Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
26-03-2013
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APROVADO EM
26-03-2013
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Ursofalk 250 mg cápsulas
Ácido ursodesoxicólico
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
1. O que é Ursofalk e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Ursofalk
3. Como tomar Ursofalk
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ursofalk
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Ursofalk e para que é utilizado
substância
ativa
Ursofalk
ácido
ursodesoxicólico,
ácido
biliar
naturalmente presente, em pequenas quantidades, na bílis humana.
O Ursofalk é usado nas seguintes situações:
- Para a dissolução de cálculos biliares de colesterol da vesícula biliar. Os cálculos
devem ser rádio-transparentes no raio-X, não devem exceder 15 mm de diâmetro e
a vesícula deve ser funcionante.
- Para o tratamento da gastrite de refluxo biliar.
- Para o tratamento sintomático da cirrose biliar primária (CBP, uma inflamação
crónica dos canais biliares associada a uma cirrose no fígado) desde que não exista
descompensação da cirrose hepática (doença grave do fígado, numa fase em que o
tecido hepático que resta não consegue compensar a reduzida função hepática).
2. O que precisa de saber antes de tomar Ursofalk
Não tome Ursofalk:
alergia
(hipersensibilidade)
ácidos
biliares
(como
ácido
ursodesoxicólico) ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na
secção 6).
-se tem uma inflamação aguda da vesícula biliar ou do trato biliar.
-se tem uma oclusão do canal biliar comum ou do canal cístico (obstrução do trato
biliar).
- se sofre frequentemente de dores tipo cãibras na zona superior do abdómen
(cólicas biliares),
- se o seu médico lhe disse que tem cálculos biliares calcificados,
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- se apresenta uma diminuição da contractilidade da vesícula biliar.
Em caso de dúvida, deve consultar o seu médico assistente acerca das condições
acima referidas. Deve também confirmar se sofre ou se já sofreu destas condições.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Ursofalk
O Ursofalk deve ser usado com supervisão do médico. O médico deve solicitar-lhe
testes regulares para avaliar a função hepática, de 4 em 4 semanas durante os
primeiros 3 meses de tratamento. Seguidamente, estes testes podem ser solicitados
de 3 em 3 meses.
Recomenda-se uma dieta rica em fibras de forma a prevenir a recorrência de
cálculos.
Por favor informe imediatamente o seu médico se tiver diarreia, pois poderá
necessitar de reduzir a dose ou interromper o tratamento com Ursofalk.
Outros medicamentos e Ursofalk
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.
Deve informar o seu médico, caso esteja a tomar medicamentos contendo as
seguintes substâncias ativas, uma vez que pode haver interação com alteração dos
efeitos terapêuticos:
Substâncias
ativas
cujo
efeito
terapêutico
pode
ficar
diminuído,
concomitante de Ursofalk:
-colestiramina, colestipol (usados para reduzir os níveis de lípidos no sangue)
-antiácidos contendo hidróxido de alumínio ou óxido de alumínio (agentes que se
ligam aos ácidos gástricos)
Caso tome estas substâncias, as mesmas devem ser administradas 2 horas antes ou
2 horas depois da toma de Ursofalk.
-ciprofloxacina, dapsona (antibióticos)
-nitrendipina (usada para tratar a hipertensão)
-outros fármacos que sejam metabolizados de forma similar
Nestes casos, o seu médico deve verificar se existe necessidade de corrigir as
respetivas dosagens.
Substâncias
ativas
cujo
efeito
terapêutico
pode
ficar
aumentado,
concomitante de Ursofalk:
-ciclosporina (imunossupressor)
Caso
esteja
tratado
ciclosporina,
devem
determinadas
concentrações de ciclosporina a nível sanguíneo, para que o seu médico verifique se
existe necessidade de corrigir a dosagem.
Caso esteja a tomar Ursofalk cápsulas para a dissolução de cálculos biliares, por
favor informe o seu médico se estiver a tomar quaisquer medicamentos que
contenham hormonas estrogénicas ou agentes que reduzem os níveis de colesterol
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no sangue, como é o caso do clofibrato. Estes medicamentos podem aumentar a
formação de cálculos biliares, contrariando o efeito do tratamento com Ursofalk.
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos. O tratamento com Ursofalk
poderá ainda assim ser permitido. O seu médico saberá o que é mais adequado para
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Não deverá tomar Ursofalk durante a gravidez, a menos que o seu médico considere
que é absolutamente necessário. Mesmo que não esteja grávida, deverá discutir esta
possibilidade com o seu médico pois as mulheres em idade fértil só devem ser
tratadas com Ursofalk se estiverem a utilizar um método contracetivo fiável.
Recomendam-se
medidas
contracetivas
não
hormonais
utilização
contracetivos orais com baixo teor de estrogénios. Contudo, caso esteja a tomar
Ursofalk
para
dissolução
cálculos
biliares,
deverá
usar
apenas
medidas
contracetivas não hormonais, pois os contracetivos orais hormonais podem estimular
a formação de cálculos biliares.
O seu médico deverá verificar que não está grávida antes de iniciar o tratamento
com Ursofalk.
A experiência em seres humanos é insuficiente, particularmente nos primeiros três
meses
gravidez.
estudos
animais
revelaram
evidência
efeitos
teratogénicos durante a fase inicial da gestação.
Não deverá tomar este medicamento se estiver a amamentar. Não se sabe se a
substância ativa do Ursofalk passa para o leite materno. Caso o tratamento com
Ursofalk seja necessário, deverá suspender a amamentação.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não são necessárias precauções especiais.
3. Como tomar Ursofalk
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
As cápsulas devem ser tomadas de forma consistente e regular, de outro modo a
terapêutica com Ursofalk não é bem sucedida.
As seguintes doses diárias estão recomendadas para as diferentes indicações
terapêuticas:
-Para a dissolução de cálculos biliares de colesterol:
A dose recomendada é de 10 mg de ácido ursodesoxicólico por Kg de peso corporal e
por dia, o que equivalente a:
Até 60 Kg: 2 cápsulas
61 - 80 Kg: 3 cápsulas
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81-100 Kg: 4 cápsulas
Acima de 100 Kg: 5 cápsulas
As cápsulas devem ser deglutidas inteiras com ajuda de líquido, à noite, ao deitar.
Duração do tratamento: O seu médico deverá controlar os resultados do tratamento
de 6 em 6 meses. Caso seja verificada uma eventual calcificação dos cálculos, o
médico deve descontinuar o tratamento. O tempo de tratamento necessário para a
dissolução de cálculos biliares de colesterol, em geral, varia entre 6 e 24 meses. Se
não se registar redução no tamanho dos cálculos após 12 meses, não se deverá
continuar o tratamento.
-Para o tratamento da gastrite de refluxo biliar:
A dose recomendada é de 1 cápsula por dia, que deverá ser deglutida inteira, com
ajuda de líquido, à noite, ao deitar.
Duração do tratamento: Em geral, para o tratamento da gastrite de refluxo biliar, as
cápsulas são tomadas durante um período de 10 a 14 dias. Geralmente a duração do
tratamento depende da evolução da situação clínica. O médico assistente deverá
decidir, para cada caso, qual a duração mais adequada do tratamento.
-Para o tratamento sintomático da cirrose biliar primária (inflamação crónica dos
canais biliares):
A dose recomendada deve ser estabelecida em função do peso corporal e varia entre
3 e 7 cápsulas por dia (14 ± 2 mg de ácido ursodesoxicólico por Kg de peso
corporal).
Durante os primeiros 3 meses de tratamento, deve tomar Ursofalk cápsulas de
manhã, à tarde e à noite Seguidamente, com a melhoria dos valores hepáticos, a
dose diária poderá passar a ser administrada numa toma diária única, à noite.
Nº de cápsulas:
Peso
corporal
(Kg)
Dose
diária
(mg/Kg)
Primeiros 3 meses
Meses
seguintes
manhã
à tarde
noite
noite
(1x/dia)
47-62
12 - 16
63-78
13 - 16
79-93
13 - 16
94-109
14 - 16
>110
As cápsulas devem ser deglutidas inteiras, com suficiente líquido. É muito importante
assegurar que as cápsulas são tomadas com regularidade.
Duração do tratamento: O tratamento com Ursofalk cápsulas pode ser continuado
indefinidamente nas situações de cirrose biliar primária.
casos
raros,
doentes
cirrose
biliar
primária
podem
registar
agravamento dos sintomas clínicos durante o início do tratamento, como por ex:
prurido aumentado. Consulte o seu médico se esta situação ocorrer. Nesta situação,
recomenda-se
tratamento
seja
continuado
dose
cápsula/dia,
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efetuando-se um aumento gradual da dose (aumento de 1 cápsula por semana), até
se alcançar novamente a dose adequada.
Se sentir que o efeito do Ursofalk está a ser demasiado forte ou fraco, contacte o seu
médico ou o seu farmacêutico.
Se tomar mais Ursofalk do que deveria
Poderá ocorrer diarreia, devido à sobredosagem. Se a diarreia se tornar persistente,
informe o seu médico de imediato. Se sofre de diarreia, assegure-se de que ingere
uma quantidade de líquidos suficiente para repor a perda de líquidos e o equilíbrio
eletrolítico.
Caso se tenha esquecido de tomar Ursofalk
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Deve continuar o tratamento com a dose prescrita.
Se parar de tomar Ursofalk
Contacte
sempre
médico,
antes
decidir
interromper
parar
antecipadamente o tratamento com Ursofalk.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Efeitos secundários frequentes (ocorrem em menos de 1 em 10 doentes mas em
mais de 1 em 100 doentes):
-fezes moles ou diarreia.
Efeitos secundários muito raros (ocorrem em menos de 1 em 10.000 doentes):
-durante o tratamento da cirrose biliar primária: dor grave do lado direito da região
abdominal superior, agravamento marcado (descompensação) da cirrose hepática
com regressão parcial após interrupção do tratamento.
-calcificação dos cálculos biliares.
- erupção cutânea (urticária)
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
5. Como conservar Ursofalk
Não conservar acima de 25º C.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
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Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e na
embalagem exterior, após "VAL.". O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Ursofalk
- A substância ativa é o ácido ursodesoxicólico: 1 cápsula contém 250 mg de ácido
ursodesoxicólico.
- Os outros componentes são: amido de milho, sílica coloidal anidra, estearato de
magnésio, gelatina, dióxido de titânio (E171), água purificada e laurilsulfato de
sódio.
Qual o aspeto de Ursofalk e conteúdo da embalagem
As cápsulas de Ursofalk são brancas e opacas, e contêm um pó ou granulado de cor
branca. São acondicionadas em blisters de PVC/Alu.
Embalagens de 20 e 60 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Dr. Falk Pharma Portugal, Sociedade Unipessoal, Lda.
Edifício Mar do Oriente
Alameda dos Oceanos, Lote 1.07.1Y, Fração 3.2
1990-203 Lisboa
Fabricante
Dr. Falk Pharma GmbH
Leinenweberstrasse, 5
79108 Freiburg - Alemanha
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ursofalk 250 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
1 cápsula de Ursofalk contém 250 mg de ácido ursodesoxicólico como substância
ativa.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula.
Cápsulas de gelatina, de tamanho 0, de cor branca opaca, contendo um pó
comprimido ou granulado, de cor branca.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
-Para a dissolução de cálculos biliares de colesterol da vesícula biliar. Os cálculos
devem ser rádio-transparentes no raio-X, não devem exceder 15 mm de diâmetro e
a vesícula deve ser funcionante.
-Para o tratamento da gastrite de refluxo biliar.
-Para o tratamento sintomático da cirrose biliar primária (CBP) desde que não exista
descompensação da cirrose hepática.
4.2 Posologia e modo de administração
O Ursofalk não apresenta restrições de uso em função de faixas etárias, salvo se for
prescrita uma dose inferior a 250 mg ou em doentes com incapacidade de deglutição
das cápsulas.
As seguintes doses diárias estão recomendadas para as diferentes indicações
terapêuticas:
-Para a dissolução de cálculos biliares de colesterol:
A dose recomendada é de 10 mg de ácido ursodesoxicólico por Kg de peso corporal e
por dia, o que equivalente a:
Até 60 Kg: 2 cápsulas
61 - 80 Kg: 3 cápsulas
81-100 Kg: 4 cápsulas
Acima de 100 Kg: 5 cápsulas
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As cápsulas devem ser deglutidas inteiras com ajuda de líquido, à noite, ao deitar.
As cápsulas devem ser tomadas de forma regular.
O tempo de tratamento necessário para a dissolução de cálculos biliares de
colesterol, em geral, varia entre 6 e 24 meses. Se não se registar redução no
tamanho dos cálculos após 12 meses, não se deverá continuar o tratamento.
sucesso
tratamento
deverá
verificado
meio
exames
ultrassonografia ou raio-X, de 6 em 6 meses. Nos exames de "follow-up" deverá ser
investigado se ocorreu calcificação dos cálculos. No caso de ter ocorrido calcificação,
o tratamento deverá ser interrompido.
-Para o tratamento da gastrite de refluxo biliar:
A dose recomendada é de 1 cápsula por dia, que deverá ser deglutida inteira, com
ajuda de líquido, à noite, ao deitar.
Em geral, para o tratamento da gastrite de refluxo biliar, as cápsulas são tomadas
durante um período de 10 a 14 dias. Geralmente a duração do tratamento depende
da evolução da situação clínica. O médico assistente deverá decidir, para cada caso,
qual a duração mais adequada do tratamento.
-Para o tratamento sintomático da cirrose biliar primária (CBP):
A dose recomendada deve ser estabelecida em função do peso corporal e varia entre
3 e 7 cápsulas por dia (14 ± 2 mg de ácido ursodesoxicólico por Kg de peso
corporal).
Durante os primeiros 3 meses de tratamento, a dose diária total deverá ser dividida
em várias tomas diárias. Seguidamente, com a melhoria dos valores hepáticos, a
dose diária poderá passar a ser administrada numa toma diária única, à noite.
Nº de cápsulas:
Peso
corporal
(Kg)
Dose
diária
(mg/Kg)
Primeiros 3 meses
Meses
seguintes
manhã
à tarde
noite
noite
(1x/dia)
47-62
12 - 16
63-78
13 - 16
79-93
13 - 16
94-109
14 - 16
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As cápsulas devem ser deglutidas inteiras, com suficiente líquido. É muito importante
assegurar que as cápsulas são tomadas com regularidade.
O tratamento com Ursofalk cápsulas pode ser continuado indefinidamente nas
situações de cirrose biliar primária.
casos
raros,
doentes
cirrose
biliar
primária
podem
registar
agravamento dos sintomas clínicos durante o início do tratamento, como por ex:
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prurido aumentado. Caso esta situação se verifique o tratamento deverá ser
continuado na dose de 1 cápsula/dia, efetuando-se um aumento gradual da dose
(aumento de 1 cápsula por semana), até se alcançar novamente a dose adequada.
4.3 Contraindicações
Ursofalk cápsulas não deve ser utilizado em doentes com:
-hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes mencionados na
secção 6.1
- inflamação aguda da vesícula ou do trato biliar.
- oclusão do trato biliar (oclusão do canal biliar comum ou do canal cístico)
- episódios frequentes de cólicas biliares
- cálculos biliares calcificados, opacos ao raio-X
- diminuição da contractilidade da vesícula biliar
- hipersensibilidade aos ácidos biliares ou a qualquer excipiente da formulação
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Ursofalk cápsulas deve ser tomado sob supervisão médica.
Durante os três primeiros meses de tratamento, os parâmetros da função hepática
AST (SGOT), ALT (SGPT) e γ-GT devem ser monitorizados pelo médico com
intervalos de 4 semanas e, em seguida, com intervalos de 3 meses. Para além de
permitir a identificação dos doentes que respondem e dos que não respondem ao
tratamento da cirrose biliar primária, esta monitorização permitirá também a
deteção
precoce
potencial
deterioração
hepática,
particularmente
doentes com cirrose biliar primária em estado avançado.
Quando utilizado na dissolução dos cálculos biliares de colesterol:
Com vista a avaliar o progresso terapêutico e para efeitos de uma deteção atempada
de qualquer calcificação dos cálculos biliares, dependendo do tamanho dos cálculos,
a vesícula deve ser visualizada (colecistografia oral) na sua globalidade e nas zonas
de oclusão, com o doente de pé e em supino (controlo ecográfico), 6 – 10 meses
após o início do tratamento.
Não deverá utilizar-se Ursofalk cápsulas caso não seja possível visualizar a vesícula
raio-X,
existir
calcificação
cálculos
biliares,
diminuição
contractilidade da vesícula ou episódios frequentes de cólicas biliares.
Quando utilizado no tratamento da cirrose biliar primária em estado avançado:
Em casos muito raros observou-se uma descompensação da cirrose hepática, a qual
regrediu parcialmente após a suspensão do tratamento.
Caso ocorra diarreia, a dose deve ser reduzida e em caso de diarreia persistente, a
terapêutica deve ser interrompida.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Ursofalk
não
deve
administrado
concomitantemente
colestiramina,
colestipol ou antiácidos contendo hidróxido de alumínio e/ou óxido de alumínio, uma
vez que estas preparações se ligam ao ácido ursodesoxicólico no intestino inibindo
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assim a sua absorção e eficácia. Se for necessária a administração de alguma destas
substâncias, as mesmas deverão ser tomadas 2 horas antes ou depois da toma de
Ursofalk.
O Ursofalk pode causar um aumento da absorção de ciclosporina a nível intestinal.
Nos doentes em tratamento com ciclosporina, as concentrações sanguíneas desta
substância devem ser controladas pelo médico, fazendo-se um ajuste da dose de
ciclosporina, quando necessário.
casos
isolados,
Ursofalk
pode
causar
redução
absorção
ciprofloxacina.
ácido
ursodesoxicólico
mostrado
reduzir
concentrações
plasmáticas
máximas (Cmax) e a área sob a curva (AUC) do antagonista do cálcio nitrendipina.
Foi também notificada uma interação com redução do efeito terapêutico da dapsona.
Estas observações, em conjunto com achados in vitro, poderão indicar um potencial
para o ácido ursodesoxicólico induzir as enzimas 3A do citocromo P450. Contudo,
ensaios clínicos controlados revelaram que o ácido ursodesoxicólico não apresenta
um efeito indutor relevante a nível das enzimas 3A do citocromo P450.
As hormonas estrogénicas e os fármacos que reduzem os níveis sanguíneos de
colesterol, como é o caso do clofibrato, podem aumentar a litíase biliar, um efeito
que contraria o do ácido ursodesoxicólico usado na dissolução dos cálculos biliares.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Não existem dados adequados relativos à utilização do ácido ursodesoxicólico,
particularmente no primeiro trimestre da gravidez. Os estudos realizados em animais
revelaram evidência de um efeito teratogénico durante a fase inicial da gestação (ver
secção 5.3 Toxicidade na reprodução). Ursofalk cápsulas, não deve ser usado
durante a gravidez a menos que seja claramente necessário. As mulheres em idade
fértil
devem
tratadas
utilizarem
método
contracetivo
fiável:
recomendam-se
medidas
contracetivas
não
hormonais
utilização
contracetivos orais com baixo teor de estrogénios. Contudo, em doentes medicadas
com Ursofalk para a dissolução de cálculos biliares, devem usar-se contracetivos não
hormonais eficazes, pois os contracetivos orais hormonais podem aumentar a litíase
biliar.
A possibilidade da existência de uma gravidez deve ser excluída antes do início do
tratamento.
Não se sabe se o ácido ursodesoxicólico passa para o leite materno. Por este motivo,
Ursofalk cápsulas, não deve ser tomado durante o aleitamento. Caso seja necessário
efetuar um tratamento com Ursofalk cápsulas, deverá fazer-se o desmame do
lactente.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não se observaram efeitos na capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
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A avaliação dos efeitos indesejáveis baseia-se nos seguintes dados de frequência:
Muito frequentes: ³1 por cada 10 casos tratados
Frequentes: ³1 por cada 100 casos tratados e <1 por cada 10 casos tratados
Pouco frequentes: ³1 por cada 1.000 casos tratados e <1 por cada 100 casos
tratados
Raros: ³1 por cada 10.000 casos tratados e <1 por cada 1.000 casos tratados
Muito raros: <1 por cada 10.000 casos tratados, desconhecido (não pode ser
calculado a partir dos dados disponíveis).
-Doenças gastrointestinais:
Frequentes: Fezes pastosas ou diarreia, reportados durante os ensaios clínicos.
Muito raros: Dor supra-abdominal direita, ocorrida no tratamento da cirrose biliar
primária.
-Afeções hepatobiliares:
Muito raros: Calcificação de cálculos biliares; Descompensação da cirrose hepática
durante
tratamento
estadios
avançados
cirrose
biliar
primária,
recuperação parcial após interrupção do tratamento.
- Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Muito raros: Urticária.
4.9 Sobredosagem
Pode ocorrer diarreia em caso de sobredosagem. Em geral, outros sintomas de
sobredosagem são improváveis devido à absorção do ácido ursodesoxicólico sofrer
um decréscimo com o aumento da dose, aumentando a sua excreção fecal.
Não são necessárias medidas especiais para o tratamento da sobredosagem e as
consequências de uma diarreia devem ser tratadas sintomaticamente pela reposição
do equilíbrio hidro-eletrolítico.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 6.9.2. – Aparelho digestivo. Medicamentos que atuam no
fígado e vias biliares. Medicamentos para tratamento da litíase biliar, código ATC:
A05AA02
O ácido ursodesoxicólico está presente em pequenas quantidades na bílis humana.
Após a administração oral de ácido ursodesoxicólico, há uma redução da saturação
da bílis em colesterol, pela inibição da absorção de colesterol a nível intestinal e pela
redução da secreção de colesterol para a bílis. Presume-se que, como resultado da
dispersão do colesterol e formação de cristais líquidos, ocorra uma dissolução
gradual dos cálculos biliares de colesterol.
De acordo com os conhecimentos atuais, o efeito benéfico do ácido ursodesoxicólico
nas doenças hepáticas e colestáticas pode ser explicado pela troca ao nível das
concentrações relativas de ácidos biliares tóxicos (que apresentam um caráter
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lipofílico de tipo detergente), pelo ácido biliar ursodesoxicólico, de tipo hidrofílico,
não-tóxico e com características citoprotectoras. Isto conduzirá a uma melhoria da
capacidade secretória dos hepatocitos e dos processos de imunoregulação.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
O ácido ursodesoxicólico é absorvido por um mecanismo de transporte passivo, no
jejuno e no íleon. Numa dose de 250-1000 mg/dia a taxa de absorção é de
aproximadamente 80 a 90%. O ácido ursodesoxicólico absorvido é conjugado no
fígado e segregado para a bílis, sendo reabsorvido no intestino; portanto, durante a
administração de ácido ursodesoxicólico, este torna-se o ácido predominante na bílis.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
a) Toxicidade aguda:
Os ensaios de toxicidade aguda no animal não revelaram toxicidade.
b) Toxicidade crónica:
estudos
toxicidade
dose
repetida
macaco,
mostraram
efeitos
hepatotóxicos nos grupos tratados com doses mais elevadas. Estes efeitos são
provavelmente
atribuídos
ácido
litocólico,
metabolito
ácido
ursodesoxicólico que não é metabolizado no macaco, e considerados sem relevância
clínica.
c) Potencial mutagénico e carcinogénico:
O ácido ursodesoxicólico não mostrou potencial genotóxico "in vitro" e "in vivo" nem
potencial carcinogénico no ratinho e rato.
d) Toxicidade reprodutiva:
estudos
toxicidade
reprodutiva
mostraram
efeitos
adversos
desenvolvimento embrio-fetal do rato e coelho para doses tóxicas maternas.
O ácido ursodesoxicólico não teve qualquer efeito na fertilidade nem afetou o
desenvolvimento péri- e pós-natal no rato.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Amido de milho,
Sílica coloidal anidra,
Estearato de magnésio,
Gelatina,
Dióxido de titânio (E171),
Água purificada e
Laurilsulfato de sódio.
6.2 Incompatibilidades
Não são conhecidas incompatibilidades até ao momento.
6.3 Prazo de validade
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5 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25º C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
As cápsulas são acondicionadas em blisters de PVC, termo-selados com fita de
alumínio.
Embalagens com 20 e 60 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Dr. Falk Pharma Portugal,
Sociedade Unipessoal, Lda.
Edifício Mar do Oriente, Alameda dos Oceanos,
Lote 1.07.1Y, Fração 3.2
1990-203 Lisboa
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 9632000 - 20 cápsulas, 250 mg, blister de PVC/Alu
Nº de registo: 9632018 - 60 cápsulas, 250 mg, blister de PVC/Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 10 de dezembro de 1985
Data de revisão: 04 de dezembro de2001
Data da última renovação: 11de setembro de 2009
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO