Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
15-01-2019
15-01-2019
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o doente
Tramadol Mylan 100 mg comprimidos de libertação prolongada
Tramadol Mylan 150 mg comprimidos de libertação prolongada
Tramadol Mylan 200 mg comprimidos de libertação prolongada
Cloridrato de tramadol
Leia
atenção
todo
este
folheto
antes
começar
tomar
este
medicamento pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver
secção 4.
O que contém este folheto:
O que é Tramadol Mylan e para que é utilizado
O que precisa de saber antes de tomar Tramadol Mylan
Como tomar Tramadol Mylan
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Tramadol Mylan
Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é Tramadol Mylan e para que é utilizado
Tramadol Mylan contém a substância ativa cloridrato de tramadol. O cloridrato de
tramadol é um analgésico que pertence à classe dos opioides e que atua sobre o
sistema nervoso central. Este medicamento alivia a dor através da sua ação sobre
células nervosas específicas na espinal medula e no cérebro.
Tramadol Mylan está indicado no tratamento da dor moderada a intensa em adultos
e crianças com idade superior a 12 anos.
O que precisa de saber antes de tomar Tramadol Mylan
Não tome Tramadol Mylan:
se tem alergia ao tramadol ou a qualquer outro componente deste medicamento
(indicados
secção 6).
reação
alérgica
pode
incluir
erupção
pele,
comichão, dificuldade em respirar ou inchaço da face, lábios, garganta ou língua.
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se bebeu uma grande quantidade de álcool ou se tiver tomado muitos comprimidos
para dormir, analgésicos, opiáceos ou outros medicamentos psicotrópicos (fármacos
que afetam o humor e as emoções).
se também estiver a tomar inibidores da MAO (inibidores da monoamino oxidase
usados para o tratamento da depressão ou da doença de Parkinson) ou se os tomou
nos últimos 14 dias antes do tratamento com Tramadol Mylan.
se tem epilepsia e as suas crises não estão adequadamente controladas com o
tratamento.
em substituição de medicamentos para o tratamento de sintomas de privação.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Tramadol Mylan se:
pensa estar dependente de outros analgésicos (opioides).
sofrer de um aumento de pressão cerebral, causando sintomas como dor de cabeça
e vómitos (possível após traumatismos cranianos ou doença cerebral).
sofrer de perturbações ao nível da consciência (por ex., se sente que vai desmaiar).
estiver em estado de choque (os suores frios podem ser um sinal deste estado).
sentir dificuldades em respirar.
sofrer de epilepsia ou ataques epiléticos, porque o risco de um ataque pode
aumentar.
sofrer de uma doença do fígado ou dos rins.
Nestes casos por favor consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
O tramadol é transformado no fígado por uma enzima. Algumas pessoas têm uma
alteração desta enzima, o que as pode afetar de diferentes formas. Enquanto
algumas pessoas podem não ter alívio da dor suficiente, outras pessoas são mais
suscetíveis a apresentarem efeitos secundários graves. Se notar algum dos seguintes
efeitos secundários, deve deixar de tomar este medicamento e procurar assistência
médica
imediatamente:
respiração
lenta
superficial,
confusão,
sonolência,
contração das pupilas, náuseas (enjoos) ou vómitos, obstipação (prisão de ventre),
falta de apetite.
Durante o tratamento
Foram registados ataques epiléticos em doentes que tomavam tramadol nas doses
recomendadas. O risco pode aumentar quando as doses de tramadol ultrapassam o
limite diário recomendado (400mg).
Deve ter em conta que Tramadol Mylan pode provocar dependência física e psíquica.
O uso prolongado de Tramadol Mylan pode diminuir o efeito terapêutico obrigando à
ingestão de doses mais elevadas (desenvolvimento de tolerância). Os doentes com
tendência para o abuso ou dependência de medicamentos só devem ser tratados
com este medicamento durante pouco tempo e sob rigorosa vigilância médica. Deve
também informar o seu médico, caso algum destes problemas ocorra durante o
tratamento com Tramadol Mylan ou tiver ocorrido em tratamentos anteriores.
Crianças e adolescentes
Utilização em crianças com problemas respiratórios
O tramadol não é recomendado em crianças com problemas respiratórios, uma vez
que os sintomas de toxicidade do tramadol podem ser piores nestas crianças.
Outros medicamentos e Tramadol Mylan
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Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos, incluindo medicamentos
obtidos sem receita médica, medicamentos à base de plantas ou algum dos
seguintes:
Não tome Tramadol Mylan conjuntamente ou durante o período de 14 dias após ter
tomado inibidores da MAO (por ex., moclobemida ou fenelzina para a depressão,
selegilina para a doença de Parkinson).
O efeito analgésico de Tramadol Mylan pode ser reduzido ou a duração de ação pode
estar diminuída, se tomar medicamentos que contêm:
carbamazepina (usada para tratar a epilepsia).
outros opioides (isto é, buprenorfina, nalbufina ou pentazocina (analgésicos)).
ondansetrom (prevenção de náuseas).
O risco de efeitos secundários aumenta:
Se tomar tranquilizantes, medicamentos para dormir, outros analgésicos como a
morfina e a codeína (também usada como antitússico), e álcool, enquanto toma este
medicamento. Poderá sentir-se mais sonolento ou sentir que vai desmaiar. Se isto
acontecer, por favor informe o seu médico.
Se tomar medicamentos que possam causar convulsões (ataques), como certos
antidepressivos (por ex., inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs),
inibidores
seletivos
recaptação
serotonina-noradrenalina
(ISRSN),
antidepressivos tricíclicos) ou antipsicóticos. O risco de desenvolvimento de uma
crise convulsiva pode aumentar se tomar este medicamento ao mesmo tempo. O seu
médico indicar-lhe-á se Tramadol Mylan é adequado para si.
Se toma certos antidepressivos (por ex., inibidores seletivos da recaptação da
serotonina (ISRSs), inibidores seletivos da recaptação da serotonina-noradrenalina
(ISRSN), antidepressivos tricíclicos ou mirtazapina). Tramadol Mylan pode interagir
com estes medicamentos e poderá apresentar sintomas como contrações musculares
rítmicas, involuntárias, incluindo os músculos que controlam os movimentos dos
olhos,
agitação,
transpiração
excessiva,
tremor,
exagero
reflexos,
tensão
muscular aumentada, temperatura corporal acima dos 38°C.
Se tomar anticoagulantes cumarínicos (medicamentos para tornar o sangue mais
fluido) como a varfarina por exemplo, juntamente com este medicamento. O efeito
destes medicamentos na coagulação sanguínea pode ser afetado, podendo haver o
aparecimento de hemorragia.
A utilização concomitante de Tramadol Mylan e de medicamentos sedativos, como as
benzodiazepinas
fármacos
relacionados,
aumenta
risco
sonolência,
dificuldades em respirar (depressão respiratória), coma e pode colocar a vida em
risco. Por conseguinte, a utilização concomitante só deverá ser considerada quando
não forem possíveis outras opções de tratamento.
Contudo, se o seu médico lhe prescrever Tramadol Mylan em conjunto com
medicamentos sedativos, a dose e a duração do tratamento concomitante devem ser
limitadas pelo seu médico.
Informe o seu médico sobre todos os medicamentos sedativos que está a tomar e
siga cuidadosamente as recomendações posológicas do seu médico. Pode ser útil
informar amigos ou familiares para que estejam atentos aos sinais e sintomas
referidos acima. Contacte o seu médico se tiver algum destes sintomas.
Tramadol Mylan com alimentos, bebidas e álcool
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Não beba álcool durante o tratamento com Tramadol Mylan, uma vez que os seus
efeitos poderão ser potenciados. Os alimentos não influenciam o efeito de Tramadol
Mylan.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento. Existe
informação muito reduzida sobre a segurança do tramadol na gravidez humana.
Caso esteja grávida, não deverá usar Tramadol Mylan. O uso crónico durante a
gravidez poderá originar sintomas de privação nos recém-nascidos.
O tramadol é excretado no leite materno. Por este motivo, não deve tomar Tramadol
Mylan mais do que uma vez durante a amamentação, ou em alternativa, se tomar
Tramadol Mylan mais do que uma vez, deve deixar de amamentar.
Com base na experiência em humanos, sugere-se que o cloridrato de tramadol não
influencia a fertilidade masculina ou feminina.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Tramadol Mylan pode causar sonolência, tonturas e visão desfocada, comprometendo
assim as suas reações. Se sentir que as suas reações estão afetadas, não conduza,
não utilize ferramentas elétricas, nem opere máquinas.
Tramadol Mylan contém lactose
Este medicamento contém lactose, um tipo de açúcar. Se foi informado pelo seu
médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este
medicamento.
Como tomar Tramadol Mylan
Dosagem
Tome
este
medicamento
exatamente
como
indicado
pelo
médico
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A posologia deverá ser ajustada à intensidade da sua dor e à sua sensibilidade
individual. Geralmente, deve-se iniciar o tratamento com a dose eficaz mais baixa no
alívio da dor.
Caso não haja outras indicações do seu médico, a dose recomendada é:
Adultos e crianças com mais de 12 anos de idade
Tramadol Mylan 100 mg comprimidos: 1 comprimido (100 mg de cloridrato de
tramadol) duas vezes por dia, de preferência de manhã e à noite.
Se esta dosagem não for suficiente para tratar a dor, a dose pode ser aumentada
para:
Tramadol Mylan 150 mg comprimidos: 1 comprimido (150 mg de cloridrato de
tramadol) duas vezes por dia de preferência de manhã e à noite.
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Tramadol Mylan 200 mg comprimidos: 1 comprimido (200 mg de cloridrato de
tramadol) duas vezes por dia de preferência de manhã e à noite.
O seu médico pode prescrever uma dosagem diferente de Tramadol Mylan, mais
apropriada, caso seja necessário.
Não tome mais de 400 mg de cloridrato de tramadol por dia, a menos que o seu
médico o tenha recomendado.
Utilização em crianças:
Tramadol Mylan não deve ser administrado a crianças com menos de 12 anos de
idade.
Doentes idosos:
Em doentes idosos (mais de 75 anos de idade) pode verificar-se prolongamento da
eliminação do cloridrato de tramadol. Se este facto se aplica a si, o seu médico pode
recomendar o prolongamento do intervalo entre as tomas.
Doentes com doenças no fígado ou nos rins graves (insuficiência) /doentes
em diálise: Doentes com insuficiência grave dos rins e/ou fígado não deverão tomar
Tramadol Mylan. Se a sua situação clínica for ligeira ou moderada, o seu médico
poderá recomendar o prolongamento do intervalo entre as tomas.
Modo de administração
Engula os comprimidos sempre inteiros, com um copo de água, de preferência de
manhã e à noite. Não parta, mastigue ou esmague os comprimidos. Pode tomar
os comprimidos com o estômago vazio ou com alimentos.
Duração do tratamento
O seu médico irá dizer-lhe durante quanto tempo tem de tomar Tramadol Mylan.
Isso vai depender da causa da sua dor. Não deve tomar Tramadol Mylan para além
do tempo necessário. Se necessitar de um tratamento analgésico mais prolongado, o
seu médico irá fazer uma monitorização cuidadosa e regular para decidir se deve
continuar a tomar Tramadol Mylan e em que dose. Se necessário poderá fazer
pausas no seu tratamento. Fale com o seu médico ou farmacêutico, se tem a
impressão que este medicamento é demasiado forte ou demasiado fraco.
Se tomar mais Tramadol Mylan do que deveria
Se tomar (ou outra pessoa tomar) mais Tramadol Mylan do que deveria, deverá
contactar de imediato o seu médico ou o serviço de urgência do hospital mais
próximo. Poderá sentir-se doente, verificar que tem as pupilas muito pequenas
(apertadas), sentir-se tonto devido a uma queda da pressão arterial, perda da
consciência, coma, ataques epiléticos (convulsões) ou ter dificuldades em respirar,
que podem ser graves.
Caso se tenha esquecido de tomar Tramadol Mylan
Caso se tenha esquecido de tomar os comprimidos, é provável que a dor reapareça.
Tome a dose esquecida logo que se lembrar a menos que esteja já próximo da hora
da toma seguinte. Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar.
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Se parar de tomar Tramadol MylanNão deve parar de tomar este medicamento
repentinamente, a menos que o seu médico o tenha indicado. Se quiser parar de
tomar o medicamento, fale primeiro com o seu médico, em especial se o estiver a
tomar há muito tempo. O seu médico irá aconselhá-lo sobre quando e como parar, o
pode
através
diminuição
gradual
dose
para
reduzir
probabilidade
desenvolver
efeitos
secundários
desnecessários
(sintomas
abstinência).
Caso interrompa ou pare o tratamento com este medicamento demasiado cedo, é
provável que a dor reapareça. Se quiser interromper o tratamento devido a efeitos
desagradáveis, por favor fale com o seu médico.
Após a suspensão do tratamento com Tramadol Mylan geralmente não ocorrem
quaisquer efeitos desagradáveis. No entanto, em casos raros, doentes a tomar
Tramadol
Mylan
durante
períodos
prolongados
podem
sentir-se
interromperem abruptamente a administração. Podem sentir-se agitados, ansiosos,
nervosos ou com tremores. Poderão estar confusos, hiperativos, ter dificuldades em
dormir e sofrer de perturbações do estômago ou intestinos.
Muito raramente, os doentes podem sentir confusão, ataques de pânico, ilusões de
perseguição (paranoia), alucinações, alterações da realidade (desrealização) ou
sensação
perda
própria
identidade
(despersonalização).
Podem
ainda
apresentar
perceções
anómalas
como
comichão,
tremor
adormecimento,
zumbidos nos ouvidos (acufenos).
Se apresentar qualquer uma destas queixas após a interrupção de Tramadol Mylan,
por favor consulte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Se sentir algum dos seguintes efeitos, contacte de imediato o seu médico ou o
serviço de urgências.
Raros (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas):
reações alérgicas, como dificuldade em respirar, respiração sibilante ou inchaço da
pele.
face,
língua
e/ou
garganta
inchada
e/ou
dificuldade
engolir
urticária,
conjuntamente com dificuldade em respirar.
choque/paragem circulatória súbita.
ataques epiléticos (convulsões).
Outros efeitos secundários:
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Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em 10 pessoas):
tonturas.
sentir-se enjoado.
Frequentes (podem afetar até 1 em 10 pessoas):
dores de cabeça, sonolência.
sentir-se enjoado, prisão de ventre, boca seca.
cansaço.
transpiração.
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas):
efeitos sobre o coração e a circulação sanguínea (palpitações, aceleração do
batimento cardíaco, sensação de fraqueza ou colapso). Estes efeitos adversos podem
ocorrer particularmente quando o doente se encontre de pé ou esteja sujeito a
esforço físico.
ânsia de vomitar, problemas no estômago (por ex., sensação de pressão no
estômago, enfartamento), diarreia.
reações na pele (ex.: comichão, erupção na pele).
Raros (podem afetar até 1 em 1-000 pessoas):
batimento lento do coração, aumento da pressão arterial.
respiração lenta e falta de ar (dispneia).
alterações do apetite, sensações anormais (por exemplo, comichão, formigueiro,
adormecimento), tremores.
contrações musculares, fraqueza muscular, movimentos descoordenados.
desmaio (síncope).
perturbações da fala.
visão turva, pupila pequena (apertada), pupilas dilatadas.
dificuldades ou dor ao urinar, urinar menos do que o normal.
alucinações (ver, sentir ou ouvir coisas que não são reais), confusão, distúrbios do
sono, ansiedade, alterações no humor e na atenção (delírio) e pesadelos.
Após a administração de Tramadol Mylan podem surgir diversas queixas do foro
psicológico. A intensidade e natureza podem variar (consoante a personalidade do
doente e duração do tratamento). Podem surgir na forma de alterações de humor
(geralmente estado eufórico, ocasionalmente estado de irritação), alteração da
atividade (normalmente diminuição, por vezes intensificação) e estar menos atento e
ser menos capaz de tomar decisões, o que pode levar a erros de julgamento. Pode
verificar-se dependência.
Muito raros (podem afetar até 1 em 10.000 pessoas):
sensação de tonturas ou de vertigens (problemas de equilíbrio (vertigem)).
a face fica nitidamente avermelhada e, frequentemente, noutras áreas da pele
(rubor).
aumento dos valores das enzimas hepáticas.
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
níveis baixos de açúcar no sangue (hipoglicemia).
agravamento da asma, embora ainda não tenha sido estabelecida uma relação
causal com o tratamento com cloridrato de tramadol.
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Se as doses recomendadas forem excedidas, ou se forem tomados em simultâneo
outros medicamentos que provoquem depressão da função cerebral, a respiração
pode ficar mais lenta.
Ao terminar o tratamento, de forma normal ou abruptamente, poderão surgir sinais
de privação (ver “Se parar de tomar Tramadol Mylan”).
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Como conservar Tramadol Mylan
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais conservação.
Não utilize este medicamento se verificar que os comprimidos estão descolorados ou
apresentam outros sinais visíveis de deterioração e consulte o seu farmacêutico que
o irá aconselhar sobre o que deverá fazer.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior ou no frasco, após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Tramadol Mylan
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A substância ativa é o tramadol (sob a forma de cloridrato). Cada comprimido de
libertação prolongada contém 100 mg, 150 mg ou 200 mg de substância ativa.
Os outros componentes são: celulose microcristalina, hipromelose, sílica coloidal
anidra, estearato de magnésio.
O revestimento do comprimido contém o seguinte: hipromelose, lactose mono-
hidratada, talco,
macrogol,
propilenoglicol,
dióxido
titânio.
Tramadol
Mylan
150 mg e 200 mg Comprimidos de libertação prolongada também contém óxido de
ferro vermelho (E172) e laca amarela de quinoleína (E104). Tramadol Mylan 150 mg
Comprimidos de libertação prolongada adicionalmente contém ainda óxido de ferro
castanho (E172).
Qual o aspeto de Tramadol Mylan e conteúdo da embalagem
Tramadol Mylan 100 mg comprimido de libertação prolongada: comprimido branco a
esbranquiçado, redondo, revestido por película, marcado com “M” num dos lados e
“TM1” do outro lado.
Tramadol Mylan 150 mg comprimido de libertação prolongada: comprimido laranja
claro, oval, revestido por película, marcado com “M” num dos lados e “TM2” do outro
lado.
Tramadol Mylan 200 mg comprimido de libertação prolongada: comprimido laranja
acastanhado, em forma de cápsula, revestido por película, marcado com “M” num
dos lados e “TM3” do outro lado.
Tramadol Mylan é apresentado em:
blisters acondicionados em caixas de cartão contendo 10, 20, 20×1, 28, 30, 50, 56,
60, 60×1, 90 e 100 comprimidos de libertação prolongada.
frascos de HDPE com tampa de polipropileno resistente à abertura por crianças
contendo 100 comprimidos de libertação prolongada.
frascos de HDPE com tampa de rosca de polipropileno contendo 500 e 1000
comprimidos de libertação prolongada (embalagem dispensadora).
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C – 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
Fabricante:
McDermott Laboratories Ltd t/a Gerard Laboratories,
35/36 Baldoyle Industrial Estate, Grange Road, Dublin 13
Irlanda
Generics UK Ltd
Station Close
Potters Bar – Hertfordshire
Reino Unido
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Mylan Hungary Kft.
H-2900 Komárom,
Mylan utca 1
Hungria
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
Membros
Espaço
Económico Europeu (EEE) com os seguintes nomes:
País
Nome
Áustria
Tramadol Arcana 100 mg/150 mg/200 mg Retardtabletten
Bélgica
Tramadol Retard Mylan 100 mg tabletten met verlengde
Tramadol Retard Mylan 150 mg tabletten met verlengde
Tramadol Retard Mylan 200 mg tabletten met verlengde
República
Checa
Tramadol
Mylan
100mg,
150mg
tablety
prodlouženým uvolòováním
Dinamarca
Dolatramyl
Finlândia
Dolatramyl
França
Tramadol Mylan LP 100 mg, comprimé à libération prolongée
Tramadol Mylan LP 150 mg, comprimé à libération prolongée
Tramadol Mylan LP 200 mg, comprimé à libération prolongée
Itália
Tramadolo Mylan
Noruega
Dolatramyl
Portugal
Tramadol Mylan
Eslováquia
Tramadol Mylan 100 mg,
Tramadol Mylan 150 mg,
Tramadol Mylan 200 mg,
Espanha
Tramadol Retard MYLAN 100 mg, 150 mg, 200 mg comprimidos de
liberación prolongada EFG
Suécia
Dolatramyl
Holanda
Tramadol HCl Retard Mylan 100 mg, 150 mg, 200 mg tabletten met
verlengde afgifte
Reino Unido
Maneo 100mg Prolonged release tablets
Maneo 150mg Prolonged release tablets
Maneo 200mg Prolonged release tablets
Este folheto foi revisto pela última vez em Janeiro de 2019.
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RESUMO DAS CARATERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
NOME DO MEDICAMENTO
Tramadol Mylan 100 mg comprimidos de libertação prolongada
Tramadol Mylan 150 mg comprimidos de libertação prolongada
Tramadol Mylan 200 mg comprimidos de libertação prolongada
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada
comprimido
libertação
prolongada
contém
100 mg
cloridrato
tramadol.
Cada
comprimido
libertação
prolongada
contém
150 mg
cloridrato
tramadol.
Cada
comprimido
libertação
prolongada
contém
200 mg
cloridrato
tramadol.
Excipiente com efeito conhecido:
Cada comprimido contém 0,19 mg de lactose.
Cada comprimido contém 0,29 mg de lactose.
Cada comprimido contém 0,38 mg de lactose.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido de libertação prolongada.
Tramadol Mylan 100 mg comprimidos de libertação prolongada: Comprimido branco
a esbranquiçado, redondo, biconvexo com bordos biselados, revestido por película,
marcado com “M” num dos lados e “TM1” do outro lado.
Tramadol Mylan 150 mg comprimidos de libertação prolongada: Comprimido laranja
claro, oval, biconvexo, revestidos por película, marcado com “M” num dos lados e
“TM2” do outro lado.
Tramadol Mylan 200 mg comprimidos de libertação prolongada: Comprimido laranja
acastanhado, em forma de cápsula modificada, biconvexo, revestido por película,
marcado com “M” num dos lados e “TM3” do outro lado.
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INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Indicações terapêuticas
Tratamento da dor moderada a intensa.
Posologia e modo de administração
Posologia
A dose deve ser adaptada à intensidade da dor e à sensibilidade do doente. Em geral
deverá ser utilizada a dose analgésica eficaz mais baixa possível. Salvo prescrição
médica em contrário, Tramadol Mylan deve ser administrado da seguinte maneira:
Adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade:
A dose inicial habitual é de 50 a 100 mg de cloridrato de tramadol, duas vezes por
dia, de manhã e à noite. Se o alívio da dor não for suficiente, a dose pode ser
aumentada para 150 mg ou 200 mg de cloridrato de tramadol, duas vezes por dia
(ver secção 5.1).
Dependendo
necessidades
doente,
doses
subsequentes
podem
administradas
intervalos
inferiores
12 horas,
embora
não
devam
administradas antes de 8 horas após a dose anterior. Sob nenhuma circunstância
devem ser tomadas mais de 2 doses durante um período de 24 horas.
Para
posologias
não
praticáveis
esta
dosagem,
estão
disponíveis
outras
dosagens do medicamento.
Deve ser preferencialmente escolhida a dose analgésica eficaz mais baixa. Não se
devem exceder doses diárias de 400 mg de cloridrato de tramadol, exceto em
circunstâncias clínicas especiais.
Tramadol Mylan não deve, sob nenhumas circunstâncias, ser administrado para além
do tempo estritamente necessário. Se o tratamento crónico da dor com cloridrato de
tramadolfor necessário, em virtude da natureza e gravidade da doença, deverá ser
realizada uma monitorização regular e criteriosa (se necessário com interrupções no
tratamento), de forma a determinar quando e em que extensão é necessário mais
tratamento.
População pediátrica
Tramadol Mylan não é adequado para crianças com menos de 12 anos de idade.
Doentes geriátricos
Em doentes idosos (até 75 anos) sem insuficiência hepática ou renal, clinicamente
estabelecida, geralmente não é necessário qualquer ajuste posológico. Em doentes
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mais idosos (mais de 75 anos de idade) pode verificar-se um prolongamento da
eliminação.
Por isso,
necessário,
os intervalos entre
doses
devem
prolongados em função das necessidades do doente.
Insuficiência renal/Diálise e Compromisso hepático
doentes
com insuficiência renal e/ou hepática,
eliminação
tramadol
encontra-se prolongada. Nestes doentes, o prolongamento do intervalo entre tomas
deverá ser criteriosamente considerado, em função das necessidades do doente. Em
casos de insuficiência renal ou hepática grave não se recomenda a utilização de
Tramadol Mylan.
Modo de administração
Via oral.
comprimidos
devem
tomados
inteiros,
não
devem
divididos
mastigados, com líquido suficiente, com ou sem alimentos.
Contraindicações
Tramadol Mylan está contraindicado:
em caso de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes
mencionados na secção 6.1,
em caso de intoxicações agudas pelo álcool, hipnóticos, analgésicos, opiáceos ou
outros fármacos psicotrópicos,
em doentes que estejam a ser tratados com inibidores da MAO (monoamino oxidase)
ou que tenham tomado estes fármacos nos últimos 14 dias (ver secção 4.5),
em doentes com epilepsia, não adequadamente controlada por tratamento,
no tratamento da síndrome de privação dos narcóticos.
Advertências e precauções especiais de utilização
O cloridrato de tramadol deve apenas ser utilizado com especial cuidado em doentes
com dependência de opiáceos, em doentes com lesões cerebrais, em estado de
choque, com grau reduzido de consciência de causa desconhecida, com perturbações
centro
respiratório
função
respiratória,
pressão
intracraniana
aumentada, doentes com compromisso da função renal ou hepática ligeiro a
moderado.
Em doentes sensíveis aos opiáceos, o medicamento deve apenas ser administrado
com precaução.
Tramadol Mylan não deve ser utilizado em associação com o álcool.
O tratamento deve ser feito com precaução em doentes com depressão respiratória
ou secreção brônquica excessiva, em doentes que utilizem concomitantemente
medicamentos depressores do SNC (ser secção 4.5), ou se a dose recomendada for
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
significativamente excedida (ver secção 4.9), dado que a possibilidade de depressão
respiratória não pode ser excluída nestas situações.
Risco
utilização
concomitante
medicamentos
sedativos,
como
benzodiazepinas ou fármacos relacionados:
A utilização concomitante de Tramadol Mylan e de medicamentos sedativos, como as
benzodiazepinas ou fármacos relacionados, pode resultar em sedação, depressão
respiratória, coma e morte. Devido a estes riscos, a prescrição concomitante destes
medicamentos sedativos deve ser reservada a doentes para os quais não existam
opções de tratamento alternativas. Caso se decida prescrever Tramadol Mylan
concomitantemente com medicamentos sedativos, deve ser utilizada a dose eficaz
mais baixa e a duração do tratamento deve ser a mais curta possível.
Os doentes devem ser seguidos cuidadosamente quanto a sinais e sintomas de
depressão respiratória e de sedação. A este respeito, recomenda-se vivamente que
se informem os doentes e os seus prestadores de cuidados de saúde para que
estejam cientes destes sintomas (ver secção 4.5).
Metabolismo via CYP2D6
O tramadol é metabolizado pela enzima hepática CYP2D6. Se o doente tiver uma
deficiência ou uma total ausência desta enzima, poderá não ser obtido um efeito
analgésico adequado. As estimativas indicam que até 7% da população caucasiana
pode ter esta deficiência. Contudo, se o doente for um metabolizador ultrarrápido,
existe o risco de desenvolver efeitos secundários de toxicidade opioide, mesmo nas
doses habitualmente prescritas.
Os sintomas gerais de toxicidade opioide incluem confusão, sonolência, respiração
superficial, contração das pupilas, náuseas, vómitos, obstipação e falta de apetite.
Em casos graves, tal pode incluir sintomas de depressão circulatória e respiratória,
que podem constituir perigo de vida e, em casos muito raros, ser fatais. As
estimativas
prevalência
metabolizadores
ultrarrápidos
diferentes
populações são resumidas a seguir:
População
Prevalência (%)
Africana/Etíope
Afro-americana
3,4% a 6,5%
Asiática
1,2% a 2%
Caucasiana
3,6% a 6,5%
Grega
6,0%
Húngara
1,9%
Norte da Europa
1% a 2%
Utilização pós-operatória em crianças
Na literatura publicada há relatos de casos em que o tramadol administrado a
crianças, no pós-operatório de uma amigdalectomia e/ou adenoidectomia para a
apneia obstrutiva do sono, levou a efeitos adversos raros, mas potencialmente
fatais. Devem ser tomadas precauções extremas quando o tramadol é administrado
a crianças para o alívio da dor pós-operatória, sendo necessária uma monitorização
cuidadosa para a deteção de sintomas de toxicidade opioide, incluindo depressão
respiratória.
Crianças com função respiratória comprometida
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
A utilização do tramadol não é recomendada em crianças cuja função respiratória
possa
estar
comprometida,
incluindo
distúrbios
neuromusculares,
condições
cardíacas
respiratórias
graves,
infeções
trato
respiratório
superior
pulmonares, politraumatismo ou procedimentos cirúrgicos extensos. Estes fatores
podem agravar os sintomas de toxicidade opioide.
Foram notificadas convulsões em doentes tratados com doses recomendadas de
cloridrato de tramadol. Este risco pode aumentar se as doses de cloridrato de
tramadol excederem o limite máximo diário recomendado (400 mg). Além disso, o
cloridrato de tramadol pode aumentar o risco de convulsões em doentes medicados
com outros fármacos suscetíveis de diminuir o limiar convulsivo (ver secção 4.5).
Doentes com epilepsia ou que se mostrem suscetíveis de sofrer convulsões só devem
ser tratados com cloridrato de tramadol se existir uma necessidade clínica imperiosa.
Podem desenvolver-se tolerância, dependência psicológica e dependência física,
especialmente após a utilização prolongada. Em doentes com tendência para o abuso
ou para a dependência de medicamentos, o tratamento com Tramadol Mylan só deve
ser realizado por curtos períodos sob estrita vigilância médica. Em casos raros, nas
doses terapêuticas, o tramadol pode potencialmente provocar sintomas de privação.
Quando o doente não necessita mais da terapêutica com tramadol, pode ser
aconselhável
diminuir
dose
gradualmente
para
prevenir
sintomas
abstinência.
O cloridrato de tramadol não é apropriado como terapêutica de substituição em
doentes dependentes de opioides. Embora seja um agonista dos opioides, o tramadol
não suprime os sintomas de privação da morfina.
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência total de lactase ou malabsorção de glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
Interações medicamentosas e outras formas de interação
O cloridrato de tramadol não deve ser associado aos inibidores da MAO (ver
secção 4.3).
Em doentes tratados com inibidores da MAO nos 14 dias anteriores ao uso do opioide
petidina, observaram-se interações com risco de vida a nível do sistema nervoso
central,
função
respiratória
cardiovascular.
Não
são
excluir
mesmas
interações com os inibidores da MAO durante o tratamento com Tramadol Mylan.
A administração concomitante de cloridrato de tramadol com outras substâncias
depressoras do sistema nervoso central, incluindo o álcool, poderá potenciar os
respetivos efeitos sobre o SNC (ver secção 4.8).
Medicamentos sedativos, como as benzodiazepinas ou fármacos relacionados:
A utilização concomitante de opioides com medicamentos sedativos, como as
benzodiazepinas ou fármacos relacionados, aumenta o risco de sedação, depressão
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
respiratória, coma e morte devido ao efeito depressor aditivo no SNC. A dose e a
duração da utilização concomitante devem ser limitadas (ver secção 4.4).
Os resultados obtidos em estudos farmacocinéticos até à data mostram que é pouco
provável
administração
prévia
simultânea
cimetidina
(inibidor
enzimático)
provoque
interações
clinicamente
relevantes.
administração
concomitante ou prévia de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito
analgésico e encurtar a duração da ação terapêutica.
combinação
agonistas/antagonistas
mistos
(por
exemplo,
buprenorfina,
nalbufina, pentazocina) e cloridrato de tramadol não é aconselhável porque o efeito
analgésico
agonista
puro
pode
teoricamente
reduzido
tais
circunstâncias.
O tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial convulsivante dos
inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), dos inibidores seletivos da
recaptação da serotonina-noradrenalina (ISRSN), dos antidepressivos tricíclicos, dos
antipsicóticos e de outros fármacos suscetíveis de diminuir o limiar convulsivante
(como bupropiom, mirtazapina, tetrahidrocanabinol) (ver secção 4.4).
O uso terapêutico concomitante de tramadol e fármacos serotoninérgicos, como
inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores seletivos da
recaptação
serotonina-noradrenalina
(ISRSN),
inibidores
(ver
secção 4.3),
antidepressivos
tricíclicos
mirtazapina,
pode
causar
toxicidade
serotoninérgica.
É provável estar-se na presença de síndrome serotoninérgica quando se observa
uma das seguintes:
clónus espontâneo
clónus ocular ou induzido com agitação ou diaforese
tremor e hiperreflexia
hipertonia e temperatura corporal > 38°C com clónus ocular ou induzido.
A suspensão dos medicamentos serotoninérgicos conduz geralmente a uma rápida
melhoria. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas.
A administração concomitante de cloridrato de tramadol e derivados cumarínicos
(p. ex. varfarina) deve ser efetuada com cuidado uma vez que foram relatados casos
de aumento do INR com hemorragia major e equimoses em alguns doentes.
Outras substâncias ativas que se sabe inibirem o CYP3A4, como o cetoconazol e a
eritromicina,
podem
inibir
metabolismo
tramadol
(N-desmetilação)
provavelmente
também
metabolismo
metabolito
ativo
O-desmetilado.
significado clínico de uma interação deste género não foi ainda estudado (ver
secção 4.8).
número
limitado
estudos,
antagonista
antiemético
5-HT3
ondansetrom, no pré- e pós-operatório, aumentou a necessidade da administração
de cloridrato de tramadol em doentes com dor pós-operatória.
Evite a utilização concomitante do tramadol com analgésicos agonistas/antagonistas
mistos dos opioides ou agonistas parciais dos opioides, dado que poderá ocorrer uma
redução do efeito analgésico do tramadol.
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de cloridrato de tramadol em mulheres
grávidas, é limitada ou inexistente.
Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva. Os estudos em animais
com tramadol revelaram que doses muito elevadas afetam o desenvolvimento dos
órgãos, a ossificação e a mortalidade neonatal. Não foram observados efeitos
teratogénicos. O tramadol atravessa a placenta (ver secção 5.3).
Tramadol Mylan não é recomendado durante a gravidez.
O cloridrato de tramadol – quando administrado antes ou durante o parto – não
afeta a contratilidade uterina. Nos recém-nascidos pode induzir alterações na
frequência respiratória que, geralmente, não têm significado clínico. O uso crónico
durante a gravidez pode originar sintomas de privação no recém-nascido.
Amamentação
Aproximadamente 0,1% da dose materna de tramadol é excretada no leite materno.
No período pós-parto imediato, uma dose diária oral materna de até 400 mg
corresponde a uma quantidade média de tramadol, ingerida pelos lactentes, de 3%
da dose materna ajustada ao peso. Por este motivo, o tramadol não deve ser
utilizado durante o aleitamento ou, em alternativa, a amamentação deve ser
descontinuada
durante
tratamento
tramadol.
descontinuação
amamentação não é geralmente necessária na sequência de uma dose única de
tramadol.
Fertilidade
A vigilância pós-comercialização não sugere um efeito do cloridrato de tramadol na
fertilidade. Estudos em animais não mostraram qualquer efeito do cloridrato de
tramadol na fertilidade.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Mesmo quando tomado de acordo com as instruções, o cloridrato de tramadol pode
causar efeitos como sonolência e tonturas e, deste modo, pode alterar as reações de
condutores e operadores de máquinas. Este efeito pode ser potenciado pelo álcool,
no início do tratamento, quando se muda de fármaco e em caso de utilização
concomitante de outros depressores do SNC ou anti-histamínicos. Caso os doentes
sejam
afetados,
devem
alertados
para
não
conduzam
operem
máquinas. Isto é aplicável particularmente na associação com álcool ou outras
substâncias psicotrópicas.
APROVADO EM
15-01-2019
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Efeitos indesejáveis
As reações adversas mais frequentemente notificadas são náuseas e tonturas, ambas
ocorrendo em mais de 10% dos doentes.
As frequências usadas na tabela abaixo estão definidas de acordo com a seguinte
convenção:
Muito frequentes (≥ 1/10)
Frequentes (≥ 1/100, < 1/10)
Pouco frequentes (≥ 1/1.000, < 1/100)
Raros (≥ 1/10.000, < 1/1.000)
Muito raros (< 1/10.000)
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Classes de sistemas de
órgãos
Frequência
Reações adversas medicamentosas
Doenças
sistema
imunitário
Raros
Reação
anafilática,
hipersensibilidade
(por exemplo, dispneia, broncospasmo,
respiração
sibilante,
edema
angioneurótico)
Doenças
metabolismo
nutrição
Raros
Desconhecido
Alterações no apetite
Hipoglicemia
Perturbações
foro
psiquiátrico
Raros
Alucinações,
confusão,
distúrbios
sono, delírio, ansiedade e pesadelos.
Após a administração de cloridrato de
tramadol
podem
ocorrer
reações
adversas psicológicas, cuja intensidade e
natureza
variam
indivíduo
para
indivíduo (dependendo da personalidade
e duração do tratamento). Estas incluem
alterações de humor (geralmente euforia,
ocasionalmente
disforia),
alteração
atividade (normalmente diminuição, por
vezes
aumento)
alterações
disturbios
cognitivos
sensoriais
(por
exemplo,
indefinição
decisional,
distúrbios
perceção).
Pode
ocorrer
dependência.
Os sintomas das reações de privação,
semelhantes aos que ocorrem durante a
descontinuação
opiáceos,
podem
manifestar-se
seguinte
modo:
agitação, ansiedade, nervosismo, insónia,
hipercinésia,
tremor
sintomas
gastrointestinais.
Outros
sintomas
foram observados muito raramente com
APROVADO EM
15-01-2019
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Classes de sistemas de
órgãos
Frequência
Reações adversas medicamentosas
descontinuação
cloridrato
tramadol
incluem:
ataques
pânico,
ansiedade
grave,
alucinações,
parestesias,
acufeno
sintomas
invulgares
(por
exemplo,
confusão,
ideias
delirantes,
despersonalização,
desrealização,
paranoia).
Doenças
sistema
nervoso
Muito
frequentes
Frequentes
Raros
Muito raros
Tonturas
Cefaleia, sonolência
Parestesia,
tremores,
convulsões
epileptiformes*,
contrações
musculares
involuntárias,
coordenação
anómala,
síncope, deficiências da fala
Vertigens
Afeções oculares
Raros
Miose, visão turva, midríase
Cardiopatias
Pouco
frequentes
Raros:
Regulação
cardiovascular
(palpitação,
taquicardia,
hipotensão
ortostática
colapso
circulatório).
Estas
reações
adversas
podem
ocorrer
especial
aquando da administração intravenosa e
em doentes sujeitos a stress físico.
Bradicardia, aumento da pressão arterial.
Vasculopatias
Muito raros
Rubor
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Raros
Desconhecidos
Depressão respiratória*, dispneia.
Foi notificado o agravamento da asma,
embora
não
tenha
sido
estabelecida
qualquer relação causal
Doenças
gastrointestinais
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco
frequentes
Náuseas
Vómitos, obstipação, xerostomia
Esforços
para
vomitar,
irritação
gastrointestinal (sensação de pressão no
estômago, flatulência), diarreia
Afeções hepatobiliares
Muito raros
Aumento das enzimas hepáticas
Afeções
tecidos
cutâneos e subcutâneos
Frequentes
Pouco
frequentes
Hiperidrose
Reações cutâneas (por exemplo, prurido,
erupção cutânea, urticária)
APROVADO EM
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Classes de sistemas de
órgãos
Frequência
Reações adversas medicamentosas
Afeções
musculosqueléticas
dos tecidos conjuntivos
Raros
Fraqueza muscular
Doenças
renais
urinárias
Raros
Perturbações da micção (dificuldade em
urinar, disúria, e retenção urinária)
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Frequentes
Fadiga
* Se as doses recomendadas forem consideravelmente excedidas e se forem
administradas concomitantemente outras substâncias com ação depressora central
(ver
secção 4.5),
pode
ocorrer
depressão
respiratória.
Ocorreram
convulsões
epileptiformes sobretudo após a administração de doses elevadas de cloridrato de
tramadol
após
tratamento
concomitante
medicamentos capazes
diminuir o limiar convulsivo (ver secções 4.4 e 4.5).
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
Sobredosagem
Sintomas
Em princípio, uma intoxicação por cloridrato de tramadol deverá provocar os
mesmos
sintomas
observam
outros
analgésicos
ação
central
(opiáceos). Estes incluem, em particular, miose, vómitos, colapso cardiovascular,
alterações da consciência até a coma, convulsões e depressão respiratória que pode
ir até a paragem respiratória.
Tratamento
Devem aplicar-se as medidas gerais de emergência. Proteger as vias respiratórias,
mantendo
respiração
circulação
dependendo
sintomas.
caso
depressão respiratória, utiliza-se como antídoto a naloxona. A administração de
naloxona pode aumentar o risco de convulsões. Em ensaios com animais, a
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
administração de naloxona não exerceu qualquer efeito sobre as convulsões. Para
estes casos recomenda-se a administração intravenosa de diazepam. Em caso de
intoxicação com formulações orais, a desintoxicação gastrointestinal com carvão
ativado só está recomendada nas primeiras 2 horas após a toma de cloridrato de
tramadol. A descontaminação gastrointestinal realizada posteriormente pode ser útil
casos
intoxicação
quantidades
excecionalmente
grandes
formulações de libertação prolongada.
O cloridrato de tramadol é muito pouco eliminado do soro por hemodiálise ou
hemofiltração. Por isso, o tratamento da intoxicação aguda com Tramadol Mylan por
meio de hemodiálise ou de hemofiltração, unicamente, não é apropriado para a
desintoxicação.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.12 –
Sistema
nervoso
central.
Analgésicos
estupefacientes, código ATC: N02AX02
Mecanismo de ação
O cloridrato de tramadol é um analgésico opioide de ação central. É um agonista
puro, não seletivo, dos recetores opioides µ, δ e κ, com maior afinidade para os
recetores µ. Outros mecanismos que contribuem para a sua ação analgésica são a
inibição da recaptação neuronal da noradrenalina e a intensificação da libertação da
serotonina.
O cloridrato de tramadol exerce um efeito antitússico. Contrariamente ao que se
verifica com a morfina, a administração de doses analgésicas de tramadol dentro de
intervalos alargados não tem qualquer efeito depressivo no trato respiratório. A sua
administração também afeta menos a motilidade gastrointestinal. Os efeitos no
sistema cardiovascular tendem a ser ligeiros. A potência do tramadol é considerada
1/10 (um décimo) a 1/6 (um sexto) da morfina.
População pediátrica
Os efeitos da administração entérica e parentérica de tramadol foram investigados
em ensaios clínicos que envolveram mais de 2000 doentes pediátricos com idades
compreendidas entre os recém-nascidos e os 17 anos de idade. As indicações para o
tratamento
estudadas
nesses
ensaios
incluíram
após
cirurgia
(principalmente abdominal), após extrações cirúrgicas de dentes, devido a fraturas,
queimaduras e traumas bem como outras condições dolorosas capazes de necessitar
de tratamento analgésico durante, pelo menos, 7 dias.
Em doses únicas de até 2 mg/kg ou doses múltiplas de até 8 mg/kg por dia (até um
máximo de 400 mg por dia), descobriu-se que a eficácia do tramadol é superior à do
placebo e superior ou igual à do paracetamol, nalbufina, petidina ou doses baixas de
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
morfina. Os ensaios conduzidos confirmaram a eficácia do tramadol. O perfil de
segurança do tramadol foi semelhante em doentes adultos e pediátricos com mais de
1 ano de idade (ver secção 4.2).
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral, mais de 90% do cloridrato de tramadol é absorbido. Em
média, a biodisponibilidade absoluta situa-se em cerca de 70%, e não é afetada pela
ingestão concomitante de alimentos. A diferença entre o cloridrato de tramadol
absorvido e disponível na forma não-metabolizada deve-se, provavelmente, a um
baixo efeito de primeira passagem. Após administração oral, o efeito de primeira
passagem situa-se num máximo de 30%.
Após
administração
comprimidos
de libertação
prolongada
de 100 mg
cloridrato de tramadol , a concentração plasmática máxima Cmax = 141 ± 40 ng/ml
é atingida após 4,9 h. Após administração dos comprimidos de libertação prolongada
de 200 mg de cloridrato de tramadol , a Cmax de 260 ± 62 ng/ml é atingida após
4,8 horas.
Distribuição
O cloridrato de tramadol possui uma elevada afinidade tecidual (Vd,β = 203 ± 40 l).
A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é de cerca de 20%.
O cloridrato de tramadol atravessa a barreira hemato-encefálica e a placenta. A
substância ativa, juntamente com o seu derivado O-desmetilado, encontra-se em
muito pequenas quantidades no leite materno (0,1% e 0,02% da dose administrada,
respetivamente).
Biotransformação
A semivida de eliminação t1/2,β é de aproximadamente 6 horas, independentemente
do modo de administração. Em doentes com mais de 75 anos de idade, pode
verificar-se um prolongamento por um fator de cerca de 1,4.
Nos humanos, a metabolização do cloridrato de tramadol ocorre essencialmente por
N- e O-desmetilação e por conjugação dos produtos da O-desmetilação com o ácido
glucurónico. O O-desmetil-tramadol é o único metabolito farmacologicamente ativo.
Em relação aos restantes metabolitos existem consideráveis diferenças quantitativas
interindividuais.
Na urina identificaram-se, até agora, 11 metabolitos. De acordo com os resultados
obtidos em experiências com animais, a ação farmacológica do O-desmetil-tramadol
é mais potente do que a da substância original em 2 – 4 vezes. A sua semivida
t1/2,β (6 indivíduos saudáveis) é de 7,9 horas (intervalo 5,4 – 9,6 horas), sendo
muito aproximada da do cloridrato de tramadol.
A inibição de um ou dos dois tipos de isoenzimas, CYP3A4 e CYP2D6, envolvidas na
biotransformação do cloridrato de tramadol, pode afetar a concentração plasmática
de tramadol ou do seu metabolito ativo.
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
Eliminação
O cloridrato de tramadol e os seus metabolitos são eliminados quase exclusivamente
por via renal. A eliminação urinária cumulativa é 90% da radioatividade total da dose
administrada. Em caso de função hepática e renal comprometida, as semividas
podem estar ligeiramente aumentadas. Em doentes com cirrose hepática, foram
determinadas semividas de eliminação de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e de 18,5 ± 9,4 h
(O-desmetil-tramadol) e, num caso extremo, de 22,3 h e de 36 h, respetivamente.
Em doentes com insuficiência renal (depuração da creatinina < 5 ml/min) os valores
foram de 11 ± 3,2 h e a 16,9 ± 3 h e, num caso extremo, de 19,5 h e 43,2 h,
respetivamente.
Linearidade/não linearidade
Dentro
doses terapêuticas,
cloridrato
tramadol
apresenta um
perfil
farmacocinético linear.
A relação entre as concentrações séricas e a ação analgésica depende da dose,
verificando-se variações consideráveis em casos individuais. Uma concentração
sérica de 100 a 300 ng/ml mostra-se geralmente eficaz.
População pediátrica
Verificou-se que a farmacocinética do tramadol e do O-desmetil-tramadol após
administração oral de uma dose única e de doses múltiplas a indivíduos com idades
compreendidas entre 1 anos e os 16 anos é normalmente semelhante à observada
nos adultos quando se ajusta a dose por peso corporal, mas com uma maior
variabilidade interindividual em crianças com idade igual ou inferior a 8 anos.
Em crianças com menos de 1 ano de idade, a farmacocinética do tramadol e do
O-desmetil-tramadol foi investigada, mas não foi completamente caracterizada.
Informações de estudos que incluíram este grupo etário indicam que a taxa de
formação do O-desmetil-tramadol via CYP2D6 aumenta continuamente em recém-
nascidos e assume-se que os níveis iguais aos dos adultos na atividade do CYP2D6
são
atingidos
cerca
1 ano
idade.
Adicionalmente,
sistemas
glucuronidação imaturos e função renal imatura podem resultar numa eliminação
lenta e na acumulação do O-desmetil-tramadol em crianças com menos de 1 ano de
idade.
Dados de segurança pré-clínica
Após administrações repetidas de cloridrato de tramadol por via oral e parentérica,
durante 6 a 26 semanas, a ratos e cães, e durante 12 meses, a cães, por via oral, as
análises
hematológicas,
bioquímicas
exames
histológicos
não
mostraram
alterações atribuíveis à substância administrada. Sintomas do sistema nervoso
central só ocorreram após a administração de doses elevadas que se situavam
consideravelmente
acima
intervalo
terapêutico:
irrequietude,
salivação,
convulsões e menor aumento ponderal. Os ratos e cães toleraram, sem qualquer
reação adversa, doses orais de respetivamente 20 mg/kg e 10 mg/kg de peso
corporal; os cães toleraram, sem quaisquer reações, a administração retal de doses
de 20 mg/kg de peso corporal.
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
Em ratos, doses de cloridrato de tramadol a partir de 50 mg/kg/dia causam efeitos
tóxicos nas mães e aumentam a mortalidade neonatal. Nas crias observaram-se
atrasos do desenvolvimento na forma de perturbações da ossificação e atraso na
abertura da vagina e dos olhos. A fertilidade dos machos não foi afetada. Nas
fêmeas, após a administração de doses mais elevadas (a partir de 50 mg/kg/dia),
observou-se uma menor taxa de gravidez. Nos coelhos, com doses a partir de
125 mg/kg,
observaram-se
efeitos
tóxicos
mães,
como
anomalias
esqueléticas nas crias.
Em alguns sistemas experimentais in vitro houve evidência de efeitos mutagénicos.
Estudos in vivo não mostraram quaisquer efeitos mutagénicos. Com base na
informação
até
agora
reunida,
tramadol
pode
considerado
como
não-
mutagénico.
Realizaram-se estudos em ratos e ratinhos para avaliar o potencial carcinogénico do
cloridrato de tramadol.
O estudo realizado em ratos não forneceu evidência de um aumento da incidência de
tumores relacionado com a substância ativa. No âmbito do estudo em ratinhos,
observou-se uma maior incidência de adenomas de hepatócitos nos machos (um
aumento dose-dependente, não-significativo, a partir de 15 mg/kg) e um aumento
do número de tumores pulmonares nas fêmeas de todos os grupos de dosagem
(aumento significativo, mas não dose-dependente).
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Lista dos excipientes
Celulose microcristalina
Hipromelose
Sílica coloidal anidra
Estearato de magnésio
Revestimento por película 100 mg:
Hipromelose (E464)
Lactose mono-hidratada
Talco (E553b)
Macrogol
Propilenoglicol (E1520)
Dióxido de titânio (E 171)
Revestimento por película 150 mg:
Hipromelose (E464)
Lactose mono-hidratada
Talco (E553b)
Macrogol
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
Propilenoglicol (E1520)
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro vermelho (E172).
Óxido de ferro castanho (E172).
Laca amarela de quinoleína (E104)
Revestimento por película 200 mg:
Hipromelose (E464)
Lactose mono-hidratada
Talco (E553b)
Macrogol
Propilenoglicol (E1520)
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro vermelho (E172).
Laca amarela de quinoleína (E104)
Incompatibilidades
Não aplicável.
Prazo de validade
Para blisters de Alu/OPA/PVC/Alu: 2 anos
Para frascos de HDPE e blisters de Alu/PVC/PE/PVDC: 3 anos
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Natureza e conteúdo do recipiente
Frascos de HDPE com tampa de polipropileno resistente à abertura por crianças
contendo 100 comprimidos de libertação prolongada.
Frascos de HDPE com tampa de rosca de polipropileno contendo 500 e 1000
comprimidos de libertação prolongada (embalagem dispensadora).
Blisters Alu/OPA/PVC/Alu e Alu/PVC/PE/PVDC acondicionados em caixas de cartão
contendo 10, 20, 20×1, 28, 30, 50, 56, 60, 60×1, 90 e 100 comprimidos de
libertação prolongada.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
TITULAR
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
MERCADO
Mylan, Lda.
Av. D. João II, Edifício Atlantis, N.º 44C – 7.3 e 7.4
1990-095 Lisboa
NÚMERO(S)
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
MERCADO
N.º de registo: 5463179 – 20 comprimidos de libertação prolongada, 100 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463203 – 30 comprimidos de libertação prolongada, 100 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463211 – 60 comprimidos de libertação prolongada, 100 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463302 – 20 comprimidos de libertação prolongada, 100 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463310 – 30 comprimidos de libertação prolongada, 100 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463318 – 60 comprimidos de libertação prolongada, 100 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463229 – 20 comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463237 – 30 comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463245 – 60 comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463336 – 20 comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463344 – 30 comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463351 – 60 comprimidos de libertação prolongada, 150 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463252 – 20 comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
APROVADO EM
15-01-2019
INFARMED
N.º de registo: 5463260 – 30 comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463278 – 60 comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, Blister
de Alu/OPA/PVC/Alu
N.º de registo: 5463369 – 20 comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463377 – 30 comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
N.º de registo: 5463401 – 60 comprimidos de libertação prolongada, 200 mg, Blister
de Alu/PVC/PE/PVDC
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 27 de julho de 2012
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Janeiro de 2019