Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
01-02-2012
01-02-2012
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Topiramato Ranbaxy 25 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 50 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 100 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 200 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Topiramato Ranbaxy e para que é utilizado
2. Antes de tomar Topiramato Ranbaxy
3. Como tomar Topiramato Ranbaxy
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Topiramato Ranbaxy
6. Outras informações
1. O QUE É TOPIRAMATO RANBAXY E PARA QUE É UTILIZADO
O topiramato pertence ao grupo de fármacos designados de antiepiléticos.
O Topiramato Ranbaxy é utilizado:
monoterapia no tratamento de convulsões em adultos e crianças com idade superior a 6
anos.
terapêutica adjuvante no tratamento de convulsões para adultos e crianças, de idade
igual ou superior a 2 anos.
para prevenir enxaquecas em adultos após avaliação cuidadosa de outros tratamentos
alternativos possíveis. O Topiramato Ranbaxy não é uma opção para tratar um episódio
isolado de enxaqueca.
2. ANTES DE TOMAR TOPIRAMATO RANBAXY
Não tome Topiramato Ranbaxy
- Se tem alergia (hipersensibilidade) ao topiramato ou a qualquer outro componente de
Topiramato Ranbaxy (listado abaixo na secção 6).
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- Para prevenção da enxaqueca se está grávida ou se é uma mulher em idade fértil e não
utiliza um método contracetivo eficaz (ver secção “gravidez e aleitamento” para mais
informações).
Se não tem a certeza se as situações acima se aplicam a si, consulte o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar Topiramato.
Tome especial cuidado com Topiramato Ranbaxy
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato se:
tem problemas nos rins, especialmente pedras nos rins ou se faz diálise;
tem historial de alterações sanguíneas e de fluido corporal (acidose metabólica);
tem problemas de fígado;
sofrer de problemas nos olhos, especialmente glaucoma.
tem problemas de crescimento;
está a efetuar uma dieta altamente calórica (dieta cetogénica).
Existem relatos de comprometimento da função cognitiva (alterações no raciocínio) em
adultos em terapêutica com topiramato. Neste caso, o seu médico pode interromper ou
diminuir a dose do medicamento.
Enquanto tomar este medicamento, poderá sentir:
respiração
profunda
difícil,
dificuldade
respirar,
perda
apetite,
náuseas,
vómitos, cansaço excessivo, alterações do ritmo ou do batimento cardíaco. Estes sintomas
podem ser causados por acidose metabólica. O seu médico irá monitorizar os seus níveis
séricos de bicarbonato.
diminuição da transpiração e aumento da temperatura corporal. Isto pode ocorrer
especialmente em crianças expostas a ambientes com elevadas temperaturas. Informe o
seu médico o mais rapidamente possível.
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si, consulte o
seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato.
É importante que não pare de tomar o seu medicamento sem consultar primeiro o seu
médico.
Pode vir a perder peso ao tomar Topiramato, por isso, o seu peso deve ser verificado
regularmente enquanto estiver a tomar este medicamento. Se estiver a perder demasiado
peso ou se a criança não estiver a ganhar peso suficiente, consulte o seu médico.
Um pequeno número de pessoas em tratamento com antiepiléticos como o Topiramato,
teve
pensamentos
autoagressão
suicídio.
qualquer
momento
tiver
estes
pensamentos consulte imediatamente o seu médico.
Ao tomar Topiramato Ranbaxy com outros medicamentos
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Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, vitaminas ou
medicamento à base de plantas. Topiramato e alguns medicamentos podem interagir entre
si. Por vezes, a dose de Topiramato ou de outro medicamento que está a tomar, poderá ter
de ser ajustada.
Especialmente diga ao seu médico ou farmacêutico se está a tomar:
outros
medicamentos
podem
comprometer
reduzir
pensamento,
concentração ou coordenação muscular (isto é, medicamentos depressores do sistema
nervoso central, tais como relaxantes musculares e sedativos);
pílulas contracetivas. Topiramato pode diminuir a eficácia da sua pílula.
Deverá falar com o seu médico se houver alterações no padrão hemorrágico enquanto
estiver a tomar a pílula e o Topiramato.
Guarde consigo uma lista de todos os medicamentos que toma. Mostre essa lista ao seu
médico ou farmacêutico antes de tomar topiramato
Outros medicamentos que deverá
informar o seu
médico ou farmacêutico
incluem
medicamentos
antiepiléticos,
risperidona,
lítio,
hidroclorotiazida,
metformina,
pioglitazona, gliburide, amitriptilina, propranolol, diltiazem, venlafaxina, flunarizina.
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si, consulte o
seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato.
Ao tomar Topiramato Ranbaxy com alimentos e bebidas
Pode tomar Topiramato Ranbaxy com ou sem alimentos. Durante o tratamento com
Topiramato beba uma grande quantidade de fluidos durante o dia para prevenir pedras
nos rins enquanto estiver a tomar Topiramato. Deve evitar beber álcool enquanto estiver a
tomar Topiramato.
Gravidez e aleitamento
Informe com o seu médico antes de tomar topiramato se está grávida, ou pensa que pode
estar grávida ou se tem intenções de engravidar ou se está a amamentar. O seu médico
decidirá se deve continuar a tomar Topiramato.
Tal como outros medicamentos antiepiléticos, existe um risco de causar dano ao feto se
Topiramato é tomado durante a gravidez.
Certifique-se que está bem informada acerca dos riscos e benefícios de tomar Topiramato
para a epilepsia durante a gravidez.
Não tome topiramato para o tratamento preventivo da enxaqueca durante a gravidez ou se
está em idade fértil e não utiliza um método contracetivo eficaz.
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As mães que amamentam enquanto estão a tomar Topiramato devem dizer ao seu médico
assim que notarem algo fora do normal com a criança.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Durante o tratamento com Topiramato pode ocorrer tonturas, cansaço e problemas na
visão. Não conduza ou utilize ferramentas ou máquinas sem consultar primeiro o seu
médico.
Informações importantes sobre alguns componentes de Topiramato Ranbaxy
O Topiramato Ranbaxy contém lactose. Se foi informado pelo seu médico que tem
intolerância a alguns açúcares contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. COMO TOMAR TOPIRAMATO RANBAXY
Tomar Topiramato Ranbaxy sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o
seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Tome Topiramato exatamente como o seu médico lhe indicou. O seu médico irá
normalmente iniciar o seu tratamento com uma dose mais baixa de Topiramato que
depois é aumentada lentamente, até atingir a dose mais adequada.
Topiramato comprimidos devem ser engolidos inteiros. Evite mastigar os comprimidos
uma vez que podem ter um sabor amargo.
Topiramato pode ser tomado antes, durante, ou após a refeição. Enquanto estiver a
tomar Topiramato, beba muitos líquidos durante o dia para prevenir pedras nos rins.
Se tomar mais Topiramato Ranbaxy do que deveria
Contacte imediatamente o seu médico. Leve a embalagem do medicamento consigo.
Os sinais e sintomas de uma sobredosagem podem incluir convulsões, sonolência,
distúrbios
fala,
visão
dupla,
dificuldade
raciocínio,
coordenação
anormal,
diminuição do estado de consciência, diminuição da pressão arterial, dores abdominais,
agitação, tonturas e depressão.
Pode ocorrer a sobredosagem se tomar Topiramato com outros medicamentos.
Caso se tenha esquecido de tomar Topiramato Ranbaxy
Se se esqueceu de uma dose tome logo que se lembrar. Mas se é quase hora da próxima
dose, não tome a dose esquecida e continue a tomar como habitualmente. Se se esqueceu
de duas ou mais doses, contacte o seu médico.
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Não tome uma dose a dobrar (duas doses ao mesmo tempo) para compensar a dose que
se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Topiramato Ranbaxy
Não pare de tomar subitamente o medicamento sem que tenha falado com o seu médico.
Se parar de tomar subitamente o medicamento os sintomas podem voltar. Se o seu
médico decidir parar com esta medicação, a dose será reduzida gradualmente em poucos
dias.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale como seu médico ou
farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como
todos
medicamentos,
este
medicamento
pode
causar
efeitos
secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
A frequência dos efeitos secundários possíveis listados abaixo é definida da seguinte
forma:
muito frequentes (afetam mais de 1 utilizador em cada 10)
frequentes (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 100)
pouco frequentes (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000)
raros (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000)
muito raros (afetam menos de 1 utilizador em cada 10.000)
desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).
Efeitos secundários muito frequentes incluem:
Perda de peso
Sensação de formigueiro nos braços e pernas
Sonolência
Tonturas
Diarreia
Náuseas
Corrimento nasal, nariz entupido e dor de garganta
Cansaço
Depressão
Efeitos secundários frequentes incluem:
Variações de humor ou comportamento, incluindo raiva, nervosismo e tristeza
Aumento de peso
Diminuição ou perda de apetite
Número reduzido das células vermelhas
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Alterações
pensamento
grau
alerta,
como
confusão,
problemas
concentração, memória ou pensamento lento
Discurso pouco claro
Descoordenação ou problemas na marcha
Tremor involuntário dos braços, mãos e pés
Reduzido sentido do tato ou sensação
Movimento involuntário dos olhos
Sentido do gosto alterado
Perturbações visuais, visão turva, visão dupla
Som agudo e constante no ouvido
Dor de ouvidos
Falta de ar
Sangrar do nariz
Vómitos
Prisão de ventre
Dor de estômago
Indigestão
Boca seca
Formigueiro ou entorpecimento da boca
Pedras nos rins
Vontade de urinar com frequência
Dor ao urinar
Queda de cabelo
Erupção na pele e/ ou comichão
Dor na articulação
Espasmos, contrações ou fraqueza muscular
Dor no peito
Febre
Perda de força
Sensação geral de mal-estar
Reação alérgica
sentir-se estranho
Efeitos secundários pouco frequentes incluem:
Cristais na urina
Contagem de células sanguíneas anormal, incluindo diminuição do número de glóbulos
brancos ou de plaquetas ou aumento do número de eosinófilos
Batimento cardíaco anormal ou diminuição do batimento cardíaco
Glândulas do pescoço, axilas e virilhas, inchadas
Aumento das convulsões
Problemas na comunicação verbal
Salivação excessiva (Ptialismo)
Inquietação ou aumento da atividade física e mental
Perda de consciência
Desmaio
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Movimentos lentos ou diminuídos
Alterações ou má qualidade do sono.
Compromisso ou sentido do olfato alterado
Problemas ao escrever à mão
Sensação de movimentos por baixo da pele
Problemas nos olhos tais como, olho seco, sensibilidade à luz, contrações involuntárias,
lacrimejo e diminuição da visão
Diminuição ou perda da audição
Rouquidão
Inflamação do pâncreas
Gases
Azia
Falta de sensibilidade ao toque na boca
Hemorragia nas gengivas
Sensação de enfartamento ou inchaço
Dor ou sensação de queimadura na boca
Mau hálito
Incontinência urinária e/ou fecal
Urgência na micção
Dor na zona dos rins e/ou bexiga causada por pedras nos rins
Diminuição ou perda de transpiração
Descoloração da pele
Inchaço na pele localizado
Inchaço da face
Inchaço das articulações
Rigidez músculosquelética
Aumento dos níveis de acidez no sangue
Diminuição dos níveis de potássio no sangue
Aumento do apetite
Aumento da sede e ingestão anormal de grandes quantidades de líquidos
Pressão arterial baixa ou diminuição da pressão arterial quando se levanta
Afrontamentos
Doença do tipo gripal
Arrefecimento das extremidades (p. ex. mãos e face)
Dificuldades na aprendizagem
Distúrbios na função sexual (disfunção eréctil, perda da líbido)
Alucinações
Diminuição da comunicação verbal
Pensamentos suicidas
Efeitos secundários raros incluem:
Sensibilidade cutânea aumentada
Sentido do olfato comprometido
Glaucoma, definido como uma obstrução na drenagem de líquido no olho causando
aumento da pressão ocular, dor e diminuição da visão
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Acidose tubular renal
Reatividade grave da pele, tal como Síndrome de Steven-Johnson, uma dermatose fatal
em que a camada superior da pele se separa da camada inferior, e eritema multiforme,
uma condição que se caracteriza pela presença de manchas vermelhas com relevo que
podem formar bolhas.
Odor
Inchaço nos tecidos perto do olho
Síndrome de Raynaud. Uma perturbação que afeta os vasos sanguíneos dos dedos das
mãos e pés e orelhas e que causam dor e sensibilidade ao frio.
Calcificação dos tecidos (calcinose)
Efeitos secundários de frequência desconhecida:
Maculopatia, uma doença da mácula, pequeno ponto na retina onde a visão é mais
nítida. Deve consultar o seu médico se notar alteração ou diminuição da sua visão.
Inchaço da conjuntiva do olho.
Necrose tóxica epidérmica, que é a forma mais severa do Síndrome de Steven-Johnson
(ver pouco frequentes).
Crianças e adolescentes
Os efeitos secundários notificados com maior frequência (
2vezes) em crianças do que
nos adultos em estudos controlados em dupla ocultação incluem:
Diminuição do apetite
Aumento do apetite
Acidose hiperclorémica (aumento dos níveis de ácido no sangue)
Hipocaliémia (baixos níveis de potássio sanguíneo)
Comportamento anormal
Agressão
Apatia (tristeza)
Insónia inicial (problemas em adormecer)
Ideação suicida
Alteração da atenção
Letargia (sensação de cansaço)
Doença do ritmo circadiano do sono (um grupo de distúrbios do sono que afetam o
tempos de dormir)
Sono de má qualidade
Aumento da lacrimação (problemas nos olhos como aumento da produção de lágrimas)
Bradicardia sinusal (diminuição do batimento cardíaco)
Mal-estar
Alterações na marcha (problemas ao andar)
Entre os efeitos secundários que apenas foram descritos em crianças e em estudos em
dupla ocultação descrevem-se:
Eosinofilia (contagem de sangue anormal, aumento de eosinófilos)
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Hiperatividade psicomotora (agitação ou aumento da atividade física e mental)
Vertigens (tonturas)
Vómitos (estar doente)
Hipertermia (aumento excessivo da temperatura corporal)
Pirexia (febre ou temperatura alta)
Dificuldade de aprendizagem.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer efeitos secundários
não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. COMO CONSERVAR TOPIRAMATO RANBAXY
Manter fora do alcance e da vista da criança.
Não utilize Topiramato Ranbaxy após o prazo de validade impresso no frasco e na
embalagem exterior, VAL.: O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Não tome os comprimidos se não têm o aspeto descrito em baixo.
Manter o frasco bem fechado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Topiramato Ranbaxy
A substância ativa é o Topiramato.
Cada comprimido revestido por película contém 25 mg de topiramato.
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de topiramato.
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de topiramato.
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de topiramato.
Os outros componentes são:
Núcleo do comprimido
Lactose
mono-hidratada,
amido
pré-gelificado,
celulose
microcristalina,
carboximetilamido sódico (Tipo A), estearato de magnésio.
Revestimento do comprimido
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Hipromelose, dióxido de titânio (E171), macrogol 400, polissorbato 80 e óxido de ferro
amarelo (172) (50 mg, 100 mg), óxido de ferro vermelho (E172) (200 mg).
Qual o aspeto de Topiramato Ranbaxy e conteúdo da embalagem
Topiramato Ranbaxy 25 mg Comprimidos revestidos por película são comprimidos
brancos, revestidos por película, circulares com a gravação “TP1” de um lado e lisos do
outro lado.
Topiramato Ranbaxy 50 mg Comprimidos revestidos por película são comprimidos
amarelos, revestidos por película, circulares com a gravação “TP2” de um lado e lisos do
outro lado.
Topiramato Ranbaxy 100 mg Comprimidos revestidos por película são comprimidos
amarelos, revestidos por película, circulares com a gravação “TP3” de um lado e lisos do
outro lado.
Topiramato Ranbaxy 200 mg Comprimidos revestidos por película são comprimidos cor
de pêssego, revestidos por película, circulares com a gravação “TP4” de um lado e lisos
do outro lado.
Topiramato Ranbaxy está disponível em frasco HPDE contendo 20,28,30,50,60, 100,
120, 200 comprimidos.
Titular de Autorização de Introdução no Mercado
Ranbaxy
Portugal
Comércio
Desenvolvimento
Produtos
Farmacêuticos,
Unipessoal Lda.
Rua do Campo Alegre 1306, 3º Andar, Sala 301/302
Porto
Fabricantes
Ranbaxy Ireland Limited
Spafield, Cork Road, Cashel, Co. Tipperary
Irlanda
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:
Dinamarca
Topiramat Ranbaxy
Alemanha
Topiramato Basics 25 mg Filmtabletten
Topiramato Basics 50 mg Filmtabletten
Topiramato Basics 100 mg Filmtabletten
Topiramato Basics 200 mg Filmtabletten
Lituânia
Ropimate 25 mg tablet
Ropimate 50 mg tablet
Ropimate 100 mg tablet
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Ropimate 200 mg tablet
Polónia
Topiran
Reino Unido
Topiramate 25 mg film-coated Tablets
Topiramate 50 mg film-coated Tablets
Topiramate 100 mg film-coated Tablets
Topiramate 200 mg film-coated Tablets
Grécia
Topiramate/
Νειάδας
Portugal
Topiramato Ranbaxy 25 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 50 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 100 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 200 mg Comprimidos revestidos por película
Hungria
Toprazopan 25 mg filmtabletta
Toprazopan 50 mg filmtabletta
Toprazopan 100 mg filmtabletta
Toprazopan 200 mg filmtabletta
Este folheto foi aprovado pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERISTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Topiramato Ranbaxy 25 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 50 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 100 mg Comprimidos revestidos por película
Topiramato Ranbaxy 200 mg Comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 25 mg de topiramato.
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de topiramato.
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de topiramato.
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de topiramato
Excipientes:
Cada comprimido revestido por película de 25 mg contém também 5,0 mg de lactose
(mono-hidratada).
Cada comprimido revestido por película de 50 mg contém também 10,0 mg de
lactose (como lactose mono-hidratada).
Cada comprimido revestido por película de 100 mg contém também 20,0 mg de
lactose (como lactose mono-hidratada).
Cada comprimido revestido por película de 200 mg contém também 40,0 mg de
lactose (como lactose mono-hidratada).
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
25 mg comprimido revestido por película:
Comprimido revestido por película, branco, circular com a gravação “TP1” de um lado
e liso do outro lado.
50 mg comprimido revestido por película:
Comprimido revestido por película, amarelo, circular com a gravação “TP2” de um
lado e liso do outro lado.
100 mg comprimido revestido por película:
Comprimido revestido por película, amarelo, circular com a gravação “TP3” de um
lado e liso do outro lado.
200 mg comprimido revestido por película:
Comprimido revestido por película, cor de pêssego, circular com a gravação “TP4” de
um lado e liso do outro lado.
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4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Monoterapia em doentes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos com
crises
parcias
e/ou
crises
generalizadas
secundárias
crises
generalizadas
primárias tónicas-clónicas
Como terapêutica adjuvante em crianças de idade igual e superior a 2 anos,
adolescentes
adultos,
crises
parciais
crises
secundárias
generalização ou terapêutica adjuvante em crises generalizadas tónico-clónicas e
tratamento de crises associadas ao síndrome de Lennox-Gastault.
O topiramato está indicado em adultos para a profilaxia da enxaqueca após uma
cuidadosa avaliação das opções alternativas. O topiramato não é adequado para o
tratamento de tratamento agudo. A iniciação do tratamento com Topiramato deverá
restrita
a tratamento
cuidados
especializados
deverá
gerido
supervisão especializada ou deverão ser partilhados os cuidados prestados.
4.2 Posologia e modo de administração
Generalidades:
É recomendado que a terapia seja iniciada com uma dose inicial baixa seguida de
titulação até à dose efetiva ótima. A dose e a taxa de titulação deve ser ajustada
através da resposta clínica.
O topiramato está disponível em comprimidos revestidos por película. Não é
recomendada a quebra de comprimidos revestidos por película.
Não é necessária a monitorização das concentrações plasmáticas do topiramato para
otimizar a terapêutica com topiramato. Em raras ocasiões, a adição de topiramato à
fenitoina poderá exigir um ajuste da dose da fenitoina para obter um resultado
clínico ótimo. A adição ou o abandono de fenitoina e carbamazepina à terapêutica
adjuvante com topiramato poderá exigir um ajuste na dose de topiramato.
O Topiramato Ranbaxy pode ser tomado independentemente das refeições.
Em doentes com ou sem historial de convulsões ou epilepsia, fármacos antiepiléticos
incluindo o topiramato devem ser descontinuados gradualmente para minimizar o
potencial de convulsões ou aumento da frequência destas. Em ensaios clínicos, as
dosagens diárias foram diminuídas com intervalos semanais de 50-100 mg em
adultos com epilepsia e 25-50 mg em adultos a receber topiramato com doses até
100 mg/dia para a profilaxia da enxaqueca. Em ensaios clínicos em pediatria, o
topiramato foi gradualmente descontinuado durante um período de 2 a 8 semanas.
Monoterapia na epilepsia
Generalidades:
Quando se suspende a administração simultânea de antiepiléticos para se conseguir
a monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os efeitos que poderão
ocorrer no controlo das convulsões. A menos que aspetos de segurança exijam uma
interrupção
abrupta
antiepiléticos
administrados
concomitantemente,
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recomendado uma redução gradual, de aproximadamente um terço do antiepilético
administrado em simultâneo, de duas em duas semanas.
Quando se suspendem medicamentos indutores enzimáticos, os níveis de topiramato
aumentam. Se for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na
posologia de topiramato.
Adultos:
Quer a dose, quer a titulação devem ser avaliadas através da resposta clínica. A
titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma semana.
A posologia pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de uma ou
duas semanas, administrados em duas tomas. Se o doente não tolerar a titulação,
podem
efetuados incrementos
menores
intervalos
maiores
entre
cada
aumento de dose.
A dose inicial recomendada para monoterapia com topiramato, em adultos, é de 100
mg/dia
mg/dia,
administrada
duas
tomas.
dose
máxima
diária
recomendada é de 500 mg/dia, também administrada em duas tomas. Alguns
doentes com formas refractárias de epilepsia toleraram 1000 mg/dia de topiramato
em monoterapia. Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos
incluindo idosos, na ausência de doença renal subjacente.
População pediátrica (Crianças com idade igual ou superior a 6 anos):
Quer a dose, quer a taxa de titulação em crianças devem ser avaliadas pelo
resultado clínico. O tratamento de crianças com idade superior a 6 anos deve ser
iniciado com 0,5 a1 mg/Kg dia, administrados à noite, durante a primeira semana.
Esta dose pode ser aumentada em 0,5 a 1 mg/kg/dia, administrada em duas tomas,
com intervalos de uma ou duas semanas. Se a criança não é capaz de tolerar o
regime de titulação, podem ser efetuados incrementos menores ou intervalos
maiores entre cada aumento de dose.
A dose inicial recomendada para a monoterapia com topiramato em crianças de
idade superior a 6 anos, é de 100 mg/dia dependendo do resultado clínico, (isto é,
2.0 mg/kg/dia em crianças entre os 6 e os 16 anos de idade).
Terapêutica adjuvante da epilepsia (crises parciais com ou sem generalização
secundária, crises primárias generalizadas tónico-clónicas ou crises associadas ao
síndrome de Lennox-Gastault)
Adultos:
A terapêutica deve ser iniciada com 25-50 mg, administrados à noite, durante uma
semana. Embora esteja descrita, a utilização de doses iniciais mais baixas não foi
estudada sistematicamente. Posteriormente, a dose deve ser aumentada de 25 -50
mg/dia, em intervalos de tempo semanais ou quinzenais, sendo a dose administrada
em duas tomas.
Alguns doentes podem ser tratados com eficácia com uma dose única diária.
Em ensaios clínicos como terapêutica adjuvante, a dose de 200 mg foi a dose eficaz
mais baixa. A dose diária habitual é de 200-400 mg, dividida em duas tomas.
Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos, incluindo idosos, na
ausência de doença renal. (ver secção 4.4.).
População pediátrica (crianças de idade igual ou superior a 2 anos):
A dose total diária recomendada de topiramato como terapia adjuvante é de
aproximadamente 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas tomas. A titulação deve ser
iniciada com 25 mg (ou menos, baseada num intervalo de 1 a 3 mg /kg/dia 1 a 3
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mg/kg/dia) administrados à noite, durante a primeira semana. A posologia deve ser
aumentada semanalmente ou quinzenalmente, com aumentos de 1 a 3 mg/kg/dia,
(administrados em duas tomas diárias), para obter uma resposta clínica ótima.
Doses diárias até 30 mg/kg/dia foram estudadas e foram geralmente bem toleradas.
Enxaqueca
Adultos
A dose total diária de topiramato recomendada para tratamento profilático da
enxaqueca é de 100 mg/dia, divididos em duas tomas. A titulação deve ser iniciada
com 25 mg, administrados à noite, durante 1 semana. A dose deve ser então
aumentada em 25 mg diários, com intervalos de uma semana. Se o doente não
suportar o regime de titulação, podem ser considerados intervalos maiores entre os
ajustes de dose.
Alguns doentes podem sentir melhorias com uma dose diária total de 50 mg/dia. Os
doentes tomaram uma dose total diária até 200 mg/dia. Esta dose pode ter
benefícios em alguns doentes, no entanto, é aconselhada precaução devido ao
aumento da incidência de efeitos indesejáveis.
População pediátrica
O topiramato não é recomendado no tratamento ou prevenção da enxaqueca em
crianças devido a dados insuficientes sobre segurança e eficácia.
Recomendações gerais de posologia para Topiramato em populações especiais de
doentes
Compromisso renal
O topiramato deve ser administrado com precaução em doentes com compromisso
renal (CLcr ≤ 60 ml/min), uma vez que a depuração plasmática e renal do
topiramato estão diminuídas. Indivíduos com compromisso renal conhecido podem
necessitar de mais tempo para atingir o estado estacionário em cada dose.
Uma vez que o topiramato é removido do plasma por hemodiálise, deve ser
administrado em doentes com insuficiência renal em estadio final, nos dias em que a
hemodiálise
efetuada,
dose
suplementar
topiramato
igual
aproximadamente
igual
metade
dose
habitualmente
administrada
topiramato. A dose suplementar deve ser administrada em doses divididas no início e
no fim do procedimento de hemodiálise. Esta dose suplementar pode variar de
acordo com o tipo de equipamento de diálise utilizado.
Compromisso hepático
topiramato
deve
administrado
precaução
doentes
compromissohepático moderado a grave, uma vez que a depuração do topiramato
está diminuída.
Idosos
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos desde que a sua função renal
esteja intacta.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
O tratamento com topiramato para a profilaxia da enxaqueca é contraindicado na
gravidez, e em mulheres em idade fértil se não utilizarem um método contracetivo
eficaz.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Nas situações em que a descontinuação rápida de topiramato seja clinicamente
necessária, é recomendado uma monitorização adequada (ver secção 4.2 para mais
informações).
Assim como com outros fármacos antiepiléticos, alguns doentes podem ter um
aumento na frequência das crises ou de início de novos tipos de crises com
topiramato. Este fenómeno pode ser a consequência de uma sobredosagem, de uma
diminuição
concentrações
plasmáticas
antiepiléticos
utilização
concomitante, da progressão da doença ou um efeito paradoxal.
Uma adequada hidratação durante o tratamento com topiramato é muito importante.
A hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver abaixo). Uma adequada
hidratação antes e durante atividades como o exercício físico ou a exposição a
temperaturas elevadas pode reduzir o risco de efeitos adversos relacionadas com o
calor (ver secção 4.8).
Oligohidrose
A oligohidrose (diminuição da sudação) tem sido descrita em associação ao uso de
topiramato. A dimunuição da sudação e o aumento da temperatura corporal pode
ocorrer especialmente em crianças expostas a ambientes com altas temperaturas.
Perturbações de humor/Depressão:
Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão
durante o tratamento com topiramato.
Suicídio/Tentativa de suícidio:
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados
com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações terapêuticas. Uma meta-
análise de ensaios aleatorizados de medicamentos antiepiléticos, contra placebo,
mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica esse risco e dados
disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco para o topiramato.
Em ensaios clínicos em dupla ocultação, os acontecimentos relacionados com suicídio
(ARS) (ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio) ocorreram com frequências
de 0,5% em doentes tratados com topiramato (46 de 8652 doentes tratados) e com
uma incidência quase três vezes superior aos doentes tratados com placebo (0,2%;
8 dos 4045 doentes tratados).
Como tal, os doentes devem ser monitorizados quanto aos sinais de ideação e
comportamento suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento mais
adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados de saúde aos doentes) devem
ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e
comportamento suicida.
Nefrolitíase:
Em alguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, o
risco de formação de cálculos renais e de ocorrência de sinais e sintomas associados,
tais como, cólica renal, dor lombar ou dor nos flancos, pode ser superior.
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
fatores
risco
para nefrolitíase incluem
formação
prévia
cálculos,
antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. No entanto, nenhum destes
fatores de risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o
tratamento com topiramato. Além disso, os doentes em tratamento com outros
medicamentos associados ao risco de nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior
risco.
Função hepática diminuída:
doentes
função
hepática
diminuida,
recomenda-se
precaução
administração de topiramato, pois pode estar reduzida a eliminação deste fármaco.
Miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado:
Um síndroma consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário de ângulo
fechado foi descrito em doentes tratados com topiramato. Os sintomas incluem início
agudo de diminuição da acuidade visual e / ou dor ocular. Os achados oftalmológicos
incluem miopia, edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão), e
aumento da pressão intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Este
síndroma pode estar associado com derrame supraciliar, resultando no deslocamento
anterior do cristalino e irís, com glaucoma secundário do ângulo fechado. Os
sintomas ocorrem tipicamente dentro de um mês do início da terapêutica. Em
contraste com o glaucoma primário do ângulo fechado, que é raro em doentes com
menos de 40 anos de idade, o glaucoma secundário do ângulo fechado associado a
topiramato foi descrito em crianças e adultos. O tratamento inclui interruppção de
topiramato, tão rapidamente quanto possível e de acordo com a opinião do médico, e
medidas adequadas para reduzir a pressão intraocular. Estas medidas geralmente
resultam na diminuição da pressão intraocular.
Uma pressão intraocular elevada de qualquer etiologia, se não for tratada, pode dar
origem a sequelas graves incluindo uma perda permanente da visão.
Deve ser efetuada uma avaliação do tratamento com topiramato em doentes com
um historial de distúrbios visuais.
Acidose metabólica:
acidose
metabólica
hiperclorémica,
“non-anion
gao”
(isto
redução
bicarbonato sérico abaixo dos níveis normais de referência, na ausência de alcalose
respiratória),
está
associada
ao tratamento com topiramato. Esta
redução
bicarbonato sérico deve-se ao efeito inibitório do topiramato na anidrase carbónica
renal. Geralmente, a redução de bicarbonato ocorre no início do tratamento,
podendo, no entanto, ocorrer em qualquer altura do tratamento. Estas reduções de
bicarbonato são ligeirasa moderadas (com reduções médias de 4 mmol/L para doses
de 100 mg/dia ou mais de topiramato, em adultos, e de aproximadamente 6
mg/Kg/dia, em doentes pediátricos). Raramente os doentes apresentaram redução
para
valores
inferiores
mmol/L.
Situações
clínicas
terapêuticas
predisponham para a acidose, (tais como, doenças renais, alterações respiratórias
severas, estados epiléticos, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica, ou certos fármacos),
podem ter um efeito aditivo à redução de bicarbonato provocada pelo topiramato.
A acidose metabólica crónica aumenta o risco de formação de cálculos renais e pode
potencialmente levar a osteopenia.
A acidose metabólica crónica, em doentes pediátricos, pode reduzir as taxas de
crescimento.O
efeito
topiramato
sequelas
ósseas
não
estudado
sistematicamente em populações pediátricas ou adultas.
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
De acordo com a situação clínica inicial, uma avaliação adequada, incluindo níveis
plasmáticos de bicarbonato, é recomendada durante o tratamento com topiramato.
Se existirem sinais ou sintomas (ex. respiração profunda de Kussmaul’s, dispneia,
anorexia, náusea, vómitos, cansaço excessivo, taquicardia ou arritmia), indicativos
de acidose metabólica, é recomendada a medição dos níveis séricos de bicarbonato.
Se a acidose metabólica se desenvolver e persistir, deve ser tida em consideração a
redução da dose ou a interrupção do tratamento com topiramato (através de uma
diminuição gradual da dose).
O topiramato deve ser utilizado com precaução em doentes cujas condições ou
tratamentos sejam um fator de risco para o aparecimento de acidose metabólica.
Suplementação alimentar
Alguns
doentes
podem ter
diminuição
peso
durante
tratamento
topiramato. É recomendado que os doentes em tratamento com o topiramato sejam
monitorizados para a perda de peso. Deve ser considerada a administração de um
suplemento alimentar ou aumento da ingestão de alimentos em doentes que percam
peso, durante a administração do topiramato.
Intolerância à lactose
Este medicamento contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou má absorção de glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
Comprometimento da função cognitiva
O comprometimento cognitivo na epilepsia é multifatorial e pode ser devido à
etiologia subjacente, devido à epilepsia ou devido ao tratamento antiepilético. Há
relatos na literatura de comprometimento da função cognitiva em adultos em
tratamento com topiramato, que exigia redução da dose ou descontinuação do
tratamento. No entanto, estudos sobre resultados cognitivos em crianças tratadas
com topiramato são insuficientes e os seus efeitos a este respeito ainda precisa ser
elucidado.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos do topiramato sobre os outros antiepiléticos:
associação
topiramato
outros
medicamentos
antiepiléticos
(fenitoína,
carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital, ou primidona) não afeta as suas
concentrações plasmáticas no estado estacionário, exceto em doentes ocasionais em
que a associação de topiramato à fenitoína pode provocar uma elevação das
concentrações plasmáticas desta. Isto deve-se possivelmente à inibição da isoforma
duma enzima polimórfica específica (CYP2C19). Consequentemente, em qualquer
doente em tratamento com fenitoína que apresente sinais ou sintomas de toxicidade,
deve proceder-se à monitorização dos níveis de fenitoína.
Um estudo de interação farmacocinética com doentes epiléticos indicou que a adição
do topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas desta,
para doses de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Para além disso, não houve
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
alteração das concentrações plasmáticas de topiramato durante e após a interrupção
do tratamento com lamotrigina (dose média de 327 mg/dia).
O topiramato inibe a enzima CYP 2C19 e pode interferir com outras substâncias que
são
metabolizadas
esta
enzima
(por
exemplo:
diazepam,
imipramina,
moclobemida, proguanilo, omeprazol).
Efeitos dos outros fármacos antiepiléticos sobre topiramato
A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática de topiramato. A
associação
interrupção
tratamento
fenitoína
carbamazepina,
terapêutica com topiramato, pode requerer o ajuste posológico deste último. Estas
alterações devem ser efetuadas por avaliação do efeito clínico.
associação
interrupção
tratamento
ácido
valpróico
não
produz
alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas de topiramato
pelo que, neste caso, não é necessário proceder ao ajuste posológico de Topiramato
Ranbaxy.
Os resultados destas interações estão resumidos no quadro seguinte:
coadministrado
Concentração do FAE
Concentração de Topiramato
Fenitoína
↔**
Carbamazepina
(CBZ)
Ácido Valpróico
Lamotrigina
Fenobarbital
Primidona
= Sem efeito sobre a concentração plasmática (alteração ≤15%)
= Aumento das concentrações plasmáticas em alguns doentes
= Redução da concentração plasmática
= Não estudado
= Fármaco antiepilético
Outras interações medicamentosas:
Digoxina:
Num estudo de dose única, a área sob a curva (AUC) da concentração plasmática da
digoxina sérica decresceu 12% com a administração concomitante de topiramato . A
relevância clínica desta observação não foi estabelecida. Quando se adiciona ou
retira topiramato a doentes em que foi instituída uma terapêutica com digoxina,
deve prestar-se especial atenção à monitorização da digoxina sérica.
Depressores do SNC:
administração
concomitante
topiramato
álcool
outros
fármacos
depressores do SNC não foi avaliada em estudos clínicos. Recomenda-se que
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
topiramato não seja utilizado concomitantemente com álcool ou outros fármacos
depressores do SNC.
Hipericão (Hypericum perforatum)
Pode ser observada com a administração concomitante de topiramato e de Hipericão,
uma diminuição das concentrações plasmáticas resultando numa perda de eficácia. O
potencial de interação não foi avaliado em estudos clínicos.
Contracetivos Orais:
Num estudo de interação farmacocinética em voluntários saudáveis, a administração
concomitante de um contracetivo oral (produto de associação) constituído por 1 mg
de noretindrona e 35 mcg etinilestradiol e topiramato em doses de 50 a 200 mg/dia,
não
foram
observadas
alterações
estatisticamente
significativas
noretindrona ou etinilestradiol. Num outro estudo, o efeito na AUC do etinilestradiol
diminuiu de forma estatisticamente significativa, para doses de 200, 400 e 800
mg/dia de topiramato (18%, 21% e 30%, respetivamente), quando administrado
como terapêutica adjuvante a doentes a tomar ácido valpróico. Em ambos os
estudos, o topiramato ( em doses de 50-200 mg/dia, em voluntários saudáveis e
200-800 mg/dia em doentes epiléticos), não afetou afetou significativamente a
exposição da NET. Apesar de existir uma diminuição da exposição ao EE, dependente
da dose, para doses entre 200-800 mg/dia (em doentes epiléticos), não se registou
alteração dependente da dose significativa na exposição ao EE, para doses entre 50-
200 mg/dia (em voluntários saudáveis). O significado clínico das alterações não é
conhecido.
possibilidade
diminuição
eficácia
contracetivo
aumento
hemorragia de privação devem ser tidas em consideração, para doentes a tomar
contracetivos
orais
associação
Topiramato.
doentes
tomar
contracetivos, contendo estrogénio devem comunicar ao médico quaisquer alterações
nos respetivos padrões hemorrágicos. A eficácia dos contracetivos pode diminuir
mesmo na ausência de alteração dos padrões hemorrágicos.
Lítio:
Em voluntários saudáveis, foi observada uma redução (de 18% da AUC) na
exposição sistémica de litío durante a administração concomitante de topiramato 200
mg/dia. Em doentes com doença bipolar, a farmacocinética do lítio não foi afetada
durante o tratamento com topiramato 200 mg/dia.
No entanto, foi observado um aumento (de 26% da AUC) na exposição sistémica ao
lítio, após o tratamento com topiramato em doses até 600 mg/dia. Os níveis de lítio
devem ser monitorizados quando coadministrado com topiramato.
Risperidona:
Estudos de interação fármaco-fármaco, conduzidos em condições de dose única em
voluntários saudáveis e dose múltipla em doentes bipolares, obtiveram resultados
semelhantes. Quando administrada concomitantemente com topiramato em doses
crescentes de 100, 250 e 400 mg/dia, houve uma redução da exposição sistémica
darisperidona (16% e 33% da AUC em estado estacionário para as doses de 250 e
400 mg/dia respetivamente). Não foram observadas alterações significativas na
exposição sistémica da fração ativa total da risperidona ou do topiramato. Quando o
topiramato foi adicionado ao tratamento já existente com risperidona (1-6 mg/dia)
foram notificados mais frequentemente acontecimentos adversos do que antes da
introdução (90% e 54% respetivamente) do topiramato (250-400 mg/dia). Os
acontecimentos adversos mais frequentemente notificados, quando topiramato foi
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
adicionado
tratamento
risperidona
foram:
sonolência
(27%
12%),
parestesia (22% e 0%) e náuseas (18% e 9%, respetivamente).
Hidroclorotiazida:
Um estudo de interação fármaco-fármaco em voluntários saudáveis, avaliou a a
farmacocinética no
estado
estacionário
hidroclorotiazida
(25 mg/dia)
topiramato
vezes
dia),
quando
administrados
isolada
concomitantemente. Os resultados do estudo indicam que a ACmáx de topiramato
aumentou 27% e a AUC aumentou 29%, quando a hidroclorotiazida foi adicionada ao
topiramato.
significado
clínico
desta
alteração
não
conhecido.
Quando
hidroclorotiazida é adicionada ao tratamento com topiramato um ajuste da dose de
topiramato
pode
necessária.
farmacocinética
estado
estacionário
hidroclorotiazida
não
significativamente
alterada
administração
concomitante de topiramato. Resultados laboratoriais indicam uma redução do
potássio sérico após a administração de topiramato ou hidroclorotiazida, esta
redução é mais acentuada quando a administração de topiramato e hidroclorotiazida
é concomitante.
Metformina:
Foi realizado um estudo de interação fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis,
para
avaliar
farmacocinética
estado
estacionário
metformina
topiramato no plasma, quando a metformina foi administrada isoladamente e quando
a metformina e o topiramato foram administrados simultaneamente. Os resultados
deste estudo mostraram que a média da Cmáx e da AUC0-12h da metformina
aumentou em 18% e 25% respetivamente, enquanto que a CL/F média reduzia
20%, quando a metformina e o topiramato eram administrados simultaneamente. O
topiramato não afetou a Tmáx da metformina. Não é claro o significado clínico do
efeito do topiramato na farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do
topiramato oral parece ser reduzida quando administrado com a metformina.
Desconhece-se a extensão do efeito na depuração.Não é claro o significado clínico do
efeito da metformina na farmacocinética do topiramato. Quando topiramato é
associado ou retirado em doentes a receberem tratamento com metformina deverá
haver precaução em relação à monitorização de rotina para o controlo adequado da
diabetes.
Pioglitazona:
estudo
interação
fármaco-fármaco
voluntários
saudáveisavaliou
farmacocinética no estado estacionário do topiramato e da pioglitazona, quando
administrados isolados ou concomitantemente. Foi observada uma redução de 15%
da AUCτss da pioglitazona, sem alteração da Cmax,ss. Este resultado não foi
estatisticamente significativo. Por outro lado, foi observada uma diminuição do
hidroximetabolito de 13% e 16% na Cmax,ss e AUCτss respetivamente, assim como
uma diminuição de 60% na Cmax,ss e AUCτss do ceto-metabolito ativo. Não se
conhece o significado clínico destes resultados. Quando o topiramato é administrado
em simultâneo com a pioglitazona ou vice-versa, deve dar-se especial atenção à
monitorização de rotina para adequado controlo da diabetes.
Gliburide:
Um estudo de interação fármaco-fármaco em doentes com diabetes tipo II avaliou a
farmacocinética no estado estacionário do gliburide (5 mg/dia) e do topiramato (150
mg/dia), quando administrados isolados ou concomitantemente. Observou-se uma
diminuição de 25% na AUC24 de gliburide, quando administrado com topiramato.. A
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
exposição sistémica dos metabolitos ativos, 4-trans-hidroxigliburide (M1) e 3-cis-
hidroxi-gliburide(M2), reduziu 13% e 15% respetivamente. A farmacocinética no
estado estacionário do topiramato não foi afetada pela administração concomitante
de gliburide.
Quando o topiramato é administrado em simultâneo com glibenclamida ou viceversa,
deve dar-se especial atenção à monitorização de rotina para adequado controlo da
diabetes.
Outras formas de interação:
Substâncias que predispõem para nefrolitíase
Quando utilizado concomitantemente com outras substâncias que predispõem para
nefrolitíase, topiramato pode aumentar o risco de nefrolitíase. Durante o tratamento
com topiramato devem ser evitadas estas substâncias, dado que podem criar um
ambiente fisiológico que aumente o risco de formação de cálculos renais.
Ácido valpróico:
A administração concomitante de topiramato e ácido valpróico está associada a
hiperamoniémia com ou sem encefalopatia. Na maioria dos casos, os sintomas e os
sinais diminuem com a descontinuação de uma das substâncias. Esta reação adversa
não é devida a uma interação farmacocinética. A associação da hiperamoniémia com
monoterapia
topiramato
tratamento
concomitante
outro
antiepilépico, não foi estabelecida.
Estudos adicionais de interaccão farmacocinética:
Foram
efetuados
ensaios
clinicos
para
estudar
potencial
interação
medicamentosa entre topiramato e outros medicamentos.. As alteracões na Cmáx ou
na AUC, como resultado de interações, estão resumidas no quadro a seguir. A
segunda coluna (concentração do medicamento concomitante) descreve o que
acontece à concentração do fármaco concomitante que se encontra na primeira
coluna, com o topiramato. A terceira coluna (concentração de topiramato) descreve
como
coadministração
fármaco
mencionada
primeira
coluna
afeta
concentração do topiramato.
Resumo dos Resultados de Outros Estudos Farmacocinéticos sobre Interações
Medicamentosas
Fármaco
concomitante
Concentração
concomitante
medicamentoa
Concentração do topiramatoa
Amitriptilina
↔ 20% de aumento na Cmáx e
AUC do metabolito nortriptilina
Não estudado
Dihidroergotamina
(oral e subcutâneo)
Haloperidol
↔ 31% de aumento na AUC do
metabolito reduzido
Não estudado
Propanolol
↔ 17% de aumento na Cmáx
para
4-OH
propanolol
(TPM
50mg q12h)
9% e 16% de aumento na
Cmáx,
aumento na AUC (40 e 80 mg
propanolol
q12h,
respetivamente)
Sumatriptano (oral e
Não estudado
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
subcutâneo)
Pizotifeno
Diltiazem
redução
diltiazem, 18% de redução na
DEA e ↔ para DEM*
20% de aumento na AUC
Venlafaxina
Flunarizina
16% de aumento na AUC (TPM
50 mg q12h)b
aValores
relativamente
alteração
média
Cmax
relativamente à monoterapia.
↔ = Sem efeito sobre a Cmáx e AUC ( alteração ≤ 15%) do composto precusor
* DEA= des acetilo diltiazem, DEM=N-dimetilo diltiazem
b Flunarizina aumento de 14% na AUC em individuos que tomam da bflunarizina nos
doentes que tomaram apenas flunarizina. O aumento da exposição pode ser devido à
acumulação estabelecida no estado estacionário.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez:
Topiramato é teratogénico em ratinhos, ratos e coelhos. Em ratos, o topiramato
atravessa a barreira placentária
Não existem estudos adequados e bem controlados sobre a utilização de topiramato
em mulheres grávidas.
Dados epidemiológicos sugerem que poderá haver uma associação entre a utilização
topiramato
durante
gravidez
malformações
congénitas
(ex:
defeitos
craniofaciais, como por exemplo fissuras no lábio/palato, hipospádias e anomalias
envolvendo
vários
sistemas).
sido
notificado
topiramato
monoterapia e com topiramato incluído em regimes politerapêuticos. Estes dados
devem ser interpretados com precaução, uma vez que é necessário ter mais
informação para identificar um aumento dos riscos de malformações.
Para além disso, estes dados e outros estudos sugerem também que, comparado
com a monoterapia, o tratamento com fármacos antiepiléticos em politerapia poderá
estar associado a um maior risco de malformações congénitas.
É recomendado que as mulheres em risco de engravidar deverão utilizar um método
contracetivo adequado.
Amamentação:
Estudos em animais demonstraram a excreção do topiramato no leite. A excreção do
topiramato no leite humano não foi avaliada em estudos controlados. Um número
limitado de observações em doentes sugere uma excreção extensa do topiramato no
leite materno. Uma vez que existem inúmeros medicamentos excretados no leite
materno, deve ser tomada uma decisão quanto à interrupção do aleitamento ou do
tratamento com topiramato, tendo em consideração a importância do medicamento
para a mãe (ver Secção 4.4).
Indicação na Epilepsia
Durante a gravidez, o topiramato deve ser prescrito após a mulher ser informada dos
riscos conhecidos da epilepsia não controlada na gravidez e dos potenciais riscos do
medicamento para o feto.
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
Indicação na profilaxia da enxaqueca
O topiramato é contraindicado na gravidez e em mulheres em idade fértil que não
estão a utilizar um método contracetivo eficaz (ver secção 4.3 e 4.5 Interações com
contracetivos orais).
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Topiramato atua sobre o Sistema Nervoso Central e pode provocar sonolência,
tonturas ou outros sintomas relacionados. Pode causar também perturbações visuais
e/ou visão turva. Estas reações adversas podem ser potencialmente perigosos em
doentes que conduzam veículos ou utilizem máquinas, particularmente até ser
estabelecida a experiência individual do doente com o medicamento.
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
A segurança do topiramato foi avaliada através de uma base de dados de estudos
clínicos com 4.111 doentes (3.182 com topiramato e 929 com placebo) que
participaram em 20 estudos em dupla ocultação e 2.847 doentes que participaram
em 34 estudos abertos para o topiramato como terapêutica adjuvante nas crises
primárias
generalizadas
tónico-clónicas,
crises
parciais,
crises
associadas
síndrome de Lennox-Gastaut, monoterapia para uma epilepsia nova ou diagnosticada
recentemente ou para a profilaxia da enxaqueca.
A maioria das reações adversas medicamentosas foram de intensidade ligeira a
moderada
respeito
gravidade.
Estas
reações
adversas
medicamentosas, identificadas nos ensaios clínicos e na fase de pós-comercialização
(indicado por *), encontram-se descritas na tabela 1 abaixo de acordo com a sua
incidência. As frequências atribuídas estão organizadas da seguinte forma:
Muito frequentes ≥ 1/10
Frequentes ≥ 1/100 e <1/10
Pouco frequentes ≥ 1/1000 e <1/100
Raros ≥ 1/10 000 e <1/1000
Desconhecido não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis .
As reações adversas medicamentosas (RAMs) mais comuns (com uma incidência >
5% e maior que as observadas com placebo em pelo menos uma indicação em
estudos em dupla ocultação com topiramato): anorexia, diminuição do apetite,
bradifrenia, depressão, alterações na linguagem, insónia, alteração na coordenação,
alteração da atenção, tonturas, disartria, disgeusia, hipoestesia, letargia, alterações
de memória, nistagno, parestesia, sonolência, tremor, diplopia, visão turva, diarreia,
náuseas, fadiga, irritabilidade e perda de peso.
População pediátrica
As reações adversas medicamentosas mais frequentes (≥ 2 vezes mais) nas crianças
do que nos adultos em estudos em dupla ocultação incluem:
Diminuição do apetite
Aumento do apetite
Acidose hiperclorémica
Hipocaliémia
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
Comportamento anormal
Agressão
Apatia
Insónia inicial
Ideação suicida
Alteração da atenção
Letargia
Doença do ritmo circadiano do sono
Sono de má qualidade
Aumento da lacrimação
Bradicardia sinusal
Mal-estar
Alterações na marcha.
Entre as reações adversas medicamentosas que apenas foram descritas em crianças
e em estudos em dupla ocultação descrevem-se:
Eosinofilia
Hiperactividade psicomotora
Vertigens
Vómitos
Hipertermia
Pirexia
Dificuldade de aprendizagem.
Infeções e infestações
Muito frequentes: Nasofaringite*
Doenças do sangue e do sistema linfático
Frequentes: Anemia
Pouco frequentes: Leucopénia, trombocitopénia, linfadenopatia, eosinofilia
Raros: Neutropénia*
Doenças do sistema imunitário
Frequentes: Hipersensibilidade
Desconhecidas: Edema alérgico*, Edema conjuntivo *
Doenças do metabolismo e da nutrição
Frequentes: Anorexia, diminuição do apetite
Pouco frequentes: Acidose metabólica, hipocaliémia, aumento do apetite, polidipsia
Raros: Acidose hiperclorémica
Perturbações do foro psiquiátrico
Muito frequentes: Depressão
Frequentes:
Bradifrenia,
insónia,
distúrbio
expressão,
ansiedade,
estado
confusional, desorientação, agressão, alterações no humor, agitação, flutuações de
humor, humor depressivo, cólera, comportamento anormal,
Pouco
frequentes:
Ideação
suicida,
tentativa
suicidio,
alucinação,
distúrbio
psicótico,
alucinação
auditiva,
alucinação
visual,
apatia,
perda
discurso
espontâneo,
perturbações
sono,
labilidade
afetiva,
diminuição
líbido,
instabilidade motora, choro, disfemia, euforia, paranoia, perseverança, ataques de
pânico, estado lacrimoso, distúrbio na leitura, insónia inicial, embotamento afetivo,
pensamento anormal, perda da libido, ausência de interesse nas atividades da vida
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
diária, insónia intermédia, distratibilidade, despertar muito cedo, reação de pânico,
exaltado
Raros: Mania, anorgasmia, perturbação de pânico perturbações na excitação sexual,
sensação
desespero*,
orgasmo
anormal,
hipomania,
sensação
orgásmica
diminuída
Doenças do sistema nervoso
Muito frequente: parestesia, sonolência, tonturas
Frequentes: Distúrbios na atenção, alterações de memória, amnésia, alterações
cognitivas,
perturbações
mentais,
perturbações
capacidades
psicomotoras,
convulsões,
alteração
na coordenação, tremor,
letargia, hipoestesia, nistagmo,
disgeusia, perturbação do equilíbrio, disartria, tremor intencional, sedação
Pouco frequentes: Nível reduzido de consciência, convulsões grande mal, defeito do
campo
visual,
crises
complexas
parciais,
distúrbio
discurso,
hiperatividade
psicomotora, síncope, perturbações sensoriais, ptialismo, hipersonia, afasia, discurso
repetitivo,
hipocinésia,
discinésia,
tonturas
posturais,
qualidade
sono,
sensação
queimadura,
perda
sensações,
parosmia,
síndroma
cerebelar,
disastesia, hipogeusia, estupor, descordenação, aura, ageusia, disgrafia, disfasia,
neuropatia periférica, pré-síncope, distonia, sensação de formigueiro
Raros: Apraxia, alteração do ritmo circadiano do sono, hiperestesia, hiposmia,
anosmia, tremor essencial, acinésia, não resposta ao estímulo
Afeções oculares
Frequentes: Visão turva, diplopia, perturbações visuais
Pouco frequentes: Acuidade visual reduzida, escotoma, miopia*, sensação anormal
no olho*, olho seco, fotofobia, blefarospasmo, aumento da lacrimação, fotopsia,
midriase, presbiopia
Raros: Cegueira unilateral, cegueira passageira, glaucoma, distúrbio na acomodação,
alteração da perceção visual de profundidade, escotoma cintilante, edema da
pálpebra*, cegueira noturna, ambliopia
Desconhecidos:
Glaucoma
ângulo
fechado*,
maculopatia*,
distúrbios
movimento ocular*
Afeções do ouvido e do labirinto
Frequentes: Vertigem, zumbido, dor de ouvidos
Pouco frequentes: Surdez, surdez unilateral, surdez neurossensorial, desconforto no
ouvido, alteração na audição
Cardiopatias
Pouco frequentes: Bradicardia, bradicardia sinusal palpitações
Vasculopatias
Pouco frequentes: Hipotensão, hipotensão ortostática, rubor, afrontamento
Raros: Fenómeno de Raynaud
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Frequentes: Dispneia, epistaxis, congestão nasal, rinorreia
Pouco frequentes: Dispneia, epistaxis, congestão nasal, rinorreia
Doenças gastrointestinais
Muito frequentes: Náuseas diarreia
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
Frequentes: Vómitos, obstipação, dor abdominal superior, dispepsia, dor abdominal,
boca seca, desconforto gástrico, parestesia oral, gastrite, desconforto abdominal
Pouco frequentes: Pancreatite, flatulência, doença do refluxo gastroesofágico, dor
abdomial
inferior,
hipoestesia
oral,
hemorragia
gengival,
distensão
abdominal,
desconforto epigástrico, sensibilidade abdominal, hipersecreção salivar, dor oral,
mau hálito, glossodinia
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes: Alopécia, erupção cutânea, prurido
Pouco
frequentes:
Anidrose,
hipoestesia
facial,
urticária,
eritema,
prurido
generalisado, erupção macular, descoloração da pele, dermatite alérgica, inflamação
da face
Raros: Sindrome de Stevens-Johnson*, eritema multiforme* odor da pele anormal,
edema periorbital*, urticária localizada
Desconhecidas: Necrolise tóxica epidérmica *
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Frequentes:
Artrálgia,
espasmos
musculares,
mialgia,
fasciculação
muscular,
fraqueza muscular, dor musculoesquelética do peito
Pouco frequentes: Inchaço da articulação*, rigidez muscular, dor lateral, fadiga
muscular
Raros: Desconforto no membro*
Doenças renais e urinárias
Frequentes: Nefrolitíase, polaciúria, disúria
Pouco frequentes: Cálculos renais, incontinência urinária, hematúria, incontinência,
urgência de micção, cólicas renais, dor renal
Raros: Cálculos ureterais, acidose tubular renal*
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Pouco frequentes: Disfunção eréctil, Disfunção sexual
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Muito frequentes: Fadiga
Frequentes: Pirexia, astenia, irritabilidade, alterações na marcha, sentir-se anormal,
mal-estar
Pouco frequentes: Hipertermia, sede, doença do tipo gripal*, arrefecimento das
extremidades, sensação de embriaguez, sensação de agitação
Raros: Edema da face calcinose
Exames complementares de diagnóstico:
Muito frequentes: perda de peso
Frequentes: aumento de peso*
Pouco frequentes: presença de cristais na urina, teste de marcha em linha reta com
resultados anómalos, contagem de glóbulos brancos diminuída
Raras: Diminuição de bicarbonato no sangue
Circunstâncias sociais
Pouco frequentes: Dificuldade na aprendizagem
* Identificado como reação adversa em relatos de pós-comercialização. A sua
frequência foi calculada com base nos resultados dos ensaios clínicos.
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
4.9 Sobredosagem
Sinais e sintomas
Foram notificados casos de sobredosagem com topiramato. Os sinais e sintomas
incluem convulsões, sonolência, perturbações da fala, visão turva, diplopia, défice
intelectual,
letargia,
coordenação
anormal,
torpor,
hipotensão,
abdominal,
agitação, tonturas e depressão. As consequências clínicas não foram graves na
maioria dos casos, mas foram relatadas mortes após sobredosagens com politerapia
incluindo
topiramato.
sobredosagem
topiramato
pode
causar
acidose
metabólica grave (ver secção 4.4.).
Tratamento
Em caso de sobredosagem aguda do topiramato, se a ingestão for recente, deve
esvaziar-se o estômago imediatamente por lavagem ou por indução de emese. O
carvão ativado mostrou absorver o topiramato in vitro. Deve ser efetuado um
tratamento de suporte apropriado e o doente deve ser bem hidratado. A hemodiálise
demonstrou ser um meio eficaz para a remoção do topiramato do organismo.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
Sistema
Nervoso
Central.
Antiepiléticos
anticonvulsivantes
Codigo ATC: N03A X11
topiramato
classificado
como
monossacárido
sulfamato-substituído.
desconhecido o mecanismo preciso pelo qual o topiramato exerce o seu efeito
anticonvulsivante e na profilaxia da enxaqueca. Os estudos eletrofisiológicos e
bioquímicos
culturas
neurónios
identificaram
três
propriedades
farmacológicas,
podem
contribuir
para
atividade
anticonvulsivante
topiramato.
Os potenciais de ação eliciados repetidamente por uma despolarização prolongada
dos neurónios foram bloqueados pelo topiramato de uma forma tempo-dependente,
o que é sugestivo de um bloqueio dos canais de sódio estado-dependente. O
topiramato aumenta a frequência com que os recetores GABAA são ativados pelo γ-
aminobutirato (GABA), e aumenta a capacidade do GABA induzir o fluxo de iões
cloreto nos neurónios, tal indica que o topiramato potencia a atividade deste
neurotransmissor inibitório.
Este efeito não foi bloqueado pelo flumazenil, um antagonista das benzodiazepinas,
nem o topiramato aumentou a duração do tempo de abertura do canal, diferenciando
o topiramato dos barbitúricos que modulam a atividade os recetores GABAA.
Como
perfil
antiepilético
topiramato
difere
acentuadamente
benzodiazepinas,
pode
modular
subtipo
recetor
GABAA
insensível
benzodiazepinas. O topiramato antagoniza a capacidade do kainato em ativar os
recetores do aminoácido excitatório (glutamato) do subtipo kainato/AMPA (α-amino
3-hidroxi5-metilisoxazole4-ácido
propiónico),
não
teve
efeito
aparente
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
atividade de N-metil-D-aspartato (NMDA) nos recetores do subtipo NMDA. Estes
efeitos do topiramato estavam dependentes da concentração num intervalo de 1 µM
a 200 µM, com um mínimo de atividade de 1 µM a 10 µM.
Alem disto, o topiramato inibe algumas isoenzimas da anidrase carbónica. Este efeito
farmacológico é muito mais fraco do que o da acetazolamida, um conhecido inibidor
da anidrase carbónica, e supõe-se que não constitui um dos principais componentes
da atividade antiepilética do topiramato.
Em estudos animais o topiramato apresenta atividade anticonvulsivante nos testes
de crises máximas por eletrochoques (MES) em ratos e ratinhos e e eficaz em
modelos de epilepsia de roedores, o qual inclui crises tónicas e ausência de crises no
rato espontaneamente epilético (SER) e crises tónicas e clónicas induzidas nos ratos
por inflamação da amígdala ou por isquémia global. O topiramato é apenas
fracamente eficaz no bloqueio das crises clónicas induzidas pelo antagonista do
recetor GABAA, pentilenetetrazol.
Estudos realizados em ratinhos em que foi efetuada a administração em simultâneo
topiramato
carbamazepina
fenobarbital,
mostraram
atividade
anticonvulsivante sinérgica, enquanto que a associação com a fenitoína mostrou
atividade anticonvulsivante aditiva. Em ensaios clínicos na terapêutica adjuvante,
controlados,
não
demonstrada
nenhuma
correlação
entre
níveis
plasmáticos de topiramato e a sua eficácia clínica. Em seres humanos, não se
demonstrou qualquer evidência de tolerância.
Crises de ausência
Os resultados de dois estudos sobre as crises de ausência (CAPSS-326 e TOPMAT-
ABS001) demonstraram que o tratamento com topiramato não reduz a frequência
das crises de ausência.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
perfil
farmacocinético
topiramato
comparacão
outros
fármacos
antiepiléticos
mostra
longa
semivida
plasmática,
farmacocinética
linear,
depuracão predominantemente renal, baixa ligacão às proteínas plasmáticas e
ausência de metabolitos ativos clinicamente relevantes.
O topiramato não é um indutor potente das enzimas metabolizadoras de fármacos e
pode ser administrado independentemente das refeições, não sendo necessária
monitorização das concentrações plasmáticas do topiramato. Em ensaios clínicos,
não houve nenhuma relação consistente entre as concentrações plasmáticas e a
eficácia ou acontecimentos adversos.
Absorção
O topiramato é bem absorvido, e de forma rápida. Após a administração por via oral
de100 mg de topiramato em voluntários saudáveis, atingiu-se uma média de
concentração plasmática máxima (Cmáx) de 1,5 µg/ml em 2 a 3 horas (Tmáx).
Com base na radioatividade recuperada na urina, a extensão média da absorção
duma dose de 100 mg de C14-topiramato foi de pelo menos 81%. A ingestão de
alimentos não exerce um efeito clinicamente significativo sobre a biodisponibilidade
do topiramato.
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
Distribuição
Geralmente 13-17% de topiramato liga-se às proteínas plasmáticas.
Observou-se uma baixa capacidade de ligação do topiramato nos eritrócitos que são
saturáveis para concentrações plasmáticas superiores a 4 mcg/ml. O volume de
distribuição
varia
inversamente
dose.
volume
médio
aparente
distribuição foi de 0,80 - 0,55 l/kg para uma dose única de 100 a 1200 mg. Detetou-
se um efeito do sexo no volume de distribuição, com valores para o sexo feminino de
cerca de 50% dos do sexo masculino. Este aspeto é atribuído à maior percentagem
de gordura em mulheres, e não tem consequências clínicas.
Metabolismo
O topiramato não é extensamente metabolizado (~ 20%) nos voluntários saudáveis.
O topiramato é metabolizado até 50% em doentes a receberem uma terapêutica
antiepilética concomitante com indutores conhecidos das enzimas metabolizadoras
de fármacos. Seis metabolitos, formados por hidroxilação, hidrólise e glucuronidação
foram isolados, caracterizados e identificados a partir do plasma, urina e fezes de
seres humanos. Cada metabolito representa menos de 3% da radioatividade total
excretada após a administração de C14–topiramato. Testaram-se dois metabolitos,
que retiveram a maior parte da estrutura do topiramato, e verificou-se que possuíam
pouca ou nenhuma atividade anticonvulsivante.
Eliminação
Em seres humanos, a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus
metabolitos é a renal (pelo menos 81% da dose). Aproximadamente 66% da dose de
C14 –topiramato foi excretada na forma intacta na urina, em quatro dias. Após a
administração de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes ao dia, a média da
depuração renal foi de aproximadamente 18 ml/min e 17 ml/min, respetivamente.
Existe evidência de reabsorção tubular renal do topiramato. Este facto é apoiado por
estudos em ratos em que o topiramato foi administrado em associação com o
probenecide
observou-se
aumento
significativo
depuração
renal
topiramato.
geral,
humano,
depuração
plasmática
aproximadamente 20 a 30 ml/min, após a administração oral.
topiramato
exibe
baixa
variabilidade
interindividual
concentrações
plasmáticas
consequentemente,
farmacocinética
previsível.
farmacocinética
topiramato
linear,
depuração
plasmática
permanecendo constante, e um aumento da área sob a curva da concentração
plasmática proporcional à dose, para doses orais únicas compreendidas entre 100 e
400 mg em voluntários saudáveis. Os doentes com função renal normal podem
necessitar de 4 a 8 dias até atingirem concentrações plasmáticas no estado
estacionário. A Cmáx média após a administração por via oral de doses múltiplas de
100 mg, duas vezes ao dia, em voluntários saudáveis, foi de 6,76 mcg/ml. Após a
administração de doses múltiplas de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes por
dia, a semivida de eliminação plasmática média foi de aproximadamente 21 horas.
A administração concomitante de doses múltiplas de topiramato, 100 mg a 400 mg,
duas
vezes
dia,
fenitoína
carbamazepina
mostra
aumento
proporcional à dose nas concentrações plasmáticas de topiramato.
A depuração plasmática e renal de topiramato sofre uma redução nos doentes com
insuficiência renal (CLcr ≤ 60 ml/min), e a depuração plasmática encontra-se
reduzida nos doentes renais em estadio terminal. Como resultado, são esperadas
concentrações plasmáticas mais elevadas de topiramato no estado estacionário para
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
uma dose determinada em doentes com insuficiência renal, comparativamente a
doentes com função renal normal. O topiramato é removido eficazmente a partir do
plasma por hemodiálise.
A depuração plasmática do topiramato está reduzida nos doentes com insuficiência
hepática moderada a grave.
A depuração plasmática do topiramato mantém-se inalterada nos idosos, na ausência
de doença renal subjacente.
População pediátrica (Farmacocinética em crianças até 12 anos de idade)
A farmacocinética do topiramato em crianças, como nos adultos, a receberem
terapêutica adjuvante é linear com clearance independente da dose e concentrações
plasmáticas
estado
estacionário
aumentam
proporcionalmente
dose.
entanto, as crianças têm uma maior depuração e uma semivida de eliminação mais
curta.
Consequentemente, em crianças, as concentrações plasmáticas do topiramato para a
mesma dose em mg/kg deve ser mais baixa comparativamente aos adultos
Como nos adultos, os fármacos antiepiléticos indutores das enzimas hepáticas
diminuem as concentrações plasmáticas do topiramato no estado estacionário.
5.3 Dados de seguranças pré-clinica
Em estudos não clínicos de fertilidade, apesar da toxicidade materna e paterna em
doses tão baixas como 8 mg/kg/dia, não se observou nenhum efeito na fertilidade,
nos ratos machos ou fêmeas, com doses até 100 mg/dia.
Em estudos pré-clínicos, o topiramato demonstrou ser teratogénico nas espécies
estudadas (ratinho, ratos e coelhos). No ratinho, o peso dos fetos e a ossificação do
esqueleto sofreram uma redução com a dose de 500 mg/kg/dia, juntamente com
toxicidade materna. Os números de malformações fetais em ratinhos aumentaram
em todos os grupos tratados com o fármaco (20, 100 e 500 mg/kg/dia).
Em ratos, a toxicidade materna e toxicidade embrionária/fetal relacionada com a
dose (redução no peso fetal e/ou ossificação do esqueleto) foi observada em doses
até 20 mg/kg/dia, com efeitos teratogénicos (defeitos nos membros inferiores e dos
dedos) com doses igual ou superiores a 400 mg/kg/dia. Em coelhos, a toxicidade
materna relacionada com a dose foi observada em doses a partir de 10 mg/kg/dia,
com toxicidade embrionária/fetal (aumento de letalidade) a partir de 35 mg/kg/dia,
e efeitos teratogénicos (malformações nas costelas e vértebras) com doses de 120
mg/kg/dia.
Os efeitos teratogénicos observados nos ratos e coelhos foram semelhantes aos
verificados com os inibidores da anidrase carbónica, não tendo estado associados a
malformações nos seres humanos. Os efeitos no crescimento foram igualmente
evidenciados por pesos mais baixos à nascença e durante o aleitamento para os
recém-nascidos de ratos-fêmea que receberam 20 ou 100 mg/kg/dia durante a
gestação e o aleitamento. Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.
Em ratos juvenis, a administração oral diária do topiramato em doses até 300
mg/kg/dia,
durante
período
desenvolvimento
correspondente
primeira
infância, infância e adolescência resultou em toxicidades semelhantes às dos animais
adultos (diminuição no consumo de alimentos com diminuição no ganho do peso
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
corporal, hipertrofia hepatocelular centrolobular). Não surgiram efeitos relevantes no
crescimento dos ossos longos (tíbia) ou na densidade mineral dos ossos (fémur),
pré-desmame
desenvolvimento
reprodutivo,
desenvolvimento
neurológico
(incluindo avaliações da memória e aprendizagem), no ato sexual e fertilidade ou
nos parâmetros de histerotomia.
Numa bateria de testes de mutagenicidade in vitro e in vivo, o topiramato não
revelou potencial genotóxico.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo do comprimido:
Lactose mono-hidratada
Celulose microcristalina
Amido pregelatinizado
Carboximetilamido sódico (Tipo A)
Estearato de magnésio
Revestimento:
Hipromelose
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 400
Polissorbato 80
Óxido de ferro amarelo (Comprimidos de 50 mg e 100 mg)
Óxido de ferro vermelho E172 (Comprimidos de 200 mg)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco HDPE.
Frasco HDPE: frasco, de polietileno de alta densidade branco opaco com tampa de
segurança para crianças e com selagem linear induzida.
Embalagens: 60 comprimidos revestidos por película.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
APROVADO EM
01-02-2012
INFARMED
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Ranbaxy
Portugal
Comércio
Desenvolvimento
Produtos
Farmacêuticos,
Unipessoal Lda.
Rua do Campo Alegre 1306, 3º Andar, Sala 301/302
Porto
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
5226865 – Topiramato Ranbaxy 25 mg Comprimido revestido por película - Frasco
20 unidades
5211164 - Topiramato Ranbaxy 25 mg Comprimido revestido por película - Frasco 60
unidades
5226873 - Topiramato Ranbaxy 50 mg Comprimido revestido por película - Frasco 20
unidades
5211172- Topiramato Ranbaxy 50 mg Comprimido revestido por película - Frasco 60
unidades
5226907 - Topiramato Ranbaxy 100 mg Comprimido revestido por película - Frasco
20 unidades
5211206 - Topiramato Ranbaxy 100 mg Comprimido revestido por película - Frasco
60 unidades
5226915 - Topiramato Ranbaxy 200 mg Comprimido revestido por película - Frasco
20 unidades
5211214 - Topiramato Ranbaxy 200 mg Comprimido revestido por película - Frasco
60 unidades
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÂO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 03 de julho de 2009
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO