Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
26-07-2017
26-07-2017
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Trandolapril Mylan 0,5 mg, 2 mg cápsulas
(Trandolapril)
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Trandolapril Mylan e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Trandolapril Mylan
3. Como tomar Trandolapril Mylan
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Trandolapril Mylan
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Trandolapril Mylan e para que é utilizado
O Trandolapril, princípio ativo de Trandolapril Mylan cápsulas, pertence a um grupo
medicamentos
conhecidos
como
inibidores
enzima
conversão
angiotensina (por vezes designados inibidores da ECA). Os inibidores da ECA atuam
dilatando os vasos sanguíneos, tornando assim mais fácil ao coração bombear o
sangue para todo o organismo. Este mecanismo ajuda a baixar a pressão arterial.
Trandolapril Mylan é usado para tratar a hipertensão (pressão arterial elevada). Pode
também ser prescrito para ajudar a proteger o coração após um ataque cardíaco.
2. O que precisa de saber antes de tomar Trandolapril Mylan
Não tome Trandolapril Mylan se:
- tem alergia ao trandolapril, a outros inibidores ECA (por exemplo perindopril ou
ramipril), ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção
- teve uma condição conhecida como angioedema (inchaço das mãos, face, lábios,
língua ou garganta com dificuldade em engolir ou respirar, possivelmente em
conjunto com uma erupção na pele com comichão como erupção urticariana ou
urticária) ou edema de Quincke (uma reação alérgica grave da pele), após tomar um
inibidor da ECA
- tem, ou um membro da sua família tem, antecedentes de angioedema
- está grávida de mais de 3 meses (é também aconselhável evitar tomar trandolapril
no início da gravidez - ver secção Gravidez).
- se tem diabetes ou função renal diminuída e está a ser tratado com um
medicamento que contém aliscireno para diminuir a pressão arterial.
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Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Trandolapril Mylan se:
- começou recentemente ou está a tomar diuréticos há grande período de tempo ou
se faz uma dieta restrita em sal, ou se tem ou teve vómitos ou diarreia graves ou
prolongados, ou se está desidratado. Está mais suscetível a sofrer uma queda da
pressão arterial (hipotensão), quando começar a tomar as cápsulas, que podem
fazê-lo sentir-se a desmaiar ou tonto.
- foi informado que tem um estreitamento dos vasos sanguíneos de um ou de ambos
os rins (estenose renal).
- tem um estreitamento de uma das válvulas do coração (estenose aórtica) ou uma
redução do fluxo de sangue do lado esquerdo do coração. Não deve tomar
Trandolapril Mylan. O seu médico irá alterar a sua medicação para algo mais
adequado para si.
- sofre de uma condição conhecida como doença vascular do colagénio (também
chamada por vezes doença do tecido conjuntivo, como por exemplo lúpus ou
esclerodermia). Nesta condição está mais suscetível a alterações no seu sangue que
podem levar ao desenvolvimento de infeções.
- é Afro-Caribenho. Trandolapril pode ser menos eficaz na redução da pressão
arterial ou trandolapril pode aumentar o risco de angioedema.
- sofre de diabetes mellitus. Trandolapril Mylan poderá causar uma grande descida
do seu nível de glucose no sangue.
- sofre de insuficiência cardíaca ou cirrose hepática com inchaço que também pode
ser em torno do seu estômago. Está mais suscetível de sofrer uma queda da pressão
arterial (hipotensão), quando começar a tomar as cápsulas, que podem fazê-lo
sentir-se a desmaiar ou tonto.
- tem problemas nos vasos sanguíneos do seu cérebro ou se teve um acidente
vascular cerebral, vai precisar de acompanhamento médico no início do tratamento e
quando a dose for alterada.
- está a fazer diálise renal com risco de desenvolver uma reação alérgica grave
(alguns tipos de membranas de diálise podem não ser adequadas). Pode ser
necessário um acompanhamento mais de perto pelo seu médico.
- está a tomar algum dos seguintes medicamentos, o risco de angioedema (inchaço
rápido sob a pele na zona ao redor da garganta) é acrescido:
sirolímus,
everolímus
outros
medicamentos
pertencem
classe
inibidores de mTOR (utilizados para evitar a rejeição de órgãos transplantados).
- tem outros problemas hepáticos ou renais incluindo se fez um transplante renal.
- tem mais de 70 anos de idade ou tem muito ácido no sangue (acidose metabólica).
Estas situações podem aumentar os níveis de potássio no seu sangue podendo
causar problemas no seu coração.
- está a ser tratado com medicamentos que reduzem a sua resposta imunitária.
- tiver de fazer aférese de LDL (que é uma remoção de colesterol do seu sangue com
auxílio de uma máquina).
- está a fazer um tratamento de dessensibilização para reduzir os efeitos de alergia a
picadas (como picadas de abelhas ou vespas).
- se está a tomar algum dos seguintes medicamentos para tratar a pressão arterial
elevada:
- um antagonista dos recetores da angiotensina II (ARA) (também conhecidos como
sartans – por exemplo valsartan, telmisartan, irbesartan), em particular se tiver
problemas nos rins relacionados com diabetes.
- aliscireno.
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O seu médico pode verificar a sua função renal, pressão arterial e a quantidade de
eletrólitos (por exemplo, o potássio) no seu sangue em intervalos regulares.
Ver também a informação sob o título “Não tome Trandolapril Mylan se”.
Deve informar o seu médico se pensa que está (ou poderá vir a estar) grávida.
Trandolapril Mylan não é recomendado no início da gravidez, e não deve ser tomado
se estiver grávida de mais de 3 meses, uma vez que pode ser gravemente prejudicial
para o bebé se utilizado a partir desta altura (ver seção Gravidez).
Enquanto estiver a tomar Trandolapril Mylan
Se desenvolver qualquer um dos seguintes sintomas deve avisar imediatamente o
seu médico:
- Se se sentir tonto ou a desmaiar após a primeira toma. Algumas pessoas reagem à
sua primeira toma, ou quando a dose é aumentada, sentindo-se tontas, fracas, a
desmaiar ou enjoadas.
- Inchaço repentino dos lábios, língua, face, garganta ou pescoço, possivelmente
também das mãos e dos pés, pieira ou rouquidão. Esta condição é conhecida como
angioedema. Pode ocorrer em qualquer altura durante o tratamento.
- Dor de estômago, possivelmente com sensação de doença ou estar doente. Pode
ser um sintoma de angioedema no estômago (angioedema intestinal).
- Temperatura elevada, dor de garganta ou úlceras na boca (estes podem ser
sintomas de infeção causada pela redução de glóbulos brancos no sangue).
- Amarelecimento da pele e do branco dos olhos (icterícia) ou análises ao sangue que
evidenciam aumento das enzimas hepáticas. Estes podem ser sinais de doença
hepática.
- Uma tosse persistente.
Se tiver de ser submetido a uma operação ou lhe for dado um anestésico fale com o
seu médico, dentista ou equipa do hospital de que está a tomar Trandolapril Mylan,
porque tomar Trandolapril Mylan em simultâneo pode causar uma queda na sua
pressão arterial.
O seu médico poderá realizar análises ao sangue antes de iniciar o seu tratamento e
durante o tratamento para monitorizar o seu nível de potássio no sangue e a sua
função renal.
Outros medicamentos e Trandolapril Mylan
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos, incluindo medicamentos não
sujeitos a receita médica, produtos à base de plantas ou produtos naturais. Lembre-
se de informar o seu médico sobre o trandolapril se receber outro medicamento
durante ou logo a seguir ao seu tratamento com trandolapril. O seu médico pode
necessitar de alterar a sua dose e/ou tomar outras precauções. É especialmente
importante informar o seu médico se tomar:
- Outros medicamentos para o tratamento da pressão arterial elevada uma vez que
podem aumentar os efeitos do trandolapril.
- Diuréticos para reter o potássio como a espironolactona, amilorida e triamtereno ou
canrenoato de potássio, suplementos de potássio e outros medicamento que podem
aumentar o potássio no seu organismo (tal como a heparina e o cotrimoxazol,
também conhecido como trimetopril/sulfametoxazol).
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- Diuréticos da ansa como a torsemida e a furosemida e diuréticos tiazídicos como a
clorotiazida e a bendroflumetiazida pois podem causar uma queda grave na pressão
arterial.
- Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs – por exemplo ibuprofeno, diclofenac,
indometacina, ácido acetilsalicílico e inibidores da COX-2), uma vez que podem
diminuir os efeitos do trandolapril.
- Lítio, um medicamento usado para tratar condições de saúde mental, uma vez que
o trandolapril pode aumentar os níveis deste medicamento no seu organismo.
- Antidepressivos tricíclicos (por exemplo amitriptilina, dosulepina) uma vez que
estes medicamentos podem aumentar os efeitos do trandolapril.
Medicamentos
para
diabetes
(como
insulina,
glibenclamida
gliclazida).
Trandolapril Mylan pode causar uma grande diminuição dos níveis de glucose no seu
sangue.
- Antiácidos, para aliviar a indigestão; não tome dentro de 2 horas após a toma do
trandolapril. Isto deve-se ao facto dos antiácidos poderem parar a absorção e a
eficácia do trandolapril.
- Alopurinol (para a gota) ou procainamida (para as alterações do ritmo cardíaco),
uma vez que pode aumentar o risco de níveis baixos de glóbulos brancos no seu
organismo.
- Imunossupressores (por exemplo, ciclosporina), que reduzem a resposta imunitária
do organismo, medicamentos esteroides (por ex. prednisolona, hidrocortisona) ou
medicamentos para o cancro (citostáticos), uma vez que podem aumentar o risco de
níveis baixos de glóbulos brancos no seu organismo.
- Medicamentos contendo efedrina, noradrenalina (norepinefrina) ou adrenalina
(epinefrina), uma vez que reduzem os efeitos do trandolapril.
- Medicamentos contendo aurotiomalato de sódio (ouro) pois podem aumentar o
risco de efeitos secundários.
- Opiáceos (analgésicos fortes) como a metadona, codeína e morfina que podem
causar uma queda na sua pressão arterial.
- Antipsicóticos como a clorpromazina, tioridazina, flupentixol que podem causar
uma queda na sua pressão arterial.
- Se está a tomar um antagonista dos recetores da angiotensina II (ARA) ou
aliscireno (ver também informações sob os títulos “Não tome Trandolapril Mylan se”
e “Advertências e precauções”).
- Medicamentos utilizados com maior frequência para evitar a rejeição de órgãos
transplantados (sirolímus, everolímus e outros medicamentos que pertencem à
classe dos inibidores do mTOR). Consulte a secção "Advertências e precauções".
Contacte o seu médico e informe se está tomar algum dos medicamentos acima
mencionados. Pode ser necessário efetuar um ajuste da dose.
Trandolapril Mylan com álcool
A ingestão de álcool potencia o efeito redutor da pressão arterial de Trandolapril
Mylan.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, pensa que está grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
Deve informar o seu médico se pensa que está (ou poderá vir a estar) grávida. O seu
médico irá, normalmente, aconselhá-la a parar de tomar trandolapril antes de
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engravidar ou assim que souber que está grávida e irá aconselhá-la a tomar outro
medicamento em vez de trandolapril. Trandolapril Mylan não é recomendado no
início da gravidez, e não deve ser tomado quando está grávida de mais de 3 meses,
uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta
altura.
Amamentação
Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende a
iniciar a amamentação. Trandolapril não é recomendado para mães que estão a
amamentar, e o seu médico deve escolher outro tratamento para si se desejar
amamentar, especialmente se o seu bebé for recém-nascido ou prematuro.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Trandolapril Mylan pode provocar, nalgumas pessoas, tonturas, sensação de desmaio
ou cansaço especialmente quando começam a tomar as cápsulas. Não conduza, não
utilize máquinas ou execute outras atividades que requeiram alerta durante algumas
horas após ter tomado a primeira dose ou ter aumentado a dose. Aguarde para
avaliar a forma como o medicamento o afeta.
Trandolapril Mylan contém lactose.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o
antes de tomar este medicamento.
Trandolapril Mylan contém amarelo sunset (E110)
Este medicamento pode causar reações alérgicas.
3. Como tomar Trandolapril Mylan
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Engula as
cápsulas inteiras, com um copo de água, sem as mastigar. Tome as cápsulas sempre
à mesma hora do dia.
O número de cápsulas de que necessita vai depender da situação para a qual está a
receber tratamento. Se já está a ser tratado com um medicamento diurético o seu
médico pode reduzir a dose do diurético ou mesmo interromper a sua administração
antes de iniciar o tratamento com Trandolapril Mylan.
Adultos:
Pressão arterial elevada (hipertensão):
A dose inicial recomendada é de 0,5 mg uma vez por dia. O seu médico aumentará
provavelmente a dose para 1 ou 2 mg uma vez por dia. A dose máxima é de 4 mg
por dia.
Doentes com insuficiência cardíaca e pressão arterial elevada:
O seu tratamento será iniciado no hospital. A dose inicial recomendada é de 0,5 mg
uma vez por dia.
Tratamento após um ataque cardíaco:
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O tratamento será de um modo geral iniciado no 3º dia após o ataque cardíaco,
normalmente com uma dose inicial de 0,5 mg uma vez por dia. O seu médico poderá
aumentar esta dose de forma gradual até ao máximo de 4 mg por dia.
Dose para adultos tratados previamente com diuréticos:
O tratamento com diuréticos deverá ser descontinuado pelo menos 72 horas (3 dias)
antes de iniciar o tratamento com Trandolapril Mylan e/ou o tratamento pode ser
iniciado com uma dose de 0,5 mg uma vez ao dia. Esta dose pode ser depois
ajustada quando o seu médico avaliar o efeito do tratamento.
Idosos:
Não é necessário proceder a um ajuste de dose se tiver uma função renal normal. O
seu médico avaliará a sua pressão arterial e a sua função renal durante o
tratamento.
Contudo é necessária precaução especial se estiver a ser tratado em simultâneo com
diuréticos ou se tiver insuficiência cardíaca, hepática ou renal.
Utilização em crianças e adolescentes:
Trandolapril Mylan não deve ser administrado a crianças.
Doentes com problemas de rins:
O seu médico procederá a um ajuste da sua dose dependendo dos resultados dos
testes laboratoriais (0,5 mg – 1 mg por dia). Doentes submetidos a diálise renal: 0,5
mg por dia.
Doentes com problemas de fígado:
A dose inicial é de 0,5 mg uma vez por dia. Depois o seu médico poderá proceder a
um ajuste de dose se for necessário.
Se tomar mais Trandolapril Mylan do que deveria
Contacte o seu médico, hospital ou farmácia, se tiver tomado mais Trandolapril
Mylan do que deveria.
Os sintomas de sobredosagem são uma redução muito marcada na pressão arterial,
choque,
pensamentos
mais
lentos
(letargia),
baixa
pulsação,
perturbações
equilíbrio salino e redução da função renal.
Caso se tenha esquecido de tomar Trandolapril Mylan
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu.
Se parar de tomar Trandolapril Mylan
É importante que continue a tomar as cápsulas até que o seu médico lhe diga para
parar. Não pare de tomar o medicamento só porque se sente melhor. Se parar de
tomar as suas cápsulas pode piorar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como
todos
medicamentos,
este
medicamento
pode
causar
efeitos
secundários, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
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Pare de tomar Trandolapril Mylan imediatamente se tiver algum dos seguintes efeitos
dirija-se
hospital
procure
aconselhamento
junto
médico
imediatamente:
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas):
- um aumento no número de infeções com febre, arrepios fortes, dores de garganta
ou úlceras na boca (esta situação pode indicar que tem baixos níveis de glóbulos
brancos no organismo).
- colapso repentino, dormência ou fraqueza nos braços ou pernas, dor de cabeça,
tonturas e confusão, distúrbios na visão, dificuldade em engolir, fala indistinta ou
confusa ou perda da fala (podem ser sinais de AVC ou mini AVC causado por um
coágulo sanguíneo ou hemorragia que afeta o aporte de sangue a parte do cérebro).
- sensação de peso ou de pressão no peito com dor no peito e um aumento de falta
de ar com exercício (podem ser sinais de problemas cardíacos tais como angina).
- dor súbita no peito que pode irradiar para o pescoço ou braços, com falta de ar e
sensação de frio (podem ser sinais de ataque cardíaco ou de outros problemas com o
seu coração).
- um batimento cardíaco irregular, rápido ou lento, que se for rápido pode sentir-se
com um aperto no peito (pode produzir uma atividade irregular quando observado no
aparelho de ECG).
- uma redução no batimento do coração, que pode causar cansaço, fraqueza e/ou
retenção de líquidos como inchaço das pernas e dos tornozelos, dificuldade em
respirar incluindo tosse seca ou com expetoração.
- vómitos com sangue (pode notar partículas semelhante a grãos de café).
- amarelecimento da pele ou da parte branca dos olhos, urina escura, fezes claras,
cansaço, febre, náuseas, fraqueza, sonolência e dor abdominal, com os resultados
dos testes a indicar anomalias da função hepática ou elevados níveis de bilirrubina
no sangue (podem ser sinais de problemas com o seu fígado ou um boqueio do canal
biliar).
- inchaço repentino dos lábios, língua, face, garganta ou pescoço o que pode levar a
dificuldade em engolir ou respirar ou um inchaço na pele acompanhado de comichão
e vermelhidão conhecido como urticária (estes são sinais de uma reação alérgica).
- produção reduzida ou ausência de urina, urina turva ou com sangue, dor ao urinar
ou dor lombar (podem ser sinais de problemas graves com os seus rins).
- anomalias genéticas incluindo problemas na pele e formação anormal de vasos
sanguíneos.
- cansaço, falta de ar, mãos e pés frios e pele pálida, dificuldades na cicatrização de
cortes (podem indicar que tem um número reduzido de glóbulos vermelhos no seu
organismo).
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis):
- fraqueza, hemorragias ou nódoas negras inexplicáveis ou anormais ou com mais
frequência do que o normal, potencialmente graves, infeções (pode significar uma
redução grave de todos os tipos de células do sangue).
- prisão de ventre persistente com inchaço do estômago e enjoos (pode indicar um
bloqueio no seu intestino).
- dor de estômago persistente que pode irradiar para as suas costas (pode indicar
problemas com o seu pâncreas).
- problemas na pele com bolhas e hemorragias nos lábios, olhos, boca, nariz e
órgãos genitais (síndrome de Stevens-Johnson) ou erupções na pele que surgem
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zonas
avermelhadas
dolorosas,
depois
bolhas
grandes
terminam
descamação da pele. É acompanhado por febre e arrepios, dores musculares e
sensação de mal-estar geral (necrólise epidérmica tóxica).
Outros efeitos secundários incluem:
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
- tonturas ou dores de cabeça.
- pressão arterial baixa.
- fraqueza geral.
- tosse que pode, ou não, produzir expetoração.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
- dificuldade em adormecer.
- redução ou falta de desejo sexual.
- sonolência.
- sensação de andar à roda ou perda de equilíbrio (pode ser conhecido como
vertigem).
- afrontamentos.
- falta de ar, dores de garganta, sintomas semelhantes a gripe ou constipação (pode
ter uma infeção, congestionamento nasal ou inflamação das vias respiratórias).
- sensação de mal-estar ou problemas intestinais como diarreia, prisão de ventre,
dor no estômago.
- comichão e erupção na pele.
- dores de costas, espasmos musculares ou dor nas mãos e pés.
- dificuldade em manter a ereção.
- sensação de mal-estar geral ou sentir-se mal ou não se sentir como habitualmente.
- dor de peito.
- retenção de líquidos, inchaço nas mãos, pés ou tornozelos.
- sensação de sentir o coração a bater no peito.
Raros (afetam até 1 em 1.000 pessoas):
- sensação de cabeça tonta ou tonturas quando se levanta de uma posição sentado
ou deitado (isto pode ser devido a uma queda brusca na pressão arterial).
- sensação desconfortável ou sensação de ardor ao urinar, aumento da frequência
com que urina (pode ter uma infeção nos rins, na bexiga ou nos canais que ligam
ambos).
- aumento da quantidade de urina.
- aumento dos níveis de gordura, como colesterol, no sangue (podendo aumentar o
risco de coágulos no sangue).
- as análises ao sangue podem mostrar um aumento dos níveis de glucose no
sangue, ácido úrico ou outro composto azotado, diminuição dos níveis de sódio ou
nível anormal de enzimas.
- aumento ou diminuição do apetite.
- inchaço, dor nas articulações, principalmente nos dedos dos pés devido a formação
de cristais (gota).
- nervosismo, agitação, ansiedade, depressão, perda de interesse ou entusiasmo, ou
ver, sentir ou ouvir coisas que não existem.
- desmaios, contrações musculares, formigueiro nas mãos e pés.
- enxaqueca com ou sem aura ou perda de paladar.
problemas
seus
olhos
como
pálpebras
inflamadas,
inchadas,
olhos
lacrimejantes, visão turva ou visão dupla.
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- zumbido constante nos ouvidos.
- pressão arterial alta.
- diminuição da temperatural corporal e da cor das suas mãos e pés ou veias
varicosas.
- sangramento nasal, irritação da garganta ou corrimento nasal.
- inchaço do revestimento do estômago.
- enjoos, indigestão, boca seca ou gases.
- transpiração excessiva.
- descamação de placas cinzentas na pele (psoríase) ou pele inflamada, inchada,
vermelha, com comichão, com líquido ou crosta (eczema).
- acne ou pele seca.
- fraqueza ou dores nos músculos, nas articulações ou ossos. As articulações podem
também estar rígidas e inchadas.
- cansaço.
- lesão.
- bloqueio ou lesão dos vasos sanguíneos que pode originar hemorragias ou, em
casos mais graves, danos nos tecidos envolventes.
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis):
- aumento dos níveis de potássio no sangue.
- problemas de equilíbrio.
- aumento da creatinina, ureia, fosfatase alcalina, lactatodesidrogenase no sangue.
- resultados de análises ao sangue anormais.
- perda de cabelo.
- febre.
- diminuição da quantidade de proteínas transportadoras de oxigénio no sangue
(hemoglobina) e hematócrito (proporção do espaço que os glóbulos vermelhos
ocupam no sangue).
Outros efeitos secundários foram reportados como resultado da toma de inibidores
da ECA além do trandolapril. Poderá ter estes efeitos secundários. A frequência com
que podem ocorrer não pode ser determinada com base nos dados existentes e
incluem:
- inchaço da camada de revestimento dos intestinos
- dificuldade em conhecer ou relembrar pessoas, em lembrar-se de quem é e que
horas são ou problemas de memória.
- dificuldades em respirar através do nariz com dor na sua face (podem ser sinais de
problemas de sinusite).
- inchaço na língua.
- aumento de glóbulos brancos no sangue ou aumento dos marcadores sanguíneos o
que pode indicar que o sistema imunitário pode estar a atacar o seu organismo.
- reação na pele semelhante a sarampo.
Comunicação dos efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente através ao INFARMED, I.P. através dos
contactos abaixo.
Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre
a segurança deste medicamento.
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INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Trandolapril Mylan
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Conservar na embalagem de origem.
Não conservar acima de 25ºC.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem,
após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Trandolapril Mylan
- A substância ativa é o trandolapril.
- Uma cápsula contém 0,5 mg ou 2 mg de trandolapril.
- Os outros ingredientes são: lactose mono-hidratada (ver seção 2 “Trandolapril
Mylan contém lactose”), amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina,
dimeticone, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra. O revestimento da cápsula
contém gelatina, dióxido de titânio (E171) e eritrosina (127). Adicionalmente esta
dosagem também contém:
0,5 mg: amarelo sunset (E110) (ver seção 2 "Trandolapril Mylan contém amarelo
sunset") e amarelo de quinoleína (E104).
2 mg: amarelo sunset (E110) (ver seção 2 "Trandolapril Mylan contém amarelo
sunset").
Qual o aspeto de Trandolapril Mylan e conteúdo da embalagem
Cada cápsula contém um pó branco.
0,5 mg: cápsula, oblonga, vermelho claro/amarelo.
2 mg: cápsula oblonga, vermelho claro/ vermelho claro.
Conteúdo:
0,5 mg, 2 mg:
14, 20, 28, 30, 50, 56, 84, 90 e 100 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C - 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
Fabricantes
Pharmathen International S.A., Sapes Industrial Park, Block 5, 69300 Rodopi, Grécia
Gerard Laboratories, 35/36 Baldoyle Industrial Estate, Grange Road, Dublin 13,
Irlanda
Mylan S.A.S, ZAC des Gaulnes, 10, Boulevard de Lattre de Tassigny, 69330 Meyzieu,
França
Generics UK Ltd, Station Close, Potters Bar, Hertfordshire, EN6 1TL, Reino Unido
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com os seguintes nomes:
Dinamarca
Trandolapril Mylan, harde kapsler 0,5 mg, 1 mg, 2 mg, 4 mg
República Checa Trandolapril Mylan 0.5 mg, 2 mg tvrda tobolka
França
Trandolapril Mylan 0.5 mg, 2 mg, 4 mg gélule
Itália
Trandolapril Mylan generics 0.5 mg, 2 mg
Polónia
TrandoGen 0.5 mg, 1 mg, 2 mg
Portugal
Trandolapril Mylan
Eslováquia
Trandolapril Mylan 2 mg, 4 mg
Reino Unido
Trandolapril 0.5mg, 1mg, 2mg, 4mg Capsules
Este folheto foi revisto pela última vez em Junho de 2017.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Trandolapril Mylan 0,5 mg cápsulas
Trandolapril Mylan 2 mg cápsulas
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada cápsula de 0,5 mg contém 0,5 mg de trandolapril.
Cada cápsula de 2 mg contém 2 mg de trandolapril.
Excipientes com efeito conhecido:
Cada cápsula contém 24 mg de lactose mono-hidratada.
Cada cápsula de 0,5 mg ou de 2 mg também contém 1,26 mg de amarelo Sunset
(E110).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsula
Cada cápsula contém um pó branco.
0,5 mg: cápsulas vermelho claro/ amarelo
2 mg: cápsulas vermelho claro/ vermelho claro
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Hipertensão arterial ligeira ou moderada.
Disfunção ventricular esquerda após enfarte agudo do miocárdio.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Adultos:
Hipertensão:
Para adultos, sem insuficiência renal ou hepática e sem insuficiência cardíaca
congestiva e que não estejam a tomar diuréticos, a dose inicial recomendada é de
0,5 mg, como dose única diária. Com uma dose de 0,5 mg, o efeito terapêutico
apenas será atingido numa minoria de doentes. A dosagem poderá ser duplicada em
intervalos de 2 a 4 semanas, de acordo com a resposta do doente, até a um máximo
de 4 mg como dose diária única.
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INFARMED
A dose de manutenção recomendada varia entre 1 a 2 mg em dose única diária. Se a
resposta do doente à dose de 4 mg de trandolapril for ainda insuficiente, deverá ser
considerada uma terapêutica de associação com diuréticos e bloqueadores dos canais
de cálcio.
Disfunção ventricular esquerda após enfarte agudo do miocárdio:
Após um enfarte agudo do miocárdio, o tratamento poderá ser iniciado a partir do 3º
dia, desde que as condições necessárias de tratamento tenham sido atingidas
(hemodinâmica estável e controlo de qualquer isquemia residual). A dose inicial
deverá ser baixa (ver secção 4.4), particularmente se o doente apresenta uma
tensão arterial normal ou baixa no início do tratamento. A dose inicial deverá ser de
0,5 mg por dia (24 horas). A dose poderá ser progressivamente aumentada até uma
dose diária máxima de 4 mg, em toma única. Esta titulação forçada poderá ser
temporariamente interrompida, em caso, por exemplo, de hipotensão sintomática.
O tratamento deverá ser iniciado no hospital, sob vigilância rigorosa, principalmente
da tensão arterial (ver secção 4.4.).
No caso de hipotensão, todos os tratamentos hipotensivos concomitantes (ver
secções 4.3, 4.4, 4.5 e 5.1), (por exemplo, vasodilatadores, como nitratos e
diuréticos) devem ser cuidadosamente avaliados e, se possível, as suas doses
reduzidas. A dose de trandolapril deve ser reduzida apenas se as medidas anteriores
forem insuficientes ou impossíveis de serem implementadas.
Tratamento prévio com diurético
No caso de tratamento anterior com diurético, devem ser tomadas precauções
especiais:
Recomenda-se descontinuar o tratamento com o diurético pelo menos 72 horas
antes de iniciar o tratamento com trandolapril e/ou iniciar com uma dose de 0,5 mg
por dia. Neste caso, a dose deverá ser ajustada de acordo com a resposta do doente.
Caso seja necessário continuar o tratamento com o diurético, supervisão médica é
necessária.
Hipertensão renovascular
O tratamento inicial deve ser de 0,5 mg por dia. A dose deve ser ajustada de acordo
com a resposta da pressão arterial.
Insuficiência cardíaca
doentes
hipertensos
insuficiência
cardíaca
congestiva,
insuficiência renal associada, foi observada hipotensão sintomática após tratamento
com inibidores da ECA. Nestes doentes, a terapêutica deverá ser iniciada com uma
dose de 0,5 mg de trandolapril, uma vez por dia sob regular vigilância médica no
hospital.
Compromisso renal:
Em doentes com depuração de creatinina entre 30 ml/min e 70 ml/min, são
recomendadas as doses normais para os adultos e para os idosos. Doentes com
depuração de creatinina superior a 30 ml/min não necessitam de ajuste da dose
inicial.
Em doentes com depuração de creatinina de 0,2 – 0,5 ml/s (10 - 30 ml/min), o
tratamento deve ser iniciado com uma dose diária de 0,5 mg. Se necessário, a dose
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pode ser aumentada para 1 mg por dia como dose única. Em doentes com depuração
de creatinina inferior a 0,2 ml/ s (10 ml/min) e em doentes submetidos a
hemodiálise a dose é de 0,5 mg em dose única diária. Para estes doentes é
necessária supervisão regular do potássio sérico e da creatinina sérica.
Compromisso hepático:
doentes
com função hepática fortemente
comprometida,
diminuição
depuração metabólica do fármaco original, trandolapril, e do metabolito ativo,
trandolaprilato, resulta num aumento marcado dos níveis plasmáticos de trandolapril
e em menor extensão, num aumento dos níveis de trandolaprilato. Por conseguinte,
o tratamento com trandolapril deverá ser iniciado com uma dose de 0,5 mg, uma vez
por dia sob vigilância médica regular e deverá ser ajustado de acordo com a resposta
terapêutica (ver secções 4.4 e 5.2).
População pediátrica:
O medicamento não deve ser administrado a crianças, uma vez que a experiência
com o tratamento de crianças é insuficiente.
Idosos:
Normalmente, não é necessário ajuste de dose. Estudos farmacocinéticos, realizados
em doentes hipertensos com mais de 65 anos com função renal normal para a idade,
indicam que não é necessário ajustar a dose. Como alguns doentes idosos podem,
contudo, ser especialmente sensíveis aos inibidores da ECA, recomenda-se utilizar
doses iniciais baixas e monitorizar a resposta da pressão arterial e a função renal.
necessária
precaução
doentes
idosos,
utilização
concomitante
diuréticos (ver secções 4.4, 4.5 e 5.1), com insuficiência cardíaca congestiva ou
insuficiência renal ou hepática. A dose deverá ser titulada de acordo com a resposta
da pressão arterial.
Modo de administração
Via oral.
Trandolapril Mylan pode ser tomado antes, durante ou depois de uma refeição.
4.3 Contraindicações
- Hipersensibilidade à substância ativa, a outros inibidores da ECA ou a qualquer um
dos excipientes mencionados na secção 6.1;
- Antecedentes de hipersensibilidade incluindo angioedema (por ex. edema de
Quincke) associado a uma administração prévia de um inibidor da ECA;
- Angioedema hereditário ou idiopático;
- Segundo e terceiro trimestre de gravidez (ver secções 4.4 e 4.6);
- O uso concomitante de Trandolapril Mylan com medicamentos contendo aliscireno é
contraindicado em doentes com diabetes mellitus ou compromisso renal (TFG
< 60 ml/min/1,73 m2) (ver secções 4.5 e 5.1).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Risco de hipotensão e/ou insuficiência renal
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Em doentes com hipertensão arterial não complicada, foi raramente observada
hipotensão sintomática após a dose inicial e aquando de aumentos na dose de
trandolapril. Em certas condições pode ocorrer uma ativação marcada do sistema
renina-angiotensina-aldosterona especialmente em doentes com depleção grave de
líquidos e de sódio (dieta com baixo teor de sal, tratamento prolongado com
diuréticos, diálise, diarreia ou vómitos), estenose arterial renal, insuficiência cardíaca
cirrose
hepática
edema
e/ou
ascite.
supressão
sistema
renina-
angiotensina-aldosterona pelos inibidores da ECA pode provocar hipotensão arterial
grave e/ou insuficiência renal funcional, especialmente após a primeira dose, quando
a dose é aumentada e durante as 2 primeiras semanas de tratamento. A hipotensão
grave pode levar a desmaios e/ou lesões isquémicas em órgãos com perturbações
arteriais (por exemplo, enfarte agudo do miocárdio, enfarte cerebrovascular).
Nestes
doentes
risco,
incluindo
aqueles
angina
peito,
cardiopatia
isquémica ou perturbações cerebrovasculares, o tratamento com trandolapril deve
ser iniciado sob rigoroso controlo médico em doses baixas, com uma cuidadoso
ajuste das doses. No caso de administração anterior de um diurético, em certos
doentes especialmente se este tratamento tiver sido instituído recentemente, a
queda na pressão arterial no início do tratamento com trandolapril pode ser
excessiva. Recomenda-se descontinuar o tratamento com o diurético pelo menos 72
horas antes de iniciar o tratamento com trandolapril e iniciar com uma dose de 0,5
mg por dia (ver secção 4.5).
A depleção de sais e de líquidos deve ser corrigida antes de se iniciar o tratamento
com trandolapril.
doente
desenvolver
hipotensão
arterial
ou insuficiência renal
durante
tratamento, pode ser necessário efetuar uma redução da dose ou suspender o
tratamento com trandolapril e/ou com os diuréticos.
Um caso de hipotensão arterial que ocorra após a administração da dose inicial não
exclui a possibilidade de um tratamento posterior com trandolapril desde que a dose
seja corretamente ajustada.
Se ocorrer hipotensão sintomática recomenda-se colocar o doente em posição supina
e, se necessário, administrar soro fisiológico por perfusão intravenosa. Pode ser
necessário administrar uma solução intravenosa de atropina, caso exista bradicardia
associada.
Doentes com hipertensão renovascular
O tratamento da hipertensão renovascular é efetuado por revascularização.
Contudo, os inibidores da ECA podem ser úteis até a revascularização ser efetuada,
ou no caso de este procedimento não vir a ser efetuado. O risco de hipotensão
arterial grave e insuficiência renal está aumentado quando doentes com estenose
unilateral ou bilateral prévia da artéria renal, são tratados com um inibidor da ECA.
Os diuréticos podem aumentar ainda mais o risco. A perda da função renal pode
ocorrer somente com ligeiras alterações da creatinina sérica, mesmo em doentes
com estenose unilateral da artéria renal. Para estes doentes o tratamento deve ser
iniciado em meio hospitalar sob rigorosa vigilância médica com doses baixas e um
rigoroso ajuste de doses. O tratamento com diuréticos deve ser descontinuado e a
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função renal e o potássio sérico monitorizados durante as primeiras semanas de
tratamento.
Avaliação da função renal
A avaliação do doente deve incluir a avaliação da função renal antes de se iniciar o
tratamento e durante o mesmo. Pode ocorrer proteinúria se se observar insuficiência
renal antes do início do tratamento ou ser forem utilizadas doses muito elevadas.
Doentes com insuficiência renal
No caso de ocorrer insuficiência renal, a dose deve ser reduzida se a depuração de
creatinina for ≤ 0,5 ml/s (≤ 30 ml/min) (ver secção 4.2). Em doentes com
insuficiência renal recomenda-se que a função renal e o potássio sérico sejam
cuidadosamente monitorizadas durante as primeiras semanas de tratamento e
subsequentemente se apropriado. Alguns doentes hipertensos sem patologia renal
previamente diagnosticada podem apresentar aumentos da creatinina sérica e do
azoto ureico sérico, quando o trandolapril é administrado em associação com
diuréticos. Pode ocorrer proteinúria.
Existe o risco de compromisso da função renal em doentes com insuficiência renal,
insuficiência cardíaca congestiva, estenose da artéria renal unilateral ou bilateral, em
rim único, bem como após transplante renal. Se detetado atempadamente, este
compromisso da função renal é reversível após a descontinuação do tratamento.
Adicionalmente, em doentes com insuficiência renal, deve considerar-se o risco de
hipercaliemia e o estado eletrolítico do doente verificado regularmente.
Transplante renal
Não existem dados disponíveis sobre a utilização do trandolapril em doentes
submetidos recentemente a transplante renal. Por este motivo o tratamento com
trandolapril não é recomendado.
Doentes com compromisso da função hepática
Recomenda-se uma monitorização médica regular e especial precaução nos doentes
com compromisso da função hepática, uma vez que trandolapril é um profármaco
metabolizada no fígado na sua fração ativa.
Falência hepática
Raramente, os inibidores da ECA foram associados a uma síndrome que se inicia com
icterícia colestática ou hepatite e que evolui para necrose hepática fulminante e
(algumas vezes) para morte. O mecanismo desta síndrome não é conhecido. Os
doentes tratados com inibidores da ECA que apresentem icterícia ou um aumento
marcado das enzimas hepáticas devem descontinuar o tratamento com o inibidor da
ECA e receber acompanhamento médico adequado.
Hipersensibilidade/Angioedema
Têm sido notificados casos de edema da face, lábios, língua, glote e/ou laringe, bem
como das extremidades em doentes tratados com inibidores da ECA, incluindo
trandolapril. O angioedema pode ocorrer particularmente durante as primeiras
semanas de tratamento. Frequentemente surge somente após um tratamento
prolongado com um inibidor da ECA.
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INFARMED
Nestes casos, o tratamento com trandolapril deve ser imediatamente descontinuado
e o doente monitorizado até desaparecer o edema. Quando o edema é localizado e
inclui somente a face, de um modo geral desaparece sem tratamento embora os
anti-histamínicos sejam eficazes no alívio dos sintomas.
A associação do edema da face com o edema da glote pode ser potencialmente fatal.
O inchaço da língua, glote ou laringe pode causar obstrução respiratória. Deve ser
administrada rapidamente adrenalina subcutânea a 0,1% (0,3 – 0,5 ml) além de
serem tomadas outras medidas terapêuticas apropriadas. Deve tomar-se especial
cuidado em doentes com antecedentes de angioedema idiopático; e o trandolapril
está contraindicado em doentes em que o angioedema tenha sido uma reação
adversa a algum inibidor da ECA (ver secção 4.3).
Após uma reação deste tipo, o tratamento com um inibidor da ECA não deve ser
retomado. Os doentes que já apresentaram anteriormente edema de Quincke que
ocorreu não associado à administração de inibidores da ECA têm um risco acrescido
de apresentarem novo edema de Quincke se forem tratados com um inibidor da ECA
(ver secção 4.3).
Foi demonstrada uma associação entre os inibidores ECA e o aumento da taxa de
frequência de angioedema em indivíduos de raça negra comparativamente aos
caucasianos.
Foram
notificados
casos
angioedema
intestinal
doentes
tratados
inibidores da ECA. Estes doentes apresentavam dor abdominal (com ou sem náuseas
ou vómitos); nalguns casos não ocorreu edema anterior da face e os níveis de C-1
esterase estavam normais. O angioedema foi diagnosticado por procedimentos
incluindo
tomografia
computorizada
abdominal,
ecografia
cirurgia tendo
sintomas desaparecido após a descontinuação do inibidor da ECA. O angioedema
intestinal deve ser incluído no diagnóstico diferencial dos doentes tratados com
inibidores da ECA que apresentem dores abdominais (ver secção 4.8).
concomitante
inibidores
mTOR
(por
ex.,
sirolímus,
everolímus,
temsirolímus)
Nos doentes que tomam concomitantemente inibidores de mTOR (por ex., sirolímus,
everolímus, temsirolímus), a terapêutica pode aumentar o risco de angioedema (por
ex., inchaço das vias aéreas ou língua, com ou sem insuficiência respiratória) (ver
secção 4.5).
Diferenças étnicas
Tal como acontece com os outros inibidores da ECA, o trandolapril pode ser menos
eficaz na redução da pressão arterial em doentes de raça negra comparativamente
caucasianos. Esta situação
pode ser
provavelmente
devida
uma maior
incidência de baixas taxas de renina em doentes hipertensos de raça negra.
Tosse
Durante o tratamento com um inibidor da ECA, pode surgir uma tosse seca não
produtiva que desaparece com a descontinuação do tratamento. Se o tratamento
com um inibidor da ECA for considerado essencial, deve ser considerada uma
reavaliação do tratamento.
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A tosse induzida pelos inibidores da ECA deve ser considerada como parte do
diagnóstico diferencial da tosse.
Hipercaliemia
Em doentes tratados com inibidores da ECA, incluindo o trandolapril (ver também
secção 4.5), foi observado um aumento das concentrações de potássio sérico. Os
fatores de risco para o desenvolvimento da hipercaliemia incluem insuficiência renal,
deterioração
função
renal,
idade
(>
anos),
diabetes
mellitus,
eventos
intercorrentes
particular
desidratação,
disfunção
ventricular
esquerda
após
enfarte agudo do miocárdio, acidose metabólica, e utilização concomitante de
diuréticos
poupadores
potássio
(por
exemplo,
espironolactona,
eplerenona,
triamtereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo
potássio; ou doentes que estão a tomar outros medicamentos associados a um
aumento do potássio sérico (por ex. heparina, cotrimoxazol também conhecido como
trimetoprim/sulfametoxazol). A utilização de suplementos de potássio, diuréticos
poupadores de potássio ou substitutos do sal contendo potássio particularmente em
doentes com compromisso da função renal, pode levar a um aumento significativo do
potássio sérico. A hipercaliemia pode causar arritmias graves, por vezes fatais. Se a
utilização concomitante de trandolapril e qualquer uma das substâncias acima
mencionadas for de todo a mais adequada, esta deve ser feita com precaução e com
uma monitorização frequente do potássio sérico (ver secção 4.5).
Cirurgia/Anestesia
Em doentes submetidos a uma grande cirurgia ou durante a anestesia com fármacos
potencialmente hipotensores, os inibidores da ECA, incluindo o trandolapril, podem
bloquear a formação secundária de angiotensina II para compensar a libertação de
renina que podem induzir uma hipotensão arterial possivelmente grave, a qual pode
ser corrigida com expansores do plasma. Se não for possível descontinuar o
tratamento com os inibidores da ECA, a terapêutica de volume deve ser administrada
com precaução.
Estenose aórtica / cardiomiopatia hipertrófica
Os inibidores da ECA não devem ser utilizados em doentes com estenose da aorta ou
obstrução do fluxo ventricular esquerdo.
Neutropenia/ agranulocitose e depressão da medula óssea
Em doentes a tomar inibidores da ECA foi observada neutropenia/ agranulocitose e
depressão da medula óssea. Estas reações são mais frequentes em doentes com
compromisso
renal,
especialmente
apresentam
doenças
vasculares
colagénio (por exemplo, lúpus eritematoso disseminado e esclerodermia) bem como
os submetidos a tratamento imunossupressor com fármacos que têm um elevado
risco potencial de leucopenia. A neutropenia é reversível após a descontinuação do
inibidor
ECA.
melhor
prevenção
seguir
rigorosamente
doses
recomendadas. Se um tratamento com um inibidor da ECA for de facto necessário
nestes doentes de risco, deve ser avaliada cuidadosamente a relação benefício/
risco. Deve ser considerada uma monitorização regular dos níveis de glóbulos
brancos e de proteínas na urina em doentes que apresentam doenças vasculares do
colagénio
(por
exemplo,
lúpus
eritematoso
disseminado
esclerodermia),
especialmente associadas a compromisso da função renal e terapêutica concomitante
particularmente
corticosteroides
antimetabólicos,
tratamento
alopurinol ou procainamida.
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Proteinúria
A proteinúria pode ocorrer particularmente em doentes com compromisso da função
renal existente ou em doentes a tomar doses relativamente elevadas de inibidores
da ECA. O trandolapril só deve ser administrado após uma avaliação criteriosa da
relação benefício/ risco do tratamento de doentes com proteinúria clinicamente
relevante (superior a 1 g/dia).
Reações anafilactoides durante a dessensibilização contra animais
Raramente, os doentes tratados com inibidores da ECA durante a dessensibilização
contra venenos animais apresentaram reações anafilactoides que podem pôr em
risco a vida. Estas reações foram evitadas pela suspensão temporária da terapêutica
com o inibidor da ECA antes de cada dessensibilização.
Reações anafilactoides durante a aférese de LDL
Raramente, os doentes tratados com inibidores da ECA evidenciaram reações
anafilactoides que podem pôr em risco a vida durante a aférese de lipoproteínas de
baixa densidade (LDL) com sulfato de dextrano. Estas reações são evitadas pela
suspensão temporária da administração do inibidor da ECA antes de cada aférese.
Reações anafilactoides durante a hemodiálise
Reações
anafilactoides,
tais
como
rubor
facial,
hipotensão
dispneia,
foram
reportadas em doentes submetidos a diálise com membranas de alto fluxo (por ex.
AN69®) e tratados concomitantemente com um inibidor da ECA. Nestes doentes
deve ser considerada a utilização de um tipo diferente de membranas de diálise ou
de uma classe diferente de anti-hipertensores.
Doentes diabéticos
Em doentes diabéticos tratados com antidiabéticos orais ou insulina, o controlo
glicémico deve ser efetuado rigorosamente durante o primeiro mês de tratamento
com um inibidor da ECA (ver secção 4.5).
Gravidez
Os inibidores da ECA não devem ser iniciados durante a gravidez. A não ser em
situações
manutenção
da terapêutica com inibidores
da ECA
seja
considerada essencial, nas doentes que planeiem engravidar o tratamento deve ser
alterado para anti-hipertensores cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja
estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com inibidores da
ECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada
terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).
População pediátrica
A segurança e eficácia de trandolapril em crianças não foram estudadas.
Interações
Este medicamento NÃO É DE UM MODO GERAL RECOMENDADO em associação com
diuréticos poupadores de potássio, sais de potássio e lítio (ver secção 4.5).
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
Existe evidência de que o uso concomitante de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores
angiotensina
aliscireno
aumenta
risco
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda). O duplo
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INFARMED
bloqueio do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, antagonistas dos
recetores da angiotensina II ou aliscireno, é portanto, não recomendado (ver secções
4.5 e 5.1).
Se a terapêutica de duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta
só deverá ser utilizada sob a supervisão de um especialista e sujeita a uma
monitorização frequente e apertada da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
Contém lactose
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de
lactase de Lapp ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este
medicamento.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Associações não recomendadas (ver secção 4.4)
Potássio ou diuréticos poupadores de potássio: amilorida, canrenoato de potássio,
esprironolactona, triamtereno, potássio (sais):
A administração concomitante de potássio ou de diuréticos poupadores de potássio
aumenta o risco de hipercaliemia, particularmente em caso de insuficiência renal,
diabetes mellitus e/ou disfunção ventricular esquerda após enfarte do miocárdio. No
estudo
aleatorizado,
controlado
placebo,
grupo
paralelo
Avaliação
Cardiológica do Trandolapril (TRAndolapril Cardiac Evaluation - TRACE) em doentes
sobreviveram
enfarte
agudo
miocárdio
disfunção
sistólica
ventricular esquerda residual, a hipercaliemia foi observada como um acontecimento
adverso em 5% (0,2% relacionado) e em 3% dos indivíduos (nenhum relacionado)
nos grupos de trandolapril e placebo, respetivamente. Oitenta (80%) indivíduos
neste estudo receberam diuréticos (ver secção 4.4). Caso esta associação seja
considerada necessária, é essencial efetuar a monitorização frequente do potássio
sérico.
Lítio:
O uso concomitante pode conduzir ao aumento das concentrações plasmáticas de
lítio, potencialmente até níveis tóxicos (reduz a excreção renal de lítio). A utilização
do trandolapril com o lítio não é recomendada, mas se a mesma for considerada
necessária, deve ser efetuada uma monitorização cuidadosa dos níveis séricos de
lítio
Anestésicos:
Os inibidores da ECA podem aumentar os efeitos hipotensores de certos agentes
anestésicos para inalação.
Associações que requerem precaução de utilização
Diuréticos tiazídicos e da ansa:
Os doentes submetidos a tratamento com diuréticos, especialmente os doentes que
iniciaram recentemente o tratamento ou doentes com depleção de volume e/ou de
sal, podem desenvolver uma queda brusca da pressão arterial e/ou falência pré-renal
após o início do tratamento com inibidores da ECA. O risco de episódios hipotensivos
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pode ser reduzido pela descontinuação dos diuréticos, por um aumento prévio da
ingestão de sal e iniciando o tratamento com doses mais baixas do inibidor da ECA.
Futuros aumentos de dose devem ser efetuados com precaução. O trandolapril pode
atenuar a perda de potássio causada pelos diuréticos tiazídicos e da ansa.
Agentes anti-hipertensores:
A associação de trandolapril e outros anti-hipertensores pode potenciar a resposta
anti-hipertensiva dos inibidores da ECA. Fármacos bloqueadores adrenérgicos só
podem ser usados concomitantemente sob supervisão cuidadosa.
Os dados de ensaios clínicos têm demonstrado que o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) através do uso combinado de inibidores da
ECA, antagonistas dos recetores da angiotensina II ou aliscireno está associado a
maior
frequência
acontecimentos
adversos,
tais
como
hipotensão,
hipercaliemia e função renal diminuída (incluindo insuficiência renal aguda) em
comparação com o uso de um único fármaco com ação no SRAA (ver secções 4.3,
4.4 e 5.1).
Opiáceos/Agentes antipsicóticos:
Pode ocorrer hipotensão postural devida à sua administração concomitante.
Alopurinol,
procainamida,
citostáticos
imunossupressores,
corticosteroides
sistémicos:
Quando utilizados concomitantemente com inibidores da ECA, pode haver risco
aumentado de leucopenia.
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides:
Como acontece com todos os anti-hipertensores, os anti-inflamatórios não esteroides
(como o ácido acetilsalicílico em regimes de dose anti-inflamatória, inibidores da
COX-2 e AINEs não seletivos), podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos do
trandolapril. O uso concomitante de inibidores da ECA e de AINEs pode levar a um
aumento do risco de agravamento da função renal, incluindo possível insuficiência
renal aguda e um aumento do potássio sérico. Estes efeitos são, em princípio,
reversíveis e ocorrem, especialmente, em doentes com uma função renal pobre
preexistente. A associação deve ser administrada com precaução especialmente em
pessoas mais idosas. Os doentes devem ser adequadamente hidratados, devendo ser
tida em consideração a monitorização da função renal e da pressão arterial após o
início ou descontinuação do tratamento concomitante e depois periodicamente.
Simpaticomiméticos:
Os simpaticomiméticos podem reduzir o efeito hipotensor dos inibidores da ECA. O
doente deve ser acompanhado de perto para garantir que o efeito desejado é
atingido.
Antidiabéticos (insulina, sulfonamidas hipoglicémicas):
Como com todos os inibidores da ECA, o uso concomitante de medicamentos
antidiabéticos (insulina ou agentes hipoglicémicos orais) pode causar um aumento
dos níveis de glucose no sangue por diminuição do seu efeito, com maior risco de
hipoglicemia.
este
motivo,
níveis
glucose
sanguínea
devem
cuidadosamente
monitorizados
diabéticos
particularmente
início
tratamento ou quando se procede a um aumento da dose de um inibidor da ECA.
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26-07-2017
INFARMED
Antiácidos:
A administração concomitante pode levar a uma redução da biodisponibilidade dos
inibidores da ECA. Por este motivo, a administração de trandolapril e de antiácidos
deve ser feita com pelo menos 2 horas de intervalo.
Neurolépticos ou antidepressivos tricíclicos:
Há um aumento do risco de hipotensão ortostática, em associação com neurolépticos
ou antidepressivos tricíclicos, como acontece com todos os outros anti-hipertensivos.
Inibidores da mTOR (por ex., sirolímus, everolímus, temsirolímus)
Os doentes em terapêutica concomitante com inibidores da mTOR podem ter risco
acrescido de angioedema (consultar a secção 4.4).
Cotrimoxazol (trimetoprim/sulfametoxazol):
Os doentes que tomam concomitantemente cotrimoxazol
(trimetoprim/sulfametoxazol) podem ter risco acrescido de hipercaliemia (consultar
secção 4.4).
Ouro:
Foram notificadas raramente reações nitritoides (sintomas que incluem rubor facial,
náuseas, vómitos e hipotensão) em doentes em terapêutica concomitante com ouro
injetável (aurotiomalato de sódio) e inibidores da ECA.
Álcool:
O consumo de álcool aumenta o efeito hipotensor de trandolapril.
Utilização de membranas de hemodiálise de poliacrilonitrilo de alto fluxo:
Foram notificados casos de reações anafilactoides às membranas de poliacrilonitrilo
de alto fluxo utilizadas na hemodiálise, em doentes tratados com inibidores da ECA.
Assim como para outros anti-hipertensores desta classe terapêutica, esta associação
deverá ser evitada quando se prescreve inibidores da ECA a doentes a fazer diálise
renal.
Ausência de interações com outros medicamentos:
Em estudos realizados em voluntários saudáveis, não foram observadas interações
farmacocinéticas quando o trandolapril foi associado com a digoxina, furosemida,
nifedipina, glibenclamida, propanolol ou cimetidina. As propriedades anticoagulantes
da varfarina não foram afetadas pela administração concomitante de trandolapril.
Não foram observadas interações clínicas em doentes com disfunção ventricular
esquerda após enfarte agudo do miocárdio, quando o trandolapril foi administrado
associação
trombolíticos,
ácido
acetilsalicílico,
bloqueadores-beta,
antagonistas do cálcio, nitratos, anticoagulantes, diuréticos ou digoxina.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A administração de inibidores da ECA não é recomendada durante o primeiro
trimestre de gravidez (ver secção 4.4). A administração de inibidores da ECA está
contraindicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secções 4.3
e 4.4).
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição
aos inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva;
contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. A não ser que a
manutenção do tratamento com inibidores da ECA seja considerada essencial, nas
doentes que planeiem engravidar a medicação deve ser substituída por terapêuticas
anti-hipertensoras alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja
estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com inibidores da
ECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada
terapêutica alternativa.
A exposição aos inibidores da ECA durante o segundo e terceiro trimestres de
gravidez está reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos
(diminuição da função renal, oligoidrâmnios, atraso na ossificação do crânio) e
toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) (ver secção 5.3).
No caso da exposição ao inibidor da ECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre
de gravidez, recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e dos
ossos do crânio. Lactentes cujas mães estiveram expostas a inibidores da ECA
devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão (ver
secções 4.3 e 4.4).
Amamentação
Uma vez que não se encontra disponível informação sobre a utilização de trandolapril
durante
amamentação,
trandolapril
não
recomendado
são
preferíveis
terapêuticas alternativas cujo perfil de segurança durante o aleitamento esteja
estabelecido, particularmente em lactentes recém-nascidos ou pré-termo.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Tendo em conta as propriedades farmacológicas do trandolapril, não são esperados
efeitos especiais.
Devido às diferenças individuais nas reações aos inibidores da ECA, a capacidade de
conduzir ou utilizar máquinas pode estar reduzida devido aos efeitos secundários
observados, tais como tonturas e fadiga.
Isto pode ocorrer especialmente no início do tratamento ou após mudança de
medicação, após um aumento de dose ou durante a utilização concomitante com
álcool. Portanto, após a primeira dose ou após aumentos de dose subsequentes, não
é aconselhável conduzir ou operar máquinas durante várias horas.
4.8 Efeitos indesejáveis
A tabela seguinte apresenta reações adversas notificadas no contexto de ensaios
clínicos
hipertensão
(n=2.520)
pós-enfarte
miocárdio
(n=876)
experiência pós-comercialização com trandolapril.
Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por
ordem decrescente de gravidade, quando a gravidade pode ser avaliada.
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Os efeitos indesejáveis estão listados abaixo utilizando a seguinte convenção sobre
frequência:
Muito frequentes (≥1/10)
Frequentes (≥1/100 a <1/10)
Pouco frequentes (≥1/1.000 a <1/100)
Raros (≥1/10.000 a <1/1.000)
Muito raros (<1/10.000),
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Infeções e infestações
Pouco frequentes
Raros
Infeção
trato
respiratório
superior.
Infeção
trato
urinário,
bronquite, faringite.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Raros
Desconhecido
Leucopenia, anemia, anomalia das
plaquetas,
alteração
leucócitos.
Agranulocitose,
pancitopenia,
contagem de plaquetas diminuída,
hemoglobina
diminuída,
hematócrito diminuído.
Doenças do sistema imunitário
Raros
Hipersensibilidade
Doenças do metabolismo e da nutrição
Raros
Desconhecido
Hiperglicemia,
hiponatremia,
hipercolesterolemia,
hiperlipidemia,
hiperuricemia,
gota,
anorexia,
aumento
apetite, anormalidade enzimática.
Hipercaliemia
Perturbações do foro psiquiátrico
Pouco frequentes
Raros
Insónia, diminuição da libido.
Alucinação,
depressão,
perturbações do sono, ansiedade,
agitação, apatia, nervosismo.
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Desconhecido
Cefaleias, tonturas.
Sonolência.
Acidente
vascular
cerebral,
síncope,
mioclonia,
parestesia,
enxaqueca, enxaqueca sem aura,
disgeusia.
Acidente
isquémico
transitório,
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
hemorragia cerebral, perturbações
do equilíbrio.
Afeções oculares
Raros
Blefarite,
edema
conjuntival,
alteração da visão, doença ocular
Afeções do ouvido e do labirinto
Pouco frequentes
Raros
Vertigens
Zumbido
Doenças cardíacas
Pouco frequentes
Raros
Desconhecido
Palpitações
Enfarte do miocárdio, isquemia do
miocárdio,
angina
peito,
insuficiência cardíaca, taquicardia
ventricular,
taquicardia,
bradicardia
Bloqueio
auriculoventricular,
paragem
cardíaca,
arritmia,
eletrocardiograma anormal
Vasculopatias
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Hipotensão*
Afrontamentos
Hipertensão,
angiopatia,
hipotensão
ortostática,
doença
vascular periférica, veia varicosa
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Desconhecido
Tosse
Inflamação
trato
respiratório
superior,
congestão
trato
respiratório superior
Dispneia, epistaxe, inflamação da
faringe,
orofaríngea,
tosse
produtiva,
perturbação
respiratória, irritação da garganta,
rinorreia
Broncospasmo.
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Raros
Náuseas, diarreia, obstipação, dor
gastrointestinal,
perturbação
gastrointestinal
Hematemese,
gastrite,
vómitos,
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Desconhecido
abdominal,
dispepsia,
boca
seca, flatulência.
Íleo, pancreatite.
Afeções hepatobiliares
Raros
Muito raros
Desconhecido
Hepatite, hiperbilirrubinemia
Colestase
Icterícia, teste da função hepática
anormal,
transaminases
aumentadas
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes
Raros
Desconhecido
Prurido, erupção cutânea
Angioedema,
hiperidrose,
psoríase, eczema, acne, pele seca,
alterações da pele, urticária
Síndrome
Stevens-Johnson,
necrólise
epidérmica
tóxica,
alopécia
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Pouco frequentes
Raros
costas,
espasmos
musculares,
dores
extremidades
Mialgia,
artralgia,
óssea,
osteoartrite
Doenças renais e urinárias
Raros
Desconhecido
Insuficiência
renal,
azotemia,
poliúria, polaquiúria.
Aumento
creatinina
sérica,
ureia
sangue
aumentada,
proteinúria
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Pouco frequentes
Disfunção erétil
Afeções congénitas, familiares e genéticas
Raros
Malformação
arterial
congénita,
ictiose
Perturbações gerais e alterações no local de
administração
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Astenia
Mal-estar
geral,
peito,
edema
periférico,
sensação
indisposição
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Desconhecido
Edema, fadiga
Pirexia
Exames complementares de diagnóstico
Muito raros
Desconhecido
Gama-glutamiltransferase
aumentada,
lípase
aumentada,
imunoglubulina aumentada.
Ureia sérica aumentada, creatinina
sérica
aumentada,
contagem
plaquetas
diminuída,
testes
função
hepática
aumentados
(incluindo AST e ALT), fosfatase
alcalina
sangue
aumentada,
lactato desidrogenase no sangue
aumentada,
teste
laboratório
anormal
Complicações
intervenções
relacionadas
com lesões e intoxicações
Raros
Lesão
* De acordo com o estudo clinico TRACE (n=876), a hipotensão tem uma frequência
frequente
doentes
disfunção
ventricular
esquerda
após
enfarte
miocárdio. Contudo, tem uma frequência pouco frequente nos doentes provenientes
de ensaios clínicos de hipertensão (n=2.520).
Efeitos indesejáveis notificados para os inibidores da ECA como classe (frequência
não referida):
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Anemia hemolítica, eosinofilia e/ou ANA (anticorpos antinucleares) aumentados
Doenças do sistema nervoso
Estado confusional
Afeções oculares
Visão turva
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Sinusite, rinite, glossite
Doenças gastrointestinais:
Angioedema intestinal
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Eritema multiforme, eflorescências semelhantes a psoríase
Afeções congénitas, familiares e genéticas
Anemia
hemolítica
deficiência
congénita
(glucose-6-fosfato
desidrogenase)
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21798 73 97
Sítio da internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
Sintomas
As doses mais elevadas utilizadas em estudos clínicos são de 32 mg (administrada
como dose única a voluntários saudáveis) e de 16 mg (doses repetidas em doentes
hipertensos) respetivamente.
Os sintomas de sobredosagem são hipotensão grave, choque, estupor, bradicardia,
alterações eletrolíticas e insuficiência renal.
Tratamento
Após
ingestão
sobredosagem,
doente
deve
cuidadosamente
monitorizado, preferencialmente numa unidade de cuidados intensivos. Os eletrólitos
séricos e a creatinina sérica devem ser avaliados frequentemente. As medidas
terapêuticas dependem da gravidade dos sintomas. Caso a ingestão tenha sido
recente devem-se tomar medidas para eliminar o trandolapril (por exemplo, emese,
lavagem gástrica, administração de adsorventes e sulfato de sódio).
Em caso de hipotensão sintomática, o doente deverá ser colocado em posição de
choque e deve ser iniciado, assim que possível, tratamento com soro fisiológico ou
com outras formas de expansão do plasma. Pode ser considerado o tratamento com
angiotensina II num centro especializado. Reações vasovagais graves ou bradicardia
devem ser tratadas com atropina. Deve considerar-se recorrer ao tratamento com
pacemaker.
Não se sabe se o trandolaprilato pode ser eliminado do organismo por hemodiálise
num grau clinicamente significativo.
Não há antidoto específico para uma sobredosagem com trandolapril.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Grupo
farmacoterapêutico:
3.4.2.1
Inibidores
Enzima
Conversão
Angiotensina
Classificação ATC: C09A A10
Mecanismo de ação
O trandolapril é um pró-fármaco rapidamente hidrolisado por uma via não específica,
no metabolito ativo de longa duração, potente, trandolaprilato (outros metabolitos
são inativos) e atua como um inibidor da enzima de conversão da angiotensina
(inibidor da ECA) ativo por via oral, sem um grupo sulfidrilo. Adicionalmente à
inibição da ECA plasmática, o trandolapril evidenciou experimentalmente inibir
também a ECA tecidular (particularmente vascular, cardíaca e suprarrenal). A
relevância clínica da inibição tecidular da ECA não foi estabelecida no ser humano.
A enzima conversora da angiotensina é uma peptidil-peptidase, que catalisa a
transformação da angiotensina I na angiotensina vasoconstritora II e favorece o
metabolismo da bradiquinina em fragmentos inativos.
Baixas doses de trandolapril induzem uma inibição potente da ECA, a qual diminui a
produção de angiotensina II, reduz a secreção de aldosterona e aumenta a atividade
plasmática da renina por inibição de um mecanismo de regulação de feedback
negativo.
O trandolapril modula assim o sistema renina-angiotensina-aldosterona o qual
desempenha um papel significativo na regulação do volume e da pressão sanguínea.
A inibição da degradação da bradiquinina, da libertação das prostaglandinas e a
redução da atividade do sistema nervoso simpaticomimético são outros mecanismos
de ação que podem ser importantes para a atividade vasodilatadora dos inibidores
da ECA.
Efeitos farmacodinâmicos
As propriedades de trandolapril poderão explicar os resultados obtidos na regressão
da hipertrofia cardíaca com melhoria da função diastólica e melhoria da compliance
arterial
homem.
Adicionalmente
sido
observada
diminuição
hipertrofia vascular nos animais.
A redução na resistência periférica induzida pelo trandolapril não está associada a
retenção de líquidos ou sais nem a taquicardia.
A administração de trandolapril em doentes hipertensos origina uma redução na
pressão
arterial
sistólica
diastólica.
trandolapril
exerce
efeito
anti-
hipertensivo que é independente dos níveis plasmáticos de renina.
No homem o efeito anti-hipertensivo do trandolapril é evidente uma hora após a
administração e persiste durante pelo menos 24 horas, permitindo a administração
de uma dose única diária. O trandolapril não afeta o ritmo circadiano (24 horas) da
pressão arterial.
efeito
anti-hipertensivo
mantido
tratamento
longo
prazo
desenvolvimento de tolerância. Não se observa qualquer efeito “rebound” após a
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
descontinuação do tratamento. O tratamento com trandolapril garante uma melhoria
significativa da qualidade de vida do doente.
A associação com um diurético ou com um antagonista do cálcio potencia o efeito
anti-hipertensivo do trandolapril.
Eficácia e segurança clínicas
Foi realizado um estudo clínico multicêntrico, controlado com placebo em doentes
com disfunção ventricular esquerda após enfarte agudo do miocárdio. Um total de
1749 doentes foram aleatorizados para receber placebo ou trandolapril a partir do 3º
dia após o enfarte agudo do miocárdio tendo sido seguidos durante um período de
pelo menos 24 meses.
tratamento
trandolapril
resultou
numa
redução
taxa
mortalidade total, 25% de redução da taxa de mortalidade cardiovascular, 24% de
redução do risco de morte súbita, 29% de redução na incidência da insuficiência
cardíaca resistente ou grave e 14% de redução do enfarte de miocárdio recorrente.
Comparativamente ao placebo os doentes tratados com trandolapril evidenciaram
uma redução significativa dos sintomas de insuficiência cardíaca, edema periférico,
dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna e fadiga.
Dois grandes estudos aleatorizados e controlados (ONTARGET (“ONgoing Telmisartan
Alone and in combination with Ramipril Global Endpoint Trial”) e VA NEPHRON-D
(“The
Veterans
Affairs
Nephropathy
Diabetes”))
têm
examinado
associação de um inibidor da ECA com um antagonista dos recetores da angiotensina
O estudo ONTARGET foi realizado em doentes com história de doença cardiovascular
ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus tipo 2 acompanhada de evidência de lesão
de órgão-alvo. O estudo VA NEPHRON-D foi conduzido em doentes com diabetes
mellitus tipo 2 e nefropatia diabética.
Estes estudos não mostraram nenhum efeito benéfico significativo nos resultados
renais e/ou cardiovasculares e mortalidade,
enquanto foi
observado um
risco
aumentado
hipercaliemia,
insuficiência
renal
aguda
e/ou
hipotensão,
comparação
monoterapia.
Dadas
suas
propriedades
farmacodinâmicas
semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA
e antagonistas dos recetores da angiotensina II.
Os inibidores da ECA e os antagonistas dos recetores da angiotensina II não devem
assim, ser utilizados concomitantemente em doentes com nefropatia diabética.
O estudo ALTITUDE (“Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes Using Cardiovascular and
Renal Disease Endpoints”) foi concebido para testar o benefício da adição de
aliscireno a uma terapêutica padrão com um inibidor da ECA ou um antagonista dos
recetores da angiotensina II em doentes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal
crónica, doença cardiovascular ou ambas. O estudo terminou precocemente devido a
um risco aumentado de resultados adversos. A morte cardiovascular e o acidente
vascular cerebral foram ambos numericamente mais frequentes no grupo tratado
com aliscireno, do que no grupo tratado com placebo e os acontecimentos adversos
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
acontecimentos
adversos
graves
interesse
(hipercaliemia,
hipotensão
disfunção renal) foram mais frequentemente notificados no grupo tratado com
aliscireno que no grupo tratado com placebo.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Trandolapril
rapidamente
absorvido
após
administração
oral.
quantidade
absorvida corresponde a 40 a 60% da dose administrada e não é afetada pela
presença de alimentos. Cerca de 36% do trandolapril absorvido é metabolizado em
trandolaprilato. A biodisponibilidade do trandolaprilato é de cerca de 13% após a
administração oral do trandolapril.
Distribuição
O pico de concentração plasmática do trandolapril é atingido ao fim de cerca de 30
minutos após a administração. O trandolapril desaparece rapidamente do plasma
com um tempo de semivida inferior a 1 hora.
Biotransformação
O trandolapril é hidrolisado no seu metabolito ativo trandolaprilato, um inibidor
específico
(enzima
conversão
angiotensina).
quantidade
trandolaprilato formada não é modificada pelo consumo de alimentos. O pico de
concentração plasmática do trandolaprilato é atingido ao fim de cerca de 3-8 horas
após a administração.
No plasma, a taxa de ligação às proteínas é superior a 80%. É uma ligação saturável
e com uma grande afinidade à ECA. O trandolaprilato liga-se também de forma não
saturável à albumina.
Após
administrações
repetidas
doses
únicas
trandolaprilato,
estado
estacionário é atingido dentro de quatro dias, tanto em indivíduos saudáveis como
em indivíduos hipertensos jovens ou mais idosos bem como nos doentes com
insuficiência cardíaca. A semivida efetiva do trandolaprilato está compreendida entre
15 e 23 horas.
Eliminação
A excreção do trandolaprilato não metabolizado na urina corresponde a cerca de 9-
dose
administrada.
Após
administração
oral
produto
marcado
radioactivamente, 33% da radioatividade é detetada na urina e 66% nas fezes. A
depuração renal do trandolaprilato depende da dose administrada e varia de 0,5 a 4
litros por hora.
Insuficiência renal:
A depuração renal do trandolaprilato (cerca de 70 ml/min) é proporcional à
depuração
creatinina.
concentrações
plasmáticas
trandolaprilato
são
significativamente mais elevadas em doentes com uma depuração da creatinina ≤30
ml/min e em doentes sujeitos a hemodiálise. Nestes doentes recomenda-se proceder
a um ajuste de dose (ver 4.2).
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Após a administração de doses repetidas em doentes com insuficiência renal crónica,
o estado estacionário é igualmente atingido ao fim de 4 dias, independentemente do
grau da insuficiência renal.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Estudos
toxicidade
oral
aguda
trandolapril
metabolito
ativo,
trandolaprilato, realizados em ratos e ratinhos mostraram que ambos os compostos
não são tóxicos para valores de DL50 superiores a 4.000 mg/kg.
Estudos de toxicidade oral de dose repetida foram avaliados em ratos e cães durante
18 e 12 meses respetivamente.
Nestes estudos, as principais observações foram a anemia (doses de 20 mg/Kg/dia e
superiores no rato estudo de 30 dias e de 25 mg/Kg/dia e superiores no cão no
estudo de 6 meses), irritação e ulceração gástrica (doses de 20 mg/kg/dia e
superiores em ratos no estudo de 30 dias e 125 mg/kg/dia em cães no estudo de 6
meses) e lesões renais (20 mg/kg/dia e superiores no em ratos no estudo de 30 dias
e 10 mg/kg/dia em cães em estudo de 30 dias). Foram também vistas lesões renais
nos estudos de 6 meses no rato e no cão (com doses de 0,25 e 25 mg/kg/dia
respetivamente); Estes efeitos foram reversíveis após suspensão do tratamento.
Efeitos em estudos não clínicos foram observados somente em casos de exposições
consideradas
suficientemente
excesso
relativamente
doses
máximas
recomendadas para o homem embora sem qualquer relevância do ponto de vista
clínico. Estas incluem anemia e irritação e ulceração gástrica.
Estudos de toxicidade reprodutiva evidenciaram um desenvolvimento renal afetado
com um aumento de incidência da dilatação renal pélvica, após doses de pelo menos
10 mg/kg/dia, embora o desenvolvimento normal das crias não tenha sido afetado.
O trandolapril não evidenciou ser mutagénico ou carcinogénico.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Dimeticone
Celulose microcristalina
Lactose mono-hidratada
Amido de milho pré-gelatinizado
Sílica coloidal anidra
Estearato de magnésio
Invólucro da cápsula de 0,5 mg:
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Eritrosina (E127)
Amarelo sunset (E110)
Amarelo de quinoleína (E104)
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
Invólucro da cápsula de 2 mg:
Gelatina
Dióxido de titânio (E171)
Eritrosina (E127)
Amarelo sunset (E110)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25ºC.
Conservar na embalagem de origem.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister (PVC/PE/PVDC/Al)
14, 20, 28, 30, 50, 56, 84, 90 e 100 cápsulas.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C - 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
0,5 mg:
Registo nº 5222674 no Infarmed, I.P.- Blister 14 unidades
Registo nº 5222708 no Infarmed, I.P.- Blister 28 unidades
Registo nº 5222716 no Infarmed, I.P.- Blister 56 unidades
2 mg:
Registo nº 5222724 no Infarmed, I.P.- Blister 14 unidades
Registo nº 5222732 no Infarmed, I.P.- Blister 28 unidades
Registo nº 5222740 no Infarmed, I.P.- Blister 56 unidades
APROVADO EM
26-07-2017
INFARMED
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data de autorização: 25-08-2009
Data de aprovação da última renovação: 15-11-2016
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Junho de 2017