Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
30-09-2008
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APROVADO EM
30-09-2008
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Valsartan Califol 40 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan Califol 80 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan Califol 160 mg comprimidos revestidos por película
Valsartan
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-los a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
algum
efeitos
secundários
agravar
detectar
quaisquer
efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Valsartan Califol e para que é utilizado
2. Antes de tomar Valsartan Califol
3. Como tomar Valsartan Califol
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Valsartan Califol
6. Outras informações
1. O QUE É VALSARTAN CALIFOL E PARA QUE É UTILIZADO
Valsartan
Califol
pertence
classe
medicamentos
conhecidos
como
antagonistas dos receptores da angiotensina II que ajudam a controlar a pressão
arterial elevada. A angiotensina II é uma substância produzida pelo organismo que
provoca constrição dos vasos sanguíneos, induzindo assim um aumento da pressão
arterial.
Valsartan
Califol
funciona
bloqueando
efeito
angiotensina
Consequentemente, os vasos sanguíneos dilatam e a pressão arterial sofre uma
redução.
Valsartan Califol 80 mg e 160 mg, comprimido revestido por película, é utilizado no
tratamento da pressão arterial elevada. A hipertensão arterial aumenta a sobrecarga
do coração e artérias. Se mantida durante um período prolongado, esta doença pode
provocar lesões do cérebro, coração e rins, podendo resultar em acidente vascular
cerebral, insuficiência cardíaca ou insuficiência renal. A pressão arterial elevada
aumenta o risco de enfartes do miocárdio. A redução da pressão arterial para valores
normais reduz o risco de desenvolvimento destas patologias.
Valsartan Califol 40 mg, 80 mg e 160 mg comprimido revestido por película, é
utilizado no tratamento da insuficiência cardíaca quando os inibidores da ECA ( uma
medicação para o tratamento da insuficiência cardíaca) não podem ser utilizados.
Valsartan Califol pode, no entanto, ser utilizado em associação com inibidores da ECA
quando os bloqueadores beta (outra medicação para o tratamento da insuficiência
cardíaca) não podem ser utilizados. A insuficiência cardíaca está associada a falta de
ar e inchaço dos pés e pernas devido à acumulação de líquido. Insuficiência cardíaca
significa que o músculo cardíaco não consegue bombear o sangue com força
suficiente para fornecer todo o sangue necessário a todo o organismo.
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2. ANTES DE TOMAR VALSARTAN CALIFOL
Não tome Valsartan Califol
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao valsartan ou a qualquer outro componente do
Valsartan Califol.
Se estiver grávida ou a amamentar.
Se sofrer de doença hepática ou renal grave ou se estiver sob diálise.
Tome especial cuidado com Valsartan Califol
Se sofrer de doença renal ou hepática.
Se estiver a tomar medicamentos poupadores de potássio, suplementos de potássio
ou substitutos salinos que contenham potássio. Pode ser necessário controlar o nível
de potássio no seu sangue com regularidade.
Se sofrer de doença cardíaca grave que não sejam insuficiência cardíaca sintomática.
Se sofrer de estreitamento da artéria renal.
Se tiver sido submetido recentemente a transplante renal ( novo rim).
sofrer
aldosteronismo, uma
doença em
glândulas
supra-renais
produzem a hormona aldosterona em excesso.
Se tiver diarreia ou vómitos, ou se estiver a tomar doses elevadas de um diurético.
Se estiver a receber tratamento para insuficiência cardíaca sintomática, o seu médico
pode verificar a sua função renal.
Se algum destes casos se aplicar a si, informe o seu médico antes de tomar
Valsartan Califol.
Tomar Valsartan Califol com outros medicamentos
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
O efeito do tratamento pode ser influenciado se o Valsartan Califol for tomado com
alguns medicamentos. Pode ser necessário alterar a dose, tomar outras precauções,
ou nalguns casos interromper o tratamento com um dos medicamentos. Esta
situação aplica-se tanto aos medicamentos de venda por prescrição como aos
medicamentos não sujeitos a receita médica, em especial:
Outros medicamentos utilizados para baixar a pressão arterial, nomeadamente
diuréticos. Medicamentos poupadores do potássio, suplementos de potássio ou
substitutos salinos contendo potássio.
Se estiver a ser tratado para a insuficiência cardíaca sintomática, não se recomenda
a associação tripla com inibidores da ECA e bloqueadores beta (medicamentos para o
tratamento da insuficiência cardíaca).
Medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), um determinado tipo de
analgésicos.
Lítio,
medicamento
utilizado
tratamento
certos
tipos
doença
psiquiátrica.
Tomar Valsartan Califol com alimentos e bebidas
Pode tomar Valsartan Califol com ou sem alimentos
Crianças e adolescentes
Não há experiência de utilização de Valsartan Califol em crianças com idade inferior a
18 anos.
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Pessoas idosas
Também pode tomar Valsartan Califol se tiver 65 anos de idade ou mais.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Não tome Valsartan Califol se estiver grávida. O uso durante a gravidez pode causar
graves lesões no feto. Deve consultar o seu médico assistente de imediato caso
pense estar grávida ou planeie engravidar.
Não tome Valsartan Califol durante o aleitamento. Informe o seu médico assistente
caso se encontre a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Tal como com outros medicamentos utilizados no tratamento da pressão arterial
elevada, Valsartan Califol pode, em casos raros, pode provocar tonturas e afectar a
capacidade de concentração. Deste modo, antes de conduzir, manusear máquinas ou
desempenhar outras tarefas que requeiram concentração, certifique-se de que sabe
como reagir aos efeitos de Valsartan Califol.
3. COMO TOMAR VALSARTAN CALIFOL
Tome Valsartan Califol sempre de acordo com as indicações do médico de modo a
obter os melhores resultados e reduzir o risco de efeitos secundários. Fale com o seu
médico
farmacêutico
tive
dúvidas.
Frequentemente,
doentes
hipertensão arterial não notam quaisquer sinais deste problema. Muitos sentem-se
perfeitamente saudáveis. Torna-se assim fundamental que cumpra o calendário de
consultas com o seu médico, mesmo quando se sente bem.
Hipertensão arterial: a dose normal é de 80 mg por dia. Nalguns casos, o seu médico
poderá prescrever-lhe doses mais elevadas (por ex. 160 mg) ou um medicamento
adicional ( por ex. um diurético).
Insuficiência cardíaca: o tratamento começa geralmente com 40 mg duas vezes por
dia. O seu médico aumentará gradualmente a dose durante várias semanas até um
máximo de 160 mg, duas vezes por dia. Valsartan Califol pode ser administrado
como outro medicamento para a insuficiência cardíaca e o seu médico decidirá qual o
tratamento
adequado
para
dose
final
depende
cada
doente
individualmente conseguir tolerar.
Pode tomar Valsartan Califol com ou sem alimentos. Tome o comprimido com um
copo de água.
Doença renal ou hepática
Se sofrer de insuficiência renal ligeira a moderada, não é necessário ajuste de dose.
Se sofrer de insuficiência hepática ligeira a moderada, a dose não deve exceder os
80 mg por dia. Se sofrer de insuficiência renal ou hepática grave, não deve tomar
Valsartan Califol.
Se tomar Valsartan Califol mais do que deveria
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Se sentir tonturas graves e/ou desmaio contacte imediatamente o seu médico. Se
acidentalmente
tomou
demasiados
comprimidos,
contacte
médico,
farmacêutico ou hospital.
Caso se tenha esquecido de tomar Valsartan Califol
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Valsartan Califol
Interromper o tratamento com Valsartan Califol pode agravar a sua doença. Não
interrompa o tratamento a menos que seja o seu médico a dizer-lhe que o faça.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Valsartan Califol pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Algumas destas reacções
adversas poderão ser semelhante a sintomas causados pela sua situação médica
específica; outras poderão não corresponder sequer a reacções, não tendo qualquer
relação com o seu tratamento.
Alguns efeitos secundários podem ser graves:
Pouco frequentes (que afectam menos de 1 em 100 doentes):
Perda súbita de consciência ou desmaio
Dificuldade em respirar, inchaço dos pés ou pernas devido a retenção de líquidos.
Raros (que afectam menos de 1 em 1.000 doentes):
Inchaço da face, lábios, boca, língua ou garganta que pode causar dificuldade em
engolir, respirar ou falar 1) geralmente associada a erupção cutânea e prurido
(reacção alérgica),
Inflamação dos vasos sanguíneos.
Muitos raros (que afectam menos de 1 em 10.000 doentes):
Redução do número de plaquetas, manifestando-se por hemorragia ou formação de
nódoas negras, mais facilmente do que o normal,
Diminuição da função renal,1)2)
Diminuição
marcada
ausência
produção
urina,
sonolência, náuseas,
vómitos, falta de ar 1).
Contacte o seu médico imediatamente se sentir algum destes sintomas.
Outros efeitos secundários possíveis são:
Comuns (que afectam menos de 1 em 10 doentes):
Infecções virais.
Tonturas ao erguer-se, especialmente quando se encontrava deitado ou sentado.
Pouco comuns (que afectam menos de 1 em 100 doentes):
Infecções das vias respiratórias superiores,
Dor de garganta e desconforto ao engolir,
Sinusite,
Níveis altos de potássio no sangue,
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Perturbações do sono,
Sensação de tontura,
Pressão arterial baixa 2),
Tosse,
Diarreia,
Dor nas costas ou no estômago,
Cansaço,
Fraqueza,
Mau humor (depressão),
Olhos lacrimejantes com prurido, olhos vermelhos ou inchados (conjuntivite),
Perda de sangue pelo nariz,
Cãibras musculares,
Dores musculares,
Rigidez das articulações (artrite),
Raros (que afectam menos de 1 em 1.000 doentes):
Tonturas 2),
Dor intensa, penetrante ou latejante, num determinado nervo,
Erupção cutânea,
Prurido,
Muito raros (que afectam menos de 1 em 10.000 doentes):
Rinite,
Dores de cabeça 2),
Dores articulares,
Dor na região do estômago, náuseas 2)(gastrite, inflamação do estômago),
Hemorragia grave.
1) relatados mais frequentemente após um ataque cardíaco
2) relatados mais frequentemente em doentes com insuficiência cardíaca.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR VALSARTAN CALIFOL
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Valsartan Califol após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após VAL.. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar a temperatura inferior a 30ºC. Conservar na embalagem de origem.
Não utilize Valsartan Califol se verificar que a embalagem se encontra danificada ou
com sinais visíveis de adulteração.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Valsartan Califol
A substância activa é o valsartan 40 mg, 80 mg ou 160 mg
-Os outros ingredientes são celulose microcristalina, crospovidona, e estereato de
magnésio. O revestimento do comprimido contém hipromelose, dióxido de titânio
(E171), macrogol 8000, óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro amarelo
(E172). Os comprimidos de 160 mg contêm ainda óxido de ferro negro (E172)
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Qual o aspecto de Valsartan Califol e conteúdo da embalagem
Valsartan
Califol
comprimidos
revestidos
película,
são
amarelos,
redondos, convexos e com ranhura numa das faces.
Valsartan Califol 80 mg comprimidos revestidos por película, são cor de rosa,
redondos, convexos e com ranhura numa das faces.
Valsartan Califol 160 mg comprimidos revestidos por película, são amarelos a
alaranjados, oblongos e com ranhura numa das faces.
Apresentações: 10, 14, 28, 56 e 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Tecnimede - Sociedade Técnico-Medicinal, S.A.
Rua Prof. Henrique de Barros, Edifício Sagres, 11º
2685-338 PRIOR VELHO
Tel: 21 041 41 00
Fax 21 041 41 06
dmktm.tecnimede@mail.telepac.pt
Fabricantes
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, nº11, Venda Nova, 2700-486 Amadora
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o Titular da
Autorização de Introdução no Mercado.
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. Nome do Medicamento
Valsartan Califol 160 mg comprimidos revestidos por película
2. Composição Qualitativa e Quantitativa
Um comprimido revestido por película contém 160 mg de valsartan.
3. Forma Farmacêutica
Comprimido revestido por película.
Amarelo a alaranjado oblongo, com ranhura numa das faces e convexo. A ranhura
permite que o comprimido seja dividido em duas metades iguais.
4. Informações Clínicas
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão
Tratamento da hipertensão essencial
Insuficiência cardíaca
Tratamento
insuficiência
cardíaca
sintomática
quando
não
possível
utilizar
inibidores da ECA ou como terapêutica adicional aos inibidores da ECA quando não for
possível utilizar beta- bloqueadores (ver secções 4.4 e 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
Hipertensão
A dose recomendada de Valsartan Califol é de 80 mg por dia. O efeito anti- hipertensivo
máximo
ocorre
após
semanas.
Nalguns
doentes
cuja
pressão
arterial
não
esteja
adequadamente controlada, a dose pode ser aumentada até 160 mg.
Valsartan Califol pode também ser administrado com outros agentes anti-hipertensores.
A associação de um diurético tal como a hidroclorotiazida diminuirá ainda mais a pressão
arterial nesses doentes.
Insuficiência cardíaca
A dose inicial recomendada de Valsartan Califol é de 40 mg duas vezes por dia. O ajuste
crescente para 80 mg e 160 mg duas vezes por dia deve ser efectuada a intervalos de pelo
menos duas semanas, até à dose mais elevada que for tolerada pelo doente. Deve ser
considerada a redução da dose dos diuréticos concomitantes. A dose diária máxima
administrada em ensaios clínicos é de 320 mg em doses divididas.
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Valsartan pode ser administrado com outras terapêuticas para a insuficiência cardíaca. No
entanto, a utilização concomitante com um inibidor da ECA e um beta- bloqueador não é
recomendada (ver secções 4.4 e 5.1).
A avaliação dos doentes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da
função renal.
Valsartan Califol pode ser tomado fora das refeições e deve ser administrado com um
pouco de líquido.
Insuficiência renal e hepática
Não é necessário proceder a qualquer ajustamento da dose em doentes com insuficiência
renal ( depuração de creatinina>10 ml/min). Em doentes com insuficiência hepática
ligeira a moderada sem colestase a dose de valsartan não deverá exceder os 80 mg.
Idosos
Nos idosos pode ser usada a mesma dose que em doentes mais jovens.
Crianças e adolescentes
A utilização de Valsartan Califol não é recomendada em crianças com idades inferiores a
18 anos, devido à falta de informação de segurança e eficácia.
4.3 Contra - indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Insuficiência hepática grave, cirrose biliar e colestase.
Insuficiência renal grave (depuração de creatinina< 10 ml/min.) e doentes a fazer diálise.
Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Hipercaliemia
medicação
concomitante
suplementos
potássio,
diuréticos
popadores
potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros fármacos que possam aumentar
os níveis de potássio (heparina, etc.) deve ser usada com a devida precaução e com
monitorização frequente do potássio.
Doentes com depleção de sódio e/ou do volume
Doentes com depleção de sódio e/ou do volume, nomeadamente nos doentes tratados
com doses elevadas de diuréticos, pode ocorrer hipotensão sintomática em casos raros
após o início da terapêutica com Valsartan Califol. A depleção de sódio e/ou do volume
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deve ser corrigida antes de iniciar o tratamento com Valsartan Califol, por exemplo, por
redução da dose de diurético.
Estenose aterial renal
O uso seguro de Valsartan Califol ainda não foi estabelecido em doentes com estenose
arterial renal bilateral ou estenose de rim único.
A administração a curto prazo de Valsartan Califol em doze doentes com hipertensão
renovascular
secundária
estenose
arterial
renal
unilateral
não
induziu
quaisquer
alterações significativas da hemodinâmica renal, creatinina sérica ou azoto da ureia
sanguínea (BUN). Contudo, uma vez que outros fármacos com efeito sobre o sistema
renina-angiotensina-aldosterona podem aumentar a ureia e a creatinina sérica de doentes
com estenose arterial renal unilateral, recomenda-se a monitorização como medida de
segurança.
Transplante renal
Não há experiência sobre o uso seguro de Valsartan Califol em doentes com transplante
renal recente.
Hiperaldosteronismo primário
Doentes com hiperaldosteronismo primário não devem ser tratados com Valsartan Califol
dado que o seu sistema renina- angiotensina se encontra afectado pela doença primária.
Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica abstrutiva.
Tal como com todos os outros vasodilactadores, está indicado um cuidado especial nos
doentes que sofram de estenose aórtica ou mitral ou de cardiomiopatia hipertrófica
obstrutiva.
Insuficiência renal
Não é necessário qualquer ajustamento da dose em doentes com insuficiência renal com
uma depuração de creatinina>10 ml/min.
Insuficiência hepática
Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada sem colestase, valsartan deve
ser usado com precaução. A dose de valsartan não deve exceder 80 mg.
Insuficiência cardíaca
Em doentes com insuficiência cardíaca, a associação tripla de um inibidor da ECA, um
beta- bloqueador e valsartan não demonstrou qualquer benefício clínico ( ver secção 5.1).
Esta associação aparentemente aumenta o risco de efeitos adversos pelo que não é
recomendada.
utilização
Valsartan
Califol
doentes
insuficiência
cardíaca
resulta
frequentemente nalguma redução da pressão arterial, mas a interrupção da terapêutica
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devido a hipotensão sintomática continuada não é habitualmente necessária, desde que
sejam seguidas as
instruções de posologia. Deve ser exercida cautela ao
iniciar a
terapêutica em doentes com insuficiência cardíaca ( ver secção 4.2).
doentes
cuja
função
renal
possa
depender
actividade
sistema
renina-
angiotensina- aldosterona ( por ex. doentes com insuficiência cardíaca congestiva grave),
o tratamento com inibidores da enzima de conversão da angiotensina tem sido associado
com oligúria e/ou azotemia progressiva e, em casos raros, com insuficiência renal aguda.
Como o valsartan é um bloqueador dos receptores da angiotensina II, tem um efeito
inibidor no sistema renina- angiotensina- aldosterona e, portanto, não se pode excluir que
o uso de valsartan possa estar associado a insuficiência da função renal.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não foram observadas quaisquer interacções farmacocinéticas clinicamente significativas
compostos
seguintes
habitualmente
usados
tratamento
doentes
hipertensivos:
cimetidina,
varfarina,
furosemida,
digoxina,
atenolol,
indometacina,
hidroclorotiazida, amlodipina, glibenclamida.
É necessária precaução quando o Valsartan Califol é utilizado concomitantemente com
suplementos de potássio, diuréticos poupadores de potássio, substitutos do sal contendo
potássio ou outros fármacos que possam aumentar os níveis de potássio ( heparina, etc.).
Nestes casos é recomendada a monitorização frequente dos níveis de potássio. O efeito
anti-hipertensivo pode ser aumento por outros agentes anti- hipertensores.
Quando os antagonistas da angiotensina II são administrados simultaneamente com
medicamentos anti- inflamatórios não esteróides (p. ex. inibidores selectivos da COX-2,
ácido acetilsalicilico >3g/dia e AINEs não selectivos) pode ocorrer a atenuação do efeito
anti-hipertensivo.
Adicionalmente,
utilização
concomitante
antagonistas
angiotensina II e AINEs pode levar a um aumento do risco de degradação da função renal
no início do tratamento, assim como hidratação adequada do doente.
Foram relatados aumentos reversíveis das concentrações séricas do lítio e da toxicidade
durante
concomitante
inibidores
ECA.
Não
experiência
concomitante
valsartan
lítio.
Assim,
está
recomendada
monitorização
concentrações séricas de lítio durante o seu uso concomitante.
Estudos de interacção só foram realizados em adultos.
4.6 Gravidez e aleitamento
antagonistas
angiotensina
podem
provocar
lesões
feto,
possivelmente
semelhantes as efeitos causados no feto pelos inibidores da enzima de conversão da
angiotensina. A exposição in utero a inibidores da enzima de conversão da angiotensina
(ECA) administrados à mulher grávida durante o segundo e terceiro trimestres tem
revelado causar lesões e a morte no feto em desenvolvimento. Existem relatos de abortos
espontâneos, oligohidraminos e disfunção renal no recém- nascido, quando mulheres
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gravidas tomaram inadvertidamente valsartan. Tal como para qualquer outro fármaco que
actue directamente sobre o sistema renina- angiotensina- aldosterona (SRAA), Valsartan
Califol não deve ser utilizado durante a gravidez. Em caso de gravidez durante a
administração
Valsartan
Califol
tratamento
deve
interrompido
mais
rapidamente possível.
Desconhece-se o valsartan é excretado no leite humano. O valsartan foi excretado no leite
de ratos fêmeas lactantes. As mães lactantes não devem amamentar enquanto estão a
tomar valsartan.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Ao
conduzir veículos ou manusear
máquinas
há que ter em conta que podem ocorrer
ocasionalmente tonturas ou fadiga.
4.8 Efeitos indesejáveis
Em ensaios clínicos controlados em doentes com hipertensão a incidência global de
efeitos adversos foi comparável à do placebo. A incidência de efeitos adversos não
pareceu estar relacionada com a dose ou com a duração do tratamento e também não
demonstrou associação com o sexo, idade ou raça.
efeitos
adversos
relatados
estudos
clínicos
doentes
hipertensos
independentemente
associação
casual
valsartan
ocorrem
mais
frequentemente com valsartan do que com placebo e as reacções adversas de relatos
individuais são apresentados abaixo de acordo com as classes de sistemas de órgãos.
As reacções adversas medicamentosas (RAM’s) relatadas em ensaios clínicos em doentes
insuficiência
cardíaca
incidência
superior
ocorrendo
mais
frequentemente com valsartan do que com placebo encontram-se igualmente incluídas na
tabela abaixo.
As frequências são definidas como: Muito frequentes (>1/10), frequentes (>1/100,<1/10),
pouco frequentes (>1/1000,>1/100), raros(>1/10000<1/1000), muito raros(<1/10000).
Infecções e infestações
Frequentes:
Infecções virais
Pouco frequentes:
Infecções do tracto respiratório superior, faringite
Muito raros:
Sinusite
Gastroenterite, rinite
Doenças do sangue e do sistema Linfático
Muito raros:
Trombocitopenia
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Doenças do sistema imunitário
Raros: Hipersensibilidade incluindo doença do sono
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes:
Hipercaliemia#
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes:
Depressão, insónia
Doenças do sistema nervoso
Frequentes:
Tontura postural #
Raros: Tonturas ##, nevralgia
Muito raros:
Cefaleias##
Afecções oculares
Pouco frequentes:
Conjuntivite
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes:
Vertigens
Vasculopatias
Frequentes:
Hipotensão ortostática#
Pouco frequentes:
Hipotensão##
Raros: Vasculite
Muito raros:
Hemorragia
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes:
Tosse, epistaxe
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes:
Diarreia, dor abdominal
Muito raros:
Náuseas ##
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Raros: exantema, prurido
Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes:
Dor nas costas, cãibras musculares, mialgia, artrite
Muito raros:
Artralgia
Afecções renais e urinárias
Muito raro:
Insuficiência renal ##,
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes:
fadiga, astenia
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# Relatado como pouco frequente na indicação da insuficiência cardíaca
## Relatado mais frequentemente na indicação da insuficiência cardíaca (frequentes:
tonturas, insuficiência renal, hipotensão; pouco frequentes: cefaleias, náuseas)
No estudo VALIANT foram registados quatro tipos de efeitos adversos em particular;
estes foram hipotensão, disfunção renal, tosse e edema angioneurótico. O efeito adverso
pré especificado que resultou mais frequentemente em descontinuação permanente do
fármaco em estudo foi a hipotensão:1,8% dos doentes tratados com valsartan+ captopril
relataram este efeito, em comparação com 1,4% dos doentes tratados com valsartan e
0,8% dos doentes tratados com captopril. A disfunção renal foi menos frequente em
doentes tratados com captopril e a tosse foi menos frequente em doentes tratados com
valsartan. Não se verificaram diferenças relativamente ao edema angioneurótico.
A percentagem de descontinuação permanente devido a efeitos adversos foi de 5,8% nos
doentes tratados com valsartan, 7,7% nos doentes tratados com captopril e 9,0% nos
doentes tratados com valsartan e captopril.
Achados laboratoriais
Raramente,
valsartan
pode
estar
associado
reduções
hemoglobina
hemacrótico. Em ensaios clínicos controlados, 0,8% e 0,4% dos doentes tratados com
Valsartan
Califol
registaram
reduções
significativas
(>20%)
hematócrito
hemoglobina,
respectivamente.
Comparativamente,
0,1%
doentes
tratados
placebo apresentaram redução no hematócrito e na hemaglobina.
Observou-se neutropenia em 1,9% dos doentes tratados com valsartan em comparação
com 1,6% nos doentes tratados com inibidores da ECA, tais como o enalapril ou o
lisinopril em doses de 20 mg e 10 ou 20 mg versus 0,8% tratados com placebo,
respectivamente.
Nos estudos clínicos controlados, observaram-se aumentos significativos da creatinina
sérica, potássio e bilirrubina total, respectivamente em 0,8%, 44% e 6 % dos doentes
tratados com valsartan versus 1,6%, 6,4% e 12,9% dos doentes tratados com inibidores
da ECA.
Em doentes com insuficiência cardíaca, foi observado um aumento de mais de 50% de
creatinina sérica em 3,9 dos doentes tratados com Valsartan Califol em comparação com
0,9% dos doentes tratados com placebo. Nestes doentes houve um aumento de mais de 20
% nos níveis de potássio sérico que foi observado em 10% dos doentes tratados com
Valsartan Califol em comparação com 5,1% dos doentes tratados com placebo.
APROVADO EM
30-09-2008
INFARMED
Em estudos de insuficiência cardíaca foi observado um aumento de mais de 50% no azoto
de ureia sanguínea (BUN) em 16,6% dos doentes tratados com valsartan em comparação
com 6,3 dos doentes tratados com placebo.
Foram referidas, ocasionalmente, elevações dos valores da função hepática nos doentes
hipertensivos tratados com valsartan.
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Uma sobredosagem com Valsartan Califol pode resultar em hipotensão acentuada, que
poderá levar a um nível deprimido de consciência, colapso circulatório e/ou choque.
Tratamento
medidas
terapêuticas
dependem
tempo
ingestão,
assim
como
tipo
gravidade dos sintomas, sendo de primordial importância a estabilização das condições
circulatórias.
Deve administrar-se sempre ao doente uma quantidade suficiente de carvão activado.
ocorrer
hipotensão
doente
deve
colocado
decúbito
deve
ser-lhe
administrado rapidamente um suplemento de sal e volume.
Valsartan não pode ser eliminado por hemodiálise dado a sua elevada ligação às proteínas
plasmáticas.
5. Propriedades Farmacológicas
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
3.4.2.2-Aparelho
cardiovascular.
Anti-
hipertensores.
Modificadores do eixo renina angiotensina. Antagonistas dos receptores da angiotensina,
código ATC: C09C A03.
A angiotensina II é a hormona activa do SRAA, formada a partir da angiotensina I por
acção
ECA.
angiotensina
liga-se
receptores
específicos
localizados
membranas
celulares
vários
tecidos
exerce
ampla
variedade
efeitos
fisiológicos, incluindo, em particular, o envolvimento tanto directo como indirecto na
regulação da pressão arterial. Como vasoconstritor potente, a angiotensina II exerce uma
resposta directa, promovendo, além disso, retenção do sódio e estimulação da secreção de
aldosterona.
Valsartan Califol ( valsartan) é um antagonista dos receptores da angiotensina II ( Ang II)
oralmente activo, potente e específico. Actua de forma selectiva no subtipo de receptores
AT1, responsável pelas acções conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis
APROVADO EM
30-09-2008
INFARMED
plasmáticos de Ang II após o bloqueio dos receptores AT1 com valsartan pode estimular
os receptores AT2 não bloqueados, que parecem contrabalançar o efeito dos receptores
AT1. O valsartan não apresenta a actividade agonista parcial no receptor AT1 e apresenta
uma afinidade muito maior para o receptor AT1 ( 20 000 vezes superior) que para o
receptor AT2.
O valsartan não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte a Ang I
degrada
bradicinina.
Não
são
esperar
efeitos
secundários
correlacionados com a não potenciação da bradiquinina. Nos estudos clínicos em que
valsartan foi comparado com um inibidor da ECA, a incidência de tosse seca foi
significativamente menor (p<0,05) nos doentes tratados com valsartan doq eu nos doentes
tratados com um inibidor da ECA (2,6% versus 7,9% respectivamente). Num estudo
clínico realizado em doentes com história de tosse seca durante o tratamento com inibidor
da ECA, ocorreu tosse em 19,5% dos indivíduos tratados com valsartan e em 19,0% dos
tratados com um diurético tiazídico, comparativamente a 68,5% nos indivíduos tratados
com um inibidor da ECA (p<0,05). O valsartan não se liga a, nem bloqueia, outros
receptores hormonais ou canais
iónicos reconhecidamente
importantes na regulação
cardiovascular.
Hipertensão
A administração de Valsartan Califol a doentes hipertensos provoca uma redução da
pressão arterial sem afectar a frequência cardíaca.
Na maioria dos doentes, após a administração de uma dose oral única, o início da
actividade anti- hipertensiva ocorre no intervalo de 2 hora, atingindo-se a redução
máxima da pressão arterial com qualquer dose é geralmente obtida decorridas 2-4
semanas, mantendo-se durante o tratamento prolongado. Quando em associação com
hidroclorotiazida obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.
A interrupção súbita de Valsartan Califol não está associada a hipertensão de rebound ou
a quaisquer outros efeitos adversos clínicos.
Insuficiência cardíaca
VAL-HeFT foi um ensaio clínico aleatorizado, controlado, multinacional de valsartan em
comparação
placebo
morbilidade
mortalidade
5010
doentes
insuficiência cardíaca das classes II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA a receber a
terapêutica
convencional com
fracção de ejecção do ventrículo esquerdo < 40% e
diâmetro diastólico interno ventricular esquerdo > 2,9 cm/m2. A terapêutica de base
incluiu inibidores da ECA (93%), diuréticos(86%), digoxina (67%) e beta bloqueadores
(36%). A duração média do seguimento foi de aproximadamente dois anos. A dose diária
média de Valsartan Califol
no estudo foi de
mg. O
estudo teve 2 endpoints
principais: a mortalidade por todas as causas ( tempo de sobrevida) e a morbilidade por
insuficiência cardíaca ( tempo até ao primeiro evento médico) definida como morte,
morte
súbita
ressuscitação,
hospitalização
insuficiência
cardíaca
APROVADO EM
30-09-2008
INFARMED
administração de fármacos vasodilactadores ou inotrópicos intravenosos durante quatro
horas ou mais sem hospitalização.
A mortalidade por todas as causas foi semelhante nos grupos valsartan e placebo. A
morbilidade foi significativamente reduzida em 13,2% com valsartan com comparação
com o placebo ( 28,8% vs. 32,1%). O benefício principal foi uma redução do risco de
27,5% no tempo até à primeira hospitalização por insuficiência cardíaca ( 13,9%) vs.
18,5%). Resultados que pareciam favorecer o placebo foram observados nos doentes a
receber a associação tripla de um inibidor da ECA, um beta bloqueador e valsartan. No
entanto, outros estudos, tais como o VALIANT, no qual a mortalidade não esteve
aumentada nestes doentes, reduziram as preocupações no que respeita à associação tripla.
Os benefícios foram superiores nos doentes não tratados quer com inibidores da ECA
quer com beta bloqueadores. Nos doentes não tratados com
inibidores da ECA, a
morbilidade foi significativamente reduzida em 44% (24,9% vs. 42,5%) e o risco de
tempo até à primeira hospitalização por insuficiência cardíaca foi significativamente
reduzido em 53% ( 13,0% vs 26,5% como valsartan, em comparação com o placebo.
Na população geral do estudo Val-HeFT, os doentes tratados com valsartan apresentaram
uma melhoria significativa na classe da NYHA e nos sinais e sintomas de insuficiência
cardíaca,
incluindo
dispneia,
fadiga,
edema
fervores
quando
comparados
placebo. Os doentes tratados com valsartan tiveram uma melhor qualidade de vida, tal
como demonstrado pela pontuação na escala Minnesota Living with Heart failure Quality
of Life a partir do valor basal até ao end point, do que o placebo. A fracção de ejecção
doentes tratados
valsartan
significativamente
aumentada
diâmetro
diastólico interno ventricular esquerdo significativamente reduzido desde o valor basal
até ao endpoint, em comparação com o placebo.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
A absorção de valsartan após a administração oral é rápida, embora a quantidade
absorvida varie grandemente. A biodisponibilidade média absoluta de Valsartan Califol é
de 23%. O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial ( t ½
< 1h
e t1/2
aproximadamente igual a 9 h).
A farmacocinética de valsartan é linear no intervalo de doses testado. Na administração
repetida, não se observam quaisquer alterações na cinética de valsartan, verificando-se
acumulação
insignificante
administração
única
diária.
Obtiveram-se
concentrações plasmáticas semelhantes no homem e na mulher.
valsartan
apresenta
elevada
taxa
ligação
proteínas
séricas
(94-97%),
principalmente à albumina sérica. O volume de distribuição no estado estacionário é de
cerca de 17 litros. A depuração plasmática é cerca de 2l/h. O valsartan é principalmente
eliminado como composto inalterado na bílis e na urina. À velocidade normal de filtração
glomerular (120 ml/min), a depuração renal perfaz cerca de 30 % da depuração total
APROVADO EM
30-09-2008
INFARMED
plasmática. Foi identificado um hidroximetabolito no plasma em baixas concentrações (
menos
valsartan).
Este
metabolito
farmacologicamente
inactivo. Após administração oral 83% da dose é excretada nas fezes e 13% na urina,
principalmente sob a forma de composto inalterado.
Quando Valsartan Califol é administrado com os alimentos, a área sob a curva de
concentração
plasmática
(AUC)
valsartan
sofre
redução
embora
aproximadamente a partir das 8 horas após a administração as concentrações plasmáticas
de valsartan sejam semelhantes nos grupos post- prandial e em jejum. Esta redução da
AUC não é, contudo, acompanhada por uma redução clinicamente significativa no efeito
terapêutico.
O tempo médio até à concentração máxima e o tempo de semi-vida de eliminação d
valsartan nos doentes com insuficiência cardíaca são semelhantes aos observados nos
voluntários saudáveis. Os valores de AUC e Cmax de valsartan são quase proporcionais
ao aumento da dose ao longo do intervalo de doses clínicas (40 mg a 160 mg duas vezes
por dia). O factor de acumulação médio é de cerca de 1.7. A depuração aparente do
valsartan após a administração oral é de cerca de 4,5l/h. A idade não afecta a depuração
aparente nos doentes com insuficiência cardíaca.
Populações especiais
Idosos
Nalguns
indivíduos
idosos
observada
exposição
sistémica
valsartan
ligeiramente mais elevada do que nos indivíduos jovens; esta diferença não foi, contudo,
considerada clinicamente significativa.
Insuficiência renal
Conforme seria de esperar num composto em que a depuração renal perfaz apenas 30%
da depuração plasmática total, não foi observada qualquer correlação entre a função renal
e a exposição sistémica a valsartan. O ajustamento da dose não se torna, deste modo,
necessário em doentes com insuficiência renal (depuração de creatinina > 10 ml/min).
Não há dados disponíveis relativos a doentes com insuficiência renal grave (depuração de
creatinina < 10 ml/min) e doentes a fazer diálise. O valsartan apresenta, contudo, uma
elevada taxa de ligação às proteínas plasmáticas, pelo que não deverá ser possível a sua
remoção através da hemodiálise.
Insuficiência hepática
ensaio
farmacocinético
doentes
disfunção
hepática
ligeira
(n=6)
moderada
(n=5)
exposição
valsartan
aumentada
cerca
vezes
comparativamente a voluntários sãos. Não há dados disponíveis sobre o uso de valsartan
em doentes com disfunção hepática grave.
APROVADO EM
30-09-2008
INFARMED
5.3 Dados de segurança pré - clínica
Informação não- clínica revela que não existem malefícios específicos para humanos,
baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dosagem
repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade para reprodução.
Em estudos não- clínicos de segurança, doses elevadas de valsartan (200 a 600 mg/kg de
peso corporal) provocaram em ratos a redução dos parâmetros das células sanguíneas
arteriais
(eritrócitos,
hemoglobina,
hematócritos)
evidência
alterações
hemodinâmicas renais (ureia plasmática levemente aumentada e hiperplasia tubular renal
e basofilia nos machos). Em macacos saguís com doses similares as alterações foram
similares apesar de com maior gravidade, particularmente nos rins onde as alterações
evoluíram para nefropatia que incluiu aumento de ureia e creatinina.
Foram
também
verificadas
ambas
espécies
hipertrofia
células
renais
justaglomerulares. Considerou-se que todas as alterações foram causadas pela acção
farmacológica de valsartan, o qual produz uma hipotensão prolongada, particularmente
nos macacos saguís. Para doses terapêuticas de valsartan no homem, a hipertrofia das
células renais justaglomerulares parecem não ter qualquer relevância.
Não
observaram
quaisquer
indícios
mutagenicidade,
elastogenicidade
carcinogenicidade.
6. Informações Farmacêuticas
6.1 Lista dos excipientes
Celulose microcristalina,
Crospovidona,
Estereato de magnésio.
Hipromelose,
Dióxido de titânio (E171),
Macrogol 8000,
Óxido de ferro vermelho (E172),
Óxido de ferro amarelo (E172)
Óxido de ferro negro (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
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INFARMED
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC. Conservar na embalagem de origem.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PE/PVDC/Alu-PVDC.
Apresentações: 10, 14, 28, 56 e 60 comprimidos revestidos por película
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais
7. Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Tecnimede- Sociedade Técnico Medicinal S.A.
Rua Professor Henrique de Barros, Edifício Sagres 3 º A
2685 - 338 PRIOR VELHO
Tel: 21 041 41 00
Fax 21 041 41 06
dmktm.tecnimede@mail.telepac.pt
8. Números da Autorização de Introdução no Mercado.
Nº de registo: XXXXXXX – 10 Comprimidos revestidos por película, 160 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu-PVDC.
Nº de registo: XXXXXXX – 14 Comprimidos revestidos por película, 160 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu-PVDC
Nº de registo: XXXXXXX – 28 Comprimidos revestidos por película, 160 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu-PVDC
Nº de registo: XXXXXXX – 56 Comprimidos revestidos por película, 160 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu-PVDC
Nº de registo: XXXXXXX – 60 Comprimidos revestidos por película, 160 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu-PVDC
9. Data da Primeira Autorização / Renovação da Autorização de Introdução no Mercado
10. Data da Revisão do Texto