Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
25-10-2005
25-10-2005
APROVADO EM
25-10-2005
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos
Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.
Conserve este folheto Informativo. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si e não deve dá-lo a outros. Pode ser-lhes prejudicial,
mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Neste folheto:
1.O que é a Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos e para que se utiliza.
2.Antes de tomar Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos.
3.Como tomar Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos.
4.Efeitos secundários possíveis.
5.Conservação de Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos.
6.Outras informações
1.O QUE É A Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos E PARA QUE SE UTILIZA
Forma farmacêutica e conteúdo; grupo fármaco-terapêutico
Terbinafina
Terbizyl
Comprimidos
apresenta-se
forma
comprimidos
embalagens de 14 e 28 comprimidos.
A substância activa deste medicamento é a terbinafina (sob a forma de cloridrato de terbinafina).
Cada comprimido contém o equivalente a 250 mg de terbinafina. Os restantes componentes são:
Sílica anidra coloidal, Croscarmelose sódica, Estearato de magnésio, Celulose microcristalina,
Povidona K29-32 e Talco.
Classificação Farmacoterapêutica: 1.2 – Medicamentos anti-infecciosos; Antifúngicos
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
MERCK, S.A.
Rua Alfredo da Silva, nº 3 - C
1300-040 Lisboa
Fabricante
Generics (UK), Ltd. (Fab. Potters Bar) GBR Station Close Potters Bar - Hertfordshire
Merck Farma y Quimica, S.A. (Fab. Mollet del Vallès) ESP Carretera Nacional 152, Km 19 -
Poligono Merck Mollet del Vallès - Barcelona
McDermott Laboratoires, Ltd. IRL T/A Gerard Laboratories - Baldoyle Industrial Estate,
Grange Road Dublin
Indicações terapêuticas
A terbinafina é um antifúngico utilizado para o tratamento de infecções causadas por fungos nas
unhas e na pele sensíveis à terbinafina.
Nota: A terbinafina administrada oralmente não é eficaz na Pityriasis versicolor.
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2.ANTES DE TOMAR Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos
Não tome Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos se
se for alérgico à terbinafina ou a algum dos outros componentes deste medicamento.
se tem ou já teve problema de fígado ou rins, fale com o seu médico, ele irá avaliar a situação.
Tome especial cuidado com Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos
Se apresenta sinais ou sintomas sugestivos de disfunção hepática, tais como, prurido, náusea
persistente inexplicável, anorexia ou cansaço, icterícia, vómitos, fadiga, dor abdominal ou urina
escura, fezes descoloradas, deve verificar a origem hepática e deve interromper o tratamento com
terbinafina;
Se sofre de psoríase, visto ocorrer raramente exacerbação da psoríase;
Se sofre alteração da função renal (depuração da creatinina inferior a 50ml/min ou creatinina
sérica superior a 300mmol/l) deve receber metade da dose normal;
Doentes em tratamento com terbinafina que desenvolveram febre alta ou garganta inflamada
devem ser examinados relativamente à possibilidade de reacções hematológicas.
Gravidez e aleitamento
A terbinafina não deve ser usada durante a gravidez, a não ser nos casos, em que por decisão
médica, os possíveis benefícios ultrapassam os riscos potenciais.
A terbinafina é excretada no leite; por este motivo as mães submetidas ao tratamento com
terbinafina não devem amamentar.
Condução e uso de máquinas
Não se conhecem efeitos da terbinafina sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Utilização com outros medicamentos
Informe o seu médico sobre todos os medicamentos que está a tomar, ou pretende tomar,
incluindo
aqueles
são
comprados
receita
médica,
particularmente
seguintes
medicamentos, uma vez que estes podem interagir com a terbinafina:
ciclosporina
terfenadina
triazolam
tolbutamida
contraceptivos orais
antidepressivos tricíclicos
bloqueadores-beta
rifampicina
cimetidina
inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRSs)
inibidores da monoamino oxidase (IMAOs) do tipo B
3.COMO TOMAR Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos
Deve tomar este medicamento de acordo com as instruções do médico e não altere as instruções
por ele dadas. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
A dose diária normal em adultos é de 250 mg.
Crianças e adolescentes ( 0-17 anos):
Não existe experiência com terbinafina em crianças e adolescentes, pelo que o seu uso não pode
ser recomendado.
Idoso:
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Não há evidências que sugiram que os doentes idosos necessitem de uma posologia diferente.
Duração do tratamento
A duração do tratamento varia de acordo com a indicação e a gravidade da infecção.
O seu médico indicar-lhe-á a duração do seu tratamento com Terbinafina Terbizyl 250 mg
Comprimidos.
Em algumas infecções o tratamento pode durar até 6 meses.
Não suspenda o tratamento antes do indicado pelo seu médico, uma vez que o tratamento poderá
não ser eficaz.
Se tomar mais Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos do que deveria
Em caso de sobredosagem ou ingestão acidental, consulte o seu médico ou farmacêutico ou o
Centro de Intoxicações (808 250 143), indicando o medicamento e a quantidade ingerida.
Os sintomas de sobredosagem incluem: cefaleias, náuseas, dor epigástrica e tonturas.
Caso se tenha esquecido de tomar Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos:
Deve tomar este medicamento dentro do horário recomendado pelo médico. Mas se se esquecer
de tomar uma dose, volte a tomar o medicamento o mais rápido que se seja possível, continuando
o tratamento da forma prescrita.
No entanto se faltar pouco tempo para a dose seguinte, é preferível não tomar a dose que foi
esquecida e tomar a dose seguinte no horário previsto. Não tome uma dose a dobrar para
compensar a dose que se esqueceu de tomar.
4.EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Tal como outros medicamentos a Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos poderá provocar
alguns efeitos secundários.
Em geral a terbinafina comprimidos é bem tolerada. Os efeitos secundários são geralmente de
grau ligeiro ou moderado
e transitórios. Os mais frequentes são sintomas gastrointestinais
(enfartamento, perda de apetite, dispepsia, náuseas, dor abdominal ligeira, diarreia), reacções
cutâneas não graves (rash, urticária), reacções músculo-esqueléticas (dores musculares e das
articulações), cefaleias, fadiga e mal estar.
Menos frequentemente foram relatados distúrbios do paladar, incluindo perda do paladar, os quais
geralmente regridem várias semanas após a interrupção do tratamento.
Raramente foi reportado parestesias, hipoestesia,
tonturas, reacções anafilácticas, reacções
semelhantes à doença do soro, colestase, alteração da função hepática, hepatite, icterícia, edema
angioneurótico, aumento dos enzimas hepáticos.
Muito raramente foram reportadas alterações hematológicas (diminuição das células sanguíneas)
e reacções cutâneas graves (manifestação ou agravamento do lúpus eritematoso sistémico ou
cutâneo, síndrome de Stevens-Johnson, necrolises epidérmicas tóxicas e fotosensibilidade).
Se ocorrer rash cutâneo progressivo deve interromper o tratamento com terbinafina e consulte o
seu médico.
Se durante o tratamento com terbinafina apresentar sintomas persistentes e não explicados de
náuseas, anorexia, fadiga, vómitos, dor abdominal superior e direita ou icterícia, urina escura ou
fezes descoloradas, consulte imediatamente o seu médico.
Foram relatados muito raramente casos de depressão, ansiedade, exacerbação de psoríase, queda
de cabelo, e irregularidades menstruais.
Informe o seu médico ou farmacêutico se ocorrer qualquer efeito não descrito neste folheto
informativo, ou se um efeito usual persistir ou piorar.
5.CONSERVAÇÃO DE Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos
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Mantenha a Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos fora do alcance e da vista das crianças.
Não são necessárias precauções especiais de conservação.
Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem.
Não tome Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos após o final do prazo de validade indicado
na caixa.
6.Outras informações
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o titular da autorização de
introdução no mercado.
Este folheto informativo foi elaborado:
Abril 2005
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1.DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Terbinafina Terbizyl 250 mg Comprimidos
2.COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contem cloridrato de terbinafina, equivalente a 250 mg de terbinafina.
Excipientes, ver 6.1.
3.FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Comprimidos brancos a quase brancos redondos, biconvexos marcados com "TF" na linha
divisória e "250" numa das faces e "G" na outra.
4.INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1.INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Tratamento de infecções fúngicas sensíveis à terbinafina, tais como tinea corporis, tinea cruris e
tinea pedis, nos casos em que a terapêutica oral é geralmente considerada adequada atendendo ao
local, gravidade ou extensão da infecção.
Tratamento de onicomicoses (infecções fúngicas das unhas sensíveis à terbinafina) causadas por
fungos dermatófitos.
Nota: A terbinafina por via oral não é eficaz na pityriasis versicolor.
Devem ser tidas em consideração as normas oficiais sobre o uso adequado de anti-fúngicos
4.2.POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Via de administração: oral.
A duração do tratamento varia de acordo com a indicação e a gravidade da infecção.
Adultos:
250 mg por dia.
Os doentes com redução da função renal (depuração da creatinina inferior a 50 ml/min ou
creatinina sérica superior a 300 micromol/l) deverão receber metade da dose normal.
Infecções da pele:
A duração recomendada do tratamento para a Tinea pedis, Tinea corporis e Tinea cruris é de 2-4
semanas
Para a Tinea pedis (interdigital, plantar) recomenda-se um período de tratamento que pode ir até 6
semanas
A completa resolução dos sintomas da infecção pode não ocorrer senão passadas várias semanas
após a cura micológica.
Onicomicoses:
Para a maioria dos doentes a duração de um tratamento com sucesso é de 6-12 semanas.
Onicomicoses das unhas das mãos:
Seis semanas de tratamento são suficientes para as infecções das unhas das mãos, na maioria dos
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casos.
Onicomicoses das unhas dos pés:
Doze semanas de tratamento são suficientes para as infecções das unhas dos pés, na maioria dos
casos, embora alguns doentes possam necessitar de um tratamento até 6 meses.
Um fraco crescimento da unha durante as primeiras semanas de tratamento pode permitir a
identificação daqueles doentes nos quais é necessária uma terapêutica mais prolongada. A
completa resolução dos sinais e sintomas da infecção pode não ocorrer até várias semanas após a
cura micológica e apenas é observada vários meses após a interrupção do tratamento, que é o
tempo para o crescimento de uma unha saudável.
Crianças e adolescentes ( 0-17 anos):
Não existe experiência com terbinafina em crianças e adolescentes, pelo que o seu uso não pode
ser recomendado.
Idoso:
Não há evidências que sugiram que os doentes idosos necessitem de uma posologia diferente.
4.3.CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade à terbinafina ou a qualquer dos excipientes
Insuficiência renal grave.
Insuficiência hepática grave.
4.4.ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
Raramente foram reportados casos de colestase e de hepatite, os quais ocorrem normalmente ao
fim de 2 meses de tratamento.
Se um doente apresentar sinais ou sintomas sugestivos de disfunção hepática tais como prurido,
náuseas
persistentes
inexplicáveis,
anorexia
cansaço,
icterícia,
vómitos,
fadiga,
abdominal, urina escura ou fezes descoloradas, deve ser verificada a origem hepática e deve ser
descontinuada a terapêutica com Terbinafina Terbizyl 250 mg comprimidos (ver 4.8 - Efeitos
Indesejáveis).
Os doentes a fazerem tratamento com terbinafina e que aprsentem febre alta ou dores de garganta
devem ser observados no que se refere a possíveis reações hematológicas.
Estudos
farmacocinéticos
dose
única
doentes
doença
hepática
pré-existente
mostraram que a depuração do cloridrato de terbinafina pode estar reduzida em cerca de 50 % (
ver secção 5.2).
A utilização terapêutica de Terbinafina 250 mg comprimidos em doentes com doença hepática
activa ou crónica não foi estudada em ensaios clínicos prospectivos, não podendo por esse motivo
ser recomendada.
A Terbinafina deverá ser utilizada com precaução em doentes com psoríase dado que foram
reportados casos raros de exacerbção da doença.
A terbinafina é um potente inibidor da isoenzima CYP2D6, pelo que esta situação deve ser tida
em consideração quando a terbinafina é associada com outros fármacos predominantemente
metabolizados por esta enzima e que são titulados individualmente ( ver secção 4.5 ). Pode ser
necessário proceder a ajustamentos da dose.
4.5.INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERACÇÃO
A depuração plasmática da terbinafina pode ser acelerada por fármacos indutores do metabolismo
(como a rifampicina) e pode ser inibida por fármacos inibidores do citocromo P-450 (como a
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cimetidina).
Caso seja necessária a administração concomitante de fármacos deste tipo, poderá ser necessário
um ajuste na posologia de Terbinafina 250 mg comprimidos.
Estudos in vitro demonstraram que a terbinafina inibe o metabolismo do CYP2D6. Assim, os
doentes que fazem tratamento concomitante com fármacos predominantemente metabolizados
esta
enzima,
tais
como
antidepressivo
tricíclicos
(ADTs),
beta-bloqueantes,
inibidores
selectivos da recaptação da serotonina (ISRSs) e inibidores da monoamino oxidase (IMAOs) do
tipo B, devem ser monitorizados, se o fármaco co-administrado tiver uma janela terapêutica
estreita.
De acordo com os resultados dos estudos efectuados in vitro e em voluntários saudáveis, a
terbinafina apresenta um potencial quase nulo para inibir ou induzir a depuração da maioria dos
fármacos que são metabolizados pelo sistema do citocromo P-450 (por exemplo, ciclosporina,
tolbutamida, terfenadina, triazolam e contraceptivos orais).
Foram descritos alguns casos de irregularidades menstruais em doentes tratadas simultaneamente
com terbinafina e contraceptivos orais.
4.6.GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
Os estudos de toxicidade fetal e de fertilidade efectuados no animal não sugerem qualquer efeito
adverso.
Gravidez:
Uma vez que a experiência clínica do produto na mulher grávida é muito limitada, a terbinafina
não deve ser usada durante a gravidez a não ser que os possíveis benefícios ultrapassem os riscos
potenciais.
Aleitamento:
A terbinafina é excretada no leite; por este motivo as mães submetidas ao tratamento com
terbinafina não devem amamentar.
4.7.EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUZIR E UTILIZAR MÁQUINAS
A terbinafina não tem influência ou tem uma influência negligenciável na capacidade de conduzir
e utilizar maquinas.
4.8.EFEITOS INDESEJÁVEIS
Em geral a terbinafina comprimidos é bem tolerada. Os efeitos secundários são geralmente de
grau ligeiro ou moderado e transitórios.
Frequência
Classe de Sistemas de
orgãos
(MedDRA 7.1)
Frequentes 1/100, 1/10 Pouco
frequentes
1/1,000, 1/100
Raros
1/10,000,
1/1,000
Muito raros 1/10,000
Doenças do sangue e
do sistema linfático
Agranulocitose,
Neutropénia,
Trombocitopénia
Doenças
sistema
imunitário
Reacções
anafilácticas,
Reacções
semelhantes à doença
do soro
Manifestações
agravamento
lupus
eritematoso cutâneo ou
sistémico
Doenças
metabolismo
nutrição
Perda de apetite
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Perturbações
foro
psiquiátrico
Ansiedade, Depressão
Doenças
sistema
nervoso
Cefaleias
Ageusia, Disgeusia
Tonturas,
Hipoestesia,
Parestesia
Doenças
gastrointestinais
Distensão
abdominal,
abdominal,
Diarreia,
Dispepsia,
Náuseas
Afecções
hepatobiliares
Colestase*, Alteração
função hepática*,
hepatite*, Icterícia*
Afecções
tecidos
cutâneos
subcutâneos
Rash
Urticária
Edema
angioneurótico
Reacções
fotossensibilidade,
exacerbação
psoríase,
sindroma
Stevens-Johnson,
necrólise
epidérmica
tóxica, perda de cabelo
Afecções
musculosqueléticas
tecidos
conjuntivos
Artralgia
Mialgia
Doenças
orgãos
genitais e da mama
Irregularidades
menstruais,
Hemorragias
intercalares
Perturbações
gerais
alterações no local de
administração
Fadiga, mal estar
Exames
complementares
diagnóstico
Aumento
enzimas hepáticos
*ver 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização
c)Foram reportados casos de reacções músculo-esqueléticas incluindo artralgia e mialgia. Estas
podem ocorrer como parte de uma reacção de hipersensibilidade em associação com reacções
alérgicas cutâneas.
Reacções
cutâneas
graves:
Síndroma
Stevens-Johnson,
necrólise
epidérmica
tóxica,
fotosensibilidade, manifestação ou agravamento do lupus eritematoso sistémico.
Foram descritos alguns casos de irregularidades menstruais ( hemorragias intercalares e ciclos
irregulares) em doentes tratadas simultaneamente com terbinafina e contraceptivos orais ( ver
secção 4.5).
4.9.SOBREDOSAGEM
Encontram-se descritos alguns casos de sobredosagem (até 5 g), dando origem a cefaleias,
náuseas, dor epigástrica e tonturas.
O tratamento recomendado na sobredosagem consiste na eliminação do fármaco, principalmente
por administração de carvão activado e na administração de tratamento sintomático de suporte, se
necessário.
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5.PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1.PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
Classificação Farmacoterapêutica: 1.2 – Medicamentos anti-infecciosos; Antifúngicos
Classificação ATC: D01B A02 Terbinafina
A terbinafina é um antifúngico oral que pertence ao grupo das alilaminas e que possui um largo
espectro de actividade antifúngica.
Em baixas concentrações a terbinafina é fungicida contra dermatófitos, fungos filamentosos e
certos fungos dimórficos. A sua actividade sobre as leveduras é fungicida ou fungistática,
dependendo das espécies.
A terbinafina interfere selectivamente com a biossíntese dos esteróides fúngicos numa fase
precoce através da inibição da enzima esqualeno epoxidase.
Esta acção conduz a uma deficiência em ergosterol e a uma acumulação intracelular de esqualeno
ao nível da membrana celular do fungo.
Tanto a deficiência em ergosterol como a acumulação de esqualeno são responsáveis pela morte
do fungo.
Quando administrado por via oral o fármaco concentra-se na pele, cabelo e unhas em níveis aos
quais corresponde uma acção fungicida.
Ao fim de 15 a 20 dias após a interrupção do tratamento, ainda são evidentes concentrações
mensuráveis de substância activa.
A terbinafina é utilizada para o tratamento de infecções fúngicas da pele e unhas causadas por
Trichophyton (ex.: T. rubrum, T. mentagrophytes, T.verrucosum,, T. violaceum), Microsporum
Canis e Epidermophyton floccosum.
Na tabela abaixo são referidos os intervalos de concentrações minímas inibitórias contra os
dermatófitos.
Espécie
Intervalo de CMI (ÿg/ml)
Trichophyton rubrum
0.001 – 0.15
Trichophyton mentagrophytes
0.0001 – 0.05
Trichophyton verrucosum
0.001 – 0.006
Trichophyton violaceum
0.001 – 0.1
Microsporum canis
0.0001 – 0.1
Epidermorphyton fluccosum
0.001 – 0.05
A terbinafina é pouco eficaz contra a grande maioria das estirpes de Candida.
A terbinafina comprimidos em contraste com as formas tópicas não tem qualquer efeito sobre a
Pityriasis ( Tinea ) versicolor.
5.2.PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Uma dose única de 250 mg de terbinafina origina um pico plasmático com uma concentração de
0,97 mcg/mL 2 horas após a administração. A semi-vida de absorção é de 0,8 horas e a semi-vida
de distribuição é de 4,6 horas.
A terbinafina liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (99%). Difunde-se rapidamente através
da pele e concentra-se no estrato córneo de natureza lipofilica.
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A terbinafina é também excretada no sebo, o que lhe permite alcançar concentrações elevadas nos
folículos pilosos, cabelo e pele rica em glândulas sebáceas.
Há também provas de que a terbinafina é distribuída ao leito ungueal no decurso das primeiras
semanas de tratamento.
A terbinafina é metabolizada rápidamente porisoenzimas CYP, com maiores contribuições dos
CYP2C9, CYP1A2, CYP3A4, CYP2C8 e CYP2C19.
A biotransformação origina metabolitos sem actividade antifúngica excretados principalmente na
urina. A semi-vida de eliminação é de 17 horas. Não há qualquer evidência de acumulação.
Não foram
observadas alterações na farmacocinética
relacionadas com a idade,
velocidade de eliminação pode encontrar-se reduzida em doentes com insuficiência renal ou
hepática, resultando em níveis sanguíneos de terbinafina mais elevados.
Em doentes com insuficiência hepática pré-existente ligeira a grave, estudos de farmacocinética
de dose única evidenciaram que a depuração da terbinafina pode ser reduzida em cerca de 50%.
A biodisponibilidade da terbinafina é só ligeiramente afectada pelos alimentos, pelo que não é
necessário proceder a nenhum ajuste de dose.
5.3.DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA
O valor aproximado da DL
da terbinafina é de 4 g/ kg tanto no ratinho como no rato.
Em estudos de longa duração (até um ano) em ratos e cães não foi observado qualquer efeito
tóxico acentuado, em qualquer destas espécies, com doses orais até 100 mg/Kg por dia. Em doses
orais elevadas o fígado e possivelmente também os rins foram identificados como potenciais
órgãos alvo.
Num estudo de carcinogenicidade por via oral de dois anos em ratinhos, não se observaram
alterações neoplásicas ou outras alterações anormais atribuíveis ao tratamento com doses até 130
(machos) e 156 (fêmeas) mg/Kg por dia. Num estudo de carcinogenicidade por via oral de dois
anos em ratos, foi observado nos machos com a dose mais elevada, 69 mg/Kg por dia, para o qual
a exposição sistémica foi semelhante à exposição clínica, um aumento da incidência de tumores
hepáticos. O mecanismo de desenvolvimento destes tumores não foi ainda estabelecido. A sua
relevância clínica é desconhecida.
Estas alterações que podem estar associadas com a proliferação de peroxisoma demonstraram ser
específicas da espécie pois não foram observadas no estudo de carcinogenicidade em ratinhos,
cães ou macacos.
Durante os estudos com doses elevadas, em macacos, foram observadas irregularidades retrácteis
na retina com as doses mais elevadas (dose de efeito não tóxico 50 mg/Kg). Estas irregularidades
foram associadas à presença de um metabolito da terbinafina no tecido ocular e desapareceram
após a interrupção da administração. Não foram associadas com alterações histológicas.
Uma bateria de testes de genotoxicidade in vitro e in vivo não revelaram qualquer evidência de
um potencial mutagénico ou clastogénico.
Não se observou qualquer efeito adverso sobre a fertilidade ou outros parâmetros reprodutivos
nos estudos efectuados em ratos ou coelhos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. LISTA DOS EXCIPIENTES
Sílica anidra coloidal
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio
Celulose microcristalina
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Povidona K29-32
Talco
6.2.INCOMPATIBILIDADES
Não aplicável.
6.3.PRAZO DE VALIDADE
3 anos.
6.4.PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não são necessárias precauções especiais de conservação.
6.5.NATUREZA E CONTEÚDO DO RECIPIENTE
Blister PVC/ Alumínio.
Embalagens de 7, 8, 14, 28, 30, 42, 56, 98, 100 ou 250 comprimidos.
Frascos de HDPE com tampas de PP
Embalagens de 7, 8, 14, 28, 30, 42, 56, 98, 100 ou 250 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6.INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO, MANIPULAÇÃO E ELIMINAÇÃO
Não existem requisitos especiais.
7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
MERCK, S.A.
Rua Alfredo da Silva, nº 3 - C
1300-040 Lisboa
8.NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Blister:
Embalagem de 7 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 8 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 14 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 28 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 30 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 42 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 56 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 98 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 100 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 250 comprimidos: XXXXXXX
Frasco:
Embalagem de 7 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 8 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 14 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 28 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 30 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 42 comprimidos: XXXXXXX
APROVADO EM
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INFARMED
Embalagem de 56 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 98 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 100 comprimidos: XXXXXXX
Embalagem de 250 comprimidos: XXXXXXX
9.DATA
DA
PRIMEIRA
AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO
DA
AUTORIZAÇÃO
DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
10.DATA DA REVISÃO DO TEXTO