Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
09-07-2009
14-04-2010
APROVADO EM
09-07-2009
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Topiramato arrosertra 25 mg, 50 mg, 100 mg comprimidos revestidos por película
(Topiramato)
Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
- Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Topiramato arrosertra e para que é utilizado
2. Antes de tomar Topiramato arrosertra
3. Como tomar Topiramato arrosertra
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Topiramato arrosertra
6. Outras informações
1. O que é Topiramato arrosertra e para que é utilizado
Topiramato arrosertra pertence a um grupo de medicamentos usados para tratar a
epilepsia e prevenir a enxaqueca. O topiramato afecta compostos químicos do
cérebro que estão envolvidos no envio de sinais para os nervos.
Epilepsia:
O topiramato pode ser usado no tratamento da epilepsia, incluindo epilepsia
generalizada primária e epilepsia parcial com ou sem generalização secundária.
O topiramato pode ser utilizado isolado ou em associação com outros medicamentos
anti-epilépticos para tratar adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade.
Enxaqueca:
O topiramato pode ser usado para tratar enxaquecas de recorrência frequente em
adultos. Topiramato arrosertra não se destina ao tratamento de ataques isolados de
enxaqueca.
2. Antes de tomar Topiramato arrosertra
Não tome Topiramato arrosertra:
- Se tem alergia (hipersensibilidade) ao topiramato.
- Se tem alergia a qualquer dos outros ingredientes de Topiramato arrosertra (ver
secção 6. Outras informações);
- Na prevenção da enxaqueca se está grávida, suspeita de uma gravidez ou está em
idade fértil e não utiliza um método contraceptivo eficaz.
Tome especial cuidado com Topiramato arrosertra
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Deve informar o seu médico se alguma das seguintes condições se aplicar a si:
- foi-lhe prescrito topiramato para a epilepsia e está grávida, a tentar engravidar ou
a amamentar; ver secção “Gravidez e aleitamento” para mais informações;
- se tem ou já teve uma doença dos rins ou do fígado;
- se já teve cálculos renais ou existem antecedentes de cálculos renais na sua
família. Se assim for deve ingerir bastantes líquidos e evitar alimentos ricos em
gorduras e baixo conteúdo em carbohidratos uma vez que estes podem aumentar o
risco de vir a ter um cálculo renal;
- se subitamente apresentar uma diminuição da acuidade visual (miopia) e/ou dor
ocular. Contacte imediatamente o seu médico pois este medicamento pode causar
glaucoma súbito numa minoria de doentes;
- se notar algumas alterações de humor, se sentir deprimido ou com pensamentos
auto-agressivos deve contactar imediatamente o seu médico.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com antiepilépticos como
o Topiramato arrosertra teve pensamentos de auto-agressão e suicídio. Se a
qualquer momento tiver estes pensamentos deve contactar imediatamente o seu
médico.
Pode apresentar perda de peso (ou ausência de aumento de peso) durante o
tratamento com Topiramato. È por isso normal que o seu médico faça uma
monitorização regular do peso e, se necessário, aconselhe uma alteração da dieta.
Os testes sanguíneos apresentaram, por vezes, um ligeiro aumento da acidez devido
a uma redução dos níveis sanguíneos de bicarbonato, em doentes a tomarem
topiramato. Se necessário o seu médico irá monitorizar este parâmetro e pode
ajustar a dose de topiramato.
O tratamento com topiramato pode fazer com que transpire menos, originando um
aumento da temperatura corporal, especialmente durante o exercício ou quando a
temperatura está mais elevada. Isto verifica-se especialmente em crianças. É
importante que beba muita água enquanto está a tomar este medicamento, de
forma a evitar ou reduzir quaisquer efeitos secundários relacionados com o aumento
da temperatura corporal.
Ao tomar Topiramato arrosertra com outros medicamentos:
Informe o seu médico se estiver a tomar algum dos seguintes medicamentos na
medida em que estes podem interagir com Topiramato arrosertra. O seu médico
pode ter necessidade de ajustar a dose do topiramato ou do outro medicamento:
fenitoína
carbamazepina
(para
epilepsia),
podem
reduzir
efeito
topiramato e o topiramato pode aumentar o efeito da fenitoína;
- digoxina (para a insuficiência cardíaca), o topiramato pode reduzir o seu efeito;
- hidroclorotiazida (para a pressão arterial elevada), pode aumentar o efeito do
topiramato;
- metformina (para a diabetes), pode alterar a eficácia do topiramato;
- pioglitazona (para a diabetes), o topiramato pode reduzir o seu efeito;
- amitriptilina (para a depressão), o topiramato pode aumentar o seu efeito;
- haloperidol (para a doença mental), o topiramato pode aumentar o seu efeito;
- diltiazem (para a pressão arterial elevada), o topiramato pode reduzir o seu efeito
e o diltiazem pode aumentar o efeito do topiramato;
- glibenclamida (para a diabetes), o topiramato pode reduzir o seu efeito;
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- lítio (para a depressão), o topiramato pode alterar o seu efeito.
Por favor informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita
médica.
Ao tomar Topiramato arrosertra com contraceptivos orais
Se está a tomar ou planeia começar a tomar contraceptivos orais (a “pílula”), é
importante que converse sobre este assunto com o seu médico na medida em que:
- o topiramato pode reduzir a eficácia da “pílula”. Deve informar rapidamente o seu
médico caso detecte quaisquer alterações no seu padrão menstrual, tais como
aumento das hemorragias de privação ou perdas de pequenos volumes de sangue.
Pode querer considerar outras formas de contracepção.
preferível
escolher um
contraceptivo
oral
contínuo
semana
descanso).
Ao tomar Topiramato arrosertra com alimentos e bebidas
É recomendável não ingerir álcool durante a administração de topiramato na medida
em que este pode aumentar os efeitos secundários.
importante
ingira
muita
água
enquanto
está
tomar
Topiramato,
especialmente se pratica exercício ou se está uma temperatura elevada.
Gravidez e aleitamento
Epilepsia:
Se planeia engravidar ou se descobrir que está grávida enquanto toma este
medicamento, deve contactar o seu médico logo que possível. O seu médico pode
decidir que deve continuar a tomar topiramato durante a gravidez de forma a manter
a epilepsia sob controlo. O seu médico irá rever o tratamento e monitorizar os níveis
de topiramato, antes, durante e após a gravidez.
Não deve amamentar durante o tratamento com topiramato sem ter primeiro
discutido esta questão com o seu médico.
Enxaqueca:
Se está grávida, suspeita de uma gravidez ou se está em idade fértil e não utiliza um
método contraceptivo eficaz, não deve tomar topiramato para prevenir enxaquecas.
Não deve amamentar durante o tratamento com topiramato sem ter primeiro
discutido esta questão com o seu médico.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Este medicamento pode fazê-lo sentir com tonturas ou vertigens e afectar a sua
concentração. Deve falar com o seu médico antes de conduzir ou utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns dos ingredientes de Topiramato arrosertra
Este medicamento contém lactose. Se o seu médico lhe disse que tem intolerância a
alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
3. Como tomar Topiramato arrosertra
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Tome Topiramato arrosertra sempre de acordo com as instruções do médico. Fale
com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Epilepsia:
Adultos e adolescentes (crianças com idade igual ou superior a 12 anos):
Se está a tomar apenas topiramato para controlar a epilepsia, a dose usual é de 100
mg por dia. Esta dose pode ser administrada como uma dose única de 100 mg ou
em duas tomas repartidas de 50 mg. O seu médico pode reduzir ou aumentar a dose
diária dependendo da forma como a sua epilepsia está controlada.
Se está a tomar topiramato em associação com outros anti-epilépticos, a dose usual
de topiramato é de 100-200 mg administrados duas vezes ao dia. No entanto, o seu
médico pode aconselhar-lhe uma dose mais alta ou mais baixa.
Aquando do inicio do tratamento com Topiramato arrosertra o seu médico irá
prescrever uma dose muito mais baixa, que irá depois aumentar lentamente,
normalmente
intervalos
duas
semanas.
Deve
sempre
seguir
cuidadosamente as instruções do seu médico e aconselhar-se com ele se tiver
quaisquer dúvidas.
A utilização de Topiramato não é recomendada em crianças com menos de 12 anos
de idade.
Enxaqueca:
A dose usual para o tratamento da enxaqueca é de 50 mg de topiramato,
administrados duas vezes ao dia. No entanto, o seu médico pode aconselhar uma
dose mais baixa e deve seguir as suas instruções.
Aquando do início do tratamento com topiramato o seu médico irá prescrever uma
dose
muito mais
baixa
que irá
depois
aumentar lentamente,
normalmente
intervalos de uma semana.
O seu tratamento será depois revisto, normalmente a cada seis meses.
Este medicamento não é recomendado na prevenção de enxaquecas em crianças e
adolescentes com menos de 16 anos de idade.
Geral:
- se tem uma doença do fígado ou rins, o seu médico pode prescrever uma dose
mais baixa;
- se faz hemodiálise o seu médico pode aumentar a dose de topiramato nos dias da
hemodiálise. Fale com o seu médico se tiver quaisquer dúvidas e siga sempre
cuidadosamente as instruções do seu médico.
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com um copo de água. Não mastigue,
esmague
parta
comprimidos.
comprimidos
são
normalmente
administrados duas vezes ao dia (por exemplo de manhã e ao deitar), e podem ser
tomados antes, durante ou após as refeições.
Se tomar mais Topiramato arrosertra do que deveria pode sentir-se com tonturas,
agitado, deprimido ou sonolento e ter dores de cabeça ou visão enevoada ou dupla,
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discurso arrastado, problemas de coordenação ou dor no estômago. Deve contactar
o seu médico imediatamente ou dirigir-se ao serviço de urgências mais próximo. Não
se esqueça de levar consigo a embalagem e quaisquer comprimidos que ainda tenha.
Caso se tenha esquecido de tomar Topiramato arrosertra:
Tome a dose esquecida assim que se lembrar. Se estiver quase na hora da próxima
toma não tome a dose esquecida, tome apenas a próxima dose à hora prevista. Não
tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Se parar de tomar Topiramato arrosertra:
Pode ter mais crises ou um agravamento súbito das enxaquecas. É importante que
continue a tomar os comprimidos até que o seu médico lhe diga para parar. Se o seu
médico decidir interromper o tratamento com topiramato, ele irá, habitualmente
fazê-lo de forma gradual ao longo de algumas semanas. É importante que siga as
instruções do seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico ou farmacêutico.
4. Efeitos secundários possíveis
Como
demais
medicamentos,
Topiramato
arrosertra
pode
causar
efeitos
secundários. No entanto, estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se detectar o aparecimento de erupção cutânea, prurido, aparecimento de bolhas ou
outros efeitos na pele, olhos, boca ou genitais, ou se tiver temperatura elevada,
deve parar de tomar os comprimidos e contactar imediatamente o seu médico.
Os doentes a tomar topiramato podem ter pensamentos de auto-agressividade ou
suicidas. Se, em qualquer altura, surgirem este tipo de pensamentos, contacte
imediatamente o seu médico ou dirija-se ao serviço de urgências mais próximo.
Foram descritos os seguintes efeitos secundários:
Muito frequentes (com a probabilidade de afectarem mais de 1 em cada 10 pessoas):
- tonturas
- cansaço
- nervosismo
- dores de cabeça
- náuseas (sensação de doença)
-perda de peso
- problemas de memória e lentidão de
raciocínio
- confusão
- depressão
- anorexia
- ansiedade
- problemas de concentração
- picadas e formigueiro
- alterações do discurso
ataxia
(problemas
controlar
músculos)
- visão anormal ou duplicada
Frequentes (com a probabilidade de afectarem menos de 1 em cada 10 pessoas):
- dor óssea
- reacções alérgicas
- insónia (dificuldades em dormir)
- acidose metabólica (aumento da acidez
no organismo)
- problemas de raciocínio
- perda de desejo sexual
- alterações do pensamento
- dor de estômago
- obstipação
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- hemorragia nasal
- hemorragias de pequenos vasos da pele
(púrpura)
- redução do número de algumas células
sanguíneas
(leucopenia,
anemia
trombocitopénia)
- apatia
- falta de energia
alterações
humor
incluindo
sensação de euforia
- sensação de agitação ou agressividade
- problemas de coordenação
- queda de cabelo
- incontinência
cálculos
renais
(que
podem
apresentar como sangue na urina ou dor
lombar ou da área genital)
- tremores;
- marcha anormal
movimento
involuntário
olhos
(nistagmo)
- alterações do paladar
- alterações no ciclo menstrual
- impotência.
Pouco frequentes (com a probabilidade de afectarem menos de 1 em cada 100
pessoas):
- distúrbios de personalidade (alteração
pensamentos,
sentimentos
comportamento)
- alucinações
- dificuldades respiratórias
- diarreia
- vómitos
- boca seca
- prurido
- inflamação do couro cabeludo
- torpor
- redução da mobilidade (hipocinésia)
Raros (com a probabilidade de afectarem menos de 1 em cada 1.000 pessoas):
- perda aguda da acuidade visual
- glaucoma (aumento da pressão ocular)
- dor ocular
- aumento das enzimas hepáticas
neutropenia
(uma
redução
neutrófilos - um tipo de células brancas
do sangue).
Ocorreu raramente o aparecimento súbito de visão enevoada e/ou dor e vermelhidão
ocular, quer em adultos quer em crianças, tipicamente durante o primeiro mês do
início do tratamento com topiramato. Isto pode indicar o aumento da pressão dentro
do olho (glaucoma). Caso desenvolva quaisquer sintomas oculares, principalmente
nas primeiras semanas de tratamento, deve informar imediatamente o seu médico.
Se o seu médico concluir que se trata de um aumento da pressão ocular, ele
aconselhá-lo-á como deve interromper a administração de topiramato e pode ainda
aconselhar tratamento específico dos olhos. Pode também necessitar revisitar o seu
médico especialista para assegurar o controlo da epilepsia.
Pode sofrer perda de peso contínua e significativa durante o tratamento com
topiramato. É por isso normal que o seu médico queira monitorizar o peso com
alguma regularidade e, se necessário, aconselhe uma alteração da dieta.
Os testes sanguíneos mostraram, por vezes, um ligeiro aumento da acidez. Se
necessário o seu médico irá monitorizar este parâmetro e pode ajustar a dose de
topiramato.
Foram descritas muito raramente hepatite e insuficiência hepática, assim com
convulsões, após a interrupção do tratamento com topiramato.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
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5. Como conservar Topiramato arrosertra
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Topiramato arrosertra após o prazo de validade impresso no blister ou no
frasco e na embalagem exterior. O prazo de validade refere-se ao último dia do mês
indicado.
Blisters: Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade.
Frascos de HDPE Manter o frasco bem fechado para proteger da humidade.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não
necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
6. Outras informações
Qual a composição de Topiramato arrosertra
- A substância activa é o topiramato (cada comprimido revestido por película contém
25 mg, 50 mg ou 100 mg de topiramato).
- Os outros ingredientes do núcleo do comprimido são celulose microcristalina, amido
glicolato de sódio (tipo A), amido de milho pré-gelatinizado, lactose anidra, aroma
anisado, sacarina sódica e estearato de magnésio.
O revestimento dos comprimidos doseados a 25 mg é Opadry AMB OY-B-28920
branco que contém álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), talco, lecitina e
goma xântica.
O revestimento dos comprimidos doseados a 50 mg é Opadry AMB 80W62680
amarelo que contém álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), talco, óxido de
ferro amarelo (E172), óxido de ferro negro (E172), lecitina e goma xântica.
O revestimento dos comprimidos doseados a 100 mg é Opadry AMB 80W62681
amarelo que contém álcool polivinílico, dióxido de titânio (E171), talco, óxido de
ferro amarelo (E172), óxido de ferro negro (E172), lecitina e goma xântica.
Qual o aspecto de Topiramato arrosertra e conteúdo da embalagem
Este medicamento apresenta-se na forma de comprimidos revestidos.
Os comprimidos a 25 mg são brancos, redondos, revestidos, com a impressão “TI”
numa das faces e “>” na outra face.
Os comprimidos a 50 mg são amarelos, redondos, revestidos, com a impressão “TI”
“50” numa das faces e “>” na outra face.
Os comprimidos a 100 mg são amarelos, redondos, revestidos, com a impressão “TI”
“100” numa das faces e “>” na outra face.
Topiramato arrosertra está disponível em blisters e frascos de HDPE, em embalagens
de 20, 28, 50, 56, 60, 84, 90, 100 e 200 comprimidos revestidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
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Titular da autorização de introdução no mercado:
Arrowblue Produtos Farmacêuticos S.A.
Av. D. João II, Torre Fernão de Magalhães, 10ºEsq.
1998-025 Lisboa
Tel: 21 896 51 05
Fax: 21 896 51 06
Mail: geral@arrowblue.pt
Este folheto foi revisto em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Topiramato arrosertra 25 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato arrosertra 50 mg comprimidos revestidos por película
Topiramato arrosertra 100 mg comprimidos revestidos por película
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Topiramato arrosertra 25 mg comprimidos revestidos
Cada comprimido revestido contém 25 mg de topiramato.
Excipientes: 10,25 mg de lactose anidra/comprimido.
Topiramato arrosertra 50 mg comprimidos revestidos
Cada comprimido revestido contém 50 mg de topiramato.
Excipientes: 20,50 mg de lactose anidra/comprimido.
Topiramato arrosertra 100 mg comprimidos revestidos
Cada comprimido revestido contém 100 mg de topiramato.
Excipientes: 41,00 mg de lactose anidra/comprimido.
lista completa dos excipientes ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos por película.
Topiramato arrosertra 25 mg comprimidos revestidos
Comprimidos brancos, redondos, revestidos, com a marcação “TI” numa das faces e
“>” na outra face.
Topiramato arrosertra 50 mg comprimidos revestidos
Comprimidos amarelos, redondos, revestidos, com a marcação “TI” “50” numa das
faces e “>” na outra face.
Topiramato arrosertra 100 mg comprimidos revestidos
Comprimidos amarelos, redondos, revestidos, com a marcação “TI” “100” numa das
faces e “>” na outra face.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Adultos e adolescentes com idade igual e superior a 12 anos: terapêutica adjuvante
para doentes epilépticos com crises parciais e/ou crises generalizadas tónico-
clónicas.
Adultos e adolescentes com idade igual e superior a 12 anos: monoterapia em
doentes epilépticos com crises parciais e/ou crises generalizadas tónico-clónicas.
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Adultos: tratamento de segunda linha na profilaxia da enxaqueca.
4.2 Posologia e modo de administração
Para o controlo ideal da epilepsia, quer em adultos quer em adolescentes com idade
igual ou superior a 12 anos, recomenda-se que a terapêutica seja iniciada com uma
dose baixa, seguida de um ajuste posológico até ser alcançada uma dose eficaz, de
forma a evitar efeitos indesejáveis dependentes da dose.
Não é necessária a determinação dos níveis plasmáticos para optimização da
terapêutica com topiramato.
Para doses não praticáveis com este medicamento estão disponíveis outras doses,
outras formas farmacêuticas e outros produtos.
Modo de administração
Os comprimidos não devem ser divididos/partidos.
O Topiramato pode ser tomado acompanhado ou não de alimentos e com quantidade
suficiente de líquido.
Monoterapia em adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12 anos:
A titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante uma
semana. A posologia pode ser aumentada em 25 ou 50 mg/dia, com intervalos de 1
a 2 semanas, administrados em duas tomas. Se o doente não conseguir tolerar o
regime de titulação podem ser efectuados incrementos menores ou intervalos
maiores entre cada aumento de dose. A titulação da dose deve ser orientada pelos
resultados clínicos.
A dose inicialmente recomendada para monoterapia com topiramato, em adultos, é
de 100 mg/dia e a dose diária máxima recomendada é de 400 mg.
Quando
suspende
administração
simultânea
anti-epilépticos
para
conseguir a monoterapia com topiramato, deverão ser considerados os efeitos que
poderão ocorrer no controlo das convulsões. A menos que aspectos de segurança
exijam
interrupção
abrupta
anti-epilépticos
administrados
concomitantemente, recomenda-se uma redução gradual, de aproximadamente um
terço do anti-epiléptico administrado em simultâneo, de duas em duas semanas.
Quando se suspendem indutores enzimáticos, os níveis de topiramato aumentam. Se
for clinicamente indicado, pode ser necessária uma diminuição na posologia de
topiramato.
Estas recomendações posológicas aplicam-se a todos os adultos incluindo os idosos,
na ausência de doença renal subjacente (ver secção 4.4).
Terapêutica adjuvante em adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12
anos:
A titulação deve ser iniciada com 25 mg a 50 mg de topiramato, administrados à
noite, durante uma semana. Posteriormente, a dose diária total deve ser aumentada,
com incrementos de 25 mg a 50 mg, em intervalos de uma a duas semanas, sendo a
dose administrada em 2 tomas. Se o doente não conseguir tolerar o regime de
titulação devem ser usados incrementos menores ou intervalos maiores entre cada
aumento de dose. A titulação da dose deve ser orientada pelos resultados clínicos.
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Em ensaios clínicos como terapêutica adjuvante, a dose de 200 mg por dia foi a dose
eficaz mais baixa estudada. Assim, esta é considerada a dose eficaz mínima. A dose
diária habitual é de 200 mg a 400 mg, dividida em 2 tomas. Alguns doentes
alcançam eficácia máxima com uma dose diária única. Alguns doentes podem
necessitar de uma dose diária máxima de 800 mg.
Terapêutica da enxaqueca em adultos:
A titulação deve ser iniciada com 25 mg, administrados à noite, durante 1 semana. A
dose deve ser então aumentada em 25 mg diários, com intervalos de 1 semana. Se
o doente não tolerar o regime de titulação podem ser considerados intervalos
maiores entre os ajustes de dose.
A dose total diária de topiramato recomendada no tratamento profiláctico da
enxaqueca é de 100 mg/dia, divididos em 2 tomas. Alguns doentes podem sentir
melhorias com uma dose diária total de 50 mg/dia. Não foram demonstrados
benefícios adicionais com a administração de doses superiores a 100 mg/dia. A dose
e a titulação devem ser orientadas pelos resultados clínicos.
Não existem dados de eficácia ou segurança por períodos superiores a 6 meses no
tratamento profiláctico da enxaqueca.
Doentes com insuficiência hepática e/ou renal:
Em doentes com disfunção renal moderada (clearance da creatinina de 30-69
ml/min.) ou grave (clearance da creatinina <30 ml/min.) recomenda-se iniciar o
tratamento com metade da dose habitual e efectuar a titulação com incrementos
menores e com maior espaçamento que o usual. Como com todos os doentes o
esquema de titulação deve ser orientado pelos resultados clínicos, sabendo-se que
pode ser necessário mais tempo para alcançar o estado estacionário após cada
alteração da dose em doentes com insuficiência renal. Em doentes com insuficiência
renal moderada ou grave podem ser necessários 10 a 15 dias para alcançar
concentrações de estado estacionário, comparativamente com 4 a 8 dias em doentes
com função renal normal.
Em doentes com insuficiência hepática o topiramato deve ser usado com precaução
na medida em que a depuração do topiramato pode estar diminuída.
Doentes submetidos a hemodiálise:
Uma vez que o topiramato é removido do plasma por hemodiálise, nos dias de
hemodiálise deve ser administrada uma dose suplementar de topiramato, igual a
aproximadamente metade da dose diária. A dose suplementar deve ser administrada
em tomas repartidas, no início e final da sessão de hemodiálise. A dose suplementar
pode ser diferente com base nas características da forma de diálise e equipamento
usado. Como noutros doentes a titulação da dose é orientada pelos resultados
clínicos (por exemplo controlo das convulsões, evitar de efeitos secundários).
Suspensão:
Os medicamentos anti-epilépticos, incluindo o topiramato, devem ser retirados
gradualmente, de forma a minimizar o potencial de aumento da frequência das crises
convulsivas. Em ensaios clínicos, as doses foram reduzidas em 50-100 mg/dia a
intervalos semanais. Em alguns doentes a redução da dose foi acelerada sem
complicações.
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4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade ao topiramato ou a qualquer dos excipientes do medicamento.
Tratamento profiláctico da enxaqueca: Na gravidez e em mulheres em idade fértil
que não utilizem um método contraceptivo adequado. Na gravidez a ocorrência de
convulsões constitui um risco considerável para a mãe e para a criança. A prevenção
de convulsões com topiramato, desde que administrado para a indicação adequada,
prevalece sobre o risco de malformações. A prevenção dos ataques de enxaqueca,
no entanto, não compensa este risco. Consequentemente, o topiramato na indicação
de profilaxia da enxaqueca está contra-indicada na gravidez e em mulheres férteis
que não utilizem um método contraceptivo eficaz (ver secção 4.6).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Ideação e comportamento suicida:
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados
com medicamentos antiepilépticos, em várias indicações terapêuticas. Uma meta-
análise de ensaios aleatorizados de medicamentos antiepilépticos, contra placebo,
mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados
disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco para o topiramato.
Os doentes devem ser monitorizados quanto aos sinais de ideação e comportamento
suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os
doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a
contactar o médico assim que surjam sinais de ideação ou comportamento suicida.
Perturbações do humor/Depressão
Foram observados, durante o tratamento com topiramato, um aumento da incidência
de perturbações do humor (incluindo agressão), reacções psicóticas e depressão (ver
secção 4.8). Os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de depressão e
referidos para tratamento apropriado se necessário.
Insuficiência renal
A principal via de eliminação do topiramato e dos seus metabolitos é a via renal. É
necessária precaução em doentes com insuficiência renal moderada ou grave. Pode
ocorrer acumulação devido a redução da eliminação e pode ser necessário um
intervalo de tempo superior ao habitual para alcançar o estado estacionário. A
titulação da dose deve fazer-se mais lentamente que o habitual (ver secção 4.2).
Utilização em crianças
Existe apenas informação limitada sobre a utilização deste medicamento em crianças
com menos de 12 anos de idade.
Hidratação
É importante uma adequada hidratação durante o tratamento com topiramato. A
hidratação pode reduzir o risco de nefrolitíase (ver abaixo). O tratamento com
topiramato pode reduzir a transpiração, principalmente em doentes pediátricos.
Actividades como o exercício ou a exposição a temperaturas elevadas durante a
utilização de topiramato podem aumentar o risco de efeitos adversos relacionados
com o calor (ver secção 4.8).
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
Nefrolitíase
Existe um risco aumentado de formação de cálculos renais e sinais e sintomas
associados, tais como cólica renal, dor lombar ou dor nos flancos, especialmente em
doentes com predisposição para nefrolitíase.
Os factores de risco para nefrolitíase incluem a formação prévia de cálculos,
antecedentes familiares de nefrolitíase e hipercalciúria. Nenhum destes factores de
risco permite prever de forma fidedigna a formação de cálculos durante o tratamento
com topiramato. Os doentes em tratamento com outros medicamentos associados ao
risco de nefrolitíase (acetazolamida, triantereno, vitamina C>2g/dia), podem estar
sujeitos a um maior risco. Durante a utilização de topiramato deve ser evitada a
utilização de agentes deste tipo e de dietas cetogénicas uma vez que estes podem
originar um ambiente fisiológico que aumenta o risco de formação de cálculos renais.
Redução da função hepática
Em doentes com alteração da função hepática o topiramato deve ser administrado
com precaução na medida em que a depuração do topiramato pode estar reduzida.
Miopia aguda e sindroma secundário do ângulo fechado
Foi raramente descrito, em crianças e adultos tratados com topiramato, glaucoma
secundário do ângulo fechado com miopia aguda. Os sintomas normalmente ocorrem
no intervalo de 1 mês do início do tratamento e incluem diminuição da acuidade
visual e/ou dor ocular. As descobertas oculares incluem miopia bilateral, edema da
câmara anterior, hiperemia e aumento da pressão intra-ocular com ou sem midríase.
Pode ocorrer derrame supraciliar resultando no deslocamento anterior do cristalino e
íris. O tratamento inclui a interrupção do topiramato tão rapidamente quanto
clinicamente possível e medidas adequadas para reduzir a pressão intra-ocular. Estas
medidas normalmente resultam numa diminuição da pressão intra-ocular. Se houver
suspeita de aumento da pressão intra-ocular deve ser imediatamente procurado
aconselhamento especializado.
Acidose metabólica
A acidose metabólica hiperclorémica (isto é, redução do bicarbonato sérico abaixo do
intervalo de referência normal na ausência de alcalose respiratória) está associada
ao tratamento com topiramato. Esta redução do bicarbonato sérico é devida ao efeito
inibitório
topiramato
anidrase
carbónica
renal.
Embora
redução
bicarbonato ocorra geralmente no início do tratamento, pode ocorrer em qualquer
altura durante o mesmo. Estas reduções de bicarbonato ocorrem frequentemente
mas são, normalmente, ligeiras a moderadas (redução média de 4 mmol/L a doses
de 100 mg/dia ou superiores de topiramato em adultos e de aproximadamente 6
mg/kg/dia
doentes
pediátricos).
Raramente
doentes
experimentaram
reduções para valores inferiores a 10 mmol/L. Condições clínicas ou terapêuticas que
predisponham para a acidose (tais como doença renal, alterações respiratórias
graves,
estados
epilépticos,
diarreia,
cirurgia,
dieta
cetogénica
alguns
medicamentos) podem ter um efeito aditivo à redução de bicarbonado provocada
pelo topiramato.
A acidose metabólica crónica potencia o risco de formação de cálculos renais.
A acidose metabólica crónica em doentes pediátricos pode causar osteomalacia
(raquitismo)
reduzir
taxas
crescimento.
efeito
topiramato
crescimento
sequelas
ósseas
não
estudado
sistematicamente
populações pediátricas ou adultas.
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
Recomenda-se
determinação
níveis
séricos
bicarbonato
durante
tratamento com topiramato, especialmente em doentes com condições ou terapias
que predisponham a acidose metabólica. Se a acidose metabólica se desenvolver ou
persistir, deve ser considerada a redução da dose ou a interrupção do tratamento
com topiramato (através da redução gradual da dose).
Profilaxia da enxaqueca em adultos
Os doentes em tratamento de longo termo, com topiramato, na profilaxia da
enxaqueca,
devem
regularmente
pesados
monitorizados
continuamente
relativamente a perda de peso. Caso ocorra perda de peso clinicamente significativa
deve ser considerada a interrupção do tratamento.
Perda de peso
Em ensaios clínicos com topiramato, efectuados em crianças em crescimento, foi
observada perda de peso ou ausência de aumento de peso. É recomendada a
monitorização do peso durante o tratamento com topiramato. Em doentes que
percam peso durante o tratamento deve ser considerada nutrição suplementar.
Lactose
Este medicamento contém lactose anidra. Doentes com problemas hereditários raros
de intolerância à galactose, deficiência de lactase Lapp ou malabsorção glucose-
galactose não devem tomar este medicamento.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Efeitos do topiramato sobre outros medicamentos anti-epilépticos
A associação de topiramato a carbamazepina, ácido valproico ou lamotrigina tem
pouco ou nenhum efeito nas suas concentrações plasmáticas em estado estacionário.
Em doentes ocasionais o tratamento com topiramato e fenitoína pode resultar num
aumento das concentrações plasmáticas da fenitoína. Assim, as concentrações
plasmáticas de fenitoína devem ser monitorizadas em doentes com sintomas de
toxicidade à fenitoina.
Efeitos de outros medicamentos anti-epilépticos sobre o topiramato
tratamento
simultâneo
fenitoína
carbamazepina
concentrações
plasmáticas
topiramato
diminuem,
provavelmente
devido
indução
metabolismo.
associação
interrupção
tratamento
fenitoína
carbamazepina à terapêutica com topiramato podem fazer com que se torne
necessário o ajuste da dose deste último. Este ajuste deve ser feito por titulação de
acordo com o efeito clínico.
A associação ou interrupção do tratamento com ácido valproico ou lamotrigina não
produz
alterações clinicamente
significativas
concentrações
plasmáticas
topiramato.
Foram
descritos
casos
raros
encefalopatia
hiperamonémia
doentes
tratados
topiramato
recebiam
também
valproato ou outra medicação anti-epiléptica.
Outras interacções medicamentosas
Digoxina: A AUC de uma dose simples de digoxina pode ser reduzida em 12% devido
à administração concomitante de topiramato. Quando os doentes são tratados
simultaneamente
digoxina
topiramato
digoxina
sérica
deve
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14-04-2010
INFARMED
cuidadosamente monitorizada. A digoxina sérica deve também ser cuidadosamente
monitorizada após interrupção do tratamento com topiramato.
Contraceptivos:
estudo
interacção
farmacocinética,
voluntários
saudáveis, a monoterapia com topiramato, em doses de 50mg/dia a 200mg/dia, não
afectou a exposição (AUC) a contraceptivos orais de associação (contendo 1 mg de
noretisterona e 35 microgramas de etinilestradiol). No entanto, num outro estudo, a
exposição ao etinilestradiol foi significativamente reduzida por doses de topiramato
de 200, 400 e 800 mg/dia (em 18%, 21% e 30% respectivamente) quando
administrado como terapêutica adjuvante a doentes a tomarem ácido valproico,
enquanto a exposição è noretisterona não foi afectada. Não é conhecido o significado
clínico das alterações observadas. O risco de redução da eficácia dos contraceptivos
e de aumento da hemorragia de privação deve ser considerado em doentes a
tomarem contraceptivos contendo estrogénios em simultâneo com topiramato.
doentes
que tomam
contraceptivos
orais
contendo
estrogénios
devem
aconselhadas a notificar ao seu médico assistente quaisquer alterações dos seus
padrões hemorrágicos.
Hidroclorotiazida
(HCTZ):
HCTZ
aumenta
exposição
topiramato
aproximadamente 30%. É desconhecido o significado clínico desta alteração mas a
adição de HCTZ ao tratamento com topiramato pode originar a necessidade de ajuste
dose
topiramato.
farmacocinética da
HCTZ não
significativamente
influenciada pela administração concomitante de topiramato. Os resultados da clínica
laboratorial
indicam
redução
potássio
sérico
após
administração
topiramato ou de HCTZ, a qual foi mais acentuada quando a HCTZ e o topiramato
foram administrados em associação.
Metformina: Um estudo de interacção fármaco-fármaco, conduzido em voluntários
saudáveis,
avaliou
farmacocinética
estado
estacionário
metformina duas vezes ao dia e de 100 mg de topiramato duas vezes ao dia, no
plasma, quando a metformina foi administrada isoladamente e quando a metformina
e o topiramato foram administrados em simultâneo. Os resultados deste estudo
indicaram que a Cmáx média e AUC0-12h média da metformina aumentaram em
18% e 25%, respectivamente, enquanto a CL/F média diminuiu 20% quando a
metformina foi co-administrada com topiramato. Não é claro o significado clínico do
efeito do topiramato na farmacocinética da metformina. A depuração plasmática do
topiramato oral parece ser reduzida quando administrado com metformina. Não é
conhecida a extensão da alteração na depuração. Não é conhecido o significado
clínico
do efeito da
metformina
farmacocinética
topiramato.
Quando
topiramato é adicionado ou retirado em doentes a receberem metformina, deve ser
dada atenção à monitorização de rotina para o controlo adequado da diabetes.
Interacção com álcool: Os efeitos no sistema nervoso central podem aumentar na
utilização concomitante com
álcool.
Recomenda-se não utilizar
topiramato
associação com álcool ou outros depressores do SNC.
Pioglitazona: A farmacocinética do topiramato em estado estacionário não foi
significativamente influenciada pela administração concomitante de pioglitazona. O
topiramato origina um declínio de 15% na exposição à pioglitazona e na exposição
aos metabolitos activos (mas menos potentes) hidroxi e ceto da pioglitazona, em
60%,
respectivamente.
Não
conhecido
significado
clínico
destas
descobertas. Quando o topiramato é adicionado à terapia com pioglitazona ou
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
quando a pioglitazona é adicionada ou interrompida num doente em tratamento com
topiramato, deve ser dada especial atenção à monitorização de rotina dos doentes
para adequado controlo da diabetes.
Diltiazem: O topiramato, numa dose de 150 mg/dia, reduziu a exposição ao
diltiazem e ao metabolito des acetil diltiazem, em 25% e 18%, respectivamente,
não
alterou
exposição
metabolito
N-Demetildiltiazem.
efeito
topiramato pode ser mais pronunciado com doses elevadas. O tratamento com
diltiazem aumentou a exposição ao topiramato em 20%. O efeito do diltiazem pode
ser superior quando o topiramato é usado em associação com outros AEDs.
Glibenclamida (Gliburide): O tratamento concomitante com topiramato, quando
titulado lentamente ao longo de 5 semanas e mantido a 150mg/dia durante 1
semana, resultou numa redução de 25% da AUC24 do gliburide e numa redução
modesta na exposição sistémica aos metabolitos activos, 4-trans-hidroxi-gliburide
(M1) e 3-cis-hidroxigliburide (M2). Não pode ser excluído que o efeito do topiramato
é mais pronunciado com doses elevadas. A farmacocinética do topiramato em estado
estacionário não foi afectada pela administração concomitante de gliburide. Quando
o topiramato é adicionado à terapia com gliburide ou o gliburide é adicionado à
terapia com topiramato, deve ser dada especial atenção à monitorização de rotina
dos doentes para o controlo adequado da diabetes.
Lítio: Em voluntários saudáveis foi observada redução (18% para a AUC) na
exposição sistémica ao lítio durante a administração concomitante de 200 mg/dia de
topiramato. Em doentes com doença bipolar a farmacocinética do lítio não foi
afectada durante o tratamento com topiramato, em doses de 200 mg/dia; no
entanto, foi observado um aumento na exposição sistémica (26% para a AUC) após
doses de topiramato até 600 mg/dia. Os níveis de lítio devem ser monitorizados
quando co-administrado com topiramato.
Estudos de interacção medicamentosa farmacocinética adicionais: O topiramato não
altera a exposição à amitriptilina. No entanto o topiramato aumenta a exposição ao
metabolito
activo
amitriptilina,
nortriptilina,
20%.
Não
conhecida
relevância clínica deste facto.
O topiramato não altera a exposição ao haloperidol. No entanto, o topiramato
aumenta a exposição ao metabolito reduzido activo do haloperidol, em 31%. Não é
conhecida a relevância clínica deste facto.
Não existem interacções farmacocinéticas entre o topiramato e o propranolol,
dihidroergotamina ou pizotifeno.
O topiramato não afecta a farmacocinética do sumatriptano (oral ou subcutâneo).
Interacções potenciais que não foram estudadas:
O topiramato inibe a enzima CYP 2C19 e pode influenciar outras substâncias activas
que são
metabolizadas
através
desta
enzima,
como
diazepam,
imipramina,
moclobemida, proguanil, omeprazol. Estas não foram, no entanto, estudadas.
A administração simultânea de inibidores da anidrase carbónica (ex. sultiame,
zonisamida) e topiramato não foi analisada em estudos clínicos. A associação destes
medicamentos pode aumentar os efeitos secundários devido à inibição da anidrase
carbónica.
APROVADO EM
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INFARMED
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Foi observado um aumento da frequência de malformações (malformações da
extremidade distal e crânio-faciais, insuficiência cardíaca) consequente à utilização
de certos tipos de medicamentos anti-epilépticos durante o primeiro trimestre de
gravidez.
O tratamento de associação parece aumentar o risco de malformações, pelo que é
importante que seja utilizada monoterapia sempre que possível.
O topiramato demonstrou efeitos teratogénicos nas espécies estudadas (ratinhos,
ratos e coelhos). Nos ratos o topiramato atravessa a barreira placentária.
As mulheres em idade fértil ou com possibilidade de engravidar devem receber
aconselhamento médico especializado. Recomenda-se que as mulheres em idade
fértil utilizem um método contraceptivo adequado.
A necessidade de tratamento anti-epiléptico deve ser revista quando a mulher
planeia engravidar.
Indicação epilepsia:
Não existem estudos da utilização de topiramato em mulheres grávidas. No entanto,
o topiramato deve ser usado durante a gravidez apenas quando os potenciais
benefícios ultrapassem os potenciais riscos.
experiência
pós-comercialização,
foram
descritos
casos
de hipoespádia em
crianças do sexo masculino expostas ao topiramato in útero, quer em regime de
monoterapia quer como terapêutica adjuvante, com outros medicamentos anti-
epilépticos. Não foi estabelecido se existe uma relação causal com o topiramato. No
entanto, se a profilaxia das crises convulsivas for alterada ou descontinuada, isto
pode trazer um risco considerável para a mãe e para o feto, que provavelmente é
mais
grave
risco
malformação.
Assim,
durante
gravidez,
medicamentos anti-epilépticos devem ser prescritos tendo em consideração o que foi
dito acima.
Indicação profilaxia da enxaqueca:
Tratamento
profiláctico
enxaqueca:
topiramato
está
contra-indicado
gravidez
mulheres
idade
fértil
caso
não
seja
usado
método
contraceptivo adequado (ver secção 4.3).
Aleitamento
O topiramato é excretado no leite humano. Observações limitadas sugerem uma
relação plasma leite de 1:1. Tendo em conta os potenciais efeitos adversos para o
lactente, se for necessário para a mãe a continuação do tratamento, recomenda-se a
interrupção da amamentação.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
O topiramato tem grande influência sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. O topiramato actua sobre o sistema nervoso central e pode provocar
sonolência, tonturas e outros sintomas relacionados, podendo desta forma reduzir a
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
atenção
necessária
para
actividades
motoras.
Este
facto
deve
tido
consideração por exemplo na condução de veículos e utilização de máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de efeitos indesejáveis do topiramato é baseado em dados de 1800 sujeitos
provenientes de ensaios clínicos.
Muito frequentes:
1/10
Frequentes:
1/100, <1/10
Pouco frequentes:
>
/1.000, <1/100
Raros:
1/10.000, <1/1.000
Muito raros:
<1/10.000
Não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Classe orgão
Muito
frequentes
Frequentes
Pouco
frequentes
Raros
Perturbações
gerais
alterações
local
administração
Tonturas,
fadiga,
sonolência,
nervosismo,
cefaleias,
náuseas
Dor esquelética,
reacção
alérgica,
insónia
Doenças
metabolismo
da nutrição
Perda de peso
Acidose
metabólica
Doenças
sangue
sistema linfático
Anemia,
epistaxe,
púrpura,
leucopénia,
trombocitopénia
Neutropenia
Perturbações do
foro psiquiátrico
Dificuldades
memória,
anorexia,
confusão
lentidão
psicomotora,
depressão,
distúrbios
concentração,
ansiedade
Apatia, astenia,
euforia,
fragilidade
emocional,
agitação,
problemas
cognitivos,
redução
libido, reacções
agressivas,
psicose
sintomas
psicóticos.
Alucinações,
distúrbios
personalidade,
ideação
suicida,
tentativa
suicídio
Doenças
respiratórias,
torácicas
mediastino
Dispneia
Doenças
gastrointestinais
Obstipação, dor
abdominal
Diarreia,
vómitos e boca
seca
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
Afecções
tecidos cutâneos
e subcutâneos
Alopecia
Foliculite
prurido
Doenças
renais
e urinárias
Incontinência
urinária,
nefrolitíase
Doenças
sistema nervoso
Ataxia,
parestesia,
perturbações
discurso,
afasia
Tremor,
ordenação
anormal,
marcha
anormal,
nistagmo,
alteração
paladar
Hipocinésia,
torpor
Afecções
hepatobiliares
Aumento dos
enzimas
hepáticos
Afecções
oculares
Diplopia, visão
anormal
Miopatia
aguda
glaucoma
secundário
ângulo
fechado,
ocular
Doenças
órgãos
genitais
e da mama
Alterações
mentruais,
impotência
doentes
tratados
topiramato
terapia
adjuvante,
descrito
aproximadamente 1 caso de acontecimento trombo-embólico por 100 doentes ano.
Destes, a maioria foi tratada por mais de meio ano e apresentava mais de um factor
de risco. Não foi possível estabelecer a relação com o topiramato.
Uma vez que o topiramato tem sido mais frequentemente co-administrado com
outros agentes anti-epilépticos é difícil determinar quais os agentes, se é que alguns,
que estão associados com os efeitos adversos.
Qualitativamente
tipos
efeitos
adversos
observados
ensaios
monoterapia foram geralmente semelhantes aos observados nos ensaios de terapia
de associação. À excepção de parestesia e fadiga estes efeitos adversos foram
descritos com uma taxa de incidência semelhante ou inferior nos ensaios de
monoterapia.
ensaios
clínicos
dupla
ocultação
efeitos
adversos
clinicamente relevantes que ocorreram com uma incidência maior ou igual a 10%
nos doentes adultos tratados com topiramato incluíram: parestesia, cefaleias, fadiga,
tonturas, sonolência, redução de peso, náuseas e anorexia.
Da utilização comercial foram descritos, em doentes tratados com topiramato, casos
raros de aumento dos enzimas hepáticos, acidose metabólica e casos isolados de
hepatite e insuficiência hepática, assim como convulsões após a interrupção do
topiramato (mesmo em doentes sem antecedentes de epilepsia). Os dados dos
ensaios clínicos indicam que o topiramato tem sido associado com uma redução
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
média de 4 mmol/L nos níveis de bicarbonato sérico (ver também secção 4.4). Foi
raramente descrita, durante a utilização de topiramato, oligohidrose, por vezes com
sintomas associados de febre e rubor. A maioria destes casos ocorreu em crianças.
Foram também descritas pouco frequentemente tentativas de suicídio (ver secção
4.4).
Foram também recebidas notificações de casos isolados de reacções bolhosas da
pele e mucosas (incluindo eritema multiforme, pênfigo, sindroma de Stevens-
Johnson e necrólise epidérmica tóxica). A maioria destes casos ocorreram em
doentes a tomar outros medicamentos também associados com reacções bulhosas
da pele e mucosas.
Tem havido casos raros de miopatia aguda e glaucoma secundário de ângulo fechado
em doentes tratados com topiramato (ver também secção 4.4). Os sintomas
incluíram a redução da acuidade visual e/ou dor ocular, tipicamente no intervalo de 1
mês do início do tratamento com topiramato. Foram afectados doentes pediátricos,
assim como adultos.
Da utilização pós comercialização foram notificados casos muito raros de cegueira
temporária. No entanto não foi estabelecida uma relação causal com o tratamento.
Em ensaios clínicos de dupla ocultação na enxaqueca, a incidência de efeitos
secundários relacionados com a dose foi, em geral, inferior à que ocorreu nos
ensaios da epilepsia, porque foram usadas doses mais baixas nos ensaios da
enxaqueca.
4.9 Sobredosagem
Sinais e sintomas
Encontram-se
descritos
casos
sobredosagem
topiramato.
sinais
sintomas incluem sonolência, cefaleias, alterações do discurso, visão enevoada,
diplopia, perturbação da actividade mental, letargia, coordenação anormal, torpor,
hipotensão,
abdominal,
agitação,
tonturas,
depressão
convulsões.
consequências clínicas não foram graves na maioria dos casos, mas encontram-se
descritos casos fatais após sobredosagem com vários medicamentos incluindo o
topiramato.
A sobredosagem com topiramato pode originar acidose metabólica grave (ver secção
4.4).
Um doente que ingeriu uma dose calculada entre 96 e 110 g de topiramato foi
admitido no hospital em coma, que durou 20-24 horas, após o que recuperou
completamente após 3 a 4 dias.
Tratamento
O tratamento deve ser de suporte adequado. A substância activa não absorvida deve
ser removida do tracto gastrointestinal por lavagem ou com carvão activado, caso
seja considerado necessário do ponto de vista clínico. A hemodiálise revelou-se um
meio eficaz de remoção do topiramato do organismo. O doente deve ser bem
hidratado.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo
farmacoterapêutico:
2.6.
Medicamentos
sistema
nervoso
central.
Antiepilépticos e anticonvulsivantes
Preparações anti-enxaqueca.
Código ATC: N03AX11
O topiramato é classificado como um monossacárido sulfamato-substituído. Foram
identificadas três propriedades farmacológicas do topiramato que podem contribuir
para a sua actividade anticonvulsivante.
O topiramato reduz a frequência com que os potenciais de acção são gerados quando
os neurónios são submetidos a uma despolarização prolongada, indicativa de um
bloqueio dos canais de sódio estado-dependente.
O topiramato potencia a actividade do GABA nalguns tipos de receptores GABA. O
topiramato antagoniza de uma forma ligeira a capacidade do kainato em activar os
receptores do aminoácido excitatório (glutamato) do subtipo kainato/AMPA mas não
tem efeito aparente na actividade do N-metil-D-aspartato (NMDA) nos receptores do
subtipo NMDA.
Adicionalmente, o topiramato inibe algumas isoenzimas da anidrase carbónica. Este
efeito não é considerado um componente principal da actividade antiepiléptica do
topiramato.
A eficácia do topiramato na profilaxia da enxaqueca foi avaliada em dois ensaios de
grupo
paralelos,
controlados
placebo,
dupla
ocultação,
aleatorizados,
multicêntricos. O conjunto dos resultados dos ensaios, que avaliaram doses de
topiramato de 50 (N=233), 100 (N=244) e 200 mg/dia (N=228), encontraram uma
redução
percentual
média
ponto
primário
eficácia,
taxa
periódica
enxaqueca mensal média, de 35%, 51% e 49% respectivamente, comparativamente
com 21% para o grupo placebo (N=229). As doses de 100 mg e 200 mg/dia de
topiramato foram estatisticamente superiores ao placebo, enquanto que com a dose
mg/dia
diferenças
comparativamente
placebo
não
foram
estatisticamente significativas. 27% dos doentes que receberam 100 mg/dia de
topiramato
alcançaram uma
redução
pelo
menos, 75% na
frequência
enxaqueca (placebo 11%), enquanto 52% alcançaram uma redução de, pelo menos,
50% (placebo 23%).
terceiro
estudo
grupo
paralelo,
dupla
ocultação,
aleatorizado,
muticêntrico, verificou-se que a frequência mensal de episódios de enxaqueca
(endpoint primário) foi reduzida em -0,8 períodos /mês quando comparada com o
período base com placebo. A redução com 100 mg/dia de topiramato foi de -1,6
períodos/mês, e com 200 mg/dia foi de -1,1 períodos/mês. As diferenças não foram
estatisticamente significativas.
Num outro estudo suplementar, de análise da eficácia primária, não se observaram
diferenças estatisticamente significativas entre uma dose de 200 mg de topiramato e
o placebo (alteração nos episódios mensais de enxaquecas versus a linha de base).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
Absorção
O topiramato é rapidamente absorvido. Após a administração oral de 400 mg, a
Cmáx é alcançada após cerca de 2 horas. O topiramato tem uma farmacocinética
linear com um aumento da concentração plasmática proporcional à dose, no
intervalo de doses testado de 200-800 mg/dia.
Não existem dados de administração intravenosa. Com base na radioactividade
recuperada na urina, a extensão média de absorção de uma dose de 100 mg de 14C
topiramato
pelo
menos,
81%.
base
dados
urina
biodisponibilidade pode ser estimada em aproximadamente 50%. Os alimentos não
têm um efeito clínico significativo sobre o topiramato. A variabilidade da cinética é de
25-35%. A concentração plasmática máxima (Cmáx) em voluntários saudáveis,
observada
após
doses
repetidas
duas
vezes
dia,
aproximadamente 7 µg.
Distribuição
O volume de distribuição aparente médio foi determinado como sendo de 0,55-0,8
L/kg. Há um efeito do género no volume de distribuição, em que o volume de
distribuição nas fêmeas é aproximadamente 50% do observado nos machos. O
topiramato liga-se aos eritrócitos mas a ligação está provavelmente saturada a 3-10
µg/ml. A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é de 13-17%. Não existe
informação relativa à distribuição no líquido cefalorraquidiano.
Metabolismo
topiramato
moderadamente
metabolizado
(aproximadamente
20%)
voluntários
saudáveis.
Após
administração
simultânea
anti-epilépticos
conhecido efeito indutor enzimático, o metabolismo pode aumentar até 50%. Seis
metabolitos foram isolados, caracterizados e identificados do plasma, urina e fezes
de humanos.
Eliminação
A depuração renal é de aproximadamente 18 ml/min. Isto é muito menos que o
esperado, o que indica uma reabsorção tubular de topiramato. No geral a depuração
plasmática é de aproximadamente 20 a 30 ml/min. após administração oral. A mais
importante via de eliminação do topiramato e seus metabolitos é através dos rins.
Após administração de doses repetidas de 50 mg e 100 mg de topiramato duas
vezes ao dia, a semi-vida média foi de cerca de 21 horas. Doentes com função renal
normal podem levar 4 a 8 dias para alcançar concentrações plasmáticas de estado
estacionário, enquanto doentes com insuficiência renal moderada a grave podem
necessitar de 10-15 dias de tratamento. A depuração plasmática e renal do
topiramato estão reduzidas em doentes com insuficiência renal.
Grupos especiais de doentes
Insuficientes renais:
Comparativamente com doentes com função renal normal (clearance da creatinina
>70
mg/min.)
clearance
topiramato
inferior
doentes
insuficiência renal moderada (clearance da creatinina 30-69 ml/min.) e 54% inferior
em doentes com insuficiência renal grave (clearance da creatinina <30 ml/min).
Nalguns doentes com insuficiência renal grave a redução da clearance pode ser
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
superior. Em geral recomenda-se metade da dose diária usual em doentes com
insuficiência renal moderada a grave.
Insuficientes hepáticos:
A clearance plasmática do topiramato é reduzida em 20-30% em doentes com
insuficiência hepática moderada a grave.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos de toxicidade geral foi identificada toxicidade induzida pelo topiramato,
sendo os órgãos alvo o estômago, rins, bexiga e sangue (anemia). A toxicidade foi
evidente com exposições sistémicas dos animais abaixo do esperado em doentes a
receberem a terapêutica recomendada. A relevância clínica destas descobertas é
desconhecida, mas as mesmas não podem ser excluídas.
Estudos de toxicidade reprodutiva mostraram que o topiramato foi teratogénico nas
espécies estudadas (ratinho, rato e coelho), a níveis de exposição sistémica abaixo
dos esperados nos doentes a receberem a terapêutica recomendada. É desconhecido
o risco para o Homem mas o mesmo não pode ser excluído.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Excipientes
Núcleo do comprimido
Celulose microcristalina
Amido glicolato de sódio (Tipo A)
Amido de milho pré-gelatinizado
Lactose anidra
Sacarina sódica
Estearato de magnésio
Aroma anisado
Revestimento
Topiramato arrosertra 25 mg comprimido revestidos:
Opadry AMB OY-B-28920 branco contendo
Álcool polivinílico
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Lecitina
Goma xântica
Topiramato arrosertra 50 mg comprimido revestidos:
Opadry AMB 80W62680 amarelo contendo
Álcool polivinílico
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Óxido de ferro amarelo (E172)
Lecitina
Goma xântica
Óxido de ferro negro (E172)
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
Topiramato arrosertra 100 mg comprimido revestidos:
Opadry AMB 80W62681 amarelo contendo
Álcool polivinílico
Dióxido de titânio (E171)
Talco
Óxido de ferro amarelo (E172)
Lecitina
Goma xântica
Óxido de ferro negro (E172)
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
3 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Blisters: Conservar na embalagem original
Frascos de HDPE: Manter o recipiente bem fechado.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/Aclar 3000/alumínio.
Frascos de HDPE com tampa de PP contendo um exsicante (sílica gel).
Apresentações: 20, 28, 50, 56, 60, 84, 90, 100 e 200 comprimidos revestidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Arrowblue Produtos Farmacêuticos S.A.
Av. D. João II, Torre Fernão de Magalhães, 10ºEsq.
1998-025 Lisboa
8. NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Topiramato arrosertra 25 mg comprimidos revestidos por película
- Apresentação de 20 comprimidos: 5056106
- Apresentação de 60 comprimidos: 5056718
Topiramato arrosertra 50 mg comprimidos revestidos por película
APROVADO EM
14-04-2010
INFARMED
- Apresentação de 20 comprimidos: 5056726
- Apresentação de 60 comprimidos: 5056734
Topiramato arrosertra 100 mg comprimidos revestidos por película
- Apresentação de 20 comprimidos: 5055454
- Apresentação de 60 comprimidos: 5058029
DATA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10.10.2007
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO