Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
29-05-2013
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29-05-2013
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Topiramato ITF 25, 50, 100 e 200 mg comprimidos revestidos
Topiramato
Leia com atenção este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois
contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tive quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
O que contém este folheto:
1. O que é Topiramato ITF e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Topiramato ITF
3. Como tomar Topiramato ITF
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Topiramato ITF
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Topiramato ITF e para que é utilizado
Topiramato ITF pertence a um grupo de medicamentos denominado “medicamentos
antiepiléticos”. É utilizado em:
monoterapia no tratamento de convulsões em adultos e crianças com idade
superior a 6 anos.
terapêutica adjuvante no tratamento de convulsões para adultos e crianças, de
idade igual ou superior a 2 anos.
para prevenir enxaquecas em adultos.
2. O que precisa de saber antes de tomar Topiramato ITF
Não tome Topiramato ITF
se tem alergia (hipersensibilidade) ao topiramato ou a qualquer outro componente
Topiramato ITF (indicados na secção 6).
na prevenção da enxaqueca, se está grávida ou poderá ficar mas não está a utilizar
contraceção eficaz (para mais informações, ver secção “gravidez e aleitamento”).
Se não tem a certeza se a situação acima se aplica a si, consulte o seu médico ou
farmacêutico antes de tomar Topiramato ITF .
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato ITF se:
tem problemas nos rins, especialmente pedras nos rins ou se faz diálise;
tem historial de alterações sanguíneas e de fluido corporal (acidose metabólica);
tem problemas de fígado;
tem problemas nos olhos, especialmente glaucoma;
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tem problemas de crescimento;
está a efetuar uma dieta altamente calórica (dieta cetogénica);
está grávida ou pode engravidar(ver a secção “Gravidez, amamentação e fertilidade”
para mais informações)
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato ITF.
É importante que não pare de tomar o seu medicamento sem consultar primeiro o
seu médico.
Deve de igual modo falar primeiro com o seu médico antes de tomar qualquer
medicamento contendo topiramato que não o Topiramato ITF.
Pode vir a perder peso ao tomar Topiramato ITF, por isso, o seu peso deve ser
verificado regularmente enquanto estiver a tomar este medicamento. Se estiver a
perder demasiado peso ou se a criança não estiver a ganhar peso suficiente, consulte
o seu médico.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepiléticos como
Topiramato ITF, apresentaram pensamentos de autoagressão e suicídio. Se a
qualquer momento tiver estes pensamentos deve consultar imediatamente o seu
médico.
Outros medicamentos e Topiramato ITF
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos. Topiramato ITF e alguns
medicamentos podem interagir entre si. Por vezes, a dose de Topiramato ITF ou de
outro medicamento que está a tomar, poderá ter de ser ajustada.
Diga ao seu médico ou farmacêutico se está especialmente a tomar:
outros medicamentos que podem comprometer ou reduzir o seu pensamento,
concentração ou coordenação muscular (isto é, medicamentos depressores do
sistema nervoso central, tais como relaxantes musculares e sedativos);
pílulas contracetivas. Topiramato ITF pode diminuir a eficácia da sua pílula.
Consulte o seu médico caso tenha alterações na sua hemorragia menstrual enquanto
estiver a tomar a pílula contracetiva e Topiramato ITF .
Guarde consigo uma lista de todos os medicamentos que toma. Mostre essa lista ao
seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato ITF .
Outros medicamentos que deverá informar o seu médico ou farmacêutico incluem
medicamentos
antiepiléticos,
risperidona,
lítio,
hidroclorotiazida,
metformina,
pioglitazona, gliburide, amitriptilina, propranolol, diltiazem, venlafaxina, flunarizina,
Hipericão (Hypericum perforatum) (uma preparação à base de plantas usada para
tratar a depressão).
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato ITF .
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Topiramato ITF com alimentos e bebidas
Pode tomar Topiramato ITF com ou sem alimentos. Durante o tratamento com
Topiramato ITF beba uma grande quantidade de fluidos durante o dia para prevenir
pedras nos rins enquanto estiver a tomar Topiramato ITF. Deve evitar beber álcool
enquanto estiver a tomar Topiramato ITF.
Gravidez e amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
médico
decidirá
pode
tomar
Topiramato
ITF.
como
outros
medicamentos antiepiléticos, existe um risco de causar dano ao feto se Topiramato
ITF é tomado durante a gravidez.
Certifique-se que está bem informada acerca dos riscos e benefícios de tomar
Topiramato ITF para a epilepsia durante a gravidez.
Não deve tomar Topiramato ITF para a prevenção da enxaqueca se está grávida ou
pode estar grávida e não está a utilizar contraceção eficaz.
As mães que amamentam enquanto estão a tomar Topiramato ITF devem dizer ao
seu médico assim que notarem algo fora do normal com a criança.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Durante o tratamento com Topiramato ITF pode ocorrer tonturas, cansaço e
problemas na visão. Não conduza ou utilize ferramentas ou máquinas sem consultar
o seu médico primeiro.
Topiramato
contém
lactose.
informado
pelo
médico
intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Topiramato ITF
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. O seu médico
irá normalmente iniciar o seu tratamento com uma dose mais baixa de Topiramato
ITF que depois é aumentada lentamente, até atingir a dose mais adequada.
Topiramato ITF comprimidos devem ser engolidos inteiros. Evite mastigar os
comprimidos uma vez que podem ter um sabor amargo.
Topiramato ITF pode ser tomado antes, durante, ou após a refeição. Enquanto
estiver a tomar Topiramato ITF, beba muitos líquidos durante o dia para prevenir
pedras nos rins.
Se tomar mais Topiramato ITF do que deveria
Consulte o seu médico imediatamente. Leve consigo a embalagem.
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Pode sentir sonolência, cansaço ou ficar menos alerta; sentir falta de coordenação;
ter dificuldade em falar ou em concentrar-se; ter visão dupla ou turva; sentir-se
tonto devido a uma tensão arterial baixa; sentir-se depressivo ou agitado; ou ter dor
abdominal ou convulsões (ataques)..
Pode ocorrer sobredosagem se estiver a tomar outros medicamentos em associação
com Topiramato ITF.
Caso se tenha esquecido de tomar Topiramato ITF
Se verificou que se esqueceu de tomar uma dose, tome essa dose assim que se
lembrar.
Contudo, se está quase na hora da próxima dose, essa dose deve ser omitida e o
tratamento deverá continuar como habitualmente. Se foram omitidas duas ou mais
doses, contacte o seu médico.
Não tome uma dose a dobrar (duas doses ao mesmo tempo) para compensar uma
dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Topiramato ITF
Não pare de tomar este medicamento a não ser que o seu médico o tenha indicado.
Os seus sintomas podem voltar. Se o seu médico decidir parar esta medicação, a
dose deve diminuir gradualmente durante alguns dias.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestam em todas as pessoas.
A frequência dos efeitos secundários possíveis listados abaixo é definida da seguinte
forma:
muito frequentes (afetam mais de 1 utilizador em cada 10)
frequentes (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 100)
pouco frequentes (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 1.000)
raros (afetam 1 a 10 utilizadores em cada 10.000)
muito raros (afetam menos de 1 utilizador em cada 10.000)
desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Fale com o seu médico, ou procure assistência médica imediatamente se sentir os
seguintes efeitos secundários:
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em cada 10 pessoas)
- Depressão (aparecimento ou agravamento)
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
- Convulsões (ataques)
- Ansiedade, irritabilidade, alteração de humor, confusão, desorientação
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- Problemas em concentrar-se, raciocínio lento, perda de memória, problemas de
memória (aparecimento, alteração súbita ou aumento da gravidade)
- Cálculo(s) nos rins, urinar frequentemente ou dor ao urinar
Pouco frequentes (podem afetar 1 em cada 100 pessoas)
- Aumento do nível de acidez no sangue (pode originar dificuldade em respirar que
inclui falta
perda
apetite, náuseas,
vómitos,
cansaço
excessivo,
batimento cardíaco rápido ou irregular)
- Diminuição ou perda da transpiração
- Ter pensamentos de autoagressão grave, tentativa de autoagressão
Raros (podem afetar 1 em cada 1,000 pessoas)
- Glaucoma – bloqueio de líquido no olho originando um aumento da pressão no
olho, dor, ou diminuição da visão
Podem ocorrer outros efeitos secundários; caso se tornarem graves, fale com o seu
médico ou farmacêutico:
Muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em cada 10 pessoas)
- Corrimento nasal, nariz entupido, ou dor de garganta
- Formigueiro, dor e/ou entorpecimento de várias partes do corpo
- Sonolência, cansaço
- Tonturas
- Náuseas, diarreia
- Perda de peso
Frequentes (podem afetar 1 em cada 10 pessoas)
- Anemia (baixa contagem de células sanguíneas)
- Reação alérgica (tal como erupção na pele, vermelhidão, comichão, inchaço da
face, urticária)
- Perda de apetite, diminuição do apetite
- Agressão, agitação, raiva
- Dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir
- Problemas na fala ou alterações da fala, fala arrastada
- Descoordenação, falta de coordenação, sensação de instabilidade ao andar
- Diminuição da capacidade de realizar tarefas rotineiras
- Diminuição, perda ou falta de paladar
- Tremor ou agitação involuntária; movimento rápido e involuntário dos olhos
- Perturbações visuais, tal como visão dupla, visão turva, diminuição da visão,
dificuldade em focar
- Sensação de rotação (vertigens), som agudo e constante no ouvido, dor de ouvidos
- Falta de ar
- Sangrar do nariz
- Febre, indisposição, fraqueza
Vómitos,
obstipação,
desconforto
abdominal,
indigestão,
infeção
estômago
ou intestinos
- Boca seca
- Queda de cabelo
- Comichão
- Dor ou inchaço nas articulações, espasmos ou contrações musculares, dor ou
fraqueza
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muscular, dor no peito
- Aumento de peso
Pouco frequentes (podem afetar 1 em cada 100 pessoas)
Diminuição
plaquetas
(células
sanguíneas
ajudam
parar
hemorragia), diminuição dos glóbulos brancos no sangue que ajudam a proteger
contra uma infeção, diminuição do nível de potássio no sangue
- Aumento das enzimas do fígado, aumento dos eosinófilos (um tipo de glóbulos
brancos) no sangue
- Glândulas do pescoço, axilas e virilhas, inchadas
- Aumento do apetite
- Humor exaltado
- Ouvir, ver ou sentir coisas que não existem, perturbação mental grave (psicose)
- Não sentir ou não demonstrar emoção, desconfiança fora do normal, ataque de
pânico
- Problemas de leitura, alterações da fala, problemas em escrever à mão
- Inquietação, hiperatividade- Raciocínio lento, diminuição do estado de vigília e de
alerta
- Movimentos corporais reduzidos ou lentos, movimentos musculares involuntários
anormais e repetitivos
- Desmaio
- Sensação anormal ao toque; sentido do tato comprometido
- Olfato comprometido, ausência ou distorção do olfato
- Sentimento invulgar ou sensação que pode preceder uma enxaqueca ou um certo
tipo de convulsão
- Olho seco, sensibilidade dos olhos à luz, espasmos da pálpebra, olhos lacrimejantes
- Diminuição ou perda de audição, perda de audição num ouvido
- Batimento cardíaco lento ou irregular, sentir o batimento do coração no peito
Pressão
sanguínea
baixa,
pressão
sanguínea
baixa
levantar-se
(consequentemente, algumas pessoas a tomar Topiramato ITF podem sentir-se
fracas, com tonturas, ou desmaiar quando se levantam ou sentam repentinamente)
- Rubor, sentir-se quente
- Pancreatite (inflamação no pâncreas)
- Passagem excessiva de gás, azia, enfartamento ou inchaço abdominal
- Sangramento das gengivas, aumento da saliva, babar-se, mau hálito
- Excessiva ingestão de líquidos, sede
- Descoloração da pele
- Rigidez muscular, dor lateral
- Sangue na urina, incontinência (falta de controlo) de urina, desejo urgente de
urinar, dor no flanco ou nos rins
- Dificuldade em ter ou manter uma ereção, disfunção sexual
- Sintomas gripais
- Dedos das mãos e dos pés frios
- Sentir-se bêbedo
- Incapacidade de aprender
Raros (podem afetar 1 em cada 1,000 pessoas)
- Perda de consciência
- Cegueira em um dos olhos, cegueira temporária, cegueira noturna
- Olho preguiçoso
- Inchaço nos olhos e à volta dos olhos
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- Entorpecimento, formigueiro e alteração da cor (branco, azul e depois vermelho)
nos dedos das mãos e dos pés quando expostos ao frio
- Inflamação do fígado, insuficiência hepática
- Síndrome de Stevens Johnson, uma condição potencialmente fatal que pode
apresentar
feridas em vários locais das mucosas (tal como boca, nariz, e olhos), erupção na
pele, e bolhas
- Odor anormal da pele
- Desconforto nos braços ou pernas
- Alterações nos rins
- Aumento do nível de acidez no sangue
Desconhecida (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)
- Maculopatia, uma doença da mácula, pequeno ponto na retina onde a visão é mais
nítida. Deve consultar o seu médico se notar alteração ou diminuição da sua visão.
- Necrose tóxica epidérmica, uma condição fatal relacionada com, e mais grave que o
Síndrome de Steven-Johnson, caracterizada por bolhas generalizadas e descamação
das camadas externas da pele (ver efeitos secundários raros).
Crianças e adolescentes
Os efeitos secundários em crianças são geralmente semelhantes aos observados nos
adultos. No entanto, alguns efeitos secundários são observados mais frequentemente
em crianças e/ou podem ser mais graves em crianças do que nos adultos. Os efeitos
secundários
podem
mais
graves
incluem
diminuição
perda
transpiração e aumento do nível de acidez no sangue. Os efeitos secundários que
podem ocorrer mais frequentemente em crianças incluem doenças do aparelho
respiratório superior.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
5. Como conservar Topiramato ITF
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Conservar na embalagem de origem.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Topiramato ITF
A substância ativa é o topiramato.
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Cada comprimido revestido de Topiramato ITF contém 25, 50, 100, 200 mg de
topiramato.
- Os outros componentes são:
Núcleo:
Lactose
mono-hidratada
amido
milho,
celulose
microcristalina,
crospovidona, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra.
Revestimento: copolímero metacrilado de butilo básico, laurilsulfato de sódio, ácido
esteárico, talco, dióxido de titânio (E171), estearato de magnésio, óxido de ferro
amarelo (E172) (dosagem de 50 mg e 100 mg), óxido de ferro vermelho (E172)
(dosagem de 200 mg) e água purificada.
Qual o aspeto de Topiramato ITF e conteúdo da embalagem
O Topiramato ITF apresenta-se na forma de comprimidos revestidos, estando
disponível em embalagens de 20 ou 60 comprimidos.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no mercado
ITF Farma, Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua Consiglieri Pedroso, n.º 123
Queluz de Baixo
2730-056 Barcarena
Fabricante
Sofarimex - Indústria Química e Farmacêutica, SA
Av. Das Indústrias – alto do Colaride
2735-213 Cacém
Portugal
Este folheto foi revisto pela última vez
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
NOME DO MEDICAMENTO
Topiramato ITF 25 mg comprimidos revestidos
Topiramato ITF 50 mg comprimidos revestidos
Topiramato ITF 100 mg comprimidos revestidos
Topiramato ITF 200 mg comprimidos revestidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido contém 25 mg, 50 mg, 100 mg ou 200 mg de
topiramato.
Contém lactose mono-hidratada – 17.935 mg, 35.87 mg, 71.74 mg e 143.48 mg
respetivamente para as dosagens de 25 mg, 50 mg, 100 mg e 200 mg.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido (Comprimido)
25 mg: Comprimido redondo e branco
50 mg: Comprimido redondo e amarelo claro
100 mg: Comprimido redondo e amarelo
200 mg: Comprimido redondo e vermelho
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1. Indicações terapêuticas
Em monoterapia em doentes adultos, adolescentes e crianças de idade superior a 6
anos, com crises parciais com ou sem generalização secundária e crises tónico-
clónicas primárias generalizadas.
Terapêutica adjuvante em crianças de idade igual ou superior a 2 anos, adolescentes
e adultos com crises parciais com ou sem generalização secundária ou crises tónico-
clónicas primárias generalizadas e para o tratamento de crises associadas ao
síndrome de Lennox-Gastault.
O topiramato é indicado para a profilaxia da enxaqueca, em adultos após avaliação
cuidadosa de possíveis opções alternativas de tratamento. O topiramato não é
indicado para tratamento agudo.
4.2. Posologia e modo de administração
Generalidades
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Recomenda-se que a terapêutica seja iniciada com uma dose baixa seguida de uma
titulação, até ser alcançada uma dose eficaz. A posologia e a taxa de titulação devem
ser efetuadas de acordo com o resultado clínico.
Topiramato ITF está disponível em comprimidos revestidos. Não se recomenda o
fracionamento dos comprimidos.
Não é necessário monitorizar as concentrações plasmáticas de topiramato para
otimizar a terapêutica com Topiramato ITF. Em ocasiões raras, a associação de
topiramato à fenitoína pode exigir um ajuste da dose de fenitoína para obter um
resultado clínico favorável. A associação ou interrupção de fenitoína e carbamazepina
em terapêutica adjuvante com Topiramato ITF pode necessitar de ajuste da dose de
Topiramato ITF.
Topiramato ITF pode ser tomado independentemente das refeições.
Em doentes com ou sem historial de convulsões ou epilepsia, fármacos antiepiléticos
incluindo o topiramato devem ser descontinuados gradualmente para minimizar o
potencial de convulsões ou aumento da frequência destas. Em ensaios clínicos, as
dosagens diárias foram diminuídas com intervalos semanais de 50-100 mg em
adultos com epilepsia e 25-50 mg em adultos a receber topiramato com doses até
100 mg/dia para a profilaxia da enxaqueca. Em ensaios clínicos em pediatria, o
topiramato foi gradualmente descontinuado durante um período de 2 a 8 semanas.
Monoterapia em epilepsia
Generalidades
Quando se suspende a administração concomitante de antiepiléticos de forma a
possibilitar a monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os efeitos que
poderão ocorrer no controlo das convulsões. A menos que aspetos de segurança
exijam
interrupção
abrupta
antiepiléticos
administrados
concomitantemente, é recomendado uma redução gradual, de aproximadamente um
terço do antiepilético administrado em simultâneo, de duas em duas semanas.
Quando se suspendem medicamentos indutores enzimáticos, os níveis de topiramato
aumentam. Se for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na
posologia de Topiramato ITF.
Adultos
Quer a dose, quer a titulação devem ser avaliadas através da resposta clínica. A
titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma semana.
A dose pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de 1 ou 2 semanas,
administrados em duas tomas. Se o doente não tolerar o regime de titulação, podem
ser efetuados incrementos menores ou intervalos maiores entre cada aumento de
dose.
A dose inicial recomendada para monoterapia com topiramato, em adultos, é de 100
mg/dia
mg/dia,
administrada
duas
tomas.
dose
máxima
diária
recomendada é de 500 mg/dia, também administrada em duas tomas. Alguns
doentes com formas refratárias de epilepsia toleraram 1000 mg/dia de topiramato,
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em monoterapia. Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos
incluindo idosos, na ausência de doença renal subjacente.
População pediátrica (crianças com idade superior a 6 anos)
Quer a dose, quer a taxa de titulação em crianças devem ser avaliadas pelo
resultado clínico. O tratamento de crianças de idade superior a 6 anos deve ser
iniciado com 0,5 a 1 mg/kg dia, administrados à noite, durante a primeira semana.
Esta dose pode ser aumentada em 0,5 a 1 mg/kg/dia, administrada em duas tomas,
com intervalos de 1 ou 2 semanas. Se a criança não é capaz de tolerar o regime de
titulação, podem ser efetuados aumentos menores ou intervalos maiores entre cada
aumento de dose.
A dose inicial recomendada para a monoterapia com topiramato em crianças de
idade superior a 6 anos, é de 100 mg/dia dependendo do resultado clínico, (isto é, 2
mg/kg/dia em crianças entre os 6 e os 16 anos de idade).
Terapêutica adjuvante da epilepsia (crises parciais com ou sem generalização
secundária, crises primárias generalizadas tónico-clónicas ou crises associadas ao
síndrome de Lennox-Gastault)
Adultos
A terapêutica deve ser iniciada com 25 - 50 mg, administrados à noite, durante uma
semana. Embora esteja descrita, a utilização de doses iniciais mais baixas não foi
estudada sistematicamente. Posteriormente, a dose deve ser aumentada de 25 -50
mg/dia, em intervalos de tempo semanais ou quinzenais, sendo a dose administrada
em duas tomas. Alguns doentes podem ser tratados com eficácia com uma dose
única diária.
Em ensaios clínicos como terapêutica adjuvante, a dose de 200 mg foi a dose eficaz
mais baixa. A dose diária habitual é de 200 - 400 mg, dividida em duas tomas.
Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos incluindo idosos, na
ausência de doença renal subjacente. (ver secção 4.4).
População pediátrica (crianças de idade igual ou superior a 2 anos)
A dose total diária recomendada de Topiramato ITF (topiramato) como terapêutica
adjuvante é de aproximadamente 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas tomas. A
titulação deve ser iniciada com 25 mg (ou menos, com base na variação de 1 a 3
mg/kg/dia) administrados à noite, durante a primeira semana. A dose deve ser
aumentada semanalmente ou quinzenalmente, com aumentos de 1 a 3 mg/kg/dia,
(administrados em duas tomas diárias), para obter uma resposta clínica ótima.
Doses diárias até 30 mg/kg/dia foram estudadas e foram geralmente bem toleradas.
Enxaqueca
Adultos
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A dose total diária de topiramato recomendada para tratamento profilático da
enxaqueca é de 100 mg/dia, divididos em duas tomas. A titulação deve ser iniciada
com 25 mg, administrados à noite, durante 1 semana. A dose deve ser então
aumentada em 25 mg diários, com intervalos de uma semana. Se o doente não
suportar o regime de titulação, podem ser considerados intervalos maiores entre os
ajustes de dose.
Alguns doentes podem sentir melhorias com uma dose diária total de 50 mg/dia. Os
doentes tomaram uma dose total diária até 200 mg/dia. Esta dose pode ter
benefícios em alguns doentes, no entanto, é aconselhada precaução devido ao
aumento da incidência de efeitos indesejáveis.
População pediátrica
Topiramato ITF (topiramato) não é recomendado no tratamento ou prevenção da
enxaqueca em crianças devido a dados insuficientes sobre segurança e eficácia.
Recomendações gerais de posologia para Topiramato ITF em populações especiais de
doentes
Compromisso renal
O topiramato deve ser administrado com precaução em doentes com compromisso
renal (CLcr ≤ 70 ml/min), uma vez que a depuração plasmática e renal do
topiramato estão diminuídas. Indivíduos com compromisso renal conhecido podem
necessitar de mais tempo para atingir o estado estacionário em cada dose. É
recomendado metade da dose inicial habitualmente administrada e metade da dose
de manutenção (ver secção 5.2).
Em doentes com insuficiência renal em estadio final, uma vez que o topiramato é
removido do plasma por hemodiálise, deve ser administrado, nos dias em que a
hemodiálise
efetuada,
dose
suplementar
Topiramato
igual
aproximadamente
igual
metade
dose
habitualmente
administrada
topiramato.
A dose suplementar deve ser administrada em doses divididas no início e no fim do
procedimento de hemodiálise. Esta dose suplementar pode variar de acordo com o
tipo de equipamento de diálise utilizado (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
O topiramato deve ser administrado com precaução em doentes com compromisso
hepático moderado a grave, uma vez que a depuração do topiramato está diminuída.
Idosos
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos desde que a sua função renal
esteja intacta.
4.3. Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
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Na profilaxia da enxaqueca em mulheres em idade fértil se não estiverem a utilizar
métodos contracetivos eficazes.
4.4. Advertências e precauções especiais de utilização
Nas situações em que a descontinuação rápida de topiramato seja clinicamente
necessária, é recomendado uma monitorização adequada (ver secção 4.2 para mais
informações).
Assim como com outros fármacos antiepiléticos, alguns doentes podem ter um
aumento na frequência das crises ou de início de novos tipos de crises com
topiramato. Este fenómeno pode ser a consequência de uma sobredosagem, de uma
diminuição
concentrações
plasmáticas
antiepiléticos
utilização
concomitante, da progressão da doença ou um efeito paradoxal.
Uma adequada hidratação durante o tratamento com topiramato é muito importante.
A hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver abaixo). Uma adequada
hidratação, antes e durante atividades como o exercício físico ou a exposição a
temperaturas elevadas, pode reduzir o risco de acontecimentos de reações adversas
relacionada com o calor (ver secção 4.8).
Oligohidrose
A oligohidrose (diminuição da transpiração) tem sido notificada em associação com o
uso de topiramato. A diminuição da transpiração e a hipertermia (aumento da
temperatura corporal) podem ocorrer especialmente em crianças expostas a uma
temperatura ambiente elevada.
Perturbações do humor/Depressão
Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão
durante o tratamento com topiramato.
Suicídio/Ideação suicida
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados
com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações terapêuticas. Uma meta-
análise de ensaios aleatorizados de medicamentos antiepiléticos, contra placebo,
mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica esse risco e os dados
disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco para o topiramato.
Em ensaios clínicos em dupla ocultação, os acontecimentos relacionados com suicídio
(ARS) (ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio) ocorreram com frequências
de 0,5% em doentes tratados com topiramato (46 de 8652 doentes tratados) e com
uma incidência quase três vezes superior aos doentes tratados com placebo (0,2%;
8 dos 4045 doentes tratados).
Como tal, os doentes devem ser monitorizados quanto aos sinais de ideação e
comportamento suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento
adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados de saúde aos doentes) devem
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e
comportamento suicida.
Nefrolitíase
Em alguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, o
risco de formação de cálculos renais e de ocorrência de sinais e sintomas associados,
tais como, cólica renal, dor lombar ou dor nos flancos, pode ser superior.
fatores
risco
para nefrolitíase incluem
formação
prévia
cálculos,
antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes fatores de
risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento
com topiramato. Além disso, os doentes em tratamento com outros medicamentos
associados ao risco de nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior risco.
Função renal diminuída
Em doentes com função renal diminuída (CLCR £ 70 ml/min), recomenda-se
precaução da administração de topiramato, uma vez que a depuração renal e
plasmática
topiramato
está
diminuída.
Para
recomendações
posologia
específicas para doentes com função renal diminuída, ver secção 4.2, Compromisso
renal.
Função hepática diminuída
doentes
alteração
função
hepática,
recomenda-se
precaução
administração de topiramato, pois a depuração do topiramato pode estar reduzida..
Miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo fechado
Uma síndrome consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário do ângulo
fechado foi notificado em doentes tratados com topiramato. Os sintomas incluem
início agudo de diminuição da acuidade visual e/ou dor ocular. As descobertas
oculares incluem miopia, edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão)
e aumento da pressão intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Esta
síndrome pode estar associada com derrame supraciliar resultando no deslocamento
anterior do cristalino e íris, com glaucoma secundário de ângulo fechado. Os
sintomas ocorrem tipicamente dentro de um mês do início da terapêutica com
topiramato. Em contraste com o glaucoma primário do ângulo fechado, que é raro
em indivíduos com menos de 40 anos de idade, o glaucoma secundário do ângulo
fechado associado a topiramato foi notificado em doentes em idade pediátrica, bem
como em adultos.
O tratamento inclui a interrupção de topiramato, tão rapidamente quanto possível e
de acordo com a opinião do médico, e medidas adequadas para reduzir a pressão
intraocular.
Estas
medidas
geralmente
resultam
diminuição
pressão
intraocular.
Uma pressão intraocular elevada de qualquer etiologia, se não for tratada, pode dar
origem a sequelas graves incluindo uma perda permanente da visão.
Deve ser efetuada uma avaliação do tratamento com topiramato em doentes com
um historial de distúrbios visuais.
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
Acidose metabólica
acidose
metabólica
hiperclorémica,
“non-anion
gap”
(isto
redução
bicarbonato sérico abaixo dos níveis normais de referência, na ausência de alcalose
respiratória),
está
associada
ao tratamento com topiramato. Esta
redução
bicarbonato sérico deve-se ao efeito inibitório do topiramato na anidrase carbónica
renal. Geralmente, a redução de bicarbonato ocorre no início do tratamento,
podendo, no entanto, ocorrer em qualquer altura do tratamento. Estas reduções de
bicarbonato são geralmente ligeiras a moderadas (com reduções médias de 4 mmol/l
para
doses
mg/dia
mais
topiramato,
adultos,
aproximadamente 6 mg/kg/dia, em doentes pediátricos). Raramente, os doentes
apresentaram redução para valores inferiores a 10 mmol/l. Situações clínicas ou
terapêuticas que predisponham a acidose, (tais como, doenças renais, alterações
respiratórias graves, estados epiléticos, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica, ou alguns
medicamentos), podem ter um efeito aditivo à redução de bicarbonato provocada
pelo topiramato.
A acidose metabólica crónica aumenta o risco de formação de cálculos renais e pode
potencialmente levar a osteopenia.
A acidose metabólica crónica, em doentes pediátricos, pode reduzir as taxas de
crescimento.
efeito
topiramato
sequelas
ósseas
não
estudado
sistematicamente em populações pediátricas ou adultas.
De acordo com a situação clínica inicial, uma avaliação adequada, incluindo níveis
plasmáticos de bicarbonato, é recomendada durante o tratamento com topiramato.
Se estão presentes sinais ou sintomas (por ex. respiração de Kussmaul, dispneia,
anorexia, náuseas, vómitos, cansaço excessivo, taquicardia ou arritmia), indicativos
de acidose metabólica, é recomendada a determinação de bicarbonato no soro. Se a
acidose metabólica se desenvolver e persistir, deve ser tida em consideração a
redução da dose ou a interrupção do tratamento com topiramato (através de uma
diminuição gradual da dose).
O topiramato deve ser utilizado com precaução em doentes cujas condições ou
tratamentos sejam um fator de risco para o aparecimento de acidose metabólica.
Alteração da função cognitiva
A alteração cognitiva na epilepsia é multifatorial e pode ser devida à etiologia
subjacente, devida à epilepsia ou devida ao tratamento antiepilético. Têm sido
notificadas
literatura,
alterações
função
cognitiva
adultos
fazer
terapêutica com topiramato que requereram redução da dose ou descontinuação do
tratamento. Contudo, os resultados cognitivos de estudos efetuados em crianças
tratadas com topiramato foram insuficientes e o seu efeito a esse respeito necessita
ainda de ser elucidado.
Suplementação alimentar
Alguns
doentes
podem ter
diminuição
peso
durante
tratamento
topiramato. Recomenda-se que os doentes em tratamento com o topiramato sejam
monitorizados para a perda de peso. Deve ser considerada a administração de um
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INFARMED
suplemento alimentar ou aumento da ingestão de alimentos em doentes que percam
peso, durante a administração do topiramato.
Intolerância à lactose
Topiramato ITF contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência de lactase ou má absorção de glucose-galactose
não devem tomar este medicamento.
4.5. Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos de Topiramato ITF sobre outros medicamentos antiepiléticos
A associação de Topiramato ITF a outros medicamentos antiepiléticos (fenitoína,
carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital, ou primidona) não afeta as suas
concentrações plasmáticas no estado estacionário, exceto em doentes ocasionais em
que a associação de Topiramato ITF à fenitoína pode provocar uma elevação das
concentrações plasmáticas desta. Isto deve-se possivelmente à inibição da isoforma
duma enzima polimórfica específica (CYP2C19). Consequentemente, em qualquer
doente em tratamento com fenitoína que apresente sinais ou sintomas de toxicidade,
deve proceder-se à monitorização dos níveis de fenitoína.
Um estudo de interação farmacocinética com doentes epiléticos indicou que a adição
do topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas desta,
para doses de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Para além disso, não houve
alteração das concentrações plasmáticas em fase estacionária de topiramato durante
ou após a interrupção do tratamento com lamotrigina (dose média de 327 mg/dia).
O topiramato inibe a enzima CYP 2C19 e pode interferir com outras substâncias que
são
metabolizadas
esta
enzima
(por
exemplo:
diazepam,
imipramina,
moclobemida, proguanilo, omeprazol).
Efeitos de outros medicamentos antiepiléticos sobre Topiramato ITF
A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática do topiramato. A
associação
interrupção
tratamento
fenitoína
carbamazepina,
terapêutica com Topiramato ITF, pode requerer o ajuste posológico deste último.
Estas alterações devem ser efetuadas por avaliação do efeito clínico. A associação ou
interrupção do tratamento com ácido valpróico não produz alterações clinicamente
significativas nas concentrações plasmáticas de Topiramato ITF pelo que, neste caso,
não é necessário proceder ao ajuste posológico de Topiramato ITF. Os resultados
destas interações estão resumidos no quadro seguinte:
FAE coadministrado Concentração do FAE Concentração de
Topiramato
Fenitoína «** ¯
Carbamazepina (CBZ) « ¯
Ácido Valpróico « «
Lamotrigina « «
Fenobarbital « NE
Primidona « NE
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
= Sem efeito sobre a concentração plasmática (alteração ≤ 15%)
= Aumento das concentrações plasmáticas em casos isolados
= Redução das concentrações plasmáticas
NE = Não estudado
= Fármaco antiepilético
Outras interações medicamentosas
Digoxina
Num estudo de dose única, a área sob a curva (AUC) da concentração plasmática da
digoxina sérica diminui 12% devido à administração concomitante de Topiramato
ITF. Não foi estabelecida a relevância clínica desta observação. Quando se adiciona
ou retira Topiramato ITF a doentes em que foi instituída uma terapêutica com
digoxina, deve prestar-se especial atenção à monitorização da digoxina sérica.
Depressores do Sistema Nervoso Central
A administração concomitante de Topiramato ITF e álcool ou outros medicamentos
depressores do Sistema Nervoso Central não foi avaliada em estudos clínicos.
Recomenda-se que Topiramato ITF não seja utilizado concomitantemente com álcool
ou outros medicamentos depressores do Sistema Nervoso Central.
Hipericão (Hypericum perforatum)
Pode
observada
administração
concomitante
topiramato
Hipericão, uma diminuição das concentrações plasmáticas resultando numa perda de
eficácia. O potencial de interação não foi avaliado em estudos clínicos.
Contracetivos orais
Num estudo de interação farmacocinética, em voluntárias saudáveis, a administração
concomitante de um contracetivo oral, constituído por 1 mg de noretindrona (NET) e
35 µg de etinilestradiol (EE) e Topiramato ITF em doses de 50 a 200 mg/dia
administrado na ausência de outros fármacos, não foi associado a alterações
significativas de exposição (AUC) de qualquer componente do contracetivo oral. Num
outro estudo, a exposição de etinilestradiol diminuiu de forma estatisticamente
significativa, para doses de 200, 400 e 800 mg/dia de topiramato (18%, 21% e
30%, respetivamente), quando administrado como terapêutica adjuvante a doentes
epiléticos a tomar ácido valpróico. Em ambos os estudos, Topiramato (em doses de
50-200 mg/dia em voluntários saudáveis e 200-800 mg/dia em doentes epiléticos),
não
afetou
significativamente
exposição
NET.
Apesar
existir uma
diminuição da exposição ao EE, dependente da dose, para doses entre 200-800
mg/dia (em doentes epiléticos), não se registou alteração dependente da dose
significativa na exposição ao EE, para doses entre 50-200 mg/dia (em voluntários
saudáveis). O significado clínico das alterações não é conhecido.
possibilidade
diminuição
eficácia
contracetivo
aumento
hemorragia de privação devem ser tidas em consideração, para doentes a tomar
contracetivos
orais
associação
Topiramato
ITF.
doentes
tomar
contracetivos, contendo estrogénio devem comunicar ao médico quaisquer alterações
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
nos respetivos padrões hemorrágicos. A eficácia dos contracetivos pode diminuir
mesmo na ausência de alteração dos padrões hemorrágicos.
Lítio
Em voluntários saudáveis, foi observada uma redução (de 18% da AUC) na
exposição sistémica de lítio durante a administração concomitante de topiramato 200
mg/dia. Em doentes com perturbação bipolar, a farmacocinética do lítio não foi
afetada durante o tratamento com topiramato 200 mg/dia.
No entanto, foi observado um aumento (de 26% da AUC) na exposição sistémica ao
lítio, após tratamento com topiramato em doses até 600 mg/dia. Os níveis de lítio
devem ser monitorizados quando coadministrado com topiramato.
Risperidona
Estudos de interação fármaco-fármaco, conduzidos em condições de dose única em
voluntários saudáveis e dose múltipla em doentes bipolares, obtiveram resultados
semelhantes. Quando administrada concomitantemente com topiramato em doses
crescentes de 100, 250 e 400 mg/dia, houve uma redução da exposição sistémica da
risperidona (16% e 33% da AUC em estado estacionário para as doses de 250 e 400
mg/dia, respetivamente), quando esta foi administrada em doses que variaram entre
1 e 6 mg/dia. Contudo, diferenças na AUC da fração ativa total entre o tratamento
com risperidona isolada e em associação com topiramato não foram estatisticamente
significativas. Na fração antipsicótica ativa total (risperidona e 9-hidroxirisperidona)
foram observadas alterações mínimas da farmacocinética, não tendo sido observadas
alterações para a 9-hidroxirisperidona isolada. Não foram observadas alterações
significativas na exposição sistémica da fração ativa total da risperidona ou do
topiramato. Quando topiramato foi adicionado ao tratamento já existente com
risperidona (1-6 mg/dia) foram notificados mais frequentemente acontecimentos
adversos do que antes da introdução (90% e 54% respetivamente) do topiramato
(250-400 mg/dia).
Os acontecimentos adversos mais frequentemente notificados, quando topiramato foi
adicionado
tratamento
risperidona
foram:
sonolência
(27%
12%),
parestesia (22% e 0%) e náuseas (18% e 9%, respetivamente).
Hidroclorotiazida (HCTZ)
Um estudo de interação fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a
farmacocinética no estado estacionário da HCTZ (25 mg/dia) e do topiramato (96 mg
de 12/12h), quando administrados isolada ou concomitantemente. Os resultados do
estudo indicam que a Cmáx de topiramato aumentou 27% e a AUC aumentou 29%,
quando a HCTZ foi adicionada ao topiramato. É desconhecido o significado clínico
desta alteração. A adição de HCTZ ao tratamento com topiramato pode exigir um
ajuste da dose de topiramato. A farmacocinética do estado estacionário da HCTZ não
foi significativamente alterada com a administração do topiramato. Resultados
laboratoriais indicaram uma redução do potássio sérico após a administração de
topiramato e HCTZ. Esta redução é mais acentuada quando a administração de
topiramato e HCTZ é concomitante.
Metformina
Foi realizado um estudo de interação fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis,
para avaliar a farmacocinética no estado estacionário da metformina e do topiramato
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
plasma,
quando
metformina
administrada
isoladamente
concomitantemente com topiramato. Os resultados deste estudo mostraram que a
média da Cmáx e da AUC 0-12h da metformina aumentaram em 18% e 25%
respetivamente, enquanto que a CL/F média reduziu 20%, quando a metformina e o
topiramato eram administrados simultaneamente. O topiramato não afetou a Tmáx
da metformina. Não é claro o significado clínico do efeito do topiramato na
farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do topiramato oral parece
ser reduzida quando administrada com a metformina. Desconhece-se a extensão do
efeito na depuração. Desconhece-se o significado clínico do efeito da metformina na
farmacocinética do topiramato.
Quando Topiramato ITF é associado ou retirado em doentes a receberem tratamento
com metformina deverá haver precaução em relação à monitorização de rotina, para
o controlo adequado da diabetes.
Pioglitazona
Um estudo de interação fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a
farmacocinética no estado estacionário do topiramato e da pioglitazona, quando
administrados isolados ou concomitantemente. Foi observada uma redução de 15%
da AUCτ,ss da pioglitazona, sem alteração da Cmáx,ss. Este resultado não foi
estatisticamente significativo. Por outro lado, foi observada uma diminuição de 13%
e 16% na Cmáx,ss e AUCτ,ss, respetivamente, do hidroxi-metabolito assim como
diminuição
Cmáx
AUCτ,ss
ceto-metabolito
ativo.
desconhecido o significado clínico destes resultados. Quando Topiramato ITF é
administrado em simultâneo com a pioglitazona ou vice-versa, deve dar-se especial
atenção à monitorização de rotina, para o controlo adequado da diabetes.
Gliburide
Um estudo de interação fármaco-fármaco em doentes com diabetes tipo II avaliou a
farmacocinética no estado estacionário do gliburide (5 mg/dia) e do topiramato (150
mg/dia), quando administrados isolados ou concomitantemente. Observou-se uma
diminuição de 25% na AUC24 de gliburide, quando administrado com topiramato. A
exposição sistémica dos metabolitos ativos, 4-trans-hidroxigliburide (M1) e 3-cis-
hidroxi-gliburide(M2), reduziu 13% e 15% respetivamente. A farmacocinética no
estado estacionário do topiramato não foi afetada pela administração concomitante
de gliburide.
Quando o topiramato é administrado em simultâneo com o gliburide ou vice-versa,
deve dar-se especial atenção à monitorização de rotina para o controlo adequado da
diabetes.
Outras formas de interação
Substâncias que predispõem para nefrolitíase
Quando utilizado concomitantemente com outras substâncias que possam predispor
para nefrolitíase, Topiramato ITF pode aumentar o risco de nefrolitíase. Durante o
tratamento com Topiramato ITF devem ser evitadas estas substâncias, dado que
podem criar um ambiente fisiológico que aumente o risco de formação de cálculos
renais.
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
Ácido valpróico
A administração concomitante do topiramato e ácido valpróico está associada a
hiperamoniémia
encefalopatia
doentes
toleraram
estes
medicamentos quando administrados isoladamente. Na maioria dos casos, os sinais
e sintomas desaparecem com a descontinuação dos dois medicamentos. Esta reação
adversa não é devido a uma interação farmacocinética. Não foi estabelecida a
associação da hiperamoniémia com a terapêutica do topiramato em monoterapia ou
concomitante com outro antiepilético.
A hipotermia, definida como uma descida não intencional da temperatura corporal a
<35ºC foi notificada em associação com a utilização concomitante de topiramato e
ácido valpróico (AVP) ambos em conjugação com hiperamoniémia e na ausência de
hiperamoniémia.
Este
acontecimento
adverso
pode
ocorrer
após
início
tratamento com topiramato ou após o aumento da dose diária de topiramato, em
doentes que utilizam concomitantemente topiramato e ácido valpróico.
Outros estudos farmacocinéticos sobre interações medicamentosas
Têm sido conduzidos estudos para avaliar o potencial farmacocinético da interação
medicamentosa entre o topiramato e outros medicamentos. As alterações na Cmáx
ou na AUC, como resultado de interações, estão resumidas abaixo. A segunda coluna
(concentração
medicamento
concomitante)
descreve
acontece
concentração do medicamento concomitante que se encontra na primeira coluna,
com o topiramato. A terceira coluna (concentração do topiramato) descreve como a
coadministração do fármaco da primeira coluna irá modificar a concentração do
topiramato.
Resumo dos Resultados de Outros Estudos Farmacocinéticos sobre Interações
Medicamentosas
Medicamento
concomitante
Concentração concomitante
do medicamentoa
Concentração
topiramatoa
Amitriptilina
aumento
Cmáx e AUC no metabolito
da nortriptilina
Dihidroergotamina
(Oral e Subcutâneo)
Haloperidol
↔ aumento de 31% na AUC
do metabolito reduzido
Propranolol
aumento
Cmáx
para
4-OH
propranolol
(TPM
de12/12h)
aumento de 9% e 16%
na Cmáx,
aumento de 9%-17% na
propranolol
de12/12h,
respetivamente)
Sumatriptano (Oral e
Subcutâneo)
Pizotifeno
Diltiazem
Diminuição de 25% na AUC
do diltiazem e diminuição
de18% da DEA, e ↔ para o
Aumento de 20% na AUC
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
DEM*
Venlafaxina
Flunarizina
Aumento de 16% na AUC
(TPM 50 mg de12/12h)b
a Valores em % relativamente à alteração na média da Cmáx ou da AUC
relativamente à monoterapia.
↔ = Sem efeitos na Cmáx e na AUC (≤ 15% de alteração) do composto
precursor
NE = Não Estudado
*DEA = des acetilo diltiazem, DEM = N-dimetilo diltiazem
b Aumento de 14% na AUC da Flunarizina em indivíduos que tomam apenas
flunarizina. Um aumento na exposição pode estar associado a uma acumulação
durante o estabelecimento do estado estacionário.
4.6. Fertilidade, gravidez e aleitamento
Topiramato é teratogénico em ratinhos, ratos e coelhos. Em ratos, o topiramato
atravessa a barreira placentária.
Dados obtidos a partir de registos de gravidez no Reino Unido e no grupo de
Medicamentos Antiepiléticos Norte Americanos (NAAED) indicam que os lactentes
expostos ao topiramato em monoterapia durante o primeiro trimestre de gravidez
apresentam risco aumentado de malformações congénitas (ex. defeitos craniofaciais,
como por exemplo fissuras no lábio/palato, hipospádias e anomalias envolvendo
vários sistemas corporais). Os dados dos registos de gravidez obtidos a partir do
NAAED
topiramato
monoterapia
demonstraram
incidência
malformações
congénitas
maiores
aproximadamente
vezes
superior,
quando
comparado
grupo
referência
não
esteja
tomar
fármacos
antiepiléticos. Adicionalmente, houve uma maior prevalência de baixo peso no
recém-nascido aquando do nascimento (<2500 gramas) após tratamento com
topiramato comparativamente com o grupo de referência.
Para além disso, os dados obtidos a partir destes registos e de outros estudos
indicam que, comparativamente com a monoterapia, o tratamento com fármacos
antiepiléticos em politerapia está associado a um maior risco de acontecimentos
teratogénicos.
É recomendado que as mulheres em risco de engravidar utilizem um método
contracetivo adequado e considerem opções terapêuticas alternativas.
Estudos em animais demonstraram a excreção do topiramato no leite. A excreção do
topiramato no leite humano não foi avaliada em estudos controlados. Um número
limitado de observações em doentes sugere uma excreção extensa do topiramato no
leite materno. Uma vez que existem inúmeros medicamentos excretados no leite
materno, deve ser tomada uma decisão quanto à interrupção do aleitamento ou do
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
tratamento com topiramato, tendo em consideração a importância do medicamento
para a mãe (ver Secção 4.4).
Indicação na Epilepsia
Durante a gravidez, o topiramato deve ser prescrito após a mulher ser informada dos
riscos conhecidos da epilepsia não controlada na gravidez e dos potenciais riscos do
medicamento para o feto.
Indicação na profilaxia da enxaqueca
O topiramato é contraindicado na gravidez e em mulheres em idade fértil que não
estão a utilizar um método contracetivo eficaz (ver secção 4.3 e 4.5 Interações com
contracetivos orais).
4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Topiramato sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquina são
reduzidos ou moderados.
Topiramato atua sobre o Sistema Nervoso Central e pode provocar sonolência,
tonturas ou outros sintomas relacionados. Pode causar também perturbações visuais
e/ou visão turva. Estas reações adversas podem ser potencialmente perigosas em
doentes que conduzam veículos ou utilizem máquinas, particularmente até ser
estabelecida a experiência individual do doente com o medicamento.
4.8. Efeitos Indesejáveis
A segurança do topiramato foi avaliada através de uma base de dados de estudos
clínicos com 4.111 doentes (3.182 com topiramato e 929 com placebo) que
participaram em 20 estudos em dupla ocultação e 2.847 doentes que participaram
em 34 estudos abertos para o topiramato como terapêutica adjuvante nas crises
primárias
generalizadas
tónico-clónicas,
crises
parciais,
crises
associadas
síndrome de Lennox-Gastaut, monoterapia para uma epilepsia nova ou diagnosticada
recentemente ou para a profilaxia da enxaqueca. A maioria das reações adversas
medicamentosas foram ligeiras a moderadas no que diz respeito à sua gravidade.
Estas reações adversas medicamentosas, identificadas nos ensaios clínicos e na fase
de pós-comercialização (indicado por **), encontram-se descritas na tabela 1 abaixo
de acordo com a sua incidência. As frequências atribuídas estão organizadas da
seguinte forma:
Muito frequentes ≥ 1/10
Frequentes ≥ 1/100 e <1/10
Pouco frequentes ≥ 1/1000 e <1/100
Raros ≥ 1/10 000 e <1/1000
Desconhecido não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis .
As reações adversas medicamentosas (RAMs) mais comuns (com uma incidência >
5% e maior que as observadas com placebo em pelo menos uma indicação em
estudos em dupla ocultação com topiramato): anorexia, diminuição do apetite,
bradifrenia, depressão, alterações na linguagem, insónia, alteração na coordenação,
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
alteração da atenção, tonturas, disartria, disgeusia, hipoestesia, letargia, alterações
de memória, nistagmo, parestesia, sonolência, tremor, diplopia, visão turva, diarreia,
náuseas, fadiga, irritabilidade e perda de peso.
Tabela 1: Reações Adversas Medicamentosas do Topiramato
Classes
sistemas de órgãos
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco
Frequentes
Raros
Muito Raros
Exames
complementares
de diagnóstico
Diminuição de
Peso
Aumento de peso*
Presença
cristais na urina,
teste de marcha
linha
reta
resultados
anómalos,
contagem
glóbulos brancos
diminuída,
aumento
enzimas
hepáticos
Diminuição de
Bicarbonato
no sangue
Afeções
hepatobiliares
Hepatite,
falência
hepática
Cardiopatias
Bradicardia,
bradicardia
sinusal
palpitações
Doenças
sangue
sistema linfático
Anemia
Leucopénia,
trombocitopénia,
linfadenopatia,
eosinofilia
Neutropénia*
Doenças
sistema nervoso
parestesia,
sonolência,
tonturas
Distúrbios
atenção,
alterações
memória, amnésia,
alterações
cognitivas,
perturbações
mentais,
perturbações
capacidades
psicomotoras,
convulsões,
alteração
coordenação,
tremor,
letargia,
hipoestesia,
nistagmo,
disgeusia,
perturbação
Nível
reduzido
consciência,
convulsões
grande
mal,
defeito
campo
visual,
crises complexas
parciais,
distúrbio
discurso,
hiperatividade
psicomotora,
síncope,
perturbações
sensoriais,
ptialismo,
hipersonia,
afasia,
discurso
repetitivo,
Apraxia,
alteração
ritmo
circadiano
sono,
hiperestesia,
hiposmia,
anosmia,
tremor
essencial,
acinésia,
não
resposta
estímulo
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
equilíbrio,
disartria,
tremor
intencional,
sedação
hipocinésia,
discinésia,
tonturas
posturais,
qualidade
sono,
sensação
queimadura,
perda
sensações,
parosmia,
síndroma
cerebelar,
disastesia,
hipogeusia,
estupor,
descordenação,
aura,
ageusia,
disgrafia,
disfasia,
neuropatia
periférica,
pré-
síncope,
distonia,
sensação
formigueiro
Afeções oculares
Visão
turva,
diplopia,
perturbações
visuais
Acuidade
visual
reduzida,
escotoma,
miopia*,
sensação
anormal
olho*,
olho
seco,
fotofobia,
blefarospasmo,
aumento
lacrimação,
fotopsia,
midriase,
presbiopia
Cegueira
unilateral,
cegueira
passageira,
glaucoma,
distúrbio
acomodação,
alteração
perceção
visual
profundidade,
escotoma
cintilante,
edema
pálpebra*,
cegueira
noturna,
ambliopia
Glaucoma
ângulo
fechado*,
maculopatia*,
distúrbios
movimento
ocular*
Afeções do ouvido
e do labirinto
Vertigem,
zumbido,
ouvidos
Surdez,
surdez
unilateral,
surdez
neurossensorial,
desconforto
ouvido,
alteração
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
audição
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Dispneia, epistaxis,
congestão
nasal,
rinorreia
Dispneia
esforço,
hipersecreção
seio
paranasal
disfonia ,
Tosse
Doenças
gastrointestinais
Náuseas
diarreia,
Vómitos,
obstipação,
abdominal
superior,
dispepsia,
abdominal,
boca
seca,
desconforto
gástrico,
parestesia
oral,
gastrite,
desconforto
abdominal,
Pancreatite,
flatulência,
doença
refluxo
gastroesofágico,
abdominal
inferior,
hipoestesia oral,
hemorragia
gengival,
distensão
abdominal,
desconforto
epigástrico,
sensibilidade
abdominal,
hipersecreção
salivar, dor oral,
hálito,
glossodinia
Doenças hepáticas
Hepatite,
insuficiência
hepática
Doenças
renais
urinárias
Nefrolitíase,
polaciúria, disúria
Cálculos
renais,
incontinência
urinária,
hematúria,
incontinência,
urgência
micção,
cólicas
renais, dor renal
Cálculos
ureterais,
acidose
tubular renal*
Afeções
tecidos cutâneos e
subcutâneos
Alopécia,
erupção
cutânea, prurido
Anidrose,
hipoestesia
facial,
urticária,
eritema, prurido
generalizado,
erupção
macular,
descoloração da
pele,
dermatite
Sindrome
Stevens-
Johnson*,
eritema
multiforme*
odor
pele
anormal,
edema
periorbital*,
Necrolise
tóxica
epidérmica *
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
alérgica, inchaço
da face
urticária
localizada
Afeções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Artralgia,
espasmos
musculares,
mialgia,
fasciculação
muscular, fraqueza
muscular,
musculoesquelética
do peito
Inchaço
articulação*,
rigidez
muscular,
lateral,
fadiga
muscular
Desconforto
no membro*
Doenças
metabolismo e da
nutrição
Anorexia,
diminuição
apetite
Acidose
metabólica,
hipocaliémia,
aumento
apetite,
polidipsia
Acidose
hiperclorémica
Infeções
infestações
Nasofaringite*
Vasculopatias
Hipotensão,
hipotensão
ortostática,
rubor,
afrontamento
Fenómeno
Raynaud
Perturbações
gerais e alterações
local
administração
Fadiga
Pirexia,
astenia,
irritabilidade,
alterações
marcha,
sentir-se
anormal, mal-estar
Hipertermia,
sede, doença do
tipo
gripal*,
lentidão,
arrefecimento
extremidades,
sensação
embriaguez,
sensação
agitação
Edema
face calcinose
Circunstâncias
sociais
Dificuldade
aprendizagem
Doenças
sistema imunitário
Hipersensibilidade
Edema
alérgico*,
Edema
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
conjuntivo *
Doenças
órgãos
genitais
da mama
Disfunção erétil,
Disfunção sexual
Perturbações
foro psiquiátrico
Depressão
Bradifrenia,
insónia,
distúrbio
expressão,
ansiedade,
estado
confusional,
desorientação,
agressão,
alterações
humor,
agitação,
flutuações
humor,
humor
depressivo, cólera,
comportamento
anormal,
Ideação suicida,
tentativa
suicida,
alucinação,
distúrbio
psicótico,
alucinação
auditiva,
alucinação,
visual,
apatia,
perda
discurso
espontâneo,
perturbações do
sono,
labilidade
afetiva,
diminuição
líbido,
instabilidade
motora,
choro,
disfemia,
euforia,
paranoia,
perseverança,
ataques
pânico,
estado
lacrimoso,
distúrbio
leitura,
insónia
inicial,
embotamento
afetivo,
pensamento
anormal,
perda
da libido, apatia,
insónia
intermédia,
distratibilidade,
despertar muito
cedo, reação de
pânico, exaltado
Mania,
perturbação
pânico,
sensação
desespero*,
hipomania.
* identificada como uma RAM durante os relatórios espontâneos de pós-comercialização. A sua frequência foi
calculada através de dados dos ensaios clínicos.
População pediátrica
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
As reações adversas notificadas mais frequentemente (≥ 2 vezes mais) em crianças
do que em adultos em estudos controlados e em dupla ocultação incluem:
- Diminuição do apetite
- Aumento do apetite
- Acidose hiperclorémica
- Hipocaliemia
- Comportamento anormal
- Agressão
- Apatia
- Insónia inicial
- Ideação suicida
- Alteração da atenção
- Letargia
- Alteração do ritmo circadiano do sono
- Má qualidade do sono
- Aumento do lacrimejo
- Bradicardia sinusal
- Mal-estar
- Alterações na marcha.
As reações adversas que foram notificadas em crianças mas não em adultos em
estudos controlados e em dupla ocultação incluem:
- Eosinofilia
- Hiperatividade psicomotora
- Vertigens
- Vómitos
- Hipertermia
- Pirexia
- Dificuldade de aprendizagem.
4.9. Sobredosagem
Sinais e sintomas
Foram notificados casos de sobredosagem com topiramato. Os sinais e sintomas
incluíram: convulsões, sonolência, perturbações do discurso, visão turva, diplopia,
défice
intelectual,
letargia,
coordenação
anormal,
estupor,
hipotensão,
abdominal, agitação, tonturas e depressão. As consequências clínicas não foram
graves na maioria dos casos, mas foram notificadas mortes após sobredosagens com
politerapia envolvendo topiramato.
A sobredosagem com topiramato pode causar acidose metabólica grave (ver secção
4.4).
Tratamento
Em caso de sobredosagem aguda do topiramato, se a ingestão for recente, deve
esvaziar-se o estômago imediatamente por lavagem ou por indução de emese. O
carvão ativado mostrou adsorver o topiramato in vitro. Deve ser efetuado um
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
tratamento de suporte apropriado e o doente deve ser bem hidratado. A hemodiálise
demonstrou ser um meio eficaz para a remoção do topiramato do organismo.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1. Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.6.
Sistema
nervoso
central.
Antiepiléticos
anticonvulsivantes
Código ATC: N03AX11
topiramato
classificado
como
monossacárido
sulfamato-substituído.
desconhecido o mecanismo preciso pelo qual o topiramato exerce o seu efeito
anticonvulsivante e na profilaxia da enxaqueca. Os estudos eletrofisiológicos e
bioquímicos
culturas
neurónios
identificaram
três
propriedades
farmacológicas,
podem
contribuir
para
eficácia
anticonvulsivante
topiramato.
Os potenciais de ação eliciados repetidamente por uma despolarização prolongada
dos neurónios foram bloqueados pelo topiramato de uma forma tempo-dependente,
o que é sugestivo de um bloqueio dos canais de sódio estado-dependente. O
topiramato aumenta a frequência com que os recetores GABAA são ativados pelo ¡-
aminobutirato (GABA) e aumenta a capacidade do GABA induzir o fluxo de iões
cloreto para dentro dos neurónios, sugerindo que o topiramato potência a atividade
deste neurotransmissor inibitório.
Este efeito não foi bloqueado pelo flumazenil, um antagonista das benzodiazepinas,
nem o topiramato aumentou a duração do tempo de abertura do canal, diferenciando
o topiramato dos barbitúricos que modulam os recetores GABAA.
Como
perfil
antiepilético
topiramato
difere
acentuadamente
benzodiazepinas,
pode
modular
subtipo
recetor
GABAA
insensível
benzodiazepinas. O topiramato antagoniza a capacidade do kainato em ativar os
recetores do aminoácido excitatório (glutamato), do subtipo kainato/AMPA (ácido α-
amino3-hidroxi5-metilisoxazole4-ácido propiónico), mas não teve efeito aparente na
atividade de N-metilo-D-aspartato (NMDA) nos recetores do subtipo NMDA. Estes
efeitos do topiramato estavam dependentes da concentração num intervalo de 1 µM
a 200 µM, com um mínimo de atividade de 1 µM a 10 µM.
Além disso, o topiramato inibe algumas isoenzimas da anidrase carbónica. Este efeito
farmacológico é muito mais fraco do que o da acetazolamida, um conhecido inibidor
da anidrase carbónica, e supõe-se que não constitui um dos principais componentes
da atividade antiepilética do topiramato.
Em estudos animais, o topiramato apresenta atividade anticonvulsivante nos testes
de crises máximas por eletrochoques (MES) em ratos e ratinhos e é eficaz em
modelos de epilepsia de roedores, o qual inclui crises tónicas e ausência de crises no
rato espontaneamente epilético (SER) e crises tónicas e clónicas induzidas nos ratos
por inflamação da amígdala ou por isquémia global. O topiramato é apenas
fracamente eficaz no bloqueio das crises clónicas induzidas pelo antagonista do
recetor GABAA, pentilenetetrazol.
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
Estudos realizados em ratinhos em que foi efetuada a administração em simultâneo
topiramato
carbamazepina
fenobarbital,
demonstraram
atividade
anticonvulsivante sinérgica, enquanto que a associação com a fenitoína mostrou
atividade anticonvulsivante aditiva. Em ensaios clínicos na terapêutica adjuvante,
controlados,
não
demonstrada
nenhuma
correlação
entre
níveis
plasmáticos de topiramato e a sua eficácia clínica. Em seres humanos, não se
demonstrou qualquer evidência de tolerância.
Crises de ausência
Foram realizados dois pequenos ensaios de braço único com crianças entre os 4 e 11
anos de idade (CAPSS-326 e TOPAMAT-ABS001). Um dos estudos incluiu 5 crianças
e o outro incluiu 12 crianças antes de ter terminado precocemente devido a falta de
resposta terapêutica. As doses usadas nestes estudos foram até aproximadamente
12 mg/kg no estudo TOPAMAT-ABS001 e um máximo inferior a 9 mg/kg/dia ou 400
mg/dia no estudo CAPSS-326. Estes estudos não fornecem evidência suficiente para
retirar conclusões relativamente à eficácia ou segurança na população pediátrica.
5.2. Propriedades farmacocinéticas
As formulações dos comprimidos e cápsulas são bioequivalentes.
perfil
farmacocinético
topiramato
comparação
outros
fármacos
antiepiléticos demonstra uma longa semivida plasmática, farmacocinética linear,
depuração predominantemente renal, ausência de ligação significativa às proteínas
plasmáticas e ausência de metabolitos ativos clinicamente relevantes.
O topiramato não é um indutor potente das enzimas metabolizadoras de fármacos e
pode ser administrado independentemente das refeições, não sendo necessária
monitorização das concentrações plasmáticas do topiramato. Em ensaios clínicos,
não houve nenhuma relação consistente entre as concentrações plasmáticas e a
eficácia ou acontecimentos adversos.
Absorção
O topiramato é bem absorvido, e de forma rápida. Após a administração por via oral
de 100 mg de topiramato em voluntários saudáveis, atingiu-se uma média de
concentração plasmática máxima (Cmáx) de 1,5 µg/ml em 2 a 3 horas (Tmáx).
Com base na radioatividade recuperada na urina, a extensão média da absorção
duma dose de 100 mg por via oral de C14-topiramato foi de pelo menos 81%. A
ingestão de alimentos não exerce um efeito clinicamente significativo sobre a
biodisponibilidade do topiramato.
Distribuição
Geralmente 13-17% de topiramato liga-se às proteínas plasmáticas. Observou-se
uma baixa capacidade de ligação do topiramato nos eritrócitos que são saturáveis
para concentrações plasmáticas superiores a 4 µg/ml. O volume de distribuição varia
inversamente com a dose. O volume médio aparente de distribuição foi de 0,80 -
0,55 l/kg para uma dose única de 100 a 1200 mg. Foi detetado um efeito do sexo no
volume de distribuição, com valores para o sexo feminino de cerca de 50% dos do
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
sexo masculino. Este aspeto é atribuído à maior percentagem de gordura em
mulheres, e não tem consequências clínicas.
Metabolismo
O topiramato não é extensamente metabolizado (~ 20%) nos voluntários saudáveis.
O topiramato é metabolizado até 50% em doentes a receberem uma terapêutica
antiepilética concomitante com indutores conhecidos das enzimas metabolizadoras
dos fármacos. Foram isolados seis metabolitos, formados por hidroxilação, hidrólise e
glucuronidação, caracterizados e identificados a partir do plasma, urina e fezes de
seres humanos. Cada metabolito representa menos de 3% da radioatividade total
excretada
após
administração
C14–topiramato.
Foram
testados
dois
metabolitos, que retiveram a maior parte da estrutura do topiramato, e verificou-se
que possuíam pouca ou nenhuma atividade anticonvulsivante.
Eliminação
Em seres humanos, a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus
metabolitos é a renal (pelo menos 81% da dose). Aproximadamente 66% da dose de
C14 topiramato foi excretada na forma intacta na urina, em quatro dias. Após a
administração de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes ao dia, a média da
depuração renal foi de aproximadamente 18 ml/min e 17 ml/min, respetivamente.
Existe evidência de reabsorção tubular renal do topiramato. Este facto é apoiado por
estudos em ratos em que o topiramato foi administrado em associação com o
probenecide e observou-se um aumento significativo na depuração renal. Em geral,
no ser humano, a depuração plasmática é de aproximadamente 20 a 30 ml/min,
após a administração oral.
topiramato
exibe
baixa
variabilidade
interindividual
concentrações
plasmáticas
consequentemente,
farmacocinética
previsível.
farmacocinética
topiramato
linear,
depuração
plasmática
permanecendo constante, e um aumento da área sob a curva da concentração
plasmática proporcional à dose, para doses orais únicas compreendidas entre 100 e
400mg em indivíduos saudáveis. Os doentes com função renal normal podem
necessitar de 4 a 8 dias até atingirem concentrações plasmáticas no estado
estacionário. A média da Cmáx após a administração por via oral de doses múltiplas
de 100 mg, duas vezes por dia, em indivíduos saudáveis, foi de 6,76 µg/ml.
Após a administração de doses múltiplas de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas
vezes por dia, a semivida de eliminação plasmática média foi de aproximadamente
21 horas.
A administração simultânea de doses múltiplas de topiramato, 100 mg a 400 mg,
duas vezes por dia, com fenitoína ou carbamazepina demonstra um aumento
proporcional à dose nas concentrações plasmáticas do topiramato.
A depuração plasmática e renal do topiramato sofre uma redução nos doentes com
compromisso
renal
(CLcr
ml/min).
Como
resultado,
são
esperadas
concentrações plasmáticas mais elevadas no estado estacionário para uma dose
determinada em doentes com compromisso renal, comparativamente a doentes com
função renal normal. Para além disso, doentes com compromisso renal necessitarão
de mais tempo para atingir a concentração no estado estacinário, para cada dose.
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
Em doentes com compromisso renal moderado a grave, é recomendada metade da
dose inicial habitualmente administrada e metade da dose de manutenção.
O topiramato é removido eficazmente a partir do plasma por hemodiálise. Um
período prolongado de hemodiálise pode causar uma descida da concentração de
topiramato para níveis que requerem a manutenção de um efeito anticonvulsivo.
Para
evitar
descidas
repentinas
concentrações
plasmáticas
topiramato
durante a hemodiálise, pode ser necessária uma dose suplementar de topiramato. O
ajuste habitual deve ter em consideração 1) a duração do período de diálise, 2) a
taxa de depuração do sistema de diálise que está a ser utilizado, e 3) a taxa de
depuração renal efetiva de topiramato nos doentes sujeitos a diálise.
A depuração plasmática do topiramato reduz em média 26% nos doentes com
compromisso hepático moderado a grave. Assim, topiramato deve ser administrado
com precaução nos doentes com compromisso hepático.
A depuração plasmática do topiramato mantém-se inalterada nos idosos, na ausência
de doença renal subjacente.
População Pediátrica (farmacocinética em crianças até 12 anos de idade)
A farmacocinética do topiramato em crianças, como nos adultos, em terapêutica
adjuvante, é linear, com depuração independente da dose, e as concentrações
plasmáticas no estado estacionário aumentando proporcionalmente à dose. No
entanto, as crianças têm uma maior depuração e uma semivida de eliminação mais
curta. Consequentemente, em crianças, as concentrações plasmáticas do topiramato
para a mesma dose em mg/kg deve ser mais baixa comparativamente aos adultos.
Como nos adultos, os fármacos antiepiléticos indutores das enzimas hepáticas
diminuem as concentrações plasmáticas no estado estacionário.
5.3. Dados de segurança pré-clínica
Em estudos não clínicos de fertilidade, apesar da toxicidade materna e paterna em
doses tão baixas como 8 mg/kg/dia, não se observou nenhum efeito na fertilidade,
nos ratos machos ou fêmeas, com doses até 100 mg/dia.
Em estudos pré-clínicos, o topiramato demonstrou ser teratogénico nas espécies
estudadas (ratinho, ratos e coelhos). No ratinho, o peso dos fetos e a ossificação do
esqueleto sofreram uma redução com a dose de 500 mg/kg/dia, juntamente com
toxicidade materna. Os números de malformações fetais em ratinhos aumentaram
em todos os grupos tratados com o fármaco (20, 100 e 500 mg/kg/dia).
Em ratos, a toxicidade materna e toxicidade embrionária/fetal relacionada com a
dose (redução no peso fetal e/ou ossificação do esqueleto) foi observada em doses
até 20 mg/kg/dia, com efeitos teratogénicos (defeitos nos membros inferiores e dos
dedos) com doses igual ou superiores a 400 mg/kg/dia. Em coelhos, a toxicidade
materna relacionada com a dose foi observada em doses a partir de 10 mg/kg/dia,
com toxicidade embrionária/fetal (aumento de letalidade) a partir de 35 mg/kg/dia,
e efeitos teratogénicos (malformações nas costelas e vértebras) com doses de 120
mg/kg/dia.
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
Os efeitos teratogénicos observados nos ratos e coelhos foram semelhantes aos
verificados com os inibidores da anidrase carbónica, não tendo estado associados a
malformações nos seres humanos. Os efeitos no crescimento foram igualmente
evidenciados por pesos mais baixos à nascença e durante o aleitamento para os
recém-nascidos de ratos-fêmea que receberam 20 ou 100 mg/kg/dia durante a
gestação e o aleitamento. Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.
Em ratos juvenis, a administração oral diária do topiramato em doses até 300
mg/kg/dia,
durante
período
desenvolvimento
correspondente
primeira
infância, infância e adolescência resultou em toxicidades semelhantes às dos animais
adultos (diminuição no consumo de alimentos com diminuição no ganho do peso
corporal, hipertrofia hepatocelular centrolobular). Não surgiram efeitos relevantes no
crescimento dos ossos longos (tíbia) ou na densidade mineral dos ossos (fémur),
pré-desmame
desenvolvimento
reprodutivo,
desenvolvimento
neurológico
(incluindo avaliações da memória e aprendizagem), no ato sexual e fertilidade ou
nos parâmetros de histerotomia.
Numa bateria de testes de mutagenicidade in vitro e in vivo, o topiramato não
revelou potencial genotóxico.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Núcleo:
Lactose
mono-hidratada
amido
milho,
celulose
microcristalina,
crospovidona, estearato de magnésio, sílicacoloidal anidra.
Revestimento: Copolímero básico de metacrilado de butilo, laurilsulfato de sódio,
ácido esteárico, talco, dióxido de titânio (E171), estearato de magnésio, óxido de
ferro amarelo (E172) (dosagem de 50 mg e 100 mg), óxido de ferro vermelho
(E172) (dosagem de 200 mg) e água purificada.
6.2. Incompatibilidades
Não aplicável
6.3. Prazo de validade
3 anos.
6.4. Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Conservar na embalagem de origem.
6.5. Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de Alu/Alu
Blister de PVC/PE/PVDC – Alu
Embalagem de 20 e 60 comprimidos.
APROVADO EM
29-05-2013
INFARMED
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
ITF Farma, Produtos Farmacêuticos, Lda
Rua Consiglieri Pedroso, n.º 123
Queluz de Baixo
2730-056 Barcarena
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
N.º registo: - 5094909 – 20 comprimidos revestidos, 25 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094917 – 60 comprimidos revestidos, 25 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094800 – 20 comprimidos revestidos, 25 mg, blister PVC/PE/PVDC-
N.º registo: - 5094818 – 60 comprimidos revestidos, 25 mg, blister PVC/PE/PVDC-
N.º registo: - 5094925 – 20 comprimidos revestidos, 50 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094933 – 60 comprimidos revestidos, 50 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094826 – 20 comprimidos revestidos, 50 mg, blister PVC/PE/PVDC-
N.º registo: - 5094834 – 60 comprimidos revestidos, 50 mg, blister PVC/PE/PVDC-
N.º registo: - 5094941 – 20 comprimidos revestidos, 100 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094958 – 60 comprimidos revestidos, 100 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094842 – 20 comprimidos revestidos, 100 mg, blister PVC/PE/PVDC-
N.º registo: - 5094859 – 60 comprimidos revestidos, 100 mg, blister PVC/PE/PVDC-
N.º registo: - 5094966 – 20 comprimidos revestidos, 200 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094974 – 60 comprimidos revestidos, 200 mg, blister Alu/Alu
N.º registo: - 5094867 – 20 comprimidos revestidos, 200 mg, blister PVC/PE/PVDC-
N.º registo: - 5094875 – 60 comprimidos revestidos, 200 mg, blister PVC/PE/PVDC-
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
14 março 2008
10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO