Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
28-02-2011
28-02-2011
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
VALSARTAN + HIDROCLOROTIAZIDA LEUGIM 160 mg +25 mg
Comprimidos revestidos por película
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim e para que é utilizado
2. Antes de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
3. Como tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
6. Outras informações
1. O QUE É VALSARTAN + HIDROCLOROTIAZIDA LEUGIM E PARA QUE É UTILIZADO
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim comprimidos revestidos por película contém
duas substâncias activas denominadas valsartan e hidroclorotiazida. Ambas as
substâncias ajudam a controlar a pressão arterial elevada (hipertensão).
Valsartan
pertence
classe
medicamentos
conhecidos
como
“antagonistas dos receptores da angiotensina II” que ajudam a controlar a pressão
arterial elevada. A angiotensina II é uma substância produzida pelo organismo que
provoca constrição dos vasos sanguíneos, induzindo assim um aumento da pressão
arterial. Valsartan actua bloqueando o efeito da angiotensina II. Consequentemente,
os vasos sanguíneos dilatam e a pressão arterial diminui.
- Hidroclorotiazida pertence a um grupo de medicamentos denominados diuréticos
tiazídicos. A Hidroclorotiazida aumenta o fluxo de urina, o que também reduz a
pressão arterial.
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim é utilizado no tratamento da pressão arterial
elevada quando esta não está adequadamente controlada com uma substância em
monoterapia.
A pressão arterial elevada aumenta a sobrecarga do coração e artérias. Se não for
tratada, pode provocar lesões nos vasos sanguíneos do cérebro, coração e rins,
podendo dar origem a um acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca ou
insuficiência renal. A pressão arterial elevada aumenta o risco de ataques de
coração. A redução da pressão arterial para valores normais reduz o risco de
desenvolvimento destas patologias.
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2. ANTES DE TOMAR VALSARTAN + HIDROCLOROTIAZIDA LEUGIM
Não tome Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
- se tem alergia (hipersensibilidade) a valsartan, hidroclorotiazida, derivados de
sulfonamida (substâncias quimicamente relacionadas com hidroclorotiazida) ou a
qualquer outro componente do Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim;
- se estiver grávida de mais de 3 meses (também é melhor evitar tomar Valsartan +
Hidroclorotiazida Leugim no início da gravidez – ver secção de gravidez);
- se sofrer de doença hepática grave;
- se sofrer de doença renal grave;
- se for incapaz de urinar;
- se estiver a fazer diálise;
- se os níveis de potássio ou sódio no sangue forem mais baixos do que o normal, ou
se o nível de cálcio no sangue for superior ao normal apesar de tratamento;
- se tiver gota.
Se algum destes casos se aplicar a si, não tome este medicamento e consulte o seu
médico.
Tome especial cuidado com Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
- se estiver a tomar medicamentos poupadores de potássio, suplementos de potássio
substitutos salinos
contenham
potássio,
outros medicamentos
aumentem a quantidade de potássio no sangue, tais como heparina. O seu médico
pode
necessidade
verificar
nível
potássio
sangue
regularidade;
- se tiver níveis baixos de potássio no sangue;
- se tiver diarreia ou vómitos graves;
- se estiver a tomar doses elevadas de diuréticos;
- se sofrer de doença cardíaca grave;
- se sofrer de estreitamento da artéria renal;
- se tiver sido submetido recentemente a transplante renal;
- se sofrer de hiperaldosteronismo. Trata-se de uma doença em que as glândulas
supra-renais produzem a hormona aldosterona em excesso. Se isto se aplicar a si, o
uso de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim não é recomendado;
- se sofrer de doença renal ou hepática;
- se tiver febre, erupção cutânea e dor nas articulações, que possam ser sintomas de
lúpus eritematoso sistémico (LES, uma doença auto-imune);
- se tiver diabetes, gota, níveis elevados de colesterol ou gordura no sangue;
- se tiver tido reacções alérgicas com outros fármacos para redução da pressão
arterial desta classe (antagonistas do receptor da angiotensina II), ou se tiver alergia
ou asma;
- pode provocar aumento da sensibilidade da pele ao sol.
Não se recomenda a utilização de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim em crianças
e adolescentes (com idade inferior a 18 anos).
Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim não é recomendado no início da gravidez, e não
pode ser tomado se tiver mais de 3 meses de gravidez, porque pode causar lesões
graves no seu bebé se for utilizado naquela fase (ver secção de gravidez).
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Ao tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim com outros medicamentos
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
O efeito do tratamento pode ser influenciado se Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
for tomado com determinados medicamentos. Pode ser necessário alterar a dose,
tomar outras precauções, ou, nalguns casos, interromper o tratamento com um dos
medicamentos. Esta situação aplica-se aos seguintes medicamentos:
lítio,
medicamento
utilizado
tratamento
certos
tipos
doença
psiquiátrica;
- medicamentos que afectam ou possam ser afectados por níveis de potássio no
sangue, tais como digoxina (um medicamento para controlar o ritmo cardíaco),
alguns medicamentos antipsicóticos;
- medicamentos que possam aumentar a quantidade de potássio no sangue, tais
como suplementos de potássio, substitutos salinos contendo potássio, medicamentos
poupadores de potássio, heparina;
- medicamentos que possam reduzir a quantidade de potássio no sangue, tais como
corticosteróides, alguns laxantes;
diuréticos,
medicamentos
para
tratamento
gota,
tais
como
alopurinol,
suplementos de vitamina D e cálcio, medicamentos para tratamento da diabetes
(medicamentos orais ou insulinas);
outros
medicamentos
utilizados
para
baixar
pressão
arterial
tais
como,
bloqueadores
beta
metildopa,
medicamentos
estreitem
vasos
sanguíneos ou estimulem o coração, tais como noradrenalina ou adrenalina;
- medicamentos que aumentem os níveis de açúcar no sangue, tais como diazóxido;
- medicamentos para tratamento de cancro tais como metotrexato ou ciclofosfamida;
- analgésicos (medicamentos para as dores);
- medicamentos para a artrite;
- medicamentos relaxantes musculares tais como tubocurarina;
- medicamentos anticolinérgicos tais como atropina ou biperideno;
- amantadina (um medicamento utilizado para prevenir a gripe);
- colestiramina e colestipol (medicamentos utilizados para tratamento de níveis
elevados de gorduras no sangue);
- ciclosporina, um medicamento utilizado no transplante de órgãos para evitar a
rejeição do órgão;
- alguns antibióticos (tetraciclinas), anestésicos e sedativos;
- carbamazepina, um medicamento para tratamento de convulsões.
Ao tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim com alimentos e bebidas
Pode tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim com ou sem alimentos.
Evite beber bebidas alcoólicas enquanto não tiver falado com o seu médico. O álcool
pode fazer com que a pressão arterial baixe mais ou pode aumentar o risco de ficar
tonto ou desmaiar.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida:
Normalmente o seu médico irá aconselhá-la a interromper o tratamento com
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim antes de engravidar ou assim que você saiba
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que está grávida, e irá aconselhá-la a tomar outro medicamento para substituição de
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim. Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim não é
recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se tiver mais de 3 meses
de gravidez porque pode causar lesões graves no seu bebé se for utilizado depois do
terceiro mês de gravidez.
Informe o seu médico caso se encontre a amamentar ou se vai começar a
amamentar:
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim não é recomendado para mães que estão a
amamentar e o seu médico poderá escolher outro tratamento para si se desejar
amamentar, especialmente se o seu bebé for recém-nascido ou for prematuro.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Antes de conduzir um veículo, utilizar ferramentas ou máquinas, ou desempenhar
outras tarefas que requeiram concentração, certifique-se de que sabe como reage
efeitos
Valsartan
Hidroclorotiazida
Leugim.
como
outros
medicamentos utilizados no tratamento da pressão arterial elevada, Valsartan +
Hidroclorotiazida Leugim pode, em casos raros, provocar tonturas e afectar a
capacidade de concentração.
3. COMO TOMAR VALSARTAN + HIDROCLOROTIAZIDA LEUGIM
Tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim sempre de acordo com as indicações do
médico. Isto contribuirá para obter os melhores resultados e diminuir o risco de
efeitos secundários. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Frequentemente, os doentes com hipertensão arterial não notam quaisquer sinais
deste
problema.
Muitos
sentem-se
perfeitamente
normais.
Torna-se
assim
fundamental que cumpra o calendário de consultas com o seu médico, mesmo
quando se sente bem.
médico
dir-lhe-á
exactamente
quantos
comprimidos
Valsartan
Hidroclorotiazida Leugim deve tomar. Dependendo da sua resposta ao tratamento, o
seu médico poderá receitar uma dose mais elevada ou mais baixa.
- A dose normal de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim é de um comprimido por
dia.
- Não altere a dose nem deixe de tomar os comprimidos sem consultar o seu
médico.
- O medicamento deve ser sempre tomado à mesma hora todos os dias,
geralmente de manhã.
- Pode tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim com ou sem alimentos.
- Engula os comprimidos com um copo de água.
A ranhura dos comprimidos de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim 160 mg + 25 mg
destina-se unicamente a facilitar a sua divisão, de modo a ajudar a deglutição, e não a
dividir o comprimido em doses iguais.
Se tomar mais Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim do que deveria
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Se sentir tonturas graves e/ou desmaio, deite-se e contacte imediatamente o seu
médico. Se acidentalmente tomou demasiados comprimidos, contacte o seu médico,
farmacêutico ou hospital.
Caso se tenha esquecido de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose tome-a assim que se lembrar. No
entanto, se estiver quase na hora de tomar a dose seguinte, não tome a dose que se
esqueceu.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
Interromper o tratamento com Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim pode agravar a
sua pressão arterial. Não deixe de tomar o medicamento a menos que seja o seu
médico a dizer-lhe que o faça.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim pode causar
efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Estes efeitos secundários podem ocorrer com determinadas frequências que são
definidas a seguir:
- muito frequentes: afecta mais de 1 utilizador em cada 10,
- frequentes: afecta 1 a 10 utilizadores em cada 100,
- pouco frequentes: afecta 1 a 10 utilizadores em cada 1.000,
- raros: afecta 1 a 10 utilizadores em cada 10.000,
- muito raros: afecta menos de 1 utilizador em cada 10.000,
desconhecido:
não
possível
estimar
frequência
partir
dados
disponíveis.
Alguns sintomas podem ser graves e requerem assistência médica imediata:
Deve consultar imediatamente o seu médico se tiver sintomas de angioedema como,
por exemplo:
- inchaço da face, língua ou faringe,
- dificuldade em engolir,
- erupção cutânea e dificuldades em respirar.
Outros efeitos secundários incluem:
Pouco frequentes
- tosse,
- pressão arterial baixa,
- sensação de cabeça oca,
- desidratação (com sintomas de sede, boca e língua seca, micção pouco frequente,
urina de coloração escura, pele seca),
- dor muscular,
- cansaço,
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- formigueiro ou dormência,
- perturbação da visão,
- ruídos (ex. sibilos, zumbidos) nos ouvidos.
Muito raros
- tonturas,
- diarreia,
- dor nas articulações.
Desconhecidos
- dificuldade em respirar,
- redução acentuada do fluxo urinário,
- nível baixo de sódio no sangue (por vezes com náuseas, cansaço, confusão, mal-
estar, convulsões),
- nível baixo de potássio no sangue (por vezes com fraqueza muscular, cãibras,
arritmias cardíacas),
- nível baixo de glóbulos brancos no sangue (com sintomas como febre, infecções da
pele, inflamação da garganta ou úlceras na boca devidas a infecções, fraqueza),
- aumento do nível de bilirrubina no sangue (que pode, em casos graves, provocar
pele e olhos amarelos),
- aumento do nível de ureia e de creatinina no sangue (que pode ser sugestivo de
função renal alterada),
- aumento do nível de ácido úrico no sangue (que pode, em casos graves, provocar
gota),
- síncope (desmaio).
Efeitos secundários reportados com valsartan ou hidroclorotiazida isoladamente, mas
não observados com:
Valsartan
Pouco frequentes
- sensação de andar à roda,
- dor abdominal.
Desconhecidos
- erupção cutânea com ou sem comichão associados a alguns dos seguintes sinais ou
sintomas: febre, dor articular, dor muscular, nódulos linfáticos inchados e/ou
sintomas semelhantes aos da gripe,
- erupção cutânea, manchas vermelho-arroxeadas, febre, comichão (sinais de
inflamação dos vasos sanguíneos),
diminuição
nível
plaquetas
sangue
(acompanhada
vezes
hemorragias ou hematomas anormais),
- aumento do nível de potássio no sangue (por vezes com espasmos musculares,
ritmo cardíaco anormal),
- reacções alérgicas (com sintomas como erupção cutânea, comichão, urticária,
dificuldade em respirar ou engolir, tonturas),
- inchaço sobretudo da face e garganta, erupção cutânea, comichão,
- elevação dos valores da função hepática,
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- diminuição do nível de hemoglobina e diminuição da percentagem de glóbulos
vermelhos no sangue (que podem ambos, em casos raros, provocar anemia),
- insuficiência renal.
Hidroclorotiazida
Frequentes
- erupção cutânea com comichão e outras formas de erupção cutânea,
- perda de apetite,
- náuseas ligeiras e vómitos,
- desmaio, sensação de desmaio ao levantar-se,
- impotência.
Raros
- Inchaço e vesículas na pele (devidas a aumento da sensibilidade ao sol),
obstipação,
desconforto
gastrointestinal,
distúrbios
hepáticos
(olhos
pele
amarela),
- batimentos cardíacos irregulares,
- dor de cabeça,
- perturbações do sono,
- tristeza (depressão),
- níveis baixos de plaquetas do sangue (por vezes com hemorragia ou hematomas
na pele).
Muito raros
- Inflamação dos vasos sanguíneos com sintomas como erupção cutânea, manchas
vermelho-arroxeadas, febre;
- prurido ou vermelhidão da pele;
- vesículas nos lábios, olhos ou boca;
- descamação da pele;
- febre;
- erupção cutânea facial associada a dor nas articulações;
- distúrbios musculares;
- febre (lúpus eritematoso cutâneo);
- dor intensa na região superior do abdómen;
- ausência ou níveis baixos das várias células do sangue;
- reacções alérgicas graves;
- dificuldade em respirar;
- infecção pulmonar; falta de ar.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR VALSARTAN + HIDROCLOROTIAZIDA LEUGIM
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
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Não utilize Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim após o prazo de validade impresso
na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não conservar acima de 30ºC.
Não utilize Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim se verificar que a embalagem se
encontra danificada ou apresenta sinais visíveis de adulteração.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
As substâncias activas são o valsartan e a hidroclorotiazida.
Cada comprimido revestido por película contém 160 mg de valsartan e 25 mg de
hidroclorotiazida.
Os outros componentes são: celulose microcristalina, crospovidona e estearato de
magnésio. O revestimento do comprimido contém: hipromelose 6 cP, dióxido de
titânio (E171), talco, macrogol 8000,óxido de ferro vermelho (E172) e óxido de ferro
negro (E172).
Qual o aspecto de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim e conteúdo da embalagem
comprimidos
Valsartan
Hidroclorotiazida
Leugim
comprimidos revestidos por película são de cor laranja, oblongos e convexos,
ranhurados de um dos lados.
Os comprimidos apresentam-se em embalagens “blisters” de 10, 14, 28, 56 ou 280
comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Premium Pharma – Sociedade Técnico-Medicinal, Lda.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
Fabricante
West Pharma – Produções de Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, n.º 11, Venda Nova, 2700-486 Amadora, Portugal
Atlantic Pharma – Produções Farmacêuticas, S.A.
Rua da Tapada Grande, n.º 2, Abrunheira, 2710-089 Sintra, Portugal
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Medicamento sujeito a receita médica
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1. NOME DO MEDICAMENTO
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim 160 mg + 25 mg comprimidos revestidos por
película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 160 mg de valsartan e 25 mg de hidroclorotiazida.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Os comprimidos de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim 160 mg + 25 mg são de cor
laranja,
oblongos
convexos,
ranhurados
lados.
ranhura
comprimidos destina-se unicamente a facilitar a sua divisão, de modo a ajudar a
deglutição, e não a divisão em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da hipertensão essencial em adultos.
A associação de dose fixa de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim está indicada em
doentes cuja pressão arterial não esteja adequadamente controlada com valsartan
ou hidroclorotiazida em monoterapia.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
A dose recomendada de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim 160 mg + 25 mg é de
um comprimido revestido por película por dia. É recomendada a titulação da dose
componentes
individuais.
cada
caso,
titulação
dose
componentes individuais para a dosagem seguinte deve ser acompanhada de modo a
reduzir o risco de hipotensão e outras reacções adversas.
Quando for clinicamente apropriado pode ser considerada a mudança directa da
monoterapia para a associação de dose fixa em doentes cuja pressão arterial não
esteja
adequadamente
controlada
valsartan
hidroclorotiazida
monoterapia,
desde
sequência
titulação
dose
componentes
individuais seja seguida.
A resposta clínica a Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim deve ser avaliada após o
início da terapêutica e se a pressão arterial se mantiver descontrolada, a dose pode
ser aumentada através do aumento de qualquer um dos componentes até à dose
máxima de Valsartan + Hidroclorotiazida 320 mg + 25 mg.
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O efeito anti-hipertensivo está substancialmente presente no espaço de 2 semanas.
Na maior parte dos doentes, os efeitos máximos são observados no período de 4
semanas. No entanto, alguns doentes podem necessitar de um tratamento de 4-8
semanas. Isto deve ser tido em consideração durante a titulação de dose.
Modo de administração
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim pode ser tomado com ou sem alimentos e deve
ser administrado com água.
Populações especiais
Disfunção renal
Não é necessário proceder a um ajuste posológico em doentes com disfunção renal
ligeira a moderada (depuração de creatinina ≥30 ml/min). Devido ao componente
hidroclorotiazida, Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim é contra-indicado em doentes
com insuficiência renal grave (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
Disfunção hepática
Em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada sem colestase a dose de
valsartan
não
deverá
exceder
(ver
secção
4.4).
Valsartan
Hidroclorotiazida Leugim é contra-indicado em doentes com disfunção hepática grave
(ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
Idosos
Não é necessário ajustamento da dose em doentes idosos.
Doentes pediátricos
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim não é recomendado em crianças com idades
inferiores a 18 anos, devido à falta de informação de segurança e eficácia.
4.3 Contra-indicações
−Hipersensibilidade ao valsartan, à hidroclorotiazida, a outros medicamentos
derivados das sulfonamidas ou a qualquer dos excipientes.
−Segundo e terceiro trimestre de gravidez (secção 4.4 e 4.6).
−Disfunção hepática grave, cirrose biliar e colestase.
−Disfunção renal grave (depuração da creatinina <30 ml/min), anúria.
−Hipocaliemia
refractária,
hiponatremia,
hipercalcemia
hiperuricemia
sintomática.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Alterações dos electrólitos séricos
Valsartan
Não
recomendada
a utilização
concomitante com
suplementos
potássio,
diuréticos poupadores de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros
fármacos
possam
aumentar
níveis
potássio
(heparina,
etc.).
monitorização de potássio deve ser realizada apropriadamente.
Hidroclorotiazida
referida
hipocaliemia
tratamento
diuréticos
tiazídicos,
incluindo
hidroclorotiazida. Recomenda-se a monitorização frequente do potássio sérico.
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O tratamento com diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, tem sido
associado
hiponatremia
alcalose
hipoclorémica.
tiazidas,
incluindo
hidroclorotiazida, aumentam a excreção urinária de magnésio, podendo provocar
hipomagnesemia. A excreção do cálcio sofre uma redução por acção dos diuréticos
tiazídicos. Este efeito pode provocar hipercalcemia.
Tal como para qualquer doente a receber terapêutica com diuréticos, deve ser
efectuada
determinação
periódica
electrólitos
séricos
intervalos
apropriados.
Doentes com depleção de sódio e/ou do volume
Os doentes tratados com diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, devem
ser monitorizados para despiste de sinais clínicos de desequilíbrio hídrico ou de
electrólitos.
Nos doentes com depleção grave de sódio e/ou do volume, nomeadamente nos
doentes
tratados
doses
elevadas
diuréticos,
pode
ocorrer
hipotensão
sintomática
casos
raros
após
início
terapêutica
Valsartan
Hidroclorotiazida Leugim. A depleção de sódio e/ou do volume deve ser corrigida
antes de iniciar o tratamento com Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim.
Doentes
insuficiência
cardíaca
crónica
grave
outras
situações
estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Em doentes cuja função renal possa depender da actividade do sistema renina-
angiotensina-aldosterona (por ex. doentes com insuficiência cardíaca congestiva
grave), o tratamento com inibidores da enzima de conversão da angiotensina tem
sido associado a oligúria e/ou azotemia progressiva e, em casos raros, a insuficiência
renal.
utilização
Valsartan
+ Hidroclorotiazida
Leugim
doentes
disfunção cardíaca crónica grave não foi estabelecida.
Não é, consequentemente, possível excluir que a inibição do sistema renina-
angiotensina-aldosterona ou a utilização de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
possa encontrar-se associada a défice da função renal. Valsartan + Hidroclorotiazida
Leugim não deve ser usado nestes doentes.
Estenose da artéria renal
Valsartan
Hidroclorotiazida
Leugim
não
deve
usado
tratamento
hipertensão em doentes com estenose arterial renal unilateral ou bilateral, ou
estenose arterial de rim solitário, uma vez que a ureia no sangue e a creatinina
sérica pode aumentar nestes doentes.
Hiperaldosteronismo primário
Doentes com hiperaldosteronismo primário não devem ser tratados com Valsartan +
Hidroclorotiazida Leugim dado que o seu sistema renina-angiotensina não está
activado.
Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Tal como com todos os outros vasodilatadores, está indicado um cuidado especial
nos doentes que sofram de estenose aórtica ou mitral ou de cardiomiopatia
hipertrófica obstrutiva (HOCM).
Disfunção renal
Não é necessário proceder a ajuste posológico nos doentes com disfunção renal com
depuração
creatinina
≥30
ml/min
(ver
secção
4.2).
Recomenda-se
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monitorização periódica do potássio sérico, dos níveis de creatinina e de ácido úrico
quando Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim é usado em doentes com disfunção
renal.
Transplante renal
Não há experiência sobre o uso seguro de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim em
doentes com transplante renal recente.
Disfunção hepática
Em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada sem colestase, Valsartan +
Hidroclorotiazida Leugim deve ser usado com precaução (ver secção 4.2 e 5.2).
Lúpus eritematoso sistémico
sido
descrito
diuréticos
tiazídicos,
incluindo
hidroclorotiazida,
exacerbam ou activam o lúpus eritematoso sistémico.
Outras alterações metabólicas
Os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, podem alterar a tolerância à
glucose e aumentar os níveis séricos de colesterol, triglicéridos e ácido úrico. Em
doentes diabéticos pode ser necessário ajuste posológico de insulina ou agentes
antidiabéticos orais.
As tiazidas podem reduzir a excreção urinária de cálcio e provocar um aumento
ligeiro e intermitente do cálcio sérico na ausência de distúrbios conhecidos no
metabolismo
cálcio.
marcada
hipercalcemia
pode
sintoma
hiperparatiroidismo subjacente. A terapêutica com tiazidas deve ser interrompida
antes de se efectuarem testes à função paratiroideia.
Fotossensibilidade
Foram notificados casos de reacção de fotossensibilidade com diuréticos tiazídicos
(ver secção 4.8). Se ocorrerem reacções de fotossensibilidade durante a terapêutica
recomenda-se a interrupção do tratamento. Se for considerado essencial retomar a
administração de um diurético recomenda-se proteger as áreas expostas ao sol ou a
utilização de UVA artificiais.
Gravidez
A terapêutica com Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARAIIs) não
deve ser iniciada durante a gravidez. A menos que a continuação da terapêutica com
ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar devem mudar
para terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil de segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a
terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado,
deve ser iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).
Gerais
Deve
ter-se
cuidado
doentes
tenham
demonstrado
anteriormente
hipersensibilidade a outros agentes antagonistas dos receptores da angiotensina II.
As reacções de hipersensibilidade à hidroclorotiazida são mais prováveis em doentes
com alergia e asma.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Interacções relacionadas tanto com valsartan como com hidroclorotiazida
Utilização concomitante não recomendada
Lítio
Foram relatados aumentos reversíveis das concentrações séricas do lítio e da
toxicidade durante o uso concomitante de inibidores da ECA e tiazidas, incluindo
hidroclorotiazida. Devido à falta de experiência com a utilização concomitante de
valsartan e lítio, esta associação não é recomendada.
Caso esta associação seja necessária, recomenda-se a monitorização cuidadosa dos
níveis séricos de lítio.
Utilização concomitante com precaução
Outros fármacos anti-hipertensores
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim pode aumentar os efeitos de outros fármacos
propriedades
anti-hipertensivas
(por
exemplo,
IECA,
bloqueadores
beta,
bloqueadores dos canais do cálcio).
Aminas pressoras (ex. noradrenalina, adrenalina)
Possível redução de resposta às aminas pressoras mas não o suficiente para impedir
a sua utilização.
Medicamentos
anti-inflamatórios
não
esteróides
(AINEs),
incluindo
inibidores
selectivos da COX-2, ácido acetilsalicílico >3 g/dia), e AINEs não selectivos
Os AINEs podem atenuar o efeito anti-hipertensivo tanto dos antagonistas da
angiotensina II como da hidroclorotiazida quando administrados simultaneamente.
Adicionalmente, a utilização concomitante de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim e
AINEs pode levar a um aumento da degradação da função renal e a um aumento no
potássio sérico. Assim, recomenda-se a monitorização da função renal no início do
tratamento, bem como a hidratação adequada do doente.
Interacções relacionadas com valsartan
Utilização concomitante não recomendada
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal
contendo potássio e outras substâncias podem aumentar os níveis de potássio
Se se considerar necessário utilizar um medicamento que afecta os níveis de
potássio em associação com valsartan, aconselha-se a monitorização dos níveis de
potássio.
Sem interacções
Nos estudos de interacções medicamentosas com valsartan, não foram observadas
quaisquer interacções clinicamente significativas com valsartan ou com qualquer um
fármacos
seguintes:
cimetidina,
varfarina,
furosemida,
digoxina,
atenolol,
indometacina, hidroclorotiazida, amlodipina, glibenclamida. Digoxina e indometacina
podem interagir com o componente hidroclorotiazida de Valsartan + Hidroclorotiazida
Leugim (ver interacções relacionadas com hidroclorotiazida).
Interacções relacionadas com hidroclorotiazida
Utilização concomitante com precaução
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Medicamentos
associados
perda
potássio
hipocaliemia
(ex.
diuréticos
caliuréticos, corticosteróides, laxantes, ACTH, anfotericina, carbenoxolona, penicilina
G, ácido salicílico e derivados) Se estes medicamentos forem prescritos juntamente
com a associação hidroclorotiazida-valsartan é aconselhável a monitorização dos
níveis plasmáticos de potássio. Estes medicamentos podem potenciar o efeito da
hidroclorotiazida sobre o potássio sérico (ver secção 4.4).
Medicamentos que podem induzir “Torsades de pointes”
- Antiarrítmicos classe Ia (ex. quinidina, hidroquinidina, disopiramida).
- Antiarrítmicos classe III (e.g. amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida).
Alguns
antipsicóticos:
(ex.
tioridazina,
cloropromazina,
levomepromazina,
trifluoperazina, ciamemazina, sulpirida, sultoprida, amissulprida, tiaprida, pimozida,
haloperidol, droperidol).
Outros:
(ex.
bepridil,
cisaprida,
difemanila,
eritromicina
i.v.,
halofantrina,
ketanserina, mizolastina, pentamidina, esparfloxacina, terfenadina, vincamina i.v.).
Devido ao risco de hipocaliemia, a hidroclorotiazida deve ser administrada com
precaução quando associada a medicamentos indutores de “torsades de pointes”.
Glicosidos digitálicos
Podem ocorrer, como efeitos adversos, hipocaliemia ou hipomagnesemia induzidas
pelas tiazidas, favorecendo o aparecimento de arritmias cardíacas induzidas pelos
digitálicos.
Sais de cálcio e vitamina D
A administração de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, com vitamina
D ou com sais de cálcio pode potenciar o aumento do cálcio sérico.
Fármacos antidiabéticos (fármacos orais e insulina)
A terapêutica com uma tiazida pode influenciar a tolerância à glicose. Pode ser
necessário ajuste posológico do medicamento antidiabético.
A metformina deve ser utilizada com precaução devido ao risco de acidose láctica
induzida
possível
insuficiência
renal
funcional
relacionada
hidroclorotiazida.
Bloqueadores beta e diazóxido
O uso concomitante de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, com
bloqueadores beta, pode aumentar o risco de hiperglicemia. Os diuréticos tiazídicos,
incluindo a hidroclorotiazida, podem aumentar o efeito hiperglicémico do diazóxido.
Medicamentos
usados
tratamento
gota
(probenecide,
sulfinpirazona
alopurinol)
Pode ser necessário o ajuste posológico das medicações uricosúricas uma vez que a
hidroclorotiazida pode elevar o nível de ácido úrico sérico. Pode ser necessário o
aumento
posologia
probenecide
sulfinpirazona.
administração
concomitante de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, pode aumentar a
incidência de reacções de hipersensibilidade ao alopurinol.
Fármacos anticolinérgicos (ex. atropina, biperideno)
biodisponibilidade
diuréticos
tipo
tiazídico
pode
aumentada
fármacos anticolinérgicos, aparentemente devido a uma redução da motilidade
gastrointestinal e da taxa de esvaziamento gástrico.
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Amantadina
As tiazidas,
incluindo
a hidroclorotiazida,
podem
aumentar
o risco
efeitos
adversos causados pela amantadina.
Resinas de colestiramina e colestipol
A absorção dos diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, é alterada na
presença de resinas permutadoras de aniões.
Fármacos citotóxicos (ex. ciclofosfamida, metotrexato)
As tiazidas, incluindo
a hidroclorotiazida,
podem
reduzir
excreção
renal de
fármacos citotóxicos e potenciar os seus efeitos mielossupressores.
Relaxantes musculares esqueléticos não-despolarizantes (ex. tubocurarina)
As tiazidas, incluindo a hidroclorotiazida, potenciam a acção dos derivados do curare.
Ciclosporina
O tratamento concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de hiperuricemia
e de complicações tipo gota.
Álcool, anestésicos e sedativos
Pode ocorrer potenciação da hipotensão ortostática.
Metildopa
Foram notificados casos pontuais de anemia hemolítica em doentes que receberam
tratamento concomitante de metildopa e hidroclorotiazida.
Carbamazepina
Pode
ocorrer
hiponatremia
doentes
receber
hidroclorotiazida
concomitantemente com carbamazepina. Consequentemente, estes doentes devem
avisados
possibilidade
reacções
hiponatrémicas,
devem
adequadamente monitorizados.
Meios iodados de contraste
caso
desidratação
induzida
diuréticos,
existe
risco
acrescido
insuficiência renal aguda especialmente com doses altas do produto iodado. Os
doentes devem ser rehidratados antes da administração.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Valsartan
A utilização de Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARAIIs) não é
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4). A utilização
de ARAIIs é contra-indicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver
secção 4.3 e 4.4.)
Os dados epidemiológicos relativos ao risco de teratogenicidade após exposição a
inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não têm sido conclusivos;
no entanto, não pode ser excluído um ligeiro aumento do risco. Embora não existam
dados epidemiológicos controlados sobre o risco com Antagonistas dos Receptores da
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Angiotensina
(ARAIIs),
podem
existir
riscos
semelhantes
nesta
classe
medicamentos.
menos
continuação
terapêutica
ARAII
seja
considerada
essencial,
doentes
planeiam
engravidar
devem
mudar
para
terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil de segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a
terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado,
deve ser iniciada terapêutica alternativa.
Sabe-se que a exposição à terapêutica com ARAIIs durante o segundo e terceiro
trimestres induz fetotoxicidade (função renal reduzida, oligoâmnios, atraso na
ossificação
crânio)
toxicidade
neonatal
(insuficiência
renal,
hipotensão,
hipercaliemia) no ser humano (ver também secção 5.3).
Se tiver existido exposição a ARAIIs após o segundo trimestre de gravidez, é
recomendável uma avaliação da função renal e do crânio através de ultra-sons.
Os bebés cujas mães tomaram ARAIIs devem ser cuidadosamente monitorizados
quanto à hipotensão (ver também secção 4.3. e 4.4).
Hidroclorotiazida
A experiência decorrente da administração da hidroclorotiazida durante a gravidez,
particularmente durante o primeiro trimestre, é limitada. Os estudos em animais são
insuficientes. A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária. Com base no
mecanismo de acção farmacológico da hidroclorotiazida, a sua administração durante
o segundo e o terceiro trimestres pode comprometer a perfusão fetoplacentária e
pode causar efeitos fetais e neonatais tais como icterícia, distúrbios no equilíbrio
electrolítico e trombocitopenia.
Aleitamento
Não existe informação relativa à utilização de valsartan durante a amamentação.
Hidroclorotiazida é excretada no leite humano. Assim, não se recomenda o uso de
Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim durante o aleitamento. Dá-se preferência a
tratamentos alternativos com perfis de segurança melhor estabelecidos durante o
aleitamento, especialmente durante a amamentação de um recém-nascido ou de um
bebé prematuro.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim sobre a
capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Durante a condução de veículos ou utilização de máquinas, deverá ter-se em
consideração a possibilidade de ocorrência de tonturas ou cansaço.
4.8 Efeitos indesejáveis
As reacções adversas notificadas nos estudos clínicos e nos resultados laboratoriais
que ocorrem mais frequentemente com valsartan mais hidroclorotiazida do que com
placebo
provenientes
notificações
individuais
pós-comercialização
são
apresentadas abaixo de acordo com as classes de sistemas de órgãos. Reacções
adversas
sabe
ocorrerem
cada
componente
administrado
individualmente, mas que não foram observadas nos estudos clínicos, podem ocorrer
durante o tratamento com valsartan/ hidroclorotiazida.
As reacções adversas são apresentadas por frequência,, primeiro a mais frequentes,
utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10); frequentes (≥ 1/100 a
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
< 1/10); pouco frequentes (≥ 1/1.000 a < 1/100); raros (≥ 1/10.000 a < 1/1.000);
muito raros (< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados
disponíveis). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de
gravidade dentro de cada classe de frequência.
Frequência de reacções adversas com valsartan/hidroclorotiazida
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes: Desidratação.
Doenças do sistema nervoso
Muito raros: Tonturas.
Pouco frequentes: Parestesia.
Desconhecido: Síncope.
Afecções oculares
Pouco frequentes: Alterações da visão.
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes: Acufenos.
Vasculopatias
Pouco frequentes: Hipotensão.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes: Tosse.
Desconhecido: Edema pulmonar não cardiogénico.
Doenças gastrointestinais
Muito raros: Diarreia.
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes: Mialgia.
Muito raros: Artralgia.
Doenças renais e urinárias
Desconhecido: Deterioração da função renal.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes: Fadiga.
Exames complementares de diagnóstico
Desconhecido: Aumento do ácido úrico sérico, aumento da bilirrubina e creatinina,
hipocaliemia, hiponatremia, aumento da ureia plasmática, neutropenia.
Informação adicional sobre os componentes individuais
Os efeitos indesejáveis anteriormente descritos com um dos componentes individuais
podem ser potenciais efeitos indesejáveis com Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim
mesmo se não observados nos estudos clínicos com este medicamento ou no período
após comercialização.
Frequência de reacções adversas com valsartan
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecido: Redução da hemoglobina, redução no hematócrito, trombocitopenia.
Doenças do sistema imunitário
Desconhecido: Outras reacções de hipersensibilidade/alérgicas, incluindo doença do
soro.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecido: Aumento do potássio sérico.
Afecções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes: Vertigens.
Vasculopatias
Desconhecido: Vasculite.
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes: Dor abdominal.
Afecções hepatobiliares
Desconhecido: Aumento dos valores da função hepática.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Desconhecido: Angioedema, erupção cutânea, prurido.
Doenças renais e urinárias
Desconhecido: Insuficiência renal.
Frequência de reacções adversas com hidroclorotiazida
A hidroclorotiazida é prescrita há muitos anos, frequentemente em doses mais
elevadas do que as administradas em Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim. As
reacções adversas seguintes foram notificadas em doentes tratados em monoterapia
com diuréticos tiazídicos incluindo a hidroclorotiazida:
Doenças do sangue e do sistema linfático
Raros: Trombocitopenia por vezes com púrpura.
Muito raros: Agranulocitose, leucopenia, anemia hemolítica, depressão da medula
óssea
Doenças do sistema imunitário
Muito raros: Reacções de hipersensibilidade.
Doenças do foro psiquiátrico
Raros: Depressão, perturbações do sono.
Doenças do sistema nervoso
Raros: Cefaleias.
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Cardiopatias
Raros: Arritmias cardíacas.
Vasculopatias
Frequentes: Hipotensão ortostática.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito raros: Dificuldades respiratórias incluindo pneumonite e edema pulmonar.
Doenças gastrointestinais
Frequentes: Perda de apetite, náuseas ligeiras e vómitos.
Raros: Obstipação, desconforto gastrointestinal.
Muito raros: Pancreatite.
Afecções hepatobiliares
Raros: Colestase intra-hepática ou icterícia.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Frequentes: Urticária e outras formas de erupção cutânea.
Raros: Fotossensibilização.
Muito raros: Vasculite necrotizante, necrólise epidérmica tóxica, reacções do tipo
lúpus eritematoso cutâneo, reactivação do lúpus eritematoso cutâneo.
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Frequentes: Impotência.
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Uma sobredosagem com valsartan pode resultar em hipotensão acentuada, que
poderá levar a um nível deprimido de consciência, colapso circulatório e/ou choque.
Adicionalmente,
poderão
ocorrer
seguintes
sinais
sintomas
devido
sobredosagem
componente
hidroclorotiazida:
náuseas,
sonolência,
hipovolemia e alterações electrolíticas associadas a arritmias cardíacas e espasmos
musculares.
Tratamento
As medidas terapêuticas dependem do tempo de ingestão, assim como do tipo e
gravidade
sintomas,
sendo
primordial
importância
estabilização
condições circulatórias. Se ocorrer hipotensão o doente deve ser colocado em
decúbito devendo proceder-se rapidamente à suplementação de sal e do volume.
Valsartan não pode ser eliminado por hemodiálise, devido à sua forte ligação às
proteínas plasmáticas; em contrapartida, é possível depurar a hidroclorotiazida
através de diálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.4.1.1 - Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores.
Diuréticos.
Tiazidas
análogos.
3.4.2.2
Aparelho
cardiovascular.
Anti-
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
hipertensores.
Modificadores
eixo
renina-angiotensina.
Antagonistas
receptores da angiotensina; código ATC: C09DA03.
Valsartan/hidroclorotiazida
Num ensaio sob dupla ocultação, aleatorizado, controlado com activo em doentes
não controlados adequadamente com hidroclorotiazida 12,5 mg, observaram-se
reduções
significativamente
maiores
sistólica/diastólica
média
associação
valsartan/
hidroclorotiazida
160/12,5
(12,4/7,5
mmHg)
comparativamente com hidroclorotiazida 25 mg (5,6/2,1 mmHg). Além disso, uma
percentagem significativamente maior de doentes respondeu (PA <140/90 mmHg ou
redução
≥20
mmHg
redução
≥10
mmHg)
valsartan/
hidroclorotiazida 160/12,5 mg (50%) comparativamente com hidroclorotiazida 25
mg (25%).
Num ensaio sob dupla ocultação, aleatorizado, controlado com activo em doentes
não controlados adequadamente com valsartan 160 mg, observaram-se reduções
significativamente
maiores
sistólica/diastólica
média
ambas
associações
valsartan/
hidroclorotiazida
160/25
(14,6/11,9
mmHg)
valsartan/ hidroclorotiazida 160/12,5 mg (12,4/10,4 mmHg) comparativamente com
valsartan 160 mg (8,7/8,8 mmHg). A diferença na redução da PA entre as doses de
160/25 mg e 160/12,5 mg também atingiu significado estatístico. Além disso, uma
percentagem significativamente maior de doentes respondeu (PA diastólica <90
mmHg ou redução ≥10 mmHg) a valsartan/ hidroclorotiazida 160/25 mg (68%) e
160/12,5 mg (62%) comparativamente com valsartan 160 mg (49%).
Num ensaio sob dupla ocultação, aleatorizado, controlado com placebo, com desenho
factorial comparando associações de várias doses de valsartan/ hidroclorotiazida com
seus
respectivos
componentes,
observaram-se
reduções
significativamente
maiores
sistólica/diastólica
média
associação
valsartan/
hidroclorotiazida 160/12,5 mg (17,8/13,5 mmHg) e 160/25 mg (22,5/15,3 mmHg)
comparativamente com placebo (1,9/4,1 mmHg) e as respectivas monoterapias, i.e.,
hidroclorotiazida
12,5
(7,3/7,2
mmHg),
hidroclorotiazida 25 mg
(12,7/9,3
mmHg) e valsartan 160 mg (12,1/9,4 mmHg). Além disso, uma percentagem
significativamente maior de doentes respondeu (PA diastólica<90 mmHg ou redução
≥10
mmHg)
valsartan/
hidroclorotiazida
160/25
(81%)
valsartan/
hidroclorotiazida 160/12,5 mg (76%) comparativamente com placebo (29%) e as
respectivas monoterapias, i.e., hidroclorotiazida 12,5 mg (41%), hidroclorotiazida 25
mg (54%), e valsartan 160 mg (59%).
Registaram-se reduções no potássio sérico dependentes da dose em ensaios clínicos
controlados
valsartan
hidroclorotiazida.
redução
potássio
sérico
observou-se
mais
frequentemente
doentes
receberam
hidroclorotiazida do que nos que receberam 12,5 mg de hidroclorotiazida. Em
ensaios
clínicos
controlados
valsartan/
hidroclorotiazida
efeito
hidroclorotiazida na descida do potássio sérico foi atenuado pelo efeito poupador de
potássio do valsartan.
efeitos
benéficos
valsartan
associação
hidroclorotiazida
mortalidade e morbilidade cardiovasculares são desconhecidos actualmente.
Estudos
epidemiológicos
mostraram
tratamento
prolongado
hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e morbilidade cardiovascular.
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Valsartan
Valsartan é um antagonista dos receptores da angiotensina II (Ang II) oralmente
activo, potente e específico. Actua de forma selectiva no subtipo de receptores AT1,
responsável pelas acções conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis
plasmáticos de Ang II após o bloqueio do receptor AT1 com valsartan pode estimular
o receptor AT2 não bloqueado, que parece contrabalançar o efeito do receptor AT1.
O valsartan não apresenta qualquer actividade agonista parcial no receptor AT1 e
apresenta uma afinidade muito maior para o receptor AT1 (cerca de 20 000 vezes
superior) que para o receptor AT2. O valsartan não se liga a, nem bloqueia, outros
receptores hormonais ou canais iónicos reconhecidamente importantes na regulação
cardiovascular.
Valsartan não inibe a ECA (também conhecida como cininase II) que converte a Ang
I em Ang II e degrada a bradiquinina. Dado não haver qualquer efeito sobre a ECA e
não haver potenciação de bradiquinina ou da substância P, é pouco provável que os
antagonistas da angiotensina II sejam associados a tosse. Em ensaios clínicos onde o
valsartan foi comparado com um inibidor da ECA, a incidência da tosse seca foi
significativamente menos (P<0,05) nos doentes tratados com valsartan do que nos
doentes tratados com um inibidor de ECA (2,6% versus 7,9% respectivamente).
Num estudo clínico realizado em doentes com história de tosse seca durante o
tratamento com inibidor da ECA, ocorreu tosse em 19,5% dos indivíduos tratados
valsartan
19,0%
tratados
diurético
tiazídico,
comparativamente a 68,5% nos indivíduos tratados com um inibidor da ECA (P
<0,05).
A administração de Valsartan a doentes com resultados de hipertensão provoca uma
redução da pressão arterial sem afectar a frequência cardíaca. Na maioria dos
doentes, após a administração de uma dose oral única, o início da actividade anti-
hipertensiva ocorre no intervalo de 2 horas, atingindo-se a redução máxima da
pressão arterial no intervalo de 4-6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste ao
longo de 24 horas após a dosagem. Durante a administração reiterada, a redução
máxima da pressão arterial com qualquer das doses é, geralmente, obtida em 2–4
semanas, sendo mantida durante o tratamento prolongado. Quando em associação
com hidroclorotiazida obtém-se uma redução adicional significativa na pressão
arterial
A retirada abrupta de valsartan não foi associada a hipertensão rebound ou a outros
efeitos adversos clínicos.
Em doentes hipertensos com diabetes tipo 2 e microalbuminúria, o valsartan
mostrou
diminuir
excreção urinária
albumina. O
estudo
MARVAL
(Micro
Albuminuria Reduction with Valsartan) avaliou a redução na excreção urinária de
albumina (UAE) com valsartan (80-160 mg/uma vez por dia) versus amlodipina (5-
10 mg/uma vez por dia), em 332 doentes com diabetes tipo 2 (idade média: 58
anos; 265 homens) com microalbuminúria (valsartan: 58 µg/min; amlodipina: 55,4
µg/min), pressão arterial normal ou alta e com função renal conservada (creatinina
plasmática <120 µmol/l). Às 24 semanas, a UAE baixou (p<0,001) em 42% (-24,2
µg/mín; 95% CI: –40,4 a –19,1) com valsartan e cerca de 3% (–1,7 µg/mín; 95%
CI: –5,6 a 14,9) com amlodipina apesar de taxas semelhantes de redução da
pressão arterial em ambos os grupos.
O estudo Diovan Reduction of Proteinuria (DROP) analisou mais aprofundadamente a
eficácia de valsartan na redução de UAE em 391 doentes hipertensos (PA=150/88
mmHg) com diabetes tipo 2, albuminúria (média=102 µg/mín; 20-700 µg/mín) e
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
função renal conservada (creatinina sérica média = 80 µmol/l). Os doentes foram
aleatorizados para uma de 3 doses de valsartan (160, 320 e 640 mg/por dia) e
tratados durante 30 semanas. A finalidade do estudo foi determinar a dose óptima
de valsartan para reduzir a UAE em doentes hipertensos com diabetes tipo 2. Às 30
semanas, a alteração percentual na UAE foi significativamente reduzida em 36% a
partir da linha basal com valsartan 160 mg (95%CI: 22 a 47%), e 44% com
valsartan 320 mg (95%CI: 31 a 54%). Concluiu-se que 160-320 mg de valsartan
produziu reduções clinicamente significativas na UAE em doentes hipertensos com
diabetes tipo 2.
Hidroclorotiazida
local
acção
diuréticos
tiazídicos
reside,
principalmente,
túbulo
contornado distal renal.
Foi demonstrado que existe um receptor de elevada afinidade no córtex renal, como
local de ligação principal para a acção diurética da tiazida e inibição do transporte de
NaCl no túbulo contornado distal. O mecanismo de acção das tiazidas processa-se
por inibição do co-transporte de Na
, talvez competindo para o local de ligação do
, afectando assim os mecanismos de reabsorção dos electrólitos: directamente por
aumento da excreção de sódio e cloretos numa quantidade aproximadamente
idêntica e, indirectamente, pela redução do volume plasmático por esta acção
diurética, com aumentos consequentes da actividade da renina plasmática, secreção
de aldosterona e perda urinária de potássio, e uma diminuição do potássio sérico. A
ligação
renina-aldosterona
mediada
pela
angiotensina
pelo
administração concomitante de valsartan, a redução do potássio sérico é menos
acentuada, conforme constatado com hidroclorotiazida em monoterapia.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Valsartan/hidroclorotiazida
A disponibilidade sistémica de hidroclorotiazida sofre uma redução de cerca de
30%,quando co-administrada com valsartan. A cinética de valsartan não é afectada,
de modo acentuado, pela co-administração de hidroclorotiazida. Esta interacção
observada não tem impacto no uso combinado de valsartan e hidroclorotiazida, uma
vez que os estudos clínicos demonstraram um efeito anti-hipertensivo evidente,
superior ao obtido com qualquer dos fármacos administrados em monoterapia, ou
com o placebo.
Valsartan
Absorção
Após a administração oral de valsartan isoladamente, o pico das concentrações
plasmáticas de valsartan é atingido em 2–4 horas. A biodisponibilidade média
absoluta é de 23%. A alimentação diminui a exposição (conforme medida pela AUC)
ao valsartan em cerca de 40% e a concentração plasmática máxima (Cmáx) em
cerca de 50%, embora a partir das 8 h, as concentrações plasmáticas de valsartan
pós administração sejam semelhantes para os grupos alimentados e em jejum. Esta
redução na AUC não é, contudo, acompanhada por uma redução clinicamente
significativa
efeito
terapêutico
valsartan
pode,
conseguinte,
administrado com ou sem ingestão de alimentos.
Distribuição
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
O volume de distribuição de valsartan no estado estacionário após administração
intravenosa é de cerca de 17 litros indicando que o valsartan não se distribui nos
tecidos de forma extensa. O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às
proteínas séricas (94-97%), principalmente à albumina sérica.
Biotransformação
O valsartan não é extensamente biotransformado na medida em que apenas cerca
dose
recuperada
como
metabolitos.
identificado
hidroximetabolito no plasma em baixas concentrações (menos do que 10% da AUC
de valsartan). Este metabolito é farmacologicamente inactivo.
Excreção
O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial (t½α <1 h e
t½ß cerca de 9 h). O valsartan é eliminado principalmente nas fezes (cerca de 83%
da dose) e na urina (cerca de 13% da dose), principalmente sob a forma de
composto inalterado. Após administração intravenosa, a depuração de valsartan no
plasma é de cerca de 2 l/h e a sua depuração renal é de 0,62 l/h (cerca de 30% da
depuração total). A semi-vida de valsartan é de 6 horas.
Hidroclorotiazida
Absorção
A absorção de hidroclorotiazida, após a administração de uma dose oral, é rápida
(tmax de aproximadamente 2 horas), com características de absorção semelhantes
tanto
para
formulações
suspensão
como
para
comprimidos.
biodisponibilidade absoluta de hidroclorotiazida é de 60-80% após a administração
oral.
administração
concomitante
alimentos
revelado
aumentar
simultaneamente, diminuir a disponibilidade sistémica de hidroclorotiazida, quando
comparada com a administração em jejum. A magnitude destes efeitos é reduzida e
de pequena relevância clínica. O aumento da AUC média é linear e proporcional à
dose nos intervalos terapêuticos. Não se observam quaisquer alterações na cinética
de hidroclorotiazida com a administração reiterada, registando-se uma acumulação
mínima com a administração única diária.
Distribuição
As cinéticas de distribuição e de eliminação têm sido geralmente descritas por uma
função de degradação bi-exponencial. O volume de distribuição aparente é 4-8 l/kg.
hidroclorotiazida
circulação
está
ligada
proteínas
séricas
(40-70%),
principalmente à albumina sérica. A hidroclorotiazida também se acumula nos
eritrócitos, aproximadamente em 1,8 vezes o nível plasmático.
Excreção
Relativamente à hidroclorotiazida, >95% da dose absorvida é excretada na urina sob
a forma de composto inalterado. A depuração renal é composta por filtração passiva
e secreção activa para o túbulo renal. A semi-vida terminal é de 6-15 h.
Populações especiais
Idosos
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Nalguns indivíduos idosos foi
observada
exposição
sistémica
valsartan
ligeiramente mais elevada do que nos indivíduos jovens; esta diferença não foi,
contudo, considerada clinicamente significativa.
Dados limitados sugerem que a depuração sistémica da hidroclorotiazida sofre uma
redução
tanto
idosos
saudáveis
como
idosos
hipertensos,
quando
comparados com voluntários saudáveis jovens.
Disfunção renal
Na dose recomendada de Valsartan + Hidroclorotiazida Leugim não é necessário
proceder a ajuste posológico em doentes com uma depuração de creatinina de 30–
70 ml/min.
Nos doentes com disfunção renal grave (depuração de creatinina <30 ml/min) e nos
doentes submetidos a diálise , não existem disponíveis dados relativos a Valsartan +
Hidroclorotiazida Leugim. O valsartan apresenta uma forte ligação às proteínas
plasmáticas, não sendo possível proceder à sua remoção por diálise, enquanto que a
depuração da hidroclorotiazida será atingida por diálise.
A depuração renal de hidroclorotiazida é composta por filtração passiva e secreção
activa no túbulo renal. Conforme seria de esperar com um composto depurado quase
exclusivamente por via renal, a função renal exerce um efeito marcado sobre a
cinética da hidroclorotiazida (ver secção 4.3).
Disfunção hepática
Num estudo farmacocinético realizado em doentes com disfunção hepática ligeira
(n=6)
moderada
(n=5),
exposição
valsartan
sofreu
aumento
aproximadamente 2-vezes quando comparada com voluntários saudáveis.
Não existem dados disponíveis sobre o uso de valsartan em doentes com disfunção
hepática grave (ver secção 4.3). A doença hepática não afecta significativamente a
farmacocinética da hidroclorotiazida.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
toxicidade
potencial
associação
valsartan
hidroclorotiazida
após
administração oral foi investigada no rato e saguim, em estudos com uma duração
máxima de seis meses. Não se obtiveram quaisquer dados passíveis de excluir o uso
de doses terapêuticas no homem.
As alterações produzidas pela associação nos estudos de toxicidade crónica deverão
ter sido causadas pelo componente valsartan. O rim constitui o órgão alvo da
toxicologia, sendo a reacção mais acentuada no saguim do que no rato. A associação
produziu
lesões
renais
(nefropatia
basofilia
tubular,
aumentos
ureia
plasmática, da creatinina plasmática e do potássio sérico, aumentos do volume
urinário e dos electrólitos urinários a partir de 30 mg/kg/dia de valsartan + 9
mg/kg/dia
hidroclorotiazida
rato
mg/kg/dia
saguim),
provavelmente devido a alteração da hemodinâmica renal. No rato, estas doses
correspondem respectivamente a 0,9 e 3,5 vezes a dose máxima recomendada em
humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de mg/m2. No saguim
estas
doses
representam
respectivamente
vezes
dose
máxima
recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de
mg/m2. (Os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia de valsartan em
associação com 25 mg/dia de hidroclorotiazida e um doente de 60 kg).
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Doses altas da associação valsartan - hidroclorotiazida provocaram descida nos
índices
glóbulos
vermelhos
(número
glóbulos
vermelhos,
hemoglobina,
hematócrito, de 100 + 31 mg/kg/dia em ratos e 30 + 9 mg/kg/dia em saguins). No
rato estas doses representam respectivamente, 3,0 e 12 vezes a dose máxima
recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de
mg/m2. Em saguins, estas doses representam, respectivamente, 0,9 e 3,5 vezes a
dose máxima recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida
numa base de mg/m2. (Os cálculos pressupõem uma dose oral de 320 mg/dia de
valsartan em associação com 25 mg/dia de hidroclorotiazida e um doente de 60 kg).
Em saguins, observou-se lesão da mucosa gástrica (desde 30 + 9 mg/kg/dia). No
rim a associação também provocou hiperplasia das arteríolas aferentes (a 600 + 188
mg/kg/dia em ratos e desde 30 + 9 mg/kg/dia em saguins). No saguim, as doses
representam respectivamente, 0,9 e 3,5 vezes a dose máxima recomendada em
humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de mg/m2. No rato,
estas
doses
representam
respectivamente,
vezes
dose
máxima
recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de
mg/m2. (Os cálculos pressupõem uma dose oral de 320 mg/dia de valsartan em
associação com 25 mg/dia de hidroclorotiazida e um doente de 60 kg).
Os efeitos acima mencionados parecem dever-se aos efeitos farmacológicos de doses
elevadas de valsartan (bloqueio da inibição, induzida pela angiotensina II, da
libertação de renina, com estimulação das células produtoras de renina) ocorrendo
igualmente
inibidores
ECA.
Estes
resultados
não
revestem,
aparentemente, de relevância para o uso de doses terapêuticas de valsartan em
humanos.
A associação valsartan + hidroclorotiazida não foi testada quanto a mutagenicidade,
quebra de cromossomas ou carcinogenicidade, dado não existirem indícios de
interacção entre as duas substâncias. Estes testes foram, contudo, realizados
separadamente com valsartan e hidroclorotiazida, não se observando quaisquer
sinais de mutagenicidade, quebra de cromossomas ou carcinogenicidade.
Nos ratos, doses tóxicas a nível materno (600 mg/kg/dia) durante os últimos dias de
gestação e aleitamento levaram a menor sobrevivência, menos aumento de peso e
atraso no desenvolvimento (descolamento do pavilhão da orelha e abertura do canal
auricular) das crias (ver secção 4.6). Estas doses em ratos (600 mg/kg/dia) foram
aproximadamente 18 vezes a dose máxima recomendada para o ser humano numa
base de mg/m2 (os cálculos pressupõem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente
de 60 kg). Efeitos semelhantes foram observados com valsartan/hidroclorotiazida em
ratos e coelhos.
estudos
desenvolvimento
embrio-fetal
(Segmento
valsartan/hidroclorotiazida
ratos
e coelhos,
não
observou
evidência
teratogenicidade, no entanto, observou-se fetotoxicidade associada a toxicidade
materna.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
Núcleo do comprimido:
Celulose microcristalina
Crospovidona
Estearato de magnésio
Revestimento:
Hipromelose
Talco
Macrogol 8000
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro vermelho (E172)
Óxido de ferro negro (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
30 meses.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30ºC
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de 10, 14, 28, 56 e 280 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Premium Pharma – Sociedade Técnico-Medicinal, Lda.
Rua da Tapada Grande, n.º 2
Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: xxxxxxx – 10 comprimidos revestidos por película, 160 mg + 25 mg,
blister de PCTFE/Vinil LHD-Alu
N.º de registo: xxxxxxx – 14 comprimidos revestidos por película, 160 mg + 25 mg,
blister de PCTFE/Vinil LHD-Alu
APROVADO EM
28-02-2011
INFARMED
N.º de registo: xxxxxxx –28 comprimidos revestidos por película, 160 mg + 25 mg,
blister de PCTFE/Vinil LHD-Alu
N.º de registo: xxxxxxx – 56 comprimidos revestidos por película, 160 mg + 25 mg,
blister de PCTFE/Vinil LHD-Alu
N.º de registo: xxxxxxx – 280 comprimidos revestidos por película, 160 mg + 25
mg, blister de PCTFE/Vinil LHD-Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO