Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
03-12-2009
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APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Topotecano Accord 4 mg Pó para concentrado para solução para perfusão
Topotecano
Leia atentamente este folheto antes de lhe utilizar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Topotecano Accord e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Topotecano Accord
3. Como é administrado Topotecano Accord
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Topotecano Accord
6. Outras informações
1. O que é Topotecano Accord e para que é utilizado
O que é Topotecano Accord
Topotecano Accord ajuda a destruir tumores.
Um médico ou enfermeiro administrar-lhe-ão o
medicamento por perfusão numa veia (gota-a-gota), no hospital.
Para que é utilizado Topotecano Accord
Topotecano Accord é utilizado para tratar:
O cancro do ovário ou o cancro do pulmão de pequenas células que reapareceram após quimioterapia
O cancro do colo do útero avançado, se a cirurgia ou o tratamento com
radioterapia não for possível. No tratamento do cancro do colo do útero, Topotecano
Accord é associado a outro medicamento chamado cisplatina.
O seu médico decidirá
consigo se a terapêutica com Topotecano Accord é melhor do que a continuação do tratamento com a sua
quimioterapia inicial.
2. Antes de utilizar Topotecano Accord
Não utilize Topotecano Accord
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao topotecano ou a qualquer outro componente
de Topotecano Accord
e está a amamentar
Se o número de células sanguíneas for muito baixo. O seu médico informá-lo-á
baseado nos resultados das suas últimas análises de sangue.
Informe o seu médico no caso de qualquer uma destas situações se lhe aplicar.
Tome especial cuidado com Topotecano Accord
O seu médico necessita de saber antes de lhe administrar este medicamento
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Se tem problemas de rins ou do fígado.
A sua dose de Topotecano Accord pode ter de ser
ajustada
Se está grávida ou está a planear engravidar
Se está a planear ser pai de uma criança
Topotecano Accord pode lesar um bebé concebido antes, durante ou logo após o
tratamento. Deve utilizar um método de contracepção eficaz. Consulte o seu médico.
Informe o seu médico no caso de qualquer uma destas situações se lhe aplicar.
Ao utilizar Topotecano Accord com outros medicamentos
Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo
produtos à base de plantas ou medicamentos obtidos sem receita médica.
Lembre-se de informar o seu médico se começar a tomar outros medicamentos
enquanto estiver a ser tratado com Topotecano Accord.
Ao utilizar Topotecano Accord com alimentos e bebidas
Não existem interacções conhecidas entre Topotecano Accord e o álcool. Contudo,
deve consultar o seu médico para saber se é aconselhável consumir bebidas
alcoólicas.
Gravidez e aleitamento
Topotecano Accord não é recomendado em mulheres grávidas. Pode lesar o bebé se
este tiver sido concebido antes, durante ou logo após o tratamento.
Deve utilizar um
método de contracepção eficaz. Consulte o seu médico.
Não tente engravidar nem engravide,
nem tente ser pai de uma criança até um médico aconselhar que é seguro fazê-lo.
Os doentes do sexo masculino que desejem ser pais de uma criança, devem aconselhar-se junto do seu
médico
sobre
planeamento
familiar
tratamento.
Se ocorrer uma gravidez durante o
tratamento, informe imediatamente o seu médico.
Não amamente se estiver a ser tratada com Topotecano Accord.
Não recomece a amamentar até o
seu médico lhe dizer que é seguro fazê-lo.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Topotecano Accord pode fazer com que as pessoas se sintam cansadas.
No caso de sentir cansaço ou fraqueza não conduza nem utilize máquinas.
3. Como utilizar Topotecano Accord
A dose de Topotecano Accord que lhe vai ser administrada será calculada pelo seu
médico, com base:
No tamanho do seu corpo (área de superfície corporal medida em metros
quadrados)
Nos resultados das análises sanguíneas efectuadas antes do tratamento
Na doença que vai ser tratada
A dose habitual é:
Para o cancro do ovário e o cancro do pulmão de células pequenas:
1,5 mg por metro quadrado
da área de superfície corporal por dia
Para o cancro do colo do útero: 0,75 mg por metro quadrado da área de superfície
corporal por dia
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No tratamento do cancro do colo do útero, Topotecano Accord é associado a outro
medicamento
chamado
cisplatina.
seu médico
aconselhá-la-á
sobre
dose
correcta de cisplatina.
Como é administrado Topotecano Accord
Um médico ou enfermeiro administrar-lhe-ão a dose adequada de Topotecano por
perfusão (gota-a-gota). Normalmente, é administrada num gota-a-gota numa veia
do seu braço durante cerca de 30 minutos.
Para o cancro do ovário e o cancro do pulmão de células pequenas fará um
tratamento uma vez por dia durante 5 dias.
Para o cancro do colo do útero fará um tratamento uma vez por dia durante 3 dias.
Este padrão de tratamentos será repetido normalmente em intervalos de três
semanas em todos os tipos de cancros.
O tratamento pode variar dependendo dos resultados das suas análises regulares de
sangue.
Interrupção do tratamento
O seu médico decidirá quando deve parar o tratamento.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, Topotecano Accord pode causar efeitos secundários,
no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Efeitos graves: informe o seu médico
Estes efeitos secundários muito frequentes podem afectar mais de 1 em 10 pessoas
tratadas com Topotecano Accord.
Sinais de infecções
Topotecano Accord pode diminuir o número de glóbulos brancos e diminuir a sua
resistência à infecção. Esta situação pode ser fatal. Os sinais incluem:
- Febre
- Deterioração grave do seu estado geral
- Sintomas locais como dores de garganta ou problemas urinários (por exemplo, uma
sensação de ardor ao urinar que pode ser uma infecção urinária)
Ocasionalmente uma dor abdominal intensa, febre e possivelmente diarreia
(raramente com sangue) podem ser sinais de inflamação intestinal (colite)
Este
efeito
secundário
raro
pode
afectar
1000
pessoas
tratadas
Topotecano Accord.
Inflamação dos pulmões (doença pulmonar intersticial): está em maior em risco se tem antecedentes de
doença pulmonar, se foi submetido a tratamento por radiação aos pulmões ou se já tomou anteriormente
medicamentos que causaram lesão dos pulmões. Os sinais incluem:
- Dificuldade em respirar
- Tosse
- Febre
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Informe imediatamente o seu médico se tiver quaisquer sintomas destas condições,
porque pode ser necessário hospitalizar.
Efeitos secundários muito frequentes
Estes podem afectar mais de 1 em 10 pessoas tratadas com Topotecano Accord.
Sensação geral de fraqueza e cansaço (anemia temporária). Em alguns casos pode
necessitar de uma transfusão de sangue
Aparecimento anormal de nódoas negras ou hemorragias, causadas por uma
diminuição do número de células responsáveis pela coagulação do sangue, o que
pode causar uma hemorragia grave de ferimentos relativamente pequenos como um
pequeno
corte;
casos
raros,
pode
causar
sangramento
mais
grave
(hemorragia). Consulte o seu médico sobre como diminuir o risco de hemorragia.
Perda de peso e perda de apetite (anorexia), cansaço, fraqueza, sensação de mal-
estar.
Enjoo (náuseas), vómitos, diarreia, dor abdominal, prisão de ventre
Inflamação e úlceras da boca, língua ou gengivas
Temperatura corporal elevada (febre)
Queda de cabelo
Efeitos secundários frequentes
Estes podem afectar 1 em 10 pessoas tratadas com Topotecano Accord.
Reacções alérgicas ou de hipersensibilidade (incluindo erupção cutânea)
Pele amarela
Sensação de comichão
Dores musculares
Efeitos secundários raros
Estes podem afectar 1 em 1000 pessoas tratadas com Topotecano Accord.
Reacções alérgicas ou anafilácticas graves
Inchaço causado por acumulação de líquidos (angioedema)
Dor e inflamação ligeiras no local de injecção
Erupção cutânea com comichão (urticária)
Se estiver a ser tratada para o cancro do colo do útero, pode ter efeitos secundários
causados pelo outro medicamento (cisplatina) que lhe será administrado juntamente
com Topotecano Accord. Estes efeitos são descritos na informação do doente de
cisplatina.
Se tiver efeitos secundários
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se tornar mais incómodo ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. Como conservar Topotecano Accord
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Topotecano Accord após o prazo de validade impresso no rótulo e na
embalagem exterior, após VAL.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
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Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. Outras informações
Qual a composição de Topotecano Accord
- A substância activa é o cloridrato de topotecano. Cada frasco para injectáveis
contém 4 mg de topotecano.
- Os outros componentes são: ácido tartárico, manitol (E421), ácido clorídrico (para
ajuste do pH) e hidróxido de sódio (para ajuste do pH).
Qual o aspecto de Topotecano Accord e conteúdo da embalagem
Topotecano Accord é um pó liofilizado amarelo, acondicionado num frasco de vidro
transparente para concentrado para solução para perfusão intravenosa.
É apresentado em embalagens contendo 1 frasco para injectáveis.
O pó necessita de ser reconstituído e diluído antes da perfusão.
O pó no frasco para injectáveis fornece 1 mg por ml de substância activa quando
reconstituído de acordo com o recomendado.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Accord Healthcare Limited, Sage House, 319 Pinner Road, North Harrow, Middlesex,
HA1 4HF, Reino Unido
Fabricante:
Accord Healthcare Limited, Sage House, 319 Pinner Road, North Harrow, Middlesex,
HA1 4HF, Reino Unido
Cemelog-BRS Ltd., H-2040 Budaors, Vasut u. 13, Hungria
Distribuído por:
Axton, Produtos Farmacêuticos, Lda.
Rua Alto do Montijo, Lote 13, -1 Esq., Edifício Monsanto
2790-012 Carnaxide
Este
medicamento
encontra-se
autorizado
Estados
membros
Espaço
Económico Europeu sob as seguintes denominações:
Nome do
Estado
membro
Denominação do medicamento
Bulgária
Топотекан Акорд 4 mg прах за концентрат за инфузионен разтвор
Repúblic
a Checa
Topotekan Accord 4 mg prášek pro přípravu koncentrátu pro infúzní roztok
Estónia
Topotecan
Accord
Pulber
infusioonilahuse
kontsentraadi
valmistamiseks
Grécia
Τοποτεκάνη
Ακόρντ
κόνις
για
πυκνό
διάλυµα
για
παρασκευή
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διαλύµατος προς έγχυση
Espanha
Topotecan Accord 4 mg polvo para concentrado para solución para perfusión
Hungria
Topotecan Accord 4 mg por oldatos infúzióhoz való koncentrátumhoz
Lituânia
Topotecan Accord 4 mg milteliai koncentratui infuziniam tirpalui
Letónia
Topotecan Accord 4 mg pulveris infūziju šķīduma koncentrāta pagatavošanai
Malta
Topotecan 4 mg Powder for Concentrate for Solution for Infusion
Polónia
Topotecan
Accord
proszek
sporządzania
koncentratu
sporządzania roztworu do infuzji
Portugal
Topotecano Accord 4 mg Pó para concentrado para solução para perfusão
Roménia
Topotecan Accord 4 mg pulbere pentru concentrat pentru soluţie pefuzabilǎ
Eslovéni
Topotekan
Accord
mg/ml
prašek
koncentrat
raztopino
infundiranje
Eslováqu
Topotecan Accord 4 mg prášok na infúzny koncentrát
Reino
Unido
Topotecan 4 mg Powder for Concentrate for solution for Infusion
Este folheto foi aprovado pela última vez em
A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais dos
cuidados de saúde:
Instruções sobre como reconstituir, conservar e eliminar Topotecano Accord
Reconstituição
Topotecano Accord deve ser reconstituído com 4 ml de água para preparações
injectáveis para dar 1 mg por ml de topotecano. É necessário efectuar uma diluição
adicional. O volume apropriado da solução reconstituída deve ser diluído com uma
solução para perfusão intravenosa de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) ou com uma
solução para perfusão intravenosa de glucose a 5% (p/v) para perfazer uma
concentração final entre 25 µg/ml e 50 µg/ml.
Conservação da solução preparada
O produto deve ser utilizado imediatamente após estar preparado para perfusão. Se
a reconstituição for efectuada em condições rigorosas de assepsia, a perfusão de
Topotecano Accord deve ter terminado num período de 12 horas à temperatura
ambiente (ou 24 horas se conservado a 2°C-8°C).
Manuseamento e eliminação
Devem ser adoptados os procedimentos normais de manuseamento e eliminação
correctas de medicamentos anticancerígenos:
- O pessoal deve ter a formação adequada para efectuar a reconstituição do
medicamento;
- As mulheres grávidas não podem trabalhar com este medicamento;
- O pessoal que manuseie este medicamento deve usar vestuário de protecção
incluindo máscara, óculos de protecção e luvas durante a reconstituição;
- Todo o material utilizado para a administração ou limpeza, incluindo luvas, deve
ser colocado em sacos para eliminação de resíduos de alto risco para incineração a
altas temperaturas;
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- Os resíduos líquidos devem ser eliminados com grandes quantidades de água;
- O contacto acidental com a pele ou olhos deve ser lavado imediatamente com água
em abundância.
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Topotecano Accord 4 mg pó para concentrado para solução para perfusão.
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco para injectáveis contém cloridrato de topotecano, equivalente a 4 mg de
topotecano.
Cada 1 ml de solução reconstituída contém 1 mg de topotecano.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó para concentrado para solução para perfusão.
Pó amarelo.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
O topotecano em monoterapia é indicado para o tratamento de:
Doentes com carcinoma metastático do ovário após insucesso da terapêutica de primeira
linha ou de terapêutica subsequente;
Doentes com recidiva do cancro do pulmão de pequenas células (CPPC) para os quais
não se considera apropriada a repetição do tratamento com o regime de primeira linha
(ver secção 5.1).
O topotecano, em associação com a cisplatina, é indicado para doentes com carcinoma
recorrente do colo do útero após radioterapia e para doentes com doença de estadio IVB.
Doentes com exposição prévia à cisplatina necessitam de um intervalo prolongado sem
tratamento para justificar o tratamento com a associação (ver secção 5.1).
4.2 Posologia e modo de administração
A utilização de topotecano deve ser limitada a unidades especializadas na administração
de quimioterapia citotóxica e ser administrada apenas sob a supervisão de um médico
com experiência na utilização de quimioterapia (ver secção 6.6).
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Quando utilizado em associação com a cisplatina, deve consultar-se o Resumo das
Características do Medicamento da cisplatina.
Antes da administração do primeiro ciclo de topotecano, os doentes devem ter, como
avaliação inicial, uma contagem de neutrófilos
1,5 x 10
/l, uma contagem de plaquetas
100 x 10
/l e um nível de hemoglobina
9 g/dl (se necessário após transfusão).
O topotecano deve ser reconstituído e depois diluído antes da administração (ver secção
6.6).
Carcinoma do ovário e carcinoma do pulmão de pequenas células
Dose inicial
A dose recomendada de topotecano é de 1,5 mg/m
de área de superfície corporal/dia
administrada por perfusão intravenosa durante 30 minutos diariamente, durante 5 dias
consecutivos, com um intervalo de 3 semanas entre o início de cada ciclo. Se o
tratamento for bem tolerado, pode continuar até à progressão da doença (ver secções 4.8 e
5.1).
Doses subsequentes
O topotecano não deve ser re-administrado a menos que a contagem de neutrófilos seja
1 x 10
/l, a contagem de plaquetas seja
100 x 10
/l e o nível de hemoglobina seja
9 g/dl (se necessário após transfusão).
A prática normal em Oncologia para o controlo da neutropénia consiste em administrar
topotecano com outros medicamentos (ex., G-CSF) ou em diminuir a dose para manter a
contagem de neutrófilos.
Se for escolhida a diminuição da dose no caso de doentes com uma neutropénia grave
(contagem de neutrófilos <0,5 x 10
/l) durante 7 dias ou mais, com uma neutropénia
grave associada a febre ou infecção ou cujo tratamento foi adiado devido a neutropénia, a
dose deve ser diminuída em 0,25 mg/m
/dia para 1,25 mg/m
/dia (ou subsequentemente
diminuída para 1,0 mg/m
/dia, se necessário).
As doses devem ser igualmente diminuídas se a contagem plaquetária descer para valores
inferiores a 25 x 10
/l. Nos ensaios clínicos, o topotecano era suspenso se a dose tivesse
sido diminuída para 1,0 mg/m
e fosse necessária uma diminuição adicional da dose para
controlar os efeitos adversos.
Carcinoma do colo do útero
Dose inicial
A dose recomendada de topotecano é de 0,75 mg/m
/dia administrada por perfusão
intravenosa diária de 30 minutos nos dias 1, 2 e 3. A cisplatina é administrada por
perfusão intravenosa no dia 1 numa dose de 50 mg/m
/dia, após a dose de topotecano.
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Este esquema terapêutico é repetido em intervalos de 21 dias durante 6 ciclos ou até
progressão da doença.
Doses subsequentes
O topotecano não deve ser re-administrado a menos que a contagem de neutrófilos seja
superior ou igual a 1,5 x 10
/l, a contagem de plaquetas seja superior ou igual a
100 x 10
/l e o nível de hemoglobina seja superior ou igual a 9 g/dl (se necessário após
transfusão).
A prática normal em Oncologia para o controlo da neutropénia consiste em administrar
topotecano com outros medicamentos (ex., G-CSF) ou em diminuir a dose para manter a
contagem de neutrófilos.
Se for escolhida a diminuição da dose para doentes com uma neutropénia grave
(contagem de neutrófilos inferior a 0,5 x 10
/l) durante 7 dias ou mais, com uma
neutropénia grave associada a febre ou infecção ou cujo tratamento foi adiado devido a
neutropénia, a dose deve ser diminuída em 20% para 0,60 mg/m
/dia nos ciclos seguintes
(ou subsequentemente diminuída para 0,45 mg/m
/dia, se necessário).
As doses devem ser igualmente diminuídas se a contagem de plaquetas descer para
valores inferiores a 25 x 10
Posologia em doentes com disfunção renal
Monoterapia (carcinoma do ovário e carcinoma do pulmão de pequenas células)
Os dados disponíveis são insuficientes para se recomendar uma dose em doentes com
depuração da creatinina inferior a 20 ml/min. Dados limitados indicam que a dose deve
ser diminuída em doentes com disfunção renal moderada. A dose recomendada para o
topotecano em monoterapia em doentes com carcinoma do ovário ou com carcinoma do
pulmão de pequenas células e uma depuração da creatinina entre 20 ml/min e 39 ml/min
é de 0,75 mg/m
/dia durante 5 dias consecutivos.
Terapêutica de associação (carcinoma do colo do útero)
Nos estudos clínicos com topotecano em associação com cisplatina, para o tratamento do
cancro do colo do útero, a terapêutica só foi iniciada em doentes com creatinina sérica
inferior ou igual a 1,5 mg/dl. Se, durante a terapêutica de associação
topotecano/cisplatina, os valores da creatinina sérica excederem 1,5 mg/dl, recomenda-se
que seja consultado o Resumo das Características do Medicamento para mais
informações sobre a diminuição da dose e continuação da administração de cisplatina. Se
a cisplatina for interrompida, não existem dados suficientes no que respeita à continuação
da monoterapia com topotecano em doentes com cancro do colo do útero.
População pediátrica
A experiência em crianças é limitada; consequentemente, não se podem fazer
recomendações relacionadas com o tratamento de doentes pediátricos com topotecano
(ver secções 5.1 e 5.2).
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4.3 Contra-indicações
O topotecano é contra-indicado em doentes que:
− Têm antecedentes de hipersensibilidade grave ao topotecano ou a qualquer dos
excipientes;
− Estão a amamentar (ver secção 4.6);
− Já têm uma depressão grave da medula óssea antes do início do primeiro ciclo de
tratamento, demonstrada por uma contagem inicial de neutrófilos <1,5 x 10
/l e/ou uma
contagem plaquetária <100 x 10
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
A toxicidade hematológica está relacionada com a dose e o hemograma completo,
incluindo as plaquetas, deve ser monitorizado com regularidade (ver secção 4.2).
Como com outros medicamentos citotóxicos, o topotecano pode causar mielodepressão
grave. Foi notificada mielossupressão que causou sépsis e mortes resultantes da sépsis em
doentes tratados com topotecano (ver secção 4.8).
A neutropénia induzida pelo topotecano pode causar colite neutropénica. Casos fatais
causados por colite neutropénica foram notificados em ensaios clínicos com topotecano.
Deve considerar-se a possibilidade de colite neutropénica em doentes que apresentem
febre, neutropénia e um padrão compatível de dor abdominal.
O topotecano foi associado a notificações de doença pulmonar intersticial (DPI), algumas
fatais (ver secção 4.8). Os factores de risco subjacentes incluem antecedentes de DPI,
fibrose pulmonar, cancro do pulmão, exposição torácica à radiação e utilização de
medicamentos pneumotóxicos e/ou factores estimuladores de colónias. Os doentes devem
ser monitorizados quanto a sintomas pulmonares indicativos de doença pulmonar
intersticial (ex., tosse, febre, dispneia e/ou hipoxia), e o topotecano deve ser interrompido
se for confirmado um novo diagnóstico de DPI.
O topotecano e o topotecano em associação com cisplatina são frequentemente
associados a trombocitopénia clinicamente relevante. Este facto deve ser tido em
consideração, por exemplo, nos casos em que são considerados para terapêutica doentes
com risco aumentado de hemorragia tumoral.
Como previsto, os doentes com um mau estado de desempenho [PS (performance status)
>1] têm uma taxa de resposta mais baixa e uma maior incidência de complicações como
febre, infecção e sépsis (ver secção 4.8). É importante a avaliação precisa do estado de
desempenho na altura em que é administrada a terapêutica, para assegurar que os doentes
não sofrem uma deterioração para o estado de desempenho 3.
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INFARMED
Não existe experiência da utilização de topotecano em doentes com disfunção grave da
função renal (depuração da creatinina <20 ml/min) ou com uma disfunção hepática grave
(bilirrubina sérica
10 mg/dl) devida a cirrose. Não se recomenda a utilização de
topotecano neste grupo de doentes.
Administrou-se a um pequeno número de doentes com disfunção hepática (bilirrubina
sérica entre 1,5 mg/dl e 10 mg/dl) 1,5 mg/m
durante cinco dias em intervalos de três
semanas. Observou-se uma diminuição da depuração do topotecano, contudo, os dados
disponíveis são insuficientes para se recomendar uma dose neste grupo de doentes.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não foram realizados estudos de interacção farmacocinética in vivo no ser humano.
O topotecano não inibe as enzimas P450 humanas (ver secção 5.2). Num estudo
populacional, a administração concomitante de granisetron, ondansetrom, morfina ou de
corticosteróides não pareceu ter um efeito significativo na farmacocinética do topotecano
total (formas activa e inactiva).
Quando se associa o topotecano a outros agentes quimioterapêuticos, pode ser necessário
efectuar a diminuição da dose de cada um dos medicamentos para melhorar a
tolerabilidade. Contudo, ao efectuar-se a associação com agentes contendo platina,
observa-se uma interacção distinta dependente da sequência, consoante o agente
contendo platina é administrado no dia 1 ou no dia 5 do ciclo terapêutico de topotecano.
Se a cisplatina ou a carboplatina for administrada no dia 1 do ciclo terapêutico de
topotecano, deve ser administrada uma dose mais baixa de cada agente para melhorar a
tolerabilidade em comparação com a dose de cada agente que pode ser administrada se o
agente com platina for administrado no dia 5 do ciclo terapêutico de topotecano.
Quando o topotecano (0,75 mg/m
/dia durante 5 dias consecutivos) e a cisplatina
(60 mg/m
/dia no Dia 1) foram administrados em 13 doentes com cancro do ovário,
observou-se um ligeiro aumento da AUC (12%, n=9) e da C
(23%, n=11) no dia 5.
Considera-se que é pouco provável que este aumento tenha relevância clínica.
4.6 Gravidez e aleitamento
Como com toda a quimioterapia citotóxica, devem ser aconselhados métodos
contraceptivos eficazes quando um dos parceiros é tratado com topotecano.
Demonstrou-se, em estudos pré-clínicos, que o topotecano causa letalidade embriofetal e
malformações (ver secção 5.3).
Como com outros medicamentos citotóxicos, o
topotecano pode causar lesão fetal e, por conseguinte, mulheres com potencial de procriar
devem ser aconselhadas a evitar engravidar durante a terapêutica com topotecano.
Se o
topotecano for utilizado durante a gravidez ou se a doente engravidar durante a
terapêutica com topotecano, deve ser totalmente informada do perigo potencial para o
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feto, sendo recomendado aconselhamento genético. O topotecano só deve ser utilizado
durante a gravidez se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.
O topotecano é contra-indicado durante o aleitamento (ver secção 4.3).
Embora não se
saiba se o topotecano é excretado no leite materno humano, a amamentação deve ser
interrompida no início da terapêutica.
Não foram observados efeitos na fertilidade de machos ou fêmeas nos estudos de
toxicidade reprodutiva em ratos (ver secção 5.3).
Contudo, como com outros
medicamentos citotóxicos, o topotecano é genotóxico e não se podem excluir efeitos
sobre a fertilidade, incluindo sobre a fertilidade masculina.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Contudo, deve ter-se cuidado durante a condução ou utilização de máquinas se persistir
fadiga e astenia.
4.8 Efeitos indesejáveis
Nos estudos clínicos para determinação da dose que envolveram 523 doentes com recidiva
de cancro do ovário e 631 doentes com recidiva de cancro do pulmão de pequenas
células, verificou-se que a toxicidade limitante da dose de topotecano em monoterapia
foi a toxicidade hematológica.
A toxicidade foi previsível e reversível. Não houve sinais
clínicos de toxicidade hematológica ou não hematológica cumulativa.
O perfil de acontecimentos adversos do topotecano, quando administrado em
associação com a cisplatina nos ensaios clínicos do cancro do colo do útero, é
consistente com o observado com topotecano em monoterapia
A toxicidade hematológica
global é mais baixa em doentes tratados com topotecano em associação com cisplatina, em
comparação com o topotecano em monoterapia, mas é mais elevada do que com a
cisplatina isolada.
Observaram-se acontecimentos adversos adicionais quando o topotecano foi
administrado em associação com cisplatina, contudo, estes acontecimentos adversos
foram observados com a cisplatina em monoterapia e não são atribuíveis ao topotecano.
Deve consultar-se o Resumo das Características do Medicamento da cisplatina para a lista
completa de acontecimentos adversos associados à utilização da cisplatina.
Os dados integrados de segurança relativos ao topotecano em monoterapia são
apresentadas a seguir.
As reacções adversas estão indicadas a seguir por classes de sistemas de órgãos e
frequência absoluta (todos os acontecimentos notificados). As frequências são definidas
utilizando a seguinte convenção:
APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
Muito frequentes (
1/10),
Frequentes (
1/100 a <1/10),
Pouco frequentes (
1/1.000 a <1/100),
Raros (
1/10.000 a <1/1000),
Muito raros (< 1/10000),
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de
cada classe de frequência.
Doenças do sangue e do sistema linfático:
Muito frequentes
Neutropénia febril, neutropénia (ver Doenças gastrointestinais), trombocitopénia, anemia,
leucopenia
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino:
Raros
Doença pulmonar intersticial
Doenças do sistema imunitário:
Frequentes
Reacção de hipersensibilidade incluindo exantema cutâneo
Raros
Reacção anafiláctica, angioedema, urticária
Doenças do metabolismo e da nutrição:
Muito frequentes
Anorexia (que pode ser grave)
Infecções e infestações:
Muito frequentes
Infecção
Frequentes
Sépsis
Doenças gastrointestinais:
Muito frequentes
Náuseas, vómitos e diarreia (todos podem ser graves), obstipação, dor abdominal* e
mucosite
Foi notificada a ocorrência de colite neutropénica, incluindo colite neutropénica fatal,
como complicações da neutropénia induzida pelo topotecano (ver secção 4.4)
Afecções hepatobiliares:
Frequentes
Hiperbilirrubinemia
APROVADO EM
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INFARMED
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Muito frequentes
Alopécia
Frequentes
Prurido
Perturbações gerais e alterações no local de administração:
Muito frequentes
Pirexia, astenia, fadiga
Frequentes
Mal-estar
Muito raros
Extravasamento*
* O extravasamento foi comunicado muito raramente.
As reacções foram ligeiras e, em
geral, não necessitaram de terapêutica específica
A incidência dos acontecimentos adversos acima indicados tem o potencial de ocorrer
com maior frequência em doentes que têm um mau estado de desempenho (ver secção
4.4).
As frequências associadas aos acontecimentos adversos hematológicos e não
hematológicos, abaixo indicadas, representam os acontecimentos adversos considerados
como estando relacionados ou possivelmente relacionados com a terapêutica de
topotecano
Hematológicos
Neutropénia:
grave (contagem de neutrófilos
<
0,5 x 10
/l) observada durante o 1.º ciclo
em 55% dos doentes, com uma duração igual ou superior a 7 dias em 20% e, no global,
em 77% dos doentes (39% dos ciclos).
A febre ou infecção, associada a neutropénia
grave, ocorreu em 16% dos doentes durante o 1.º ciclo e, no global, em 23% dos doentes
(6% dos ciclos).
O tempo médio até ao início da neutropénia grave foi de 9 dias e a
duração média foi de 7 dias.
A neutropénia grave persistiu para além de 7 dias, no
global, em 11% dos ciclos.
De todos os doentes tratados nos ensaios clínicos (incluindo
os doentes com neutropénia grave e os doentes que não desenvolveram uma neutropénia
grave), 11% (4% dos ciclos) desenvolveram febre e 26% (9% dos ciclos)
desenvolveram infecção.
Além disso, 5% de todos os doentes tratados (1% dos ciclos)
desenvolveram sépsis (ver secção 4.4).
Trombocitopénia:
grave (contagem de plaquetas inferior a 25 x 10
/l) observada em 25%
dos doentes (8% dos ciclos), moderada (plaquetas entre 25,0 e 50,0 x 10
/l) observada
em 25% dos doentes (15% dos ciclos).
O tempo médio até ao aparecimento da
trombocitopénia grave foi o Dia 15 e a duração média foi de 5 dias. Foram administradas
transfusões de plaquetas em 4% dos casos. Notificações de sequelas significativas
APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
associadas à trombocitopénia incluindo mortes devido a hemorragia tumoral foram pouco
frequentes.
Anemia: moderada a grave (Hb
8,0 g/dl) em 37% dos doentes (14% dos ciclos). Foram
administradas transfusões de eritrócitos em 52% dos doentes (21% dos ciclos).
Não hematológicos:
Os efeitos não hematológicos notificados com frequência consistiram em efeitos
gastrointestinais como náuseas (52%), vómitos (32%) e diarreia (18%), obstipação (9%)
e mucosite (15%).
A incidência de náuseas, vómitos, diarreia e mucosite graves (grau 3
ou 4) foi respectivamente de 4%, 3%, 2%, e 1%.
Também foram notificados casos de dor abdominal ligeira em 4% dos doentes.
Observou-se fadiga em aproximadamente 25% e astenia em 16% dos doentes durante o
tratamento com topotecano.
A incidência de fadiga e astenia graves (grau 3 ou 4) foi
respectivamente de 3% e 3%.
Observou-se alopécia total ou marcada em 30% dos doentes e alopécia parcial em 15%
dos doentes
Outros acontecimentos graves que ocorreram em doentes, registados como relacionados
ou possivelmente relacionados com o tratamento com topotecano foram anorexia (12%),
mal-estar (3%) e hiperbilirrubinémia (1%).
As reacções de hipersensibilidade incluindo exantema cutâneo, urticária, angioedema e
reacções anafilácticas foram notificadas raramente.
Em ensaios clínicos, o exantema
cutâneo foi notificado em 4% dos doentes e o prurido em 1,5% dos doentes.
4.9 Sobredosagem
Não existe um antídoto conhecido para a sobredosagem com topotecano. As principais
complicações previstas da sobredosagem consistem em supressão da medula óssea e
mucosite.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 16.1.4. Medicamentos antineoplásicos e
imumodeladores.Inibidores da topoisomerase I, código ATC: L01XX17.
A actividade antitumoral do topotecano caracteriza-se pela inibição da
topoisomerase-I, uma enzima intimamente implicada na replicação do ADN porque
APROVADO EM
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INFARMED
alivia a tensão de torção produzida pelo avanço do garfo de replicação.
O topotecano
inibe a topoisomerase-I estabilizando o complexo covalente da enzima e da cadeia
clivada do ADN, que é um produto intermédio do mecanismo catalítico.
A consequência
a nível celular da inibição da topoisomerase-I pelo topotecano é a indução de quebras
de cadeias simples do ADN associadas à proteína.
Recidiva do cancro do ovário
Num estudo comparativo do topotecano e paclitaxel, realizado em doentes com
carcinoma do ovário previamente tratadas com quimioterapia à base de platina (n = 112 e
114, respectivamente), a taxa de resposta (IC 95%) foi de 20,5% (13%, 28%) versus 14%
(8%, 20%) e o tempo médio até à progressão foi de 19 semanas versus 15 semanas
(índice de risco de 0,7 [0,6, 1,0]), para o topotecano e paclitaxel, respectivamente. A
sobrevida global média foi de 62 semanas com topotecano versus 53 semanas com
paclitaxel (índice de risco de 0,9 [0,6, 1,3]).
A taxa de resposta no programa integral do carcinoma do ovário (n = 392, todas as
doentes previamente tratadas com cisplatina ou com cisplatina e paclitaxel) foi de 16%.
Nos ensaios clínicos, o tempo médio até à resposta foi de 7,6 a 11,6 semanas.
doentes refractárias ou que recidivaram num período de três meses após terapêutica com
cisplatina (n = 186), a taxa de resposta foi de 10%.
Estes dados devem ser avaliados no contexto do perfil de segurança global do
medicamento, especialmente no que
respeita à toxicidade hematológica importante (ver
secção 4.8).
Efectuou-se uma análise retrospectiva suplementar com base nos dados obtidos de
523 doentes com recidiva de cancro do ovário.
No total, foram observadas 87 respostas
completas e parciais, das quais 13 ocorreram no 5.º e 6.º ciclos, e 3 ocorreram
posteriormente.
Das doentes às quais se administraram mais de 6 ciclos terapêuticos, 91%
completaram o estudo tal como planeado ou foram tratadas até progressão da doença
apenas 3% de abandonos devido a acontecimentos adversos.
Recidiva de CPPC
Um ensaio clínico de fase III comparou o topotecano oral mais os Melhores Cuidados de
Suporte (BSC - Best Supportive Care)) [n=71] com BSC isolado [n=70] em doentes que
recidivaram após terapêutica de primeira linha [tempo médio até à progressão [TMP] a
partir da terapêutica de primeira linha:
84 dias com topotecano oral + BSC, 90 dias com
BSC] e nos quais não foi considerada apropriada a repetição do tratamento com
quimioterapia intravenosa.
O grupo de topotecano oral mais BSC apresentou uma
melhoria estatisticamente significativa na sobrevida global em comparação com o grupo
com BSC isolado (p=0,0104 pelo teste de log-rank).
O índice de risco não ajustado
para o grupo de topotecano oral mais BSC em relação ao grupo de BSC isolado foi de
0,64 (IC 95%:
0,45, 0,90). A sobrevida média em doentes tratados com topotecano +
BSC foi de 25,9 semanas [IC 95%: 18,3, 31,6] em comparação com 13,9 semanas [IC
95%: 11,1, 18,6] em doentes a receber BSC isolado [p=0,0104].
APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
As auto-notificações dos doentes sobre os seus sintomas, utilizando uma avaliação sem
ocultação, demonstraram uma tendência consistente para o benefício dos sintomas com
topotecano oral + BSC.
Um estudo de Fase 2 (
Estudo 065) e um estudo de Fase 3 (Estudo 396) foram realizados
para avaliar a eficácia de topotecano oral versus topotecano intravenoso em doentes que
tinham recidivado
90 dias após terminarem um regime anterior de quimioterapia (ver
Tabela 1).
O topotecano oral e intravenoso foi associado a um alívio semelhante dos
sintomas em doentes com recidiva de CPPC sensível em doentes que efectuaram a auto-
avaliação dos seus sintomas numa escala sem ocultação em cada um destes dois estudos.
Tabela 1. Resumo da sobrevivência, taxa de resposta e tempo até progressão em doentes
com CPPC tratados com topotecano oral ou topotecano intravenoso
Estudo 065
Estudo 396
Topotecano
oral
Topotecano
intravenoso
Topotecano
oral
Topotecano
intravenoso
(N = 52)
(N = 54)
(N = 153)
(N = 151)
Sobrevida média (semanas)
32,3
25,1
33,0
35,0
(IC 95%)
(26,3, 40,9)
(21,1, 33,0)
(29,1, 42,4)
(31,0, 37,1)
Índice de risco (HR) (IC 95%)
0,88 (0,59, 1,31)
0,88 (0,7, 1,11)
Taxa de resposta (%)
23,1
14,8
18,3
21,9
(IC 95%)
(11,6, 34,5)
(5,3, 24,3)
(12,2, 24,4)
(15,3, 28,5)
Diferença na taxa de resposta
(IC 95%)
(-6,6, 23,1)
-3,6
(-12,6, 5,5)
Tempo médio até à progressão
(semanas)
14,9
13,1
11,9
14,6
(IC 95%)
(8,3, 21,3)
(11,6, 18,3)
(9,7, 14,1)
(13,3, 18,9)
Índice de risco (HR) (IC 95%)
0,90 (0,60, 1,35)
1,21 (0,96, 1,53)
N = número total de doentes tratados.
IC = intervalo de confiança.
Num outro ensaio aleatorizado de fase III que comparou o topotecano intravenoso com a
ciclofosfamida, Adriamycin (doxorrubicina) e vincristina (CAV) em doentes com
recidiva de CPPC sensível, a taxa de resposta global foi de 24,3% com o topotecano em
comparação com 18,3% no grupo de CAV.
O tempo médio até à progressão foi
semelhante nos dois grupos (13,3 semanas e 12,3 semanas, respectivamente).
Nos dois
grupos, as sobrevidas médias foram respectivamente de 25,0 e de 24,7 semanas. O índice
de risco para a sobrevida com topotecano IV em relação à CAV foi de 1,04 (IC 95%:
0,78 – 1,40).
A taxa de resposta ao topotecano no programa combinado do cancro do pulmão de
pequenas células [n = 480] em doentes com recidiva de doença sensível à terapêutica de
APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
primeira linha foi de 20,2%. A sobrevida média foi de 30,3 semanas (IC 95%: 27,6,
33,4).
A taxa de resposta ao topotecano numa população de doentes com CPPC refractário
(aqueles que não respondem à terapêutica de primeira linha) foi de 4,0%.
Carcinoma do colo do útero
Num ensaio clínico de fase III, comparativo, aleatorizado, conduzido pelo
Gynaecological Oncology Group (GOG 0179), o topotecano mais cisplatina (n=147) foi
comparado com a cisplatina em monoterapia (n=146) para o tratamento do carcinoma do
colo do útero persistente, confirmado histologicamente, recorrente ou de estadio IVB, nos
casos em que o tratamento curativo com cirurgia e/ou radioterapia não foi considerado
apropriado.
O topotecano mais cisplatina apresentou um benefício estatisticamente
significativo na sobrevida global em relação à cisplatina em monoterapia, após ajuste para
análises provisórias (p=0,033 pelo teste de log-rank).
Resultados do Estudo GOG-0179
População com intenção de tratar (ITT)
Cisplatina
50mg/m
d. 1
q21 d.
Cisplatina 50mg/m
Topotecano
0.75mg/m
Sobrevida (meses)
(n= 146)
(n = 147)
Mediana (IC 95%)
6,5 (5,8, 8,8)
9,4 (7,9, 11,9)
Índice de risco (HR) (IC
95%)
0,76 (0,59-0,98)
Valor p pelo teste de
log-rank
0,033
Doentes sem quimioradioterapia prévia com cisplatina
Cisplatina
Topotecano/Cisplatina
Sobrevida (meses)
(n= 46)
(n = 44)
Mediana (IC 95%)
8,8 (6,4, 11,5)
15,7 (11,9, 17,7)
Índice de risco (HR) (IC
95%)
0,51 (0,31, 0,82)
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INFARMED
Doentes com quimioradioterapia prévia com cisplatina
Cisplatina
Topotecano/Cisplatina
Sobrevida (meses)
(n= 72)
(n = 69)
Mediana (IC 95%)
5,9 (4,7, 8,8)
7,9 (5,5, 10,9)
Índice de risco (HR) (IC
95%)
0,85 (0,59, 1,21)
Em doentes (n=39) com recorrência num período de 180 dias após quimioradioterapia
com cisplatina, a sobrevida média no braço de topotecano mais cisplatina foi 4,6 meses
(I.C. 95%: 2,6; 6,1) versus 4,5 meses (I.C. 95%: 2,9; 9,6) no braço de cisplatina com um
índice de risco de 1,15 (0,59; 2,23). EM doentes (n=102) com recorrência num período de
180 dias, a sobrevida média no braço de topotecano mais cisplatina foi 9,9 meses (I.C.
95%: 7; 12,6) versus 6,3 meses (I.C. 95%: 4,9; 9,5) no braço de cisplatina com um índice
de risco de 0,75 (0,49; 1,16).
População pediátrica
O topotecano também foi avaliado na população pediátrica, contudo,
os dados de eficácia
e segurança disponíveis são limitados.
Num ensaio aberto envolvendo crianças (n=108, grupo etário:
crianças até aos 16 anos
de idade) com tumores sólidos recorrentes ou progressivos, o topotecano foi administrado
numa dose inicial de 2,0 mg/m
, sob a forma de uma perfusão de 30 minutos durante
5 dias, repetido em intervalos de 3 semanas durante um ano, dependendo da resposta à
terapêutica.
Os tipos de tumores incluídos foram sarcoma de Ewing/tumor
neuroectodérmico primitivo, neuroblastoma, osteoblastoma e rabdomiossarcoma.
actividade antitumoral foi demonstrada principalmente em doentes com neuroblastoma.
As toxicidades do topotecano em doentes pediátricos com tumores sólidos, recorrentes
ou refractários, foram semelhantes às observadas anteriormente em doentes adultos
Neste
estudo, quarenta e seis doentes (43%) receberam G-CSF em 192 ciclos (42,1%), sessenta
e cinco doentes (60%) receberam transfusões de concentrados de eritrócitos e cinquenta
doentes (46%) receberam plaquetas, em 139 e 159 ciclos (30,5% e 34,9%)
respectivamente.
Num estudo farmacocinético em doentes pediátricos com tumores
sólidos refractários, com base na mielossupressão como toxicidade limitante da dose, a
dose máxima tolerada (DMT) foi estabelecida em 2,0 mg/m
/dia com G-CSF e em
1,4 mg/m
/dia sem G-CSF (ver secção 5.2).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Após administração intravenosa de topotecano em doses de 0,5 mg/m
a 1,5 mg/m
perfusão diária de 30 minutos durante cinco dias, o topotecano demonstrou ter uma
depuração plasmática elevada de 62 l/h (DP 22), correspondendo aproximadamente a dois
terços do fluxo sanguíneo hepático.
O topotecano apresentou também um volume de
distribuição elevado, de cerca de 132 l, (DP 57) e uma semi-vida relativamente curta de 2 a
APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
3 horas.
A comparação dos parâmetros farmacocinéticos não sugeriu nenhuma
alteração na farmacocinética durante os 5 dias de administração.
A área sob a curva
aumentou aproximadamente em proporção com o aumento da dose.
Existe pouca ou
nenhuma acumulação de topotecano com a administração diária de doses repetidas e não
existe evidência de alteração na farmacocinética após doses múltiplas.
Os estudos pré-
clínicos indicam que a ligação do topotecano às proteínas plasmáticas é baixa (35%) e a
distribuição entre as células sanguíneas e o plasma foi bastante homogénea.
A eliminação de topotecano foi apenas parcialmente investigada no ser humano. A
principal via de depuração do topotecano foi por hidrólise do anel de lactona para formar
o anel aberto de carboxilato.
O metabolismo é responsável por menos de 10% da eliminação de topotecano.
metabolito N-desmetilado, que demonstrou, num ensaio de cultura de células, possuir
uma actividade semelhante ou inferior ao composto de origem, foi encontrado na
urina, plasma e fezes.
A relação média da AUC metabolito:composto de origem foi
inferior a 10% tanto para o topotecano como para o topotecano-lactona. Foi identificado
na urina um metabolito resultante da O-glucuronidação do topotecano e do N-desmetil-
topotecano.
A recuperação total dos produtos de eliminação relacionados com o medicamento após
cinco doses diárias de topotecano foi de 71% a 76% da dose intravenosa administrada.
Aproximadamente 51% foi excretado como topotecano total e 3% foi excretado como N-
desmetil-topotecano na urina.
A eliminação fecal de topotecano total correspondeu a
18%, enquanto que a eliminação fecal de N-desmetil-topotecano foi de 1,7%.
Em geral, o
metabolito N-desmetilado contribuiu com uma média inferior a 7% (intervalo de 4 - 9%),
do total dos produtos relacionados com o medicamento detectado na urina e fezes.
quantidade de O-glucurónido conjugado do topotecano e de O-glucurónido conjugado do
N-desmetil-topotecano detectada na urina foi inferior a 2,0%.
Dados in vitro utilizando microssomas hepáticos humanos indicam a formação de
pequenas quantidades de topotecano N-desmetilado.
In vitro, o topotecano não inibiu as
enzimas P450 humanas CYP1A2, CYP2A6, CYP2C8/9, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E,
CYP3A ou CYP4A, nem inibiu as enzimas citosólicas humanas di-hidropirimidina ou
xantina-oxidase.
Quando administrado em associação com cisplatina (cisplatina no dia 1, topotecano nos
dias 1 a 5), a depuração de topotecano diminuiu no dia 5 em relação ao dia 1 (19,1 l/h/m2
em comparação com 21,3 l/h/m2 [n=9]) (ver secção 4.5).
A depuração plasmática em doentes com disfunção hepática (bilirrubina sérica entre
1,5 mg/dl e 10 mg/dl) diminuiu para cerca de 67% em comparação com um grupo de
controlo de doentes. A semi-vida do topotecano aumentou em cerca de 30% mas não se
observou nenhuma alteração nítida no volume de distribuição. A depuração plasmática do
APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
topotecano total (formas activa e inactiva) em doentes com disfunção hepática diminuiu
apenas em cerca de 10% quando comparada com o grupo controlo de doentes.
A depuração plasmática em doentes com disfunção renal (depuração da creatinina entre
41 ml/min e 60 ml/min) diminuiu para cerca de 67% em comparação com doentes de
controlo. O volume de distribuição diminuiu ligeiramente e, em consequência, a semi-
vida aumentou apenas 14%.
Em doentes com disfunção renal moderada, a depuração
plasmática do topotecano diminuiu para 34 % do valor observado em doentes de
controlo.
A semi-vida média diminuiu de 1,9 horas para 4,9 horas.
Num estudo populacional, vários factores incluindo a idade, peso e ascite não tiveram um
efeito significativo na depuração do topotecano total (formas activa e inactiva).
População pediátrica
A farmacocinética do topotecano quando administrado sob a forma de uma perfusão de
30 minutos durante 5 dias foi avaliada em dois estudos.
Um dos estudos incluiu um
intervalo de doses entre 1,4 mg/m
e 2,4 mg/m
em crianças (entre os 2 e 12 anos, n=18),
adolescentes (entre os 12 e 16 anos, n=9) e adultos jovens (entre os 16 e 21 anos, n=9)
com tumores sólidos refractários.
O segundo estudo incluiu um intervalo de doses entre
2,0 mg/m
e 5,2 mg/m
em crianças (n=8), adolescentes (n=3) e jovens adultos (n=3) com
leucemia.
Nestes estudos, não se observaram diferenças aparentes na farmacocinética
do topotecano em crianças, adolescentes e jovens adultos com tumores sólidos ou
leucemia, embora os dados sejam demasiado limitados para se poderem tirar conclusões
definitivas.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
O topotecano, devido ao seu mecanismo de acção, é genotóxico para as células de
mamíferos (células de linfoma de ratinho e linfócitos humanos)
in vitro
e para as
células da medula óssea de ratinho
in vivo
O topotecano também demonstrou causar
letalidade embriofetal quando administrado a ratos e a coelhos.
Nos estudos de toxicidade reprodutiva com topotecano em ratos não se observaram
efeitos na fertilidade de machos ou fêmeas; contudo, observou-se nas fêmeas uma super-
ovulação e um aumento ligeiro de perdas pré-implantação.
O potencial carcinogénico do topotecano não foi estudado.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Ácido tartárico
Manitol (E421)
APROVADO EM
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INFARMED
Ácido clorídrico (para ajuste do pH)
Hidróxido de sódio (para ajuste do pH)
6.2 Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado
com outros medicamentos.
6.3 Prazo de validade
Prazo de validade do frasco para injectáveis fechado:
2 anos.
Prazo de validade após reconstituição e diluição:
O medicamento deve ser utilizado imediatamente após reconstituição, porque não contém
nenhum conservante antibacteriano. Se a r
econstituição for efectuada em condições de
assepsia rigorosas (ex., numa câmara de fluxo laminar), o medicamento deve ser
utilizado (incluindo a perfusão completa) num período de 12 horas se conservado à
temperatura ambiente ou de 24 horas se conservado a 2°C e 8°C após a primeira
perfuração do frasco para injectáveis.
A estabilidade físico-química do medicamento após a diluição nas soluções
recomendadas para perfusão (ver secção 6.6) foi demonstrada durante 24 horas a 2°C -
8°C e a 25°C.
6.4 Precauções especiais de conservação
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Condições de conservação do medicamento reconstituído e diluído, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
O medicamento é acondicionado em frascos para injectáveis de vidro transparente Tipo I
de forma tubular de 5 ml, fechados com uma tampa de borracha de bromobutilo cinzento
de 20 mm e selados com uma cápsula vermelha de destacar de 20 mm.
1 frasco para injectáveis por embalagem.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Cloridrato de topotecano 4 mg pó para concentrado para solução para perfusão deve ser
reconstituído com 4 ml de água para preparações injectáveis. A solução reconstituída é
amarelo clara e contém 1 mg por ml de topotecano. É necessária uma diluição adicional
do volume apropriado da solução reconstituída com uma solução para perfusão
APROVADO EM
03-12-2009
INFARMED
intravenosa de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) ou com uma solução para perfusão
intravenosa de glucose a 5% (p/v) para perfazer uma concentração final entre 25 µg/ml e
50 µg/ml.
Devem ser adoptados os procedimentos normais de manuseamento e eliminação correctas
de medicamentos anticancerígenos, nomeadamente:
− O pessoal deve ter a formação adequada para efectuar a reconstituição do
medicamento.
− As profissionais de saúde grávidas não podem trabalhar com este medicamento.
− O pessoal que manuseie este medicamento deve usar vestuário de protecção incluindo
máscara, óculos de protecção e luvas durante a reconstituição.
Todo o material utilizado para a administração ou limpeza, incluindo luvas, deve ser
colocado em sacos para eliminação de resíduos de alto risco para incineração a altas
temperaturas.
Os resíduos líquidos devem ser eliminados com grandes quantidades de
água.
− O contacto acidental com a pele ou olhos deve ser lavado imediatamente com água em
abundância.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Accord Healthcare Limited
Sage House, 319 Pinner Road
North Harrow, Middlesex, HA1 4HF
Reino Unido
8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO