajuste da dose não se torna, deste modo, necessário
em doentes com insuficiência renal (depuração de creatinina > 10 ml/min). Não existe
actualmente qualquer experiência sobre a utilização segura em doentes com depuração de
creatinina <10 ml/min nem em doentes a fazer diálise, por conseguinte valsartan deve ser
utilizado com precaução nestes doentes (ver secção 4.2 e 4.4). O valsartan apresenta uma
elevada taxa de ligação às proteínas plasmáticas e é pouco provável que seja eliminado
através de diálise.
Disfunção hepática
Cerca de 70% da dose absorvida é eliminada na bílis, essencialmente na forma inalterada.
Valsartan não passa por qualquer biotransformação digna de registo. Observou-se um
duplicar da exposição (AUC) em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada em
comparação com indivíduos saudáveis. Contudo não foi observada correlação entre a
concentração
plasmática
valsartan
grau
disfunção
hepática.
Valsartan
Hiperbloque não foi estudado em doentes com disfunção hepática grave (ver secção 4.2,
4.3 e 4.4).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam qualquer risco especial para o ser humano baseados
em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dosagem repetida,
genotoxicidade e potencial carcinogénico.
Nos ratos, doses tóxicas a nível materno (600 mg/kg/dia) durante os últimos dias de
gestação e aleitamento levaram a menor sobrevivência, menos aumento de peso e atraso
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INFARMED
no desenvolvimento (descolamento do pavilhão da orelha e abertura do canal auricular)
das crias (ver secção 4.6). Estas doses em ratos (600 mg/kg/dia) foram aproximadamente
18 vezes a dose máxima recomendada para o ser humano numa base de mg/m
cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente de 60 kg). Em estudos não
clínicos de segurança, doses elevadas de valsartan (200 a 600 mg/kg de peso corporal)
provocaram em ratos a redução dos parâmetros dos glóbulos vermelhos (eritrócitos,
hemoglobina,
hematócrito)
evidência
alterações
hemodinâmicas
renais
(ureia
plasmática levemente aumentada e hiperplasia tubular renal e basofilia nos machos).
Estas doses em ratos (200 a 600 mg/kg/dia) foram aproximadamente 6 e 18 vezes a dose
máxima recomendada para o ser humano numa base de mg/m
(os cálculos pressupõem
uma dose oral de 320 mg/dia e um doente de 60 kg).
Em macacos saguís com doses similares as alterações foram similares apesar de com
maior gravidade, particularmente nos rins onde as alterações evoluíram para nefropatia
que incluiu aumento de ureia e creatinina.
Foram
também
verificadas
ambas
espécies
hipertrofia
células
renais
justaglomerulares. Considerou-se que todas as alterações foram causadas pela acção
farmacológica de valsartan, o qual produz uma hipotensão prolongada, particularmente
nos macacos saguís. Para doses terapêuticas de valsartan no ser humano, a hipertrofia das
células renais justaglomerulares parece não ter qualquer relevância.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido revestido por película:
Celulose microcristalina
Crospovidona
Estearato de magnésio
Revestimento do comprimido revestido por película:
Hipromelose
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 8000
Óxido de ferro vermelho (E172)
Óxido de ferro amarelo ( E172)
Óxido de ferro negro (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
18 meses.
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6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Valsartan Hiperbloque 320 mg, comprimidos revestidos por película está disponível em
embalagens “blister” de 7, 14, 28, 56, 98 e 280 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: xxxxxxx – 7 comprimidos revestidos por película, 320 mg, blister PVC-
PE-PVDC/Alu-PVdC
N.º de registo: xxxxxxx – 14 comprimidos revestidos por película, 320 mg, blister PVC-
PE-PVDC/Alu-PVdC
N.º de registo: xxxxxxx – 28 comprimidos revestidos por película, 320 mg, blister PVC-
PE-PVDC/Alu-PVdC
N.º de registo: xxxxxxx – 56 comprimidos revestidos por película, 320 mg, blister PVC-
PE-PVDC/Alu-PVdC
N.º de registo: xxxxxxx – 98 comprimidos revestidos por película, 320 mg, blister PVC-
PE-PVDC/Alu-PVdC
N.º de registo: xxxxxxx – 280 comprimidos revestidos por película, 320 mg, blister PVC-
PE-PVDC/Alu-PVdC
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO