Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
19-01-2018
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APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Topiramato Labesfal 25 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Labesfal 50 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Labesfal 100 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Labesfal 200 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Topiramato Labesfal e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Topiramato Labesfal
3. Como tomar Topiramato Labesfal
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Topiramato Labesfal
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
O que é Topiramato Labesfal e para que é utilizado
Topiramato
Labesfal
pertence
grupo
medicamentos
denominado
“medicamentos antiepiléticos”. É utilizado em:
- monoterapia no tratamento de convulsões em adultos e crianças com idade
superior a 6 anos;
- no tratamento de convulsões em adultos e crianças, de idade igual ou superior a 2
anos, juntamente com outros medicamentos;
- para prevenir enxaquecas em adultos.
O que precisa de saber antes de tomar Topiramato Labesfal
Não tome Topiramato Labesfal
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao topiramato ou a qualquer outro componente
deste medicamento (indicados na secção 6);
- na prevenção da enxaqueca: se está grávida ou se é uma mulher em idade fértil, a
menos que esteja a utilizar contraceção eficaz (para mais informações, ver secção
“Gravidez, amamentação e fertilidade”). Deve falar com o seu médico acerca de qual
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o melhor tipo de contraceção a utilizar enquanto estiver a tomar Topiramato
Labesfal.
Se não tem certeza se as situações acima se aplicam a si, consulte o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar Topiramato Labesfal.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Labesfal se:
- tem problemas de rins, especialmente pedras nos rins ou se faz diálise;
- tem historial de alterações sanguíneas e de fluido corporal (acidose metabólica);
- tem problemas de fígado;
- tem problemas nos olhos, especialmente glaucoma;
- tem problemas de crescimento;
- está a efetuar uma dieta rica em gorduras (dieta cetogénica);
- está a tomar Topiramato Labesfal para tratar epilepsia e está grávida ou é uma
mulher em idade fértil (ver secção “Gravidez, amamentação e fertilidade” para mais
informações).
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Labesfal
É importante que não pare de tomar o seu medicamento sem consultar primeiro o
seu médico.
Deve de igual modo falar primeiro com o seu médico antes de tomar qualquer
medicamento contendo topiramato que lhe seja dado em alternativa ao Topiramato
Labesfal.
Pode vir a perder peso ao tomar Topiramato Labesfal, por isso, o seu peso deve ser
verificado regularmente enquanto estiver a tomar este medicamento. Se ao tomar
este medicamento estiver a perder demasiado peso ou se a criança não estiver a
ganhar peso suficiente, consulte o seu médico.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com medicamentos
antiepiléticos
como
Topiramato
Labesfal,
apresentaram
pensamentos
autoagressão e suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos deve
consultar imediatamente o seu médico.
Outros medicamentos e Topiramato Labesfal
Informe
médico
farmacêutico
estiver
tomar,
tiver
tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos. Topiramato Labesfal e
alguns medicamentos podem interagir entre si. Por vezes, a dose de Topiramato
Labesfal ou de outro medicamento que está a tomar, poderá ter de ser ajustada.
Diga ao seu médico ou farmacêutico se está especialmente a tomar:
outros medicamentos que podem comprometer ou reduzir o seu pensamento,
concentração ou coordenação muscular (isto é, medicamentos depressores do
sistema nervoso central, tais como relaxantes musculares e sedativos);
pílulas contracetivas. Topiramato Labesfal pode diminuir a eficácia da sua pílula.
Deve falar com o seu médico acerca de qual o melhor tipo de contraceção a utilizar
enquando estiver a tomar Topiramato Labesfal.
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Consulte o seu médico caso tenha alterações na sua hemorragia menstrual enquanto
estiver a tomar a pílula contracetiva e Topiramato Labesfal.
Guarde consigo uma lista de todos os medicamentos que toma. Mostre essa lista ao
seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Labesfal.
Outros medicamentos que deverá informar o seu médico ou farmacêutico incluem
medicamentos
antiepiléticos,
risperidona,
lítio,
hidroclorotiazida,
metformina,
pioglitazona, gliburida, amitriptilina, propranolol, diltiazem, venlafaxina, flunarizina,
hipericão (Hypericum perforatum) (uma preparação à base de plantas usada para
tratar a depressão).
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Labesfal.
Topiramato Labesfal com alimentos e bebidas
Pode tomar Topiramato Labesfal com ou sem alimentos. Durante o tratamento com
Topiramato Labesfal beba uma grande quantidade de líquidos durante o dia para
prevenir pedras nos rins enquanto estiver a tomar Topiramato Labesfal. Deve evitar
beber álcool enquanto estiver a tomar Topiramato Labesfal.
Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
O seu médico decidirá se pode tomar Topiramato Labesfal.
Tal como outros medicamentos antiepiléticos, existe um risco de causar dano ao feto
se Topiramato Labesfal for tomado durante a gravidez. Certifique-se que está bem
informada acerca dos riscos e benefícios de tomar Topiramato Labesfal para a
epilepsia durante a gravidez. Não deve tomar Topiramato Labesfal para a prevenção
da enxaqueca se está grávida ou pode estar grávida e não está a utilizar contraceção
eficaz..
As mães que amamentam enquanto estão a tomar Topiramato Labesfal devem dizer
ao seu médico, o mais rapidamente possível, se notarem algo fora do normal com a
criança.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Durante o tratamento com Topiramato Labesfal podem ocorrer tonturas, cansaço e
problemas na visão. Não conduza ou utilize ferramentas ou máquinas sem consultar
o seu médico primeiro.
Topiramato Labesfal contém lactose
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o
antes de tomar este medicamento.
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Como tomar Topiramato Labesfal
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu
médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
O seu médico irá normalmente iniciar o seu tratamento com uma dose mais baixa
de Topiramato Labesfal que depois é aumentada lentamente, até atingir a dose mais
adequada para si.
Os comprimidos de Topiramato Labesfal devem ser engolidos inteiros. Evite
mastigar os comprimidos uma vez que podem ter um sabor amargo.
Topiramato Labesfal pode ser tomado antes, durante ou após a refeição. Enquanto
estiver a tomar Topiramato Labesfal beba muitos líquidos durante o dia para prevenir
pedras nos rins.
Se tomar mais Topiramato Labesfal do que deveria
Consulte o seu médico imediatamente. Leve consigo a embalagem.
Pode sentir sonolência, cansaço ou ficar menos alerta; sentir falta de coordenação;
ter dificuldade em falar ou em concentrar-se; ter visão dupla ou turva; sentir-se
tonto devido a uma tensão arterial baixa; sentir-se depressivo ou agitado; ou ter dor
abdominal ou convulsões (ataques).
Pode ocorrer sobredosagem se estiver a tomar outros medicamentos em associação
com Topiramato Labesfal.
Caso se tenha esquecido de tomar Topiramato Labesfal
Se verificou que se esqueceu de tomar uma dose, tome essa dose assim que se
lembrar.
Contudo, se está quase na hora da próxima dose, essa dose deve ser omitida e o
tratamento deverá continuar como habitualmente. Se foram omitidas duas ou mais
doses, contacte o seu médico.
Não tome uma dose a dobrar (duas doses ao mesmo tempo) para compensar uma
dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Topiramato Labesfal
Não pare de tomar este medicamento a não ser que o seu médico o tenha indicado.
Os seus sintomas podem voltar. Se o seu médico decidir parar esta medicação, a
dose deve diminuir gradualmente durante alguns dias.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
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Fale com o seu médico, ou procure assistência médica imediatamente se sentir os
seguintes efeitos secundários:
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em cada 10 pessoas)
- Depressão (aparecimento ou agravamento)
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
- Convulsões (ataques)
- Ansiedade, irritabilidade, alterações de humor, confusão, desorientação
- Problemas em concentrar-se, raciocínio lento, perda de memória, problemas de
memória (aparecimento, alteração súbita ou aumento da gravidade)
- Cálculo(s) nos rins, urinar frequentemente ou dor ao urinar
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
- Aumento do nível de acidez no sangue (pode originar dificuldade em respirar que
inclui falta de ar, perda do apetite, náuseas, vómitos, cansaço excessivo e batimento
cardíaco rápido ou irregular)
- Diminuição ou perda da transpiração
- Ter pensamentos de autoagressão grave, tentativa de autoagressão
Raros (podem afetar até 1 em cada 1,000 pessoas)
- Glaucoma – bloqueio de líquido no olho originando um aumento da pressão no
olho, dor ou diminuição da visão
Podem ocorrer outros efeitos secundários; caso se tornem graves, fale com o seu
médico ou farmacêutico:
Muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em cada 10 pessoas)
- Corrimento nasal, nariz entupido ou dor de garganta
- Formigueiro, dor e/ou entorpecimento de várias partes do corpo
- Sonolência, cansaço
- Tonturas
- Náuseas, diarreia
- Perda de peso
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
- Anemia (baixa contagem de células sanguíneas)
- Reação alérgica (tal como erupção na pele, vermelhidão, comichão, inchaço da
face, urticária)
- Perda de apetite, diminuição do apetite
- Agressão, agitação, fúria
- Dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir
- Problemas na fala ou alterações da fala, fala arrastada
- Descoordenação, falta de coordenação, sensação de instabilidade ao andar
- Diminuição da capacidade de realizar tarefas rotineiras
- Diminuição, perda ou falta de paladar
- Tremor ou agitação involuntária; movimento rápido e involuntário dos olhos
- Perturbações visuais, tal como visão dupla, visão turva, diminuição da visão,
dificuldade em focar
- Sensação de rotação (vertigens), som agudo e constante no ouvido, dor de ouvidos
- Falta de ar
- Tosse
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- Sangrar do nariz
- Febre, indisposição, fraqueza
Vómitos,
obstipação,
desconforto
abdominal,
indigestão,
infeção
estômago ou intestinos
- Boca seca
- Queda de cabelo
- Comichão
- Dor ou inchaço nas articulações, espasmos ou contrações musculares, dor ou
fraqueza muscular, dor no peito
- Aumento de peso
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
Diminuição
plaquetas
(células
sanguíneas
ajudam
parar
hemorragia), diminuição dos glóbulos brancos no sangue que ajudam a proteger
contra uma infeção, diminuição do nível de potássio no sangue
- Aumento das enzimas do fígado, aumento dos eosinófilos (um tipo de glóbulos
brancos) no sangue
- Glândulas do pescoço, axilas e virilhas inchadas
- Aumento do apetite
- Humor exaltado
- Ouvir, ver ou sentir coisas que não existem, perturbação mental grave (psicose)
- Não sentir ou não demonstrar emoção, desconfiança fora do normal, ataque de
pânico
- Problemas de leitura, alterações da fala, problemas em escrever à mão
- Inquietação, hiperatividade
- Raciocínio lento, diminuição do estado de vigília e de alerta
- Movimentos corporais reduzidos ou lentos, movimentos musculares involuntários
anormais e repetitivos
- Desmaio
- Sensação anormal ao toque; sentido do tato comprometido
- Olfato comprometido, ausência ou distorção do olfato
- Sentimento invulgar ou sensação que pode preceder uma enxaqueca ou um certo
tipo de convulsão
- Olho seco, sensibilidade dos olhos à luz, espasmos da pálpebra, olhos lacrimejantes
- Diminuição ou perda de audição, perda de audição num ouvido
- Batimento cardíaco lento ou irregular, sentir o batimento do coração no peito
- Pressão arterial baixa, pressão arterial baixa ao levantar-se (consequentemente,
algumas pessoas a tomar Topiramato Labesfal podem sentir-se fracas, com tonturas,
ou desmaiar quando se levantam ou sentam repentinamente)
- Rubor, sentir-se quente
- Pancreatite (inflamação no pâncreas)
- Libertação excessiva de gases, azia, enfartamento ou inchaço abdominal
- Sangramento das gengivas, aumento da saliva, babar-se, mau hálito
- Excessiva ingestão de líquidos, sede
- Alteração da cor da pele
- Rigidez muscular, dor lateral
- Sangue na urina, incontinência (falta de controlo) de urina, desejo urgente de
urinar, dor no flanco ou nos rins
- Dificuldade em ter ou manter uma ereção, disfunção sexual
- Sintomas gripais
- Dedos das mãos e dos pés frios
- Sentir-se bêbedo
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- Incapacidade de aprender
Raros (podem afetar até 1 em cada 1,000 pessoas)
- Exaltação fora do normal
- Perda de consciência
- Cegueira em um dos olhos, cegueira temporária, cegueira noturna
- Olho preguiçoso
- Inchaço nos olhos e à volta dos olhos
- Entorpecimento, formigueiro e alteração da cor (branco, azul e depois vermelho)
nos dedos das mãos e dos pés quando expostos ao frio
- Inflamação do fígado, insuficiência hepática
- Síndrome de Stevens-Johnson, uma condição potencialmente fatal que pode
apresentar feridas em vários locais das mucosas (tal como boca, nariz, e olhos),
erupção na pele, e bolhas
- Odor anormal da pele
- Desconforto nos braços ou pernas
- Alterações nos rins
Desconhecida (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
- Maculopatia, uma doença da mácula, pequeno ponto na retina onde a visão é mais
nítida. Deve consultar o seu médico se notar alteração ou diminuição da sua visão.
- Necrólise epidérmica tóxica, uma condição fatal relacionada com, e mais grave que
Síndrome
Stevens-Johnson,
caracterizada
bolhas
generalizadas
descamação das camadas externas da pele (ver efeitos secundários raros).
Crianças e adolescentes
Os efeitos secundários em crianças são geralmente semelhantes aos observados nos
adultos. No entanto, alguns efeitos secundários são observados mais frequentemente
em crianças e/ou podem ser mais graves em crianças do que nos adultos. Os efeitos
secundários
podem
mais
graves
incluem
diminuição
perda
transpiração e aumento do nível de acidez no sangue. Os efeitos secundários que
podem ocorrer mais frequentemente em crianças incluem doenças do aparelho
respiratório superior.
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Também poderá
comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos
abaixo.
comunicar
efeitos
secundários,
estará
ajudar
fornecer
mais
informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 7373
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio
Internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
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Como conservar Topiramato Labesfal
Não conservar acima de 30ºC e proteger da humidade.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após “VAL”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Topiramato Labesfal
- A substância ativa é o topiramato. Cada comprimido revestido por película de
Topiramato Labesfal contém 25 mg, 50 mg, 100 mg ou 200 mg de topiramato.
- Os outros componentes são:
Comprimidos 25 mg - Celulose Microcristalina, Lactose mono-hidratada, Amido de
milho, Crospovidona, Estearato de Magnésio e Sílica coloidal anidra, Copolimero
básico de Metacrilato de Butilo, Laurilsulfato de Sódio, Ácido Esteárico, Talco e
Dióxido de Titânio (E171);
Comprimidos 50 mg e 100 mg - Celulose Microcristalina, Lactose mono-hidratada,
Amido
milho,
Crospovidona, Estearato
Magnésio,
Sílica
coloidal
anidra,
Copolimero básico de Metacrilato de Butilo, Laurilsulfato de Sódio, Ácido Esteárico,
Talco, Dióxido de Titânio (E171), Óxido de Ferro Amarelo (E172);
Comprimidos 200 mg - Celulose Microcristalina, Lactose mono-hidratada, Amido de
milho, Crospovidona, Estearato de Magnésio e Sílica coloidal anidra, Copolimero
básico de Metacrilato de Butilo, Laurilsulfato de Sódio, Ácido Esteárico, Talco, Dióxido
de Titânio (E171), Óxido de Ferro Vermelho (E172).
Qual o aspeto de Topiramato Labesfal e conteúdo da embalagem
Cada dosagem de Topiramato Labesfal apresenta uma cor diferente:
-25mg: branco
-50mg: amarelo claro
-100mg: amarelo
-200mg: avermelhado
Topiramato
Labesfal
apresenta-se
embalagens
comprimidos
revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
Fabricante
Sofarimex - Industria Quimica e Farmaceutica, S.A.
Av. das Industrias – Alto do Colaride
2735-213 – Cacém
Portugal
Este folheto foi revisto pela última vez em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
NOME DO MEDICAMENTO
Topiramato Labesfal 25 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Labesfal 50 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Labesfal 100 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Labesfal 200 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
um comprimido contém 25 mg de topiramato.
um comprimido contém 50 mg de topiramato.
um comprimido contém 100 mg de topiramato.
um comprimido contém 200 mg de topiramato.
Excipientes com efeito conhecido:
Cada comprimido de Topiramato Labesfal contém 17,94 mg; 35,87 mg; 71,74 mg e
143,48 mg de lactose mono-hidratada respectivamente.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
Os comprimidos encontram-se disponíveis nas seguintes dosagens e cores: 25 mg –
branco, 50 mg – amarelo claro, 100 mg – amarelo e 200 mg – vermelho.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1. Indicações terapêuticas
Em monoterapia em doentes adultos, adolescentes e crianças de idade superior a 6
anos, com crises parciais com ou sem generalização secundária e crises tónico-
clónicas primárias generalizadas.
Terapêutica adjuvante em crianças de idade igual ou superior a 2 anos, adolescentes
e adultos com crises parciais com ou sem generalização secundária ou crises tónico-
clónicas
primárias
generalizadas
para
tratamento
crises
associadas
síndrome de Lennox-Gastaut.
O topiramato é indicado para a profilaxia da enxaqueca em adultos, após avaliação
cuidadosa de possíveis opções alternativas de tratamento. O topiramato não é
indicado para tratamento agudo.
4.2. Posologia e modo de administração
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Generalidades
Recomenda-se que a terapêutica seja iniciada com uma dose baixa seguida de uma
titulação, até ser alcançada uma dose eficaz. A dose e a taxa de titulação devem ser
efetuadas de acordo com o resultado clínico.
Topiramato Labesfal está disponível em comprimidos revestidos por película. Não se
recomenda o fracionamento dos comprimidos revestidos por película.
Não é necessário monitorizar as concentrações plasmáticas de topiramato para
otimizar a terapêutica com Topiramato Labesfal. Em ocasiões raras, a associação de
topiramato à fenitoína pode exigir um ajuste da dose de fenitoína para obter um
resultado clínico favorável. A associação ou interrupção de fenitoína e carbamazepina
em terapêutica adjuvante com Topiramato Labesfal pode necessitar de ajuste da
dose de Topiramato Labesfal.
Topiramato Labesfal pode ser tomado independentemente das refeições.
Em doentes com ou sem historial de convulsões ou epilepsia, fármacos antiepiléticos
incluindo o topiramato devem ser interrompidos gradualmente para minimizar o
potencial de convulsões ou aumento da frequência destas. Em ensaios clínicos, as
dosagens diárias foram diminuídas em intervalos semanais de 50-100 mg em adultos
com epilepsia e 25-50 mg em adultos a receber topiramato com doses até 100
mg/dia
para
profilaxia
enxaqueca.
ensaios
clínicos
pediatria,
topiramato foi gradualmente descontinuado durante um período de 2 a 8 semanas.
Monoterapia em epilepsia
Generalidades
Quando se suspende a administração concomitante de medicamentos antiepiléticos
de forma a possibilitar a monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os
efeitos que poderão ocorrer no controlo das convulsões. A menos que aspetos de
segurança
exijam
interrupção
abrupta
antiepiléticos
administrados
concomitantemente, é recomendada uma redução gradual, de aproximadamente um
terço do antiepilético administrado em simultâneo, de duas em duas semanas.
Quando se suspendem medicamentos indutores enzimáticos, os níveis de topiramato
aumentam. Se for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na
posologia de Topiramato Labesfal.
Adultos
Quer a dose, quer a titulação devem ser avaliadas através da resposta clínica. A
titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma semana.
A dosagem pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de 1 ou 2
semanas, administrados em duas doses divididas. Se o doente não tolerar o regime
de titulação, podem ser efetuados incrementos menores ou intervalos maiores entre
cada aumento de dose.
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A dose inicial recomendada para monoterapia com topiramato, em adultos, é de 100
mg/dia a 200 mg/dia, administrada em duas doses divididas. A dose máxima diária
recomendada é de 500 mg/dia, também administrada em duas doses divididas.
Alguns doentes com formas refratárias de epilepsia toleraram 1000 mg/dia de
topiramato, em monoterapia. Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos
os adultos incluindo idosos, na ausência de doença renal subjacente.
População pediátrica (crianças com idade superior a 6 anos)
Quer a dose, quer a taxa de titulação em crianças devem ser avaliadas pelo
resultado clínico. O tratamento de crianças de idade superior a 6 anos deve ser
iniciado com 0,5 a 1 mg/kg dia, administrados à noite, durante a primeira semana.
Esta dosagem pode ser aumentada em 0,5 a 1 mg/kg/dia, administrada em duas
doses divididas, com intervalos de 1 ou 2 semanas. Se a criança não é capaz de
tolerar o regime de titulação, podem ser efetuados aumentos menores ou intervalos
maiores entre cada aumento de dose.
A dose inicial recomendada para a monoterapia com topiramato em crianças de
idade superior a 6 anos, é de 100 mg/dia dependendo do resultado clínico, (isto é, 2
mg/kg/dia em crianças entre os 6 e os 16 anos de idade).
Terapêutica adjuvante da epilepsia (crises parciais com ou sem generalização
secundária, crises primárias generalizadas tónico-clónicas ou crises associadas ao
síndrome de Lennox-Gastaut)
Adultos
A terapêutica deve ser iniciada com 25 - 50 mg, administrados à noite, durante uma
semana. Embora esteja descrita, a utilização de doses iniciais mais baixas não foi
estudada sistematicamente. Posteriormente, a dose deve ser aumentada de 25 - 50
mg/dia, em intervalos de tempo semanais ou quinzenais, sendo a dose administrada
em duas doses divididas. Alguns doentes podem ser tratados com eficácia com uma
dose única diária.
Em ensaios clínicos como terapêutica adjuvante, a dose de 200 mg foi a dose eficaz
mais baixa. A dose diária habitual é de 200 - 400 mg, em duas doses divididas.
Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos incluindo idosos, na
ausência de doença renal subjacente (ver secção 4.4).
População pediátrica (crianças de idade igual ou superior a 2 anos)
A dose total diária recomendada de Topiramato Labesfal como terapêutica adjuvante
é de aproximadamente 5 a 9 mg/kg/dia, em duas doses divididas. A titulação deve
ser iniciada com 25 mg (ou menos, com base na variação de 1 a 3 mg/kg/dia)
administrados à noite, durante a primeira semana. A dosagem deve ser aumentada
semanalmente
quinzenalmente,
aumentos
mg/kg/dia
(administrados em duas doses divididas), para obter uma resposta clínica ótima.
Doses diárias até 30 mg/kg/dia foram estudadas e foram geralmente bem toleradas.
Enxaqueca
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Adultos
A dose total diária de topiramato recomendada para tratamento profilático da
enxaqueca é de 100 mg/dia, administrados em duas doses divididas. A titulação
deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante 1 semana. A dosagem
deve ser então aumentada em 25 mg diários, com intervalos de uma semana. Se o
doente não suportar o regime de titulação, podem ser considerados intervalos
maiores entre os ajustes de dose.
Alguns doentes podem sentir melhorias com uma dose diária total de 50 mg/dia. Os
doentes tomaram uma dose total diária até 200 mg/dia. Esta dose pode ter
benefícios em alguns doentes, no entanto, é aconselhada precaução devido ao
aumento da incidência de efeitos indesejáveis.
População pediátrica
Topiramato Labesfal não é recomendado no tratamento ou prevenção da enxaqueca
em crianças devido a dados insuficientes sobre segurança e eficácia.
Recomendações
gerais
posologia
para
Topiramato
Labesfal
populações
especiais de doentes
Compromisso renal
O topiramato deve ser administrado com precaução em doentes com compromisso
renal (CLcr ≤ 70 ml/min), uma vez que a depuração plasmática e renal do
topiramato estão diminuídas. Indivíduos com compromisso renal conhecido podem
necessitar de mais tempo para atingir o estado estacionário em cada dose. É
recomendada metade da dose inicial habitualmente administrada e metade da dose
de manutenção (ver secção 5.2).
Em doentes com insuficiência renal em estadio final, uma vez que o topiramato é
removido do plasma por hemodiálise, deve ser administrado, nos dias em que a
hemodiálise é efetuada, uma dose suplementar de Topiramato Labesfal igual ou
aproximadamente
igual
metade
dose
habitualmente
administrada
Topiramato Labesfal. A dose suplementar deve ser administrada em doses divididas
no início e no fim do procedimento de hemodiálise. Esta dose suplementar pode
variar de acordo com o tipo de equipamento de diálise utilizado (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Em doentes com compromisso hepático moderado a grave, o topiramato deve ser
administrado
precaução
depuração
topiramato
está
diminuída.
Idosos
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos desde que a sua função renal
esteja intacta.
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
4.3. Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados
na secção 6.1.
Na profilaxia da enxaqueca em mulheres durante a gravidez e em idade fértil se não
estiverem a utilizar métodos contracetivos eficazes.
4.4. Advertências e precauções especiais de utilização
situações
interrupção
rápida
topiramato
seja
clinicamente
necessária, é recomendada uma monitorização adequada (ver secção 4.2 para mais
informações).
Assim como com outros fármacos antiepiléticos, alguns doentes podem ter um
aumento na frequência das crises ou de início de novos tipos de crises com
topiramato. Este fenómeno pode ser a consequência de uma sobredosagem, de uma
diminuição
concentrações
plasmáticas
antiepiléticos
utilização
concomitante, da progressão da doença ou um efeito paradoxal.
Uma adequada hidratação durante o tratamento com topiramato é muito importante.
A hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver abaixo). Uma adequada
hidratação, antes e durante atividades como o exercício físico ou a exposição a
temperaturas elevadas, pode reduzir o risco de acontecimentos de reações adversas
relacionadas com o calor (ver secção 4.8).
Oligohidrose
A oligohidrose (diminuição da transpiração) tem sido notificada em associação com o
uso de topiramato. A diminuição da transpiração e a hipertermia (aumento da
temperatura corporal) podem ocorrer especialmente em crianças expostas a uma
temperatura ambiente elevada.
Perturbações do humor/depressão
Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão
durante o tratamento com topiramato.
Suicídio/ideação suicida
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados
com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações terapêuticas. Uma meta-
análise de ensaios aleatorizados de medicamentos antiepiléticos, contra placebo,
mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica esse risco e os dados
disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco para o topiramato.
Em ensaios clínicos em dupla ocultação, os acontecimentos relacionados com suicídio
(ARS) (ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio) ocorreram com frequências
de 0,5% em doentes tratados com topiramato (46 de 8652 doentes tratados) e com
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19-01-2018
INFARMED
uma incidência quase três vezes superior aos doentes tratados com placebo (0,2%;
8 dos 4045 doentes tratados).
Como tal, os doentes devem ser monitorizados quanto aos sinais de ideação e
comportamento suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento mais
adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados de saúde aos doentes) devem
ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e
comportamento suicida.
Nefrolitíase
Em alguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, o
risco de formação de cálculos renais e de ocorrência de sinais e sintomas associados,
tais como, cólica renal, dor renal (lombar) ou dor nos flancos, pode ser superior.
fatores
risco
para nefrolitíase incluem
formação
prévia
cálculos,
antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes fatores de
risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento
com topiramato. Além disso, os doentes em tratamento com outros medicamentos
associados ao risco de nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior risco.
Função renal diminuída
Em doentes com alteração da função renal (CLcr ≤ 70 ml/min), o topiramato deve
ser administrado com precaução uma vez que a depuração plasmática e renal estão
diminuídas. Para recomendações específicas de posologia em doentes com função
renal diminuída, ver secção 4.2, Compromisso renal.
Função hepática diminuída
doentes
alteração
função
hepática,
recomenda-se
precaução
administração de topiramato, pois pode estar reduzida a depuração deste fármaco.
Miopia aguda e glaucoma secundário de ângulo fechado
Uma síndrome consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário de ângulo
fechado foi notificada em doentes tratados com topiramato. Os sintomas incluem
início agudo de diminuição da acuidade visual e/ou dor ocular. Os resultados oculares
incluem miopia, edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão) e
aumento da pressão intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Esta
síndrome pode estar associada com derrame supraciliar resultando no deslocamento
anterior do cristalino e íris, com glaucoma secundário de ângulo fechado. Os
sintomas ocorrem tipicamente dentro de um mês do início da terapêutica com
topiramato. Em contraste com o glaucoma primário de ângulo fechado, que é raro
em indivíduos com menos de 40 anos de idade, o glaucoma secundário de ângulo
fechado associado ao topiramato foi notificado em doentes pediátricos, bem como
em adultos.
O tratamento inclui a interrupção de topiramato, tão rapidamente quanto possível e
de acordo com a opinião do médico, e medidas adequadas para reduzir a pressão
intraocular.
Estas
medidas
geralmente
resultam
diminuição
pressão
intraocular.
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Uma pressão intraocular elevada de qualquer etiologia, se não for tratada, pode dar
origem a sequelas graves incluindo uma perda permanente da visão.
Deve ser efetuada uma avaliação do tratamento com topiramato em doentes com
antecedentes de perturbações visuais.
Acidose metabólica
acidose
metabólica
hiperclorémica,
“non-anion
gap”
(isto
redução
bicarbonato sérico abaixo dos níveis normais de referência, na ausência de alcalose
respiratória),
está
associada
ao tratamento com topiramato. Esta
redução
bicarbonato sérico deve-se ao efeito inibitório do topiramato na anidrase carbónica
renal. Geralmente, a redução de bicarbonato ocorre no início do tratamento,
podendo, no entanto, ocorrer em qualquer altura do tratamento. Estas reduções de
bicarbonato são ligeiras a moderadas (com reduções médias de 4 mmol/l para doses
de 100 mg/dia ou mais de topiramato, em adultos, e de aproximadamente 6
mg/Kg/dia, em doentes pediátricos). Raramente, os doentes apresentaram redução
para
valores
inferiores
mmol/l.
Situações
clínicas
terapêuticas
predisponham a acidose, (tais como, doenças renais, alterações respiratórias graves,
estados epiléticos, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica ou alguns medicamentos),
podem ter um efeito aditivo à redução de bicarbonato provocada pelo topiramato.
A acidose metabólica crónica aumenta o risco de formação de cálculos renais e pode
potencialmente levar a osteopenia.
A acidose metabólica crónica, em doentes pediátricos, pode reduzir as taxas de
crescimento.
efeito
topiramato
sequelas
ósseas
não
estudado
sistematicamente em populações pediátricas ou adultas.
De acordo com a situação clínica inicial, uma avaliação adequada, incluindo níveis
plasmáticos de bicarbonato, é recomendada durante o tratamento com topiramato.
Se estão presentes sinais ou sintomas (por ex. respiração de Kussmaul, dispneia,
anorexia, náuseas, vómitos, cansaço excessivo, taquicardia ou arritmia), indicativos
de acidose metabólica, é recomendada a determinação de bicarbonato no soro. Se a
acidose metabólica se desenvolver e persistir, deve ser tida em consideração a
redução da dose ou a interrupção do tratamento com topiramato (através de uma
diminuição gradual da dose).
O topiramato deve ser utilizado com precaução em doentes cujas condições ou
tratamentos sejam um fator de risco para o aparecimento de acidose metabólica.
Alteração da função cognitiva
A alteração cognitiva na epilepsia é multifatorial e pode ser devida à etiologia
subjacente, devida à epilepsia ou devida ao tratamento antiepilético. Têm sido
notificadas
literatura,
alterações
função
cognitiva
adultos
fazer
terapêutica com topiramato que requereram redução da dose ou interrupção do
tratamento. Contudo, os resultados cognitivos de estudos efetuados em crianças
tratadas com topiramato foram insuficientes e o seu efeito a esse respeito necessita
ainda de ser elucidado.
Suplementação alimentar
APROVADO EM
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INFARMED
Alguns
doentes
podem ter
diminuição
peso
durante
tratamento
topiramato. É recomendado que os doentes em tratamento com o topiramato sejam
monitorizados para a perda de peso. Deve ser considerada a administração de um
suplemento alimentar ou aumento da ingestão de alimentos em doentes que percam
peso, durante a administração do topiramato.
Mulheres em idade fértil
O topiramato pode causar danos fetais e restrições no crescimento fetal (pequenos
para a idade gestacional e baixo peso à nascença) quando é administrado a uma
mulher grávida. Os dados do registo de gravidez do Grupo de Medicamentos
Antiepiléticos
Norte
Americanos
acerca
topiramato
monoterapia
demonstraram
prevalência
malformações
congénitas
major
aproximadamente 3 vezes superior (4,3%) quando comparado com um grupo de
referência que não tomava MAEs (1,4%). Adicionalmente, dados de outros estudos
indicam que, quando comparado com a monoterapia, existe um risco aumentado de
efeitos teratogénicos associado à utilização de MAEs em politerapia.
Antes de iniciar o tratamento com topiramato numa mulher em idade fértil, deve ser
feito um teste de gravidez e aconselhadas medidas contracetivas altamente eficazes
(ver secção 4.5). O doente deve ser plenamente informado acerca dos riscos
relacionados com o uso de topiramato durante a gravidez (ver secção 4.3 e 4.6).
Intolerância à lactose
Topiramato Labesfal contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
4.5. Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos de Topiramato Labesfal sobre outros medicamentos antiepiléticos
A associação de Topiramato Labesfal a outros medicamentos antiepiléticos (fenitoína,
carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital ou primidona) não afeta as suas
concentrações plasmáticas no estado estacionário, exceto em doentes ocasionais em
que a associação de Topiramato Labesfal à fenitoína pode provocar uma elevação
das concentrações plasmáticas desta. Isto deve-se possivelmente à inibição da
isoforma duma enzima polimórfica específica (CYP2C19). Consequentemente, em
qualquer doente em tratamento com fenitoína que apresente sinais ou sintomas
clínicos de toxicidade, deve proceder-se à monitorização dos níveis de fenitoína.
Um estudo de interação farmacocinética com doentes epiléticos indicou que a adição
do topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas no estado
estacionário desta, para doses de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Para além disso,
não houve alteração das concentrações plasmáticas no estado estacionário de
topiramato durante e após a interrupção do tratamento com lamotrigina (dose média
de 327 mg/dia).
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
O topiramato inibe a enzima CYP2C19 e pode interferir com outras substâncias que
são
metabolizadas
esta
enzima
(por
exemplo:
diazepam,
imipramina,
moclobemida, proguanilo, omeprazol).
Efeitos de outros medicamentos antiepiléticos sobre Topiramato Labesfal
A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática do topiramato. A
associação
interrupção
tratamento
fenitoína
carbamazepina,
terapêutica com Topiramato Labesfal, pode requerer o ajuste posológico deste
último. Estas alterações devem ser efetuadas por avaliação do efeito clínico. A
associação ou interrupção do tratamento com ácido valpróico não produz alterações
clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas de Topiramato Labesfal
pelo que, neste caso, não é necessário proceder ao ajuste posológico de Topiramato
Labesfal. Os resultados destas interações estão resumidos no quadro seguinte:
FAE coadministrado Concentração do FAE Concentração de Topiramato
Labesfal
Fenitoína **
Carbamazepina (CBZ)
Ácido valpróico
Lamotrigina
Fenobarbital NE
Primidona NE
= Sem efeito sobre a concentração plasmática (alteração ≤ 15%)
** = Aumento das concentrações plasmáticas em casos isolados
= Redução das concentrações plasmáticas
NE = Não estudado
= Fármaco antiepilético
Outras interações medicamentosas
Digoxina
Num estudo de dose única, a área sob a curva (AUC) da concentração plasmática da
digoxina sérica diminuiu 12% devido à administração concomitante de topiramato.
Não foi estabelecida a relevância clínica desta observação. Quando se adiciona ou
retira Topiramato Labesfal a doentes em que foi instituída uma terapêutica com
digoxina, deve prestar-se especial atenção à monitorização da digoxina sérica.
Depressores do Sistema Nervoso Central
A administração concomitante de topiramato e álcool ou outros medicamentos
depressores do Sistema Nervoso Central não foi avaliada em estudos clínicos. É
recomendado que Topiramato Labesfal não seja utilizado concomitantemente com
álcool ou outros medicamentos depressores do Sistema Nervoso Central.
Hipericão (Hypericum perforatum)
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Pode ser observada com a administração concomitante de topiramato e de hipericão,
uma diminuição das concentrações plasmáticas resultando numa perda de eficácia. O
potencial de interação não foi avaliado em estudos clínicos.
Contracetivos orais
Num estudo de interação farmacocinética, em voluntárias saudáveis, a administração
concomitante de um contracetivo oral, constituído por 1 mg de noretindrona (NET) e
etinilestradiol
(EE)
topiramato
doses
mg/dia
administrado na ausência de outros fármacos, não foi associado a alterações
estatisticamente significativas de exposição média (AUC) de qualquer componente do
contracetivo oral. Num outro estudo, a exposição de etinilestradiol diminuiu de forma
estatisticamente significativa, para doses de 200, 400 e 800 mg/dia de topiramato
(18%,
30%,
respetivamente),
quando
administrado
como
terapêutica
adjuvante a doentes epiléticos a tomar ácido valpróico. Em ambos os estudos, o
topiramato (em doses de 50-200 mg/dia em voluntários saudáveis e 200-800 mg/dia
em doentes epiléticos), não afetou significativamente a exposição da NET. Apesar de
existir uma diminuição da exposição ao EE, dependente da dose, para doses entre
200-800 mg/dia (em doentes epiléticos), não se registou alteração dependente da
dose significativa na exposição ao EE, para doses entre 50-200 mg/dia (em
voluntários saudáveis). O significado clínico das alterações não é conhecido.
possibilidade
diminuição
eficácia
contracetivo
aumento
hemorragia de privação devem ser tidas em consideração, para doentes a tomar
contracetivos orais em associação com Topiramato Labesfal. As doentes a tomar
contracetivos, contendo estrogénio devem comunicar ao médico quaisquer alterações
nos respetivos padrões hemorrágicos. A eficácia dos contracetivos pode diminuir
mesmo na ausência de alteração dos padrões hemorrágicos.
Lítio
Em voluntários saudáveis, foi observada uma redução (de 18% da AUC) na
exposição sistémica de lítio durante a administração concomitante de topiramato 200
mg/dia. Em doentes com perturbação bipolar, a farmacocinética do lítio não foi
afetada durante o tratamento com topiramato 200 mg/dia.
No entanto, foi observado um aumento (de 26% da AUC) na exposição sistémica ao
lítio, após tratamento com topiramato em doses até 600 mg/dia. Os níveis de lítio
devem ser monitorizados quando coadministrado com topiramato.
Risperidona
Estudos de interação fármaco-fármaco, conduzidos em condições de dose única em
voluntários saudáveis e dose múltipla em doentes bipolares, obtiveram resultados
semelhantes. Quando administrada concomitantemente com topiramato em doses
crescentes de 100, 250 e 400 mg/dia, houve uma redução da exposição sistémica da
risperidona (16% e 33% da AUC em estado estacionário para as doses de 250 e 400
mg/dia, respetivamente), quando esta foi administrada em doses que variaram entre
1 e 6 mg/dia. Contudo, diferenças na AUC da fração ativa total entre o tratamento
com risperidona isolada e em associação com topiramato não foram estatisticamente
significativas. Na fração antipsicótica ativa total (risperidona e 9-hidroxirisperidona)
foram observadas alterações mínimas da farmacocinética, não tendo sido observadas
alterações para a 9-hidroxirisperidona isolada. Não foram observadas alterações
significativas na exposição sistémica da fração ativa total da risperidona ou do
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
topiramato. Quando o topiramato foi adicionado ao tratamento já existente com
risperidona (1-6 mg/dia) foram notificados mais frequentemente acontecimentos
adversos do que antes da introdução (90% e 54% respetivamente) do topiramato
(250-400 mg/dia).
Os acontecimentos adversos mais frequentemente notificados, quando o topiramato
foi adicionado ao tratamento com risperidona foram: sonolência (27% e 12%),
parestesia (22% e 0%) e náuseas (18% e 9%, respetivamente).
Hidroclorotiazida (HCTZ)
Um estudo de interação fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a
farmacocinética no estado estacionário da HCTZ (25 mg/24h) e do topiramato (96
mg de 12/12h), quando administrados isolada ou concomitantemente. Os resultados
do estudo indicam que a Cmáx de topiramato aumentou 27% e a AUC aumentou
29%, quando a HCTZ foi adicionada ao topiramato. É desconhecido o significado
clínico desta alteração. A adição de HCTZ ao tratamento com topiramato pode exigir
um ajuste da dose de topiramato. A farmacocinética do estado estacionário da HCTZ
não foi significativamente alterada com a administração concomitante de topiramato.
Resultados
laboratoriais
indicaram
redução
potássio
sérico
após
administração de topiramato e HCTZ. Esta redução é mais acentuada quando a
administração de topiramato e HCTZ é concomitante.
Metformina
Foi realizado um estudo de interação fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis,
para avaliar a farmacocinética no estado estacionário da metformina e do topiramato
plasma,
quando
metformina
administrada
isoladamente
concomitantemente com topiramato. Os resultados deste estudo mostraram que a
média da Cmáx e da AUC 0-12h da metformina aumentaram em 18% e 25%
respetivamente, enquanto que a CL/F média reduziu 20%, quando a metformina e o
topiramato eram administrados simultaneamente. O topiramato não afetou a Tmáx
da metformina. Não é claro o significado clínico do efeito do topiramato na
farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do topiramato oral parece
ser reduzida quando administrada com a metformina. Desconhece-se a extensão do
efeito na depuração. Desconhece-se o significado clínico do efeito da metformina na
farmacocinética do topiramato.
Quando Topiramato Labesfal é associado ou retirado em doentes a receberem
tratamento com metformina deverá haver precaução em relação à monitorização de
rotina, para o controlo adequado da diabetes.
Pioglitazona
Um estudo de interação fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a
farmacocinética no estado estacionário do topiramato e da pioglitazona, quando
administrados isolados ou concomitantemente. Foi observada uma redução de 15%
da AUCτ,ss da pioglitazona, sem alteração da Cmáx,ss. Este resultado não foi
estatisticamente significativo. Por outro lado, foi observada uma diminuição do
hidroxi-metabolito de 13% e 16% na Cmáx,ss e AUCτ,ss, respetivamente, assim
como uma diminuição de 60% na Cmáx e AUCτ,ss do ceto-metabolito ativo. É
desconhecido o significado clínico destes resultados. Quando Topiramato Labesfal é
administrado em simultâneo com a pioglitazona ou vice-versa, deve dar-se especial
atenção à monitorização de rotina, para o controlo adequado da diabetes.
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Gliburida
Um estudo de interação fármaco-fármaco em doentes com diabetes tipo II avaliou a
farmacocinética no estado estacionário da gliburida (5 mg/dia) e do topiramato (150
mg/dia), quando administrados isolados ou concomitantemente. Observou-se uma
diminuição de 25% na AUC24 da gliburida, quando administrada com topiramato. A
exposição sistémica dos metabolitos ativos, 4-trans-hidroxigliburida (M1) e 3-cis-
hidroxi-gliburida (M2), reduziu 13% e 15% respetivamente. A farmacocinética no
estado estacionário do topiramato não foi afetada pela administração concomitante
da gliburida.
Quando o topiramato é administrado em simultâneo com a gliburida ou vice-versa,
deve dar-se especial atenção à monitorização de rotina para o controlo adequado da
diabetes.
Outras formas de interação
Substâncias que predispõem para nefrolitíase
Quando utilizado concomitantemente com outras substâncias que possam predispor
para nefrolitíase, Topiramato Labesfal pode aumentar o risco de nefrolitíase. Durante
o tratamento com Topiramato Labesfal devem ser evitadas estas substâncias, dado
que podem criar um ambiente fisiológico que aumente o risco de formação de
cálculos renais.
Ácido valpróico
A administração concomitante do topiramato e ácido valpróico está associada a
hiperamonemia
encefalopatia
doentes
toleraram
estes
medicamentos quando administrados isoladamente. Na maioria dos casos, os sinais
e sintomas desaparecem com a interrupção dos dois medicamentos. Esta reação
adversa não é devida a uma interação farmacocinética. Não foi estabelecida a
associação da hiperamonemia com a terapêutica do topiramato em monoterapia ou
concomitante com outro antiepilético.
A hipotermia, definida como uma descida não intencional da temperatura corporal a
<35ºC foi notificada em associação com a utilização concomitante de topiramato e
ácido valpróico (AVP) ambos em conjugação com hiperamonemia e na ausência de
hiperamonemia.
Este
acontecimento
adverso
pode
ocorrer
após
início
tratamento com topiramato ou após o aumento da dose diária de topiramato, em
doentes que utilizam concomitantemente topiramato e ácido valpróico.
Outros estudos farmacocinéticos sobre interações medicamentosas
Têm sido conduzidos estudos clínicos para avaliar o potencial farmacocinético da
interação medicamentosa entre o topiramato e outros medicamentos. As alterações
na Cmáx ou na AUC, como resultado de interações, estão resumidas abaixo. A
segunda coluna (concentração do medicamento concomitante) descreve o que
acontece à concentração do medicamento concomitante que se encontra na primeira
coluna, com o topiramato. A terceira coluna (concentração do topiramato) descreve
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
como a administração concomitante do fármaco da primeira coluna irá modificar a
concentração do topiramato.
Resumo dos Resultados de Outros Estudos Farmacocinéticos sobre Interações
Medicamentosas
Medicamento
concomitante
Concentração concomitante
do medicamentoa
Concentração
topiramatoa
Amitriptilina
aumento
Cmáx e AUC no metabolito
da nortriptilina
Dihidroergotamina
(oral e subcutâneo)
Haloperidol
↔ aumento de 31% na AUC
do metabolito reduzido
Propranolol
aumento
Cmáx
para
4-OH
propranolol (TPM 50 mg de
12/12h)
Aumento de 9% e 16%
na Cmáx,
aumento de 9%-17% na
propranolol
12/12h,
respetivamente)
Sumatriptano (oral e
subcutâneo)
Pizotifeno
Diltiazem
Diminuição de 25% na AUC
do diltiazem e diminuição
de 18% da DEA, e ↔ para o
DEM*
Aumento de 20% na AUC
Venlafaxina
Flunarizina
Aumento de 16% na AUC
(TPM 50 mg de 12/12h)b
a Valores em % relativamente à alteração na média da Cmáx ou da AUC
relativamente à monoterapia.
↔ = Sem efeitos na Cmáx e na AUC (≤ 15% de alteração) do composto
precursor
NE = Não estudado
*DEA = des-acetilo diltiazem, DEM = N-dimetilo diltiazem
b Flunarizina: aumento de 14% na AUC em indivíduos que tomam apenas
flunarizina. Um aumento na exposição pode estar associado a uma acumulação
durante o estabelecimento do estado estacionário.
4.6. Fertilidade, gravidez e aleitamento
O topiramato é teratogénico em ratinhos, ratos e coelhos. Em ratos, o topiramato
atravessa a barreira placentária.
Em humanos, o topiramato atravessa a placenta e foram notificadas concentrações
similares no cordão umbilical e no sangue materno.
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Dados obtidos a partir de registos de gravidez no Reino Unido e no grupo de
Medicamentos Antiepiléticos Norte Americanos (NAAED) indicam que os lactentes
expostos ao topiramato em monoterapia durante o primeiro trimestre de gravidez
apresentam risco aumentado de malformações congénitas (ex. defeitos craniofaciais,
como por exemplo fissuras no lábio/palato, hipospadias e anomalias envolvendo
vários sistemas corporais). Os dados dos registos de gravidez obtidos a partir do
NAAED
topiramato
monoterapia
demonstraram
prevalência
malformações
congénitas
maiores
aproximadamente
vezes
superior
(4,3%),
quando comparado com um grupo de referência que não esteja a tomar fármacos
antiepiléticos (1,4%). Para além disso, os dados obtidos a partir destes registos e de
outros estudos indicam que, comparativamente com a monoterapia, o tratamento
com fármacos antiepiléticos em politerapia está associado a um maior risco de
acontecimentos teratogénicos. O risco foi notificado como sendo dependente da
dose; foram observados efeitos em todas as doses. Em mulheres tratadas com
topiramato que tiveram um filho com malformações congénitas, parece haver um
risco aumentado de malformações em gravidezes subsequentes quando expostas ao
topiramato.
Adicionalmente, houve uma maior prevalência de baixo peso no recém-nascido
aquando
nascimento
(<2500
gramas)
após
tratamento
topiramato
comparativamente com o grupo de referência.
Amamentação
Estudos em animais demonstraram a excreção do topiramato no leite. A excreção do
topiramato no leite humano não foi avaliada em estudos controlados. Um número
limitado de observações em doentes sugere uma excreção extensa do topiramato no
leite materno. Os efeitos observados em recém-nascidos/lactentes amamentados por
mães
tratadas
incluem
diarreia,
sonolência,
irritabilidade
ganho
peso
inadequado. Consequentemente, deve ser tomada uma decisão quanto à interrupção
aleitamento
do tratamento
com topiramato,
tendo
em consideração
importância do medicamento para a mãe (ver secção 4.4).
Indicação na epilepsia
Durante a gravidez, o topiramato deve ser prescrito após a mulher ser informada dos
riscos conhecidos da epilepsia não controlada na gravidez e dos potenciais riscos do
medicamento para o feto.
Indicação na profilaxia da enxaqueca
O topiramato é contraindicado na gravidez e em mulheres em idade fértil que não
estão a utilizar um método contracetivo eficaz (ver secções 4.3 e 4.5).
4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Topiramato Labesfal sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas são reduzidos ou moderados. O topiramato atua sobre o Sistema Nervoso
Central e pode provocar sonolência, tonturas ou outros sintomas relacionados. Pode
causar também perturbações visuais e/ou visão turva. Estas reações adversas
podem ser potencialmente perigosas em doentes que conduzam veículos ou utilizem
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
máquinas, particularmente até ser estabelecida a experiência individual do doente
com o medicamento.
4.8. Efeitos indesejáveis
A segurança do topiramato foi avaliada através de uma base de dados de estudos
clínicos com 4.111 doentes (3.182 com topiramato e 929 com placebo) que
participaram em 20 estudos em dupla ocultação e 2.847 doentes que participaram
em 34 estudos abertos, respetivamente, para o topiramato como terapêutica
adjuvante nas crises primárias generalizadas tónico-clónicas, crises parciais, crises
associadas à síndrome de Lennox-Gastaut, monoterapia para uma epilepsia nova ou
diagnosticada recentemente ou para a profilaxia da enxaqueca. A maioria das
reações adversas medicamentosas foi ligeira a moderada no que diz respeito à sua
gravidade.
Estas
reações
adversas
medicamentosas,
identificadas
ensaios
clínicos e na fase de pós-comercialização (indicado por **), encontram-se descritas
na tabela 1 abaixo de acordo com a sua incidência. As frequências atribuídas estão
organizadas da seguinte forma:
Muito frequentes ≥ 1/10
Frequentes ≥ 1/100 e <1/10
Pouco frequentes ≥ 1/1.000 e <1/100
Raros ≥ 1/10.000 e <1/1.000
Muito raros < 1/10 000
Desconhecido não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis.
As reações adversas medicamentosas (RAMs) mais frequentes (com uma incidência
> 5% e maior que as observadas com placebo em pelo menos uma indicação em
estudos
controlados
dupla
ocultação
topiramato)
incluem:
anorexia,
diminuição do apetite, bradifrenia, depressão, alterações na linguagem, insónia,
alteração na coordenação, alteração da atenção, tonturas, disartria, disgeusia,
hipoestesia, letargia, alterações de memória, nistagmo, parestesia, sonolência,
tremor, diplopia, visão turva, diarreia, náuseas, fadiga, irritabilidade e perda de
peso.
Tabela 1: Reações Adversas Medicamentosas do topiramato
Classes
sistemas de órgãos
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Infeções
infestações
Nasofaringite*
Doenças
sangue
sistema linfático
Anemia
Leucopenia,
trombocitopenia,
linfadenopatia
eosinofilia
Neutropenia*
Doenças
sistema imunitário
Hipersensibilidade
alér
conj
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Doenças
metabolismo e da
nutrição
Anorexia,
diminuição
apetite
Acidose
metabólica,
hipocaliemia,
aumento
apetite,
polidipsia
Acidose
hiperclorémica
Perturbações
foro psiquiátrico
Depressão
Bradifrenia,
insónia,
perturbação
expressividade
linguagem,
ansiedade,
estado
confusional,
desorientação,
agressão,
alterações
humor,
agitação,
flutuações
humor,
humor
depressivo,
fúria,
comportamento
anormal
Ideação suicida,
tentativa
suicídio,
alucinação,
distúrbio
psicótico,
alucinação
auditiva,
alucinação
visual,
apatia,
perda
discurso
espontâneo,
perturbações do
sono,
labilidade
afetiva,
diminuição
líbido,
inquietação,
choro, disfemia,
euforia,
paranoia,
perseverança,
ataques
pânico,
estado
lacrimoso,
distúrbio
leitura,
insónia
inicial,
embotamento
afetivo,
pensamento
anormal,
perda
libido,
ausência
interesse
atividades
vida
diária,
insónia
intermédia,
distratibilidade,
acordar
muito
cedo, reação de
pânico,
Mania,
perturbação
pânico,
sensação
desespero*,
hipomania
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
exaltação
Doenças
sistema nervoso
Parestesia,
sonolência,
tonturas
Distúrbios
atenção,
comprometimento
memória,
amnésia,
perturbações
cognitivas,
perturbações
mentais,
perturbações
capacidades
psicomotoras,
convulsões,
alteração
coordenação,
tremor,
letargia,
hipoestesia,
nistagmo,
disgeusia,
perturbação
equilíbrio,
disartria,
tremor
intencional,
sedação
Nível
reduzido
consciência,
convulsões
grande
mal,
defeito
campo
visual,
crises complexas
parciais,
distúrbio
discurso,
hiperatividade
psicomotora,
síncope,
perturbações
sensoriais,
ptialismo,
hipersonia,
afasia,
discurso
repetitivo,
hipocinesia,
discinesia,
tonturas
posturais,
qualidade
sono,
sensação
queimadura,
perda
sensações,
parosmia,
síndroma
cerebelar,
disastesia,
hipogeusia,
estupor,
descoordenação,
aura,
ageusia,
disgrafia,
disfasia,
neuropatia
periférica,
pré-
síncope,
distonia,
sensação
formigueiro
Apraxia,
alteração
ritmo
circadiano
sono,
hiperestesia,
hiposmia,
anosmia,
tremor
essencial,
acinesia,
não
resposta
estímulo
Afeções oculares
Visão
turva,
diplopia,
perturbações
visuais
Acuidade
visual
reduzida,
escotoma,
miopia*,
Cegueira
unilateral,
cegueira
passageira,
âng
fech
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
sensação
anormal
olho*,
olho
seco,
fotofobia,
blefarospasmo,
aumento
lacrimação,
fotopsia,
midríase,
presbiopia
glaucoma,
distúrbio
acomodação,
alteração
perceção
visual
profundidade,
escotoma
cintilante,
edema
pálpebra*,
cegueira
noturna,
ambliopia
dist
ocul
Afeções do ouvido
e do labirinto
Vertigem,
zumbido,
ouvidos
Surdez,
surdez
unilateral,
surdez
neurossensorial,
desconforto
ouvido,
alteração
audição
Cardiopatias
Bradicardia,
bradicardia
sinusal,
palpitações
Vasculopatias
Hipotensão,
hipotensão
ortostática,
rubor,
afrontamento
Fenómeno
Raynaud
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Dispneia, epistaxis,
congestão
nasal,
rinorreia, tosse*
Dispneia
esforço,
hipersecreção
seio
paranasal
disfonia,
Doenças
gastrointestinais
Náuseas,
diarreia
Vómitos,
obstipação,
abdominal
superior,
dispepsia,
abdominal,
xerostomia,
desconforto
gástrico,
Pancreatite,
flatulência,
doença
refluxo
gastroesofágico,
abdominal
inferior,
hipoestesia oral,
hemorragia
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
parestesia
oral,
gastrite,
desconforto
abdominal
gengival,
distensão
abdominal,
desconforto
epigástrico,
sensibilidade
abdominal,
hipersecreção
salivar, dor oral,
hálito,
glossodinia
Afeções
hepatobiliares
Hepatite,
falência
hepática
Afeções
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Alopécia,
erupção
cutânea, prurido
Anidrose,
hipoestesia
facial,
urticária,
eritema, prurido
generalizado,
erupção
macular,
descoloração da
pele,
dermatite
alérgica,
inflamação
face
Síndrome
Stevens-
Johnson*,
eritema
multiforme*
odor
pele
anormal,
edema
periorbital*,
urticária
localizada
tóxi
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Artralgia,
espasmos
musculares,
mialgia,
fasciculação
muscular, fraqueza
muscular,
torácica
musculoesquelética
Inchaço
articulação*,
rigidez
muscular,
do flanco, fadiga
muscular
Desconforto
no membro*
Doenças
renais
urinárias
Nefrolitíase,
polaciúria, disúria
Cálculos
renais,
incontinência
urinária,
hematúria,
incontinência,
urgência
micção,
cólicas
renais, dor renal
Cálculos
ureterais,
acidose
tubular renal*
Doenças
órgãos
genitais
da mama
Disfunção erétil,
disfunção sexual
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Perturbações
gerais e alterações
local
administração
Fadiga
Pirexia,
astenia,
irritabilidade,
alterações
marcha,
sentir-se
anormal, mal-estar
Hipertermia,
sede, doença do
tipo
gripal*,
lentidão,
arrefecimento
extremidades,
sensação
embriaguez,
sensação
agitação
Edema
face calcinose
Exames
complementares
de diagnóstico
Diminuição de
peso
Aumento de peso*
Presença
cristais na urina,
teste de marcha
linha
reta
resultados
anómalos,
contagem
glóbulos brancos
diminuída,
aumento
enzimas
hepáticas
Diminuição de
bicarbonato
no sangue
Circunstâncias
sociais
Dificuldade
aprendizagem
* identificada como uma RAM durante as notificações espontâneas de pós-comercialização. A sua
foi calculada através de dados dos ensaios clínicos.
Malformações congénitas e restrições no crescimento fetal (ver secção 4.4 e secção
4.6).
População pediátrica
As reações adversas notificadas mais frequentemente (≥ 2 vezes mais) em crianças
do que em adultos em estudos controlados e em dupla ocultação incluem:
- Diminuição do apetite
- Aumento do apetite
- Acidose hiperclorémica
- Hipocaliemia
- Comportamento anormal
- Agressão
- Apatia
- Insónia inicial
- Ideação suicida
- Alteração da atenção
- Letargia
- Alteração do ritmo circadiano do sono
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
- Má qualidade do sono
- Aumento do lacrimejo
- Bradicardia sinusal
- Mal-estar
- Alterações na marcha.
As reações adversas que foram notificadas em crianças mas não em adultos em
estudos controlados e em dupla ocultação incluem:
- Eosinofilia
- Hiperatividade psicomotora
- Vertigens
- Vómitos
- Hipertermia
- Pirexia
- Dificuldade de aprendizagem.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-
risco do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer
suspeitas de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio
internet:
http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9. Sobredosagem
Sinais e sintomas
Foram notificados casos de sobredosagem com topiramato. Os sinais e sintomas
incluíram: convulsões, sonolência, perturbações do discurso, visão turva, diplopia,
défice
intelectual,
letargia,
coordenação
anormal,
estupor,
hipotensão,
abdominal, agitação, tonturas e depressão. As consequências clínicas não foram
graves na maioria dos casos, mas foram notificadas mortes após sobredosagens com
politerapia envolvendo topiramato.
A sobredosagem com topiramato pode causar acidose metabólica grave (ver secção
4.4).
Tratamento
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Em caso de sobredosagem aguda do topiramato, se a ingestão for recente, deve
esvaziar-se o estômago imediatamente por lavagem ou por indução de emese. O
carvão ativado mostrou absorver o topiramato in vitro. Deve ser efetuado um
tratamento de suporte apropriado e o doente deve ser bem hidratado. A hemodiálise
demonstrou ser um meio eficaz para a remoção do topiramato do organismo.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1. Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.6.
Sistema
nervoso
central.
Antiepiléticos
anticonvulsivantes.
Código ATC: N03AX11
topiramato
classificado
como
monossacárido
sulfamato-substituído.
desconhecido o mecanismo preciso pelo qual o topiramato exerce o seu efeito
anticonvulsivante e na profilaxia da enxaqueca. Os estudos eletrofisiológicos e
bioquímicos
culturas
neurónios
identificaram
três
propriedades
farmacológicas,
podem
contribuir
para
eficácia
anticonvulsivante
topiramato.
Os potenciais de ação eliciados repetidamente por uma despolarização prolongada
dos neurónios foram bloqueados pelo topiramato de uma forma tempo-dependente,
o que é sugestivo de um bloqueio dos canais de sódio estado-dependente. O
topiramato aumenta a frequência com que os recetores GABAA são ativados pelo -
aminobutirato (GABA) e aumenta a capacidade do GABA induzir o fluxo de iões
cloreto para dentro dos neurónios, sugerindo que o topiramato potencia a atividade
deste neurotransmissor inibitório.
Este efeito não foi bloqueado pelo flumazenilo, um antagonista das benzodiazepinas,
nem o topiramato aumentou a duração do tempo de abertura do canal, diferenciando
o topiramato dos barbitúricos que modulam os recetores GABAA.
Como
perfil
antiepilético
topiramato
difere
acentuadamente
benzodiazepinas,
pode
modular
subtipo
recetor
GABAA
insensível
benzodiazepinas. O topiramato antagoniza a capacidade do cainato em ativar os
recetores do aminoácido excitatório (glutamato), do subtipo cainato/AMPA (ácido α-
amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolpropiónico), mas não teve efeito aparente na
atividade de N-metilo-D-aspartato (NMDA) nos recetores do subtipo NMDA. Estes
efeitos do topiramato estavam dependentes da concentração num intervalo de 1 µM
a 200 µM, com um mínimo de atividade de 1 µM a 10 µM.
Além disso, o topiramato inibe algumas isoenzimas da anidrase carbónica. Este efeito
farmacológico é muito mais fraco do que o da acetazolamida, um conhecido inibidor
da anidrase carbónica, e supõe-se que não constitui um dos principais componentes
da atividade antiepilética do topiramato.
Em estudos animais, o topiramato apresenta atividade anticonvulsivante nos testes
de crises máximas por eletrochoques (MES) em ratos e ratinhos e é eficaz em
modelos de epilepsia de roedores, o qual inclui crises tónicas e ausência de crises no
rato espontaneamente epilético (SER) e crises tónicas e clónicas induzidas nos ratos
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
por inflamação da amígdala ou por isquémia global. O topiramato é apenas
fracamente eficaz no bloqueio das crises clónicas induzidas pelo antagonista do
recetor GABAA, pentilenetetrazol.
Estudos realizados em ratinhos em que foi efetuada a administração em simultâneo
topiramato
carbamazepina
fenobarbital,
demonstraram
atividade
anticonvulsivante sinérgica, enquanto que a associação com a fenitoína mostrou
atividade anticonvulsivante aditiva. Em ensaios clínicos na terapêutica adjuvante,
bem controlados, não foi demonstrada uma correlação entre os níveis plasmáticos de
topiramato e a sua eficácia clínica. Em seres humanos, não se demonstrou qualquer
evidência de tolerância.
Crises de ausência
Foram realizados dois pequenos ensaios de braço único com crianças entre os 4 e 11
anos de idade (CAPSS-326 e TOPAMAT-ABS-001). Um dos estudos incluiu 5 crianças
e o outro incluiu 12 crianças antes de ter terminado precocemente devido a falta de
resposta terapêutica. As doses usadas nestes estudos foram até aproximadamente
12 mg/kg no estudo TOPAMAT-ABS-001 e um máximo inferior a 9 mg/kg/dia ou 400
mg/dia no estudo CAPSS-326. Estes estudos não fornecem evidência suficiente para
retirar conclusões relativamente à eficácia ou segurança na população pediátrica.
5.2. Propriedades farmacocinéticas
perfil
farmacocinético
topiramato
comparação
outros
fármacos
antiepiléticos demonstra uma longa semivida plasmática, farmacocinética linear,
depuração predominantemente renal, ausência de ligação significativa às proteínas
plasmáticas e ausência de metabolitos ativos clinicamente relevantes.
O topiramato não é um indutor potente das enzimas metabolizadoras de fármacos e
pode ser administrado independentemente das refeições, não sendo necessária
monitorização das concentrações plasmáticas do topiramato. Em ensaios clínicos,
não houve nenhuma relação consistente entre as concentrações plasmáticas e a
eficácia ou acontecimentos adversos.
Absorção
O topiramato é bem absorvido, e de forma rápida. Após a administração por via oral
de 100 mg de topiramato em voluntários saudáveis, atingiu-se uma média de
concentração plasmática máxima (Cmáx) de 1,5 µg/ml em 2 a 3 horas (Tmáx).
Com base na radioatividade recuperada na urina, a extensão média da absorção
duma dose de 100 mg por via oral de 14C-topiramato foi de pelo menos 81%. Não
houve um efeito clinicamente significativo dos alimentos sobre a biodisponibilidade
do topiramato.
Distribuição
Geralmente 13-17% de topiramato liga-se às proteínas plasmáticas. Observou-se
uma baixa capacidade de ligação do topiramato nos eritrócitos que são saturáveis
para concentrações plasmáticas superiores a 4 µg/ml. O volume de distribuição varia
inversamente com a dose. O volume médio aparente de distribuição foi de 0,80 -
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
0,55 l/kg para uma dose única no intervalo de 100 a 1200 mg. Foi detetado um
efeito do sexo no volume de distribuição, com valores para o sexo feminino de cerca
de 50% dos do sexo masculino. Este aspeto foi atribuído à maior percentagem de
gordura em mulheres, e não tem consequências clínicas.
Metabolismo
O topiramato não é extensamente metabolizado (~ 20%) nos voluntários saudáveis.
O topiramato é metabolizado até 50% em doentes a receberem uma terapêutica
antiepilética concomitante com indutores conhecidos das enzimas metabolizadoras
dos fármacos. Foram isolados seis metabolitos, formados por hidroxilação, hidrólise e
glucuronidação, caracterizados e identificados a partir do plasma, urina e fezes de
seres humanos. Cada metabolito representa menos de 3% da radioatividade total
excretada
após
administração
14C–topiramato.
Foram
testados
dois
metabolitos, que retiveram a maior parte da estrutura do topiramato, e verificou-se
que possuíam pouca ou nenhuma atividade anticonvulsivante.
Eliminação
Em seres humanos, a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus
metabolitos é a renal (pelo menos 81% da dose). Aproximadamente 66% da dose de
14C-topiramato foi excretada na forma inalterada na urina, em quatro dias. Após a
administração de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes ao dia, a média da
depuração renal foi de aproximadamente 18 ml/min e 17 ml/min, respetivamente.
Existe evidência de reabsorção tubular renal do topiramato. Este facto é apoiado por
estudos em ratos em que o topiramato foi administrado em associação com a
probenecida
observou-se
aumento
significativo
depuração
renal
topiramato.
geral,
humano,
depuração
plasmática
aproximadamente 20 a 30 ml/min, após a administração oral.
topiramato
exibe
baixa
variabilidade
interindividual
concentrações
plasmáticas
consequentemente,
farmacocinética
previsível.
farmacocinética
topiramato
linear,
depuração
plasmática
permanecendo constante, e um aumento da área sob a curva da concentração
plasmática proporcional à dose, para doses orais únicas compreendidas entre 100 e
400 mg em indivíduos saudáveis. Os doentes com função renal normal podem
necessitar de 4 a 8 dias até atingirem concentrações plasmáticas no estado
estacionário. A média da Cmáx após a administração por via oral de doses múltiplas
de 100 mg, duas vezes por dia, em indivíduos saudáveis, foi de 6,76 µg/ml.
Após a administração de doses múltiplas de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas
vezes por dia, a semivida de eliminação plasmática média foi de aproximadamente
21 horas.
A administração concomitante de doses múltiplas de topiramato, 100 mg a 400 mg,
duas vezes por dia, com fenitoína ou carbamazepina demonstra um aumento
proporcional à dose nas concentrações plasmáticas do topiramato.
A depuração plasmática e renal do topiramato está reduzida nos doentes com
compromisso da função renal moderado e grave (CLcr ≤ 70 ml/min). Como
resultado,
são
esperadas
concentrações
plasmáticas
mais
elevadas
estado
estacionário para uma dose determinada em doentes com compromisso renal,
comparativamente aos doentes com função renal normal. Para além disso, doentes
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
com compromisso renal necessitarão de mais tempo para atingir a concentração no
estado estacionário, para cada dose. Em doentes com compromisso renal moderado
a grave é recomendada metade da dose inicial habitualmente administrada e metade
da dose de manutenção.
O topiramato é removido eficazmente a partir do plasma por hemodiálise. Um
período prolongado de hemodiálise pode causar uma descida da concentração de
topiramato para níveis que requerem a manutenção de um efeito anticonvulsivo.
Para
evitar
descidas
repentinas
concentrações
plasmáticas
topiramato
durante a hemodiálise, pode ser necessária uma dose suplementar de topiramato. O
ajuste atual deve ter em consideração 1) a duração do período de diálise, 2) a taxa
de depuração do sistema de diálise que está a ser utilizado, e 3) a taxa de depuração
renal efetiva de topiramato nos doentes sujeitos a diálise.
A depuração plasmática do topiramato reduz em média 26% nos doentes com
compromisso
hepático
moderado
grave.
Assim,
topiramato
deve
administrado com precaução nos doentes com compromisso hepático.
A depuração plasmática do topiramato mantém-se inalterada nos idosos, na ausência
de doença renal subjacente.
População pediátrica (farmacocinética em crianças até 12 anos de idade)
A farmacocinética do topiramato em crianças, como nos adultos, em terapêutica
adjuvante, é linear, com depuração independente da dose, e as concentrações
plasmáticas no estado estacionário aumentando proporcionalmente à dose. No
entanto, as crianças têm uma maior depuração e uma semivida de eliminação mais
curta. Consequentemente, em crianças, as concentrações plasmáticas do topiramato
para a mesma dose em mg/kg podem ser mais baixas comparativamente aos
adultos.
Como
adultos,
fármacos
antiepiléticos
indutores
enzimas
hepáticas diminuem as concentrações plasmáticas no estado estacionário.
5.3. Dados de segurança pré-clínica
Em estudos não clínicos de fertilidade, apesar da toxicidade materna e paterna em
doses tão baixas como 8 mg/kg/dia, não se observou nenhum efeito na fertilidade,
nos ratos machos ou fêmeas, com doses até 100 mg/dia.
Em estudos pré-clínicos, o topiramato demonstrou ser teratogénico nas espécies
estudadas (ratinho, ratos e coelhos). No ratinho, o peso dos fetos e a ossificação do
esqueleto sofreram uma redução com a dose de 500 mg/kg/dia, juntamente com
toxicidade
materna.
números
totais
malformações
fetais
ratinhos
aumentaram
todos
grupos
tratados
fármaco
(20,
mg/kg/dia).
Em ratos, a toxicidade materna e toxicidade embrionária/fetal relacionadas com a
dose (redução no peso fetal e/ou ossificação do esqueleto) foram observadas em
doses até 20 mg/kg/dia, com efeitos teratogénicos (defeitos nos membros inferiores
e dos dedos) com doses igual ou superiores a 400 mg/kg/dia. Em coelhos, a
toxicidade materna relacionada com a dose foi observada em doses abaixo de 10
mg/kg/dia, com toxicidade embrionária/fetal (aumento de letalidade) em doses
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
abaixo de 35 mg/kg/dia, e efeitos teratogénicos (malformações nas costelas e
vértebras) com doses de 120 mg/kg/dia.
Os efeitos teratogénicos observados nos ratos e coelhos foram semelhantes aos
verificados com os inibidores da anidrase carbónica, não tendo estado associados a
malformações nos seres humanos. Os efeitos no crescimento foram igualmente
evidenciados por pesos mais baixos à nascença e durante o aleitamento para os
recém-nascidos de ratos-fêmea que receberam 20 ou 100 mg/kg/dia durante a
gestação e o aleitamento. Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.
Em ratos juvenis, a administração oral diária do topiramato em doses até 300
mg/kg/dia,
durante
período
desenvolvimento
correspondente
primeira
infância, infância e adolescência resultou em toxicidades semelhantes às dos animais
adultos (diminuição no consumo de alimentos com diminuição no ganho do peso
corporal, hipertrofia hepatocelular centrolobular). Não surgiram efeitos relevantes no
crescimento dos ossos longos (tíbia) ou na densidade mineral dos ossos (fémur),
pré-desmame
desenvolvimento
reprodutivo,
desenvolvimento
neurológico
(incluindo avaliações da memória e aprendizagem), no ato sexual e fertilidade ou
nos parâmetros de histerotomia.
Numa bateria de testes de mutagenicidade in vitro e in vivo, o topiramato não
revelou potencial genotóxico.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Comprimido de 25 mg - Celulose Microcristalina, Lactose mono-hidratada, Amido de
milho, Crospovidona, Estearato de Magnésio e Sílica coloidal anidra, Copolimero
básico de Metacrilato de Butilo, Laurilsulfato de Sódio, Ácido Esteárico, Talco e
Dióxido de Titânio (E171);
Comprimido de 50 mg e 100 mg - Celulose Microcristalina, Lactose mono-hidratada,
Amido
milho,
Crospovidona, Estearato
Magnésio,
Sílica
coloidal
anidra,
Copolimero básico de Metacrilato de Butilo, Laurilsulfato de Sódio, Ácido Esteárico,
Talco, Dióxido de Titânio (E171), Óxido de Ferro Amarelo (E172);
Comprimido de 200 mg - Celulose Microcristalina, Lactose mono-hidratada, Amido de
milho, Crospovidona, Estearato de Magnésio e Sílica coloidal anidra, Copolimero
básico de Metacrilato de Butilo, Laurilsulfato de Sódio, Ácido Esteárico, Talco, Dióxido
de Titânio (E171), Óxido de Ferro Vermelho (E172).
6.2. Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3. Prazo de validade
3 anos.
6.4. Precauções especiais de conservação
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Não conservar acima de 30ºC e proteger da humidade.
6.5. Natureza e conteúdo do recipiente
Comprimido de 25mg – embalagem de 20 e de 60 comprimidos acondicionados em
blisters de alumínio/alumínio ou PVC/PE/PVDC/alumínio;
Comprimido de 50mg – embalagem de 20 e de 60 comprimidos acondicionados em
blisters de alumínio/alumínio ou PVC/PE/PVDC/alumínio;
Comprimido de 100mg – embalagem de 20 e de 60 comprimidos acondicionados em
blisters de alumínio/alumínio ou PVC/PE/PVDC/alumínio;
Comprimidos a 200mg – embalagem de 20 e de 60 comprimidos acondicionados em
blisters de alumínio/alumínio ou PVC/PE/PVDC/alumínio;
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nº de registo: 5103270 – 20 Comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5103304 – 60 Comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5103379 – 20 Comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5103403 – 60 Comprimidos revestidos por película, 25 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5103312 – 20 Comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5103320 – 60 Comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5103411 – 20 Comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5103429 – 60 Comprimidos revestidos por película, 50 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5103338 – 20 Comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister
Alu/Alu
APROVADO EM
19-01-2018
INFARMED
Nº de registo: 5103346 – 60 Comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5103437 – 20 Comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5103445 – 60 Comprimidos revestidos por película, 100 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5103353 – 20 Comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5103361 – 60 Comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister
Alu/Alu
Nº de registo: 5103452 – 20 Comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5103460 – 60 Comprimidos revestidos por película, 200 mg, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira Autorização: 08 Abril 2008
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO