Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
22-09-2015
22-09-2015
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Folheto Informativo: Informação para o utilizador
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg + 12,5 mg comprimidos revestidos
por película
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg + 25 mg comprimidos revestidos por
película
Valsartan + hidroclorotiazida
Leia com atenção todoeste folheto antes de tomar este medicamento, pois contém
informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
3. Como tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas e para que é utilizado
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas comprimidos revestidos por película contém
duas
substâncias
ativas
denominadas
valsartan
hidroclorotiazida.
Ambas
substâncias ajudam a controlar a tensão arterial elevada (hipertensão).
Valsartan pertence a uma classe de medicamentos conhecidos como “antagonistas
dos recetores da angiotensina II” que ajudam a controlar a tensão arterial elevada. A
angiotensina II é uma substância produzida pelo organismo que provoca constrição
dos vasos sanguíneos, induzindo assim um aumento da tensão arterial. Valsartan
atua
bloqueando
efeito
angiotensina
Consequentemente,
vasos
sanguíneos dilatam e a tensão arterial diminui.
Hidroclorotiazida pertence a um grupo de medicamentos denominados diuréticos
tiazídicos (também conhecidos como “comprimidos de água”). Hidroclorotiazida
aumenta o fluxo de urina, o que também reduz a tensão arterial.
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas é utilizado no tratamento da tensão arterial
elevada quando esta não está adequadamente controlada com uma substância em
monoterapia.
A tensão arterial elevada aumenta a sobrecarga do coração e artérias. Se não for
tratada, pode provocar lesões nos vasos sanguíneos do cérebro, coração e rins
podendo dar origem a um acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca ou
insuficiência renal. A tensão arterial elevada aumenta o risco de ataques de coração.
A redução da tensão arterial para valores normais reduz o risco de desenvolvimento
destas patologias.
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2. O que precisa de saber antes de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
Não tome Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
se tem alergia a valsartan, hidroclorotiazida, derivados de sulfonamida, (substâncias
quimicamente relacionadas com hidroclorotiazida), a óleo de soja, óleo de amendoim
ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6)
se estiver grávida de mais de 3 meses. (Também é melhor evitar tomar Valsartan +
Hidroclorotiazida Aurovitas no início da gravidez – Ver secção Gravidez).
se sofrer de doença hepática grave, deterioração das pequenas vias biliares intra-
hepáticas (cirrose biliar) levando ao bloqueio da bílis no fígado (colestase)
se sofrer de doença renal grave.
se for incapaz de urinar.
se estiver a ser tratado com rim artificial
se os níveis de potássio ou sódio forem mais baixos do que o normal, ou se o nível
de cálcio no sangue for superior ao normal apesar de tratamento.
se tiver gota.
se tiver diabetes ou défice de função renal e está a ser tratado com medicamentos
para baixar a pressão arterial que contenham aliscireno.
Se algum destes casos se aplicar a si, não tome este medicamento e consulte o seu
médico.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Valsartan + Hidroclorotiazina
Aurovitas se:
se estiver a tomar medicamentos poupadores de potássio, suplementos de potássio
substitutos
salinos
contenham
potássio
outros
medicamentos
aumentem a quantidade de potássio no sangue, tais como heparina. O seu médico
pode
necessidade
verificar
nível
potássio
sangue
regularidade.
se tiver níveis baixos de potássio no sangue.
se tiver diarreia ou vómitos graves.
se estiver a tomar doses elevadas de comprimidos de água (diuréticos).
se sofrer de doença cardíaca grave.
sofrer
falência
cardíaca
tiver
tido
ataque
cardíaco.
Siga
cuidadosamente as instruções do seu médico acerca da dose inicial. O seu médico
poderá querer verificar a função renal.
se sofrer de estreitamento da artéria renal.
se tiver sido submetido recentemente a transplante renal.
se sofrer de hiperaldosteronismo. Trata-se de uma doença em que as glândulas
suprarrenais produzem a hormona aldosterona em excesso. Se isto se aplicar a si, o
uso de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não é recomendado.
se sofrer de doença renal ou hepática.
se a sua face ou língua incharam devido a uma reação alérgica denominada
angioedema, após ter tomado outro medicamento (incluindo inibidores da ECA), fale
médico.
estes
sintomas
ocorrem
tomar
Valsartan
Hidroclorotiazida, pare de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida imediatamente e
nunca mais o tome (ver também secção 4, “Efeitos secundários possíveis”).
se tiver febre, erupção cutânea e dor nas articulações, que possam ser sinais de
lúpus eritematoso sistémico (LES, uma doença autoimune).
se tiver diabetes, gota, níveis elevados de colesterol ou gordura no sangue.
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se tiver tido reações alérgicas com outros fármacos para redução da tensão arterial
desta classe (antagonistas do recetor da angiotensina II) ou se tiver alergia ou
asma.
se sentir diminuição da visão ou dor no olhos. Estes podem ser sintomas do aumento
da pressão no seu olho e podem ocorrer horas ou semanas após tomar Valsartan +
Hidroclorotiazida. Tal pode levar à perda permanente da visão, se não for tratada.
Se, desde cedo, tem alergia à penicilina ou sulfonamida, pode estar em maior risco
de desenvolver perda de visão permanente.
Pode provocar aumento da sensibilidade da pele ao sol.
se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos usados para tratar a pressão
arterial elevada:
- um inibidor ECA (por exemplo, enalapril lisinopril, ramipril), em particular se tiver
problemas de rins relacionados com diabetes.
- aliscireno
O seu médico deve verificar a sua função renal, pressão arterial e a quantidade de
eletrólitos (por exemplo, potássio) no sangue, a intervalos de tempo regulares.
Veja também a informação disponível em “Não tome Valsartan + Hidroclorotiazida
Aurovitas”.
Não se recomenda a utilização de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas em
crianças e adolescentes (com idade inferior a 18 anos).
Deverá informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida.
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não é recomendado no início da gravidez e
não pode ser tomado se tiver mais de 3 meses de gravidez, porque pode causar
lesões graves no seu bebé se for utilizado nessa fase (ver secção de gravidez).
Outros medicamentos e Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos.
O efeito do tratamento pode ser influenciado se Valsartan + Hidroclorotiazida
Aurovitas
tomado
juntamente
determinados
medicamentos.
Pode
necessário alterar a dose, tomar outras precauções, ou, nalguns casos, interromper
o tratamento com um dos medicamentos. Esta situação aplica-se especialmente aos
seguintes medicamentos:
lítio, um medicamento utilizado no tratamento de certos tipos de doença psiquiátrica
medicamentos
possam
induzir
“torsades
pointes”
(batimento
cardíaco
irregular) tais como antiarritmícos (medicamentos utilizados no tratamento de
problemas cardíacos) e alguns antipsicóticos
medicamentos ou substâncias que possam aumentar os níveis de potássio no
sangue. Estes incluem os suplementos de potássio ou os substitutos salinos contendo
potássio, medicamentos poupadores de potássio e heparina.
Medicamentos que possam reduzir a quantidade de potássio no sangue, tais como
diuréticos, corticosteroides, alguns laxantes, carbenoxolona, anfotericina e penicilina
alguns antibióticos (grupo da rifamicina), um medicamento utilizado na proteção
contra a rejeição no transplante (ciclosporina) ou um medicamento antiretroviral
utilizado no tratamento da infeção HIV/SIDA (ritonavir). Estes medicamentos podem
aumentar o efeito de Valsartan + Hidroclorotiazida
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medicamentos que possam reduzir a quantidade de sódio no sangue, tais como
antidepressivos, antipsicóticos, antiepiléticos (tal como a carbamazepina)
medicamentos
para
tratamento
gota,
tais
como
alopurinol,
probenicida,
sulfinpirazona,
tratamentos
suplementos
vitamina
cálcio
medicamentos
para
tratamento
diabetes
(medicamentos
orais
como
metformina ou insulinas) outros medicamentos utilizados para baixar a tensão
arterial, tais como bloqueadores beta ou metildopa
medicamentos que estreitem os vasos sanguíneos ou estimulem o coração tais como
noradenalina ou adrenalina
digoxina ou outros glicosídeos digitálicos (medicamentos utilizados no tratamento de
problemas cardíacos)
medicamentos que aumentem os níveis de açúcar no sangue, tais como diazóxido e
bloqueadores beta
medicamentos citotóxicos para tratamento de cancro tais como, metotrexato ou
ciclofosfamida
analgésicos
(medicamentos
para
dores)
tais
como
anti-
inflamatórios
não
esteroides
(AINEs),
incluindo
inibidores
seletivos
ciclooxigenase-2 (inibidor Cox-2), e ácido acetilsalicílico > 3g.
Medicamentos relaxantes musculares tais como tubocurarina
medicamentos anticolinérgicos (medicamentos utilizados no tratamento de uma
variedade de doenças tais como cólicas gastrointestinais, espasmo da bexiga, asma,
enjoos de movimento, espasmo muscular, doença de Parkinson e como auxiliar
anestésico) tais como atropina ou biperideno
amantadina (um medicamento utilizado para tratar a doença de Parkinson e prevenir
a gripe)
colestiramina
colestipol
(medicamentos
utilizados
para tratamento
de níveis
elevados de gorduras no sangue)Álcool, sedativos e anestésicos(medicamentos com
efeito sedativo ou analgésico utilizados, por exemplo, durante cirurgias)
Meios de contraste iodados (agentes utilizados para exames de imagem).
O seu médico poderá necessitar de ajustar a sua dose e/ou tomar outras medidas:
Se estiver a tomar um inibidor ECA ou aliscireno (veja também a informação
disponível em “Não tome Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas “ e “Advertências e
Precauções”
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas com alimentos e bebidas
Pode tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas com ou sem alimentos.
Evite beber bebidas alcoólicas enquanto não tiver falado com o seu médico. O álcool
pode fazer com que a tensão arterial baixe mais ou pode aumentar o risco de ficar
tonto ou desmaiar.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Tem que informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida
Normalmente o seu médico irá aconselhá-la a interromper o tratamento com
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas antes de engravidar, ou assim que souber
que está grávida, e irá aconselhá-la a tomar outro medicamento para substituição de
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas. Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não
é recomendado no início da gravidez e não pode ser tomado se tiver mais de 3
meses de gravidez, porque pode causar lesões graves no seu bebé se for utilizado
depois do terceiro mês de gravidez.
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Informe o seu médico caso se encontre a amamentar ou se vai começar a
amamentar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não é recomendado para mães
que estão a amamentar e o seu médico poderá escolher outro tratamento para si se
desejar
amamentar,
especialmente
bebé
recém-nascido
prematuro.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Antes de conduzir um veículo, utilizar ferramentas ou máquinas, ou desempenhar
outras tarefas que requeiram concentração, certifique-se de que sabe como reage
efeitos
Valsartan
Hidroclorotiazida
Aurovitas.
como
outros
medicamentos utilizados no tratamento da tensão arterial elevada, Valsartan +
Hidroclorotiazida Aurovitas pode, em casos raros, provocar tonturas e afetar a
capacidade de concentração.
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas contém lactose. Se foi informado pelo seu
médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este
medicamento.
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas contém óleo de soja. Se for alérgico a
amendoins ou a soja, não tome este medicamento.
3. Como tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico.Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Frequentemente, os doentes com hipertensão arterial não notam quaisquer sinais
deste problema.
Muitos sentem-se perfeitamente normais. Torna-se assim fundamental que cumpra o
calendário de consultas com o seu médico, mesmo quando se sente bem.
médico
dir-lhe-á
exatamente
quantos
comprimidos
Valsartan
Hidroclorotiazida Aurovitas deve tomar. Dependendo da sua resposta ao tratamento,
o seu médico poderá receitar uma dose mais elevada ou mais baixa.
A dose recomendada de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas é de um comprimido
por dia.
Não altere a dose nem deixe de tomar os comprimidos sem consultar o seu médico.
O medicamento deve ser sempre tomado à mesma hora todos os dias, geralmente
de manhã.
Pode tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas com ou sem alimentos.
Engula os comprimidos com um copo de água.
Se tomar mais Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas do que deveria
Se sentir tonturas graves e/ou desmaio, deite-se e contacte imediatamente o seu
médico. Se acidentalmente tomou demasiados comprimidos, contacte o seu médico,
farmacêutico ou hospital.
Caso se tenha esquecido de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose tome-a assim que se lembrar. No
entanto, se estiver quase na hora de tomar a dose seguinte, não tome a dose que se
esqueceu.
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Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
Interromper o tratamento com Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas pode agravar
a sua tensão arterial. Não deixe de tomar o medicamento a menos que seja o seu
médico a dizer-lhe que o faça.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Alguns efeitos secundários podem ser graves e podem requerer cuidados médicos
imediatos:
Deve consultar imediatamente o seu médico se tiver sintomas de angioedema
(reação alérgica) como, por exemplo:
inchaço da face, língua ou faringe
dificuldade em engolir
urticáriae dificuldades em respirar
Outros efeitos secundários incluem:
Pouco frequentes (podes afetar até 1 em cada 100 pessoas)
tosse
tensão arterial baixa
sensação de cabeça oca
desidratação (com sintomas de sede, boca e língua secas, micção pouco frequente,
urina de coloração escura, pele seca)
dor muscular
cansaço
formigueiro ou dormência
visão turva
ruídos (ex. sibilos, zumbidos) nos ouvidos
Muito raros (pode afetar até 1 em cada 10 000 pessoas)
tonturas
diarreia
dor nas articulações
Desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
dificuldade em respirar
redução acentuada do fluxo urinário
nível baixo de sódio no sangue (por vezes com náuseas, cansaço, confusão, mal-
estar, espasmo muscular e/ou convulsões em casos graves)
nível baixo de potássio no sangue (por vezes com fraqueza muscular, espasmos
musculares, ,alteração do ritmo cardíaco)
nível baixo de glóbulos brancos no sangue (com sintomas como febre, infeções da
pele, inflamação da garganta ou úlceras na boca devidas a infeções, fraqueza)
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aumento do nível de bilirrubina no sangue (que pode, em casos graves, provocar
pele e olhos amarelos)
aumento do nível de azoto ureico e de creatinina no sangue (que pode ser sugestivo
de função renal alterada)
aumento do nível de ácido úrico no sangue (que pode, em casos graves, provocar
gota)
síncope (desmaio)
Os seguintes efeitos secundários foram reportados com medicamentos contendo
valsartan ou hidroclorotiazida:
Valsartan
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
sensação de andar à roda
dor abdominal
Desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
erupção cutânea com ou sem comichão associados a alguns dos seguintes sinais ou
sintomas: febre, dor articular, dor muscular, nódulos linfáticos inchados e/ou
sintomas semelhantes aos da gripe
erupção cutânea, manchas vermelho-arroxeadas, febre, comichão (sintomas de
inflamação dos vasos sanguíneos)
diminuição
nível
plaquetas
sangue
(acompanhada
vezes
hemorragias ou hematomas anormais)
aumento do nível de potássio no sangue (por vezes com espasmos musculares,
ritmo cardíaco anormal)
reações
alérgicas
(com
sintomas
como
erupção
cutânea,
comichão,
urticária,
dificuldade em respirar ou engolir, tonturas)
inchaço sobretudo da face e garganta, erupção cutânea, comichão
elevação dos valores da função hepática
diminuição do nível de hemoglobina e diminuição da percentagem de glóbulos
vermelhos no sangue (que podem ambos, em casos raros, provocar anemia).
falência renal
baixo nível de sódio no sangue (que pode originar cansaço, confusão, espasmos
musculares e/ou convulsões em casos graves)
Hidroclorotiazida
Muito frequentes (pode afetar mais de 1 em cada 10 pessoas)
baixo nível de potássio no sangue
aumento dos lípidos no sangue
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
baixo nível de sódio no sangue
baixo nível de magnésio no sangue
elevado nível de ácido úrico no sangue
erupção cutânea com comichão e outras formas de erupção cutânea
perda de apetite
náuseas ligeiras e vómitos
desmaio, sensação de desmaio ao levantar-se
incapacidade de atingir ou manter uma ereção
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Raros
inchaço e vesículas na pele (devidas a aumento da sensibilidade ao sol)
elevado nível de cálcio no sangue
elevado nível de açúcar no sangue
sangue na urina
agravamento do estado metabólico da diabetes
obstipação, diarreia, desconforto gastrointestinal, distúrbios hepáticos que podem
ocorrer juntamente com amarelecimento da pele e olhos
batimentos cardíacos irregulares
dor de cabeça
perturbações do sono
tristeza (depressão)
níveis baixos de plaquetas do sangue (por vezes com hemorragia ou hematomas na
pele)
tonturas
formigueiro ou dormência
distúrbios na visão
Muito raros (podem afetar até 1 em cada 10000 pessoas)
inflamação dos vasos sanguíneos com sintomas como erupção cutânea, manchas
vermelhas arroxeadas, febre (vasculite)
erupção cutânea, comichão, urticária, dificuldade em respirar ou engolir, tonturas
(reações de hipersensibilidade)
doenças graves da pele que causam erupções, vermelhidão, formação de bolhas nos
lábios, olhos ou boca, descamação da pele, febre (necrólise epidérmica tóxica)
erupção
cutânea
facial,
articular,
distúrbios
musculares,
febre
(lúpus
eritematoso)
dor intensa na região superior do abdómen (pancreatite) dificuldade em respirar com
febre, tosse, pieira, falta de ar (aflição respiratória incluindo edema pulmonar e
pneumonite
febre e dor de garganta, infeções mais frequentes (agranulocitose)
pele pálida, cansaço, falta de ar, urina escura (anemia hemolítica)
febre, dor de garganta ou úlceras na boca devidas a infeções (leucopenia)
confusão, cansaço, cãibras e espasmos musculares, respiração rápida (alcalose
hipoclorémica)
Desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
fraqueza, nódoas negras e infeções frequentes (anemia aplástica)
diminuição grave do fluxo de urina (sinais possíveis de disfunção ou falência renal)
diminuição da visão ou dor nos olhos devidas à elevada pressão (sinais possíveis de
glaucoma agudo de ângulo-fechado)
erupções cutâneas, vermelhidão, formação de bolhas nos lábios, olhos ou boca,
descamação da pele, febre (possíveis sinais de eritema multiforme)
espasmo muscular
febre (pirexia)
fraqueza (astenia)
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente através de:
INFARMED, I.P.
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INFARMED
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre
a segurança deste medicamento.
5. Como conservar Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas após o prazo de validade impresso
na embalagem exterior, no blister e no recipiente de comprimidos, após “VAL”. O
prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Blisters de PVC/PE/PVDC-Alu: Não conservar acima de 25°C.
Recipientes
comprimidos
polietileno:
medicamento
não
necessita
quaisquer precauções especiais de conservação.
O prazo de validade após a primeira abertura do recipiente de comprimidos é de 100
dias.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
- As substâncias ativas são valsartan e hidroclorotiazida.
Cada comprimido revestido por película contém 320 mg de valsartan e 12,5 mg de
hidroclorotiazida.
Cada comprimido revestido por película contém 320 mg de valsartan e 25 mg de
hidroclorotiazida.
- Os outros componentes são: Núcleo do comprimido: celulose microcristalina,
lactose monohidratada, croscarmelose sódica, povidona K29-32, talco, estearato de
magnésio, sílica coloidal anidra;
Revestimento por película:
[Comprimidos de 320/12,5 mg]: álcool polivinílico, talco, dióxido de titânio (E171),
macrogol 3350, óxido de ferro amarelo (E172), lecitina (contém óleo de soja)
(E322) óxido de ferro vermelho (E172).
[Comprimidos de 320/25 mg]: álcool polivinílico, talco, dióxido de titânio (E171),
macrogol 3350, óxido de ferro amarelo (E172), lecitina (contém óleo de soja) (E322)
óxido de ferro vermelho (E172).
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Qual o aspeto de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas:
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 + 12,5 mg: comprimidos revestidos por
película, cor-de-rosa, ovais, biconvexos, com 18,9 x 7,5 mm, com “V” gravado numa
das faces e "H" na outra.
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 + 25 mg: comprimidos revestidos por
película, amarelos, ovais, biconvexos, com 18,9 x 7,5 mm, com ranhura numa das
faces e ranhuras laterais, com “V” gravado numa das faces e "H" na outra. Os
comprimidos podem ser partidos em 2 metades iguais.
Tamanho da embalagem:
Blister: 7, 10, 14, 20, 28, 30, 56, 90, 98 ou 100 comprimidos
Recipiente de comprimidos: 100 comprimidos revestidos por película
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Aurovitas Unipessoal, Lda.
Avenida do Forte, 3 - Parque Suécia - Edificio IV- 2º
2794-038 Carnaxide
Fabricante:
Actavis Ltd.
BLB016 Bulebel Industrial Estate, Zejtun ZTN3000
Malta
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados-Membros
Espaço
Económico Europeu comas seguintes denominações:
Bulgária
Valtensin plus
Chipre
Valsotens HCT Sigillata
Finlândia
Valsartan/Hydroklortiazid Actavis 320 mg / 12,5 mg ja 320 mg / 25
mg kalvopäällysteiset tabletit
Alemanha
Valsartan – Actavis comp 320 mg/12,5 mg & 320 mg/25 mg
Filmtabletten
Hungria
Valsocard HCT 320 mg/12,5 mg & 320 mg/25 mg filmtabletta
Itália
VALSARTAN E IDROCLOROTIAZIDE ACTAVIS
Lituânia
Valsartan HCT Actavis
Holanda
Valsartan/Hydrochloorthiazide Actavis
Noruega
Valsartan/Hydrochlorthiazid Actavis
Portugal
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
Espanha
Valsartán /Hidroclorotiazida Actavis 320 mg/12,5 mg & 320 mg/ 25
mg comprimidos recubiertos con película EFG
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg + 12,5 mg comprimidos revestidos
por película
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg + 25 mg comprimidos revestidos por
película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 320 mg de valsartan e 12,5 mg de hidroclorotiazida.
Cada comprimido contém 320 mg de valsartan e 25 mg de hidroclorotiazida.
Excipientes
efeito
conhecido:Cada
comprimido
revestido
película
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg + 12,5 mg contém 156,38 mg de
lactose mono-hidratada e 1,01 mg de lecitina (contém óleo de soja).
Cada comprimido revestido por película de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
320 mg + 25 mg contém 143,88 mg de lactose mono-hidratada, 1,01 mg de lecitina
(contém óleo de soja).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 + 12,5 mg: comprimidos revestidos por
película, cor-de-rosa, ovais, biconvexos, com 18,9 x 7,5 mm, com “V” gravado numa
das faces e "H" na outra.
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 + 25 mg: comprimidos revestidos por
película, amarelos, ovais, biconvexos, com 18,9 x 7,5 mm, com ranhura numa das
faces e ranhura laterais, com “V” gravado numa das faces e "H" na outra.
O comprimido pode ser partido em 2 doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Tratamento da hipertensão essencial em adultos.
A associação de dose fixa de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas está indicada
doentes
cuja
pressão
arterial
não
esteja
adequadamente
controlada
valsartan ou hidroclorotiazida em monoterapia.
Posologia e modo de administração
Posologia
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
A dose recomendada de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg + 12.5 mg
ou Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg + 25 mg é de um comprimido
revestido
película
dia.
recomendada
titulação
dose
componentes individuais. Em cada caso, a titulação da dose dos componentes
individuais para a dosagem seguinte deve ser acompanhada de modo a reduzir o
risco de hipotensão e outras reações adversas.
Quando for clinicamente apropriado, pode ser considerada a mudança direta da
monoterapia para a associação de dose fixa em doentes cuja pressão arterial não
esteja
adequadamente
controlada
valsartan
hidroclorotiazida
monoterapia,
desde
sequência
titulação
dose
componentes
individuais seja seguida.
A resposta clínica a Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas deve ser avaliada após o
início da terapêutica e, se a pressão arterial se mantiver descontrolada, a dose pode
ser aumentada através do aumento de qualquer um dos componentes até à dose
máxima de 320 mg de valsartan + 25 mg de hidroclorotiazida.
O efeito antihipertensivo está substancialmente presente no espaço de 2 semanas.
Na maior parte dos doentes, os efeitos máximos são observados no período de 4
semanas. No entanto, alguns doentes podem necessitar de um tratamento de 4-8
semanas. Isto deve ser tido em consideração durante a titulação de dose.
Se, após 8 semanas não for visível um efeito adicional relevante com Valsartan +
Hidroclorotiazida Aurovitas 320 mg/25 mg, deve considerar-se um tratamento com
um medicamento anti-hipertensor adicional ou alternativo (ver secções 4.3, 4.4, 4.5
e 5.1).
Populações especiais
Disfunção renal
Não é necessário proceder a um ajuste posológico em doentes com disfunção renal
ligeira a moderada (depuração de creatinina ≥ 30 ml/min.). Devido ao componente
hidroclorotiazida,
Valsartan
Hidroclorotiazida
Aurovitas
contraindicado
doentes com disfunção renal grave (depuração de creatinina < 30 ml/min) e anúria
(ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
Disfunção hepática
Em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada sem colestase, a dose de
valsartan não deverá exceder 80 mg (ver secção 4.4). Não é necessário um ajuste
dose
hidroclorotiazida
para
doentes
disfunção
hepática
ligeira
moderada. Devido ao componente valsartan, Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
é contraindicado em doentes com disfunção hepática grave ou com cirrose biliar e
colestase (ver secções 4.3, 4.4 e 5.2).
Idosos
Não é necessário ajustamento da dose em doentes idosos.
População pediátrica
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não é recomendado em crianças com idades
inferiores a 18 anos, devido à falta de informação de segurança e eficácia.
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Modo de administração
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas pode ser tomado com ou sem alimentos e
deve ser administrado com água.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade
substâncias
ativas
qualquer um
excipientes
mencionados na secção 6.1.
- Segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.4. e 4.6.).
- Disfunção hepática grave, cirrose biliar e colestase.
- Disfunção renal grave (depuração da creatinina < 30 ml/min.), anúria.
- Hipocalemia refractária, hiponatremia, hipercalcemia e hiperuricemia sintomática.
- O uso concomitante de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas com produtos que
contenham
aliscireno
contraindicado
doentes
diabetes
mellitus
compromisso renal (TFG < 60 ml/min/1,73 m2) (ver secções 4.5 e 5.1).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
Existe evidência de que o uso concomitante de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores
angiotensina
aliscireno
aumenta
risco
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda). O duplo
bloqueio do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores da angiotensina II ou aliscireno, é portanto, não recomendado (ver secções
4.5 e 5.1).
Se a terapêutica de duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta
só deverá ser utilizada sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma
monitorização frequente e apertada da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
Alterações dos eletrólitos séricos
Valsartan
Não
recomendada
a utilização
concomitante com
suplementos
potássio,
diuréticos poupadores de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros
fármacos
possam
aumentar
níveis
potássio
(heparina,
etc.).
monitorização de potássio deve ser realizada apropriadamente.
Hidroclorotiazida
reportada
hipocaliemia
tratamento com
diuréticos
tiazídicos,
incluindo
hidroclorotiazida. Recomenda-se a monitorização frequente do potássio sérico.
O tratamento com diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, tem sido
associado
hiponatremia
alcalose
hipoclorémica.
tiazidas,
incluindo
hidroclorotiazida, aumentam a excreção urinária de magnésio, podendo provocar
hipomagnesemia. A excreção do cálcio sofre uma redução por ação dos diuréticos
tiazídicos. Este efeito pode provocar hipercalcemia.
Tal como para qualquer doente a receber terapêutica com diuréticos, deve ser
efetuada a determinação periódica dos eletrólitos séricos em intervalos apropriados.
Doentes com depleção de sódio e/ou de volume
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Os doentes tratados com diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, devem
ser monitorizados para despiste de sinais clínicos de desequilíbrio hídrico ou de
eletrólitos.
Nos doentes com depleção grave de sódio e/ou de volume, nomeadamente nos
doentes
tratados
doses
elevadas
diuréticos,
pode
ocorrer
hipotensão
sintomática
casos
raros
após
início
terapêutica
Valsartan
Hidroclorotiazida Aurovitas. A depleção de sódio e/ou de volume deve ser corrigida
antes de iniciar o tratamento com Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas.
Doentes
insuficiência
cardíaca
crónica
grave
outras
situações
estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona
Em doentes cuja função renal possa depender da atividade do sistema renina-
angiotensina-aldosterona (por ex. doentes com insuficiência cardíaca congestiva
grave), o tratamento com inibidores da ECA tem sido associado a oligúria e/ou
azotemia progressiva e, em casos raros, a falência renal aguda e/ou morte.
A avaliação dos doentes com falência cardíaca ou pós-enfarte do miocárdio deve
incluir
sempre
avaliação
função
renal.
utilização
Valsartan
Hidroclorotiazida Aurovitas em doentes com falência cardíaca crónica grave não foi
estabelecida.
Uma vez que não se pode excluir que devido à inibição do sistema renina-
angiotensina-aldosterona, o uso de valsartan/hidroclorotiazida pode estar associado
a um compromisso da função renal. Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não deve
ser utilizado nestes doentes.
Estenose da artéria renal
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não deve ser usado no tratamento da
hipertensão em doentes com estenose arterial renal unilateral ou bilateral, ou
estenose arterial de rim único, uma vez que a ureia no sangue e a creatinina sérica
podem aumentar nestes doentes.
Hiperaldosteronismo primário
Doentes com hiperaldosteronismo primário não devem ser tratados com Valsartan +
Hidroclorotiazida Aurovitas dado que o seu sistema renina-angiotensina não está
ativado.
Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Tal como todos os outros vasodilatadores, recomenda-se cuidado especial nos
doentes que sofram de estenose aórtica ou mitral, ou de cardiomiopatia hipertrófica
obstrutiva (CMHO).
Disfunção renal
Não é necessário proceder a ajuste posológico nos doentes com disfunção renal com
depuração
creatinina
≥ 30 ml/min
(ver
secção
4.2).
Recomenda-se
monitorização periódica do potássio sérico, dos níveis de creatinina e de ácido úrico
quando Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas é usado em doentes com disfunção
renal.
Transplante renal
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Não há atualmente experiência sobre a segurança da utilização de Valsartan +
Hidroclorotiazida Aurovitas em doentes com transplante renal recente.
Disfunção hepática
Em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada sem colestase, Valsartan +
Hidroclorotiazida Aurovitas deve ser usado com precaução (ver secção 4.2 e 5.2). As
tiazidas podem ser utilizadas com precaução em doentes com disfunção hepática ou
doença hepática progressiva, uma vez que alterações menores do fluido e do
equilíbrio eletrolítico podem precipitar coma hepático.
História de angioedema
O angioedema, incluindo inchaço da faringe e glote, causando obstrução das vias
aéreas e/ou inchaço da face, lábios, faringe, e/ou língua, tem sido reportado em
doentes em tratamento com valsartan; alguns destes doentes tiveram anteriormente
angiodema
outros
medicamentos
incluindo
inibidores
ECA.
Valsartan
Hidroclorotiazida Aurovitas deve ser imediatamente interrompido em doentes que
desenvolvam angioedema, e Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não deve ser
readministrado (ver secção 4.8).
Lúpus eritematoso sistémico
sido
descrito
diuréticos
tiazídicos,
incluindo
hidroclorotiazida,
exacerbam ou ativam o lúpus eritematoso sistémico.
Outras alterações metabólicas
Os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, podem alterar a tolerância à
glucose e aumentar os níveis séricos de colesterol, triglicéridos e ácido úrico. Em
doentes diabéticos pode ser necessário ajuste posológico de insulina ou agentes
antidiabéticos orais.
As tiazidas podem reduzir a excreção urinária de cálcio e provocar um aumento
ligeiro e intermitente do cálcio sérico, na ausência de distúrbios conhecidos no
metabolismo
cálcio.
marcada
hipercalcemia
pode
sintoma
hiperparatiroidismo subjacente. A terapêutica com tiazidas deve ser interrompida
antes de se efetuarem testes à função paratiroideia.
Fotosensibilidade
Foram notificados casos de reação de fotosensibilidade com diuréticos tiazídicos (ver
secção 4.8). Se ocorrerem reações de fotosensibilidade durante a terapêutica
recomenda-se a interrupção do tratamento. Se for considerado essencial retomar a
administração de um diurético recomenda-se a proteção das áreas expostas ao sol
ou a utilização de UVA artificiais.
Gravidez
A terapêutica com Antagonistas dos Recetores da Angiotensina II (ARAIIs) não deve
ser iniciada durante a gravidez. A menos que a continuação da terapêutica com
ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar devem mudar
para terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil de segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a
terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado,
deve
ser iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).
Gerais
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Deve
ter-se
cuidado
doentes
tenham
demonstrado
anteriormente
hipersensibilidade a outros agentes antagonistas dos recetores da angiotensina II. As
reações de hipersensibilidade à hidroclorotiazida são mais prováveis em doentes com
alergia e asma.
Glaucoma agudo de ângulo-fechado
hidroclorotiazida,
sulfonamida,
sido
associada
reação
idiossincrática que resulta em miopia aguda transitória e glaucoma agudo de ângulo-
fechado. Os sintomas incluem o início agudo da diminuição da acuidade visual ou dor
ocular, e ocorrem tipicamente em horas ou semanas após o início do tratamento. O
glaucoma agudo de ângulo-fechado pode levar à perda permanente da visão. O
tratamento primário é descontinuar a hidroclorotiazida o mais rápido possível. A
intervenção
médica
imediata
tratamento
cirúrgico
podem
considerados se a pressão intraocular permanecer descontrolada. Os fatores de risco
no desenvolvimento de glaucoma agudo de ângulo-fechado incluem a história de
alergia à sulfonamida ou penicilina.
Intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp, má absorção de glucose-
galactose
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência em
lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não deverão tomar este
medicamento.
Lecitina
Este medicamento não deverá ser utilizado em doentes com hipersensibilidade a
amendoins ou soja (ver secção 4.3).
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Interações relacionadas tanto com valsartan como com hidroclorotiazida
Utilização concomitante não recomendada
Lítio
Foram
notificados
aumentos
reversíveis
concentrações
séricas
lítio
toxicidade durante o uso concomitante de inibidores da ECA e tiazidas, incluindo a
hidroclorotiazida. Devido à falta de experiência com a utilização concomitante de
valsartan e lítio, esta associação não é recomendada. Caso esta associação seja
necessária, recomenda-se a monitorização cuidadosa dos níveis séricos de lítio.
Utilização concomitante com precaução
Outros fármacos antihipertensores
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas pode aumentar os efeitos de outros fármacos
propriedades
anti-hipertensoras
(por
exemplo,
guanetidina,
metildopa,
vasodilatadores, IECA, bloqueadores dos recetores da angiotensina, bloqueadores
beta, bloqueadores dos canais do cálcio e inibidores diretos da renina).
Aminas pressoras (ex. noradrenalina, adrenalina)
Possível redução de resposta às aminas pressoras. O significado clínico deste efeito é
incerto e não é suficiente para impedir a sua utilização.
Medicamentos
anti-inflamatórios
não
esteroides
(AINEs),
incluindo
inibidores
seletivos da COX-2, ácido acetilsalicílico >3 g/dia), e AINEs não seletivos
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Os AINEs podem atenuar o efeito anti-hipertensor, tanto dos antagonistas da
angiotensina II como da hidroclorotiazida, quando administrados simultaneamente.
Adicionalmente, a utilização concomitante de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas
e AINEs pode levar a um aumento da degradação da função renal e a um aumento
do potássio sérico. Assim, recomenda-se a monitorização da função renal no início do
tratamento, bem como a hidratação adequada do doente.
Interações relacionadas com valsartan
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
Os dados de ensaios clínicos têm demonstrado que o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) através do uso combinado de inibidores da
ECA, antagonistas dos recetores da angiotensina II ou aliscireno está associado a
maior
frequência
acontecimentos
adversos,
tais
como
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda) em
comparação com o uso de um único fármaco com ação no SRAA (ver secções 4.3,
4.4 e 5.1).
Utilização concomitante não recomendada
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos de sal
contendo potássio e outras substâncias que podem aumentar os níveis de potássio
Se se considerar necessário utilizar um medicamento que afeta os níveis de potássio,
em associação com valsartan, aconselha-se a monitorização dos níveis de potássio.
Transportadores
Dados in vitro indicam que o valsartan é um substrato do transportador de captação
hepática
OATP1B1/OATP1B3
transportador
efluxo
hepático
MRP2.
relevância clínica destes resultados é desconhecida. A administração concomitante
de inibidores do transportador de captação (por exemplo, rifampina, ciclosporina) ou
do transportador de efluxo (por exemplo, ritonavir) pode aumentar a exposição
sistémica do valsartan. São necessários cuidados adicionais ao iniciar ou terminar o
tratamento concomitante com estes medicamentos.
Sem interações
Nos estudos de interações medicamentosas com valsartan, não foram observadas
quaisquer interações clinicamente significativas com valsartan ou com qualquer um
fármacos
seguintes:
cimetidina,
varfarina,
furosemida,
digoxina,
atenolol,
indometacina, hidroclorotiazida, amlodipina, glibenclamida. Digoxina e indometacina
podem interagir com o componente hidroclorotiazida de Valsartan + Hidroclorotiazida
Aurovitas (ver interações relacionadas com hidroclorotiazida).
Interações relacionadas com hidroclorotiazida
Utilização concomitante com precaução
Medicamentos associados à perda de potássio e hipocaliemia
O efeito hipocaliémico da hidroclorotiazida pode ser aumentado por administração
concomitante
diuréticos
caliuréticos,
corticosteroides,
laxantes,
ACTH,
anfotericina, carbenoxolona, penicilina G, ácido salicílico e derivados.
estes
medicamentos
forem
prescritos
juntamente
associação
hidroclorotiazida-valsartan é aconselhável a monitorização dos níveis plasmáticos de
potássio ver secção 4.4).
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Medicamentos que podem induzir ”Torsades de pointes”
Antiarrítmicos da classe Ia (ex. quinidina, hidroquinidina, disopiramida)
Antiarrítmicos da classe III (ex. amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida)
Alguns
antipsicóticos:
(ex.
tioridazina,
cloropromazina,
levomepromazina,
trifluoperazina, ciamemazina, sulpirida, sultoprida, amissulprida, tiaprida, pimozida,
haloperidol, droperidol)
Outros: (ex. bepridilo, cisaprida, difemanil, eritromicina IV, halofantrina, cetanserina,
mizolastina, pentamidina, esparfloxacina, terfenadina, vincamina IV.)
Devido ao risco de hipocaliemia, a hidroclorotiazida deve ser administrada com
precaução quando associada a outros medicamentos que possam induzir torsade de
pointes.
Medicamentos que afetam os níveis séricos de sódio
O efeito hiponatrémico dos diuréticos pode ser intensificado por administração
concomitante de medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos, antiepiléticos,
etc. Recomenda-se precaução na administração a longo prazo destes medicamentos.
Glicósidos digitálicos
Podem ocorrer como efeitos adversos hipocaliemia ou hipomagnesemia, induzidos
pelas tiazidas, favorecendo o aparecimento de arritmias cardíacas induzidas pelos
digitálicos (ver secção 4.4).
Sais de cálcio e vitamina D
A administração de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, com vitamina
D ou com sais de cálcio pode potenciar o aumento do cálcio sérico. A utilização
concomitante
diuréticos
tipo
tiazida
sais
cálcio,
pode
causar
hipercalcemia em doentes com predisposição para hipercalcemia (por exemplo,
hiperparatiroidismo,
malignidade
ou condições
mediadas
pela
vitamina
D) por
aumento da reabsorção tubular de cálcio.
Fármacos antidiabéticos (fármacos orais e insulina)
A terapêutica com uma tiazída pode influenciar a tolerância à glicose. Pode ser
necessário ajuste posológico do medicamento antidiabético.
A metformina deve ser utilizada com precaução devido ao risco de acidose láctica
induzida
possível
insuficiência
renal
funcional
relacionada
hidroclorotiazida.
Bloqueadores beta e diazóxido:
O uso concomitante de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, com
bloqueadores beta pode aumentar o risco de hiperglicemia. Os diuréticos tiazídicos,
incluindo a hidroclorotiazida, podem potenciar o efeito hiperglicémico do diazóxido.
Medicamentos
usados
tratamento
gota
(probenecida,
sulfimpirazona
alopurinol)
Pode ser necessário o ajuste posológico das medicações uricosúricas, uma vez que a
hidroclorotiazida pode elevar o nível de ácido úrico sérico. Pode ser necessário o
aumento
posologia
probenecida
ou de
sulfimpirazona.
administração
concomitante de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, pode aumentar a
incidência de reações de hipersensibilidade ao alopurinol.
Fármacos anticolinérgicos e outros medicamentos que afetam a motilidade gástrica
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
biodisponibilidade
diuréticos
tipo
tiazídico
pode
aumentada
fármacos anticolinérgicos (por exemplo, atropina, biperideno), aparentemente devido
a uma redução da motilidade gastrointestinal e da taxa de esvaziamento gástrico.
Por outro lado, prevê-se que os medicamentos procinéticos, como o cisaprida,
possam aumentar a biodisponibilidade dos diuréticos tipo tiazidíco.
Amantadina
As tiazidas,
incluindo
a hidroclorotiazida,
podem
aumentar
o risco
efeitos
adversos causados pela amantadina.
Resinas colestiramina e colestipol
A absorção de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, é alterada na
presença de resinas permutadoras de aniões. Isto poderá resultar em efeitos sub-
terapêuticos
diuréticos
tiazídicos.
Contudo,
intervalo
dosagem
hidroclorotiazida e de resina, sendo a hidroclorotiazida administrada pelo menos 4
horas antes ou 4-6h depois da administração de resinas, pode ser potencialmente
minimizar a interação.
Fármacos citotóxicos (ex. ciclofosfamida, metotrexato)
As tiazidas, incluindo
a hidroclorotiazida,
podem
reduzir
excreção
renal de
fármacos citotóxicos e potenciar os seus efeitos mielossupressores.
Relaxantes musculares esqueléticos não-despolarizantes (ex. tubocurarina):
tiazidas,
incluindo
hidroclorotiazida,
potenciam
ação
relaxantes
musculares esqueléticos tal como os derivados do curare.
Ciclosporina
O tratamento concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de hiperuricemia
e de complicações do tipo gota.
Álcool, anestésicos e sedativos
A administração concomitante de diuréticos tiazídicos com substâncias que também
têm um efeito de diminuição da pressão sanguínea (por exemplo, por redução da
atividade do sistema nervoso central simpático ou por ação de vasodilatação direta),
pode potenciar hipotensão ortostática.
Metildopa
Foram notificados casos pontuais de anemia hemolítica em doentes que receberam
tratamento concomitante de hidroclorotiazida e metildopa.
Meios iodados de contraste
Em caso de desidratação induzida por diuréticos, existe risco acrescido de falência
renal aguda especialmente com doses elevadas do produto iodado. Os doentes
devem ser re-hidratados antes da administração.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Valsartan
A utilização de Antagonistas dos Recetores da Angiotensina II (ARAIIs) não é
recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4.). A utilização
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
de ARAIIs é contraindicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver
secções 4.3 e 4.4.).
Os dados epidemiológicos relativos ao risco de teratogenicidade após a exposição
aos IECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é
possível excluir um ligeiro aumento do risco. Enquanto não existem dados de
estudos epidemiológicos controlados relativos ao risco associado aos antagonistas
dos recetores da angiotensina (ARAIIs), os riscos para esta classe de fármacos
poderão ser semelhantes. A não ser que a manutenção do tratamento com ARAIIs
seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar devem mudar para
terapêuticas anti-hipertensoras alternativas que tenham um perfil de segurança
estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando é diagnosticada a gravidez,
o tratamento com ARAIIs deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado,
deverá ser iniciada terapêutica alternativa.
A exposição a ARAIIs durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está
reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição
da função renal, oligohidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade
neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) (ver secção 5.3.).
No caso de a exposição a ARAIIs ter ocorrido a partir do segundo trimestre de
gravidez, recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e dos
ossos do crânio.
Os bebés cujas mães estiveram expostas a ARAIIs devem ser cuidadosamente
observados no sentido de diagnosticar hipotensão (ver secções 4.3. e 4.4.).
Hidroclorotiazida
A experiência decorrente da administração da hidroclorotiazida durante a gravidez,
particularmente durante o primeiro trimestre, é limitada. Os estudos em animais são
insuficientes.
A hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária. Com base no mecanismo de
ação farmacológico da hidroclorotiazida, a sua administração durante o segundo e o
terceiro trimestres pode comprometer a perfusão fetoplacentária e pode causar
efeitos fetais e neonatais tais como icterícia, distúrbios no equilíbrio eletrolítico e
trombocitopenia.
Amamentação
Não existe informação relativa à utilização de valsartan durante a amamentação. A
hidroclorotiazida é excretada no leite humano. Assim, não se recomenda o uso de
Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas durante a amamentação. Dá-se preferência a
tratamentos alternativos com perfis de segurança melhor estabelecidos durante a
amamentação, especialmente durante a amamentação de um recém-nascido ou de
um bebé prematuro.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas sobre a
capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Durante a condução de veículos ou
utilização de máquinas, deverá ter-se em consideração a possibilidade de ocorrência
de tonturas ou cansaço.
Efeitos indesejáveis
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
As reações adversas notificadas nos estudos clínicos e nos resultados laboratoriais
que ocorrem mais frequentemente com valsartan + hidroclorotiazida do que com
placebo,
provenientes
notificações
individuais
pós-comercialização,
são
apresentadas abaixo de acordo com as classes de sistemas de órgãos. Reações
adversas
sabe
ocorrerem
cada
componente
administrado
individualmente, mas que não foram observados nos estudos clínicos, podem ocorrer
durante o tratamento com valsartan + hidroclorotiazida.
As reações adversas são apresentadas por frequência, primeiro a mais frequentes,
utilizando a seguinte convenção: muito frequentes (≥ 1/10); frequentes (≥ 1/100 a
<1/10); Pouco frequentes (≥ 1/1.000 a <1/100); raros (≥ 1/10.000 a < 1/1.000);
muito raros (< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados
disponíveis).
Tabela 1. Frequência de reações adversas com valsartan + hidroclorotiazida
Doenças do metabolismo e da nutrição
Pouco frequentes
Desidratação
Doenças do sistema nervoso
Muito raros
Tonturas.
Pouco frequentes
Parestesia
Desconhecidos
Síncope
Afeções oculares
Pouco frequentes
Visão turva
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Acufenos
Vasculopatias
Pouco frequentes
Hipotensão
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Pouco frequentes
Tosse
Desconhecidos
Edema pulmonar não cardiogénico
Doenças gastrointestinais
Muito raros
Diarreia
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Pouco frequentes
Mialgia
Muito raros
Artralgia
Doenças renais e urinárias
Desconhecidos
Deterioração da função renal
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Pouco frequentes
Fadiga
Exames complementares de diagnóstico
Desconhecidos
Aumento do ácido úrico sérico, aumento da bilirrubina e
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
creatinina séricas, hipocaliemia, hiponatremia, aumento da
ureia plasmática, neutropenia
Informação adicional sobre os componentes individuais
Os efeitos indesejáveis anteriormente descritos com um dos componentes individuais
podem
potenciais
efeitos
indesejáveis
Valsartan
Hidroclorotiazida
Aurovitas, mesmo se não observados nos estudos clínicos ou no período após
comercialização.
Tabela 2. Frequência de reações adversas com valsartan
Doenças do sangue e do sistema linfático
Desconhecidos
Redução da hemoglobina, redução no hematócrito,
trombocitopenia
Doenças do sistema imunitário
Desconhecidos
Outras reações alérgicas / de hipersensibilidade, incluindo
doença do soro
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desconhecidos
Aumento do potássio sérico, hiponatremia
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Vertigens
Vasculopatias
Desconhecidos
Vasculite
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Dor abdominal
Afeções hepatobiliares
Desconhecidos
Aumento dos valores da função hepática
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Desconhecidos
Angioedema, erupção cutânea, prurido
Doenças renais e urinárias
Desconhecidos
Falência renal
Tabela 3. Frequência de reações adversas com hidroclorotiazida
A hidroclorotiazida é prescrita há muitos anos, frequentemente em doses mais
elevadas do que as presentes em Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas. As reações
adversas seguintes foram notificadas em doentes tratados em monoterapia com
diuréticos tiazídicos incluindo a hidroclorotiazida:
Doenças do sangue e do sistema linfático
Raros
Trombocitopenia por vezes com púrpura
Muito raros
Agranulocitose, leucopenia, anemia hemolítica, depressão da
medula óssea
Desconhecidos Anemia aplástica
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INFARMED
Doenças do sistema imunitário
Muito raros
Reações de hipersensibilidade
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes Hipocalemia, aumentos do nível de lípidos no sangue
(principalmente em doses elevadas)
Frequentes Hiponatremia, hipomagnesemia, hiperuricemia
Raros Hipercalcemia, hiperglicemia, glicosúria e agravamento do
estado metabólico da diabetes
Muito raros Alcalose hipoclorémica
Doenças do foro psiquiátrico
Raros
Depressão, perturbações do sono
Doenças do sistema nervoso
Raros
Cefaleias, tonturas, parestesia
Afeções oculares
Raros Insuficiência visual
Desconhecidos Glaucoma de agudo ângulo-fechado
Cardiopatias
Raros
Arritmias cardíacas
Vasculopatias
Frequentes
Hipotensão ortostática
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito raros
Dificuldades respiratórias incluindo pneumonite e edema
pulmonar
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Perda de apetite, náuseas ligeiras e vómitos
Raros
Obstipação, desconforto gastrointestinal, diarreia
Muito raros
Pancreatite
Afeções hepatobiliares
Raros
Colestase intrahepática ou icterícia
Doenças renais e urinárias
Desconhecidos Disfunção renal, falência renal aguda
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes
Urticária e outras formas de erupção cutânea
Raros
Fotossensibilização
Muito raros
Vasculite necrotizante, necrólise epidérmica tóxica, reações do
tipo lúpus eritematoso cutâneo, reativação do lúpus
eritematoso cutâneo
Desconhecidos Eritema multiforme
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Desconhecidos Pirexia, astenia
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INFARMED
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Desconhecidos
Espasmo muscular
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Frequentes
Impotência
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas através do
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
Uma sobredosagem com valsartan pode resultar em hipotensão acentuada, que
poderá levar a um nível deprimido de consciência, colapso circulatório e/ou choque.
Adicionalmente,
poderão
ocorrer
seguintes
sinais
sintomas
devido
sobredosagem
componente
hidroclorotiazida:
náuseas,
sonolência,
hipovolemia e alterações eletrolíticas associadas a arritmias cardíacas e espasmos
musculares.
Tratamento
As medidas terapêuticas dependem do tempo de ingestão, assim como do tipo e
gravidade
sintomas,
sendo
primordial
importância
estabilização
condições circulatórias.
Se ocorrer hipotensão, o doente deve ser colocado em decúbito devendo proceder-se
rapidamente à suplementação de sal e de volume.
O valsartan não pode ser eliminado por hemodiálise, devido à sua forte ligação às
proteínas plasmáticas; em contrapartida, é possível depurar a hidroclorotiazida
através de diálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 3.4.1.1. – Aparelho Cardiovascular. Anti-hipertensores.
Diuréticos.
Tiazidas
análogos;
3.4.2.2.
Aparelho
Cardiovascular.
Anti-
hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Antagonista dos recetores
da angiotensina, código ATC: C09D A03
APROVADO EM
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INFARMED
Valsartan/ hidroclorotiazida
Num ensaio sob dupla ocultação, aleatorizado, controlado com ativo em doentes não
controlados
adequadamente
valsartan
observaram-se
reduções
significativamente
maiores
sistólica/diastólica
média
ambas
associações de valsartan/ hidroclorotiazida 320 + 25 mg (15,4/10,4 mmHg) e
valsartan + hidroclorotiazida 320 + 12,5 mg (13,6/9,7 mmHg) comparativamente
com valsartan 320 mg (6,1/5,8 mmHg).
A diferença na redução da PA entre as doses de 320 + 25 mg e 320 + 12,5 mg
também
atingiu
significado
estatístico.
Além
disso,
percentagem
significativamente maior de doentes respondeu (PA diastólica <90 mmHg ou redução
≥10 mmHg) a valsartan + hidroclorotiazida 320 + 25 mg (75%) e 320 + 12,5 mg
(69%) comparativamente com valsartan 320 mg (53%).
Num ensaio sob dupla ocultação, aleatorizado, controlado com placebo, com desenho
fatorial comparando associações de várias doses de valsartan + hidroclorotiazida
com os seus respetivos componentes, observaram-se reduções significativamente
maiores
sistólica/diastólica
média
associação
valsartan
hidroclorotiazida 320 + 12,5 mg (21,7/15,0 mmHg) e 320 + 25 mg (24,7/16,6
mmHg)
comparativamente
placebo
(7,0/5,9
mmHg)
respetivas
monoterapias, i.e., hidroclorotiazida 12,5 mg (11,1/9,0 mmHg), hidroclorotiazida 25
mg (14,5/10,8 mmHg) e valsartan 320 mg (13,7/11,3 mmHg). Além disso, uma
percentagem significativamente maior de doentes respondeu (PA diastólica<90
mmHg ou redução ≥10 mmHg) a valsartan + hidroclorotiazida 320 + 25 mg (85%) e
320 + 12,5 mg (83%) comparativamente com placebo (45%) e as respetivas
monoterapias, i.e., hidroclorotiazida 12,5 mg (60%), hidroclorotiazida 25 mg (66%),
e valsartan 320 mg (69%).
Num ensaio de dupla ocultação, aleatorizado, controlado com ativo em doentes não
controlados
adequadamente
valsartan
observaram-se
reduções
significativamente
maiores
sistólica/diastólica
média
ambas
associações de valsartan/ hidroclorotiazida 320 + 25 mg (15,4/10,4 mmHg) e
valsartan + hidroclorotiazida 320 + 12,5 mg (13,6/9,7 mmHg) comparativamente
com valsartan 320 mg (6,1/5,8 mmHg).
A diferença na redução da PA entre as doses de 320 + 25 mg e 320 + 12,5 mg
também
atingiu
significado
estatístico.
Além
disso,
percentagem
significativamente maior de doentes respondeu (PA diastólica <90 mmHg ou redução
≥10 mmHg) a valsartan + hidroclorotiazida 320 + 25 mg (75%) e 320 + 12,5 mg
(69%) comparativamente com valsartan 320 mg (53%).
Num ensaio sob dupla ocultação, aleatorizado, controlado com placebo, com desenho
fatorial comparando associações de várias doses de valsartan + hidroclorotiazida
com os seus respetivos componentes, observaram-se reduções significativamente
maiores
sistólica/diastólica
média
associação
valsartan
hidroclorotiazida 320 + 12,5 mg (21,7/15,0 mmHg) e 320 + 25 mg (24,7/16,6
mmHg)
comparativamente
placebo
(7,0/5,9
mmHg)
respetivas
monoterapias, i.e., hidroclorotiazida 12,5 mg (11,1/9,0 mmHg), hidroclorotiazida 25
mg (14,5/10,8 mmHg) e valsartan 320 mg (13,7/11,3 mmHg). Além disso, uma
percentagem significativamente maior de doentes respondeu (PA diastólica<90
mmHg ou redução ≥10 mmHg) a valsartan + hidroclorotiazida 320 + 25 mg (85%) e
320 + 12,5 mg (83%) comparativamente com placebo (45%) e as respetivas
monoterapias, i.e., hidroclorotiazida 12,5 mg (60%), hidroclorotiazida 25 mg (66%),
e valsartan 320 mg (69%).
APROVADO EM
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INFARMED
Registaram-se reduções no potássio sérico dependentes da dose em ensaios clínicos
controlados
valsartan
hidroclorotiazida.
redução
potássio
sérico
observou-se
mais
frequentemente
doentes
receberam
hidroclorotiazida do que nos que receberam 12,5 mg de hidroclorotiazida. Em
ensaios
clínicos
controlados
valsartan
hidroclorotiazida
efeito
hidroclorotiazida na descida do potássio sérico foi atenuado pelo efeito poupador de
potássio do valsartan.
efeitos
benéficos
valsartan
associação
hidroclorotiazida
mortalidade e morbilidade cardiovasculares são desconhecidos atualmente.
Estudos
epidemiológicos
mostraram
tratamento
prolongado
hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e morbilidade cardiovascular.
Valsartan
O valsartan é um antagonista dos recetores da angiotensina II (Ang II) oralmente
ativo e específico. Atua de forma seletiva no subtipo de recetores AT1, responsável
pelas ações conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis plasmáticos de Ang
II após o bloqueio do recetor AT1 com valsartan pode estimular o recetor AT2 não
bloqueado, que parece contrabalançar o efeito do recetor AT1. O valsartan não
apresenta qualquer atividade agonista parcial no recetor AT1 e apresenta uma
afinidade muito maior para o recetor AT1 (cerca de 20.000 vezes) que para o recetor
AT2. O valsartan não se liga, nem bloqueia, outros recetores hormonais ou canais
iónicos reconhecidamente importantes na regulação cardiovascular.
O valsartan não inibe a ECA (também conhecida como cininase II) que converte a
Ang I em Ang II e degrada a bradicinina. Dado não haver qualquer efeito sobre a
ECA e não haver potenciação de bradiquinina ou da substância P, é pouco provável
que os antagonistas da angiotensina II estejam associados a tosse. Em ensaios
clínicos onde o valsartan foi comparado com um inibidor da ECA a incidência da tosse
seca foi significativamente menos (P<0,05) nos doentes tratados com valsartan do
doentes
tratados
inibidor
(2,6%
versus
7,9%,
respetivamente). Num estudo clínico realizado em doentes com história de tosse
seca durante o tratamento com um inibidor da ECA, ocorreu tosse em 19,5% dos
indivíduos tratados com valsartan e em 19,0% dos tratados com um diurético
tiazídico, comparativamente a 68,5% nos indivíduos tratados com um inibidor da
ECA (P<0,05).
A administração de valsartan a doentes com hipertensão resulta na redução da
pressão arterial sem afetar a frequência cardíaca. Na maioria dos doentes, após a
administração de uma dose oral única, o início da atividade anti-hipertensora ocorre
no intervalo de 2 horas, atingindo-se a redução máxima da pressão arterial no
intervalo de 4-6 horas. O efeito anti-hipertensor persiste ao longo de 24 horas após
a dosagem. Durante a administração reiterada, a redução máxima da pressão
arterial com qualquer das doses é, geralmente, obtida em 2-4 semanas, sendo
mantida
durante
tratamento
prolongado.
Quando
associação
hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa da pressão arterial.
A retirada abrupta de valsartan não foi associadaa hipertensão de rebound ou a
outros efeitos adversos clínicos.Em doentes hipertensos com diabetes tipo 2 e
microalbuminúria, o valsartan mostrou diminuir a excreção urinária de albumina. O
estudo MARVAL (Micro Albuminuria Reduction with Valsartan) avaliou a redução na
excreção urinária de albumina (EUA) com valsartan (80-160 mg / uma vez por dia)
APROVADO EM
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INFARMED
versus amlodipina (5-10 mg / uma vez por dia), em 332 doentes com diabetes tipo 2
(idade média: 58 anos; 265 homens) com microalbuminúria (valsartan: 58 µg/min;
amlodipina: 55,4 µg/min), pressão arterial normal ou alta e com função renal
conservada (creatinina plasmática <120 µmol/l). Às 24 semanas, a EUA baixou
(p<0,001) em 42% (-24,2 µg/mín; 95% CI: –40,4 a –19,1) com valsartan e cerca
de 3% (–1,7 µg/mín; 95% CI: –5,6 a 14,9) com amlodipina apesar de taxas
semelhantes de redução da pressão arterial em ambos os grupos.
O estudo Diovan Reduction of Proteinuria (DROP) analisou mais aprofundadamente a
eficácia de valsartan na redução da EUA em 391 doentes hipertensos (PA=150/88
mmHg) com diabetes tipo 2, albuminúria (média=102 µg/mín; 20-700 µg/mín) e
função renal conservada (creatinina sérica média = 80 µmol/l). Os doentes foram
aleatorizados para uma de 3 doses de valsartan (160, 320 e 640 mg / por dia) e
tratados durante 30 semanas. A finalidade do estudo foi determinar a dose ótima de
valsartan para reduzir a EUA em doentes hipertensos com diabetes tipo 2. Às 30
semanas, a alteração percentual na EUA foi significativamente reduzida em 36% a
partir da linha basal com valsartan 160 mg (95%CI: 22 a 47%), e 44% com
valsartan 320 mg (95%CI: 31 a 54%). Concluiu-se que 160-320 mg de valsartan
produziu reduções clinicamente significativas na EUA em doentes hipertensos com
diabetes tipo 2.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
Dois grandes estudos aleatorizados e controlados (ONTARGET (“ONgoing Telmisartan
Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial”) e VA NEPHRON-D
(“The
Veterans
Affairs
Nephropathy
Diabetes”))
têm
examinado
associação de um inibidor da ECA com um antagonista dos recetores da angiotensina
O estudo ONTARGET foi realizado em doentes com história de doença cardiovascular
ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhada de evidência de lesão
de órgão-alvo. O estudo VA NEPHRON-D foi conduzido em doentes com diabetes
mellitus tipo 2 e nefropatia diabética.
Estes estudos não mostraram nenhum efeito benéfico significativo nos resultados
renais e/ou cardiovasculares e mortalidade,
enquanto foi
observado um
risco
aumentado
hipercaliemia,
insuficiência
renal
aguda
e/ou
hipotensão,
comparação
monoterapia.
Dadas
suas
propriedades
farmacodinâmicas
semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA
e antagonistas dos recetores da angiotensina II.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
assim, ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
O estudo ALTITUDE (“Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and
Renal Disease Endpoints”) foi concebido para testar o benefício da adição de
aliscireno a uma terapêutica padrão com um inibidor da ECA ou um antagonista dos
recetores da angiotensina II em doentes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal
crónica, doença cardiovascular ou ambas. O estudo terminou precocemente devido a
um risco aumentado de resultados adversos. A morte cardiovascular e o acidente
vascular cerebral foram ambos numericamente mais frequentes no grupo tratado
com aliscireno, do que no grupo tratado com placebo e os acontecimentos adversos
acontecimentos
adversos
graves
interesse
(hipercaliemia),
hipotensão
disfunção renal) foram mais frequentemente notificados no grupo tratado com
aliscireno que no grupo tratado com placebo.
Hidroclorotiazida
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
O local de ação dos diuréticos tiazídicos reside, principalmente, no túbulo contornado
distal renal. Foi demonstrado que existe um recetor de elevada afinidade no córtex
renal, como local de ligação principal para a ação diurética da tiazida e inibição do
transporte de NaCl no túbulo contornado distal. O mecanismo de ação das tiazidas
processa-se por inibição do cotransporte de Na+ Cl-, talvez competindo para o local
de ligação do Cl-, afetando assim os mecanismos de reabsorção dos eletrólitos:
diretamente
aumento
excreção
sódio
cloretos numa
quantidade
aproximadamente idêntica e, indiretamente, pela redução do volume plasmático por
esta ação diurética, com aumentos consequentes da atividade da renina plasmática,
secreção de aldosterona e perda urinária de potássio, e uma diminuição do potássio
sérico. A ligação renina-aldosterona é mediada pela angiotensina II, pelo que com
administração concomitante de valsartan, a redução do potássio sérico é menos
acentuada do que com hidroclorotiazida em monoterapia, conforme foi constatado.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Valsartan + Hidroclorotiazida
A disponibilidade sistémica de hidroclorotiazida sofre uma redução de cerca de 30%,
quando coadministrada com valsartan. A cinética de valsartan não é afetada, de
modo
acentuado,
pela
coadministração
hidroclorotiazida.
Esta
interação
observada não tem impacto no uso combinado de valsartan e hidroclorotiazida, uma
vez que os estudos clínicos demonstraram um efeito anti-hipertensor evidente,
superior ao obtido com qualquer dos fármacos administrados em monoterapia, ou
com o placebo.
Valsartan
Absorção
Após a administração oral de valsartan isoladamente, o pico das concentrações
plasmáticas de valsartan é atingido em 2–4 horas. A biodisponibilidade média
absoluta é de 23%. A alimentação diminui a exposição (conforme medida pela AUC)
ao valsartan em cerca de 40% e a concentração plasmática máxima (Cmáx) em
cerca de 50%, embora a partir das 8 h, as concentrações plasmáticas de valsartan
pós administração sejam semelhantes para os grupos alimentados e em jejum. Esta
redução na AUC não é, contudo, acompanhada por uma redução clinicamente
significativa
efeito
terapêutico
valsartan
pode,
conseguinte,
administrado com ou sem ingestão de alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição de valsartan no estado estacionário após administração
intravenosa é de cerca de 17 litros, indicando que o valsartan não se distribui nos
tecidos de forma extensa. O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às
proteínas séricas (94-97%), principalmente à albumina sérica.
Biotransformação
O valsartan não é extensamente biotransformado na medida em que apenas cerca
dose
recuperada
como
metabolitos.
identificado
hidroximetabolito no plasma em baixas concentrações (menos do que 10% da AUC
de valsartan). Este metabolito é farmacologicamente inativo.
Eliminação
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial (t½α <1 h e
t½ß cerca de 9 h). O valsartan é eliminado principalmente nas fezes (cerca de 83%
da dose) e na urina (cerca de 13% da dose), principalmente sob a forma de
composto inalterado. Após administração intravenosa, a depuração de valsartan no
plasma é de cerca de 2 l/h e a sua depuração renal é de 0,62 l/h (cerca de 30% da
depuração total). A semivida de valsartan é de 6 horas.
Hidroclorotiazida
Absorção
A absorção de hidroclorotiazida, após a administração de uma dose oral, é rápida
(tmáx de aproximadamente 2 horas), com características de absorção semelhantes
tanto
para
formulações
suspensão
como
para
comprimidos.
biodisponibilidade absoluta de hidroclorotiazida é de 70% após a administração oral.
administração
concomitante
alimentos
revelado
aumentar
simultaneamente, diminuir a disponibilidade sistémica de hidroclorotiazida, quando
comparada com a administração em jejum. A magnitude destes efeitos é reduzida e
de pequena relevância clínica. O aumento da AUC média é linear e proporcional à
dose nos intervalos terapêuticos. Não se observam quaisquer alterações na cinética
de hidroclorotiazida com a administração reiterada, registando-se uma acumulação
mínima com a administração única diária.
Distribuição
As cinéticas de distribuição e de eliminação têm sido geralmente descritas por uma
função de degradação bi-exponencial. O volume de distribuição aparente é de 4-8
l/kg.
hidroclorotiazida
circulação
está
ligada
proteínas
séricas
(40-70%),
principalmente à albumina sérica. A hidroclorotiazida também se acumula nos
eritrócitos, aproximadamente em 1,8 vezes o nível plasmático.
Eliminação
Relativamente à hidroclorotiazida, esta é predominantemente eliminada sob a forma
de composto inalterado. A hidroclorotiazida é eliminada do plasma com uma
semivida que ronda a média de 6 a 15 horas na fase terminal de eliminação. Não
existem alterações na cinética de hidroclorotiazida, na administração repetida, e a
acumulação é mínima na administração única diária. Mais de 95% da dose absorvida
é excretada como composto inalterado na urina. A depuração renal é composta por
filtração passiva e secreção ativa para o túbulo renal.
Populações especiais
Idosos
Nalguns indivíduos idosos foi
observada
exposição
sistémica
valsartan
ligeiramente mais elevada do que nos indivíduos jovens; esta diferença não foi,
contudo, considerada clinicamente significativa.Dados limitados sugerem que a
depuração sistémica
da hidroclorotiazida
sofre
redução tanto
idosos
saudáveis
como
idosos
hipertensos,
quando
comparados
voluntários
saudáveis jovens.
Disfunção renal
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Na dose recomendada de Valsartan + Hidroclorotiazida Aurovitas não é necessário
proceder a ajuste posológico em doentes com uma depuração de creatinina de 30-70
ml/min.
Nos doentes com disfunção renal grave (depuração de creatinina <30 ml/min) e nos
doentes submetidos a diálise, não existem disponíveis dados relativos a Valsartan +
Hidroclorotiazida Aurovitas. O valsartan apresenta uma forte ligação às proteínas
plasmáticas, não sendo possível proceder à sua remoção por diálise, enquanto que a
depuração da hidroclorotiazida poderá ser atingida por diálise.
A depuração renal de hidroclorotiazida é composta por filtração passiva e secreção
ativa no túbulo renal. Conforme seria de esperar com um composto depurado quase
exclusivamente por via renal, a função renal exerce um efeito marcado sobre a
cinética da hidroclorotiazida. Na presença de disfunção renal, os níveis médios
plasmáticos e os valores AUC de hidroclorotiazida são aumentados, e na excreção
urinária, reduzidos. Em doentes com insuficiência renal ligeira a moderada, foi
observado um aumento de 3 vezes no valor AUC da hidroclorotiazida. Em doentes
com insuficiência renal grave, foi observado um aumento de 8 vezes no valor AUC. A
hidroclorotiazida é contraindicada em doentes com disfunção renal grave (ver secção
4.3).
Disfunção hepática
Num estudo farmacocinético realizado em doentes com disfunção hepática ligeira
(n=6)
moderada
(n=5),
exposição
valsartan
sofreu
aumento
aproximadamente
vezes
quando
comparada
com voluntários
saudáveis
(ver
secções 4.2 e 4.4).
Não existem dados disponíveis sobre o uso de valsartan em doentes com disfunção
hepática grave (ver secção 4.3). A doença hepática não afeta significativamente a
farmacocinética da hidroclorotiazida.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
toxicidade
potencial
associação
valsartan
hidroclorotiazida
após
administração oral foi investigada no rato e saguim, em estudos com uma duração
máxima de seis meses. Não se obtiveram quaisquer dados passíveis de excluir o uso
de doses terapêuticas no Homem.
As alterações produzidas pela associação nos estudos de toxicidade crónica deverão
ter sido causadas pelo componente valsartan. O rim constitui o órgão alvo da
toxicologia, sendo a reação mais acentuada no saguim do que no rato. A associação
produziu
lesões
renais
(nefropatia
basofilia
tubular,
aumentos
ureia
plasmática, da creatinina plasmática e do potássio sérico, aumentos do volume
urinário e dos eletrólitos urinários a partir de 30 mg/kg/dia de valsartan + 9
mg/kg/dia
hidroclorotiazida
rato
mg/kg/dia
saguim),
provavelmente devido a alteração da hemodinâmica renal. No rato, estas doses
correspondem respetivamente a 0,9 e 3,5 vezes a dose máxima recomendada em
humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de mg/m2. No saguim
estas
doses
representam
respetivamente
vezes
dose
máxima
recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de
mg/m2. (Os cálculos assumem uma dose oral de 320 mg/dia de valsartan em
associação com 25 mg/dia de hidroclorotiazida e um doente de 60 kg.)
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Doses elevadas da associação valsartan + hidroclorotiazida provocaram descida nos
índices
glóbulos
vermelhos
(número
glóbulos
vermelhos,
hemoglobina,
hematócrito, de 100 + 31 mg/kg/dia em ratos e 30 + 9 mg/kg/dia em saguins). No
rato estas doses representam respetivamente, 3,0 e 12 vezes a dose máxima
recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de
mg/m2. Em saguins, estas doses representam, respetivamente, 0,9 e 3,5 vezes a
dose máxima recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida
numa base de mg/m2. (Os cálculos pressupõem uma dose oral de 320 mg/dia de
valsartan em associação com 25 mg/dia de hidroclorotiazida e um doente de 60 kg).
Nos saguins, observou-se a lesão da mucosa gástrica (desde 30 + 9 mg/kg/dia). No
rim a associação também provocou hiperplasia das arteríolas aferentes (a 600 + 188
mg/kg/dia em ratos e desde 30 + 9 mg/kg/dia em saguins). No saguim, as doses
representam respetivamente, 0,9 e 3,5 vezes a dose máxima recomendada em
humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de mg/m2. No rato,
estas
doses
representam
respetivamente,
vezes
dose
máxima
recomendada em humanos (MRHD) de valsartan e hidroclorotiazida numa base de
mg/m2. (Os cálculos pressupõem uma dose oral de 320 mg/dia de valsartan em
associação com 25 mg/dia de hidroclorotiazida e um doente de 60 kg).
Os efeitos acima mencionados parecem dever-se aos efeitos farmacológicos de doses
elevadas de valsartan (bloqueio da inibição, induzida pela angiotensina II, da
libertação de renina, com estimulação das células produtoras de renina) ocorrendo
igualmente com inibidores da ECA. Estes resultados não têm, aparentemente,
relevância para o uso de doses terapêuticas de valsartan em humanos.
A associação valsartan + hidroclorotiazida não foi testada quanto à mutagenicidade,
quebra de cromossomas ou carcinogenicidade, dado não existirem indícios de
interação
entre
duas
substâncias.
Estes
testes
foram,
contudo,
realizados
separadamente com valsartan e hidroclorotiazida, não se observando quaisquer
sinais de mutagenicidade, quebra de cromossomas ou carcinogenicidade.
Nos ratos, doses tóxicas a nível materno (600 mg/kg/dia) durante os últimos dias de
gestação e aleitamento, levaram à menor sobrevivência, menor aumento de peso e
atraso no desenvolvimento (descolamento do pavilhão da orelha e abertura do canal
auricular) das crias (ver secção 4.6). Estas doses em ratos (600 mg/kg/dia) foram
aproximadamente 18 vezes a dose máxima recomendada para o ser humano numa
base de mg/m2 (os cálculos pressupõem uma dose oral de 320 mg/dia e um doente
de 60 kg). Efeitos semelhantes foram observados com valsartan + hidroclorotiazida
em ratos e coelhos. Em estudos de desenvolvimento embrio-fetal (Segmento II) com
valsartan + hidroclorotiazida em ratos e coelhos, não se observou evidência de
teratogenecidade; no entanto, observou-se fetotoxicidade associada a toxicidade
materna.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Celulose microcristalina
Lactose mono-hidratada
Croscarmelose sódica
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
Povidona K29-32
Talco
Estearato de Magnésio
Sílica coloidal anidra
Revestimento por película
[Comprimidos 320/12,5 mg]
Álcool polivinílico
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350
Óxido de ferro amarelo (E172)
Lecitina (contém óleo de soja) (E322)
Óxido de ferro vermelho (E172)
[Comprimidos 320/25 mg]
Álcool polivinílico
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350
Óxido de ferro amarelo (E172)
Lecitina (contém óleo de soja) (E322)
Óxido de ferro vermelho (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
Blister de PVC/PE/PVDC-Alu: 3 anos
Recipientes de comprimidos de polietileno: 4 anos
O prazo de validade após primeira abertura do recipiente de comprimidos é de 100
dias.
6.4 Precauções especiais de conservação
Blister de PVC/PE/PVDC-Alu: Não conservar acima de 25°C.
Recipientes
comprimidos
polietileno:
medicamento
não
necessita
quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister em PVC/PE/PVDC-Alu.
Recipiente de comprimidos (PE) fechado com tampa de encaixe (PE) e anel selante
da tampa.
Tamanho das embalagens:
Blister: 7, 10, 14, 20, 28, 30, 56, 90, 98 e 100 comprimidos revestidos por película.
Recipiente: 100 comprimidos revestidos por película.
APROVADO EM
22-09-2015
INFARMED
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Aurovitas Unipessoal, Lda.
Avenida do Forte, 3 - Parque Suécia - Edificio IV- 2º
2794-038 Carnaxide
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Registado no Infarmed com o nº 5396742
Registado no Infarmed com o nº 5396759
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
30 de junho de 2011
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO