Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
20-09-2019
20-09-2019
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Folheto informativo: informação para o utilizador
Topiramato Generis Phar 25 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Generis Phar 50 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Generis Phar 100 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Generis Phar 200 mg comprimidos revestidos por película
topiramato
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este
medicamento, pois contém informação importante para si.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos
sinais de doença.
Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis
não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção
O que contém este folheto:
1. O que é Topiramato Generis Phar e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de tomar Topiramato Generis Phar
3. Como tomar Topiramato Generis Phar
4. Efeitos indesejáveis possíveis
5. Como conservar Topiramato Generis Phar
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Topiramato Generis Phar e para que é utilizado
Topiramato Generis Phar pertence a um grupo de medicamentos denominado
“medicamentos antiepiléticos”. É utilizado em:
- monoterapia no tratamento de convulsões em adultos e crianças com idade
superior a 6 anos.
- no tratamento de convulsões em adultos e crianças, de idade igual ou superior
a 2 anos, juntamente com outros medicamentos.
- para prevenir enxaquecas em adultos.
2. O que precisa de saber antes de tomar Topiramato Generis Phar
Não tome Topiramato Generis Phar
se tem alergia ao topiramato ou a qualquer outro componente deste
medicamento (indicados na secção 6).
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na prevenção da enxaqueca, se está grávida ou se é uma mulher em idade fértil,
a menos que esteja a utilizar contraceção eficaz (para mais informações, ver
secção “Gravidez e aleitamento”). Deve falar com o seu médico acerca de qual o
melhor tipo de contraceção a utilizar enquanto estiver a tomar Topiramato
Generis Phar.
Se não tem certeza se as situações acima se aplicam a si, consulte o seu
médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Generis Phar.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Generis
Phar se:
tem problemas de rins, especialmente pedras nos rins ou se faz diálise;
tem historial de alterações sanguíneas e de fluido corporal (acidose metabólica);
tem problemas de fígado;
tem problemas nos olhos, especialmente glaucoma;
tem problemas de crescimento;
está a efetuar uma dieta rica em gorduras (dieta cetogénica);
está grávida ou pode engravidar (ver secção “Gravidez e amamentação” para
mais informações).
está a tomar Topiramato Generis Phar para tratar epilepsia e está grávida ou é
uma mulher em idade fértil (ver a secção “Gravidez e amamentação” para mais
informações)
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Generis
Phar.
É importante que não pare de tomar o seu medicamento sem consultar primeiro
o seu médico.
Deve de igual modo falar primeiro com o seu médico antes de tomar qualquer
medicamento contendo topiramato, que lhe seja dado em alternativa ao
Topiramato Generis Phar.
Pode vir a perder peso ao tomar Topiramato Generis Phar, por isso o seu peso
deve ser verificado regularmente enquanto estiver a tomar este medicamento.
Se ao tomar este medicamento estiver a perder demasiado peso ou se a criança
não estiver a ganhar peso suficiente, consulte o seu médico.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com medicamentos
antiepiléticos como Topiramato Generis Phar, apresentaram pensamentos de
autoagressão e suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos deve
consultar imediatamente o seu médico.
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Em casos raros, Topiramato Generis Phar pode causar níveis elevados de
amónia no sangue (observados nas análises sanguíneas) o que pode provocar
alteração do funcionamento do cérebro especialmente se também estiver a
tomar um medicamento chamado ácido valpróico ou valproato de sódio. Já que
esta pode ser uma condição grave, informe imediatamente o seu médico se
ocorrerem os seguintes sintomas (ver também secção 4 "Efeitos indesejáveis
possíveis"):
- dificuldade em pensar, relembrar informação ou resolver problemas
- estar menos alerta ou atento
- sentir-se muito sonolento e com pouca energia
O risco de desenvolver estes sintomas pode aumentar com doses mais altas de
Topiramato Generis Phar.
Outros medicamentos e Topiramato Generis Phar
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado
recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos. Topiramato Generis
Phar e alguns medicamentos podem interagir entre si. Por vezes, a dose de
Topiramato Generis Phar ou de outro medicamento que está a tomar, poderá ter
de ser ajustada.
Diga ao seu médico ou farmacêutico se está especialmente a tomar:
outros medicamentos que podem comprometer ou reduzir o seu pensamento,
concentração ou coordenação muscular (isto é, medicamentos depressores do
sistema nervoso central, tais como relaxantes musculares e sedativos);
pílulas contracetivas. Topiramato Generis Phar pode diminuir a eficácia da sua
pílula. Deve falar com o seu médico acerca de qual o melhor tipo de contraceção
a utilizar enquando estiver a tomar Topiramato Generis Phar.
Consulte o seu médico caso tenha alterações na sua hemorragia menstrual
enquanto estiver a tomar a pílula contracetiva e Topiramato Generis Phar.
Guarde consigo uma lista de todos os medicamentos que toma. Mostre essa
lista ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Generis Phar.
Outros medicamentos que deverá informar o seu médico ou farmacêutico
incluem medicamentos antiepiléticos, risperidona, lítio, hidroclorotiazida,
metformina, pioglitazona, gliburida, amitriptilina, propranolol, diltiazem,
venlafaxina, flunarizina, Hipericão (Hypericum perforatum) (uma preparação à
base de plantas usada para tratar a depressão).
Se não tem a certeza se algum dos pontos acima mencionados se aplica a si,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Topiramato Generis
Phar.
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Topiramato Generis Phar com alimentos e bebidas
Pode tomar Topiramato Generis Phar com ou sem alimentos. Durante o
tratamento com Topiramato Generis Phar beba uma grande quantidade de
fluidos durante o dia para prevenir pedras nos rins enquanto estiver a tomar
Topiramato Generis Phar. Deve evitar beber álcool enquanto estiver a tomar
Topiramato Generis Phar.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
O seu médico irá discutir consigo a utilização de contracetivos, bem como se a
utilização de Topiramato Generis Phar é adequada para si.
Prevenção da enxaqueca:Topiramato Generis Phar pode prejudicar um bebé por
nascer. Não deve utilizar Topiramato Generis Phar se está grávida. Não deve
usar Topiramato Generis Phar para a prevenção da enxaqueca se é uma mulher
em idade fértil a menos que esteja a usar contraceção eficaz. Fale com o seu
médico acerca de qual o melhor tipo de contraceção e se Topiramato Generis
Phar é adequado para si. Deve ser realizado um teste de gravidez antes de
iniciar o tratamento com Topiramato Generis Phar.
Tratamento da epilepsia:
Se é uma mulher em idade fértil deve falar com o seu médico acerca de outros
tratamentos
possíveis em vez de Topiramato Generis Phar. Se a decisão for a de utilizar
Topiramato Generis Phar, deve utilizar contraceção eficaz. Fale com o seu
médico acerca de qual o melhor tipo de contraceção a utilizar enquando estiver
a tomar Topiramato Generis Phar. Deve ser realizado um teste de gravidez
antes de iniciar o tratamento com Topiramato Generis Phar. Fale com o seu
médico se desejar engravidar.
Tal como outros medicamentos antiepiléticos, existe um risco de causar dano ao
feto se Topiramato Generis Phar for tomado durante a gravidez. Certifique-se
que está bem informada acerca dos riscos e benefícios de tomar Topiramato
Generis Phar para a epilepsia durante a gravidez.
- Se tomar Topiramato Generis Phar durante a gravidez, o seu bebé tem um
maior risco de ter defeitos à nascença particularmente lábio leporino (fenda no
lábio superior) e fenda palatina (fenda no céu da boca). Os recém-nascidos
rapazes podem também ter uma malformação no pénis
(hipospadia). Estes defeitos podem desenvolver-se numa fase inicial da
gravidez, até mesmo
antes de saber que está grávida.
- Se tomar Topiramato Generis Phar durante a gravidez, o seu bebé pode ser
mais pequeno à nascença do que o esperado. Fale com o seu médico se tem
dúvidas acerca deste risco durante a gravidez.
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- Podem existir outros medicamentos para tratar a sua condição que tenham um
risco inferior
de defeitos à nascença.
- Informe imediatamente o seu médico se ficar grávida enquanto está a tomar
Topiramato Generis Phar. Você e o seu médico devem decidir se vai continuar a
tomar Topiramato Generis Phar enquanto estiver grávida.
Amamentação
A substância ativa de Topiramato Generis Phar (topiramato) passa para o leite
materno. Foram observados efeitos em bebés amamentados por mães tratadas,
incluindo diarreia, sonolência, irritabilidade e um fraco aumento de peso. Assim,
o seu médico vai discutir consigo sobre se não vai amamentar ou se não vai
continuar o tratamento com Topiramato Generis Phar. O seu médico vai ter em
atenção a importância do medicamento para a mãe e o risco para o bebé.
As mães que amamentam enquanto estão a tomar Topiramato Generis Phar
devem dizer ao seu médico o mais rapidamente possível, assim que notarem
algo fora do normal com a criança.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Durante o tratamento com Topiramato Generis Phar podem ocorrer tonturas,
cansaço e problemas na visão. Não conduza ou utilize ferramentas ou máquinas
sem consultar o seu médico primeiro.
Topiramato Generis Phar contém sódio.
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por
comprimido, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
3. Como tomar Topiramato Generis Phar
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com
o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
O seu médico irá normalmente iniciar o seu tratamento com uma dose mais
baixa de Topiramato Generis Phar que depois é aumentada lentamente, até
atingir a dose mais adequada para si.
Topiramato Generis Phar comprimidos devem ser engolidos inteiros. Evite
mastigar os comprimidos uma vez que podem ter um sabor amargo.
Topiramato Generis Phar pode ser tomado antes, durante, ou após a refeição.
Enquanto estiver a tomar Topiramato Generis Phar beba muitos líquidos durante
o dia para prevenir pedras nos rins.
Se tomar mais Topiramato Generis Phar do que deveria
Consulte o seu médico imediatamente. Leve consigo a embalagem.
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Pode sentir sonolência, cansaço ou ficar menos alerta; sentir falta de
coordenação; ter dificuldade em falar ou em concentrar-se; ter visão dupla ou
turva; sentir-se tonto devido a uma tensão arterial baixa; sentir-se depressivo ou
agitado; ou ter dor abdominal ou convulsões (ataques).
Pode ocorrer sobredosagem se estiver a tomar outros medicamentos em
associação com Topiramato Generis Phar.
Caso se tenha esquecido de tomar Topiramato Generis Phar
Se verificou que se esqueceu de tomar uma dose, tome essa dose assim que
se lembrar.
Contudo, se está quase na hora da próxima dose, essa dose deve ser omitida e
o tratamento deverá continuar como habitualmente. Se foram omitidas duas ou
mais doses, contacte o seu médico.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de
tomar.
Se parar de tomar Topiramato Generis Phar
Não pare de tomar este medicamento a não ser que o seu médico o tenha
indicado. Os seus sintomas podem voltar. Se o seu médico decidir parar esta
medicação, a dose deve diminuir gradualmente durante alguns dias.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos indesejáveis possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos
indesejáveis, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Fale com o seu médico, ou procure assistência médica imediatamente se sentir
os seguintes efeitos indesejáveis:
Muito frequentes (podem afetar mais de 1 em cada 10 pessoas)
Depressão (aparecimento ou agravamento)
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
Convulsões (ataques)
Ansiedade, irritabilidade, alterações de humor, confusão, desorientação
Problemas em concentrar-se, raciocínio lento, perda de memória, problemas de
memória (aparecimento, alteração súbita ou aumento da gravidade)
Cálculo(s) nos rins, urinar frequentemente ou dor ao urinar
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
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Aumento do nível de acidez no sangue (pode originar dificuldade em respirar
que inclui falta de ar, perda do apetite, náuseas, vómitos, cansaço excessivo, e
batimento cardíaco rápido ou irregular)
Diminuição ou perda da transpiração (particularmente, em crianças jovens que
estão expostas a altas temperaturas)
Ter pensamentos de autoagressão grave, tentativa de autoagressão
Perda de parte do campo de visão
Raros (podem afetar até 1 em cada 1 000 pessoas)
Glaucoma – bloqueio de líquido no olho originando um aumento da pressão no
olho, dor, ou diminuição da visão
Dificuldade em pensar, relembrar informação ou resolver problemas, estar
menos alerta ou atento, sentir-se muito sonolento e com pouca energia - estes
sintomas podem ser um sinal de níveis elevados de amónia no sangue
(hiperamonemia) que pode provocar uma alteração no funcionamento do
cérebro (encefalopatia hiperamonémica).
Desconhecidos (não pode ser calculada a partir dos dados disponíneis):
Inflamação ocular (uveíte) que pode ter como sintomas vermelhidão ocular, dor,
sensibilidade à luz, corrimento ocular, pequenas manchas na visão ou visão
turva
Podem ocorrer outros efeitos indesejáveis; caso se tornarem graves, fale com o
seu médico ou farmacêutico:
Muito frequentes (podem afetar mais do que 1 em cada 10 pessoas)
Corrimento nasal, nariz entupido, ou dor de garganta
Formigueiro, dor e/ou entorpecimento de várias partes do corpo
Sonolência, cansaço
Tonturas
Náuseas, diarreia
Perda de peso
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
Anemia (baixa contagem de células sanguíneas)
Reação alérgica (tal como erupção na pele, vermelhidão, comichão, inchaço da
face, urticária)
Perda de apetite, diminuição do apetite
Agressão, agitação, fúria, comportamento anormal
Dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir
Problemas na fala ou alterações da fala, fala arrastada
Descoordenação, falta de coordenação, sensação de instabilidade ao andar
Diminuição da capacidade de realizar tarefas rotineiras
Diminuição, perda ou falta de paladar
Tremor ou agitação involuntária; movimento rápido e involuntário dos olhos
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Perturbações visuais, tal como visão dupla, visão turva, diminuição da visão,
dificuldade em focar
Sensação de rotação (vertigens), som agudo e constante no ouvido, dor de
ouvidos
Falta de ar
Tosse
Sangrar do nariz
Febre, indisposição, fraqueza
Vómitos, obstipação, dor ou desconforto abdominal, indigestão, infeção no
estômago ou intestinos
Boca seca
Queda de cabelo
Comichão
Dor ou inchaço nas articulações, espasmos ou contrações musculares, dor ou
fraqueza muscular, dor no peito
Aumento de peso
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
Diminuição das plaquetas (células sanguíneas que ajudam a parar uma
hemorragia), diminuição dos glóbulos brancos no sangue que ajudam a proteger
contra uma infeção, diminuição do nível de potássio no sangue
Aumento das enzimas do fígado, aumento dos eosinófilos (um tipo de glóbulos
brancos) no sangue
Glândulas do pescoço, axilas e virilhas, inchadas
Aumento do apetite
Humor exaltado
Ouvir, ver ou sentir coisas que não existem, perturbação mental grave (psicose)
Não sentir ou não demonstrar emoção, desconfiança fora do normal, ataque de
pânico
Problemas de leitura, alterações da fala, problemas em escrever à mão
Inquietação, hiperatividade
Raciocínio lento, diminuição do estado de vigília e de alerta
Movimentos corporais reduzidos ou lentos, movimentos musculares involuntários
anormais e repetitivos
Desmaio
Sensação anormal ao toque; sentido do tato comprometido
Olfato comprometido, ausência ou distorção do olfato
Sentimento invulgar ou sensação que pode preceder uma enxaqueca ou um
certo tipo de convulsão
Olho seco, sensibilidade dos olhos à luz, espasmos da pálpebra, olhos
lacrimejantes
Diminuição ou perda de audição, perda de audição num ouvido
Batimento cardíaco lento ou irregular, sentir o batimento do coração no peito
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Pressão arterial baixa, pressão arterial baixa ao levantar-se (consequentemente,
algumas pessoas a tomar Topiramato Generis Phar podem sentir-se fracas, com
tonturas, ou desmaiar quando se levantam ou sentam repentinamente)
Rubor, sentir-se quente
Pancreatite (inflamação no pâncreas)
Libertação excessiva de gases, azia, enfartamento ou inchaço abdominal
Sangramento das gengivas, aumento da saliva, babar-se, mau hálito
Excessiva ingestão de líquidos, sede
Alteração da cor da pele
Rigidez muscular, dor lateral
Sangue na urina, incontinência (falta de controlo) de urina, desejo urgente de
urinar, dor no flanco ou nos rins
Dificuldade em ter ou manter uma ereção, disfunção sexual
Sintomas gripais
Dedos das mãos e dos pés frios
Sentir-se bêbedo
Incapacidade de aprender
Raros (podem afetar 1 em cada 1,000 pessoas)
Exaltação fora do normal
Perda de consciência
Cegueira em um dos olhos, cegueira temporária, cegueira noturna
Olho preguiçoso
Inchaço nos olhos e à volta dos olhos
Entorpecimento, formigueiro e alteração da cor (branco, azul e depois vermelho)
nos dedos das mãos e dos pés quando expostos ao frio
Inflamação do fígado, insuficiência hepática
Síndrome de Steven-Johnson, uma condição potencialmente fatal que pode
apresentar feridas em vários locais das mucosas (tal como boca, nariz, e olhos),
erupção na pele, e bolhas
Odor anormal da pele
Desconforto nos braços ou pernas
Alterações nos rins
Desconhecida (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados
disponíveis)
Maculopatia, uma doença da mácula, pequeno ponto na retina onde a visão é
mais nítida. Deve consultar o seu médico se notar alteração ou diminuição da
sua visão
Necrólise Epidérmica Tóxica, uma condição fatal relacionada com, e mais grave
que o Síndrome de Steven-Johnson, caracterizada por bolhas generalizadas e
descamação das camadas externas da pele (ver efeitos indesejáveis raros)
Crianças
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Os efeitos indesejáveis em crianças são geralmente semelhantes aos
observados nos adultos, embora os seguintes efeitos indesejáveis possam ser
mais frequentes em crianças do que em adultos.
Problemas de concentração
Aumento do nível ácido no sangue
Ter pensamentos de autoagressão graves
Cansaço
Diminuição ou aumento do apetite
Agressão, comportamento anormal
Dificuldade em adormecer ou permanecer a dormir
Sensação de instabilidade ao andar
Sensação de mau estar
Diminuição do nível de potássio no sangue
Não sentir ou não demonstrar emoção
Olhos lacrimejantes
Batimento cardíaco rápido ou irregular
Outros efeitos indesejáveis que podem ocorrer em crianças são:
Frequentes (podem afetar até 1 em cada 10 pessoas)
Sensação de rotação (vertigens)
Vómitos
Febre
Pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
Aumento dos eosinófilos (um tipo de glóbulos brancos) no sangue
Hiperatividade
Sentir-se quente
Incapacidade de aprender
Comunicação de efeitos indesejáveis
Se tiver quaisquer efeitos indesejáveis, incluindo possíveis efeitos indesejáveis
não indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico ou
enfermeiro. Também poderá comunicar efeitos indesejáveis diretamente ao
INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos
indesejáveis, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança
deste medicamento.
Sítio da internet:
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente) ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da saúde de Lisboa, av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
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INFARMED
E-mail:
farmacovigilancia@infarmed.pt
5. Como conservar Topiramato Generis Phar
Blister
- 25/50/200 mg: Não necessita de precauções especiais de conservação.
- 100 mg: Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
Frasco
25/50/100/200 mg: Não necessita de quaisquer precauções especiais de
conservação.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês
indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos de que já não
utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Topiramato Generis Phar
A substância ativa é o topiramato.
Cada comprimido revestido por película de Topiramato Generis Phar contém 25,
50, 100 ou 200 mg de topiramato.
Os outros componentes são:
Núcleo: Celulose microcristalina, manitol, carboximetilamido sódico (tipo A),
amido pré-gelificado, crospovidona, povidona, estearato de magnésio, cera de
carnaúba.
Revestimento: Opadry II OY-LS-28908 branco (dosagem de 25 mg e 50 mg),
Opadry 02H2229 amarelo (dosagem de 50 mg), Opadry 02H23314 laranja
(dosagem de 100 mg), Opadry II 39F24041 rosa (dosagem de 200 mg).
Qual o aspeto de Topiramato Generis Phar e conteúdo da embalagem
Topiramato Generis Phar apresenta-se na forma de comprimidos revestidos por
película, estando disponível em embalagens de 20 ou 60 comprimidos.
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INFARMED
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
Fabricantes
Pharmathen International, S.A.
Industrial Park Sapes
Rodopi Prefecture, block nº 5
Rodopi 69300
Grécia
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Topiramato Generis Phar 25 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Generis Phar 50 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Generis Phar 100 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato Generis Phar 200 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um comprimido contém 25 mg de topiramato.
Um comprimido contém 50 mg de topiramato.
Um comprimido contém 100 mg de topiramato.
Um comprimido contém 200 mg de topiramato.
Excipientes com efeito conhecido:
Topiramato Generis Phar 25 mg comprimidos revestidos por película contém 0,42 mg de
sódio (sob a forma de carboximetilamido sódico)
Topiramato Generis Phar 50 mg comprimidos revestidos por película contém 0,84 mg de
sódio (sob a forma de carboximetilamido sódico)
Topiramato Generis Phar 100 mg comprimidos revestidos por película contém 1,68 mg
de sódio (sob a forma de carboximetilamido sódico)
Topiramato Generis Phar 200 mg comprimidos revestidos por película contém 3,36 mg
de sódio (sob a forma de carboximetilamido sódico)
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
APROVADO EM
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Em monoterapia em doentes adultos, adolescentes e crianças de idade superior a 6 anos,
com crises parciais com ou sem generalização secundária e crises tónico-clónicas
primárias generalizadas.
Terapêutica adjuvante em crianças de idade igual ou superior a 2 anos, adolescentes e
adultos com crises parciais com ou sem generalização secundária ou crises tónico-
clónicas primárias generalizadas e para o tratamento de crises associadas à síndrome de
Lennox-Gastaut.
O topiramato é indicado em adultos para a profilaxia da enxaqueca, após avaliação
cuidadosa de possíveis opções alternativas de tratamento. O topiramato não é indicado
para tratamento agudo.
4.2 Posologia e modo de administração
Posologia
Recomenda-se que a terapêutica seja iniciada com uma dose baixa seguida de uma
titulação, até ser alcançada uma dose eficaz. A dose e a taxa de titulação devem ser
efetuadas de acordo com o resultado clínico.
Não é necessário monitorizar as concentrações plasmáticas de topiramato para otimizar a
terapêutica com Topiramato Generis Phar. Em ocasiões raras, a associação de topiramato
à fenitoína pode exigir um ajuste da dose de fenitoína para obter um resultado clínico
favorável. A associação ou interrupção de fenitoína e carbamazepina em terapêutica
adjuvante com Topiramato Generis Phar pode necessitar de ajuste da dose de Topiramato
Generis Phar.
Em doentes com ou sem historial de convulsões ou epilepsia, medicamentos
antiepiléticos (MAEs) incluindo o topiramato devem ser interrompidos gradualmente
para minimizar o potencial de convulsões ou aumento da frequência destas. Em ensaios
clínicos, as dosagens diárias foram diminuídas em intervalos semanais de 50-100 mg em
adultos com epilepsia e 25-50 mg em adultos a receber topiramato com doses até 100
mg/dia para a profilaxia da enxaqueca. Em ensaios clínicos em pediatria, o topiramato foi
gradualmente descontinuado durante um período de 2 a 8 semanas.
Monoterapia na epilepsia
Generalidades
Quando se suspende a administração concomitante de MAEs de forma a possibilitar a
monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os efeitos que poderão ocorrer no
controlo das convulsões. A menos que aspetos de segurança exijam uma interrupção
abrupta dos antiepiléticos administrados concomitantemente, é recomendada uma
redução gradual, de aproximadamente um terço do antiepilético administrado em
simultâneo, de duas em duas semanas.
APROVADO EM
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INFARMED
Quando se suspendem medicamentos indutores enzimáticos, os níveis de topiramato
aumentam. Se for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na
posologia de Topiramato Generis Phar (topiramato).
Adultos
Quer a dose, quer a titulação devem ser avaliadas através da resposta clínica. A titulação
deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma semana. A dosagem
pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de 1 ou 2 semanas,
administrados em duas doses divididas. Se o doente não tolerar o regime de titulação,
podem ser efetuados incrementos menores ou intervalos maiores entre cada aumento de
dose.
A dose inicial recomendada para monoterapia com topiramato, em adultos, é de 100
mg/dia a 200 mg/dia, administrada em duas doses divididas. A dose máxima diária
recomendada é de 500 mg/dia, também administrada em duas doses divididas. Alguns
doentes com formas refractárias de epilepsia toleraram 1000 mg/dia de topiramato, em
monoterapia. Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos incluindo
idosos, na ausência de doença renal subjacente.
População pediátrica (crianças com idade superior a 6 anos)
Quer a dose, quer a taxa de titulação em crianças devem ser avaliadas pelo resultado
clínico. O tratamento de crianças de idade superior a 6 anos deve ser iniciado com 0,5 a 1
mg/kg dia, administrados à noite, durante a primeira semana. Esta dosagem pode ser
aumentada em 0,5 a 1 mg/kg/dia, administrada em duas doses divididas, com intervalos
de 1 ou 2 semanas. Se a criança não é capaz de tolerar o regime de titulação, podem ser
efetuados aumentos menores ou intervalos maiores entre cada aumento de dose.
A dose inicial recomendada para a monoterapia com topiramato em crianças de idade
superior a 6 anos, é de 100 mg/dia dependendo do resultado clínico, (isto é, 2 mg/kg/dia
em crianças entre os 6 e os 16 anos de idade).
Terapêutica adjuvante da epilepsia (crises parciais com ou sem generalização secundária,
crises primárias generalizadas tónico-clónicas ou crises associadas ao síndrome de
Lennox-Gastaut)
Adultos
A terapêutica deve ser iniciada com 25 - 50 mg, administrados à noite, durante uma
semana. Embora esteja descrita, a utilização de doses iniciais mais baixas não foi
estudada sistematicamente. Posteriormente, a dose deve ser aumentada de 25 -50 mg/dia,
em intervalos de tempo semanais ou quinzenais, sendo a dose administrada em duas
doses divididas. Alguns doentes podem ser tratados com eficácia com uma dose única
diária.
Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos incluindo idosos, na
ausência de doença renal subjacente. (ver secção 4.4).
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
População pediátrica (crianças de idade igual ou superior a 2 anos)
A dose total diária recomendada de Topiramato Generis Phar (topiramato) como
terapêutica adjuvante é de aproximadamente 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas doses
divididas. A titulação deve ser iniciada com 25 mg (ou menos, com base na variação de 1
a 3 mg/kg/dia) administrados à noite, durante a primeira semana. A dosagem deve ser
aumentada semanalmente ou quinzenalmente, com aumentos de 1 a 3 mg/kg/dia,
(administrados em duas doses divididas diárias), para obter uma resposta clínica ótima.
Doses diárias até 30 mg/kg/dia foram estudadas e foram geralmente bem toleradas.
Enxaqueca
Adultos
A dose total diária de topiramato recomendada para tratamento profilático da enxaqueca é
de 100 mg/dia, divididos em duas doses divididas. A titulação deve ser iniciada com 25
mg, administrados à noite, durante 1 semana. A dosagem deve ser então aumentada em
25 mg diários, com intervalos de uma semana. Se o doente não suportar o regime de
titulação, podem ser considerados intervalos maiores entre os ajustes de dose.
Alguns doentes podem sentir melhorias com uma dose diária total de 50 mg/dia. Os
doentes tomaram uma dose total diária até 200 mg/dia. Esta dose pode ter benefícios em
alguns doentes, no entanto, é aconselhada precaução devido ao aumento da incidência de
efeitos indesejáveis.
População pediátrica
Topiramato Generis Phar (topiramato) não é recomendado no tratamento ou prevenção da
enxaqueca em crianças devido a dados insuficientes sobre segurança e eficácia.
Recomendações gerais de posologia para Topiramato Generis Phar em populações
especiais de doentes
Compromisso renal
O topiramato deve ser administrado com precaução em doentes com compromisso renal
(CLcr
70 ml/min), uma vez que a depuração plasmática e renal do topiramato estão
diminuídas. Indivíduos com compromisso renal conhecido podem necessitar de mais
tempo para atingir o estado estacionário em cada dose. É recomendada metade da dose
inicial habitualmente administrada e metade da dose de manutenção (ver secção 5.2).
Em doentes com insuficiência renal em estadio final, uma vez que o topiramato é
removido do plasma por hemodiálise, deve ser administrado, nos dias em que a
hemodiálise é efetuada, uma dose suplementar de Topiramato Generis Phar igual ou
aproximadamente igual a metade da dose habitualmente administrada de Topiramato
Generis Phar. A dose suplementar deve ser administrada em doses divididas no início e
no fim do procedimento de hemodiálise. Esta dose suplementar pode variar de acordo
com o tipo de equipamento de diálise utilizado (ver secção 5.2).
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Compromisso hepático
Em doentes com compromisso hepático moderado a grave, o topiramato deve ser
administrado com precaução uma vez que a depuração do topiramato está diminuída.
Idosos
Não é necessário ajuste de dose em doentes idosos desde que a sua função renal esteja
intacta.
Modo de administração
Topiramato Generis Phar está disponível em comprimidos revestidos por película e
cápsulas, para administração oral. Não se recomenda o fracionamento dos comprimidos.
As cápsulas destinam-se a ser administradas a doentes que não possam engolir os
comprimidos, por exemplo crianças e idosos.
Topiramato Generis Phar pode ser tomado independentemente das refeições.
4.3 Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
Na profilaxia da enxaqueca em mulheres durante a gravidez e em idade fértil se não
estiverem a utilizar métodos contracetivos altamente eficazes.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Nas situações em que a interrupção rápida de topiramato seja clinicamente necessária, é
recomendada uma monitorização adequada (ver secção 4.2).
Assim como com outros MAEs, alguns doentes podem ter um aumento na frequência das
crises ou de início de novos tipos de crises com topiramato. Este fenómeno pode ser a
consequência de uma sobredosagem, de uma diminuição das concentrações plasmáticas
de MAEs em utilização concomitante, da progressão da doença ou um efeito paradoxal.
Uma adequada hidratação durante o tratamento com topiramato é muito importante. A
hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver abaixo). Uma adequada hidratação,
antes e durante atividades como o exercício físico ou a exposição a temperaturas
elevadas, pode reduzir o risco de acontecimentos de reações adversas relacionadas com o
calor (ver secção 4.8).
Oligohidrose
A oligohidrose (diminuição da transpiração) tem sido notificada em associação com o uso
de topiramato. A diminuição da transpiração e a hipertermia (aumento da temperatura
corporal) podem ocorrer especialmente em crianças expostas a uma temperatura ambiente
elevada.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Perturbações do humor/Depressão
Foi observado um aumento de incidência de perturbações do humor e depressão durante
o tratamento com topiramato.
Suicídio/Ideação suicida
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com
MAEs, em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados de
medicamentos antiepiléticos, contra placebo, mostrou também um pequeno aumento do
risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que
explica esse risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do
risco para o topiramato.
Em ensaios clínicos em dupla ocultação, os acontecimentos relacionados com suicídio
(ARS) (ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio) ocorreram com frequências de
0,5% em doentes tratados com topiramato (46 de 8652 doentes tratados) e com uma
incidência quase três vezes superior aos doentes tratados com placebo (0,2%; 8 dos 4045
doentes tratados).
Como tal, os doentes devem ser monitorizados quanto aos sinais de ideação e
comportamento suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento mais
adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados de saúde aos doentes) devem ser
aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento
suicida.
Nefrolitíase
Em alguns doentes, especialmente naqueles com predisposição para nefrolitíase, o risco
de formação de cálculos renais e de ocorrência de sinais e sintomas associados, tais
como, cólica renal, dor renal (lombar) ou dor nos flancos, pode ser superior.
Os fatores de risco para nefrolitíase incluem a formação prévia de cálculos, antecedentes
familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes fatores de risco permite prever
de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento com topiramato. Além
disso, os doentes em tratamento com outros medicamentos associados ao risco de
nefrolitíase podem estar sujeitos a um maior risco.
Função renal diminuída
Em doentes com alteração da função renal (CLcr
70 ml/min), o topiramato deve ser
administrado com precaução uma vez que a depuração plasmática e renal estão
diminuídas. Para recomendações específicas de posologia em doentes com função renal
diminuída, ver secção 4.2.
Função hepática diminuída
Em doentes com alteração da função hepática, recomenda-se precaução na administração
de topiramato, pois pode estar reduzida a depuração deste fármaco.
Miopia aguda e glaucoma secundário de ângulo fechado
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Uma síndrome consistindo em miopia aguda e glaucoma secundário de ângulo fechado
foi notificada em doentes tratados com topiramato. Os sintomas incluem início agudo de
diminuição da acuidade visual e/ou dor ocular. Os resultados oculares incluem miopia,
edema da câmara anterior, hiperemia ocular (vermelhidão) e aumento da pressão
intraocular. A midríase pode estar ou não presente. Esta síndrome pode estar associada
com derrame supraciliar resultando no deslocamento anterior do cristalino e íris, com
glaucoma secundário de ângulo fechado. Os sintomas ocorrem tipicamente dentro de um
mês do início da terapêutica com topiramato. Em contraste com o glaucoma primário do
ângulo fechado, que é raro em indivíduos com menos de 40 anos de idade, o glaucoma
secundário de ângulo fechado associado ao topiramato foi notificado em doentes
pediátricos, bem como em adultos.
O tratamento inclui a interrupção de topiramato, tão rapidamente quanto possível e de
acordo com a opinião do médico, e medidas adequadas para reduzir a pressão intraocular.
Estas medidas geralmente resultam na diminuição da pressão intraocular.
Uma pressão intraocular elevada de qualquer etiologia, se não for tratada, pode dar
origem a sequelas graves incluindo uma perda permanente da visão.
Deve ser efetuada uma avaliação do tratamento com topiramato em doentes com
antecedentes de perturbações visuais.
Defeitos no campo visual
Têm sido notificados defeitos no campo visual em doentes a receber topiramato,
independente da pressão intraocular elevada. Em ensaios clínicos, a maioria destes
eventos foram reversíveis após a interrupção do topiramato. Se ocorrerem defeitos no
campo visual em qualquer momento durante o tratamento com topiramato, deve
considerar-se a suspensão do medicamento.
Acidose metabólica
A acidose metabólica hiperclorémica, “non-anion gap” (isto é, redução do bicarbonato
sérico abaixo dos níveis normais de referência, na ausência de alcalose respiratória), está
associada ao tratamento com topiramato. Esta redução do bicarbonato sérico deve-se ao
efeito inibitório do topiramato na anidrase carbónica renal. Geralmente, a redução de
bicarbonato ocorre no início do tratamento, podendo, no entanto, ocorrer em qualquer
altura do tratamento. Estas reduções de bicarbonato são ligeiras a moderadas (com
reduções médias de 4 mmol/l para doses de 100 mg/dia ou mais de topiramato, em
adultos, e de aproximadamente 6 mg/Kg/dia, em doentes pediátricos). Raramente, os
doentes apresentaram redução para valores inferiores a 10 mmol/l. Situações clínicas ou
terapêuticas que predisponham a acidose, (tais como, doenças renais, alterações
respiratórias severas, estados epiléticos, diarreia, cirurgia, dieta cetogénica, ou alguns
medicamentos), podem ter um efeito aditivo à redução de bicarbonato provocada pelo
topiramato.
A acidose metabólica crónica aumenta o risco de formação de cálculos renais e pode
potencialmente levar a osteopenia.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
A acidose metabólica crónica, em doentes pediátricos, pode reduzir as taxas de
crescimento. O efeito do topiramato nas sequelas ósseas não foi estudado
sistematicamente em populações pediátricas ou adultas.
De acordo com a situação clínica inicial, uma avaliação adequada, incluindo níveis
plasmáticos de bicarbonato, é recomendada durante o tratamento com topiramato. Se
estão presentes sinais ou sintomas (por ex. respiração de Kussmaul, dispneia, anorexia,
náuseas, vómitos, cansaço excessivo, taquicardia ou arritmia), indicativos de acidose
metabólica, é recomendada a determinação de bicarbonato no soro. Se a acidose
metabólica se desenvolver e persistir, deve ser tida em consideração a redução da dose ou
a interrupção do tratamento com topiramato (através de uma diminuição gradual da
dose).
O topiramato deve ser utilizado com precaução em doentes cujas condições ou
tratamentos sejam um fator de risco para o aparecimento de acidose metabólica.
Alteração da função cognitiva
A alteração cognitiva na epilepsia é multifatorial e pode ser devida à etiologia subjacente,
devida à epilepsia ou devida ao tratamento antiepilético. Têm sido notificadas na
literatura, alterações da função cognitiva nos adultos a fazer terapêutica com topiramato
que requereram redução da dose ou interrupção do tratamento.
Contudo, os resultados cognitivos de estudos efetuados em crianças tratadas com
topiramato foram insuficientes e o seu efeito a esse respeito necessita ainda de ser
elucidado.
Hiperamonemia e encefalopatia
Foi reportada hiperamonemia com ou sem encefalopatia com o tratamento com
topiramato (ver secção 4.8). O risco de hiperamonemia com topiramato parece estar
relacionado com a dose. A hiperamonemia foi reportada mais frequentemente quando o
topiramato é usado concomitantemente com ácido valpróico (ver secção 4.5).
Recomenda-se que se considere encefalopatia hiperamonémica e que se meçam os níveis
de amónia em doentes que desenvolvem letargia inexplicável ou alterações no estado
mental associadas ao topiramato em monoterapia ou terapia adjuvante.
Suplementação alimentar
Alguns doentes podem ter diminuição de peso durante o tratamento com o topiramato. É
recomendado que os doentes em tratamento com o topiramato sejam monitorizados para
a perda de peso. Deve ser considerada a administração de um suplemento alimentar ou
aumento da ingestão de alimentos em doentes que percam peso, durante a administração
do topiramato.
Mulheres em idade fértil
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
O topiramato pode causar danos fetais e restrições no crescimento fetal (pequenos para a
idade gestacional e baixo peso à nascença) quando é administrado a uma mulher grávida.
Os dados do registo de gravidez do Grupo de Medicamentos Antiepiléticos Norte
Americanos acerca do topiramato em monoterapia demonstraram uma prevalência de
malformações congénitas major aproximadamente 3 vezes superior (4,3%) quando
comparado com um grupo de referência que não tomava MAEs (1,4%). Adicionalmente,
dados de outros estudos indicam que, quando comparado com a monoterapia, existe um
risco aumentado de efeitos teratogénicos associado à utilização de MAEs em politerapia.
Antes de iniciar o tratamento com topiramato numa mulher em idade fértil, deve ser feito
um teste de gravidez e aconselhadas medidas contracetivas altamente eficazes (ver secção
4.5). O doente deve ser plenamente informado acerca dos riscos relacionados com o uso
de topiramato durante a gravidez (ver secção 4.3 e 4.6).
Excipientes
Topiramato Generis Phar contém sódio.
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por comprimido, ou
seja, é praticamente “isento de sódio”.
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Efeitos de Topiramato Generis Phar sobre outros medicamentos antiepiléticos
A associação de Topiramato Generis Phar a outros MAEs (fenitoína, carbamazepina,
ácido valpróico, fenobarbital, ou primidona) não afeta as suas concentrações plasmáticas
no estado estacionário, exceto em doentes ocasionais em que a associação de Topiramato
Generis Phar à fenitoína pode provocar uma elevação das concentrações plasmáticas
desta. Isto deve-se possivelmente à inibição da isoforma duma enzima polimórfica
específica (CYP2C19). Consequentemente, em qualquer doente em tratamento com
fenitoína que apresente sinais ou sintomas clínicos de toxicidade, deve proceder-se à
monitorização dos níveis de fenitoína.
Um estudo de interação farmacocinética com doentes epiléticos indicou que a adição do
topiramato à lamotrigina não teve efeito nas concentrações plasmáticas no estado
estacionário desta, para doses de topiramato de 100 a 400 mg/dia. Para além disso, não
houve alteração das concentrações plasmáticas no estado estacionário de topiramato
durante e após a interrupção do tratamento com lamotrigina (dose média de 327 mg/dia).
O topiramato inibe a enzima CYP 2C19 e pode interferir com outras substâncias que são
metabolizadas por esta enzima (por exemplo: diazepam, imipramina, moclobemida,
proguanilo, omeprazol).
Efeitos de outros medicamentos antiepiléticos sobre Topiramato Generis Phar
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
A fenitoína e a carbamazepina reduzem a concentração plasmática do topiramato. A
associação ou interrupção do tratamento com fenitoína ou carbamazepina, à terapêutica
com Topiramato Generis Phar, pode requerer o ajuste posológico deste último. Estas
alterações devem ser efetuadas por avaliação do efeito clínico. A associação ou
interrupção do tratamento com ácido valpróico não produz alterações clinicamente
significativas nas concentrações plasmáticas de Topiramato Generis Phar pelo que, neste
caso, não é necessário proceder ao ajuste posológico de Topiramato Generis Phar. Os
resultados destas interações estão resumidos no quadro seguinte:
FAE coadministrado Concentração do FAE Concentração de topiramato
Fenitoína «** ¯
Carbamazepina (CBZ) « ¯
Ácido Valpróico « «
Lamotrigina « «
Fenobarbital « NE
Primidona « NE
= Sem efeito sobre a concentração plasmática (alteração
15%)
** = Aumento das concentrações plasmáticas em casos isolados
= Redução das concentrações plasmáticas
= Não estudado
= Fármaco antiepilético
Outras interações medicamentosas
Digoxina
Num estudo de dose única, a área sob a curva (AUC) da concentração plasmática da
digoxina sérica diminui 12% devido à administração concomitante de topiramato. Não foi
estabelecida a relevância clínica desta observação. Quando se adiciona ou retira
topiramato a doentes em que foi instituída uma terapêutica com digoxina, deve prestar-se
especial atenção à monitorização da digoxina sérica.
Depressores do Sistema Nervoso Central
A administração concomitante de topiramato e álcool ou outros medicamentos
depressores do Sistema Nervoso Central (SNC) não foi avaliada em estudos clínicos. É
recomendado que Topiramato Generis Phar não seja utilizado concomitantemente com
álcool ou outros medicamentos depressores do Sistema Nervoso Central.
Hipericão (Hypericum perforatum)
Pode ser observada com a administração concomitante de topiramato e de Hipericão, uma
diminuição das concentrações plasmáticas resultando numa perda de eficácia. O potencial
de interação não foi avaliado em estudos clínicos.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Contracetivos orais
Num estudo de interação farmacocinética, em voluntárias saudáveis, a administração
concomitante de um contracetivo oral, constituído por 1 mg de noretindrona (NET) e 35
g de etinilestradiol (EE) e topiramato em doses de 50 a 200 mg/dia administrado na
ausência de outros fármacos, não foi associado a alterações estatisticamente significativas
de exposição média (AUC) de qualquer componente do contracetivo oral. Num outro
estudo, a exposição de etinilestradiol diminuiu de forma estatisticamente significativa,
para doses de 200, 400 e 800 mg/dia de topiramato (18%, 21% e 30%, respetivamente),
quando administrado como terapêutica adjuvante a doentes epiléticos a tomar ácido
valpróico. Em ambos os estudos, topiramato (em doses de 50-200 mg/dia em voluntários
saudáveis e 200-800 mg/dia em doentes epiléticos), não afetou significativamente a
exposição da NET. Apesar de existir uma diminuição da exposição ao EE, dependente da
dose, para doses entre 200-800 mg/dia (em doentes epiléticos), não se registou alteração
dependente da dose significativa na exposição ao EE, para doses entre 50-200 mg/dia (em
voluntários saudáveis). O significado clínico das alterações não é conhecido.
A possibilidade de diminuição da eficácia do contracetivo e do aumento da hemorragia
de privação devem ser tidas em consideração, para doentes a tomar contracetivos orais
em associação com topiramato. As doentes a tomar contracetivos, contendo estrogénio
devem comunicar ao médico quaisquer alterações nos respetivos padrões hemorrágicos.
A eficácia dos contracetivos pode diminuir mesmo na ausência de alteração dos padrões
hemorrágicos.
Lítio
Em voluntários saudáveis, foi observada uma redução (de 18% da AUC) na exposição
sistémica de lítio durante a administração concomitante de topiramato 200 mg/dia. Em
doentes com perturbação bipolar, a farmacocinética do lítio não foi afetada durante o
tratamento com topiramato 200 mg/dia.
No entanto, foi observado um aumento (de 26% da AUC) na exposição sistémica ao lítio,
após tratamento com topiramato em doses até 600 mg/dia. Os níveis de lítio devem ser
monitorizados quando coadministrado com topiramato.
Risperidona
Estudos de interação fármaco-fármaco, conduzidos em condições de dose única em
voluntários saudáveis e dose múltipla em doentes bipolares, obtiveram resultados
semelhantes. Quando administrada concomitantemente com topiramato em doses
crescentes de 100, 250 e 400 mg/dia, houve uma redução da exposição sistémica da
risperidona (16% e 33% da AUC em estado estacionário para as doses de 250 e 400
mg/dia, respetivamente), quando esta foi administrada em doses que variaram entre 1 e 6
mg/dia. Contudo, diferenças na AUC da fração ativa total entre o tratamento com
risperidona isolada e em associação com topiramato não foram estatisticamente
significativas. Na fração antipsicótica ativa total (risperidona e 9-hidroxirisperidona)
foram observadas alterações mínimas da farmacocinética, não tendo sido observadas
alterações para a 9-hidroxirisperidona isolada. Não foram observadas alterações
significativas na exposição sistémica da fração ativa total da risperidona ou do
topiramato. Quando topiramato foi adicionado ao tratamento já existente com risperidona
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
(1-6 mg/dia) foram notificados mais frequentemente acontecimentos adversos do que
antes da introdução (90% e 54% respetivamente) do topiramato (250-400 mg/dia).
Os acontecimentos adversos mais frequentemente notificados, quando topiramato foi
adicionado ao tratamento com risperidona foram: sonolência (27% e 12%), parestesia
(22% e 0%) e náuseas (18% e 9%, respetivamente).
Hidroclorotiazida (HCTZ)
Um estudo de interação fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a
farmacocinética no estado estacionário da HCTZ (25 mg cada 24h) e do topiramato (96
mg cada 12h), quando administrados isolada ou concomitantemente. Os resultados do
estudo indicam que a Cmáx de topiramato aumentou 27% e a AUC aumentou 29%,
quando a HCTZ foi adicionada ao topiramato. É desconhecido o significado clínico desta
alteração. A adição de HCTZ ao tratamento com topiramato pode exigir um ajuste da
dose de topiramato. A farmacocinética do estado estacionário da HCTZ não foi
significativamente alterada com a administração concomitante de topiramato. Resultados
laboratoriais indicaram uma redução do potássio sérico após a administração de
topiramato e HCTZ. Esta redução é mais acentuada quando a administração de
topiramato e HCTZ é concomitante.
Metformina
Foi realizado um estudo de interação fármaco-fármaco, em voluntários saudáveis, para
avaliar a farmacocinética no estado estacionário da metformina e do topiramato no
plasma, quando a metformina era administrada isoladamente e concomitantemente com
topiramato. Os resultados deste estudo mostraram que a média da Cmáx e da AUC 0-12h
da metformina aumentaram em 18% e 25% respetivamente, enquanto que a CL/F média
reduziu 20%, quando a metformina e o topiramato eram administrados simultaneamente.
O topiramato não afetou a Tmáx da metformina. Não é claro o significado clínico do
efeito do topiramato na farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do
topiramato oral parece ser reduzida quando administrada com a metformina. Desconhece-
se a extensão do efeito na depuração. Desconhece-se o significado clínico do efeito da
metformina na farmacocinética do topiramato.
Quando Topiramato Generis Phar é associado ou retirado em doentes a receberem
tratamento com metformina, deverá haver precaução em relação à monitorização de
rotina, para o controlo adequado da diabetes.
Pioglitazona
Um estudo de interação fármaco-fármaco em voluntários saudáveis avaliou a
farmacocinética no estado estacionário do topiramato e da pioglitazona, quando
administrados isolados ou concomitantemente. Foi observada uma redução de 15% da
,ss da pioglitazona, sem alteração da Cmáx,ss. Este resultado não foi
estatisticamente significativo. Por outro lado, foi observada uma diminuição do hidroxi-
metabolito de 13% e 16% na Cmáx,ss e AUC
,ss, respetivamente, assim como uma
diminuição de 60% na Cmáx e AUC
,ss do ceto-metabolito ativo. É desconhecido o
significado clínico destes resultados. Quando Topiramato Generis Phar é administrado
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
em simultâneo com a pioglitazona ou vice-versa, deve dar-se especial atenção à
monitorização de rotina, para o controlo adequado da diabetes.
Gliburida
Um estudo de interação fármaco-fármaco em doentes com diabetes tipo II avaliou a
farmacocinética no estado estacionário do gliburida (5 mg/dia) e do topiramato (150
mg/dia), quando administrados isolados ou concomitantemente. Observou-se uma
diminuição de 25% na AUC24 de gliburida, quando administrado com topiramato. A
exposição sistémica dos metabolitos ativos, 4-trans-hidroxigliburida (M1) e 3-cis-
hidroxi-gliburida (M2), reduziu 13% e 15% respetivamente. A farmacocinética no estado
estacionário do topiramato não foi afetada pela administração concomitante de gliburida.
Quando o topiramato é administrado em simultâneo com o gliburida ou vice-versa, deve
dar-se especial atenção à monitorização de rotina para o controlo adequado da diabetes.
Outras formas de interação
Substâncias que predispõem para nefrolitíase
Quando utilizado concomitantemente com outras substâncias que possam predispor para
nefrolitíase, Topiramato Generis Phar pode aumentar o risco de nefrolitíase. Durante o
tratamento com Topiramato Generis Phar devem ser evitadas estas substâncias, dado que
podem criar um ambiente fisiológico que aumente o risco de formação de cálculos renais.
Ácido valpróico
A administração concomitante do topiramato e ácido valpróico está associada a
hiperamonemia com ou sem encefalopatia em doentes que toleraram estes medicamentos
quando administrados isoladamente. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas
desaparecem com a interrupção dos dois medicamentos (ver secção 4.4 e secção 4.8).
Esta reação adversa não é devida a uma interação farmacocinética.
A hipotermia, definida como uma descida não intencional da temperatura corporal a
<35ºC foi notificada em associação com a utilização concomitante de topiramato e ácido
valpróico (AVP) ambos em conjugação com hiperamonemia e na ausência de
hiperamonemia. Este acontecimento adverso pode ocorrer após o início do tratamento
com topiramato ou após o aumento da dose diária de topiramato, em doentes que utilizam
concomitantemente topiramato e ácido valpróico.
Outros estudos farmacocinéticos sobre interações medicamentosas
Têm sido conduzidos estudos clínicos para avaliar o potencial farmacocinético da
interação medicamentosa entre o topiramato e outros medicamentos. As alterações na
Cmáx ou na AUC, como resultado de interações, estão resumidas abaixo. A segunda
coluna (concentração do medicamento concomitante) descreve o que acontece à
concentração do medicamento concomitante que se encontra na primeira coluna, com o
topiramato. A terceira coluna (concentração do topiramato) descreve como a
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
administração concomitante do fármaco da primeira coluna irá modificar a concentração
do topiramato.
Resumo dos Resultados de Outros Estudos Farmacocinéticos sobre Interações
Medicamentosas
Medicamento
concomitante
Concentração concomitante
do medicamentoa
Concentração do
topiramato
Amitriptilina
aumento de 20% na Cmáx
e AUC no metabolito da
nortriptilina
Dihidroergotamina
(Oral e Subcutâneo)
Haloperidol
aumento de 31% na AUC
do metabolito reduzido
Propranolol
aumento de 17% na Cmáx
para o 4-OH propranolol
(TPM 50 mg de12/12h)
aumento de 9% e 16% na
Cmáx,
aumento de 9%-17% na
AUC (40 e 80 mg
propranolol de12/12h,
respetivamente)
Sumatriptano (Oral e
Subcutâneo)
Pizotifeno
Diltiazem
Diminuição de 25% na AUC
do diltiazem e diminuição
de18% da DEA, e
para o
DEM*
20% increase in AUC
Venlafaxina
Flunarizina
Aumento de 16% na AUC
(TPM 50 mg de12/12h)b
a = Valores em % relativamente à alteração na média da Cmáx ou da AUC
relativamente à monoterapia.
= Sem efeitos na Cmáx e na AUC (
15% de alteração) do composto precursor
NE = Não Estudado
*DEA = des acetilo diltiazem, DEM = N-dimetilo diltiazem
b = Flunarizina aumento de 14% na AUC em indivíduos que tomam apenas
flunarizina. Um aumento na exposição pode estar associado a uma acumulação
durante o estabelecimento do estado estacionário.
4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Risco relacionado com a epilepsia e RAMs em geral
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Deve ser dado aconselhamento especializado a mulheres em idade fértil. A necessidade
de tratamento com MAEs deve ser revista quando uma mulher está a planear engravidar.
Em mulheres em tratamento para a epilepsia, deve ser evitada a interrupção súbita da
terapêutica com MAEs, pois pode levar a convulsões que podem ter consequências
graves para a mulher e para o feto.
Sempre que possível, deve ser dada preferência à monoterapia pois a terapêutica com
múltiplos MAEs poderá estar associada a um risco mais elevado de malformações
congénitas do que com a monoterapia, dependendo dos antiepiléticos associados.
Risco relacionado com o topiramato
O topiramato é teratogénico em ratinhos, ratos e coelhos (ver secção 5.3). Em ratos, o
topiramato atravessa a barreira placentária.
Em humanos, o topiramato atravessa a placenta e foram notificadas concentrações
similares no
cordão umbilical e no sangue materno.
Dados clínicos obtidos a partir de registos de gravidez indicam que os lactentes expostos
ao topiramato em monoterapia apresentam:
- um risco aumentado de malformações congénitas (particularmente, fissuras no
lábio/palato, hipospadias e anomalias envolvendo vários sistemas corporais), após
exposição durante o primeiro trimestre da gravidez. Os dados dos registos de gravidez
obtidos a partir do grupo de Medicamentos Antiepiléticos Norte Americanos com
topiramato em monoterapia demonstraram uma prevalência de malformações congénitas
maiores aproximadamente 3 vezes superior (4,3%), quando comparado com um grupo de
referência que não esteja a tomar MAEs (1,4%). Adicionalmente, dados de outros estudos
indicam que, quando comparado com a monoterapia, existe um risco aumentado de
efeitos teratogénicos associados à utilização de MAEs em politerapia. O risco foi
notificado como sendo dependente da dose; foram observados efeitos em todas as doses.
Em mulheres tratadas com topiramato que tiveram um filho com malformações
congénitas, parece haver um risco aumentado de malformações em gravidezes
subsequentes quando expostas ao topiramato.
- Uma prevalência maior de baixo peso no recém-nascido aquando do nascimento (<2500
gramas),comparativamente com o grupo de referência.
- Um aumento da prevalência de ser pequeno para a idade gestacional (PIG; definido
como peso aquando do nascimento abaixo do percentil 10 corrigido para a idade
gestacional, estratificado por sexo). As consequências a longo prazo dos resultados de
PIG não podem ser determinadas.
Indicação na epilepsia
É recomendado que as mulheres com potencial para engravidar, considerem opções
terapêuticas alternativas. Se topiramato for utilizado em mulheres em idade fértil,
recomenda-se a utilização de contraceção altamente eficaz (ver secção 4.5), e que a
mulher esteja devidamente informada dos riscos conhecidos da epilepsia não controlada
na gravidez e dos potenciais riscos do medicamento para o feto. Se uma mulher estiver a
planear engravidar, recomenda-se uma consulta pré-concecional a fim de reavaliar o
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
tratamento, e de forma a considerar outras opções terapêuticas. Em caso de administração
durante o primeiro trimestre deve ser realizada uma monitorização pré-natal cuidadosa.
Indicação na profilaxia da enxaqueca
O topiramato é contraindicado na gravidez e em mulheres em idade fértil que não estão a
utilizar um método contracetivo altamente eficaz (ver secções 4.3 e 4.5).
Amamentação
Os estudos em animais demonstraram a excreção do topiramato no leite. A excreção do
topiramato no leite humano não foi avaliada em estudos controlados. Um número
limitado de observações em doentes sugere uma excreção extensa do topiramato no leite
materno. Os efeitos observados em recém-nascidos/lactentes amamentados por mães
tratadas incluem diarreia, sonolência, irritabilidade e ganho de peso inadequado.
Consequentemente, deve ser tomada uma decisão quanto à interrupção do aleitamento ou
do tratamento com topiramato, tendo em consideração a importância do medicamento
para a mãe (ver secção 4.4).
Fertilidade
Os estudos em animais não mostraram compromisso da fertilidade pelo topiramato (ver
secção 5.3). O efeito do topiramato na fertilidade humana não foi estabelecido.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Topiramato Generis Phar sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas são reduzidos ou moderados. O topiramato atua sobre o Sistema Nervoso
Central e pode provocar sonolência, tonturas ou outros sintomas relacionados. Pode
causar também perturbações visuais e/ou visão turva. Estas reações adversas podem ser
potencialmente perigosas em doentes que conduzam veículos ou utilizem máquinas,
particularmente até ser estabelecida a experiência individual do doente com o
medicamento.
4.8 Efeitos indesejáveis
A segurança do topiramato foi avaliada através de uma base de dados de estudos clínicos
com 4111 doentes (3182 com topiramato e 929 com placebo) que participaram em 20
estudos em dupla ocultação e 2847 doentes que participaram em 34 estudos abertos,
respetivamente, para o topiramato como terapêutica adjuvante nas crises primárias
generalizadas tónico-clónicas, crises parciais, crises associadas á síndrome de Lennox-
Gastaut, monoterapia para uma epilepsia nova ou diagnosticada recentemente ou para a
profilaxia da enxaqueca. A maioria das reações adversas foi ligeira a moderada no que
diz respeito à sua gravidade. Estas reações adversas, identificadas nos ensaios clínicos e
na fase de pós-comercialização (indicado por **), encontram-se descritas na tabela 1
abaixo de acordo com a sua incidência. As frequências atribuídas estão organizadas da
seguinte forma:
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Muito frequentes
1/10
Frequentes
1/100, <1/10
Pouco frequentes
1/1000, <1/100
Raros
1/10000, <1/1000
Muito raros
<1/10000
Desconhecido não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis.
As reações adversas mais frequentes (com uma incidência > 5% e maior que as
observadas com placebo em pelo menos uma indicação em estudos controlados em dupla
ocultação com topiramato) incluem: anorexia, diminuição do apetite, bradifrenia,
depressão, alterações na linguagem, insónia, alteração na coordenação, alteração da
atenção, tonturas, disartria, disgeusia, hipoestesia, letargia, alterações de memória,
nistagmo, parestesia, sonolência, tremor, diplopia, visão turva, diarreia, náuseas, fadiga,
irritabilidade e perda de peso.
Tabela 1: Reações Adversas do Topiramato
Classes de
sistemas de
órgãos
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco
Frequentes
Raros
Muito
Raros
Desconheci
Infeções e
infestações
Nasofarin
gite*
Doenças do
sangue e do
sistema
linfático
Anemia
Leucopenia,
Trombocitopeni
Linfadenopatia
eosinofilia
Neutropenia
Doenças do
sietema
imunitário
Hipersensib
ilidade
Edema
alérgico*
Doenças do
metabolism
o e da
nutrição
Anorexia,
diminuição
do apetite
Acidose
metabólica,
hipocaliemia,
aumento do
apetite,
polidipsia
Acidose
hiperclorém
ica,
hiperamone
mia*,
encefalopati
hiperamoné
mica*
Perturbaçõe
s do
foro
psiquiátrico
Depressão
Bradifrenia,
insónia,
perturbação
expressivida
de da
Ideação suicida,
tentativa de
suicídio,
alucinação,
distúrbio
psicótico,
Mania,
perturbação
de pânico,
sensação de
desespero*,
hipomania
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
linguagem,
ansiedade,
estado
confusional,
desorientaçã
o, agressão,
alterações
no humor,
agitação,
flutuações
de humor,
humor
depressivo,
fúria,
comportame
nto anormal
alucinação
auditiva,
alucinação
visual, apatia,
perda de
discurso
espontâneo,
perturbações do
sono, labilidade
afetiva,
diminuição da
líbido,
inquietação,
choro, disfemia,
euforia,
paranoia,
perseverança,
ataques de
pânico, estado
lacrimoso,
distúrbio na
leitura, insónia
inicial,
embotamento
afetivo,
pensamento
anormal, perda
da libido,
ausência de
interesse nas
atividades da
vida diária,
insónia
intermédia,
distratibilidade,
acordar muito
cedo, reação de
pânico,
exaltação
Doenças do
sistema
nervoso
Parestesia,
sonolência
, tonturas
Distúrbios
na atenção,
comprometi
mento da
memória,
Nível reduzido
de consciência,
convulsões
grande mal,
defeito do
Apraxia,
alteração do
ritmo
circadiano
do sono,
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
amnésia,
perturbaçõe
s cognitivas,
perturbaçõe
s mentais,
perturbaçõe
s das
capacidades
psicomotora
convulsões,
alteração na
coordenaçã
o, tremor,
letargia,
hipoestesia,
nistagmo,
disgeusia,
perturbação
equilíbrio,
disartria,
tremor
intencional,
sedação
campo visual,
crises
complexas
parciais,
distúrbio do
discurso,
hiperatividade
psicomotora,
síncope,
perturbações
sensoriais,
ptialismo,
hipersonia,
afasia, discurso
repetitivo,
hipocinesia,
discinesia,
tonturas
posturais, má
qualidade do
sono, sensação
de queimadura,
perda de
sensações,
parosmia,
síndroma
cerebelar,
disastesia,
hipogeusia,
estupor,
descoordenação,
aura, ageusia,
disgrafia,
disfasia,
neuropatia
periférica, pré-
síncope,
distonia,
sensação de
formigueiro
hiperestesia,
hiposmia,
anosmia,
tremor
essencial,
acinesia,
não resposta
ao estímulo
Afeções
oculares
Visão turva,
diplopia,
perturbaçõe
s visuais
Acuidade visual
reduzida,
escotoma,
miopia*,
sensação
Cegueira
unilateral,
cegueira
passageira,
glaucoma,
Glaucoma
de ângulo
fechado*,
maculopat
ia*,
Uveíte**
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
anormal no
olho*, olho
seco, fotofobia,
blefarospasmo,
aumento da
lacrimação,
fotopsia,
midríase,
presbiopia
distúrbio na
acomodação
, alteração
da perceção
visual de
profundidad
e, escotoma
cintilante,
edema da
pálpebra*,
cegueira
noturna,
ambliopia
distúrbios
moviment
o ocular*,
edema
conjuntiva
Afeções do
ouvido e do
labirinto
Vertigem,
zumbido,
dor de
ouvidos
Surdez, surdez
unilateral,
surdez
neurossensorial,
desconforto no
ouvido,
alteração na
audição
Cardiopatia
Bradicardia,
bradicardia
sinusal,
palpitações
Vasculopati
Hipotensão,
hipotensão
ortostática,
rubor,
afrontamento
Fenómeno
de Raynaud
Doenças
respiratória
s, torácicas
e do
mediastino
Dispneia,
epistaxis,
congestão
nasal,
rinorreia,
tosse*
Dispneia de
esforço,
hipersecreção do
seio paranasal,
disfonia,
Doenças
gastrointest
inais
Náuseas
diarreia,
Vómitos,
obstipação,
abdominal
superior,
dispepsia,
Pancreatite,
flatulência,
doença do
refluxo
gastroesofágico,
dor abdominal
inferior,
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
abdominal,
xerostomia,
desconforto
gástrico,
parestesia
oral,
gastrite,
desconforto
abdominal
hipoestesia oral,
hemorragia
gengival,
distensão
abdominal,
desconforto
epigástrico,
sensibilidade
abdominal,
hipersecreção
salivar, dor oral,
mau hálito,
glossodinia
Afeções
hepatobiliar
Hepatite,
falência
hepática
Afeções
dos tecidos
cutâneos e
subcutâneo
Alopécia,
erupção
cutânea,
prurido
Anidrose,
hipoestesia
facial, urticária,
eritema, prurido
generalizado,
erupção
macular,
descoloração da
pele, dermatite
alérgica,
inflamação da
face
Síndrome
de Stevens-
Johnson*,
eritema
multiforme*
odor da pele
anormal,
edema
periorbital*,
urticária
localizada
Necrólise
epidérmic
a tóxica*
Afeções
musculosqu
eléticas e
dos tecidos
conjuntivos
Artralgia,
espasmos
musculares,
mialgia,
fasciculação
muscular,
fraqueza
muscular,
dor torácica
musculoesq
uelética
Inchaço da
articulação*,
rigidez
muscular, dor do
flanco, fadiga
muscular
Desconforto
membro*
Doenças
renais e
urinária
Nefrolitíase,
polaciúria,
disúria
Cálculos renais,
incontinência
urinária,
hematúria,
incontinência,
Cálculos
ureterais,
acidose
tubular
renal*
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
urgência de
micção, cólicas
renais, dor renal
Doenças
dos órgãos
genitais e
da mama
Disfunção
eréctil,
Disfunção
sexual
Perturbaçõe
s gerais e
alterações
no local de
administraç
Fadiga
Pirexia,
astenia,
irritabilidad
e, alterações
na marcha,
sentir-se
anormal,
mal-estar
Hipertermia,
sede, doença do
tipo gripal*,
lentidão,
arrefecimento
extremidades,
sensação de
embriaguez,
sensação de
agitação
Edema da
face
calcinose
Exames
complemen
tares de
diagnóstico
Diminuiçã
o de Peso
Aumento de
peso*
Presença de
cristais na urina,
teste de marcha
em linha reta
com resultados
anómalos,
contagem de
glóbulos
brancos
diminuída,
aumento das
enzimas
hepáticas
Diminuição
Bicarbonato
no sangue
Circunstânc
ias sociais
Dificuldade na
aprendizagem
* identificada como uma reação adversa durante as notificações espontâneas de pós-
comercialização. A sua frequência foi calculada com base na incidência em ensaios
clínicos ou foi calculada se o evento não ocorreu nos ensaios clínicos.
Malformações congénitas e restrições no crescimento fetal (ver secção 4.4 e secção 4.6).
População pediátrica
As reações adversas notificadas mais frequentemente (
2 vezes mais) em crianças do
que em adultos em estudos controlados e em dupla ocultação incluem:
- Diminuição do apetite
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
- Aumento do apetite
- Acidose hiperclorémica
- Hipocaliemia
- Comportamento anormal
- Agressão
- Apatia
- Insónia inicial
- Ideação suicida
- Alteração da atenção
- Letargia
- Alteração do ritmo circadiano do sono
- Má qualidade do sono
- Aumento do lacrimejo
- Bradicardia sinusal
- Mal-estar
- Alterações na marcha.
As reações adversas que foram notificadas em crianças mas não em adultos em estudos
controlados e em dupla ocultação incluem:
- Eosinofilia
- Hiperatividade psicomotora
- Vertigens
- Vómitos
- Hipertermia
- Pirexia
- Dificuldade de aprendizagem.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco
do medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
Sítio da internet: http://www.infarmed.pt/web/infarmed/submissaoram
(preferencialmente) ou através dos seguintes contactos:
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da saúde de Lisboa, av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 73 73
Linha do Medicamento: 800222444 (gratuita)
E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt
4.9 Sobredosagem
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Sinais e sintomas
Foram notificados casos de sobredosagem com topiramato. Os sinais e sintomas
incluíram: convulsões, sonolência, perturbações do discurso, visão turva, diplopia, défice
intelectual, letargia, coordenação anormal, estupor, hipotensão, dor abdominal, agitação,
tonturas e depressão. As consequências clínicas não foram graves na maioria dos casos,
mas foram notificadas mortes após sobredosagens com politerapia envolvendo
topiramato.
A sobredosagem com topiramato pode causar acidose metabólica grave (ver secção 4.4).
Tratamento
Em caso de sobredosagem aguda do topiramato, se a ingestão for recente, deve esvaziar-
se o estômago imediatamente por lavagem ou por indução de emese. O carvão ativado
mostrou absorver o topiramato in vitro. Deve ser efetuado um tratamento de suporte
apropriado e o doente deve ser bem hidratado. A hemodiálise demonstrou ser um meio
eficaz para a remoção do topiramato do organismo.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.6. Sistema nervoso central. Antiepiléticos e
anticonvulsivantes
Código ATC: N03AX11
O topiramato é classificado como um monossacárido sulfamato-substituído. É
desconhecido o mecanismo preciso pelo qual o topiramato exerce o seu efeito
anticonvulsivante e na profilaxia da enxaqueca. Os estudos eletrofisiológicos e
bioquímicos em culturas de neurónios identificaram três propriedades farmacológicas,
que podem contribuir para a eficácia anticonvulsivante do topiramato.
Os potenciais de ação eliciados repetidamente por uma despolarização prolongada dos
neurónios foram bloqueados pelo topiramato de uma forma tempo-dependente, o que é
sugestivo de um bloqueio dos canais de sódio estado-dependente. O topiramato aumenta
a frequência com que os recetores GABAA são ativados pelo ¡-aminobutirato (GABA) e
aumenta a capacidade do GABA induzir o fluxo de iões cloreto para dentro dos
neurónios, sugerindo que o topiramato potência a atividade deste neurotransmissor
inibitório.
Este efeito não foi bloqueado pelo flumazenilo, um antagonista das benzodiazepinas, nem
o topiramato aumentou a duração do tempo de abertura do canal, diferenciando o
topiramato dos barbitúricos que modulam os recetores GABAA.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Como o perfil antiepilético do topiramato difere acentuadamente do das benzodiazepinas,
pode modular um subtipo do recetor GABAA insensível às benzodiazepinas. O
topiramato antagoniza a capacidade do cainato em ativar os recetores do aminoácido
excitatório (glutamato), do subtipo cainato/AMPA (ácido
-amino-3-hidroxi-5-
metilisoxazol-4-ácido propiónico), mas não teve efeito aparente na atividade de N-
metilo-D-aspartato (NMDA) nos recetores do subtipo NMDA. Estes efeitos do
topiramato estavam dependentes da concentração num intervalo de 1
M a 200
M, com
um mínimo de atividade de 1
M a 10
Além disso, o topiramato inibe algumas isoenzimas da anidrase carbónica. Este efeito
farmacológico é muito mais fraco do que o da acetazolamida, um conhecido inibidor da
anidrase carbónica, e supõe-se que não constitui um dos principais componentes da
atividade antiepilética do topiramato.
Em estudos animais, o topiramato apresenta atividade anticonvulsivante nos testes de
crises máximas por eletrochoques (MES) em ratos e ratinhos e é eficaz em modelos de
epilepsia de roedores, o qual inclui crises tónicas e ausência de crises no rato
espontaneamente epilético (SER) e crises tónicas e clónicas induzidas nos ratos por
inflamação da amígdala ou por isquémia global. O topiramato é apenas fracamente eficaz
no bloqueio das crises clónicas induzidas pelo antagonista do recetor GABAA,
pentilenetetrazol.
Estudos realizados em ratinhos em que foi efetuada a administração em simultâneo do
topiramato e carbamazepina ou fenobarbital, demonstraram atividade anticonvulsivante
sinérgica, enquanto que a associação com a fenitoína mostrou atividade anticonvulsivante
aditiva. Em ensaios clínicos na terapêutica adjuvante, bem controlados, não foi
demonstrada uma correlação entre os níveis plasmáticos de topiramato e a sua eficácia
clínica. Em seres humanos, não se demonstrou qualquer evidência de tolerância.
Crises de ausência
Foram realizados dois pequenos ensaios de braço único com crianças entre os 4 e 11 anos
de idade (CAPSS-326 e TOPAMAT-ABS-001). Um dos estudos incluiu 5 crianças e o
outro incluiu 12 crianças antes de ter terminado precocemente devido a falta de resposta
terapêutica. As doses usadas nestes estudos foram até aproximadamente 12 mg/kg no
estudo TOPAMAT-ABS-001 e um máximo inferior a 9 mg/kg/dia ou 400 mg/dia no
estudo CAPSS-326. Estes estudos não fornecem evidência suficiente para retirar
conclusões relativamente à eficácia ou segurança na população pediátrica.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
As formulações dos comprimidos revestidos por película e cápsulas são bioequivalentes.
O perfil farmacocinético de topiramato em comparação com outros MAEs demonstra
uma longa semivida plasmática, farmacocinética linear, depuração predominantemente
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
renal, ausência de ligação significativa às proteínas plasmáticas e ausência de metabolitos
ativos clinicamente relevantes.
O topiramato não é um indutor potente das enzimas metabolizadoras de fármacos e pode
ser administrado independentemente das refeições, não sendo necessária monitorização
das concentrações plasmáticas do topiramato. Em ensaios clínicos, não houve nenhuma
relação consistente entre as concentrações plasmáticas e a eficácia ou acontecimentos
adversos.
Absorção
O topiramato é bem absorvido, e de forma rápida. Após a administração por via oral de
100 mg de topiramato em voluntários saudáveis, atingiu-se uma média de concentração
plasmática máxima (Cmáx) de 1,5
g/ml em 2 a 3 horas (Tmáx).
Com base na radioatividade recuperada na urina, a extensão média da absorção duma
dose de 100 mg por via oral de 14C-topiramato foi de pelo menos 81%. Não houve um
efeito clinicamente significativo dos alimentos sobre a biodisponibilidade do topiramato.
Distribuição
Geralmente, 13-17% de topiramato liga-se às proteínas plasmáticas. Observou-se uma
baixa capacidade de ligação do topiramato nos eritrócitos que são saturáveis para
concentrações plasmáticas superiores a 4
g/ml. O volume de distribuição varia
inversamente com a dose. O volume médio aparente de distribuição foi de 0,80 - 0,55
l/kg para uma dose única no intervalo de 100 a 1200 mg. Foi detetado um efeito do sexo
no volume de distribuição, com valores para o sexo feminino de cerca de 50% dos do
sexo masculino. Este aspeto foi atribuído à maior percentagem de gordura em mulheres, e
não tem consequências clínicas.
Biotransformação
O topiramato não é extensamente metabolizado (~ 20%) nos voluntários saudáveis. O
topiramato é metabolizado até 50% em doentes a receberem uma terapêutica antiepilética
concomitante com indutores conhecidos das enzimas metabolizadoras dos fármacos.
Foram isolados seis metabolitos, formados por hidroxilação, hidrólise e glucuronidação,
caracterizados e identificados a partir do plasma, urina e fezes de seres humanos. Cada
metabolito representa menos de 3% da radioatividade total excretada após a
administração de 14C–topiramato. Foram testados dois metabolitos, que retiveram a
maior parte da estrutura do topiramato, e verificou-se que possuíam pouca ou nenhuma
atividade anticonvulsivante.
Eliminação
Em seres humanos, a principal via de eliminação do topiramato inalterado e dos seus
metabolitos é a renal (pelo menos 81% da dose). Aproximadamente 66% da dose de 14C-
topiramato foi excretada na forma inalterada na urina, em quatro dias. Após a
administração de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes ao dia, a média da depuração
renal foi de aproximadamente 18 ml/min e 17 ml/min, respetivamente. Existe evidência
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
de reabsorção tubular renal do topiramato. Este facto é apoiado por estudos em ratos em
que o topiramato foi administrado em associação com a probenecida e observou-se um
aumento significativo na depuração renal do topiramato. Em geral, no ser humano, a
depuração plasmática é de aproximadamente 20 a 30 ml/min, após a administração oral.
Linearidade/Não-linearidade
O topiramato exibe uma baixa variabilidade interindividual nas concentrações
plasmáticas e, consequentemente, tem uma farmacocinética previsível. A farmacocinética
do topiramato é linear, com uma depuração plasmática permanecendo constante, e um
aumento da área sob a curva da concentração plasmática proporcional à dose, para doses
orais únicas compreendidas entre 100 e 400mg em indivíduos saudáveis. Os doentes com
função renal normal podem necessitar de 4 a 8 dias até atingirem concentrações
plasmáticas no estado estacionário. A média da Cmáx após a administração por via oral
de doses múltiplas de 100 mg, duas vezes por dia, em indivíduos saudáveis, foi de 6,76
g/ml.
Após a administração de doses múltiplas de 50 mg e 100 mg de topiramato, duas vezes
por dia, a semivida de eliminação plasmática média foi de aproximadamente 21 horas.
Uso concomitante com outros MAEs
A administração concomitante de doses múltiplas de topiramato, 100 mg a 400 mg, duas
vezes por dia, com fenitoína ou carbamazepina demonstra um aumento proporcional à
dose nas concentrações plasmáticas do topiramato.
Compromisso renal
A depuração plasmática e renal do topiramato está reduzida nos doentes com
insuficiência da função renal moderada e grave (CLcr
70 ml/min). Como resultado, são
esperadas concentrações plasmáticas mais elevadas no estado estacionário para uma dose
determinada em doentes com compromisso renal, comparativamente aos doentes com
função renal normal. Para além disso, doentes com compromisso renal necessitarão de
mais tempo para atingir a concentração no estado estacionário, para cada dose. Em
doentes com compromisso renal moderado a grave, é recomendada metade da dose
inicial habitualmente administrada e metade da dose de manutenção.
O topiramato é removido eficazmente a partir do plasma por hemodiálise. Um período
prolongado de hemodiálise pode causar uma descida da concentração de topiramato para
níveis que requerem a manutenção de um efeito anticonvulsivo. Para evitar descidas
repentinas nas concentrações plasmáticas de topiramato durante a hemodiálise, pode ser
necessária uma dose suplementar de topiramato. O ajuste atual deve ter em consideração
1) a duração do período de diálise, 2) a taxa de depuração do sistema de diálise que está a
ser utilizado, e 3) a taxa de depuração renal efetiva de topiramato nos doentes sujeitos a
diálise.
Afeção hepática
A depuração plasmática do topiramato reduz em média 26% nos doentes com
compromisso hepático moderado a grave. Assim, topiramato deve ser administrado com
precaução nos doentes com compromisso hepático.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Idosos
A depuração plasmática do topiramato mantém-se inalterada nos idosos, na ausência de
doença renal subjacente.
População Pediátrica (farmacocinética em crianças até 12 anos de idade)
A farmacocinética do topiramato em crianças, como nos adultos, em terapêutica
adjuvante, é linear, com depuração independente da dose, e as concentrações plasmáticas
no estado estacionário aumentando proporcionalmente à dose. No entanto, as crianças
têm uma maior depuração e uma semivida de eliminação mais curta. Consequentemente,
em crianças, as concentrações plasmáticas do topiramato para a mesma dose em mg/kg
podem ser mais baixas comparativamente aos adultos. Como nos adultos, os MAEs
indutores das enzimas hepáticas diminuem as concentrações plasmáticas no estado
estacionário.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos não clínicos de fertilidade, apesar da toxicidade materna e paterna em doses
tão baixas como 8 mg/kg/dia, não se observou nenhum efeito na fertilidade, nos ratos
machos ou fêmeas, com doses até 100 mg/dia.
Em estudos pré-clínicos, o topiramato demonstrou ser teratogénico nas espécies
estudadas (ratinho, ratos e coelhos). No ratinho, o peso dos fetos e a ossificação do
esqueleto sofreram uma redução com a dose de 500 mg/kg/dia, juntamente com
toxicidade materna. Os números totais de malformações fetais em ratinhos aumentaram
em todos os grupos tratados com o fármaco (20, 100 e 500 mg/kg/dia).
Em ratos, a toxicidade materna e toxicidade embrionária/fetal relacionadas com a dose
(redução no peso fetal e/ou ossificação do esqueleto) foram observadas em doses até 20
mg/kg/dia, com efeitos teratogénicos (defeitos nos membros inferiores e dos dedos) com
doses igual ou superiores a 400 mg/kg/dia. Em coelhos, a toxicidade materna relacionada
com a dose foi observada em doses abaixo de 10 mg/kg/dia, com toxicidade
embrionária/fetal (aumento de letalidade) em doses abaixo de 35 mg/kg/dia, e efeitos
teratogénicos (malformações nas costelas e vértebras) com doses de 120 mg/kg/dia.
Os efeitos teratogénicos observados nos ratos e coelhos foram semelhantes aos
verificados com os inibidores da anidrase carbónica, não tendo estado associados a
malformações nos seres humanos. Os efeitos no crescimento foram igualmente
evidenciados por pesos mais baixos à nascença e durante o aleitamento para os recém-
nascidos de ratos-fêmea que receberam 20 ou 100 mg/kg/dia durante a gestação e o
aleitamento. Em ratos, o topiramato atravessa a barreira placentária.
Em ratos juvenis, a administração oral diária do topiramato em doses até 300 mg/kg/dia,
durante o período de desenvolvimento correspondente à primeira infância, infância e
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
adolescência resultou em toxicidades semelhantes às dos animais adultos (diminuição no
consumo de alimentos com diminuição no ganho do peso corporal, hipertrofia
hepatocelular centrolobular). Não surgiram efeitos relevantes no crescimento dos ossos
longos (tíbia) ou na densidade mineral dos ossos (fémur), pré-desmame e
desenvolvimento reprodutivo, desenvolvimento neurológico (incluindo avaliações da
memória e aprendizagem), no ato sexual e fertilidade ou nos parâmetros de histerotomia.
Numa bateria de testes de mutagenicidade in vitro e in vivo, o topiramato não revelou
potencial genotóxico.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose microcristalina,
manitol,
carboximetilamido sódico (tipo A),
amido pré-gelificado,
crospovidona,
povidona,
estearato de magnésio,
cera de carnaúba.
Revestimento:
Opadry II OY-LS-28908 branco (dosagem de 25 mg e 50 mg), Opadry 02H2229 amarelo
(dosagem de 50 mg),
Opadry 02H23314 laranja (dosagem de 100 mg),
Opadry II 39F24041 rosa (dosagem de 200 mg).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Blister PVC/PE/PVDC/Alu
- 25/50/200 mg: Não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
- 100 mg: Conservar a temperatura inferior a 30ºC.
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Frasco HDPE
25/50/100/200 mg: Não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Topiramato Generis Phar apresenta-se em blisters de PVC/ Alumínio acondicionados em
caixas de 20 ou 60 comprimidos ou em frascos, de polietileno de elevada densidade com
uma tampa à prova de abertura por crianças, de 20 ou 60 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação e outras informações
Não existem requisitos especiais.
Instruções para abrir o frasco
O frasco possui uma tampa à prova de abertura por crianças e deve ser aberto do seguinte
modo: empurrar para baixo a tampa plástica de rosca, enquanto se roda no sentido
contrário dos ponteiros do relógio.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Generis Farmacêutica, S.A.
Rua João de Deus, 19
2700-487 Amadora
Portugal
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Topiramato Generis Phar 25 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5848593 - 20 comprimidos revestidos por película, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5848692 - 60 comprimidos revestidos por película, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Topiramato Generis Phar 25 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5848791- 20 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
Nº de registo: 5848890 - 60 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
APROVADO EM
20-09-2019
INFARMED
Topiramato Generis Phar 50 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5848999 - 20 comprimidos revestidos por película, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Nº de registo: 5849096 - 60 comprimidos revestidos por película, blister
PVC/PE/PVDC/Alu
Topiramato Generis Phar 50 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5849195 - 20 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
Nº de registo: 5849294 - 60 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
Topiramato Generis Phar 100 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5849393 - 20 comprimidos revestidos por película, blister
(PVC/PE/PVDC/Alu)
Nº de registo: 5849492 - 60 comprimidos revestidos por película, blister
(PVC/PE/PVDC/Alu)
Topiramato Generis Phar 100 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5849591 - 20 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
Nº de registo: 5849690 - 60 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
Topiramato Generis Phar 200 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5849799 - 20 comprimidos revestidos por película, blister
(PVC/PE/PVDC/Alu)
Nº de registo: 5849898 - 60 comprimidos revestidos por película, blister
(PVC/PE/PVDC/Alu)
Topiramato Generis Phar 200 mg Comprimido revestido por película
Nº de registo: 5849997 - 20 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
Nº de registo: 5850094 - 60 comprimidos revestidos por película, frasco de HDPE
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 09 de junho de 2006
Data da última renovação: 15 de novembro de 2013
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO