Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
16-01-2009
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APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Topiramato Vermedis 200 mg Comprimido revestido por película
Topiramato
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
-Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico
Neste folheto:
1. O que é o Topiramato Vermedis e para que é utilizado
2. Antes de tomar Topiramato Vermedis
3. Como tomar Topiramato Vermedis
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar o Topiramato Vermedis
6. Outras informações
1. O QUE É O Topiramato Vermedis E PARA QUE É UTILIZADO
Topiramato
Vermedis
pertence
grupo
medicamentos
chamado
antiepilépticos e anticonvulsivantes.
O Topiramato Vermedis está indicado no tratamento de:
Epilepsia:
-como monoterapia em doentes com epilepsia recentemente diagnosticada ou para a
conversão a monoterapia em doentes com epilepsia.
-como terapêutica adjuvante para adultos e crianças (de idade igual ou superior a 2
anos) com crises parciais ou crises generalizadas tónicoclónicas.
-como terapêutica adjuvante para adultos e crianças com crises associadas ao
síndroma de Lennox-Gastault.
2. ANTES DE TOMAR Topiramato Vermedis
Não tome Topiramato Vermedis
-se tem hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer outro componente do
medicamento;
Tome especial cuidado com Topiramato Vermedis
anti-epilépticos,
incluindo
Topiramato
Vermedis,
devem
retirados
gradualmente para minimizar o potencial de aumento da frequência das crises. Nos
ensaios clínicos realizados em adultos, as doses foram diminuídas em 100 mg/dia,
em intervalos semanais. Em alguns doentes, a retirada da medicação foi acelerada
sem que tenham surgido complicações.
A via renal é a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus
metabolitos. A eliminação renal depende da função renal e é independente da idade.
Os doentes com insuficiência renal moderada ou grave podem necessitar de 10 a 15
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dias até serem atingidas as concentrações plasmáticas no estado estacionário,
comparativamente aos 4 a 8 dias observados em doentes com função renal normal.
Tal como sucede com todos os doentes, o esquema posológico de titulação deve ser
guiado pelos resultados clínicos (por ex.: controle de crises, evitar o surgimento de
efeitos secundários), tendo em conta que os insuficientes renais podem necessitar
dum período de tempo mais prolongado até atingirem o estado estacionário em cada
dose.
É muito importante fazer uma hidratação adequada quando se toma topimarato. A
hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver a seguir). Uma hidratação
apropriada antes e durante actividades como exercício ou exposição a temperaturas
altas pode reduzir o risco de efeitos secundários relacionados com o calor (ver
secção Efeitos Secundários).
Perturbações do humor/depressão
Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão
durante o tratamento com topiramato.
Tentativa de suicídio
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepiléticos como o
Topiramato Vermedis teve pensamentos de auto-agressão e suicídio. Se a qualquer
momento tiver estes pensamentos deve contactar imediatamente o seu médico
Nas fases em dupla ocultação de ensaios clínicos com topiramato em indicações
aprovadas e em investigação, ocorreram tentativas de suicídio numa taxa de 0,003
(13 eventos/3999 doentes por ano) com topiramato versus 0 (0 ocorrências/1430
doentes por ano) com placebo. Foi relatado um suicídio completado num ensaio em
doença bipolar com um doente a tomar topiramato.
Nefrolitíase
Nalguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, pode
ser maior o risco de formação de cálculos renais com sinais e sintomas associados,
tais como cólica renal, dor renal ou dor nos flancos. Recomenda-se hidratação
adequada para reduzir este risco.
Os factores de risco para nefrolitíase incluem a formação prévia de cálculos,
antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes factores de
risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento
com topiramato. Além disso, os doentes em tratamento com outros medicamentos
associados ao risco de nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior risco.
Função hepática diminuída
doentes
função
hepática
diminuída,
recomenda-se
precaução
administração de topiramato, pois pode estar diminuída a depuração deste fármaco.
Miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado
Um síndroma consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo
fechado foi descrito em doentes tratados com topiramato. Os sintomas incluem início
agudo de diminuição da acuidade visual e/ou dor ocular. Os achados oculares
incluem miopia, edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão) e
aumento da pressão intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Este
síndroma pode estar associado com derrame supraciliar resultando no deslocamento
anterior do cristalino e íris, com glaucoma secundário do ângulo fechado. Os
sintomas ocorrem tipicamente dentro de um mês do início da terapêutica com
topiramato. Em contraste com o glaucoma primário do ângulo fechado, que é raro
em indivíduos com menos de 40 anos de idade, o glaucoma secundário do ângulo
fechado associado a topiramato foi descrito em doentes em idade pediátrica, bem
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como em adultos. O tratamento inclui a interrupção de topiramato, tão rapidamente
quanto possível e de acordo com a opinião do médico, e medidas adequadas para
reduzir a pressão intraocular. Estas medidas geralmente resultam na diminuição da
pressão intraocular.
Acidose metabólica
A acidose metabólica, sem anion-gap, hiperclorémia (ex: níveis de bicarbonato de
sódio diminuídos para valores inferiores ao intervalo de referência normal na
ausência de alcalose respiratória) está associada com o tratamento com topiramato.
Este decréscimo do bicarbonato de sódio sérico é devido ao efeito inibidor de
topiramato
sobre
anidrase
carbónica
renal.
Geralmente,
decréscimo
bicarbonato ocorre no início do tratamento, embora possa ocorrer a qualquer
momento do tratamento. Estes decréscimos são geralmente ligeiros a moderados (a
média de decréscimo é maior ou igual a 4 mmol/l em doses de 100 mg/dia em
adultos e de aproximadamente 6 mg/kg/dia em crianças). Raramente os doentes
apresentaram decréscimos para valores inferiores a 10 mmol/l. Certas condições ou
terapêuticas
predisponentes
para
acidose
(tais
como
doença
renal,
doenças
respiratórias graves, estado epiléptico, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica, ou certos
fármacos)
podem
efeitos
aditivos
topiramato
diminuição
bicarbonato. A acidose metabólica crónica em crianças pode reduzir a taxa de
crescimento. O efeito de topiramato no crescimento e nas sequelas ósseas não foi
investigado sistematicamente nem em crianças nem em adultos. Dependendo de
condições
subjacentes,
recomendada
avaliação
apropriada,
durante
tratamento
topiramato,
incluindo
níveis
bicarbonato.
ocorrer
desenvolvimento
persistência
acidose
metabólica,
deve-se
considerar
redução da dose ou a descontinuação de topiramato (utilizando uma redução
progressiva da dose).
Suplemento alimentar
Deve ser considerada a administração de um suplemento alimentar ou aumento na
ingestão de alimentos em doentes que percam peso, durante a administração deste
medicamento.
Tomar Topiramato Vermedis com outros medicamentos
Informe
seu médico
farmacêutico se
estiver
tomar
ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
Efeitos de Topiramato Vermedis sobre os outros fármacos anti-epilépticos
associação
Topiramato
Vermedis
outros medicamentos
anti-epilépticos
(fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital, primidona) não afecta as
concentrações plasmáticas no estado estacionário, excepto, num ou noutro doente,
em que a associação de topiramato à fenitoína pode provocar uma elevação das
concentrações plasmáticas de fenitoína. Isto é, possivelmente, devido à inibição da
isoforma duma enzima polimórfica específica (CYP2C meph). Consequentemente, em
qualquer doente submetido a tratamento com fenitoína e que apresenta sinais ou
sintomas de toxicidade, deve-se proceder à monitorização dos níveis de fenitoína.
Um estudo de interacção farmacocinética em doentes com epilepsia revelou que a
adição de topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas,
no regime estacionário com doses de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Além disso,
não houve alteração nas concentrações plasmáticas no regime estacionário de
topiramato nem durante nem após a suspensão do tratamento com o tratamento de
lamotrigina (dose média de 327 mg/dia).
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Efeitos dos outros fármacos anti-epilépticos sobre Topiramato Vermedis
A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática de topiramato. A
associação ou retirada de fenitoína ou carbamazepina à terapêutica com Topiramato
Vermedis pode requerer o ajuste posológico deste último. Estas alterações devem
ser efectuadas por avaliação do efeito clínico. A associação ou retirada de ácido
valpróico
não
produz
alterações
clinicamente
significativas
concentrações
plasmáticas de Topiramato Vermedis, pelo que neste caso não é necessário proceder
ao ajuste posológico de Topiramato Vermedis.
Os resultados destas interacções estão resumidos no quadro seguinte:
FAE co-administrado
Concentração
Concentração de
Topiramato
Fenitoína
↔**
Carbamazepina (CBZ)
Ácido Valpróico
Fenobarbital
Primidona
↔ = Sem efeitos sobre a concentração plasmática.
** = Aumento das concentrações plasmáticas em casos isolados.
R = Redução das concentrações plasmáticas.
NE = Não estudado.
FAE = Fármaco anti-epiléptico.
Outras Interacções Medicamentosas
Digoxina
Num estudo de dose única, a área sob a curva da concentração plasmática da
digoxina sérica (AUC) decresceu 12% devido à administração concomitante de
topiramato. A relevância clínica desta observação não foi estabelecida. Quando se
adiciona ou retira topiramato a doentes em que foi instituída uma terapêutica com
digoxina, deve-se prestar uma estreita atenção à monitorização da digoxina sérica.
Depressores do sistema nervoso central
A administração concomitante de Topiramato Vermedis e álcool ou outros fármacos
depressores do sistema nervoso central não foi avaliada em estudos clínicos.
Recomenda-se que Topiramato Vermedis não seja usado concomitantemente com
álcool ou outros fármacos depressores do sistema nervoso central.
Contraceptivos orais
estudo
interacção
farmacocinética
voluntários
saudáveis
contraceptivos orais em que se utilizou um produto de associação contendo 1 mg de
noretindrona (NET) e 35 mcg de etinilestradiol (EE), o topiramato administrado na
ausência de outros medicamentos com doses de 50 a 200 mg/dia não afectou de
forma
estatisticamente
significativa
exposição
média
(AUC)
nenhum
componentes do contraceptivo oral. Noutro estudo, a exposição ao EE teve uma
diminuição estatisticamente significativa com doses de 200, 400 e 800 mg/dia (18%,
21% e 30%, respectivamente) quando administradas como terapêutica adjuvante
em doentes a tomar ácido valpróico. Em ambos os estudos, o topiramato (50 mg/dia
a 800g/dia) não afectou significativamente a exposição à NET. Embora tenha havido
uma diminuição da dependência da dose na exposição ao EE para doses entre 200-
800 mg/dia, não houve alteração significativa na dependência da dose na exposição
ao EE para doses de 50-200 mg/dia. Não é conhecido o significado clínico das
alterações observadas. A possibilidade da diminuição da eficácia contraceptiva e do
aumento de hemorragia devem ser consideradas em doentes que estão a tomar uma
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associação de contraceptivos orais e Topiramato Vermedis. Deve solicitar-se às
doentes a tomar contraceptivos que comuniquem qualquer alteração nos respectivos
padrões hemorrágicos. A eficácia contraceptiva pode diminuir mesmo em caso de
hemorragia. A eficácia contraceptiva pode diminuir mesmo na ausência de falta de
hemorragia.
Hidroclorotiazida (HCTZ)
Um estudo de interacção entre fármacos efectuado com voluntários saudáveis
avaliou
farmacocinética
regime
estacionário
HCTZ
q24h)
topiramato
q12h)
quando
administrado
isolado
associação.
resultados deste estudo indicam que a Cmax de topiramato aumentou 27% e a AUC
aumentou cerca de 29% quando a HCTZ foi associada ao topiramato. O significado
clínico desta alteração é desconhecido. A associação de HCTZ ao tratamento com
topiramato
pode
exigir
ajuste
dose
topiramato.
estabilidade
farmacocinética da HCTZ não foi significativamente influenciada pela administração
concomitante de topiramato. Resultados clínicos laboratoriais indicam decréscimos
nos níveis séricos de potássio após a administração de topiramato ou HCTZ, os quais
eram maiores quando a HCTZ e topiramato eram administrados ao mesmo tempo.
Metformina
Foi realizado um estudo de interacção fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis,
para avaliar a farmacocinética no estado estacionário da metformina e do topiramato
plasma,
quando
metformina
administrada
isoladamente
concomitantemente com topiramato. Os resultados deste estudo mostram que a
Cmáx
média
média
metformina
aumentavam
respectivamente, enquanto que a CL/F diminuía 20%, quando a metformina e o
topiramato eram administrados simultaneamente. O topiramato não afectou a Tmáx
da metformina. Não é claro o significado clínico do efeito do topiramato na
farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do topiramato oral parece
ser reduzida quando administrada com a metformina. Desconhece-se a extensão do
efeito na depuração. Desconhece-se o significado clínico do efeito da metformina na
farmacocinética do topiramato. Quando o Topiramato Vermedis é associado ou
retirado
doentes
receberem
tratamento
metformina
deverá
haver
precaução em relação à monitorização de rotina para o controlo adequado da
diabetes.
Pioglitazona
Um estudo de interacção fármaco-fármaco realizou-se em voluntários saudáveis para
avaliar a farmacocinética no regime estacionário do topiramato e da pioglitazona
quando administrados concomitantemente. Foi observado um decréscimo de 15% na
AUCτ,ss
pioglitazona
alteração
Cmáx.
Este
achado
não
estatisticamente
significativo.
Além
disso,
demonstrado
decréscimo
hidroxi-metabolito activo de 13% e 16% na Cmáx e na AUCτ,ss, respectivamente,
assim como um decréscimo de 60% na Cmáx e na AUCτ,ss do ceto-metabolito
activo. O significado clínico deste achado não é conhecido. Quando se associa
Topiramato Vermedis a uma terapia de pioglitazona ou se associa pioglitazona a um
tratamento de Topiramato Vermedis, deve-se fazer uma cuidadosa monitorização de
rotina aos doentes para controlo adequado da situação da diabetes.
Outros
Quando usado concomitantemente com outros medicamentos que possam predispor
para nefrolitíase, o Topiramato Vermedis pode aumentar o risco de nefrolitíase.
Durante
tratamento
Topiramato
Vermedis
devem
evitados
estes
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medicamentos, dado que podem criar um ambiente fisiológico que aumente o risco
de formação de cálculos renais.
Estudos adicionais de interacção farmacocinética
Foram
efectuados
ensaios
clínicos
para
estudar
potencial
interacção
farmacocinética entre topiramato e outros agentes. As alterações na Cmáx ou AUC
como resultado das interacções estão resumidas a seguir. A segunda coluna
(concentração concomitante do fármaco) descreve o que acontece á concentração do
fármaco concomitante mencionado na primeira coluna quando se associa topiramato.
A terceira coluna (concentração de topiramato) descreve como a co-administração
do fármaco mencionada na primeira coluna modifica a concentração do topiramato.
Resumo dos resultados de estudos adicionais de interacção farmacocinética clínica
Fármaco
co-administrado
Concentração do
Fármacoa
Concentração de
Topiramatoa
Amitriptilina
aumento
Cmáx
metabolito nortriptilina
Diidroergotamina
(oral e subcutâneo)
Haloperidol
31% de aumento na AUC
do metabolito reduzido
Propanolol
aumento
Cmáx para 4-OH propanol
(TPM 50 mg q 12 h)
aumento
Cmáx
17% de aumento na AUC
(80 mg de propanolol q
12 h)
Sumatriptan
(oral e subcutâneo)
Pizotifen
(a) % de valores nas alterações na média de Cmáx ou AUC relacionados com a
monoterapia
↔ = Sem efeito sobre a Cmáx e AUC (alteração = 15%) do fármaco intacto
NE = Não estudado
Testes laboratoriais
Resultados de ensaios clínicos indicam que topiramato foi associado com uma média
de decréscimo de 4 mmol/l dos níveis séricos de bicarbonato de sódio.
Tomar Topiramato Vermedis com alimentos e bebidas
O Topiramato Vermedis pode ser tomado com ou sem alimentos.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber
aconselhamento médico especializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao
aumento de risco de malformações congénitas.
O tratamento com medicamentos anti-epilépticos deverá ser reavaliado sempre que
a mulher pretender engravidar.
Em geral, o risco de malformações congénitas é 2 a 3 vezes maior nos descendentes
de grávidas medicadas com anti-epilépticos durante a gravidez. As malformações
mais frequentes afectam os lábios e cavidade oral, aparelho cardiovascular e tubo
neural.
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O tratamento com vários medicamentos anti-epilépticos (politerapia) poderá estar
associado
maior
risco
malformações
congénitas
relativamente
tratamento com um único medicamento (monoterapia). Sempre que possível os
regimes de politerapia deverão ser simplificados.
O tratamento com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez
que pode aumentar o risco de crises epilépticas com consequências graves para a
mãe e/ou para o feto. Tal como sucede com os outros fármacos, o topiramato
revelou-se, teratogénico em modelos animais estudados (ratinhos, ratos e coelhos).
Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.
Não existem estudos sobre o uso de topiramato na mulher grávida. No entanto, o
Topiramato Vermedis só deverá ser usado durante a gravidez no caso dos benefícios
potenciais compensarem o risco potencial.
O topiramato é excretado no leite de fêmeas lactantes de ratos. A excreção de
topiramato no leite humano não foi avaliada em ensaios controlados. Observações
limitadas em doentes sugerem uma excreção extensa do topiramato no leite
materno. Em virtude de muitos fármacos serem excretados no leite humano, deverá
ser ponderada a decisão de interromper o aleitamento ou o medicamento, tomando
em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Na experiência pós-marketing têm sido relatados casos de hipospadias em bebés do
sexo
masculino
expostos
topiramato
útero,
outros
anticonvulsantes; contudo, não foi estabelecida nenhuma causa relacionada com
topiramato.
Condução de veículos e utilização de máquinas
À semelhança do que acontece com todos os antiepilépticos, o Topiramato Vermedis
actua sobre o sistema nervoso central e pode provocar sonolência, tonturas ou
outros sintomas relacionados. Estes efeitos adversos ligeiros ou moderados podem
potencialmente
perigosos em
doentes
conduzam
veículos
operem
máquinas, particularmente até ser estabelecida a experiência individual do doente
com o medicamento.
Informações importantes sobre alguns componentes de Topiramato Vermedis
Cada comprimido contém 143,48 mg de lactose.
Se o seu médico lhe disser que você tem intolerância a alguns tipos de açúcar,
contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR Topiramato Vermedis
Tomar Topiramato Vermedis sempre de acordo com as indicações do médico. Fale
com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Generalidades
Para o controlo ideal tanto em adultos como em crianças, recomenda-se que a
terapêutica seja iniciada com uma dose baixa seguida de um ajuste posológico até
alcançada
dose
eficaz.
Não
recomenda
fraccionamento
comprimidos.
Não é necessário monitorizar as concentrações plasmáticas de topiramato para
optimizar a terapêutica com Topiramato Vermedis. Em ocasiões raras, a associação
de topiramato à fenitoína pode exigir um ajuste da dose de fenitoína para obter um
resultado clínico favorável.
A associação ou interrupção de fenitoína e carbamazepina em terapêutica adjuvante
com Topiramato Vermedis pode necessitar de ajuste da dose de topiramato. O
Topiramato Vermedis pode ser tomado independentemente das refeições.
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Terapêutica adjuvante da Epilepsia
Adultos
A titulação deve ser iniciada com 25-50 mg, administrados à noite, durante uma
semana. Embora esteja descrito, o uso de doses iniciais mais baixas não foi estudado
sistematicamente. Subsequentemente, em intervalos de tempo semanais ou de 2 em
2 semanas, a dose deve ser aumentada de 25-50 a 100 mg/dia, sendo administrada
dividida em duas tomas. O ajuste posológico deve depender do resultado clínico.
Alguns doentes podem ser tratados com eficácia com uma dose única diária.
Em ensaios clínicos como terapêutica adjuvante, a dose de 200 mg foi eficaz e a
dose mais baixa estudada. Portanto, esta é considerada a dose eficaz mínima. A
dose diária habitual é de 200-400 mg, dividida em duas tomas. Alguns doentes
receberam a dose máxima de 1600 mg por dia.
Uma vez que o Topiramato Vermedis é removido do plasma por hemodiálise, deve
ser administrada uma dose suplementar de topiramato, igual a aproximadamente
metade da dose diária, nos dias de hemodiálise. A dose suplementar deve ser
administrada em doses repartidas, no início e no final da hemodiálise. A dose
suplementar pode ser diferente, com base nas características do equipamento de
hemodiálise utilizado.
Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos, incluindo os idosos,
na ausência de doença renal.
Crianças de idade igual ou superior a 2 anos
dose
total
diária
recomendada
Topiramato
Vermedis
como
terapêutica
adjuvante é de aproximadamente 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas tomas. A
titulação deve começar com 25 mg (ou menos, com base na variação de 1 a 3
mg/kg/dia) administrados à noite, durante a primeira semana. A posologia deve ser
aumentada semanalmente ou de 2 em 2 semanas, com aumentos de 1 a 3
mg/kg/dia (administrados divididos em duas tomas diárias) para obter uma resposta
clínica óptima. A titulação da dose deve ser feita de acordo com os resultados
clínicos. Doses diárias até 30 mg/kg/dia foram estudadas e foram geralmente bem
toleradas.
Monoterapia na Epilepsia
Generalidades
Quando
suspende
administração
simultânea
anti-epilépticos
para
conseguir a monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os efeitos que
poderão ocorrer no controlo das convulsões. A menos que aspectos de segurança
exijam
interrupção
abrupta
antiepiléticos
administrados
concomitantemente, recomenda-se uma redução gradual, de aproximadamente um
terço do anti-epiléptico administrado em simultâneo, de duas em duas semanas.
Quando se suspendem indutores enzimáticos, os níveis de topiramato aumentam. Se
for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na posologia de
Topiramato Vermedis.
Adultos
A titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma
semana. A posologia pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de 1
ou 2 semanas, administrados em duas doses divididas. Se o doente não tolerar a
titulação, podem ser usados aumentos mais pequenos ou intervalos maiores entre
cada aumento. A posologia e a titulação devem ser efectuados de acordo com o
resultado clínico.
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A dose inicial recomendada para uma monoterapia com topiramato em adultos é de
100 mg/dia e a dose máxima recomendada por dia é de 500 mg. Alguns doentes
com formas refractárias de epilepsia toleraram uma monoterapia de topiramato com
doses de 1000 mg/dia. Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os
adultos incluindo os idosos na ausência de doença renal subjacente.
Crianças
O tratamento de crianças de idade igual ou superior a 2 anos deve ser iniciado com
0,5 a 1 mg/dia, à noite, durante a primeira semana. Esta dose pode ser aumentada
em 0,5 a 1 mg/kg/dia, administrada em duas tomas divididas, com intervalos de 1
ou 2 semanas. Se a criança não é capaz de tolerar o regime de titulação, podem ser
usados aumentos mais pequenos ou intervalos maiores entre cada aumento. A
posologia e a titulação devem ser efectuadas de acordo com o resultado clínico.
A dose inicial recomendada para a monoterapia com topiramato em crianças de
idade igual ou superior a 2 anos, é de 3 a 6 mg/kg/dia. Crianças com crises parciais
recentemente diagnosticadas receberam doses até 500 mg/dia.
Se tomar mais Topiramato Vermedis do que deveria
Se tomar mais Topiramato Vermedis do que deveria, contacte o seu médico ou o
hospital mais próximo.
Sinais e sintomas
Foram descritos casos de sobredosagem de topiramato. Os sinais e sintomas
incluíram: convulsões, sonolência, perturbações da fala, visão turva, diplopia, défice
intelectual,
letargia,
coordenação
anormal,
torpor,
hipotensão,
abdominal,
agitação, tonturas e depressão. As consequências clínicas não foram graves na
maioria dos casos, mas foram relatadas mortes após sobredosagens de politerapia
envolvendo topiramato. A sobredosagem com topiramato pode causar acidose
metabólica grave (ver Precauções). Um doente que ingeriu uma dose calculada entre
96 e 110 g de topiramato foi admitido no hospital em coma que durou 20-24 horas,
seguido de recuperação total após 3-4 dias.
Tratamento
Em caso de sobredosagem aguda de topiramato, se a ingestão for recente, deve-se
esvaziar o estômago imediatamente por lavagem ou por indução de emese. O carvão
activado mostrou adsorver topiramato in vitro. Deve ser efectuado um tratamento de
suporte apropriado. A hemodiálise constitui um meio eficaz para a remoção do
topiramato do organismo. Os doentes devem ser bem hidratados.
Caso se tenha esquecido de tomar Topiramato Vermedis
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Deverá tomar uma dose logo que possível e prosseguir com a posologia habitual.
Se parar de tomar Topiramato Vermedis
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico. O seu médico indicará a duração do tratamento com
Topiramato Vermedis.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como
todos
medicamentos,
Topiramato
Vermedis
pode
causar
efeitos
secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Ensaios clínicos na terapêutica adjuvante da Epilepsia
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INFARMED
Uma vez que o topiramato tem sido muito frequentemente co-administrado com
outros medicamentos anti-epilépticos, não é possível determinar quais os agentes,
no caso de existir algum, que estiveram associados aos eventos adversos.
Adultos
Em ensaios clínicos em dupla ocultação alguns dos quais incluíam um período rápido
de titulação inicial, ocorreram os seguintes efeitos adversos nos doentes adultos
tratados com topiramato:
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes (≥1/100, <1/10): sonolência, tonturas, nervosismo, fadiga, náuseas,
Doenças do sistema nervoso
Frequentes (≥1/100, <1/10): ataxia, perturbações na fala / problemas relacionados
com o discurso, parestesia.
Pouco
frequentes
(≥1/1.000,
<1/100):
problemas
paladar,
problemas
coordenação, marcha anormal,
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes (≥1/100, <1/10): atraso psicomotor, dificuldade de memória, confusão,
anorexia, problemas na linguagem, dificuldade de concentração/atenção, depressão,
astenia, problemas de humor.
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): agitação, problemas cognitivos, labilidade
emocional, apatia, sintomas psicóticos/psicoses, reacção agressiva/comportamento
agressivo, concepção ou tentativas de suicídio,
Afecções oculares
Frequentes (≥1/100, <1/10): visão anormal, diplopia, nistagmos.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes (≥1/100, <1/10): diminuição do peso
Doenças gastrointestinais
Frequentes (≥1/100, <1/10): dor abdominal,
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): leucopenia.
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): eventos tromboembólicos.
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): nefrolitíase.
Crianças
Em ensaios clínicos em dupla ocultação, ocorreram os seguintes eventos adversos
nos doentes pediátricos tratados com topiramato:
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes (≥1/100, <1/10): sonolência, tonturas, nervosismo, fadiga, náuseas.
Doenças do sistema nervoso
Frequentes (≥1/100, <1/10): ataxia, aumento na saliva, hipercinésia, problemas
relacionados com o discurso, parestesia.
Perturbações do foro psiquiátrico
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Frequentes
(≥1/100,
<1/10):
perturbações
personalidade,
dificuldade
memória, anorexia, dificuldade de concentração/atenção, perturbações do humor,
reacção agressiva, marcha anormal.
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): agitação, problemas cognitivos, labilidade
emocional, apatia, atraso psicomotor, confusão, alucinação, depressão.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes (≥1/100, <1/10): diminuição do peso.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): leucopenia.
Ensaios clínicos na monoterapia da Epilepsia
Qualitativamente os tipos de eventos adversos observados em ensaios clínicos
realizados em monoterapia foram geralmente idênticos aos observados durante os
ensaios em terapêutica adjuvante. Com a excepção de parestesia e fadiga, estes
eventos adversos foram descritos com incidência idêntica ou mais baixa nos ensaios
de monoterapia.
Adultos
Em ensaios clínicos, ocorreram os seguintes efeitos adversos nos doentes adultos
tratados com topiramato:
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes (≥1/10): parestesia.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes (≥1/10): dores de cabeça, tonturas, fadiga, sonolência, náuseas.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes (≥1/10): diminuição do peso.
Perturbações do foro psiquiátrico
Muito frequentes (≥1/10): anorexia.
Crianças
Em ensaios clínicos, ocorreram os seguintes efeitos adversos nos doentes em idade
pediátrica tratados com topiramato:
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes (≥1/10): dores de cabeça, fadiga, sonolência.
Perturbações do foro psiquiátrico
Muito frequentes (≥1/10): anorexia.
Pós-comercialização e outras experiências
Afecções hepatobiliares
Raros
(≥1/10.000,
<1/1.000):
aumento
enzimas
hepáticas,
hepatite
insuficiência hepática (em doentes que estavam a tomar vários medicamentos
enquanto estavam a ser tratados com o topiramato).
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): pele bulhosa e reacções da mucosa (incluindo eritema
multiforme, pênfigo, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica). A
maioria destes casos ocorreram em doentes que tomavam outros medicamentos
também associados com o aparecimento de pele bulhosa e de reacções da mucosa.
Doenças do sistema nervoso
Raros
(≥1/10.000,
<1/1.000):
oligohidrose.
maioria
destes
casos
foram
verificados em crianças.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Perturbações do foro psiquiátrico
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): aumentos na incidência de perturbações do humor e
de depressão, ideações suicidas, tentativas de suicídio.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): acidose metabólica.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR O Topiramato Vermedis
Conservar a temperatura inferior a 30ºC
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não
utilize
Topiramato
Vermedis
após
prazo
validade
impresso
embalagem exterior, após Val. O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não usar se notar alguns efeitos visíveis de deterioração do medicamento.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Topiramato Vermedis
A substância activa é: topiramato. Cada comprimido contém 200 mg de topiramato.
Os outros componentes são: celulose microcristalina, lactose / amido de milho
(Starlac®), crospovidona, estearato de magnésio, dióxido de silicone coloidal,
copolímero básico de metacrilato de butilo, laurilsulfato de sódio, ácido esteárico,
talco, dióxido de titânio, estearato de magnésio, óxido de ferro vermelho.
Qual o aspecto de Topiramato Vermedis e conteúdo da embalagem
Comprimido revestido por película, redondo, vermelho.
Embalagem com 60 comprimidos.
Medicamento sujeito a receita médica.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Baldacci Portugal, S.A..
Rua Cândido de Figueiredo, 84 B
1549-005 Lisboa
Portugal
Tel.: 21 778 30 31
Fax: 21 778 54 57
Fabricante
Sofarimex – Indústria Química e Farmacêutica, Lda.
Av. das Indústrias
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Alto de Colaride, Agualva
2735-213 Cacém
Portugal
Tel.: 21 432 82 00
Fax: 21 432 01 09
Este folheto foi aprovado pela última vez em
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Topiramato Vermedis 25 mg Comprimido revestido por película
Topiramato Vermedis 50 mg Comprimido revestido por película
Topiramato Vermedis 100 mg Comprimido revestido por película
Topiramato Vermedis 200 mg Comprimido revestido por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Substância activa:
Topiramato Vermedis, 25 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 25 mg de topiramato.
Topiramato Vermedis, 50 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 50 mg de topiramato.
Topiramato Vermedis, 100 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 100 mg de topiramato.
Topiramato Vermedis, 200 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 200 mg de topiramato.
Excipiente(s):
Topiramato Vermedis, 25 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 17,935 mg de lactose.
Topiramato Vermedis, 50 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 35,87 mg de lactose.
Topiramato Vermedis, 100 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 71,74 mg de lactose.
Topiramato Vermedis, 200 mg, Comprimido revestido por película
Cada comprimido contém 143,48 mg de lactose.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Topiramato Vermedis, 25 mg
Comprimido redondo, branco.
Topiramato Vermedis, 50 mg
Comprimido redondo, amarelo claro.
Topiramato Vermedis, 100 mg
Comprimido redondo, amarelo.
Topiramato Vermedis, 200 mg
Comprimido redondo, vermelho.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
4.1 Indicações terapêuticas
O Topiramato Vermedis está indicado no tratamento de:
Epilepsia:
-como monoterapia em doentes com epilepsia recentemente diagnosticada ou para a
conversão a monoterapia em doentes com epilepsia.
-como terapêutica adjuvante para adultos e crianças (de idade igual ou superior a 2
anos) com crises parciais ou crises generalizadas tónicoclónicas.
-como terapêutica adjuvante para adultos e crianças com crises associadas ao
síndroma de Lennox-Gastault.
4.2 Posologia e modo de administração
Generalidades
Para o controlo ideal tanto em adultos como em crianças, recomenda-se que a
terapêutica seja iniciada com uma dose baixa seguida de um ajuste posológico até
alcançada
dose
eficaz.
Não
recomenda
fraccionamento
comprimidos.
Não é necessário monitorizar as concentrações plasmáticas de topiramato para
optimizar a terapêutica com Topiramato Vermedis. Em ocasiões raras, a associação
de topiramato à fenitoína pode exigir um ajuste da dose de fenitoína para obter um
resultado clínico favorável.
A associação ou interrupção de fenitoína e carbamazepina em terapêutica adjuvante
com Topiramato Vermedis pode necessitar de ajuste da dose de topiramato. O
Topiramato Vermedis pode ser tomado independentemente das refeições.
Terapêutica adjuvante da Epilepsia
Adultos
A titulação deve ser iniciada com 25-50 mg, administrados à noite, durante uma
semana. Embora esteja descrito, o uso de doses iniciais mais baixas não foi estudado
sistematicamente. Subsequentemente, em intervalos de tempo semanais ou de 2 em
2 semanas, a dose deve ser aumentada de 25-50 a 100 mg/dia, sendo administrada
dividida em duas tomas. O ajuste posológico deve depender do resultado clínico.
Alguns doentes podem ser tratados com eficácia com uma dose única diária.
Em ensaios clínicos como terapêutica adjuvante, a dose de 200 mg foi eficaz e a
dose mais baixa estudada. Portanto, esta é considerada a dose eficaz mínima. A
dose diária habitual é de 200-400 mg, dividida em duas tomas. Alguns doentes
receberam a dose máxima de 1600 mg por dia.
Uma vez que o Topiramato Vermedis é removido do plasma por hemodiálise, deve
ser administrada uma dose suplementar de topiramato, igual a aproximadamente
metade da dose diária, nos dias de hemodiálise. A dose suplementar deve ser
administrada em doses repartidas, no início e no final da hemodiálise. A dose
suplementar pode ser diferente, com base nas características do equipamento de
hemodiálise utilizado.
Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos, incluindo os idosos,
na ausência de doença renal (ver secção 4.4).
Crianças de idade igual ou superior a 2 anos
dose
total
diária
recomendada
Topiramato
Vermedis
como
terapêutica
adjuvante é de aproximadamente 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas tomas. A
titulação deve começar com 25 mg (ou menos, com base na variação de 1 a 3
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
mg/kg/dia) administrados à noite, durante a primeira semana. A posologia deve ser
aumentada semanalmente ou de 2 em 2 semanas, com aumentos de 1 a 3
mg/kg/dia (administrados divididos em duas tomas diárias) para obter uma resposta
clínica óptima. A titulação da dose deve ser feita de acordo com os resultados
clínicos. Doses diárias até 30 mg/kg/dia foram estudadas e foram geralmente bem
toleradas.
Monoterapia na Epilepsia
Generalidades
Quando
suspende
administração
simultânea
anti-epilépticos
para
conseguir a monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os efeitos que
poderão ocorrer no controlo das convulsões. A menos que aspectos de segurança
exijam
interrupção
abrupta
antiepiléticos
administrados
concomitantemente, recomenda-se uma redução gradual, de aproximadamente um
terço do anti-epiléptico administrado em simultâneo, de duas em duas semanas.
Quando se suspendem indutores enzimáticos, os níveis de topiramato aumentam. Se
for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na posologia de
Topiramato Vermedis.
Adultos
A titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma
semana. A posologia pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de 1
ou 2 semanas, administrados em duas doses divididas. Se o doente não tolerar a
titulação, podem ser usados aumentos mais pequenos ou intervalos maiores entre
cada aumento. A posologia e a titulação devem ser efectuados de acordo com o
resultado clínico.
A dose inicial recomendada para uma monoterapia com topiramato em adultos é de
100 mg/dia e a dose máxima recomendada por dia é de 500 mg. Alguns doentes
com formas refractárias de epilepsia toleraram uma monoterapia de topiramato com
doses de 1000 mg/dia. Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os
adultos incluindo os idosos na ausência de doença renal subjacente.
Crianças
O tratamento de crianças de idade igual ou superior a 2 anos deve ser iniciado com
0,5 a 1 mg/dia, à noite, durante a primeira semana. Esta dose pode ser aumentada
em 0,5 a 1 mg/kg/dia, administrada em duas tomas divididas, com intervalos de 1
ou 2 semanas. Se a criança não é capaz de tolerar o regime de titulação, podem ser
usados aumentos mais pequenos ou intervalos maiores entre cada aumento. A
posologia e a titulação devem ser efectuadas de acordo com o resultado clínico.
A dose inicial recomendada para a monoterapia com topiramato em crianças de
idade igual ou superior a 2 anos, é de 3 a 6 mg/kg/dia. Crianças com crises parciais
recentemente diagnosticadas receberam doses até 500 mg/dia.
4.3 Contra-indicações
O Topiramato Vermedis está contra-indicado em doentes com hipersensibilidade à
substância activa ou a qualquer componente do medicamento.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados
com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações terapêuticas. Uma meta-
análise de ensaios aleatorizados de medicamentos antiepiléticos, contra placebo,
mostrou também um pequeno aumento de risco de ideação e comportamento
suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados
disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento de risco para o topiramato.
Os doentes devem ser monitorizados quanto aos sinais de ideação e comportamento
suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os
doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a
contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicida.
anti-epilépticos,
incluindo
Topiramato
Vermedis,
devem
retirados
gradualmente para minimizar o potencial de aumento da frequência das crises. Nos
ensaios clínicos realizados em adultos, as doses foram diminuídas em 100 mg/dia,
em intervalos semanais. Em alguns doentes, a retirada da medicação foi acelerada
sem que tenham surgido complicações.
A via renal é a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus
metabolitos. A eliminação renal depende da função renal e é independente da idade.
Os doentes com insuficiência renal moderada ou grave podem necessitar de 10 a 15
dias até serem atingidas as concentrações plasmáticas no estado estacionário,
comparativamente aos 4 a 8 dias observados em doentes com função renal normal.
Tal como sucede com todos os doentes, o esquema posológico de titulação deve ser
guiado pelos resultados clínicos (por ex.; controle de crises, evitar o surgimento de
efeitos secundários), tendo em conta que os insuficientes renais podem necessitar
dum período de tempo mais prolongado até atingirem o estado estacionário em cada
dose.
É muito importante fazer uma hidratação adequada quando se toma topimarato. A
hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver a seguir). Uma hidratação
apropriada antes e durante actividades como exercício ou exposição a temperaturas
altas pode reduzir o risco de efeitos secundários relacionados com o calor (ver
secção 4.8).
Perturbações do humor/depressão
Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão
durante o tratamento com topiramato.
Tentativa de suicídio
Nas fases em dupla ocultação de ensaios clínicos com topiramato em indicações
aprovadas e em investigação, ocorreram tentativas de suicídio numa taxa de 0,003
(13 eventos/3999 doentes por ano) com topiramato versus 0 (0 ocorrências/1430
doentes por ano) com placebo. Foi relatado um suicídio completado num ensaio em
doença bipolar com um doente a tomar topiramato.
Nefrolitíase
Nalguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, pode
ser maior o risco de formação de cálculos renais com sinais e sintomas associados,
tais como cólica renal, dor renal ou dor nos flancos. Recomenda-se hidratação
adequada para reduzir este risco.
Os factores de risco para nefrolitíase incluem a formação prévia de cálculos,
antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes factores de
risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento
com topiramato. Além disso, os doentes em tratamento com outros medicamentos
associados ao risco de nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior risco.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Função hepática diminuída
doentes
função
hepática
diminuída,
recomenda-se
precaução
administração de topiramato, pois pode estar diminuída a depuração deste fármaco.
Miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado
Um síndroma consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo
fechado foi descrito em doentes tratados com topiramato. Os sintomas incluem início
agudo de diminuição da acuidade visual e/ou dor ocular. Os achados oculares
incluem miopia, edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão) e
aumento da pressão intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Este
síndroma pode estar associado com derrame supraciliar resultando no deslocamento
anterior do cristalino e íris, com glaucoma secundário do ângulo fechado. Os
sintomas ocorrem tipicamente dentro de um mês do início da terapêutica com
topiramato. Em contraste com o glaucoma primário do ângulo fechado, que é raro
em indivíduos com menos de 40 anos de idade, o glaucoma secundário do ângulo
fechado associado a topiramato foi descrito em doentes em idade pediátrica, bem
como em adultos. O tratamento inclui a interrupção de Topiramato Vermedis, tão
rapidamente quanto possível e de acordo com a opinião do médico, e medidas
adequadas para reduzir a pressão intraocular. Estas medidas geralmente resultam na
diminuição da pressão intraocular.
Acidose metabólica
A acidose metabólica, sem anion-gap, hiperclorémia (ex: níveis de bicarbonato de
sódio diminuídos para valores inferiores ao intervalo de referência normal na
ausência de alcalose respiratória) está associada com o tratamento com topiramato.
Este decréscimo do bicarbonato de sódio sérico é devido ao efeito inibidor de
topiramato
sobre
anidrase
carbónica
renal.
Geralmente,
decréscimo
bicarbonato ocorre no início do tratamento, embora possa ocorrer a qualquer
momento do tratamento. Estes decréscimos são geralmente ligeiros a moderados (a
média de decréscimo é maior ou igual a 4 mmol/l em doses de 100 mg/dia em
adultos e de aproximadamente 6 mg/kg/dia em crianças. Raramente os doentes
apresentaram decréscimos para valores inferiores a 10 mmol/l. Certas condições ou
terapêuticas
predisponentes
para
acidose
(tais
como
doença
renal,
doenças
respiratórias graves, estado epiléptico, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica, ou certos
fármacos)
podem
efeitos
aditivos
topiramato
diminuição
bicarbonato. A acidose metabólica crónica em crianças pode reduzir a taxa de
crescimento. O efeito de topiramato no crescimento e nas sequelas ósseas não foi
investigado sistematicamente nem em crianças nem em adultos.
Dependendo de condições subjacentes, é recomendada uma avaliação apropriada,
durante o tratamento com topiramato, incluindo os níveis de bicarbonato. Se ocorrer
desenvolvimento
persistência
acidose
metabólica,
deve-se
considerar
redução da dose ou a descontinuação de topiramato (utilizando uma redução
progressiva da dose).
Suplemento alimentar
Deve ser considerada a administração de um suplemento alimentar ou aumento na
ingestão de alimentos em doentes que percam peso, durante a administração deste
medicamento.
Advertências sobre os excipientes
Topiramato Vermedis, 25 mg: cada comprimido contém 17,935 mg de lactose.
Topiramato Vermedis, 50 mg: cada comprimido contém 35,87 mg de lactose.
Topiramato Vermedis, 100 mg: cada comprimido contém 71,74 mg de lactose.
Topiramato Vermedis, 200 mg: cada comprimido contém 143,48 mg de lactose.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de
lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Efeitos de Topiramato Vermedis sobre os outros fármacos anti-epilépticos
associação
Topiramato
Vermedis
outros medicamentos
anti-epilépticos
(fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital, primidona) não afecta as
concentrações plasmáticas no estado estacionário, excepto, num ou noutro doente,
em que a associação de topiramato à fenitoína pode provocar uma elevação das
concentrações plasmáticas de fenitoína. Isto é, possivelmente, devido à inibição da
isoforma duma enzima polimórfica específica (CYP2C meph). Consequentemente, em
qualquer doente submetido a tratamento com fenitoína e que apresenta sinais ou
sintomas de toxicidade, deve-se proceder à monitorização dos níveis de fenitoína.
Um estudo de interacção farmacocinética em doentes com epilepsia revelou que a
adição de topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas,
no regime estacionário com doses de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Além disso,
não houve alteração nas concentrações plasmáticas no regime estacionário de
topiramato nem durante nem após a suspensão do tratamento com o tratamento de
lamotrigina (dose média de 327 mg/dia).
Efeitos dos outros fármacos anti-epilépticos sobre Topiramato Vermedis
A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática de topiramato. A
associação ou retirada de fenitoína ou carbamazepina à terapêutica com Topiramato
Vermedis pode requerer o ajuste posológico deste último. Estas alterações devem
ser efectuadas por avaliação do efeito clínico. A associação ou retirada de ácido
valpróico
não
produz
alterações
clinicamente
significativas
concentrações
plasmáticas de Topiramato Vermedis, pelo que neste caso não é necessário proceder
ao ajuste posológico de Topiramato Vermedis.
Os resultados destas interacções estão resumidos no quadro seguinte:
FAE co-administrado
Concentração
Concentração de
Topiramato
Fenitoína
↔**
Carbamazepina (CBZ)
Ácido Valpróico
Fenobarbital
Primidona
↔ = Sem efeitos sobre a concentração plasmática.
** = Aumento das concentrações plasmáticas em casos isolados.
R = Redução das concentrações plasmáticas.
NE = Não estudado.
FAE = Fármaco anti-epiléptico.
Outras Interacções Medicamentosas
Digoxina
Num estudo de dose única, a área sob a curva da concentração plasmática da
digoxina sérica (AUC) decresceu 12% devido à administração concomitante de
topiramato. A relevância clínica desta observação não foi estabelecida. Quando se
adiciona ou retira topiramato a doentes em que foi instituída uma terapêutica com
digoxina, deve-se prestar uma estreita atenção à monitorização da digoxina sérica.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Depressores do sistema nervoso central
A administração concomitante de Topiramato Vermedis e álcool ou outros fármacos
depressores do sistema nervoso central não foi avaliada em estudos clínicos.
Recomenda-se que Topiramato Vermedis não seja usado concomitantemente com
álcool ou outros fármacos depressores do sistema nervoso central.
Contraceptivos orais
estudo
interacção
farmacocinética
voluntários
saudáveis
contraceptivos orais em que se utilizou um produto de associação contendo 1 mg de
noretindrona (NET) e 35 mcg de etinilestradiol (EE), o topiramato administrado na
ausência de outros medicamentos com doses de 50 a 200 mg/dia não afectou de
forma
estatisticamente
significativa
exposição
média
(AUC)
nenhum
componentes do contraceptivo oral. Noutro estudo, a exposição ao EE teve uma
diminuição estatisticamente significativa com doses de 200, 400 e 800 mg/dia (18%,
21% e 30%, respectivamente) quando administradas como terapêutica adjuvante
em doentes a tomar ácido valpróico. Em ambos os estudos, o topiramato (50 mg/dia
a 800g/dia) não afectou significativamente a exposição à NET. Embora tenha havido
uma diminuição da dependência da dose na exposição ao EE para doses entre 200-
800 mg/dia, não houve alteração significativa na dependência da dose na exposição
ao EE para doses de 50-200 mg/dia. Não é conhecido o significado clínico das
alterações observadas. A possibilidade da diminuição da eficácia contraceptiva e do
aumento de hemorragia devem ser consideradas em doentes que estão a tomar uma
associação de contraceptivos orais e Topiramato Vermedis. Deve solicitar-se às
doentes a tomar contraceptivos que comuniquem qualquer alteração nos respectivos
padrões hemorrágicos. A eficácia contraceptiva pode diminuir mesmo em caso de
hemorragia. A eficácia contraceptiva pode diminuir mesmo na ausência de falta de
hemorragia.
Hidroclorotiazida (HCTZ)
Um estudo de interacção entre fármacos efectuado com voluntários saudáveis
avaliou
farmacocinética
regime
estacionário
HCTZ
q24h)
topiramato
q12h)
quando
administrado
isolado
associação.
resultados deste estudo indicam que a Cmax de topiramato aumentou 27% e a AUC
aumentou cerca de 29% quando a HCTZ foi associada ao topiramato. O significado
clínico desta alteração é desconhecido. A associação de HCTZ ao tratamento com
topiramato
pode
exigir
ajuste
dose
topiramato.
estabilidade
farmacocinética da HCTZ não foi significativamente influenciada pela administração
concomitante de topiramato. Resultados clínicos laboratoriais indicam decréscimos
nos níveis séricos de potássio após a administração de topiramato ou HCTZ, os quais
eram maiores quando a HCTZ e topiramato eram administrados ao mesmo tempo.
Metformina
Foi realizado um estudo de interacção fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis,
para avaliar a farmacocinética no estado estacionário da metformina e do topiramato
plasma,
quando
metformina
administrada
isoladamente
concomitantemente com topiramato. Os resultados deste estudo mostram que a
Cmáx
média
média
metformina
aumentavam
respectivamente, enquanto que a CL/F diminuía 20%, quando a metformina e o
topiramato eram administrados simultaneamente. O topiramato não afectou a Tmáx
da metformina. Não é claro o significado clínico do efeito do topiramato na
farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do topiramato oral parece
ser reduzida quando administrada com a metformina. Desconhece-se a extensão do
efeito na depuração. Desconhece-se o significado clínico do efeito da metformina na
farmacocinética do topiramato. Quando o Topiramato Vermedis é associado ou
retirado
doentes
receberem
tratamento
metformina
deverá
haver
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
precaução em relação à monitorização de rotina para o controlo adequado da
diabetes.
Pioglitazona
Um estudo de interacção fármaco-fármaco realizou-se em voluntários saudáveis para
avaliar a farmacocinética no regime estacionário do topiramato e da pioglitazona
quando administrados concomitantemente. Foi observado um decréscimo de 15% na
AUCτ,ss
pioglitazona
alteração
Cmáx.
Este
achado
não
estatisticamente
significativo.
Além
disso,
demonstrado
decréscimo
hidroxi-metabolito activo de 13% e 16% na Cmáx e na AUCτ,ss, respectivamente,
assim como um decréscimo de 60% na Cmáx e na AUCτ,ss do ceto-metabolito
activo. O significado clínico deste achado não é conhecido. Quando se associa
Topiramato Vermedis a uma terapia de pioglitazona ou se associa pioglitazona a um
tratamento de Topiramato Vermedis, deve-se fazer uma cuidadosa monitorização de
rotina aos doentes para controlo adequado da situação da diabetes.
Outros
Quando usado concomitantemente com outros medicamentos que possam predispor
para nefrolitíase, o Topiramato Vermedis pode aumentar o risco de nefrolitíase.
Durante
tratamento
Topiramato
Vermedis
devem
evitados
estes
medicamentos, dado que podem criar um ambiente fisiológico que aumente o risco
de formação de cálculos renais.
Estudos adicionais de interacção farmacocinética
Foram
efectuados
ensaios
clínicos
para
estudar
potencial
interacção
farmacocinética entre topiramato e outros agentes. As alterações na Cmáx ou AUC
como resultado das interacções estão resumidas a seguir. A segunda coluna
(concentração concomitante do fármaco) descreve o que acontece á concentração do
fármaco concomitante mencionado na primeira coluna quando se associa topiramato.
A terceira coluna (concentração de topiramato) descreve como a co-administração
do fármaco mencionada na primeira coluna modifica a concentração do topiramato.
Resumo dos resultados de estudos adicionais de interacção farmacocinética clínica
Fármaco
co-administrado
Concentração do
Fármacoa
Concentração de
Topiramatoa
Amitriptilina
aumento
Cmáx
metabolito nortriptilina
Diidroergotamina
(oral e subcutâneo)
Haloperidol
31% de aumento na AUC
do metabolito reduzido
Propanolol
aumento
Cmáx para 4-OH propanol
(TPM 50 mg q 12 h)
aumento
Cmáx
17% de aumento na AUC
(80 mg de propanolol q
12 h)
Sumatriptan
(oral e subcutâneo)
Pizotifen
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
(a) % de valores nas alterações na média de Cmáx ou AUC relacionados com a
monoterapia
↔ = Sem efeito sobre a Cmáx e AUC (alteração = 15%) do fármaco intacto
NS = Não estudado
Testes laboratoriais
Resultados de ensaios clínicos indicam que topiramato foi associado com uma média
de decréscimo de 4 mmol/l dos níveis séricos de bicarbonato de sódio. (ver secção
4.4)
4.6 Gravidez e aleitamento
Todas as mulheres em idade fértil (com possibilidade de engravidar) deverão receber
aconselhamento medico especializado antes de iniciarem o tratamento, devido ao
aumento de risco de malformações congénitas.
O tratamento com medicamentos anti-epilépticos deverá ser reavaliado sempre que
a mulher pretender engravidar.
Em geral, o risco de malformações congénitas é 2 a 3 vezes maior nos descendentes
de grávidas medicadas com anti-epilépticos durante a gravidez. As malformações
mais frequentes afectam os lábios e cavidade oral, aparelho cardiovascular e tubo
neural.
O tratamento com vários medicamentos anti-epilépticos (politerapia) poderá estar
associado
maior
risco
malformações
congénitas
relativamente
tratamento com um único medicamento (monoterapia). Sempre que possível os
regimes de politerapia deverão ser simplificados.
O tratamento com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez
que pode aumentar o risco de crises epilépticas com consequências graves para a
mãe e/ou para o feto. Tal como sucede com os outros fármacos, o topiramato
revelou-se, teratogénico em modelos animais estudados (ratinhos, ratos e coelhos).
Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.
Não existem estudos sobre o uso de topiramato na mulher grávida. No entanto, o
Topiramato Vermedis só deverá ser usado durante a gravidez no caso dos benefícios
potenciais compensarem o risco potencial.
O topiramato é excretado no leite de fêmeas lactantes de ratos. A excreção de
topiramato no leite humano não foi avaliada em ensaios controlados. Observações
limitadas em doentes sugerem uma excreção extensa do topiramato no leite
materno. Em virtude de muitos fármacos serem excretados no leite humano, deverá
ser ponderada a decisão de interromper o aleitamento ou o medicamento, tomando
em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Na experiência pós-marketing têm sido relatados casos de hipospadias em bebés do
sexo
masculino
expostos
topiramato
útero,
outros
anticonvulsantes; contudo, não foi estabelecida nenhuma causa relacionada com
topiramato.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
À semelhança do que acontece com todos os antiepilépticos, o Topiramato Vermedis
actua sobre o sistema nervoso central e pode provocar sonolência, tonturas ou
outros sintomas relacionados. Estes efeitos adversos ligeiros ou moderados podem
potencialmente
perigosos em
doentes
conduzam
veículos
operem
máquinas, particularmente até ser estabelecida a experiência individual do doente
com o medicamento.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência.
Ensaios clínicos na terapêutica adjuvante da Epilepsia
Uma vez que o topiramato tem sido muito frequentemente co-administrado com
outros medicamentos anti-epilépticos, não é possível determinar quais os agentes,
no caso de existir algum, que estiveram associados aos eventos adversos.
Adultos
Em ensaios clínicos em dupla ocultação alguns dos quais incluíam um período rápido
de titulação inicial, ocorreram os seguintes efeitos adversos nos doentes adultos
tratados com topiramato:
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes (≥1/100, <1/10): sonolência, tonturas, nervosismo, fadiga, náuseas,
Doenças do sistema nervoso
Frequentes (≥1/100, <1/10): ataxia, perturbações na fala / problemas relacionados
com o discurso, parestesia.
Pouco
frequentes
(≥1/1.000,
<1/100):
problemas
paladar,
problemas
coordenação, marcha anormal,
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes (≥1/100, <1/10): atraso psicomotor, dificuldade de memória, confusão,
anorexia, problemas na linguagem, dificuldade de concentração/atenção, depressão,
astenia, problemas de humor.
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): agitação, problemas cognitivos, labilidade
emocional, apatia, sintomas psicóticos/psicoses, reacção agressiva/comportamento
agressivo, concepção ou tentativas de suicídio,
Afecções oculares
Frequentes (≥1/100, <1/10): visão anormal, diplopia, nistagmos.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes (≥1/100, <1/10): diminuição do peso
Doenças gastrointestinais
Frequentes (≥1/100, <1/10): dor abdominal,
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): leucopenia.
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): eventos tromboembólicos.
Doenças renais e urinárias
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): nefrolitíase.
Crianças
Em ensaios clínicos em dupla ocultação, ocorreram os seguintes eventos adversos
nos doentes pediátricos tratados com topiramato:
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes (≥1/100, <1/10): sonolência, tonturas, nervosismo, fadiga, náuseas.
Doenças do sistema nervoso
Frequentes (≥1/100, <1/10): ataxia, aumento na saliva, hipercinésia, problemas
relacionados com o discurso, parestesia.
APROVADO EM
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INFARMED
Perturbações do foro psiquiátrico
Frequentes
(≥1/100,
<1/10):
perturbações
personalidade,
dificuldade
memória, anorexia, dificuldade de concentração/atenção, perturbações do humor,
reacção agressiva, marcha anormal.
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): agitação, problemas cognitivos, labilidade
emocional, apatia, atraso psicomotor, confusão, alucinação, depressão.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes (≥1/100, <1/10): diminuição do peso.
Doenças do sangue e do sistema linfático
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): leucopenia.
Ensaios clínicos na monoterapia da Epilepsia
Qualitativamente os tipos de eventos adversos observados em ensaios clínicos
realizados em monoterapia foram geralmente idênticos aos observados durante os
ensaios em terapêutica adjuvante. Com a excepção de parestesia e fadiga, estes
eventos adversos foram descritos com incidência idêntica ou mais baixa nos ensaios
de monoterapia.
Adultos
Em ensaios clínicos, ocorreram os seguintes efeitos adversos nos doentes adultos
tratados com topiramato:
Doenças do sistema nervoso
Muito frequentes (≥1/10): parestesia.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes (≥1/10): dores de cabeça, tonturas, fadiga, sonolência, náuseas.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Muito frequentes (≥1/10): diminuição do peso.
Perturbações do foro psiquiátrico
Muito frequentes (≥1/10): anorexia.
Crianças
Em ensaios clínicos, ocorreram os seguintes efeitos adversos nos doentes em idade
pediátrica tratados com topiramato:
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes (≥1/10): dores de cabeça, fadiga, sonolência.
Perturbações do foro psiquiátrico
Muito frequentes (≥1/10): anorexia.
Pós-comercialização e outras experiências
Afecções hepatobiliares
Raros
(≥1/10.000,
<1/1.000):
aumento
enzimas
hepáticas,
hepatite
insuficiência hepática (em doentes que estavam a tomar vários medicamentos
enquanto estavam a ser tratados com o topiramato).
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): pele bulhosa e reacções da mucosa (incluindo eritema
multiforme, pênfigo, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica). A
maioria destes casos ocorreram em doentes que tomavam outros medicamentos
também associados com o aparecimento de pele bulhosa e de reacções da mucosa.
Doenças do sistema nervoso
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Raros
(≥1/10.000,
<1/1.000):
oligohidrose.
maioria
destes
casos
foram
verificados em crianças.
Perturbações do foro psiquiátrico
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): aumentos na incidência de perturbações do humor e
de depressão, ideações suicidas, tentativas de suicídio.
Doenças do metabolismo e da nutrição
Raros (≥1/10.000, <1/1.000): acidose metabólica.
4.9 Sobredosagem
Foram descritos casos de sobredosagem de topiramato. Os sinais e sintomas
incluíram: convulsões, sonolência, perturbações da fala, visão turva, diplopia, défice
intelectual,
letargia,
coordenação
anormal,
torpor,
hipotensão,
abdominal,
agitação, tonturas e depressão. As consequências clínicas não foram graves na
maioria dos casos, mas foram relatadas mortes após sobredosagens de politerapia
envolvendo topiramato. A sobredosagem com topiramato pode causar acidose
metabólica grave (ver secção 4.4). Um doente que ingeriu uma dose calculada entre
96 e 110 g de topiramato foi admitido no hospital em coma que durou 20-24 horas,
seguido de recuperação total após 3-4 dias.
Tratamento
Em caso de sobredosagem aguda de topiramato, se a ingestão for recente, deve-se
esvaziar o estômago imediatamente por lavagem ou por indução de emese. O carvão
activado mostrou adsorver topiramato in vitro. Deve ser efectuado um tratamento de
suporte apropriado. A hemodiálise constitui um meio eficaz para a remoção do
topiramato do organismo. Os doentes devem ser bem hidratados.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Classificação farmacoterapêutica: 2. Sistema nervoso central. 2.6 Antiepilépticos e
anticonvulsivantes; código ATC: N03AX11.
Química
O topiramato é um novo composto antiepiléptico quimicamente designado como
2,3:4,5-bis-O-(1-metiletilideno)-β-D fructopiranose sulfamato. A fórmula molecular é
C12H21NO8S. O peso molecular é de 339,36. O topiramato é um pó branco cristalino
com um sabor amargo. O topiramato é mais solúvel em soluções alcalinas contendo
hidróxido de sódio ou fosfato de sódio, com um pH de 9 a 10. Facilmente solúvel em
acetona, clorofórmio, dimetilsulfóxido e etanol. A solubilidade em água é de 9,8
mg/ml. A sua solução saturada tem um pH de 6,3.
Propriedades farmacodinâmicas
O topiramato é um novo agente antiepiléptico classificado como um monossacárido
sulfamato-substituído. Desconhece-se o mecanismo pelo qual o topiramato exerce o
seu efeito anticonvulsivante. Os estudos electrofisiológicos e bioquímicos em culturas
de neurónios identificaram três propriedades, que podem contribuir para a eficácia
anticonvulsivante do topiramato.
O topiramato reduz a frequência com que os potenciais de acção são gerados quando
os neurónios são submetidos a uma despolarização prolongada, indicativa de um
bloqueio dos canais de sódio estado-dependente.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
O topiramato aumenta a frequência com que os receptores GABAA são activados
pelo γ-aminobutirato (GABA), e aumenta a capacidade do GABA induzir o fluxo de
iões cloreto nos neurónios, sugerindo que o topiramato potencia a actividade deste
neurotransmissor inibitório.
Este efeito não foi bloqueado pelo flumazenil, um antagonista das benzodiazepinas,
nem o topiramato aumentou a duração do tempo de abertura do canal, diferenciando
o topiramato dos barbitúricos que modulam os receptores GABAA.
Como
perfil
anti-epilético
topiramato
difere
acentuadamente
benzodiazepinas,
pode
modular
subtipo
receptor
GABAA
insensível
benzodiazepinas. O topiramato antagoniza a capacidade do kainato em activar os
receptores do aminoácido excitatório (glutamato), do subtipo kainato/AMPA (α-
amino-3-hidroxi-5-metilisoxazole-4-ácido propiónico), mas não teve efeito aparente
na actividade de N-metil-D-aspartato (NMDA) nos receptores do subtipo NMDA.
Estes efeitos do topiramato estavam dependentes da concentração num intervalo de
1 mcM a 200 mcM, com um mínimo de actividade de 1 mcM a 10 mcM. Além disto, o
topiramato
inibe
algumas
isoenzimas
anidrase
carbónica.
Este
efeito
farmacológico é muito mais fraco do que o da acetazolamida, um conhecido inibidor
da anidrase carbónica, e supõe-se que não constitui um dos principais componentes
da actividade anti-epiléptica do topiramato.
Em estudos animais o topiramato apresenta actividade anticonvulsivante nos testes
de crises máximas por electrochoques (MES) em ratos e ratinhos e é eficaz em
modelos de epilepsia de roedores, o qual inclui crises tónicas e ausência de crises no
rato espontaneamente epiléptico (SER) e crises tónicas e clónicas induzidas nos ratos
por inflamação da amígdala ou por isquémia global. O topiramato é apenas
fracamente eficaz no bloqueio das crises clónicas induzidas pelo antagonista do
receptor GABAA, pentilenetetrazol.
Estudos realizados em ratinhos em que foi efectuada a administração em simultâneo
topiramato
carbamazepina
fenobarbital,
mostraram
actividade
anticonvulsivante sinérgica, enquanto que a associação com a fenitoína mostrou
actividade anticonvulsivante aditiva. Em ensaios clínicos na terapêutica adjuvante,
controlados,
não
demonstrada
nenhuma
correlação
entre
níveis
plasmáticos de topiramato e a sua eficácia clínica. Em seres humanos, não se
demonstrou qualquer evidência de tolerância.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
perfil
farmacocinético
topiramato
comparação
outros
fármacos
antiepilépticos mostra uma longa
semi-vida
plasmática, farmacocinética linear,
depuração predominantemente renal, ausência de ligação significativa às proteínas
plasmáticas e ausência de metabolitos activos clinicamente relevantes.
O topiramato não é um indutor potente das enzimas metabolizadoras de fármacos e
pode ser administrado independentemente das refeições, não sendo necessária
monitorização das concentrações plasmáticas do topiramato. Em ensaios clínicos,
não houve nenhuma relação consistente entre as concentrações plasmáticas e a
eficácia ou eventos adversos.
O topiramato é bem absorvido, e de forma rápida. Após a administração por via oral
de 100 mg de topiramato em voluntários saudáveis, atingiu-se uma média de
concentração plasmática máxima (Cmáx) de 1,5 mcg/ml em 2 a 3 horas (Tmáx).
Com base na radioactividade recuperada na urina, a extensão média da absorção
duma dose de 100 mg de C14-topiramato foi de pelo menos 81%. A ingestão de
alimentos não exerce um efeito clinicamente significativo sobre a biodisponibilidade
do topiramato. Geralmente 13-17% de topiramato liga-se às proteínas plasmáticas.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Observou-se uma baixa capacidade de ligação do topiramato nos eritrócitos que são
saturáveis para concentrações plasmáticas superiores a 4 mcg/ml. O volume de
distribuição
varia
inversamente
dose.
volume
médio
aparente
distribuição foi de 0,80 - 0,55 l/kg para uma dose única de 100 a 1200 mg.
Detectou-se um efeito do sexo no volume de distribuição, com valores para o sexo
feminino de cerca de 50% dos do sexo masculino. Este aspecto é atribuído à maior
percentagem de gordura em mulheres, e não tem consequências clínicas.
O topiramato não é extensamente metabolizado (~ 20%) nos voluntários saudáveis.
O topiramato é metabolizado até 50% em doentes a receberem uma terapêutica
antiepiléptica concomitante com indutores conhecidos das enzimas metabolizadoras
fármacos.
Seis
metabolitos,
formados
hidroxilação,
hidrólise
glucoconjugação foram isolados, caracterizados e identificados a partir do plasma,
urina e fezes de seres humanos. Cada metabolito representa menos de 3% da
radioactividade total excretada após a administração de C14–topiramato. Testaram-
se dois metabolitos, que retiveram a maior parte da estrutura do topiramato, e
descobriu-se que possuíam pouca ou nenhuma actividade anticonvulsivante.
Em seres humanos, a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus
metabolitos é a renal (pelo menos 81% da dose). Aproximadamente 66% da dose de
C14–topiramato foi excretada na forma intacta na urina, em quatro dias. Após a
administração de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes ao dia, a média da
depuração renal foi de aproximadamente 18 ml/min e 17 ml/min, respectivamente.
Existe evidência de reabsorção tubular renal do topiramato. Este facto é apoiado por
estudos em ratos em que o topiramato foi administrado em associação com o
probenecide e observou-se um aumento significativo na depuração renal. Em geral,
no ser humano, a depuração plasmática é de aproximadamente 20 a 30 ml/min,
após a administração oral.
O topiramato exibe uma baixa variabilidade inter-individual nas concentrações
plasmáticas
consequentemente,
farmacocinética
previsível.
farmacocinética
topiramato
linear,
depuração
plasmática
permanecendo constante, e um aumento da área sob a curva da concentração
plasmática proporcional à dose, para doses orais únicas compreendidas entre 100 e
400 mg em voluntários saudáveis. Os doentes com função renal normal podem
necessitar de 4 a 8 dias até atingirem concentrações plasmáticas no estado
estacionário. A Cmáx média após a administração por via oral de doses múltiplas de
100 mg, duas vezes ao dia, em voluntários saudáveis, foi de 6,76 mcg/ml. Após a
administração de doses múltiplas de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes por
dia, a semi-vida de eliminação plasmática média foi de aproximadamente 68 horas.
A administração simultânea de doses múltiplas de topiramato, 100 mg a 400 mg,
duas
vezes
dia,
fenitoína
carbamazepina
mostra
aumento
proporcional à dose nas concentrações plasmáticas de topiramato.
A depuração plasmática e renal de topiramato sofrem um decréscimo nos doentes
com insuficiência renal (CLcr ≤ 60 ml/min), e a depuração plasmática encontra-se
reduzida nos doentes renais em estado terminal. Como resultado, são esperadas
concentrações plasmáticas mais elevadas no estado estacionário para uma dose
determinada em doentes com insuficiência renal, comparativamente a doentes com
função renal normal. O topiramato é removido eficazmente a partir do plasma por
hemodiálise.
A depuração plasmática do topiramato está reduzida nos doentes com insuficiência
hepática moderada a grave.
A depuração plasmática do topiramato mantém-se inalterada nos idosos, na ausência
de doença renal subjacente.
Farmacocinética em crianças até 12 anos de idade
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
A farmacocinética de topiramato em crianças, como nos adultos, em terapêutica
adjuvante, é linear, com depuração independente da dose, e as concentrações
plasmáticas no estado estacionário aumentando proporcionalmente à dose. No
entanto, as crianças têm uma maior depuração e uma semi-vida de eliminação mais
curta. Consequentemente, em crianças, as concentrações plasmáticas de topiramato
para a mesma dose em mg/kg deve ser mais baixa comparativamente aos adultos.
Como nos adultos, os fármacos antiepilépticos indutores das enzimas hepáticas
diminuem as concentrações plasmáticas no estado estacionário.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
A exposição aguda e a longo prazo de ratinhos, ratos, cães e coelhos ao topiramato
foi bem tolerada.
Observou-se hiperplasia das células epiteliais gástricas apenas em roedores e nos
ratos, a qual foi reversível após 9 semanas sem tratamento.
Foram observados tumores no músculo liso da bexiga apenas em ratinhos (doses por
via oral até 300 mg/kg durante 21 meses) e parece ser um efeito único nesta
espécie.
Uma vez que não existe ensaio aplicável ao homem não foram considerados
clinicamente
relevantes.
Estes
achados
não
foram
observados
estudo
carcinogenicidade do rato (doses orais até 120 mg/kg/dia, durante 24 meses).
Outros efeitos toxicológicos e patológicos de topiramato observados nestes estudos,
podem estar relacionados com a fraca indução das enzimas metabolizadoras de
fármacos ou pela fraca inibição da anidrase carbónica.
Apesar da toxicidade materna e paterna em doses tão baixas como 8 mg/kg/dia, não
se observou nenhum efeito na fertilidade, nos machos ou fêmeas dos ratos, com
doses até 100 mg/kg/dia.
À semelhança do que se passa com os outros fármacos, o topiramato revelou-se
teratogénico em modelos animais estudados (ratinhos, ratos e coelhos) . No ratinho,
o peso dos fetos e a ossificação do esqueleto sofreram uma redução com a dose de
500 mg/kg/dia, juntamente com toxicidade materna. Especialmente, os números de
malformações fetais em ratinhos aumentaram em todos os grupos tratados com o
fármaco (20, 100 e 500 mg/kg/dia), mas não se observaram, para além disso,
diferenças significativas ou relações na dose-resposta em malformações específicas,
sugestivas de que possam estar envolvidos outros factores tais como a toxicidade
materna.
Em ratos, a toxicidade materna e toxicidade embrionária/fetal relacionada com a
dose (redução no peso fetal e/ou ossificação do esqueleto) foi observada em doses
até 20 mg/kg/dia, com efeitos teratogénicos (defeitos nos membros inferiores e dos
dedos) com doses de 400 mg/kg/dia e superiores. Em coelhos, a toxicidade materna
relacionada com a dose foi observada em doses até 10 mg/kg/dia, com toxicidade
embrionária/fetal (aumento de letalidade) até 35 mg/kg/dia, e efeitos teratogénicos
(malformações nas costelas e vértebras) com doses de 120 mg/kg/dia.
Os efeitos teratogénicos observados nos ratos e coelhos eram semelhantes aos
verificados com os inibidores da anidrase carbónica, não tendo estado associados a
malformações nos seres humanos. Os efeitos no crescimento foram igualmente
evidenciados por pesos mais baixos à nascença e durante o aleitamento para os
recém-nascidos de ratos-fêmea que receberam 20 ou 100 mg/kg/dia durante a
gestação e o aleitamento. Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.
Numa bateria de testes de mutagenicidade in vitro e in vivo, o topiramato não
revelou potencial genotóxico.
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
-Celulose microcristalina;
-Lactose / amido de milho (Starlac®);
-Crospovidona;
-Estearato de magnésio;
-Sílica coloidal anidra
Revestimento:
-Copolímero básico de metacrilato de butilo;
-Laurilsulfato de sódio;
-Ácido esteárico;
-Talco;
-Dióxido de titânio;
-Estearato de magnésio;
-Óxido de ferro amarelo (Topiramato Vermedis 50 mg, 100 mg);
-Óxido de ferro vermelho (Topiramato Vermedis 200 mg).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
1 Ano
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30ºC
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Topiramato Vermedis, 25 mg
Blister de PVC/PE/PVDC/ALU ou Blister de ALU/ALU
Embalagens de 20 e 60 comprimidos.
Topiramato Vermedis, 50 mg, 100 mg, 200 mg
Blister de PVC/PE/PVDC/ALU ou Blister de ALU/ALU
Embalagem de 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Baldacci Portugal, S.A.
Rua Cândido de Figueiredo, 84 B
1549-005 Lisboa
APROVADO EM
16-01-2009
INFARMED
Portugal
Tel.: 21 778 30 31
Fax: 21 778 54 57
8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5061742 – 20 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5061759 – 60 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5061767 – 20 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5061775 – 60 comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5061817 – 60 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5061809 – 60 comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5061825 – 60 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5061833 – 60 comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5063755 – 60 comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5063763 – 60 comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
25/10/2007
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO