Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
21-04-2017
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APROVADO EM
21-04-2017
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Ulcertec 60 mg Cápsulas gastrorresistentes
Lansoprazol
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Ulcertec e para que é utilizado
2. Antes de tomar Ulcertec
3. Como tomar Ulcertec
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ulcertec
6. Outras informações
1. O QUE É ULCERTEC E PARA QUE É UTILIZADO
A substância ativa de Ulcertec é o lansoprazol, um inibidor da bomba de protões. Os
inibidores da bomba de protões reduzem a quantidade de ácido que o estômago produz.
Ulcertec está indicado para utilização no:
- Tratamento do síndroma de Zollinger-Ellison.
2. ANTES DE TOMAR ULCERTEC
Não tome Ulcertec
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao lansoprazol ou a qualquer outro componente de
Ulcertec
- se está a tomar um medicamento contendo a substância ativa atazanavir (utilizada no
tratamento da SIDA pelo VIH).
Fale com o seu médico antes de tomar Ulcertec:
- se já teve reações cutâneas após tratamento com um medicamento similar a
Ulcertec que reduza a acidez do estômago.
- se está previsto fazer uma análise específica ao sangue (Cromogranina A).
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No caso de sofrer uma erupção cutânea, especialmente em áreas da pele expostas
ao sol, fale com o seu médico o mais cedo possível, dado que poderá ter de
interromper o seu tratamento com Ulcertec. Lembre-se de mencionar igualmente
quaisquer outros efeitos adversos, tal como dores nas articulações.
Tome especial cuidado com Ulcertec
Informe o seu médico se tem uma doença hepática grave. O médico pode ter de ajustar a
sua dosagem.
O seu médico pode efetuar ou ter efetuado um exame adicional chamado endoscopia de
forma a diagnosticar a sua situação e/ou excluir uma doença maligna.
ocorrer
diarreia
durante
tratamento
Ulcertec
contacte
médico
imediatamente, já que o lansoprazol tem sido associado a um pequeno aumento de
diarreia infeciosa.
Se o seu médico lhe deu Ulcertec em conjunto com medicamentos anti-inflamatórios para
tratar a dor ou uma doença reumática leia também com atenção os folhetos informativos
desses medicamentos.
Se toma Ulcertec há muito tempo (há mais de 1 ano) o seu médico irá provavelmente
mantê-lo sob vigilância regular. Deve relatar quaisquer sintomas novos ou excecionais e
as circunstâncias, quando for ao seu médico.
Ao tomar Ulcertec com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Em particular, informe o seu médico se estiver a tomar medicamentos contendo qualquer
uma das seguintes substâncias ativas, já que o Ulcertec pode afetar a forma como estes
medicamentos atuam:
- cetoconazol, itraconazol, rifampicina (utilizados no tratamento de infeções)
- digoxina (utilizada no tratamento de problemas do coração)
- teofilina (utilizada para tratar a asma)
- tacrolímus (utilizado para prevenir a rejeição de transplantes)
- fluvoxamina (utilizada para tratar a depressão e outras doenças psiquiátricas)
- antiácidos (utilizados para tratar a azia ou a regurgitação ácida)
- sucralfato (utilizado para tratar as úlceras)
- hipericão (Hypericum perforatum) (utilizado para tratar a depressão ligeira).
Ao tomar Ulcertec com alimentos e bebidas
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Para obter um melhor resultado com o medicamento deve tomar Ulcertec pelo menos 30
minutos antes das refeições.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Se está grávida, se amamenta ou se existe a possibilidade de estar grávida consulte o seu
médico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Em doentes a tomar Ulcertec ocorrem, por vezes, efeitos secundários como tonturas,
vertigens, fadiga e distúrbios visuais. Se tiver efeitos como estes deve ter cuidado, porque
a sua capacidade de reação pode estar diminuída.
Você é o responsável por decidir se está em condições de conduzir veículos motores ou
realizar outras tarefas que requerem uma concentração aumentada. A utilização de
medicamentos, devido aos seus efeitos ou aos efeitos secundários, é um dos fatores que
pode reduzir a sua capacidade para efetuar estas tarefas com segurança.
Noutras secções pode encontrar descrições destes efeitos.
Leia toda a informação deste folheto informativo.
Consulte o seu médico, enfermeiro ou farmacêutico se tiver alguma dúvida.
Informações importantes sobre alguns componentes de Ulcertec
Este
medicamento
contém
sacarose.
informado
pelo
médico
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR ULCERTEC
Tomar Ulcertec sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico
ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Tome a cápsula inteira com um copo de água. Se achar as cápsulas difíceis de tomar o
seu médico pode aconselhar-lhe formas alternativas de tomar o medicamento. Não
esmague nem mastigue as cápsulas, nem o seu conteúdo, porque isso impedirá que elas
atuem da forma adequada.
Se toma Ulcertec uma vez ao dia, tente tomá-lo à mesma hora todos os dias. Poderá obter
melhores resultados se tomar Ulcertec logo de manhã.
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A dose de Ulcertec depende da sua situação. Abaixo é apresentada a dose habitual de
Ulcertec para adultos. Por vezes, o seu médico poderá prescrever-lhe uma dose diferente
e dir-lhe-á quanto tempo dura o tratamento.
Síndroma de Zollinger-Ellison: A dose inicial recomendada é de uma cápsula de 60 mg,
todos os dias, posteriormente, dependendo da sua resposta ao Ulcertec o seu médico
decidirá a dose mais adequada para si.
Ulcertec não deve ser administrado a crianças.
Se tomar mais Ulcertec do que deveria
Se tomar mais Ulcertec do que deveria, procure aconselhamento médico rapidamente.
Caso se tenha esquecido de tomar Ulcertec
Se se esqueceu de tomar uma dose, tome-a assim que se lembrar, a menos que esteja
próximo da altura de tomar a próxima dose. Se isto acontecer salte a dose em falta e tome
as restantes cápsulas normalmente. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose
que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Ulcertec
Não pare mais cedo o tratamento só porque os seus sintomas melhoraram. A sua situação
pode não ter sido completamente tratada e pode recorrer se não completar o tratamento.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Ulcertec pode causar efeitos secundários, no entanto estes
não se manifestam em todas as pessoas.
Os seguintes efeitos secundários são frequentes (ocorrem em menos de 1 em 10 doentes):
- dor de cabeça, tonturas
- diarreia, obstipação, dores de estômago, mal-estar, flatulência, boca ou garganta seca ou
inflamada
- erupção na pele, comichão
- alterações nos valores das análises da função hepática
- fadiga
- pólipos benignos no estômago
Os seguintes efeitos secundários são pouco frequentes (ocorrem em menos de 1 em 100
doentes):
- depressão
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- dor nas articulações ou nos músculos
- retenção de líquidos ou inchaço
- alterações nas contagens das células sanguíneas.
Os seguintes efeitos secundários são raros (ocorrem em menos de 1 em 1000 doentes):
- febre
- inquietação, sonolência, confusão, alucinações, insónia, perturbações visuais, vertigens
- alteração do paladar, perda de apetite, língua inflamada (glossite)
- reações na pele como sensação de queimadura ou picadas, contusão, vermelhidão e
excesso de suor
- sensibilidade à luz
- queda de cabelo
- sensação de formigueiro na pele (parestesia), tremor
- anemia (palidez)
- problemas nos rins
- pancreatite
- inflamação no fígado (pode aparecer uma coloração amarela na pele e nos olhos)
- inchaço do peito nos homens, impotência
- candidíase (infecção fúngica, pode afectar a pele ou a mucosa)
- angioedema; deve consultar o seu médico imediatamente se apresentar sintomas de
angioedema, como inchaço na face, língua ou faringe, dificuldade em engolir, urticária e
dificuldade em respirar.
Os seguintes efeitos secundários são muito raros (ocorrem em menos de 1 em 10.000
doentes):
- reações de hipersensibilidade graves incluindo choque. Os sintomas de uma reação de
hipersensibilidade podem incluir febre, erupção, inchaço e, por vezes, uma queda da
pressão arterial
- inflamação da boca (estomatite)
- colite (inflamação do intestino) - alterações nos valores de análises como o sódio, o
colesterol e os níveis de triglicéridos
- reações na pele muito graves com vermelhidão, ampolas, inflamação grave e perda de
pele.
- muito raramente lansoprazol pode causar uma redução no número de células brancas do
sangue e a sua resistência a infeções pode ser diminuída. Se tiver uma infeção com
sintomas como febre e deterioração grave do seu estado geral, ou febre com sintomas
locais
infeção
como
garganta/faringe/boca
ferida
problemas
urinários,
deve
consultar o seu médico imediatamente.
Será feita uma análise ao sangue para avaliar uma possível redução das células brancas
do sangue (agranulocitose).
Efeitos secundários de frequência desconhecida: erupções cutâneas, possivelmente
acompanhadas de dores nas articulações.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
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5. COMO CONSERVAR ULCERTEC
Não conservar acima de 30ºC. Conservar na embalagem de origem.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Ulcertec após o prazo de validade impresso no frasco ou blister e na
embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Ulcertec
- A substância ativa é lansoprazol. Cada cápsula gastrorresistente contém 60 mg de
lansoprazol.
- Os outros componentes são:
Grânulos:
microgrânulos
sacarose
amido
milho,
laurilsulfato
sódio,
hipromelose,
talco,
dióxido
titânio
(E171),
macrogol
6000,
polissorbato
poliacrilato, meglumina e manitol.
Invólucro das cápsulas: gelatina, dióxido de titânio (E171), indigotina (E132), óxido de
ferro negro (E172) e óxido de ferro amarelo (E172).
Qual o aspeto de Ulcertec e conteúdo da embalagem
Ulcertec apresenta-se na forma de cápsulas gastrorresistentes, acondicionadas em frascos
de polietileno opaco com tampa de polietileno provida de um recipiente com excicante ou
em blister de complexo OPA com 10, 30 e 60 cápsulas gastrorresistentes.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Tecnimede - Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, 2 - Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
Fabricante:
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West Pharma – Produções Especialidades Farmacêuticas, S.A.
Rua João de Deus, n.º 11,
2700 – 486 Amadora
Portugal
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ulcertec 60 mg cápsulas gastrorresistentes
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula gastrorresistente contém 60 mg de lansoprazol como substância ativa..
Excipientes:
sacarose- 434,94 mg (sob forma de microgrânulos de sacarose e amido de milho)
sódio- 0,0024 mg ( sob a forma de laurilsulfato de sódio )
manitol- 25,1 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula gastrorresistente.
Cápsulas opacas de cabeça verde e corpo branco. Cada cápsula contém grânulos de
revestimento entérico brancos a cremes.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Síndroma de Zollinger-Ellison.
4.2 Posologia e modo de administração
Ulcertec deve ser tomado uma vez ao dia. Ulcertec deve ser tomado pelo menos 30
minutos antes das refeições (ver secção 5.2). As cápsulas devem ser tomadas inteiras com
um líquido.
Em doentes com dificuldade em engolir, os estudos e a prática clínica sugerem que as
cápsulas podem ser abertas e os grânulos misturados com uma pequena quantidade de
água, sumo de maçã ou tomate ou espalhados numa pequena quantidade de alimentos
moles (por ex., iogurte ou puré de maçã) para facilitar a administração. As cápsulas
podem também ser abertas e os grânulos misturados com 40 ml de sumo de maçã para
administração através de um tubo nasogástrico (ver secção 5.2). Após preparação da
suspensão ou da mistura, o medicamento deve ser administrado imediatamente.
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Síndroma de Zollinger-Ellison:
A dose inicial recomendada é de 60 mg, uma vez ao dia. A dose deve ser ajustada
individualmente e o tratamento deve ser continuado durante tanto tempo quanto o
necessário. Já foram usadas doses diárias até 180 mg. Se a dose diária necessária exceder
120 mg, esta deve ser dada dividida em duas doses.
Insuficiência da função renal ou hepática:
Não é necessário um ajuste da dose nos doentes com insuficiência da função renal.
Os doentes com doença hepática moderada a grave devem ser observados regularmente e
recomenda-se uma redução de 50% na dose diária (ver secções 4.4 e 5.2).
Idosos:
Dependendo das necessidades individuais, pode ser necessário ajustar a dose nos idosos
devido a uma redução da clearance do lansoprazol. Nos idosos, a dose diária de 30 mg
não deve ser excedida, a não ser que existam indicações clínicas evidentes.
Crianças:
A utilização de Ulcertec nas crianças não está recomendada uma vez que os dados
clínicos são limitados (ver secção 5.2).
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes.
O lansoprazol não deve ser administrado com atazanavir (ver secção 4.5).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
doentes
disfunção
hepática
moderada
grave
lansoprazol
deve
administrado com precaução (ver secções 4.2 e 5.2).
Pode esperar-se que a redução da acidez gástrica devida ao lansoprazol aumente a
contagem
gástrica
bactérias
normalmente
presentes
trato
gastrointestinal.
tratamento com lansoprazol pode conduzir a um ligeiro aumento do risco de infeções
gastrointestinais como Salmonella e Campylobacter.
Em doentes com úlceras gastro-duodenais, deve considerar-se a possibilidade da infeção
por H. pylori ser um fator etiológico.
Uma vez que os dados de segurança são limitados nos doentes em tratamento de
manutenção há mais de 1 ano, deve rever-se regularmente o tratamento e efetuar-se uma
avaliação risco/benefício cuidadosa.
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Foram relatados casos muito raros de colite em doentes a tomar lansoprazol. Assim, no
caso
diarreia
grave
e/ou
persistente,
deve
considerar-se
descontinuação
terapêutica.
O tratamento para a prevenção da ulceração péptica em doentes que necessitam de
tratamento continuado com AINEs deve ser restrito aos doentes com risco elevado (por
ex., hemorragia gastrointestinal prévia, perfuração ou úlcera, idade avançada, utilização
concomitante de medicação conhecida por aumentar a probabilidade de ocorrência de
eventos
adversos
gastrointestinais
superiores
(por
corticoster
ides
anticoagulantes), a presença de um fator de comorbilidade grave ou o uso prolongado das
doses máximas recomendadas de AINEs).
Lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECS)
Os inibidores da bomba de protões são associados a casos muito pouco frequentes
de LECS. Se ocorrerem lesões, designadamente em áreas da pele expostas ao sol, e
quando acompanhadas de artralgia, o doente deve procurar imediatamente ajuda
médica e o profissional de saúde deve considerar a interrupção do tratamento com
Ulcertec. A ocorrência de LECS após um tratamento prévio com um inibidor da
bomba de protões pode aumentar o risco de LECS com outros inibidores da bomba
de protões.
Interferência com testes laboratoriais
Um nível aumentado de Cromogranina A (CgA) pode interferir com as análises para
pesquisa de tumores neuroendócrinos. Para evitar essa interferência, o tratamento
com Ulcertec deve ser interrompido durante pelo menos 5 dias antes das medições
de CgA (ver secção 5.1). Se os níveis de CgA e gastrina não tiverem regressado ao
intervalo de referência após a medição inicial, as medições devem ser repetidas 14
dias após a cessação do tratamento com o inibidor da bomba de protões.
Este
medicamento
contém
sacarose.
Doentes
problemas
hereditários
raros
intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência em sacarase-
isomaltase não devem tomar este medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos do lansoprazol noutros medicamentos
Medicamentos com absorção dependente do pH
O lansoprazol pode interferir com a absorção de medicamentos para os quais o pH
gástrico é crítico em termos de biodisponibilidade.
Atazanavir:
Um estudo demonstrou que a coadministração de lansoprazol (60 mg, uma vez ao dia)
com 400 mg de atazanavir a voluntários saudáveis resultou numa redução substancial da
exposição do atazanavir (redução de aproximadamente 90% na AUC e na Cmax). O
lansoprazol não deve ser coadministrado com o atazanavir (ver secção 4.3).
Cetoconazol e itraconazol:
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A absorção do cetoconazol e do itraconazol no trato gastrointestinal é aumentada pela
presença
ácido
gástrico.
administração
lansoprazol
pode
resultar
concentrações sub-terapêuticas do cetoconazol e do itraconazol e a combinação deve ser
evitada.
Digoxina:
A coadministração de lansoprazol e digoxina pode levar a um aumento dos níveis
plasmáticos
digoxina.
níveis
plasmáticos
digoxina
devem
assim
monitorizados e a dose de digoxina ajustada se necessário, quando o tratamento com
lansoprazol é iniciado ou terminado.
Medicamentos metabolizados pelas enzimas P450
lansoprazol
pode
aumentar
concentrações
plasmáticas
medicamentos
metabolizados através do CYP3A4. Aconselha-se cuidado ao combinar o lansoprazol
com fármacos metabolizados por esta enzima e que tenham uma janela terapêutica
estreita.
Teofilina:
O lansoprazol reduz a concentração plasmática da teofilina, o que pode reduzir o efeito
clínico esperado para a dose. Aconselha-se cuidado ao combinar os dois medicamentos.
Tacrolímus:
A coadministração do lansoprazol aumenta as concentrações plasmáticas do tacrolímus
(um substrato do CYP3A e da P-gp). A exposição do lansoprazol aumenta a exposição
média
tacrolímus
até
81%.
Aconselha-se
monitorização
concentrações
plasmáticas do tacrolímus quando se inicia ou termina o tratamento concomitante com
lansoprazol.
Medicamentos transportados pela glicoproteína P
Observou-se que o lansoprazol inibe a proteína de transporte, glicoproteína P (P-gp) in
vitro. A relevância clínica deste facto é desconhecida.
Efeitos de outros medicamentos no lansoprazol
Fármacos que inibem o CYP2C19
Fluvoxamina:
Quando o lansoprazol é combinado com o inibidor do CYP2C19 fluvoxamina pode
considerar-se
redução
dose.
concentrações
plasmáticas
lansoprazol
aumentam até 4 vezes.
Fármacos que induzem o CYP2C19 e o CYP3A4
Indutores enzimáticos que afetam o CYP2C19 e o CYP3A4 como a rifampicina e o
hipericão
(Hypericum
perforatum)
podem
reduzir
marcadamente
concentrações
plasmáticas do lansoprazol.
Outros
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Sucralfato/Antiácidos:
O sucralfato e os antiácidos podem reduzir a biodisponibilidade do lansoprazol. Assim, o
lansoprazol
deve
tomado
pelo
menos
hora
após
administração
destes
medicamentos.
Não foram demonstradas quaisquer interações clinicamente significativas do lansoprazol
com os fármacos anti-inflamatórios não ester
ides, embora não tenham sido realizados
estudos de interação formais.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez:
Para o lansoprazol não estão disponíveis quaisquer dados clínicos sobre gravidezes
expostas. Os estudos em animais não indicaram efeitos lesivos diretos ou indiretos
relativamente
gravidez,
desenvolvimento
embrionário/fetal,
parto
desenvolvimento pós-natal.
Assim, a utilização de lansoprazol durante a gravidez não é recomendada.
Aleitamento:
Desconhece-se se o lansoprazol é excretado no leite humano. Os estudos em animais
demonstraram que o lansoprazol é excretado no leite.
decisão
sobre
continuar/descontinuar
aleitamento
continuar/descontinuar
terapêutica com lansoprazol deve ser tomada tendo em consideração o benefício do
aleitamento à criança e o benefício da terapêutica com lansoprazol à mulher.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Podem
ocorrer
reações
adversas
como
tonturas,
vertigens,
perturbações
visuais
sonolência (ver secção 4.8). Nestas condições a capacidade de reação pode ser reduzida.
4.8 Efeitos indesejáveis
As frequências são definidas como muito frequentes (
1/10), frequentes (
1/100, <1/10);
pouco
frequentes
1/1.000,
<1/100);
raros
1/10.000,
<1/1.000);
muito
raros
(<1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Doenças do sangue
sistema
linfático
Trombocitopenia,
eosinofilia,
leucopenia
Anemia
Agranulocitose,
pancitopenia
Perturbações
foro psiquiátrico
Depressão
Insónia,
alucinações,
confusão
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Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Doenças do sistema
nervoso
Cefaleia,
tonturas
Inquietação,
vertigens,
parestesia,
sonolência,
tremor
Afeções oculares
Distúrbios visuais
Doenças
gastrointestinais
Náusea,
diarreia, dor
estômago,
obstipação,
vómitos,
flatulência,
boca
garganta
seca
pólipos
glândulas
fúndicas
(benignos)
Glossite,
candidíase
esófago,
pancreatite,
perturbações
paladar
Colite,
estomatite
Afeções
hepatobiliares
Aumento
das enzimas
hepáticas
Hepatite, icterícia
Afeções dos tecidos
cutâneos
subcutâneos
Urticária,
prurido,
erupção
Petéquia, púrpura,
queda
cabelo,
eritema
multiforme,
fotossensibilidade
Síndroma
Stevens-
Johnson,
necrólise
epidérmica
tóxica
Lúpus
eritematoso
cutâneo
subagudo
LECS
(ver
secção 4.4).
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Artralgia, mialgia
Doenças
renais
urinárias
Nefrite intersticial
Doenças dos órgãos
genitais e da mama
Ginecomastia
Perturbações gerais
alterações
local
administração
Fadiga
Edema
Febre,
hiper-
hidrose,
angioedema,
anorexia,
impotência
Choque
anafiláctico
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Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Muito raros
Desconhecido
Exames
complementares
diagnóstico
Aumento
níveis
colesterol
triglicéridos,
hiponatremia
4.9 Sobredosagem
Os efeitos da sobredosagem do lansoprazol em humanos não são conhecidos (embora a
toxicidade aguda seja provavelmente baixa) e, consequentemente, não podem ser dadas
instruções de tratamento. No entanto, doses diárias até 180 mg de lansoprazol oral e até
lansoprazol
intravenoso
foram
administradas
ensaios
efeitos
indesejáveis significativos.
Ver secção 4.8 para possíveis sintomas de sobredosagem do lansoprazol.
Em caso de suspeita de sobredosagem o doente deve ser monitorizado. O lansoprazol não
significativamente
eliminado
hemodiálise.
necessário,
recomenda-se
esvaziamento gástrico, carvão ativado e terapêutica sintomática.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
6.2.2.3-
Aparelho
digestivo.
Antiácido
antiulcerosos.
Modificadores da secreção gástrica. Inibidores
da bomba de protões, código ATC:
A02BC03.
O lansoprazol é um inibidor da bomba de protões gástrica. Inibe a fase final da formação
do ácido gástrico
inibindo a atividade da H+/K+
ATPase das células parietais do
estômago. A inibição é dose-dependente e reversível e o efeito aplica-se quer à secreção
basal, quer à secreção estimulada de ácido gástrico. O lansoprazol é concentrado nas
células parietais e torna-se activo no seu meio acídico, após o que reage com o grupo
sulfidrilo da H+/K+ATPase, causando a inibição da atividade da enzima.
Efeito na secreção ácida gástrica:
O lansoprazol é um inibidor específico da bomba de protões da célula parietal. Uma
única dose oral de 30 mg de lansoprazol inibe a secreção de ácido gástrico estimulada
pela pentagastrina em cerca de 80%. Após uma administração diária repetida ao longo de
sete dias, atinge-se uma inibição da secreção de ácido gástrico de cerca de 90%. Tem um
efeito correspondente na secreção basal de ácido gástrico. Uma única dose oral de 30 mg
reduz a secreção basal em cerca de 70% e os sintomas dos doentes são consequentemente
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aliviados logo a partir da primeira dose. Após oito dias de administração repetida a
redução é de cerca de 85%.
Durante o tratamento com medicamentos antissecretores, a gastrina sérica aumenta
em resposta à diminuição da secreção ácida. Além disso, a CgA aumenta devido à
redução da acidez gástrica. O nível aumentado de CgA pode interferir com as
análises para pesquisa de tumores neuroendócrinos.
Os dados disponíveis publicados sugerem que os inibidores da bomba de protões
(IBP) devem ser descontinuados entre 5 dias e 2 semanas antes das medições de
CgA. Isto destina-se a permitir que os níveis de CgA que possam estar falsamente
aumentados na sequência do tratamento com IBP regressem ao intervalo de
referência.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
O lansoprazol é um racemato de dois enantiómeros ativos que são biotransformados na
forma activa no meio acídico das células parietais. Como o lansoprazol é rapidamente
inativado pelo ácido gástrico, é administrado oralmente em formas de revestimento
entérico para absorção sistémica.
Absorção e distribuição
O lansoprazol apresenta uma biodisponibilidade elevada (80-90%) com uma dose única.
O pico dos níveis plasmáticos ocorre entre 1,5 a 2,0 horas. A ingestão de alimentos atrasa
a taxa de absorção do lansoprazol e reduz a biodisponibilidade em cerca de 50%. A
ligação às proteínas plasmáticas é de 97%.
estudos
demonstraram
grânulos
cápsulas
abertas
têm
equivalente à das cápsulas
intactas se os grânulos
forem suspensos numa pequena
quantidade de sumo de laranja, sumo de maçã, ou sumo de tomate misturado com uma
colher de puré de maçã ou puré de p
ra ou espalhados numa colher de iogurte, pudim ou
requeijão. Os grânulos suspensos em sumo de maçã administrados através de um tubo
nasogástrico também apresentaram uma AUC equivalente.
Metabolismo e eliminação
O lansoprazol é extensamente metabolizado pelo fígado e os metabolitos são excretados
quer por via renal, quer por via biliar. O metabolismo do lansoprazol é catalisado
principalmente pela enzima CYP2C19. A enzima CYP3A4 também contribui para o
metabolismo. Em indivíduos saudáveis, a semivida de eliminação plasmática varia entre
1 a 2 horas após dose única ou doses múltiplas. Em indivíduos saudáveis, após doses
múltiplas, não há evidência de acumulação. No plasma foram identificados os derivados
do lansoprazol sulfona, sulfureto e 5-hidroxilo. Estes metabolitos não têm uma atividade
antisecretora ou têm uma atividade muito reduzida.
APROVADO EM
21-04-2017
INFARMED
Um estudo com lansoprazol marcado com
C indicou que aproximadamente um terço da
radiação administrada foi excretada na urina e dois terços foram recuperados nas fezes.
Farmacocinética em doentes idosos
Nos idosos a clearance do lansoprazol é reduzida, com uma semivida de eliminação
aumentada em aproximadamente 50 a 100%. Nos idosos o pico dos níveis plasmáticos
não aumentou.
Farmacocinética em doentes pediátricos
avaliação
farmacocinética
crianças
idade
entre
anos
demonstrou uma exposição idêntica, quando comparada com a dos adultos, para doses de
15 mg para os que tinham um peso inferior a 30 kg e 30 mg para os de peso superior. A
investigação de uma dose de 17 mg/m
de superfície corporal ou 1 mg/kg de peso
corporal também resultou numa exposição comparável do lansoprazol em crianças com
2-3 meses até um ano de idade, quando comparada com a dos adultos.
Em comparação com os adultos, observou-se uma maior exposição ao lansoprazol em
crianças com idade inferior a 2-3 meses para doses de 1,0 mg/kg e 0,5 mg/kg de peso
corporal administradas em dose única.
Farmacocinética na insuficiência hepática
A exposição do lansoprazol é duplicada nos doentes com insuficiência hepática ligeira e
muito mais aumentada nos doentes com insuficiência hepática moderada e grave.
Metabolizadores pobres do CYP2C19
O CYP2C19 está sujeito a polimorfismo genético e 2-6 % da população, denominados
metabolizadores pobres (MPs), são homozigóticos para um alelo mutante do CYP2C19 e,
por isso, não possuem uma enzima CYP2C19 funcional. A exposição do lansoprazol é
várias vezes superior nos MPs que nos metabolizadores extensos (MEs).
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Os dados não-clínicos não revelaram riscos especiais para o ser humano, segundo estudos
convencionais
farmacologia
segurança,
toxicidade
dose
repetida,
genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade reprodutiva.
Em dois estudos de carcinogenicidade no rato, o lansoprazol produziu hiperplasia das
células
tipo
enterocromafins
(ECL)
gástricas
carcinóides
células
dose-
relacionados
associados
hipergastrinemia
devido
inibição
secreção
gástrica.
Também foi observada metaplasia intestinal, como hiperplasia e tumores benignos das
células Leydig. Após 18 meses de tratamento observou-se atrofia da retina. Isto não foi
observado em macacos, cães ou ratinhos.
APROVADO EM
21-04-2017
INFARMED
Nos estudos de carcinogenicidade no ratinho desenvolveu-se hiperplasia das células ECL
gástricas dose-relacionada, assim como tumores hepáticos e adenomas da rete testis.
A relevância clínica destes achados é desconhecida.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Grânulos:
Microgrânulos de sacarose e amido de milho,
Laurilsulfato de sódio,
Hipromelose,
Talco,
Dióxido de titânio (E171),
Macrogol 6000,
Polissorbato 80,
Poliacrilato,
Meglumina
Manitol.
Invólucro das cápsulas:
Gelatina,
Dióxido de titânio (E171),
Indigotina (E132),
Óxido de ferro negro (E172),
Óxido de ferro amarelo (E172).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
2 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 30°C. Conservar na embalagem de origem.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
As cápsulas são acondicionadas em frascos de polietileno opaco com tampa inviolável de
polietileno provida de um recipiente com excicante ou em blister de complexo OPA.
As apresentações são de 10, 30 e 60 cápsulas.
APROVADO EM
21-04-2017
INFARMED
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Tecnimede - Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.
Rua da Tapada Grande, 2 - Abrunheira
2710-089 Sintra
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º de registo: 4276598 – 10 cápsulas gastrorresistentes, 60 mg, frasco polietileno
N.º de registo: 4276697 – 30 cápsulas gastrorresistentes, 60 mg, frasco polietileno N.º de
registo: 4276796 – 60 cápsulas gastrorresistentes, 60 mg, frasco polietileno
N.º de registo: 5644893 – 10 cápsulas gastrorresistentes, 60 mg, blister de complexo OPA
N.º de registo: 5644992 – 30 cápsulas gastrorresistentes, 60 mg, blister de complexo OPA
N.º de registo: 5645098 – 60 cápsulas gastrorresistentes, 60 mg, blister de complexo OPA
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 07 Fevereiro 2003
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO: