Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
27-03-2012
27-03-2012
APROVADO EM
27-03-2012
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Sucralfato
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar utilizar este medicamento
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
1. O que é Ulcermin e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Ulcermin
3. Como tomar Ulcermin
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ulcermin
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Ulcermin e para que é utilizado
Ulcermin inclui-se no grupo 6.2.2.5. Aparelho digestivo. Antiácidos e anti ulcerosos.
Modificadores da secreção gástrica. Protetores da mucosa gástrica.
O sucralfato atua sobre a mucosa gástrica, estimulando os seus mecanismos naturais de
regeneração.
Indicações Terapêuticas
Em que situações está indicado Ulcermin?
Ulcermin está indicado nas seguintes situações:
Úlcera péptica: gástrica ou duodenal. Resultados recentes indicam que, ao contrário do
que sucede com outros anti ulcerosos, a eficácia do Ulcermin mantém-se, mesmo em
doentes com hábitos tabágicos persistentes.
Esofagites de refluxo.
Prevenção da úlcera de stress
2. O que precisa de saber antes de tomar Ulcermin
Não tome Ulcermin:
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao sucralfato ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6).
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- não se conhecem contraindicações, apenas
situações em que a administração do
fármaco se deve rodear de algumas precauções.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de tomar Ulcermin.
- Não administrar por via intravenosa (injeção), uma vez que pode levar a complicações
fatais.
- Insuficiência renal crónica: não se recomenda a utilização de sucralfato em indivíduos a
fazer
diálise.
sucralfato
deve
administrado
cuidadosamente
doentes
comprometimento crónico da função renal, uma vez que a excreção do alumínio está
comprometida, podendo ocorrer acumulação de alumínio e toxicidade (osteodistrofia
alumínica, osteomalacia, encefalopatia e anemia).
Doentes
dificuldade
engolir:
pode
ocorrer
aspiração
doentes
dificuldade em engolir, no momento de tomar sucralfato.
Idosos e doentes com patologias especiais
Nos idosos, uma vez que as funções fisiológicas estão habitualmente diminuídas, convém
administrar Ulcermin com precaução.
insuficiente renal crónico com creatinémia
superior a 50 mg/l corre o risco de
acumulação tissular de alumínio que pode conduzir a uma encefalopatia. Os casos
referidos na literatura correspondem a tomas quotidianas de 1 a 5 g de alumínio durante
meses, ou anos.
Se bem que as quantidades absorvidas de alumínio a partir do sucralfato sejam mínimas,
no insuficiente renal crónico evitar a administração prolongada. Neste caso, devem ser
controlados periodicamente os níveis sanguíneos de alumínio, fosfato, cálcio e fosfatase
alcalina.
prudente
não
administrar
sucralfato
durante
muito
tempo
indivíduos
hipofosfatémia.
Outros medicamentos e Ulcermin
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente,
ou se vier a tomar outros medicamentos.
administração
simultânea
sucralfato
pode
diminuir
biodisponibilidade
seguintes fármacos:
fluoroquinolonas,
digoxina,
cetoconazol,
sulpirida,
levotiroxina
fenitoína
possivelmente varfarina e teofilina de libertação sustentada.
biodisponibilidade
destes
fármacos
poderá
restabelecida
fazendo
administração duas horas antes da toma de Ulcermin.
O sucralfato não deverá administrado em simultâneo com preparações citrato, uma vez
que pode aumentar as concentrações plasmáticas de alumínio.
Devido à capacidade do sucralfato alterar a absorção de alguns
fármacos do tubo
gastrintestinal,
ausência
informações
precisas
sobre
todos
outros
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medicamentos, convirá respeitar as mesmas regras, separando também as administrações
tal como se referiu atrás.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o
seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Não se conhece o efeito do sucralfato sobre a fertilidade humana.
A utilização segura de sucralfato durante a gravidez não foi estabelecida. Os estudos em
animais não mostraram teratogenicidade.Os estudos realizados em mulheres grávidas, tal
como a experiência clínica acumulada, não evidenciaram qualquer tipo de toxicidade no
feto. No entanto, a sua utilização deve ser limitada às situações em que seja estritamente
necessária.
Relativamente ao aleitamento, desconhece-se se o sucralfato é excretado no leite humano,
como tal deverá ser exercida vigilância sobre os lactentes caso seja administrado à mãe.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Nenhuns. Não estão descritos quaisquer efeitos.
Ulcermin 200 mg/ml suspensão oral e Ulcermin 1000 mg/5 ml Suspensão oral contêm
para-hidroxibenzoato de metilo sódico e para-hidroxibenzoato de propilo sódico.
Podem causar reações alérgicas (possivelmente retardadas).
3. Como tomar Ulcermin
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A administração faz-se por via oral, nas seguintes patologias e do seguinte modo:
- Úlcera gástrica e úlcera duodenal – 2 comprimidos de manhã e ao deitar; 2 saquetas ou
2 colheres medidas de suspensão de manhã e ao deitar.
- Esofagite de refluxo – 1 comprimido ou 1 saqueta ou 1 colher medida de suspensão
após as três refeições principais e ao deitar.
- Terapêutica da fase aguda - Na úlcera gástrica e úlcera duodenal, a duração habitual do
tratamento é de 4 a 8 semanas, podendo ir a 12 semanas ou mesmo mais em doentes
selecionados, por indicação do seu clínico assistente.
- Terapêutica de manutenção - Em casos de úlcera gástrica ou duodenal, 1 comprimido
ou 1 saqueta ou 1 colher medida de suspensão de manhã e ao deitar.
- Úlcera de stress – 1 saqueta de suspensão de 4 em 4 horas.
Crianças: a informação sobre o uso em crianças é limitada.
Modo de administrar:
Ulcermin não pode ser administrado por via intravenosa.
Os comprimidos devem ser deglutidos com o auxílio de um pouco de água.
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Deverá colocar-se o conteúdo de 1 saqueta diretamente na boca ou numa colher e ingerir.
Pode beber um pouco de água de seguida.
Geralmente, no tratamento de curta duração da úlcera gástrica ou duodenal, o sucralfato
deve ser preferencialmente administrado com o estômago vazio.
Se tomar mais Ulcermin do que deveria
Num ensaio clínico de sobredosagem com sucralfato, em pessoas saudáveis, a maioria
casos
não
apresentou
sintomas,
entanto
nalguns
casos
foram
relatados
abdominal, náuseas e vómitos.
Caso se tenha esquecido de tomar Ulcermin
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Quando se esquecer de tomar uma ou mais doses, o doente deve continuar o tratamento
de acordo com o esquema estabelecido.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico
ou farmacêutico ou enfermeiro.
4. Efeitos secundários possíveis
Como
todos
medicamentos,
este
medicamento
pode
causar
efeitos
secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Nos ensaios clínicos, as reações adversas ao sucralfato foram menores e raramente
associadas a descontinuação da terapêutica.
Sendo um produto pouco absorvido, praticamente não apresenta efeitos secundários.
Doenças do sistema imunitário
Desconhecidas: reação anafilática incluindo prurido, edema e dispneia
Doenças gastrintestinais
Comuns: obstipação
Pouco comuns: boca seca e náuseas.
Raras: tem sido relatada a formação de Bezoar em doentes com esvaziamento gástrico
comprometido, doentes com alimentação entérica por sonda gástrica ou crianças com
baixo peso à nascença.
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Raras: rash
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Pequenas quantidades de alumínio são absorvidas através do trato gastrintestinal e pode
haver acumulação de alumínio. Osteodistrofia alumínica, osteomalacia, encefalopatia e
anemia foram relatadas em doentes com insuficiência renal crónica.
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Ações a empreender caso ocorram estes efeitos:
Como já se disse, são situações extremamente raras; nestes casos reduzir a dose ou
suspender a terapêutica conforme orientação do médico.
tiver
quaisquer
efeitos
secundários,
incluindo
possíveis
efeitos
secundários
não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
5. Como conservar Ulcermin
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Após a primeira abertura tem um prazo de validade de 42 dias. Conservar a temperatura
inferior a 25ºC.
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior.
Não utilize este medicamento se verificar sinais visíveis de deterioração.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao
seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas
ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Ulcermin
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
- A substância ativa é o sucralfato. Cada compimido contém 1000 mg de sucralfato.- Os
outros componentes são: celulose microcristalina, carmelose cálcica, macrogol 6000,
estearato de magnésio.
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
- A substância ativa é o sucralfato. Um mililitro de suspensão oral contém 200 mg de
sucralfato.
- Os outros componentes são: sacarina sódica (E954), aroma de anis, aroma de caramelo,
para-hidroxibenzoato de metilo sódico, para-hidroxibenzoato de propilo sódico, fosfato
monossódico di-hidratado, goma xantana, glicerol e água purificada.
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Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
- A substância ativa é o sucralfato. Cada saqueta com 5 mililitros de suspensão oral
contém 1000 mg de sucralfato.
- Os outros componentes são: sacarina sódica (E954), aroma de anis, aroma de caramelo,
para-hidroxibenzoato de metilo sódico, para-hidroxibenzoato de propilo sódico, fosfato
monossódico di-hidratado, goma xantana, glicerol e água purificada.
Qual o aspeto de Ulcermin e conteúdo da embalagem
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Embalagens contendo 15, 20 ou 60 comprimidos.
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Embalagem contendo 1 frasco com 200 ml de suspensão oral.
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Embalagens com 20 ou 60 saquetas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante:
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Jaba Recordati, S. A.
Lagoas Park, Edificio 5, Torre C, Piso 3
2740-298 Porto Salvo
Portugal
Fabricante
Atlantic Pharma - Produções Farmacêuticas, S.A.
Rua da Tapada Grande, nº 2
2710-089 Sintra
Portugal
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Cada comprimido contém 1000 mg de sucralfato (sulfato básico de alumínio e sacarose).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Um mililitro de suspensão oral contém 200 mg de sucralfato (sulfato básico de alumínio e
sacarose).
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Um mililitro de suspensão oral contém:
Para-hidroxibenzoato de metilo sódico – 0,75 mg
Para-hidroxibenzoato de propilo sódico – 0,4 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Cada saqueta com 5 mililitros de suspensão oral contém 1000 mg de sucralfato (sulfato
básico de alumínio e sacarose).
Excipiente(s) com efeito conhecido:
Cada saqueta (com 5 ml de suspensão oral) contém:
Para-hidroxibenzoato de metilo sódico – 3,75 mg
Para-hidroxibenzoato de propilo sódico – 2 mg
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Comprimido
Comprimido oblongo com ranhura.
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral e Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Suspensão oral
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4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Úlcera péptica: gástrica ou duodenal.
Esofagites de refluxo.
Prevenção da úlcera de stress.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia:
Úlcera gástrica e úlcera duodenal– 2 comprimidos de manhã e ao deitar; 2 saquetas ou 2
colheres medida de suspensão de manhã e ao deitar.
Esofagite de refluxo – 1 comprimido ou 1 saqueta ou 1 colher medida de suspensão após
as três refeições principais e ao deitar (nesta patologia usar de preferência a apresentação
em suspensão).
Terapêutica da fase aguda - Na úlcera gástrica e úlcera duodenal, a duração habitual do
tratamento é de 4 a 8 semanas, podendo ir a 12 semanas ou mesmo mais em doentes
selecionados, por indicação do seu clínico assistente.
Terapêutica de manutenção - Em casos de úlcera gástrica ou duodenal, 1 comprimido ou
1 saqueta ou 1 colher medida de manhã e ao deitar.
Prevenção da úlcera de stress
– 1 saqueta de suspensão de 4 em 4 horas.
Crianças: a informação sobre o uso em crianças é limitada.
Modo de administração:
Ulcermin não pode ser administrado por via intravenosa.
Os comprimidos devem ser deglutidos com o auxílio de um pouco de água.
Deverá colocar-se o conteúdo de 1 saqueta diretamente na boca ou numa colher e ingerir.
Pode beber-se água em seguida.
Geralmente, no tratamento de curta duração da úlcera gástrica ou duodenal, o sucralfato
deve ser preferencialmente administrado com o estômago vazio.
Administração por via entérica
Após a administração de Ulcermin por via entérica, a sonda gástrica tem de ser lavada
com 10 a 15 ml de água, para prevenir o seu entupimento.
4.3 Contraindicações
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Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes mencionados na
seção 6.1.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Não administrar por via intravenosa
Ulcermin não pode ser administrado por via intravenosa. A administração intravenosa
inadvertida
sucralfato
seus
excipientes,
ambos
insolúveis
pode
causar
complicações fatais, incluindo embolia pulmonar e cerebral. Outras complicações graves,
incluindo intoxicação por alumínio foram notificadas após a administração intravenosa.
Nos idosos, uma vez que as funções fisiológicas estão habitualmente diminuídas convém
administrar
ULCERMIN
com precaução.
Insuficiência renal crónica
Não se recomenda a utilização de sucralfato em individuos a fazer diálise. O sucralfato
deve ser administrado cuidadosamente em doentes com comprometimento crónico da
função renal.
Quando o sucralfato é administrado por via oral, são absorvidas pequenas quantidades de
alumínio do trato gastrintestinal e pode haver acumulação de alumínio. Os doentes com
função
renal
normal
recebem
doses
recomendadas
sucralfato,
excretam
adequadamente o alumínio através da urina. Os doentes com disfunção renal ou a fazer
diálise
têm
excreção
alumínio
absorvido
comprometida.
Foram
notificadas
osteodistrofia alumínica, osteomalácia, encefalopatia e anemia em doentes com disfunção
renal.
prudente
não
administrar
sucralfato
durante
muito
tempo
indivíduos
hipofosfatémia.
Doentes com dificuldade de deglutição:
pode ocorrer aspiração nos doentes com dificuldade de deglutição, no momento de tomar
sucralfato.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
A administração concomitante de sucralfato pode diminuir a biodisponibilidade de certos
fármacos, incluindo fluoroquinolonas, digoxina, cetoconazol, sulpirida, levotiroxina e
fenítoina, e possivelmente varfarina e teofilina de libertação sustentada.
A biodisponibilidade do cetoconazol e sulpirida poderá ser restabelecida separando em
duas horas a administração destes fármacos da de sucralfato.
biodisponibilidade
fluoroquinolonas
poderá
restabelecida
fazendo
administração duas horas antes da toma de sucralfato. Tem sido relatado, em ensaios
clínicos em voluntários saudáveis, que a biodisponibilidade da norfloxacina é reduzida
duas horas após o sucralfato.
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O sucralfato não deverá ser coadministrado com preparações citrato. A coadministração
de preparações citrato com sucralfato pode aumentar as concentrações plasmáticas de
alumínio. O mecanismo poderá estar relacionado com a quelação do alumínio, o que
aumenta a sua absorção.
Devido à capacidade do sucralfato alterar a absorção de alguns
fármacos do tubo
gastrintestinal,
ausência
informações
precisas
sobre
todos
outros
medicamentos, convirá respeitar as mesmas regras, separando também as administrações
tal como se referiu atrás.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Não se conhece o efeito do sucralfato sobre a fertilidade humana.
A fertilidade e a performance reprodutiva em ratos não foram afetadas com doses de
sucralfato superiores a 3000 mg/Kg/dia.
A utilização segura de sucralfato durante a gravidez não foi estabelecida. Os estudos em
animais não mostraram teratogenicidade.
Os estudos realizados em mulheres grávidas, tal como a experiência clínica acumulada,
não evidenciaram qualquer tipo de toxicidade no feto. No entanto, a sua utilização deve
ser limitada às situações em que seja estritamente necessária.
Não se sabe se o sucralfato é excretado no leite humano, como tal deverá ser exercida
vigilância, no caso de, o sucralfato estar a ser tomado por mulheres a amamentar.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Nenhuns.
4.8 Efeitos indesejáveis
Nos ensaios clínicos, as reações adversas ao sucralfato foram menores e raramente
associadas a descontinuação da terapêutica.
Sendo um produto pouco absorvido, praticamente não apresenta efeitos secundários.
São utilizadas as seguintes categorias de frequência de reações adversas: muito comum (
10 %); comum (
1% e < 10%); pouco comum (
0.1% e < 1%); rara (
0.01% e <
0.1%); muito rara (< 0.01%)
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Doenças
sistema
imunitário
Doenças gastrointestinais
Afeções dos tecidos cutân
e subcutâneos
Muito Comuns
Comuns
Obstipação
Pouco comuns
Boca seca, náuseas
Raras
sido
relatada
formação
Bezoar em doentes com esvaziamento
gástrico comprometido, doentes com
alimentação
entérica
sonda
gástrica ou crianças com baixo peso à
nascença.
rash
Muito raras
Desconhecidas
Reação
anafilática,
incluindo prurido, edema
e dispneia
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
Pequenas quantidades de alumínio são absorvidas através do trato gastrintestinal e pode
haver acumulação de alumínio. Osteodistrofia alumínica, osteomalacia, encefalopatia e
anemia foram relatadas em doentes com insuficiência renal crónica.
4.9 Sobredosagem
Num ensaio clínico de sobredosagem com sucralfato, em pessoas saudáveis, a maioria
dos casos foi assintomática, no entanto nalguns casos foram relatados sintomas de dor
abdominal, náuseas e vómitos.
Estudos em animais de toxicidade oral aguda com 12 g/Kg não permitiram encontrar a
dose letal.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 6.2.2.5 - Aparelho digestivo. Antiácidos e antiulcerosos.
Modificadores da secreção gástrica. Protetores da mucosa gástrica
Código ATC: AO2BXO2
Mecanismo de ação
Quando o sucralfato foi administrado por via oral a doentes com úlcera péptica ou
gastrite, observou-se que ele se liga fortemente a lesões ulceradas ou inflamadas. Pensa-
se que o sucralfato se liga fortemente às proteínas na mucosa inflamada ou exsudado de
úlceras, formando uma camada, que protege as lesões da ação digestiva potente dos sucos
gástricos, acelerando a cura.
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As suas propriedades farmacológicas são atribuídas a vários fatores:
Fatores físicos:
Em meio ácido o fármaco transforma-se num produto altamente condensado e viscoso,
fortemente polarizado, capaz de se ligar eletivamente às lesões das mucosas esofágica,
gástrica, duodenal e do cólon. Esta afinidade para a mucosa lesada explica-se por uma
interação eletrostática entre o Sucralfato carregado negativamente e as proteínas do
exsudado inflamatório carregadas positivamente. O complexo Sucralfato-proteínas assim
formado isola e protege as lesões, opondo-se à agressão pelos ácidos e pela pepsina.
Verificou-se também que o Sucralfato possuía capacidade para adsorver os sais biliares e
inativar a pepsina o que contribui para a sua eficácia no tratamento das úlceras gástricas e
outras perturbações ácido biliares relacionadas.
O Sucralfato estimula os fatores de proteção fisiológica da mucosa gastroduodenal por
estimulação da produção de prostaglandinas a nível da mucosa gastroduodenal.
Esta ação citoprotetora manifesta-se na capacidade de proteção pelo Sucralfato contra as
lesões gastroduodenais induzidos pelo álcool e pelos anti-inflamatórios não esteroides.
Estudos clínicos/eficácia
1. Um estudo clínico japonês foi realizado em 1216 doentes com úlcera gástrica, com
administração oral de 3 a 4 g de sucralfato granulado por dia, durante 8 semanas. Com
base nos resultados da observação de exames endoscópicos, a taxa de cura foi de 270/913
doentes (29.6%), 4 semanas após o início da administração e 541/752 doentes (71.9%) 8
semanas depois.
2. Um estudo clínico japonês foi realizado em 667 doentes com úlcera duodenal, com
administração de 3 a 4 g de sucralfato por dia durante 8 semanas. Com base nos
resultados da observação de exames endoscópicos, a taxa de cura foi de 321/667 doentes
(48.1%), 4 semanas após o início da administração e 535/667 doentes (80.2%) 8 semanas
depois.
3. Um ensaio clínico japonês, controlado, duplamente cego foi realizado em 298 doentes
com gastrite aguda ou gastrite crónica na fase aguda de exacerbação. 143 doentes foram
tratados com 900 mg de sucralfato granulado por administração oral durante 4 semanas e
144 doentes com 200 mg de cetraxato durante 4 semanas. Com base nos resultados da
observação de exames endoscópicos, a taxa de cura no grupo tratado com sucralfato foi
de 68/98 doentes (69.4%), 2 semanas após o início da administração e 73/91 doentes
(80.2%) 4 semanas depois. No entanto a diferença entre o sucralfato e o cetraxato não foi
significativa.
4. Estudos clínicos japoneses foram realizados em 75 doentes com úlcera gástrica, 70
doentes com úlcera duodenal e 105 doentes com gastrite aguda ou crónica, na fase aguda
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de exacerbação, com administração oral de 3 g por dia de suspensão oral de sucralfato,
durante 8 semanas, 6 semanas e 2 semanas, respetivamente. Concluiu-se que houve
benefício do tratamento em cada estudo.
5. Um estudo randomizado, multicêntrico, duplamente cego foi realizado em 70 doentes
esofagite
refluxo
documentada
endoscopicamente.
doentes
foram
aleatoriamente tratados com 1 g de sucralfato 4 vezes ao dia ou uma associação de 1 g
sucralfato 3 vezes ao dia e 400 mg de cimetidina à noite. Após cura da esofagite, os
doentes foram aleatoriamente tratados com uma dose de manutenção de 2 g de sucralfato
por dia ou com placebo, durante 6 meses. A endoscopia foi realizada no início do estudo,
após 8 semanas e, nos casos em que não houve cura, após 16 semanas de tratamento. 63
dos 70 doentes que entraram inicialmente no estudo foram avaliados após 8 semanas.
Ambos os grupos mostraram boa melhoria dos sintomas e ausência de efeitos secundários
que levassem à retirada dos doentes. A endoscopia mostrou a cura completa em 19.4% do
grupo tratado com sucralfato e 21.9% do grupo tratado com a associação de sucralfato e
cimetidina. Observou-se melhoria endoscópica em 50 % do grupo tratado com sucralfato
e 50 % do grupo tratado com a associação de sucralfato e cimetidina. Após 16 semanas,
56 doentes foram avaliados. No grupo tratado com sucralfato, observou-se melhoria em
78.6% dos doentes e cura em 31%. Para o grupo tratado com a associação estes valores
foram de 59.3% e 37% (não significativo). 26 doentes entraram na fase de manutenção do
estudo; 15 receberam sucralfato e 11 receberam placebo. A avaliação de 20 doentes após
6 meses mostrou uma recaída sintomática e/ou endoscópica da esofagite em 3 dos 12
doentes a receber sucralfato e em dois dos 8 doentes a receber placebo. Concluiu-se que a
monoterapia com sucralfato em doentes com esofagite de refluxo é efetiva e comparável
à associação de sucralfato durante o dia e cimetidina à noite. Não foi encontrada
diferença entre o sucralfato e o placebo em termos de taxa de recaída da esofagite durante
o tratamento a longo prazo.
6. Um estudo multicêntrico, controlado, utilizando um desenho duplamente cego foi
realizado para investigar a cura e recaídas da úlcera duodenal aguda. Os doentes com
úlcera duodenal aguda não complicada foram tratados aleatoriamente com sucralfato (1 g
4 vezes por dia) ou ranitidina (150 mg duas vezes por dia) durante 4 a 8 semanas. Após a
cura, todos os tratamentos antiúlcera foram descontinuados, exceto para baixas doses de
antiácidos necessárias para dores ocasionais na parte superior abdominal e os doentes
foram observados durante um ano. A endoscopia foi repetida após um ano ou a qualquer
momento antes, no caso dos sintomas sugerirem uma recaída. Dos 83 doentes que
entraram no estudo, 75 (40 sucralfato, 35 ranitidina) foram submetidos a endoscopia após
4 semanas e avaliados. As taxas de cura após 4 e 8 semanas foram semelhantes nos dois
grupos (taxas de cura após 4 e 8 semanas de tratamento com sucralfato e ranitidina: 78 e
74%, e 95 e 94% respetivamente). 53 doentes com úlceras curadas (29 sucralfato, 24
ranitidina) foram observados após um ano. As úlceras duodenais ocorreram um pouco
mais tarde após o tratamento com o sucralfato do que após o tratamento com ranitidina,
mas a análise da tabela de vida não apresentou diferenças significativas. Assim, o estudo
confirma uma eficácia similar do sucralfato e da ranitidina na cura da úlcera duodenal. A
tendência para atrasar recaídas logo após a descontinuação do sucralfato não alcançou
significância estatística.
APROVADO EM
27-03-2012
INFARMED
5.2 Propriedades farmacocinéticas
O sucralfato é apenas minimamente absorvido do trato gastrintestinal.
Após a administração por via oral, o Sucralfato transita pelo tubo digestivo e é eliminado
na maior parte, pelas fezes. A absorção a nível da mucosa digestiva é muito fraca (1-2%)
no Homem.
As pequenas quantidades que são absorvidas são excretadas primariamente na urina. São
encontrados vestígios do produto inalterado no rim, bexiga e músculo. A eliminação
desta fração faz-se essencialmente por via urinária.
Estudos efetuados em voluntários demonstraram que pequenas quantidades de sacarose
marcada com
C são absorvidas, e que doentes submetidos a tratamento com Sucralfato
durante 8-10 semanas apresentavam níveis de alumínio ligeiramente aumentados, mas
dentro dos valores normais. Em doentes a fazer esta terapêutica durante 2 meses, as
concentrações de alumínio nos ossos não aumentaram.
A absorção do alumínio do sucralfato pode estar aumentada em doentes a fazer diálise ou
com insuficiência renal, havendo risco de acumulação nestes doentes.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
O sucralfato foi bem tolerado em estudos de toxicidade de dose única e dose repetida.
Não houve evidência de carcinogenicidade relacionada com o fármaco em estudos a
longo termo realizados no ratinho e rato.
O sucralfato não evidenciou atividade teratogénica no ratinho, rato ou coelho, nem afetou
a fertilidade do rato.
Não foram realizados estudos de mutagenicidade.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Celulose microcristalina
Carmelose cálcica
Macrogol 6000
Estearato de magnésio
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral e Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Sacarina sódica (E954)
Aroma de anis
Aroma de caramelo
APROVADO EM
27-03-2012
INFARMED
Para-hidroxibenzoato de metilo sódico
Para-hidroxibenzoato de propilo sódico
Fosfato monossódico di-hidratado
Goma xantana
Glicerol
Água purificada
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
6.3 Prazo de validade
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
5 anos
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
4 anos
Após a primeira abertura: 42 dias. Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
4 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Condições de conservação do medicamento após primeira abertura, ver secção 6.3.
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente:
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Blisters de alumínio embalados em caixas de cartão, contendo cada caixa um total de 15,
20 ou 60 comprimidos.
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Os frascos são de vidro âmbar, com tampa de alumínio inviolável e vedante de PVC
contendo 200 ml de suspensão oral. A colher doseadora é de poliestireno branco e
permite medir 5 ml.
APROVADO EM
27-03-2012
INFARMED
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Saquetas de alumínio contendo 5 ml de suspensão oral, acondicionadas em embalagens
com 20 ou 60 saquetas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais para a eliminação.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Jaba Recordati, S. A.
Lagoas Park, Edifício 5, Torre C, Piso 3
2740-298 Porto Salvo
Portugal
8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Nº de registo: 9465534 – 15 comprimidos, 1000 mg, blister de alumínio
Nº de registo: 9465518 – 20 comprimidos, 1000 mg, blister de alumínio
Nº de registo: 9465526 – 60 comprimidos, 1000 mg, blister de alumínio
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral
Nº de registo: 9722223 – 200 ml de suspensão oral, 200 mg/ml, frasco de vidro âmbar
Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Nº de registo: 9722207 – 20 saquetas, 1000 mg/5 ml, saqueta de alumínio
Nº de registo: 9722215 – 60 saquetas, 1000 mg/5 ml, saqueta de alumínio
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Ulcermin, 1000 mg, Comprimido
Data da primeira autorização: 03 de outubro de 1977
Data da última renovação: 20 de março de 2001
Ulcermin, 200 mg/ml, Suspensão oral e Ulcermin, 1000 mg/5 ml, Suspensão oral
Data da primeira autorização: 11 de agosto de 1989
Data da última renovação: 11 de agosto de 2004
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
APROVADO EM
27-03-2012
INFARMED