Portugal - português - INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde)
10-05-2005
10-05-2005
APROVADO EM
10-05-2005
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO
Leia atentamente este folheto antes de começar a tomar o medicamento
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-
lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Neste folheto:
1. O que é Terbinafina Ciclum e para que é utilizado
2. Antes de tomar Terbinafina Ciclum
3. Como tomar Terbinafina Ciclum
4. Efeitos secundários possíveis
5. Conservação de Terbinafina Ciclum
Terbinafina Ciclum 125 mg comprimidos
Terbinafina Ciclum 250 mg comprimidos
A substância activa é a Terbinafina
Os outros ingredientes são: hipromelose, celulose microcristalina, glicolato de amido e
sódio, sílica coloidal anidra e estearato de magnésio.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Ciclum Farma Unipessoal, Lda.
Rua Alfredo da Silva, nº 16
2610-016 Amadora
1. O QUE É TERBINAFINA CICLUM E PARA QUE É UTILIZADO
Cada comprimido de Terbinafina Ciclum contém o equivalente a 125 ou 250 mg de
terbinafina, presente na forma de cloridrato.
Apresenta-se em embalagens de 14 e 28 comprimidos.
Terbinafina Ciclum está indicado para tratar infecções fúngicas das unhas das mãos e
pés.
Terbinafina Ciclum é também usado para tratar infecções fúngicas da pele (“tinhas”),
dos pés, corpo e virilhas, nos casos em que a terapêutica oral é considerada adequada.
Grupo farmacoterapêutico: 1.2 Antifúngicos
2. ANTES DE TOMAR TERBINAFINA CICLUM
Não tome Terbinafina Ciclum:
- Se tem hipersensibilidade (alergia) à terbinafina ou a qualquer outro excipiente deste
medicamento.
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- Se tem ou já teve algum problema de fígado. Deve discutir este problema com o seu
médico, que avaliará a funcionalidade do seu fígado.
- Se tem ou já teve algum problema de rins. Deve discutir este problema com o seu
médico, que avaliará a funcionalidade dos seus rins.
Tomar especial cuidado com Terbinafina Ciclum:
Idosos
Terbinafina Ciclum pode ser tomado por pessoas idosas. Contudo em pessoas idosas
com problema dos rins ou fígado pode ser necessário receitar uma dose mais baixa.
Outras patologias
Se sofrer de algum problema dos rins o seu médico poderá querer avaliar previamente
a sua função renal.
Terbinafina Ciclum não é recomendado em doentes com problemas de fígado actuais
ou no passado.
Se desenvolver febre alta durante o tratamento com Terbinafina Ciclum, consulte o seu
médico logo que possível.
Crianças
O uso deste medicamento não é recomendado a crianças, por falta de experiência,
neste grupo etário.
Gravidez:
Terbinafina
Ciclum
não
deve
utilizado
mulheres
grávidas
pois
não
experiência da sua utilização nesta situação.
Se ficar grávida durante o tratamento com Terbinafina Ciclum informe o seu médico.
Aleitamento:
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Se tomar Terbinafina Ciclum não deve amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Até ao momento não se encontram descritos efeitos que afectem esta capacidade.
Tomar Terbinafina Ciclum com outros medicamentos:
Informe o seu médico se está a tomar contraceptivos orais, ciclosporina, terfenadina,
triazolam, tolbutamida, cimetidina ou rifampicina, ou ainda medicamentos dos seguintes
grupos: antidepressivos tricíclicos, bloqueadores-
, inibidores selectivos da recaptação
da serotonina e inibidores da monoamino oxidase (IMAOs) do tipo B. A toma simultânea
de qualquer
destes
medicamentos
Terbinafina
Ciclum
pode provocar
efeitos
secundários diferentes ou potencialmente mais graves do que a toma isolada de
qualquer um deles.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente
outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.
3. COMO TOMAR TERBINAFINA CICLUM
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É importante tomar os comprimidos diariamente e continuar a tomá-los durante o tempo
que o seu médico recomendar. Não altere a dose nem a duração do tratamento. Isso irá
garantir
remoção
completa
infecção
diminuir
probabilidade
reaparecimento após terminar o tratamento.
A dose usual de Terbinafina Ciclum é de 250 mg por dia.
Os comprimidos de Terbinafina Ciclum devem ser tomados com um pouco de água
durante as refeições ou no intervalo entre as mesmas.
Se estiver a tomar outros medicamentos além de Terbinafina Ciclum leia “Tomar
Terbinafina Ciclum com outros medicamentos”
A duração do tratamento com Terbinafina Ciclum irá depender do tipo e gravidade da
infecção que tem, da parte do corpo afectada e do modo como responde ao tratamento.
médico
dir-lhe-á
exactamente
durante
quanto
tempo
tomar
comprimidos.
A duração normal do tratamento é a seguinte:
Infecções da pele
Tinhas do pé (pé de atleta)
2 semanas
Tinhas do corpo
4 semanas
Tinhas das virilhas
2 a 4 semanas
Infecções das unhas
As infecções fúngicas das unhas levam geralmente mais tempo a curar que as
infecções fúngicas da pele.
Infecções das unhas das mãos
6 semanas
Infecções das unhas dos pés
12 semanas
Alguns doentes com um lento crescimento da unha podem requerer um tratamento mais
prolongado.
Geralmente depois de parar de tomar Terbinafina Ciclum, demora mais alguns meses
até que o aspecto da unha seja completamente normal. Isto deve-se ao facto de a unha
afectada pela infecção ter de crescer e ser substituída por uma unha saudável.
Se tomar maisTerbinafina Ciclum do que devia:
No caso de uma sobredosagem acidental contacte imediatamente o seu médico ou o
hospital mais próximo. O tratamento recomendado na sobredosagem consiste na
eliminação do fármaco principalmente por administração de carvão activado e se
necessário, na administração de tratamento sintomático ou de suporte.
Caso se tenha esquecido de tomar Terbinafina Ciclum:
Tome o medicamento o mais cedo possível. Se estiver na altura da próxima toma,
espere até lá e depois continue o tratamento normalmente.
Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Geralmente
Terbinafina
Ciclum
muito
tolerado,
como
demais
medicamentos, pode ter efeitos secundários:
- náuseas
- ligeira dor de estômago
- indisposição gástrica
- perda de apetite
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- diarreia
- sensação de enfartamento
- erupção cutânea
- alteração ou perda de paladar temporária. Isto pode levar a uma redução do apetite e
consequentemente a uma perda de peso significativa. Consulte o seu médico se a
alteração ou perda de paladar durar vários dias.
- reacções músculo-esqueléticas (dor nas articulações, dor muscular).
- queda de cabelo (muito rara)
Muito raramente foram descritas reacções cutâneas graves e anafilactóides.
É possível que, em casos raros, Terbinafina Ciclum possa causar disfunção hepática
incluindo casos muito raros de insuficiência hepática ou diminuição de algumas células
sanguíneas (neutropénia agranulocitose e trombocitopénia).
Se sentir sintomas como náuseas, vómitos, problemas de estômago, perda de apetite
ou cansaço persistente e inexplicável, enquanto toma Terbinafina Ciclum comprimidos,
é importante informar o seu médico imediatamente. Se verificar que a sua pele ou o
branco dos seus olhos parecem amarelos, que a sua urina está escura ou as suas fezes
estão anormalmente claras, pare de tomar o medicamento e consulte imediatamente o
seu médico.
Deverá igualmente informar o seu médico se desenvolver inflamação na garganta, com
febre e arrepios, se tiver feridas ou sangrar anormalmente, e ainda sobre qualquer
erupção que surja na pele enquanto estiver a tomar Terbinafina Ciclum.
Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico
ou farmacêutico.
5. CONSERVAÇÃO DE TERBINAFINA CICLUM
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conservar acima de 25°C.
Não utilize Terbinafina Ciclum após expirar o prazo de validade indicado na embalagem.
Este folheto foi elaborado em
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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
Terbinafina Ciclum 125 mg comprimidos
Terbinafina Ciclum 250 mg comprimidos
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
140,645 mg de terbinafina, na forma de cloridrato equivalente a 125 mg de terbinafina
281,29 mg de terbinafina, na forma de cloridrato, equivalente a 250 mg de terbinafina
Excipientes, ver 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
- Onicomicoses (infecções fúngicas das unhas) causadas por fungos dermatófitos.
- Infecções fúngicas da pele, para o tratamento de tinea corporis, tinea cruris e tinea
pedis, nos casos em que a terapêutica oral é geralmente considerada adequada
atendendo ao local, gravidade ou extensão da infecção.
- A terbinafina oral não é eficaz no tratamento de Pitiríasis Versicolor.
4.2 Posologia e modo de administração
A duração do tratamento varia de acordo com a indicação e gravidade da infecção.
Adultos:
250 mg por dia
Doentes com insuficiência renal (clearance da creatinina inferior a 50 ml/minuto ou
creatinina sérica superior a 300 micromol/l) devem receber metade da dose normal.
Infecções da pele
Duração recomendada do tratamento:
- Tinea pedis (interdigital, plantar): 2 semanas
- Tinea corporis: 4 semanas
- Tinea cruris: 2-4 semanas
A completa resolução dos sinais e sintomas da infecção pode não ocorrer senão
passadas várias semanas após a cura micológica.
Onicomicoses
Para a maioria dos doentes a duração de um tratamento com sucesso é de 6-12
semanas.
Onicomicoses das unhas das mãos:
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Seis semanas de tratamento são suficientes para as infecções das unhas das mãos, na
maioria dos casos.
Onicomicoses das unhas dos pés:
Doze semanas de tratamento são suficientes para as infecções das unhas dos pés, na
maioria dos casos.
Alguns doentes com um crescimento lento da unha podem requerer tratamento mais
prolongado.
O resultado clínico óptimo observa-se alguns meses após a cura micológica e a
interrupção do tratamento. Este facto deve-se ao tempo necessário para o crescimento
de unhas saudáveis.
Utilização no idoso
Não há evidências que sugiram que os doentes idosos necessitem de uma posologia
diferente ou tenham efeitos secundários distintos dos doentes mais novos. A prescrição
de comprimidos a doentes deste grupo etário deverá considerar a possibilidade de
preexistência de diminuição da função hepática ou renal (ver 4.4 “Advertências e
precauções especiais de utilização”).
Utilização em crianças
Não existe experiência com terbinafina na criança.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à terbinafina ou a qualquer dos excipientes (ver 6.1 “Lista dos
excipientes”).
Insuficiência renal grave.
Insuficiência hepática grave.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Terbinafina Ciclum não é recomendado para doentes com doença hepática crónica ou
activa. Antes de se prescrever Terbinafina Ciclum comprimidos, deve ser avaliada a
doença hepática preexistente. Pode ocorrer hepatotoxicidade em doentes com e sem
doença hepática preexistente. Os doentes aos quais foi prescrito Terbinafina devem ser
advertidos
para
reportar
imediatamente
quaisquer
sintomas
persistentes
não
explicados de náuseas, anorexia, fadiga, vómitos, dor abdominal superior direita, ou
icterícia, urina escura ou fezes descoloradas. Os doentes com estes sintomas devem
interromper o tratamento com terbinafina oral e a função hepática do doente deve ser
avaliada imediatamente (ver 4.8 “Efeitos indesejáveis”).
Os doentes com redução da função renal (depuração da creatinina inferior a 50 ml/min
ou nível da creatinina sérica superior a 300 µmol/l) deverão receber tratamento com
metade da dose normal.
Estudos in vitro demonstraram que a terbinafina inibe o metabolismo do CYP2D6.
Assim,
doentes
fazem
tratamento
concomitante
fármacos
predominantemente
metabolizados
esta
enzima,
tais
como,
antidepressivos
tricíclicos (ADTs), bloqueadores-ß, inibidores selectivos da recaptação da serotonina
(ISRSs)
inibidores
monoamino
oxidase
(IMAOs)
tipo
devem
monitorizados, se o fármaco co-administrado tiver uma janela terapêutica estreita. (ver
4.5 “Interacções medicamentosas e outras formas de interacção”).
Doentes a fazer tratamento com terbinafina que desenvolvam febre alta e exsudado
faríngeo
devem
examinadas
para
excluir
possíveis
reacções
adversas
hematológicas.
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4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
acordo
resultados
estudos
efectuados
vitro
voluntários
saudáveis, a terbinafina apresenta um potencial quase nulo para inibir ou induzir a
depuração da maioria dos fármacos que são metabolizados pelo sistema do citocromo
P 450 (p.e. ciclosporina, terfenadina, triazolam, tolbutamida ou contraceptivos orais).
No entanto, estudos in vitro demonstraram que a terbinafina inibe o metabolismo
mediado pelo CYP2D6. Os resultados destes estudos in vitro podem ter relevância
clínica para compostos predominantemente metabolizados por esta enzima, tais como,
antidepressivos tricíclicos (ADTs), bloqueaores-ß, inibidores selectivos da recaptação
da serotonina (ISRSs) e inibidores da monoamino oxidase (IMAOs) do tipo B, se estes
tiverem igualmente uma janela terapêutica estreita (ver 4.4 “Advertências e precauções
especiais de utilização”).
Foram descritos alguns casos de irregularidades menstruais em doentes a receber
tratamento concomitante com Terbinafina e contraceptivos orais, embora a incidência
destas perturbações seja semelhante à incidência global observada em mulheres que
tomam
apenas
contraceptivos
orais.
outro
lado,
depuração
plasmática
terbinafina pode ser acelerada por fármacos indutores do metabolismo como (como a
rifampicina) e pode ser inibida por fármacos inibidores do citocromo P450 (como a
cimetidina). Caso seja necessária a administração concomitante de fármacos deste tipo,
poderá ser necessário um ajuste na posologia da Terbinafina Ciclum.
4.6 Gravidez e aleitamento
Os estudos de toxicidade fetal e de fertilidade efectuados no animal não sugerem
qualquer efeito adverso. Uma vez que a experiência clínica do produto na mulher
grávida é muito limitada, Terbinafina Ciclum não deve ser usado durante a gravidez a
não ser que os possíveis benefícios ultrapassem os riscos potenciais. A terbinafina é
excretada no leite; por este motivo as mães submetidas ao tratamento com Terbinafina
Ciclum não devem amamentar.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não existem dados sobre possíveis efeitos da Terbinafina Ciclum sobre a capacidade
de conduzir e utilizar máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos adversos são em geral de gravidade ligeira a moderada e transitórios.
Frequência
Sistema
Primário
Órgão/Classe
(MedDRA 7.1)
Comum
>1/100,
<1/10
Pouco comum
>1/1.000,<1/100
Raro
>1/10.000,<1/1.000
Muito raro
<1/10.000
Sangue
sistema
linfático
Agranulocitose,
neutropénia
trombocitopénia.
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Sistema
imunitário
Reacção
anafilática,
Reacção
doença
do soro “like”
Manifestação ou
agravamento de
manifestação
cutânea
Lúpus
eritematoso
sistémico (LES)
Metabolismo
nutrição
Perda
apetite
Psiquiátrico
Ansiedade,
depressão
Sistema
nervoso
Cefaleias
Ageusia,
Digeusia
Vertigem
Hipoestesia
Parastesia
Gastrointestinal
Distensão
abdominal
abdominal
Diarreia
Dispepsia
Náusea
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Frequência
Sistema
Primário
Órgão/Classe
(MedDRA
7.1)
Comum
>1/100,
<1/10
Pouco comum
>1/1.000,<1/100
Raro
>1/10.000,<1/1.000
Muito raro
<1/10.000
Hepatobiliar
Colestase*
Alteração
função hepática*
Hepatite*
Icterícia*
Pele e tecido
celular
sub-
cutâneo
Rash
Urticária
Edema
angioneurótico
Reacção
fotossensibilidade
Exarcebação
psoríase*
Sindroma
Stevens-Johnson
Necrólise
epidémica tóxica
Queda de cabelo
Músculo-
esquelética e
tecido
conjuntivo
Artralgia
Mialgia
Sistema
reprodutivo e
mama
Irregularidades
menstruais
Hemorragias
privação
Sintomas
gerais
Fadiga
estar
Investigação
Aumento
enzimas hepáticos
*ver 4.4. Precauções especiais
4.9 Sobredosagem
Encontram-se descritos alguns casos de sobredosagem (até 5 g), que deram origem a
cefaleias, náuseas, dor epigástrica e tonturas.
O tratamento recomendado consiste na eliminação do fármaco, principalmente por
administração de carvão activado e se necessário, na administração de tratamento
sintomático de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
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Grupo farmacoterapêutico: 1.2 Antifúngicos; Código ATC: D01B A02
A terbinafina é uma alilamina que possui um largo espectro de actividade contra
patógeneos fúngicos da pele e unhas incluindo dermatófitos. como Tricophyton (ex.: T.
rubrum, T. mentagrophytes, T. verrucoson .T tonsurans, T. violaceum), Microsporum
(p.e. M. canis), Epidermophyton floccosum e Pityrosporum. Em baixas concentrações a
terbinafina
fungicida
contra
dermatófitos,
fungos
filamentosos
certos
fungos
dimórficos. A sua actividade sobre as leveduras é fungicida ou fungistática, dependendo
das espécies.
A terbinafina interfere de uma forma específica com uma das primeiras etapas da
biossíntese
esteróides
fúngicos.
Esta
acção
conduz
deficiência
ergosterol e a uma acumulação intracelular de esqualeno com efeito letal para o fungo.
A acção da terbinafina deve-se à inibição da enzima esqualeno epoxidase localizada ao
nível da membrana celular das células fúngicas. A enzima esqualeno epoxidase não
está
ligada
sistema
citocromo
P-450.
terbinafina
não
interfere
metabolismo hormonal ou de outros fármacos.
Quando administrado por via oral o fármaco concentra-se na pele, cabelo e unhas em
níveis aos quais corresponde uma acção fungicida.
Concentrações mensuráveis de substância activa são evidentes 15 a 20 dias após a
cessação do tratamento.
A terbinafina é usada no tratamento de infecções fúngicas da pele e unhas, causadas
Tricophyton
rubrum,
mentagrophytes,
verrucoson,
violaceum),
Microsporum canis e Epidermophyton floccosum. As concentrações mínimas inibitórias
(MIC) contra os dermatófitos são:
T. rubrum – 0,001 - 0,15 µg/ml
T. mentagrophytes – 0,0001-0,05 µg/ml
T. verrucosum – 0,001 – 0,006 µg/ml
T. violacem – 0,01 -0,1 µg/ml
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Uma dose única de 250 mg de terbinafina origina um pico plasmático com uma
concentração de 0,97 µg/ml 2 horas após a administração. A semi-vida de absorção é
de 0,8 horas e a semi-vida de distribuição é de 4,6 horas. A biodisponibilidade da
terbinafina é moderadamente afectada pelos alimentos embora não o suficiente para
requerer um ajuste posológico.
terbinafina
liga-se
fortemente
proteinas
plasmáticas
(99%).
Difunde-se
rapidamente através da derme e concentra-se no estrato córneo de natureza lipofílica. A
terbinafina é também excretada no sebo, o que lhe permite alcançar concentrações
elevadas nos folículos pilosos, cabelo e pele rica em sebo. Há também provas de que a
terbinafina
distribuída
leito
ungueal
decurso
primeiras
semanas
tratamento.
A terbinafina é metabolizada rápida e extensivamente, no mínimo por sete isoenzimas
CYP,
maiores
contribuições
CYP2C9,
CYP1A2,
CYP3A4,
CYP2C8
CYP2C19.
biotransformação
origina
metabolitos
actividade
antifúngica
excretados
principalmente na urina. A semi-vida de eliminação é de 17 horas. Não há qualquer
evidência
acumulação.
Não
foram
observadas
alterações
concentrações
plasmáticas de terbinafina no estado estacionário, relacionadas com a idade, mas a
velocidade de eliminação pode encontrar-se reduzida em doentes com insuficiência
renal ou hepática, resultando em níveis sanguíneos de terbinafina mais elevados.
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Estudos farmacocinéticos de dose única em doentes com doença hepática pré-existente
mostraram que a depuração da Terbinafina pode estar reduzida em cerca de 50%.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos de longa duração (até um ano) em ratos e cães não foi observado qualquer
efeito tóxico acentuado, em qualquer destas espécies, com doses orais até 100mg/kg
por dia. Em doses orais elevadas o fígado e, possivelmente, também os rins foram
identificados como potenciais órgãos alvo.
Num estudo de carcinogenicidade por via oral de dois anos em murganhos, não se
observaram
alterações
neoplásicas
outras
alterações
anormais
atribuíveis
tratamento com doses até 130 (nos machos) e 156 (nas fêmeas) mg/kg por dia. Num
estudo de carcinogenicidade por via oral de dois anos em ratos, foi observado nos
machos com a dose mais elevada, 69 mg/kg por dia, um aumento da incidência de
tumores hepáticos. Estas alterações que podem estar associadas com a proliferação de
peroxisoma demonstraram ser específicas da espécie pois não foram observadas no
estudo de carcinogenicidade em murganhos ou noutros estudos em murganhos, cães
ou macacos.
Durante
estudos
doses
elevadas,
macacos,
foram
observadas
irregularidades retráteis na retina com doses mais elevadas (dose de efeito não tóxico
50 mg/kg). Estas irregularidades foram associadas à presença de um metabolito da
terbinafina no tecido ocular e desapareceram após a interrupção da administração. Não
foram associadas com alterações histológicas.
Uma bateria de testes de genotoxicidade in vitro e in vivo não revelaram qualquer
evidência de um potencial mutagénico ou clastogénico.
Não se observou qualquer efeito adverso sobre a fertilidade ou outros parâmetros
reprodutivos nos estudos efectuados em ratos e coelhos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Hipromelose, celulose microcristalina, glicolato de amido e sódio, sílica coloidal anidra e
estearato de magnésio.
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
6.3 Prazo de validade
2 anos
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
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Comprimidos acondicionados em blister de PVC/Alu.
6.6 Instruções de utilização e manipulação < e eliminação>
Não existem requisitos especiais.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
CICLUM FARMA, Unipessoal, Lda.
Rua Alfredo da Silva, nº 16
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8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Embalagem de 14 comp. a 125 mg:
Embalagem de 28 comp. a 125 mg:
Embalagem de 14 comp. a 250 mg:
Embalagem de 28 comp. a 250 mg:
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
10. DATA DA ELABORAÇÃO DO TEXTO